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ABORDAGEM DO RECÉM NASCIDO COM DESCONFORTO RESPIRATÓRIO

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ABORDAGEM DO RECÉM NASCIDO COM
DESCONFORTO RESPIRATÓRIO
Þ Classificação da Cianose:
- Localizada ou Periférica/Acrocianose (Aparece nas Regi-
ões Plantares e Palmares. É um Sinal Benigno e Comum no
Período Neonatal, Não representando Doença Sistêmica Gra-
ve).
- Generalizada ou Central (Envolve a Mucosa Oral).
Þ Causas do Desconforto Respiratório:
- Causas Mecânicas ou Mecânio-Cirúrgicas.
- Causas Cardiovasculares.
- Causas Neuromusculares.
- Causas Metabólicas.
- Causas Infecciosas, Pulmonares.
Þ O Gemido Expiratório, é um sinal comum nos Recém
Nascidos acometidos pela Síndrome do Desconforto Respi-
ratório.
Þ Taquipneia: Quando, em Repouso ou Durante o Sono, a
Frequência Respiratória mantém-se Persistentemente Acima
de 60 bpm.
Þ Apnéia: Pausa Respiratória Superior a 20 segundos, ou
entre 10 a 15 segundos, se acompanha de Bradicardia, Cia-
nose, ou Queda de Saturação de Oxigênio.
Þ A maioria das Doenças Respiratórias Neonatais, mani-
festam-se nas primeiras horas de Vida, de Forma Inespecí-
fica e, muitas vezes, com Sobreposição de Sinais e Sinto-
mas.
Þ O Recém Nascido, apresenta Respiração exclusivamen-
te Nasal. Acredita-se que a Dilatação das Narinas durante
a Inspiração, Diminua a Resistência da Via Aérea Superi-
or, Reduzindo o Trabalho Respiratório.
Þ Triagem: Decorre do Deslocamento para dentro da Caixa
Torácica, a cada Respiração, entre as Costelas (Intercostal),
nas Últimas Costelas Inferiores (Subcostal), na Margem Su-
perior (Supraesternal) e Inferior do Esterno (Processo Xifoi-
de).
BOLETIM DE SILVERMAN ANDERSEN:
Þ Se Pontuar 10, ele esta com SDR Grave, beirando a Insu-
ficiência Respiratória Aguda (Vão pra Ventilação Mecânica).
CHECAR A CADA 2H.
DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA / SDR:
Þ Pequenos Espaços Aéreos, Colapsam havendo Atelectasi-
as Progressivas.
Þ Atua Diminuindo a Tensão Superficial, e Mantendo a Ex-
pansão Alveolar.
Þ Causada por Deficiência Qualitativa e Quantitativa do Sur-
factante Pulmonar.
Þ Acomete principalmente Recém Nascido Pré-Termo:
60% a 80% < 28 semanas; 15% a 30% 32 a 36 semanas.
Þ A Deficiência Qualitativa e Quantitativa do Surfactante Al-
veolar (Cpap), é a principal causa da SDR.
Þ Na sua Ausência: Aumento da Tensão Superficial da In-
terface Ar-Alvéolos, o que Diminui a Complacência Pulmonar.
Þ Causa Primária: Deficiência de Surfactante (Composto de
Fosfolipídeos (75%) e Proteínas (10%); Produzido e Armaze-
nado nos Pneumócitos Tipo 2).
Þ A Evolução Clássica da SDR pode ser modificada por
meio da Administração Antenatal de Corticoide, Assistência
Ventilatória Precoce e Uso de Surfactante Exógeno.
Þ O Aspecto Típico é de Infiltrado Retículo Granular Difu-
so (Vidro Moído), distribuído Uniformemente nos Campos
Pulmonares, além da presença de Broncogramas Aéreos e
Aumento de Líquido Pulmonar.
FATORES DE RISCO:
Þ 2 Gemelar.
Þ Mãe Diabética.
Þ Sexo Masculino.
Þ Asfixia Perinatal.
Þ RNPT < 34 semanas.
Þ Parto Cesáreo Eletivo.
Þ Malformações Torácicas.
Þ História de Parto Prematuro Anterior.
FATORES DE PROTEÇÃO:
Þ Parto Vaginal.
Þ Pré Natal Completo.
Þ Corticóide Antenatal (25 a 34 semanas).
QUADRO CLÍNICO:
Þ HC, PCR, Hemocultura: Rastrear ou Excluir Sepse Preco-
ce.
Þ Ausculta Pulmonar: Diminuição do Murmúrio Vesicular,
Estertores Crepitantes.
Þ Gasometria Arterial: Hipoxemia e Acidose Respiratória,
Metabólica ou Mista.
Þ Raio X de Tórax: Infiltrado Reticulogranular Difuso (Vidro
Moído), Broncograma Aéreo, Edema Pulmonar.
Þ Inicia-se nas Primeiras Horas de Vida, com Piora Progres-
siva nas Primeiras 48h a 72h, se Não Tratada.
Þ Sinais de Desconforto Respiratório: Taquipnéia, BAN,
Gemidos, Retrações, Cianose, Falência Respiratória.
ABORDAGEM DO RECÉM NASCIDO COM
DESCONFORTO RESPIRATÓRIO
CUIDADOS EM UTI NEONATAL:
Þ Fisioterapia Respiratória.
Þ Iniciar NPT Precocemente.
Þ Xantinas: Cafeína / Aminofilina.
Þ Antibióticos: Penicilina + Aminoglicosídeo.
Þ Monitoração Contínua com Oxímetro de Pulso.
Þ Manter o Recém Nascido na Incubadora Aquecida.
Þ Oferecer O2 para Manter PaO2 de 50mmHg a 70mmHg:
- Ventilação Mecânica < 1000g.
- Cpap com Pronga Nasal > 1000g.
Þ Manter Dieta Zero nas primeiras 24 horas de vida, com
SOG Aberta.
Þ Surfactante Pulmonar Exógeno: O mais Precoce possí-
vel (100mg/Kg ET a 200mg/Kg ET).
TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA DO RECÉM NASCIDO:
Þ Geralmente melhora em poucas horas até 3 dias.
Þ Distúrbio do Parênquima Pulmonar Autolimitado.
Þ Edema Pulmonar devido a Demora na Reabsorção do
Fluído Alveolar.
Þ Também chamada de Pulmão Úmido ou Síndrome
Adaptativa (Aumento de FR, Com Fluído Alveolar). Descon-
forto Respiratório Leve / Moderado: O2 a FiO2 30% - 40%.
FATORES DE RISCO:
Þ Sexo Masculino.
Þ Gestações Múltiplas.
Þ Recém Nascidos GIG.
Þ Filho de Mãe Diabética ou Com Asma.
Þ Parto Cesáreo Sem Trabalho de Parto.
Þ Sedação Materna ou Hidratação Excessiva.
Þ Retorno no Clampeamento do Cordão Umbilical ou Orde-
nha do Cordão.
Þ Recém Nascido Termo ou Recém Nascido Pré-Termo
Tardios > 34 semanas.
QUADRO CLÍNICA:
Þ Ausculta Pulmonar: Normal ou Estertores Bolhosos.
Þ Desconforto Respiratório nas primeiras horas de vida.
Þ Recém Nascido Nasce Bem, Sem Asfixia (Bom Apgar).
Þ Ausência de Risco para Infecção Neonatal, Cardiopatias,
Malformações.
Þ Taquipnéia, Cianose, Gemido Expiratório, Batimento de
Asa de Nariz, Tiragem Intercostal.
DIAGNÓSTICO:
Þ Gasometria: Se Persistência do DR.
Þ Clínico: Anamnese Materna e Exame Físico.
Þ Ecocardiograma: Se Persistência de Cianose.
Þ Hemograma: Se História sugestiva de Infecção Neonatal.
Þ Exames Laboratoriais: Dispensáveis na maioria dos ca-
sos.
Þ Raio X de Tórax: Proeminência da Trama Perihilar, Cardi-
omegalia Discreta, Hiperinsuflação com Diafragma Achatado.
PROGNÓSTICO:
Þ Excelente, na maior parte dos casos.
Þ Raras Complicações: Falência Respiratória, Hiperinsufla-
ção Pulmonar, Pneumotórax, Pneumonia Aspirativa.
TRATAMENTO:
Þ Não Iniciar Antibióticos ou Diuréticos.
Þ Dieta por SOG/Gavagem, se FR > 60 < 80 ipm.
Þ Dieta Zero se FR > 80 ipm: Iniciar Hidratação Venosa.
Þ Suporte de O2: Oxi-Hood ou Cpap Nasal com FiO2 até
40%.
Þ Manter o Recém Nascido Aquecido: Berço Térmico ou
Incubadora Aquecida (Temperatura Axilar 36,5 C a 37,5 C).
SÍNDROME DE ASPIRAÇÃO MECONIAL:
Þ 30% dos Recém Nascidos Meconizados, aspiram o Mecô-
nio e têm complicações (5% Óbito).
Þ Asfixia Aguda ou Crônica IU, leva a Eliminação Precoce de
Mecônio, com Elevado Risco de Aspiração, Obstrução VAI,
Óbito.
Þ Risco Maior nos Recém Nascidos Pós-Termo, RCIU, Fi-
lhos de Mães com DHEG, Fumantes, Doenças Pulmonares
ou Cardíacas Crônicas.
Þ Líquido Amniótico Meconial, é observado em 8% a 15%
dos Recém Nascidos. Destes, a maior parte consegue em-
preender uma boa resposta Adaptativa, enquanto 5% mos-
tram Dificuldade Respiratória ao Nascimento, desde algum
Atraso e Dificuldade em Iniciar os Movimentos Respiratórios
Espontâneos até Sinais de Aspiração e Hipóxia Prolongada,
o que resulta em Síndrome de Aspiração Meconial.
QUADRO CLÍNICO:
Þ HC, PCR, Hemocultura: Rastrear Sepse Bacteriana.
Þ Gasometria Arterial: Hipoxemia e Acidose Respiratória,
Metabólica ou Mista.
Þ Raio X de Tórax: Hiperinsuflação Pulmonar; Infiltrado Di-
fuso, Grosseiro e Heterogêneo.
Þ Recém Nascido Termo ou Pós Termo, nasce com Si-
nais de Impregnação Meconial: Pele, Unhas e/ou no Coto
Umbilical, Depressão Respiratória, Gaspings, Cianose ou Pa-
lidez Acentuada, Bradicardia, Falência Respiratória e Óbito,
se Não Tratado Rapidamente.
TRATAMENTO:
Þ Antibióticos.
Þ VPP Com Ambú e Máscara.
Þ Monitoração Contínua em UTI Neonatal.
Þ Óxido Nítrico Inalatório, se Sinais de HPP.
Þ Dieta Zero > Iniciar Nutrição Parenteral Total Precocemen-
te.
COMPLICAÇÕES:
Þ Óbito (5%).
Þ Atelectasias.
Þ Pneumotórax.
Þ Sepse Bacteriana.
Þ Pneumomediastino.
Þ Distúrbios Metabólicos: Acidose.
Þ Hipertensão Pulmonar Persistente (HPP).

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