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MATERIAL DIDATICO DE ACORDO COM OS PENSADORES DA EDUCACAO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
JULIANA CARDOSO, RU: 998335, PEDAGOGIA TURMA 2013/09 
LARA CLÉO F. DOS SANTOS, RU: 998045, TURMA 2013/09 
MILCA ESCOTÃO, RU: 956022, TURMA 2013/05 
RELATÓRIO DE PESQUISA E PRÁTICA PROFISSIONAL
MATERIAIS DIDÁTICOS
CAMPINAS
2014
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
JULIANA CARDOSO, RU: 998335, PEDAGOGIA TURMA 2013/09 
LARA CLÉO F. DOS SANTOS, RU: 998045, TURMA 2013/09 
MILCA ESCOTÃO, RU: 956022, TURMA 2013/05 
RELATÓRIO DE PESQUISA E PRÁTICA PROFISSIONAL
MATERIAIS DIDÁTICOS
 Relatório de Pesquisa e Prática Profissional – 
 Materiais Didáticos apresentado à UTA – 
 Educação Ciência e Tecnologia no curso de 
 Pedagogia ao Centro Universitário 
 Internacional UNINTER.
 Tutor Local: Fernanda L. de Magalhães
 Centro Associado: Campinas Swift	
 Precisa justificar (formatação).
CAMPINAS
2014
SUMARIO 
Verificar informações na pagina 7 do Manual do PPP Materiais Didáticos, que lá está pedindo também o sumario. 
1 - INTRODUCAO
Verificar informações nas paginas 7 e 8 do Manual de PPP. Segundo essas informações vocês precisam citar na introdução:
· Breve apresentação da PPP
· Objetiva da disciplina
· Importância ...
· Itens que será abordados ... 
· DEVE TER 1 OU 2 PAGINAS.
2 - MATERIAL DIDATICO DE ACORDO COM OS PENSADORES DA EDUCACAO 
Desenvolvimento - LEIAM as informações contidas na pagina 8 do Manual... 
- resenha critica sobre os teóricos e não textos soltos como estão aqui 
- duas formas de utilização de um material proposto por Maria Montessori
DEVE TER DE 2 A 4 PAGINAS
 JEAN- JACQUES ROSSEAU
	Antes de entrarmos diretamente no tema proposto que é materiais didáticos, exploraremos as idéias e pesquisas sobre educação de alguns pensadores. Começaremos expondo as idéias de Jean- Jacques Rosseau que nasceu em Genebra, Suíça, a 28 de junho de 1712 e faleceu em 2 de jullho de 1778. 
	Jean Jacques Rousseau, o filósofo da liberdade como valor supremo, Rousseau combateu idéias que prevaleciam há muito tempo. Entre elas, a de que a teoria e a prática educacional, junto à criança, deviam focalizar os interesses do adulto e da vida adulta. Ele também chamou a atenção para as necessidades da criança e as condições de seu desenvolvimento. Em sua obra sobre educação, o pensador suíço prega o retorno à natureza e o respeito ao desenvolvimento físico e cognitivo da criança.
	Como conseqüência, a criança não podia ser mais entendida como um adulto em miniatura. E se a criança era um ser com características próprias, não só as suas idéias e seus interesses tinham de ser diferentes dos adultos; também o relacionamento rígido mantido pelos adultos em relação a elas precisava ser modificado. 
	Com as suas idéias, Rousseau desmentiu de que a educação é um processo pelo qual a criança passa a adquirir conhecimentos, hábitos e atitudes armazenados pela civilização, sem qualquer modificação. Cada fase de vida: infância, adolescência, juventude e maturidade foi concebida como portadora de características próprias, respeitando a individualidade de cada um.
	Tanto a sociedade quanto o desenvolvimento do homem se modificam e é por isso, que a educação é fundamental a essa adaptação. Para Rousseau o indivíduo não deve ser sacrificado aos caprichos da sociedade, a educação assume um papel de destaque. Embora as fases no desenvolvimento da vida do indivíduo já tivesse sido reconhecido por vários pensadores, foi Rousseau quem mostrou a importância das mesmas para a educação.
 	A primeira fase, até os 5 anos, era como uma fase animal, com o aparecimento do primeiro sentimento de si mesmo; aos 12 anos, o indivíduo torna-se consciente de si mesmo, é o momento da vida em que o racional desperta; sendo um ser isolado, a criança não desfruta ainda da vida moral. E na fase seguinte, a puberdade, o sexo é visto por Rousseau como o fator mais importante da vida do indivíduo; com isso, surge a vida social do indivíduo. Com o surgimento dos mais altos sentimentos, a vida moral evolui naturalmente. 
	Se cada fase da vida tem a sua existência própria, a educação inicial não mais poderia ser considerada uma preparação à vida.      A contribuição de Rousseau para a educação infantil é inestimável. O método da natureza vale para todas as coisas, lembrou às mães a importância da amamentação aos seus filhos. Disse que não se deveria moldar o espírito das crianças de acordo com um modelo estabelecido. Mostrou que a criança devia fazer, sem a ajuda dos outros, aquilo que ela é capaz de fazer por si mesma; o período do nascimento aos 12 anos é a época em que nascem vícios, os carinhos exagerados provocam vícios. 
	Rousseau afirmou que a educação não vem de fora, é a expressão livre da criança no seu contato com a natureza. Ele foi um crítico da escola de seu tempo, da rigidez da instrução e do uso em excesso da memória. 
	Rousseau propôs a criança, primeiro, o brinquedo e esportes. Na agricultura - primeiro e mais útil emprego do homem -, a criança aprende a usar a pá e os instrumentos de outros ofícios. Através dessas atividades, a criança estaria mentindo, contando, pesando e comparando. Além dessas tarefas, a linguagem, o canto, a aritmética e a geometria seriam desenvolvidos como atividades relacionadas com a vida. 
	Se Rousseau for analisado no contexto da sua época, teremos de concordar que ele formulou, com raro brilho, princípios educacionais que permanecem até os nossos dias. Rousseau via o jovem como um ser integral, e não uma pessoa incompleta, e intuiu na infância várias fases de desenvolvimento, sobretudo cognitivo. Foi, portanto, um precursor da pedagogia de Maria Montessori (1870-1952) e John Dewey (1859-1952). "Rousseau sistematizou toda uma nova concepção de educação, depois chamada de ‘escola nova’ e que reúne vários pedagogos dos séculos 19 e 20".
	
2.2 JOHN DEWEY 
	No Brasil, as idéias da Escola Nova foram inseridas em 1882 por Rui Barbosa (1849-1923). O grande nome do movimento na América foi o filósofo e pedagogo John Dewey (1859-1952). John Dewey, filósofo norte americano influenciou a elite brasileira com o movimento da Escola Nova. Para John Dewey a Educação, é uma necessidade social. Por causa dessa necessidade as pessoas devem ser aperfeiçoadas para que se afirme o prosseguimento social, assim sendo, possam dar prosseguimento às suas idéias e conhecimentos.
	John Dewey, o pensador que pôs a prática em foco, o filósofo norte-americano defendia a democracia e a liberdade de pensamento como instrumentos para a maturação emocional e intelectual das crianças. Nasceu em 1859 em Burlington, uma pequena cidade agrícola do estado norte-americano de Vermont. Na escola, teve uma educação desinteressante e desestimulante, o que foi compensado pela formação que recebeu em casa. Ainda criança, via sua mãe confiar aos filhos pequenas tarefas para despertar o senso de responsabilidade. Foi professor secundário por três anos antes de cursar a Universidade Johns Hopkins, em Baltimore. Estudou artes e filosofia e tornou-se professor da Universidade de Minnesota. Escreveu sobre filosofia e educação, além de arte, religião, moral, teoria do conhecimento, psicologia e política. Seu interesse por pedagogia nasceu da observação de que a escola de seu tempo continuava, em grande parte, orientada por valores tradicionais, e não havia incorporado as descobertas da psicologia, nem acompanhara os avanços políticos e sociais. Fiel à causa democrática, participou de vários movimentos sociais. Criou uma universidade-exílio para acolher estudantes perseguidosem países de regime totalitário.
Morreu em 1952, aos 93 anos.
	Em quase um século, Dewey presenciou muitas transformações. Viu o fim da Guerra Civil Americana, o desenvolvimento tecnológico, a Revolução Russa de 1917, a crise econômica de 1929. Em parte nasceu dessa efervescência mundial sua concepção mutável da realidade e dos valores, além da convicção de que só a inteligência dá ao homem o poder de alterar sua existência. "Idealizar e racionalizar o universo em geral é uma confissão de incapacidade de dominar os cursos das coisas que especificamente nos dizem respeito", escreveu. Essa perspectiva levou Dewey a rejeitar a idéia de leis morais fixas e imutáveis. Como boa parte dos intelectuais de seu tempo, o filósofo norte-americano sofreu forte influência tanto do evolucionismo das ciências naturais quanto do positivismo das ciências humanas. Defendia a utilização, diante dos problemas sociais, dos métodos e atitudes experimentais que foram bem-sucedidos nas ciências naturais. Ele próprio procurou aplicar essa abordagem em relação à investigação filosófica e à didática.
	Dewey é o nome mais célebre da corrente filosófica que ficou conhecida como pragmatismo, embora ele preferisse o nome instrumentalismo - uma vez que, para essa escola de pensamento, as idéias só têm importância desde que sirvam de instrumento para a resolução de problemas reais. No campo específico da pedagogia, a teoria de Dewey se inscreve na chamada educação progressiva. Um de seus principais objetivos é educar a criança como um todo. O que importa é o crescimento - físico, emocional e intelectual. 
	A filosofia Deweyana remete a uma prática docente baseada na liberdade do aluno para elaborar as próprias certezas, os próprios conhecimentos, as próprias regras morais. Isso não significa reduzir a importância do currículo ou dos saberes do educador. Para Dewey, o professor deve apresentar os conteúdos escolares na forma de questões ou problemas e jamais dar de antemão respostas ou soluções prontas. Em lugar de começar com definições ou conceitos já elaborados, deve usar procedimentos que façam o aluno raciocinar e elaborar os próprios conceitos para depois confrontar com o conhecimento sistematizado. Pode-se afirmar que as teorias mais modernas da didática, como o construtivismo e as bases teóricas dos Parâmetros Curriculares Nacionais, têm inspiração nas idéias do educador.
	O princípio da teoria desse pensador é que os alunos aprendem melhor realizando tarefas associadas aos conteúdos ensinados. Atividades manuais e criativas ganharam destaque no currículo e as crianças passaram a ser estimuladas a experimentar e pensar por si mesmas. Nesse contexto, a democracia ganha peso, por ser a ordem política que permite o maior desenvolvimento dos indivíduos, no papel de decidir em conjunto o destino do grupo a que pertencem. Dewey defendia a democracia não só no campo institucional mas também no interior das escolas.
	Influenciado pelo empirismo, Dewey criou uma escola-laboratório ligada à universidade onde lecionava para testar métodos pedagógicos. Ele insistia na necessidade de estreitar a relação entre teoria e prática, pois acreditava que as hipóteses teóricas só têm sentido no dia a dia. Outro ponto-chave de sua teoria é a crença de que o conhecimento é construído de consensos, que por sua vez resultam de discussões coletivas. "O aprendizado se dá quando compartilhamos experiências, e isso só é possível num ambiente democrático, onde não haja barreiras ao intercâmbio de pensamento", escreveu. Por isso, a escola deve proporcionar práticas conjuntas e promover situações de cooperação, em vez de lidar com as crianças de forma isolada. 
	Seu grande mérito foi ter sido um dos primeiros a chamar a atenção para a capacidade de pensar dos alunos. Dewey acreditava que, para o sucesso do processo educativo, bastava um grupo de pessoas se comunicando e trocando idéias, sentimentos e experiências sobre as situações práticas do dia a dia. Ao mesmo tempo, reconhecia que, à medida que as sociedades foram ficando complexas, a distância entre adultos e crianças se ampliou demais. Daí a necessidade da escola, um espaço onde as pessoas se encontram para educar e ser educadas. O papel dessa instituição, segundo ele, é reproduzir a comunidade em miniatura, apresentar o mundo de um modo simplificado e organizado e, aos poucos, conduzir as crianças ao sentido e à compreensão das coisas mais complexas. Em outras palavras, o objetivo da escola deveria ser ensinar a criança a viver no mundo. "Afinal, as crianças não estão, num dado momento, sendo preparadas para a vida e, em outro, vivendo", ensinou, argumentando que o aprendizado se dá justamente quando os alunos são colocados diante de problemas reais. 
	A educação, na visão Deweyana, é "uma constante reconstrução da experiência, de forma a dar-lhe cada vez mais sentido e a habilitar as novas gerações a responder aos desafios da sociedade". Educar, portanto, é mais do que reproduzir conhecimentos. É incentivar o desejo de desenvolvimento contínuo, preparar pessoas para transformar algo. A experiência educativa é, para Dewey, reflexiva, resultando em novos conhecimentos. Deve seguir alguns pontos essenciais: que o aluno esteja numa verdadeira situação de experimentação, que a atividade o interesse, que haja um problema a resolver, que ele possua os conhecimentos para agir diante da situação e que tenha a chance de testar suas idéias. A Reflexão e ação devem estar ligadas, são parte de um todo indivisível. Dewey acreditava que só a inteligência dá ao homem a capacidade de modificar o ambiente a seu redor.
WILLIAM KILPATRICK 
	William Heard Kilpatrick, filósofo da educação, é considerado um dos mais conceituados pedagogos contemporâneos. Foi um dos principais defensores da educação progressiva, destacando-se principalmente pelas ideias expostas em O Método de Projeto (1918) em que abordou as ideias do seu mentor Dewey. Tentou demonstrar como a inclusão de projetos correspondia à abordagem progressiva e ativa centrada no aluno. A sua mensagem era de que a escola precisava de ser mais democrática e orientada para o aluno. Assim, defende que os projetos, porque resultam em experiência, deveriam partir de problemas reais do quotidiano do aluno.
	Kilpatrick considera o seu método de projetos como uma alternativa ao ensino tradicional baseado na rotina e na memorização. Deste modo, é defendido que "o currículo deve centrar-se na vida, na experiência e na criança e não tanto na matéria ou conteúdo a ser ensinado" (Miranda, 2008, p.3). O professor deixa de ser uma figura autoritária e passa a ter um papel de "guia" nas aprendizagens dos alunos. Neste sentido, o processo de ensino e aprendizagem está mais centrado no aluno do que no conteúdo e no professor, em comparação com os métodos de ensino direto. Assim, um dos seus principais objetivos preconizava que se deve educar a criança como um todo, dando ênfase ao crescimento físico, emocional e intelectual da criança. 
	As suas crenças filosóficas tiveram grande impacto na educação para a qual preconizava alguns princípios essenciais: 
a) A escolaridade formal é apenas um método de transmissão de cultura e educação; 
b) A educação deve ter a função de transformar as experiências do presente mais acessíveis e significativas no futuro; 
c) A melhor maneira de aprender é praticar, estimular o desenvolvimento individual pelo que a repetição mecanizada deve ser substituída; 
d) A finalidade do processo educativo é o progresso social; 
e) A cooperação deve ser o pilar entre os indivíduos através do desenvolvimento do companheirismo.
	Com base nestes princípios, Dewey defende uma educação pela ação em que o aluno resolva por si os problemas e não através de modelos predefinidos. É neste sentido que uma das ideias-chave da escola progressiva é a experiência. A sua visão pedagógica contrapõe-se ao ensino tradicional da altura e reveste-se de uma componente política e ideológica, nomeadamente os ideais liberais e democráticos.
- OVIDE DECROLY 
 	Jean Ovide Decroly,nasceu em 23 de julho de 1871, em Renaix, na Bélgica. Filho de Jean-Baptiste Etienne Decroly, um industrial, e de Justine Aimée Louise Soret, uma professora de música. Os primeiros anos da sua vida foram passados no meio de um grande jardim onde o pai o iniciou nos trabalhos manuais. Era um estudioso das realidades do mundo e foi um naturalista muito expressivo no seu tempo. Como estudante, não teve dificuldade de aprendizado, mas se recusava a freqüentar as aulas de catecismo e, por causa de indisciplina, foi expulso de várias escolas. Mais tarde preconizaria um modelo de ensino não autoritário e não religioso.
	Iniciou sua vida acadêmica no curso de Ciências Biológicas, manifestando grande interesse pelas investigações laboratoriais. Em 1896 diplomou-se em medicina na Universidade de Gand, continuou os estudos em Berlim e depois em Paris (1897), onde estudou neurologia e se especializou em doenças nervosas. Sua atenção voltou-se desde o início para as crianças deficientes mentais. Esse interesse o levou a fazer a transição da medicina para a educação. Por essa época criou uma disciplina, a "pedotecnia", dirigida ao estudo das atividades pedagógicas coordenadas ao conhecimento da evolução física e mental das crianças.
Casou-se em 1898 com Agnes Guisset, filha do industrial Jean-Baptiste Guisset, e teve três filhos. 
	Ao regressar à Bélgica em 1901, dedicou-se ao estudo da infância deficiente e fundou um instituto para a educação de excepcionais em Uccle, na região de Bruxelas. Em 1907, fundou “L’École de l’Hermitage”, cujo ensino era direcionado aos meninos considerados de infância irregular, e que se tornou famosa como exemplo da Escola Nova. Ali aplicou ao ensino de crianças normais as conclusões extraídas da educação de excepcionais. Nomeado Professor de psicologia da Universidade de Bruxelas (1912), também fundou e presidiu a Foyer des Orphelins, em 1915. Também foi um dos fundadores do Cofondateur de la Ferme-Ecole de Waterloo (1924). No 1º Congresso Internacional de Calais de 1921, deu sua contribuição para a fundação da Liga Internacional da Educação Nova.
	Em seus últimos anos de vida, atuou como professor de Psicologia, destacando-se nesta área. Sofreu seu primeiro enfarte em 1930 e faleceu em setembro de 1932, em Uccle. O valor de sua obra está no destaque que emprestou às condições do desenvolvimento infantil; a educação, segundo ele, não se constitui na preparação para a vida adulta; a criança deve viver os seus anos jovens e as dificuldades que surgirem em cada fase, para serem resolvidas no momento certo. 
      As crianças para Decroly não podiam ser tratadas como armazenamento de conteúdos, eles só focalizavam o ensino sob um ângulo intelectual. Nas suas escolas ao invés de carteiras separadas, desde os pequeninos, observava-se que os alunos ficavam sempre em grupos. Por exemplo: no campo semeando legumes, de acordo com a estação do ano. Notava-se uma intensa atividade, janelas abertas ao sol, com materiais sempre em renovação. Sobre as mesas, plantas colhidas e fresquinhas, mapas geográficos com características das respectivas regiões. 
      O método de Decroly, mais conhecido pelos centros de interesse, possuíam um destino especial, aos alunos das classes primárias; os conhecimentos e interesses infantis apareciam associados. O maior defeito dos programas é que eles se inspiram em mestres sábios em suas especialidades, mas totalmente incompetentes em matéria de psicologia infantil. Considerando que era fundamental dar a todas as crianças uma cultura geral idêntica, eles não se perguntaram se, dessa forma, seria conveniente às crianças.  Para Decroly, a criança deve ser criança e não um adulto em potencial. Ele também transformou a maneira de aprender e ensinar, ajustando a psicologia da criança e em nenhum momento deixou de lado nada que a escola deve ensinar à criança. Os centros de interesse eram aplicados nas diferentes idades: dos três aos seis anos, no jardim de infância, e nos centros surgiram do contato com o meio. 
	O programa de Decroly apresentava idéias associadas: conhecimento pela criança, as suas necessidades de alimentação, de defender-se contra perigos e diversos acidentes, de agir e trabalhar com solidariedade, de ter alegria de espírito. O conhecimento do meio viria para satisfazer as necessidades apontadas acima. Nos centros de interesse, a criança passava por três momentos: o da observação, o da associação e o da expressão. A série de elementos não era obrigatória. Era algo simples para a criança, como comer, daí surgia o estudo da alimentação, a origem e a classificação dos alimentos, os preços, quem os produz e onde, como são preparados. E, de acordo com a curiosidade das crianças e o desenvolvimento, surgirão noções de geografia, ciências, história, higiene, cálculo, redação e desenho. Diante dessa riqueza de possibilidades exploratórias, a duração do centro de interesse é muito flexível, podendo estender-se durante meses. 
	No fim de um dia de trabalho com a pedagogia de Decroly, observamos grandes cadernos dispostos em cada classe sobre pranchetas. Cada aluno coloca o seu trabalho pessoal, documentado e organizado metodicamente as suas observações. Três atividades são aprofundadas, envolvendo a observação, a associação e a expressão. Para Decroly, a sala de aula está por toda parte, na cozinha, no jardim, no museu, no campo, na oficina, na fazenda, na loja, na excursão, nas viagens... A observação não ocorre em uma lição, em um momento particular da técnica educativa, mas deve ser considerada como uma atitude, chamando a atenção do aluno todo o tempo. A associação possibilita que o conhecimento adquirido por meio da observação seja compreendido em termos de tempo e de espaço. A expressão possibilitaria ao professor expressar aquilo que ele aprendeu, atenção da linguagem gráfica ou outra qualquer, integrando, assim, os diversos conhecimentos adquiridos. 
	Decroly sempre se negou a escrever uma obra fundamental que retratasse as suas idéias educacionais, não considerava concluída a sua concepção educacional; receava também que, publicando as suas técnicas, elas se cristalizassem; antes de se preocupar com fórmulas rígidas, procurava apresentar princípios. Decroly pronunciou várias conferências, que foram resumidas num folheto, escrito em colaboração com Gerardo Boon. E na introdução desse trabalho, Decroly apresenta questões que são ainda atuais nos nossos dias e que nos são apresentados por Lourenço Filho; "Poderemos transformar, de vez, todas as escolas, como seria o seu desejo". 
      A resposta de Decroly é bem positiva, chegando a propor medidas para que isso ocorra, como: classificação prevista dos alunos, formação de classes homogêneas, diminuição do efetivo das classes, modificação dos programas, distribuindo os assuntos de maneira diversa, partindo da própria criança, seus interesses e necessidades.
- MARIA MONTESSORI
	Maria Montessori nasceu em 1870 em Chiaravalle, no norte da Itália, filha única de um casal de classe média. Desde pequena se interessou pelas ciências e decidiu enfrentar a resistência do pai e de todos à sua volta para estudar medicina na Universidade de Roma. Direcionou a carreira para a psiquiatria e logo se interessou por crianças com retardo mental, o que mudaria sua vida e a história da Educação. Ela percebeu que aqueles meninos e meninas proscritos da sociedade por serem considerados ineducáveis respondiam com rapidez e entusiasmo aos estímulos para realizar trabalhos domésticos, exercitando as habilidades motoras e experimentando autonomia. Em pouco tempo, a atividade combinada de observação prática e pesquisa acadêmica levou a médica a experiências com as crianças ditas normais. Montessori graduou-se em pedagogia, antropologia e psicologia e pôs suas idéias em prática na primeira Casa dei Bambini (Casa das crianças), aberta numa região pobre no centro de Roma. A esta se seguiram outras em diversos lugares da Itália. O sucesso das "casas" tornou Montessori uma celebridade nacional. Em 1922 o governo a nomeou inspetora-geraldas escolas da Itália. Com a ascensão do regime fascista, porém, ela decidiu deixar o país em 1934. Continuou trabalhando na Espanha, no Ceilão (hoje Sri Lanka), na Índia e na Holanda, onde morreu aos 81 anos, em 1952.
	As idéias de educação de Maria Montessori refletem a concepção positiva do conhecimento que caracterizou a época em que viveu - sobretudo a virada do século 19 para o 20, marcada por efervescência intelectual e fascínio pela mente humana. Na primeira metade da vida dela, o mundo conheceu a luz elétrica, o rádio, o telefone, o cinema. As descobertas da ciência criavam expectativas ilimitadas para o futuro. A psiquiatria, que fascinou a jovem médica em Roma, se encontrava num ponto de inflexão. Pesquisas tornavam mais eficaz e mais humano o tratamento dos doentes mentais e lançavam luz sobre o funcionamento do cérebro de "loucos" e "sãos". Montessori se interessou em particular pelos estudos de um dos desbravadores dos mecanismos do aprendizado infantil, o médico francês Édouard Séguin. 
	Do ponto de vista dos costumes, ela também esteve na vanguarda. Escolheu uma profissão "de homens" e mais tarde teve um filho sem se casar - o que a obrigou a afastar-se dele nos primeiros anos de vida, para não causar escândalo. No auge de sua carreira, a educadora viu, na ascensão do regime fascista de Benito Mussolini, o triunfo momentâneo dos valores opostos aos que defendeu. Abandonou seu país, mas não a batalha por uma educação melhor.
Poucos nomes da história da educação são tão difundidos fora dos círculos de especialistas como Montessori. Ele é associado, com razão, à Educação Infantil, ainda que não sejam muitos os que conhecem profundamente esse método ou sua fundadora, a italiana Maria Montessori depois de ser a primeira mulher a se formar em medicina em seu país, foi também pioneira no campo pedagógico ao dar mais ênfase à auto-educação do aluno do que ao papel do professor como fonte de conhecimento. "Ela acreditava que a educação é uma conquista da criança, pois percebeu que já nascemos com a capacidade de ensinar a nós mesmos, se nos forem dadas as condições", diz Talita de Oliveira Almeida, presidente da Associação Brasileira de Educação Montessoriana.
Individualidade, atividade e liberdade do aluno são as bases da teoria, com ênfase para o conceito de indivíduo como, simultaneamente, sujeito e objeto do ensino. Montessori defendia uma concepção de educação que se estende além dos limites do acúmulo de informações. O objetivo da escola é a formação integral do jovem, uma "educação para a vida". A filosofia e os métodos elaborados pela médica italiana procuram desenvolver o potencial criativo desde a primeira infância, associando-o à vontade de aprender - conceito que ela considerava inerente a todos os seres humanos. 
O método Montessori é fundamentalmente biológico. Sua prática se inspira na natureza e seus fundamentos teóricos são um corpo de informações científicas sobre o desenvolvimento infantil. Segundo seus seguidores, a evolução mental da criança acompanha o crescimento biológico e pode ser identificada em fases definidas, cada uma mais adequada a determinados tipos de conteúdo e aprendizado. 
Maria Montessori acreditava que nem a educação nem a vida deveriam se limitar às conquistas materiais. Os objetivos individuais mais importantes seriam: encontrar um lugar no mundo, desenvolver um trabalho gratificante e nutrir paz e densidade interiores para ter capacidade de amar. A educadora acreditava que esses seriam os fundamentos de quaisquer comunidades pacíficas, constituídas de indivíduos independentes e responsáveis. A meta coletiva é vista até hoje por seus adeptos como a finalidade maior da educação montessoriana.
O principal legado da italiana Maria Montessori foi afirmar que as crianças trazem dentro de si o potencial criador que permite que elas mesmas conduzam o aprendizado e encontrem um lugar no mundo. "Todo conhecimento passa por uma prática e a escola deve facilitar o acesso a ela", diz a educadora Talita de Oliveira Almeida. É o que Montessori chamou de "ajude-me a agir por mim mesmo". Outro aspecto fundamental da teoria montessoriana é deslocar o enfoque educacional do conteúdo para a forma do pensamento. As críticas mais comuns ao montessorianismo referem-se ao enfoque individualista e ao excesso de materiais e procedimentos construídos dentro da escola - o que dificultaria a adaptação dos alunos a outros sistemas de ensino e ao "mundo real". Os montessorianos argumentam que, ao contrário, o método se volta para a vida em comunidade e enfatiza a cooperação.
O Método Montessori é um modelo educacional desenvolvida pela médica e educadora Maria Montessori.
É caracterizado por uma ênfase na independência, liberdade com limites e respeito pelo desenvolvimento natural das habilidades físicas, sociais e psicológias da criança.
A Association Montessori Internationale (AMI) cita os seguintes elementos como essenciais a uma escola montessoriana:
· Sala de aula com crianças de idade variadas entre 3 e 6 anos de idade
· Liberdade de escolha para o aluno escolher entre as atividades propostas
· Blocos ininterruptos de trabalho, normalmente 3 horas
· Um modelo construtivista, onde as crianças aprendem trabalhando com materiais ao invés de instruções diretas
· Materiais educacionais especializados, desenvolvidos por Maria Montessori e seus colaboradores
· Liberdade para movimentar-se dentro da sala de aula
· Um professor treinado no Método Montessori
A pedagogia de Montessori insere-se no movimento das Escolas Novas. Tal como a pedagogia waldorf, o método João de Deus, o método velaverde, ou a Escola Moderna, o método montessori opõe-se aos métodos tradicionais que não respeitem as necessidades e os mecanismos evolutivos do desenvolvimento da criança. Ocupa um papel de destaque neste movimento pelas novas técnicas que apresentou para os jardins de infância e para as primeiras séries do ensino formal.
O material criado por Montessori tem papel preponderante no seu trabalho educativo pois pressupõem a compreensão das coisas a partir delas mesmas, tendo como função a estimular e desenvolver na criança, um impulso interior que se manifesta no trabalho espontâneo do intelecto.
Ela produz uma série de cinco grupos de materiais didáticos:
· Exercícios Para a Vida Cotidiana
· Material Sensorial
· Material de Linguagem
· Material de Matemática
· Material de Ciências
Estes materiais se constituem de peças sólidas de diversos tamanhos, formas e espessuras diferentes. Coleções de superfícies de diferentes texturas e campainhas com diferentes sons. Tudo visando o prazer absoluto do aluno.
O "Material Dourado" é um dos materiais criado por Maria Montessori. Este material baseia-se nas regras do sistema de numeração, inclusive para o trabalho com múltiplos, sendo confeccionado em madeira, é composto por: cubos, placas, barras e cubinhos. O cubo é formado por dez placas, a placa por dez barras e a barra por dez cubinhos. Este material é de grande importância na numeração, e facilita a aprendizagem dos algoritmos da adição, da subtração, da multiplicação e da divisão.
O "Material Dourado" desperta no aluno a concentração, o interesse, além de desenvolver sua inteligência e imaginação criadora, pois a criança, está sempre predisposta ao jogo. Além disso, permite o estabelecimento de relações de graduação e de proporções, e finalmente, ajuda a contar e a calcular.
O aluno usa (individualmente) os materiais à medida de sua necessidade e por ser autocorretivo faz sua auto-avaliação. Os professores são auxiliares de aprendizagem e o sistema peca pelo individualismo, embora hoje sua utilização seja feita eventualmente em grupo.
No trabalho com esses materiais a concentração é um fator importante. As tarefas são precedidas por uma intensa preparação, e, quando terminam, a criança se solta, feliz com sua concentração, comunicando-se então com seus semelhantes, num processo de socialização.
A livre escolha das atividades pela criança é outro aspecto fundamental para que exista a concentração e paraque a atividade seja formadora e imaginativa. Essa escolha se realiza com ordem disciplina e com um relativo silêncio em consideração à perturbação dos professores.
O silêncio também desempenha papel preponderante. A criança fala quando o trabalho assim o exige, a professora não precisa falar alto.
Pés e mãos tem grande destaque nos exercícios sensoriais (não se restringem apenas aos sentidos), fornecendo oportunidade às crianças de manipular os objetos, sendo que a coordenação se desenvolve com o manuseio dos citados instrumentos.
Em relação à leitura e escrita, na escola montessoriana, as crianças conhecem as letras e são introduzidas na análise das palavras e letras; estando a mão treinada e reconhecendo as letras, a criança pode escrever palavras e orações inteiras.
Em relação à matemática os materiais permitem o reconhecimento das formas básicas, permitem o estabelecimento de graduações e proporções, comparações, induzem a contar e calcular.
Édouard Claparède nasceu em Genebra, 24 de Março de 1873 e morreu em Genebra, 29 de Setembro de 1940) foi um neurologista e psicólogo do desenvolvimento infantil, que se destacou pelos seus estudos nas áreas da psicologia infantil, da pedagogia e da formação da memória. Foi um dos mais influentes expoentes europeus da escola da psicologia funcionalista, tendo as suas teorias grande repercussão nos movimentos de renovação pedagógica da primeira metade do século XX.
Médico psicólogo, um dos mais influentes expoentes europeus da escola da psicologia funcionalista, cujas pesquisas experimentais no campo da psicologia infantil tiveram grande influência na criação da pedagogia moderna, que incentiva a atitude participante do educando. Após completar seus estudos médicos em Genebra (1897), passou um ano fazendo pesquisas em Paris, onde conheceu Alfred Binet, um dos principais criadores e aperfeiçoadores dos testes de inteligência, e retornou a Genebra para trabalhar com seu primo, Theodore Flournoy e lecionar na universidade local, ocupando a cátedra de psicologia na Universidade de Genebra, onde sucedeu a Theodore Flournoy, seu mestre. 
Formulou a lei do interesse momentâneo, segundo a qual o pensamento é uma função biológica a serviço do organismo humano. Tornou-se interessado na psicologia comparada, também dita animal, que o levou mais tarde ao estudo da inteligência humana e do aprendizado, e desenvolveu a tese da escola ativa, que estimula a independência intelectual da criança, fazendo-a atuar sobre o que aprende, em oposição e de grande impacto sobre à educação tradicional da época: a psicologia mecanicista. Com os livros Psychologie de l'enfant et pédagogie expérimentale (1905) e L'École sur mesure (1921), entre outros, e os trabalhos em psicologia pedagógica desenvolvidos no Instituto Jean-Jacques Rousseau, que fundou (1912) uma academia voltada para a investigação e o ensino da psicologia e da psico-pedagogia, hoje integrada na Universidade de Genebra, exerceu um papel renovador e pioneiro na educação moderna, que seria retomado por seu conterrâneo Jean Piaget, e morreu em Genebra.
Edouard Claparède, nasceu e passou a maior parte de sua vida em Genebra. Depois de estudar medicina e psicologia na Alemanha, Suíça e França, concentrou-se na área da investigação, colaborando com Théodore Flournoy, a quem veio suceder como professor na Universidade de Genebra, no estudo da psicologia infantil, pedagogia e formação da memória[1] .
Claparède seguiu uma ampla gama de interesses na investigação neuro-psicológica, com destaque para a sua abordagem ao tema do sono, fenómeno que tratou como um estado positivo, interligado com a necessidade do organismo se proteger contra a fadiga, avançando com a hipótese da existência de uma inibição da actividade cerebral, sob controlo neural.
Outra área de destaque foi o estudo da histeria, que considerou ser um estado onde existia interferência no contacto sensorial com o ambiente circundante, que ele sugeriu ocorrer por razões funcionais.
Os seus conceitos estavam ligados às ideias da abordagem pragmatista, como ilustrado pela sua Law of becoming conscious. Afirmou que tal como os instintos, o processamento cognitivo pode ser eficaz sem recurso à consciência, desde que se sucedam na sua função. Só se alguma nova procura é imposta pelo ambiente será necessário recorrer a processos mentais "agarrados" pela consciência. Essa proposta integrou um conjunto complexo de conceitos que levantou uma série de diferentes predições. Nesse contexto afirmou que a actividade mental não surge na consciência, mas, tal como nos instintos, o processamento cognitivo pode ser eficaz sem recorrer à consciência.
Essa abordagem ao fenómeno da consciência deu origem a um método experimental em que o objecto de investigação, desde protocolos verbais até a resolução de problemas que ocorreram, originou algumas das características da psicologia cognitiva dos tempos mais recentes. Para Claparède, toda conduta é ditada por um interesse e toda a acção consiste em atingir o objectivo que é mais urgente num determinado momento.
O trabalho fundamental de Claparède foi de enorme importância para a pedagogia, porque pretendeu construir uma teoria científica da infância, baseado na ideia de que se deveria levar em conta o estado de desenvolvimento da criança e dos processos mentais, dando devida importância ao ensino baseado no conhecimento das crianças. Embora já vários estudiosos o tivessem apontado, Claparède foi o primeiro a tornar o assunto objecto de estudo científico.
A sua obra favoreceu o desenvolvimento de duas das mais importantes linhas do pensamento educacional do século XX, a Escola Nova e o cognitivismo. A sua visão sobre a origem do interesse, fez com que se acreditasse que os professores deveriam mudar sua postura centralizadora e tentar atrair o interesse do educando para os temas que abordados, trazendo para o ambiente escolar os jogos e outra técnicas lúdicas através das quais as crianças se sentiriam motivadas, induzindo por essa via uma necessidade de conhecer para resolver problemas. Daí o incentivo à atitude participante do educando em detrimento das aulas expositivas e com fraca interacção entre docente e aluno.
Na investigação da formação da memória, Claparède produziu uma conhecida experiência pela qual demonstrou que o trauma de um evento doloroso pode ser retido mesmo na ausência de formação de memória recente. Nessa experiência, recorreu a uma mulher que sofria de uma forma de amnésia que lhe permita manter a sua memória distante, mas impedia a formação de novas memórias, embora mantivesse intactas a maioria das suas capacidades intelectuais. Na experiência, Claparède que a tinha cumprimentado ao longo de muitos dias e determinado que ela não o reconhecia, durante uma sessão apertou-lhe a mão escondendo um alfinete, picando-a no processo. No dia seguinte, apesar da mulher não o reconhecer, hesitou quando Claparède lhe estendeu a mão, demonstrando que reconhecia a ameaça apesar da sua memória não lhe permitir reconhecer o seu autor[2] .
Em 1912, Claparède fundou o Institut Rousseau, em Genebra, uma academia vocacionada para a investigação e ao ensino da psicologia e da psico-pedagogia.
Em Lisboa, a sua memória é homenageada pela sua adopção como patrono do Colégio Eduardo Claparède.
O francês Roger Cousinet nasceu em 1881. Foi inspetor de ensino primário em 1910 e, assim, se tornou responsável por uma centena de escolas públicas até 1942.  Cousinet experimenta seu método de trabalho livre em grupos. Para o mesmo, as crianças podem se organizar, se esforçar para participar de atividades que lhes agradam, tais como jogos e o trabalho em grupos. Parece-nos, assim, um precursor do trabalho coletivo em torno de tarefas e projetos que, no ensino de línguas, ocorreria como tendência ao longo da década de 1980.
Roger Cousinet formou-se como professor do ensino primário, actividade que exerceu durante alguns anos. Porém, não tardou a convencer-se da inadequação do sistema escolar que repousava inteiramente na actividade do professor e napassividade do aluno. Procurou inverter estes factores, o que o levou a pôr a tónica no grupo, elaborando, de maneira progressiva, um modelo pedagógico original a que chamou mais tarde, o "método de trabalho livre por grupo."
Esse educador incentiva na França o movimento da Educação Nova e organiza a cada ano congressos em que participam todos os inovadores no campo da educação. Aos 63 anos, ao terminar sua carreira de Inspetor começa a ensinar pedagogia na Sorbonne e o faz até 1959. Adquire prestígio internacional e escreve até pouco antes de sua morte, ocorrida em 1973.
Cousinet mostrou que o grupo espontâneo de crianças é um lugar de confronto entre o interesse geral e o individual, pelo que pode ser usado com vantagem como um lugar que permite um educação social e moral, através da orientação dos sentimentos de competição ou solidariedade que surgem espontaneamente dentro do grupo. Neste contexto o papel do educador toma um nova face, já que é encarada como existindo para a criança.
Importa salientar que Cousinet recomendava-o principalmente para o trabalho científico, histórico, geográfico e artístico. Numa metodologia que permitia a aplicação prática dos princípios da Escola Activa o docente recorria a material diversificado para transformar a sala de aula num meio estimulante e rico de actividades susceptíveis de captar o interesse das crianças.
Cousinet destaca que para a formação do professor é importante que se valorizem os dons naturais do mesmo e sua formação formal. São dois lados que compõem esse professor: seus dons e sua aprendizagem. Para esse autor o educador deve ter dons naturais, entretanto deve, também, aprender seu ofício.
Esse autor utiliza com prudência o termo “educador profissional” (RAILLON, 2010, p. 33) porque compreende que tal educador não é o único responsável pela formação dos aprendizes. A dificuldade para que isso ocorra é o fato de que o mesmo não conseguirá se adaptar a todos seus aprendizes, não podendo, assim, considerar-se o único responsável pela educação de seus aprendizes. Valoriza, então, os métodos para que o aprendiz possa aprender melhor.
Cousinet dedica um capítulo de sua obra “A Formação do Educador e Pedagogia da Aprendizagem” ao estudo de outras línguas. Tem uma visão clara de que “não podemos, evidentemente, contentar-nos com a decomposição gramatical, essencial a toda didática. Não se trata, para o mestre, de ensinar; trata-se de o escolar aprender” (COUSINET, 1974, p. 133). Para esse autor, se a criança chega à escola com certa bagagem em língua materna, o mesmo “entra no desconhecido” (idem, p. 133) ao se aproximar de outros idiomas, pois não pode comunicar suas ideias ou seu pensamento: “é preciso aprender tudo e entrar num mundo novo, não de pensamento, mas de linguagem” (ibidem, p. 134). Sugere inclusive que o aprendiz não precisa aprender muito rapidamente, pois entende que o aprendiz deve se familiarizar com o que não conhece, não necessariamente de maneira rápida, mas “de maneira segura e contínua” (ibidem, p. 134).
Segundo o pensamento progressista de Cousinet, o professor de língua estrangeira deve priorizar a aprendizagem e não o ensino. Para esse autor, isso significa passar do contexto da didática para o contexto da aprendizagem: “passa-se de um mundo para outro” (ibidem, p. 137). Se quisermos que os aprendizes falem a língua estrangeira, que falemos, leiamos e escrevamos diante deles no idioma-alvo. Destaca que o mestre deve ter uma atitude adidática e aceitadora: “[...] o ensino sistematizado, com suas análises, suas regras, sua gramática, sua progressão não-psicológica, mas didática, impede a aprendizagem [...] se o mestre quer que o aluno aprenda, deve abster-se de ensinar” (ibidem, p. 141).
O termo “aprendente” (ibidem, p. 137) foi utilizado por Cousinet para explicar o aluno em fase de aquisição. Esse autor prefere utilizar o termo “ensinando” para explicitar que o aluno entrou no mundo do ensino e submeteu-se às exigências desse mundo. Define também que a “língua estrangeira é meio de expressão e de comunicação” (ibidem, p. 141). Constata a dificuldade de os aprendizes se expressarem em língua estrangeira na França, mesmo que já compreendam alguma questão ou frase por escrito. Para que se tenha mais êxito nessa aprendizagem, Cousinet sugere que o professor de línguas estrangeiras tenha uma atitude mais adidática, aceitadora e acorretora, para que os mesmos possam se adaptar pouco a pouco ao novo idioma.
Cousinet destaca que na formação do professor deve-se preparar e ofertar o mais vasto conhecimento ao professor, para que ele saiba fazer com que seus aprendizes se coloquem na posição de adquirir uma qualidade fundamental: a de saber fazer.
Jean Piaget, o biólogo que colocou a aprendizagem no microscópio
O cientista suíço revolucionou o modo de encarar a educação de crianças ao mostrar que elas não pensam como os adultos e constroem o próprio aprendizado
Jean Piaget nasceu no dia 9 de agosto de 1896, em Neuchâtel, na Suíça. Seu pai, um calvinista convicto, era professor universitário de Literatura medieval.
Piaget foi um menino prodígio. Interessou-se por História Natural ainda em sua infância. Aos 11 anos de idade, em 1924, publicou o primeiro de mais de 50 livros, publicou seu primeiro trabalho sobre sua observação de um pardal albino. Esse breve estudo é considerado o início de sua brilhante carreira científica. A Linguagem e o Pensamento na Criança. Antes do fim da década de 1930, já havia ocupado cargos importantes nas principais universidades suíças, além da diretoria do Instituto Jean-Jacques Rousseau, ao lado de seu mestre, Édouard Claparède. Aos sábados, trabalhava gratuitamente no Museu de História Natural. 
Freqüentou a Universidade de Neuchâtel, onde estudou Biologia e Filosofia. Ele recebeu seu doutorado em Biologia em 1918, aos 22 anos de idade. 
Após formar-se, foi para Zurich, onde trabalhou como psicólogo experimental. Lá ele freqüentou aulas lecionadas por Jung e trabalhou como psiquiatra em uma clínica. Essas experiências influenciaram-no em seu trabalho. Ele passou a combinar a psicologia experimental - que é um estudo formal e sistemático - com métodos informais de psicologia: entrevistas, conversas e análises de pacientes.
Em 1919, mudou-se para a França, onde foi convidado a trabalhar no laboratório de Alfred Binet, um famoso psicólogo infantil que desenvolveu testes de inteligência padronizados para crianças. Piaget notou que crianças francesas da mesma faixa etária cometiam erros semelhantes nesses testes e concluiu que o pensamento lógico se desenvolve gradualmente. O ano de 1919 foi um marco em sua vida. Quando iniciou seus estudos experimentais sobre a mente humana e começou a pesquisar também sobre o desenvolvimento das habilidades cognitivas. Seu conhecimento de Biologia levou-o a enxergar o desenvolvimento cognitivo de uma criança como sendo uma evolução gradativa. 
Em 1921, voltou à Suíça e tornou-se diretor de estudos no Instituto J. J. Rousseau da Universidade de Genebra. Lá ele iniciou o maior trabalho de sua vida, ao observar crianças brincando e registrar meticulosamente as palavras, ações e processos de raciocínio delas. 
Em 1923, casou-se com Valentine Châtenay, com quem teve três filhas: Jacqueline (1925), Lucienne (1927) e Laurent (1931). As teorias de Piaget foram, em grande parte, baseadas em estudos e observações de seus filhos que ele realizou ao lado de sua esposa. 
Enquanto prosseguia com suas pesquisas e publicações de trabalhos, Piaget lecionou em diversas universidades européias. Registros revelam que ele foi o único suíço a ser convidado para lecionar na Universidade de Sorbonne (Paris, França), onde permaneceu de 1952 a 1963. Até a data de seu falecimento fundou e dirigiu o Centro Internacional para Epistemologia Genética. Ao longo de sua brilhante carreira, Piaget escreveu mais de 75 livros e centenas de trabalhos científicos. 
Piaget morreu em Genebra, em 17 de setembro de 1980.
 (1873-1940). Foi também nesse período que acompanhou a infância dos três filhos, uma das grandesfontes do trabalho de observação do que chamou de "ajustamento progressivo do saber". Até o fim da vida, recebeu títulos honorários de algumas das principais universidades européias e norteamericanas. Morreu em 1980 em Genebra, Suíça. 
Foi o nome mais influente no campo da educação durante a segunda metade do século 20, a ponto de quase se tornar sinônimo de pedagogia. Não existe, entretanto, um método Piaget, como ele próprio gostava de frisar. Ele nunca atuou como pedagogo. Antes de mais nada, Piaget foi biólogo e dedicou a vida a submeter à observação científica rigorosa o processo de aquisição de conhecimento pelo ser humano, particularmente a criança.
Do estudo das concepções infantis de tempo, espaço, causalidade física, movimento e velocidade, Piaget criou um campo de investigação que denominou epistemologia genética - isto é, uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança. Segundo ele, o pensamento infantil passa por quatro estágios, desde o nascimento até o início da adolescência, quando a capacidade plena de raciocínio é atingida.
"A grande contribuição de Piaget foi estudar o raciocínio lógico-matemático, que é fundamental na escola mas não pode ser ensinado, dependendo de uma estrutura de conhecimento da criança", diz Lino de Macedo, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.
As descobertas de Piaget tiveram grande impacto na pedagogia, mas, de certa forma, demonstraram que a transmissão de conhecimentos é uma possibilidade limitada. Por um lado, não se pode fazer uma criança aprender o que ela ainda não tem condições de absorver. Por outro, mesmo tendo essas condições, não vai se interessar a não ser por conteúdos que lhe façam falta em termos cognitivos.
Isso porque, para o cientista suíço, o conhecimento se dá por descobertas que a própria criança faz - um mecanismo que outros pensadores antes dele já haviam intuído, mas que ele submeteu à comprovação na prática. Vem de Piaget a idéia de que o aprendizado é construído pelo aluno e é sua teoria que inaugura a corrente construtivista. Educar, para Piaget, é "provocar a atividade" - isto é, estimular a procura do conhecimento. "O professor não deve pensar no que a criança é, mas no que ela pode se tornar", diz Lino de Macedo. 
2.1 - FORMAS DE UTILIZACAO DO MATERIAL DOURADO
	O Material Dourado Montessori destina-se a atividades que auxiliam o ensino e a aprendizagem do sistema de numeração decimal-posicional e dos métodos para efetuar as operações fundamentais (ou seja, os algoritmos). 
	No ensino tradicional, as crianças acabam "dominando" os algoritmos a partir de treinos cansativos, mas sem conseguirem compreender o que fazem. Com o Material Dourado a situação é outra: as relações numéricas abstratas passam a ter uma imagem concreta, facilitando a compreensão. Obtém-se, então, além da compreensão dos algoritmos, um notável desenvolvimento do raciocínio e um aprendizado bem mais agradável. O Material Dourado faz parte de um conjunto de materiais idealizados pela médica e educadora italiana Maria Montessori.
… Continuar citando as duas formas.
CONSIDERACOES FINAIS 
LEIAM no manual p. 8 as instruções para escreverem as considerações finais.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
LEIAM no manual p. 8 e 9 as instruções para citarem CORRETAMENTE as Referencias Bibliográficas, lembrando que o livro base da disciplina deve ser utilizado e citado. 
Bibliografia:
http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/per03.htm
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/filosofo-liberdade-como-valor-supremo-423134.shtml?page=all
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/john-dewey-428136.shtml
http://educador.brasilescola.com/gestao-educacional/escola-nova.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_e_trabalho_de_projeto
http://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/william-kilpatrick-a-educacao-ativa-3305474.html
http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/per08.htm
http://apostasemei.blogspot.com.br/2012/05/jean-ovide-decroly.html
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/medica-valorizou-aluno-423141.shtml?page=3
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_Montessori
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89douard_Clapar%C3%A8de
http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/
http://www.helb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=192:arquitetos-da-abordagem-reflexiva-da-formacao-de-professores-&catid=1111:ano-5-no-5-12011&Itemid=16
http://www.usc.br/biblioteca/mimesis/mimesis_v22_n2_2001_art_04.pdf
http://www.prof2000.pt/users/msacra/a_orienta%C3%A7%C3%A3o_do_ensino_por_grupo.htm
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/jean-piaget-428139.shtml?page=3
http://www.coladaweb.com/pedagogia/jean-piaget
ANEXO
Atividades propostas: 
· Quadro síntese - Explicação p. 6 do manual
· Ficha do ecobrinquedo - Explicação p.10 do manual

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