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HISTORIA DO DIREITO

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HISTORIA DO DIREITO – TÓPICO 1 -DIREITO NA ANTIGUIDADED E PRIMEIRAS CODIFICAÇÕES LEGAIS.
ATIVIDADE
1- Explique do direito nas sociedades sem escrita
As origens do Direito situam-se anteriormente a formação das primeiras sociedades e isso como já dito remota a Pré-História, e a povos que não tinham o domínio da escrita. 
Os povos sem escritos ou ágrafos não têm um tempo determinado. Podem ser os homens da caverna de 3.000 a.C. ou índios brasileiros até a chegada de Cabral, ou até mesmo as tribos da floresta Amazônica que ainda hoje não entraram em contato com o homem branco. Portanto a pré-história do direito é um longo caminho de evolução jurídica que povos ágrafos percorreram e, apesar de podermos supor que foi uma estrada bastante rica, temos a dificuldade, pela falta de escrita, de ter acesso a ela.
 Esses povos possuíam um desenvolvimento tecnológico baixo, ou seja, suas descobertas e suas buscas por inventos e descobertas se limitavam ao que era imprescindível a sua sobrevivência. Por este motivo, sua composição era basicamente de caçadores ou coletores, trabalhando em prol apenas de seu sustento. Em função do seu grau de desenvolvimento possuíam uma vida seminômade ou nômade. Em algum momento de suas existências, os povos ágrafos sentiram a necessidade de regularizar o seu convívio em sociedade. 
A pré-história tinha por fontes do direito: 
a) o costume; 
b) os precedentes; 
c) os provérbios;
 d) e a decisão do chefe.
O ordenamento jurídico na época dos povos ágrafos era dotado de regras abstratas, passadas de gerações em gerações, pessoa para pessoa, pelo dom da fala. Com esse tipo de transmissão oral, as regras não eram iguais entre as diversas tribos existentes, por diversos motivos: o principal era o poder descentralizado, isto é, cada tribo era o que podemos chamar de independente em relação às outras tribos, além da distância física entre elas.
 Com isso mesmo que houvesse pontos semelhantes do direito das tribos, geralmente elas regulavam de maneiras diferentes. Mas havia uma característica que era única entre as tribos dos povos ágrafos que era a religiosidade, e com isso interligado ao direito, pois o ser humano vivia temendo os poderes sobrenaturais e as forças da natureza. Essa “religiosidade” ocasionava estes temores, portanto era preciso que as regras fossem estipuladas.
Durante muito tempo deu-se o nome de “direitos primitivos” ao direito e por consequência de “direitos jurídicos” aos sistemas jurídicos sem escrita. Essa denominação que durou muito tempo se mostrou inadequada, pois derivava dos números povos que não tinham ainda atingido a cultura da escrita, mas tinham o que podemos chamar de uma grande evolução na vida social, cultural e jurídica. Surgiu então a expressão “direitos arcaicos”, mais abrangentes do que “direitos primitivos”, pois permite englobar e classificar sistemas jurídicos e sociais de diversos níveis na história e na evolução do direito.
Como mencionando anteriormente, o direito arcaico não é resultante de uma única pessoa, mas a lei primitiva veio ao encontro da propriedade e das sucessões que teve origem nas famílias: no seu dia, como as crenças, os sacrifícios e o culto aos mortos.
Eles basicamente utilizam os Costumes como fonte de suas normas, ou seja, o que é tradicional no viver e conviver de sua comunidade torna-se regra a ser seguida. Nos grupos sociais onde se podem distinguir pessoas que detêm algum tipo de poder, estes impõem regras de comportamento, dando ordens que acabam tendo caráter geral e permanente.
As fontes do Direito dos povos ágrafos eram tudo aquilo que servia de inspiração ou base para a comunidade elaborar as regras e códigos não escritos. Obviamente como comunidades pequenas e quase sem contato com as outras comunidades era o costumes dessas comunidades que serviam de fontes para a “aplicação do direito".
2- Identificar a importância do Código de Hamurabi na história do Direito.
A importância histórica do Código de Hamurabi deve-se pelo fato de ele ter se tornado a fonte jurídica na qual se basearam as leis de praticamente todos os povos semitas da antiguidade, incluindo os assírios, os caldeus e os próprios hebreus.
	O código de Hamurabi , foi criado pelo rei Khammurabi e teve como objetivos criação de leis baseadas no costume e com o intuito de organizar e administrar a região da Mesopotâmia. De acordo com os textos acadêmicos, as leis trataram das primeiras preocupações com os direitos humanos, pois, teriam sido criadas com o intuito de “proteger” os mais fracos dos mais fortes, instituir a justiça como forma de firmar a segurança e a garantia dos direitos e responsabilidades, além de propiciar o bem-estar do povo. 
É importante ressaltar que o código de Hamurabi é de suma importância para o direito atual, pois, constitui a primeira legislação para o direito como fonte de justiça, valendo que as leis partem de uma evolução histórica é de extrema importância analisar que estas mudanças que decorrem pelos interesses de uma sociedade.
Assim sendo, de acordo com os povos antigos suas leis eram pertinentes para aquele dado momento e para população que elas se enquadravam. As leis garantiram que outros povos também instituíssem o conceito de justiça e de normas de pagamentos, fato que anterior ao rei Hamurabi não havia tido conhecimento.
3- Caracterizar o direito antigo egípcio, hebraico, hindu e mulçumano.
Egípcio
- Direito Consuetudinário
- Existiam corpos de lei de Direito Adjetivo e de Direito Substantivo.
- Rei como a encarnação e a fonte do direito.
- Sistema Teocrático - Rei (Faraó) detinha todos os poderes do Estado (administração, religião, justiça e guerra).
- Direito com profunda influência religiosa das percepções do faraó.
- Sociedade dividia em castas: 	
* Sacerdotes: superior e inferior
* Militar
* Agricultores, Comerciantes e artesões.
Hebraico
- Lei de Moisés -- caráter religioso.
- Direito baseado em aspectos éticos
- Sistema teocrático (Supremo governo de Deus)
- Direito individualista 
- Instrumento coercitivo e intimidativo, os limites da ação de fazer e não fazer.
- Princípio da justiça equitativa e distributiva.
- Busca da ideia de Justiça social (não é dado ao homem orientar-se segundo suas vontades, mas com base nas leis de Deus).
- Sociedade com divisões, não baseadas nas castas: alta, média e baixa
Hindu
- Direito de castas (Código de Manu).
- Religião Politeísta composta por 33 Deuses (11 no céu, 11 na terra e 11 na região intermediária)
- Rei Representante do poder influenciado pela casta dos brâmanes.
- Sacerdotes, Lei eterna
- Normas de caráter impositivo, uma vez que é o respeito a lei que permite a manutenção da essência humana após a morte
- Proibição de casamento entre pessoas de castas diferentes, por constituir ofensa à lei.
- Castas: Brâmanes, Guerreiros, Pastores, Agricultores, Mercadores e Sudras.
-Dharma – conceitos hindus do direito (deveres). Veda – verdades de cunho moral e religioso, escritos em livros sagrados.
- Primeira organização geral da sociedade feita pelo Rei Manu, influenciada por forte motivação religiosa e política.
- Código dividido em 12 títulos, além da parte geral e das disposições finais.
- Mulher sem direitos próprios, constituindo objeto de representação.
- O Código de Manu prevê punições físicas, mutilações e pena de morte.
Mulçumano
-Sua profunda base religiosa no caso, o Islã. 
- A imutabilidade é um traço característico do direito muçulmano.
 -A infalibilidade também é um dogma do Islamismo. (Novamente, por derivar de revelação divina, não se pode duvidar/contestar os ensinamentos do livro sagrado).
- Quatro principais fontes do direito muçulmano: 
a) Alcorão (livro sagrado); 
b) Suna (tradição relativa ao profeta Maomé, sua vida e decisões); 
c) Idjmâ (acordo unânime da comunidade de doutores);
d) Qiyâs (raciocínio por analogia).
4- Conceituar o que é código.
	No latim primitivo CAUDEX ou CODEX queria dizer tábua, prancha de madeira, porque eram realmente escritas sobre tábuas de madeira.
	O termo significava portanto o material em que se escreviaa lei, mas depois passou a designar a própria lei, independente do material em que estivesse escrita, chamamos código, por exemplo, à grande laje de pedra em que Hamurabi mandou gravar há 400 anos as leis do seu império, e chamamos igualmente códigos as antigas coleções de leis.
	O código reúne em um só texto, disposições relativas a uma ordem de interesse, podendo abranger a quase totalidade de um ramo, como o Código Civil, ou alcançar apenas uma parcela menor da ordem jurídica, como é a situação, por exemplo, do Código de Defesa do Consumidor. Não é a quantidade de normas que identificam o Código, podendo este apresentar maior ou menor extensão. Há leis que são extensas e que não constituem códigos. Fundamental é a organicidade, que não pode deixar de existir. 
	Já na acepção antiga, Código era um conjunto amplo de normas jurídicas escritas. A sua organização não obedecia a uma sequência lógica e, normalmente, não passava de condensação das diferentes regras vigentes.
5- Apresentar a evolução da história das codificações legais.
	A codificação é um movimento jurídico aparecido no Ocidente no século XIX, em função do qual os direitos ocidentais, quanto à forma, se dividem em: direito continental, ou direito codificado, que compreende o grupo francês, tendo por ponto de partida o Código de Napoleão ( Code Civil des Français), e o grupo alemão; e sistema do Common Law ou do grupo Anglo- Americano.
	 A história do Direito Romano processa-se entre duas codificações: a Lei da XII Tábuas e o Corpus Juris de Justiniano. Na Suméria existiram codificações famosas. Até bem pouco tempo, era tido o Código de Hamurabi como a mais antiga codificação. Entretanto, em 1948, outro código mais antigo foi descoberto, o Código de Ur-Namu.
	Pode-se dizer que, na civilização européia, ressurge, no século XVIII, o movimento codificador. Não se manifestou, a princípio, em códigos, mas em compilações, isto é, em reunião de leis esparsas ou de costumes, só em 1804 surge o primeiro código moderno: o de Napoleão .
	A codificação não só unifica o direito, dando em lei toda matéria jurídica, como, também, a apresenta de forma orgânica, sistemática, em virtude de suas regras observarem princípios gerais informativos do todo.Acaba a codificação com a legislação dispersa. Apresentando, quase sempre, tratamento jurídico novo.
	Partindo da França, atingindo a Alemanha, o movimento codificador ganhou a corrida com o direito comum (direito romano adaptado às condições européias pelos juristas europeus desde a Idade Média) e com o direito consuetudinário. Países como a Inglaterra e os Estados unidos, que não aderiram a esse movimento, de certa forma sentiram a necessidade de oficialmente unificar o direito. 
	Na Inglaterra, escreve Gogliolo: "é sabido que os juizes se fundam nos chamados precedentes escritos, que se encontram em coleções e livros. Esta jurisprudência escrita (case law) é uma espécie de código sob outra forma".
	As grandes codificações, através de atos legislativos ou de ações dos juristas, penetraram em países para os quais elas não foram ditadas.O mais conhecido fenômeno de recepção de direito estrangeiro, mais conhecido e mais importante para nós, ocorreu na Idade Média, na Europa, em que era respeitado o direito de uma sociedade moribunda, de um império desaparecido, isto é, o Direito Romano. 
	É a recepção do Direito Romano que sofreu adaptação ao mundo medieval.O esforço medieval não se limitou simplesmente em aproveitar o evangelho jurídico de Roma, pois o modificou para adaptá-lo às "novas condições que passou a reger". Há, pois, "desviação do direito romano medieval do histórico direito da Roma antiga".
	Tal movimento iniciou-se na Itália, em fins do século XII e princípios do século XIII, em Bolonha, com Irnerius, fundador da Escola de Bolonha, auxiliado por "quatro doutores": Búlgarus, Martinus, Hugo e Jacobus. Compilaram o Direito Romano de Justiniano, preocupando-se com a sua interpretação literal. Desse trabalho surgiram as "glosas":  Tais glosas influíram no direito, porque os estatutos das cidades italianas foram redigidos principalmente pelos graduados de Bolonha, que conciliaram as interpretações do direito romano de seus mestres com os direitos locais. A aceitação desse direito romano foi facilitada pelo desenvolvimento da atividade comercial que, requeria técnica jurídica refinada que os direitos locais não podiam fornecer. 
	Tal atividade utilizou-se mais das interpretações dos pós-glosadores ou comentaristas, iniciada no século XII, com Accursius e ampliada por Bártolo, Cino de Pistóia e Révigni, fundadores da Escola dos Dialéticos. Os comentaristas adaptaram o direito romano às necessidades da época, conciliando-o com os direitos locais. No caso de dúvida ou de questão complexa, era uso medieval solicitar parecer da universidades cujos professores eram romanistas. 
	Na Alemanha, o Direito Romano era exclusivamente fonte subsidiária, na falta de leis ou de costume, a ele devia-se recorrer. Mas com o tempo, a perfeição técnica do direito romano foi se impondo sobre o direito local, consuetudinário e fragmentário, passando a ser esse direito, até 1900, o direito comum.
	Eis aí, a recepção do Direito Romano que exerceu profunda influência na formação e na evolução do direito privado ocidental, consequência em nosso direito, pois, entre nós, nas Ordenações Filipinas é visível a sua influência, chegando, como fonte subsidiária a ser imposto em 1769, pela Lei da Boa Razão que em Portugal, e entre nós, mandava o juiz aplicá-lo em caso de falta de solução no direito local.

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