Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Tipos de aleitamento: Aleitamento materno misto ou parcial Aleitamento materno complementado Aleitamento materno exclusivo Aleitamento materno predominante Aleitamento materno Características do Leite Materno: Apesar de a alimentação variar enormemente, o leite materno, surpreendentemente, apresenta composição semelhante para todas as mulheres que amamentam do mundo. A principal proteína do leite materno é a lactoalbumina e a do leite de vaca é a caseína, de difícil digestão para a espécie humana. Seu conteúdo é modificado ao longo do dia e de acordo com a idade da criança. Técnica de Amamentação: Não recomendado durante a gravidez: Manobras para aumentar e fortalecer os mamilos, pois pode induzir o trabalho de parto. Uso de conchas e sutiãs com orifício central para alongar os mamilos. Número de mamadas por dia: Em geral um bebê mama de 8 a 12 vezes por dia. Orientar a mãe que essa frequência é normal para que a mesma não pense que seu leite é fraco. Orientar que a mãe dê exclusivamente a mama e que não há necessidade de suplementos. Mamadeiras e chupetas: Água, chás e principalmente outros leites devem ser evitados, pois há evidências de que o seu uso Aleitamento Materno está associado com desmame precoce e aumento da morbimortalidade infantil Recém-nascidos normais não necessitam de líquidos adicionais além do leite materno, pois nascem com níveis de hidratação tecidual relativamente altos. A chupeta além de interferir no aleitamento materno, está associado à maior ocorrência de candidíase oral (sapinho), de otite média e de alterações do palato. Manutenção da amamentação Após o Retorno do Trabalho: Amamentar com frequência quando estiver em casa, inclusive à noite. Evitar mamadeiras; oferecer a alimentação por meio de copo e colher. Durante as horas de trabalho, esvaziar as mamas por meio de ordenha e guardar o leite em congelador. Levar para casa e oferecer à criança no mesmo dia ou no dia seguinte ou congelar. Para alimentar o bebê com leite ordenhado congelado, esse deve ser descongelado, em banho- maria fora do fogo. Uma vez descongelado, o leite deve ser aquecido em banho-maria fora do fogo. Antes de oferecê-lo à criança, ele deve ser agitado suavemente para homogeneizar a gordura. Ordenha manual: Usar preferencialmente a mão esquerda para a mama esquerda e a mão direita para a mama direita, ou usar as duas mãos simultaneamente (uma em cada mama ou as duas juntas na mesma mama – técnica bimanual). Leite cru (não pasteurizado) pode ser conservado em geladeira por 12 horas e, no freezer ou congelador, por 15 dias. Leite pasteurizado pode ser conservado congelado em - 10º por até 6 meses. Aleitamento Materno – intercorrências: Alguns problemas enfrentados pelas nutrizes durante o aleitamento materno, se não forem precocemente identificados e tratados, podem ser importantes causas de interrupção da amamentação. Os profissionais de saúde têm um papel importante na prevenção e no manejo dessas dificuldades. Bebê que não suga ou tem sucção fraca: Alguns não conseguem pegar a aréola adequadamente ou não conseguem manter a pega. Isso pode ocorrer porque o bebê não está bem posicionado, não abre a boca suficientemente ou está sendo exposto à mamadeira e/ou chupeta. Ou porque essas mamas estão muito tensas, ingurgitadas, ou os mamilos são invertidos ou muito planos. Fluxo de leite muito forte (o bebê começa a mamar e alguns segundos larga a mama chorando). O bebê pode sentir dor numa determinada posição (fratura de clavícula, por exemplo). Intervenção de enfermagem: Estimular a sua mama regularmente (no mínimo cinco vezes ao dia) por meio de ordenha manual ou por bomba de sucção. Isso garantirá a produção de leite. Suspender o uso de bicos e chupetas quando presentes e insistir nas mamadas por alguns minutos. Acalmar a mãe e o bebê, Suspender o uso de bicos e chupetas quando presentes e insistir nas mamadas por alguns minutos. Não estimular o uso de mamadeira Mudar de posição para amamentar. Demora na “descida do leite: Em algumas mulheres a apojadura só ocorre alguns dias após o parto. A mulher deve estimular a mama. Pode ser usado um sistema de nutrição suplementar (translactação). Mamilos planos ou invertidos: Mamilos planos (bico achatado) ou invertidos podem dificultar o início da amamentação, a impedem, pois o bebê faz o “bico” com a aréola. Intervenção de enfermagem: Orientar as mães a ordenhar o seu leite enquanto o bebê não sugar efetivamente. O leite ordenhado deve ser oferecido ao bebê, de preferência, em copinho. Ingurgitamento mamário: Conhecido como leite empedrado. Vascularização da mama ->retenção de leite nos alvéolos ->edema, em decorrência da obstrução da drenagem do sistema linfático -> compressão dos ductos lactíferos o que dificulta ou impede a saída de leite nos alvéolos Ingurgitamento fisiológico e patológico Intervenções de Enfermagem: Ordenha manual da aréola, se ela estiver tensa, antes da mamada, para que ela fique macia, facilitando, assim, a pega adequada do bebê. Mamadas frequentes, sem horários pré- estabelecidos (livre demanda). Massagens delicadas das mamas. Uso de analgésicos sistêmicos/anti-inflamatórios. Suporte para as mamas, com o uso ininterrupto de sutiã com alças largas e firmes, para aliviar a dor e manter os ductos em posição anatômica. Se o bebê não sugar, a mama deve ser ordenhada manualmente ou com bomba de sucção. O esvaziamento da mama é essencial para dar alívio à mãe, diminuir a pressão dentro dos alvéolos, aumentar a drenagem da linfa e do edema e não comprometer a produção do leite, além de prevenir a ocorrência de mastite. Mastite: É um processo inflamatório de um ou mais segmentos da mama (o mais comumente afetado é o quadrante superior esquerdo). Ocorre mais comumente na segunda e terceira semanas após o parto, mas pode ocorrer em qualquer período da amamentação. Qualquer fator que favoreça a estagnação do leite materno predispõe ao aparecimento de mastite. Manejo: Identificação e tratamento da causa que provocou a estagnação do leite. Esvaziamento adequado da mama: esse é o componente mais importante do tratamento da mastite. Preferencialmente, a mama deve ser esvaziada pelo próprio lactente, pois, apesar da presença de bactérias no leite materno, quando há mastite, a manutenção da amamentação está indicada por não oferecer riscos ao recém-nascido a termo sadio. A retirada manual do leite após as mamadas pode ser necessária se não houver esvaziamento adequado. Antibioticoterapia: indicada quando houver sintomas graves desde o início do quadro, fissura mamilar e ausência de melhora dos sintomas após 12–24 horas da remoção efetiva do leite acumulado. Suporte emocional: esse componente do tratamento da mastite é muitas vezes negligenciado, apesar de ser muito importante, pois essa condição é muito dolorosa, com comprometimento do estado geral. Outras medidas de suporte: repouso da mãe (de preferência no leito); analgésicos ou anti- inflamatórios; líquidos abundantes; iniciar a amamentação na mama não afetada; e usar sutiã bem firme. Abscesso Mamário: Causado por mastite não tratada ou com tratamento iniciado tardiamente ou ineficaz. Comum após a interrupção da amamentação na mama afetada pela mastite sem o esvaziamento adequado do leite por ordenha. Diagnostico: dor intensa, febre, mal-estar, calafrios e presença de áreas de flutuação à palpação no local afetado. Tratamento: Drenagem cirúrgica. Esvaziamento regular da mama afetada. Manutenção da amamentação. Repouso da mãe, Analgésicos ou anti- inflamatórios. Líquidos abundantes. Iniciar a amamentação na mama não afetada; e usar sutiã bem firme. Complicações: drenagem espontânea, necrosee perda do tecido mamário, deformidades da mama, bem como comprometimento funciona. Manejo da Amamentação em Situações Especiais: Nova Gravidez: É possível amamentar em uma nova gravidez: Desejo da mulher Sem intercorrências na gravidez O desmame pode ocorrer: Diminuição da produção de leite Alteração no gosto do leite Perda do espaço destinado ao colo com o avanço da gravidez Aumento da sensibilidade dos mamilos e fadiga materna Alterações hormonais que costumam causar sonolência principalmente no início da gestação. Na ameaça de parto prematuro é indicado interromper a lactação. Gemelaridade: A amamentação de crianças gemelares tem vantagens adicionais tais como: Maior economia. Facilitar os cuidados de gêmeos (previne doenças). Auxiliar no atendimento das necessidades dos bebês com relação à atenção e ao afeto da mãe. Contribuir para o reconhecimento das necessidades individuais de cada gêmeo, acelerando o processo de enxergar cada criança como um indivíduo. Amamentação de dois bebês ao mesmo tempo economiza tempo e permite satisfazer as demandas dos bebês imediatamente. Há evidências de que a mulher produz mais leite quando amamenta simultaneamente dois bebês. Há basicamente três posições para a amamentação simultânea: Tradicional, Jogador de Futebol Americano e Combinação de ambas. Refluxo Gastroesofágico: Uma das manifestações gastrointestinais mais comuns na infância é o refluxo gastroesofágico. Nas crianças amamentadas no peito, os efeitos do refluxo gastroesofágico costumam ser mais brandos que nas alimentadas com leite não humano, devido à posição supina do bebê para mamar e aos vigorosos movimentos peristálticos da língua durante a sucção. Os episódios de regurgitação são mais frequentes em lactentes com aleitamento artificial quando comparados a bebês amamentados no peito. Assim, é recomendado que a criança com refluxo gastroesofágico receba aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses e complementado até os dois anos ou mais. Situações em que o aleitamento materno não é recomendado: Mães infectadas pelo HIV Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2 Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação Criança portadora de galactosemia. Situações em que o aleitamento materno deve ser interrompido temporariamente: Infecção herpética Varicela Doença de Chagas. Situações em que o aleitamento materno não é contra- indicado: Tuberculose Hanseníase Hepatite B e C Dengue Consumo de cigarro e álcool
Compartilhar