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SARS-CoV-2_ surgimento, causas, sintomas e prevenção

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
ESCOLA DE CIÊNCIAS E SAÚDE
FACULDADE DE FARMÁCIA
NICOLY NETO GROSSINI DOS SANTOS
SARS-CoV-2: surgimento, causas, sintomas e prevenção
PORTO ALEGRE, RS
2020
Teorias sobre o surgimento do vírus:
A epidemia começou na cidade de Wuhan, na China, em dezembro de 2019, mas
rapidamente se espalhou para o mundo. As principais teorias levantadas incluíam o contato
entre um ser humano e um animal infectado e um acidente em um laboratório na China.No
final de março, a OMS divulgou um relatório de 120 páginas, desenvolvido por cientistas da
China e de outras partes do mundo, que reforçou a origem natural da epidemia. A tese mais
aceita diz que o vírus passou do morcego para um mamífero intermediário, e dele para o
ser humano. A transmissão de um morcego diretamente para um humano também foi
apontada como uma hipótese possível e provável. O relatório ainda afirmou que a
passagem do vírus para humanos por meio de produtos alimentícios é possível, porém uma
hipótese remota. Já a possibilidade de o vírus ter escapado acidentalmente do Instituto de
Virologia de Wuhan foi classificada como “extremamente improvável”. De acordo com o
diretor-geral da OMS, no entanto, o relatório era um começo no caminho de determinar com
precisão a origem do vírus, e não um fim. Dependendo do que for descoberto em novos
estudos que já estão em andamento, talvez seja possível prevenir o aparecimento de novas
pandemias.
SARS-CoV-2:
O novo coronavírus é chamado cientificamente de SARS-CoV-2. Essa palavra difícil
contém informações importantes, como:
● SARS é uma abreviação de uma síndrome chamada de Severe Acute Respiratory
Syndrome, que é traduzida como Síndrome Respiratória Aguda Grave. Essa é a
forma grave de muitas doenças respiratórias e o principal sintoma é a dificuldade de
respirar;
● CoV é uma abreviação de coronavírus, a família de vírus que ele pertence;
● Por fim, o número dois representa uma outra espécie de coronavírus na qual ele é
muito parecido, a espécie SARS-CoV quase virou uma pandemia em 2002.
Um modelo tridimensional do novo coronavírus foi desenvolvido por uma equipe de
pesquisadores de três países. Esse modelo possibilitou um melhor entendimento sobre o
funcionamento do vírus.
Modelo tridimensional do novo coronavírus em vermelho e amarelo. Crédito: CDC.
Como surgem novas doenças:
Antes de entendermos como o SARS-CoV-2 surgiu, teremos que entender como é o
surgimento de uma nova doença.
Quando um novo vírus é identificado, ou descoberto, como causador de uma nova doença,
ele recebe o termo de virose emergente. A virose reermergente é um termo designado
quando uma doença viral, considerada controlada, volta a afetar a população. O novo
coronavírus é um exemplo de novo vírus identificado como causador de uma nova virose,
sendo então uma virose emergente.
No Brasil, o Sistema Único de Saúde é o responsável pelo controle e monitoramento de
possíveis novos casos de viroses emergentes e reemergentes. Pesquisadores utilizaram
técnicas de monitoramento epidemiológico para tentar identificar a possível causa do
surgimento do SARS-CoV-2. Analisando os dados coletados a partir do monitoramento feito
pelos cientistas, foi descoberto que as primeiras pessoas contaminadas pelo novo vírus
tinham tido um contato em comum com o mercado de Wuhan, conhecido por vender
alimentos da cultura local, como animais considerados exóticos para os ocidentais. Os
pesquisadores concluíram que a resposta para como surgiu o novo coronavírus esteja na
transmissão por meio de animais, de forma semelhante aos vírus de 2003 — que infectou
os humanos em contato com morcegos infectados. Pensa-se que provavelmente os animais
hospedeiros estavam sendo vendidos no mercado de Wuhan.
Surgimento do SARS-CoV-2:
Quando um novo vírus passa a infectar humanos e vem dos animais, ele é chamado de
zoonótico. Uma doença causada por esse tipo de vírus é chamada de zoonose. Exemplos
de doenças do tipo zoonoses são a Raiva, a Dengue e a Leishmaniose.
O que se sabe até o momento é que o novo coronavírus é muito parecido com outros vírus
encontrados em morcegos, o que pode indicar que talvez exista um parentesco entre eles.
Essa análise é feita por meio de técnicas de sequenciamento genético, uma técnica que
desvenda o que está escrito no manual do vírus. O material genético é como se fosse um
manual de instruções para criar as estruturas que formam um ser vivo.
Com essa análise foi possível obter uma linhagem de como o vírus pode ter entrado em
contato com os seres humanos e, assim, infectá-los.
Origem do coronavírus dos animais até o homem. Crédito: Firas A Rabi, Mazhar S Al Zoubi et al/MDPI.com
Esse tipo de estudo permite a comparação do material genético de diferentes espécies,
como em um jogo dos sete erros. A pesquisa sugere para os cientistas que existe uma
relação entre esse vírus da natureza e o vírus que está causando a pandemia hoje.
Apesar disso, ainda não é possível dizer com certeza se o novo coronavírus veio
diretamente do morcego, se foi passado dele para o homem, ou se chegou ao ser humano
por outro caminho ou por outros animais. Acredita-se que o novo coronavírus também tenha
infectado uma espécie de animal chamada de pangolim antes de passar para o homem.
Transmissão do novo coronavírus:
A principal forma de transmissão do SARS-CoV-2 é pelo contato interpessoal. Isso pode
ocorrer por meio de espirros, tosse ou até mesmo a fala e o contato com objetos infectados.
Pessoas contaminadas expelem gotículas que contêm o vírus, essas pequenas gotículas
são infectantes se inaladas ou em contato com mucosas, como o nariz e a boca por
exemplo. Elas também podem contaminar superfícies e objetos e, posteriormente, infectar
pessoas que tocaram nesses locais e levaram as mãos ao olhos, nariz e boca. Além disso,
pode ocorrer a transmissão aérea, em locais mal ventilados.
Pessoas sem sintomas (assintomáticos) também podem transmitir o vírus, através de
gotículas. Ainda não há registros de transmissão do coronavírus via leite materno, e em
casos de recém-nascidos, em que as mães estavam doentes durante o parto, não foram
detectadas a presença do vírus no feto ou no líquido amniótico. Porém, como a infecção
ocorre pelo contato com as secreções contaminadas, deve-se manter um cuidado com a
higiene, antes e após ter o contato com o recém-nascido, para evitar um possível contágio.
Não há evidências de que animais domésticos possam transmitir o vírus da COVID-19
para os seres humanos. A família de vírus do coronavírus é ampla e não se restringe
somente ao causador da COVID-19. Alguns tipos desses vírus podem provocar doenças em
humanos e outros tipos de animais, como bovinos, camelos, morcegos, cachorros e gatos.
Os cães e gatos podem portar um tipo de coronavírus, chamado Alphacoronavirus, que não
tem relação com a COVID-19. No entanto, os animais domésticos podem carregar o
coronavírus em suas patas e pêlos, podendo haver uma contaminação direta assim como a
contaminação por objetos infectados.
Prevenção contra o SARS-CoV-2:
O novo coronavírus possui uma disseminação muito rápida e fácil, assim sendo, o
isolamento social é a forma mais eficaz de prevenção contra o vírus. O objetivo do
isolamento social é diminuir a proliferação do vírus, e para que isso ocorra, evitar o contato
físico e a aglomeração é essencial.
Caso seja necessário sair de casa, medidas de autocuidado devem ser tomadas, como a
utilização de máscaras, distanciamento de no mínimo 1,5m de outras pessoas, uso do
álcool em gel 70% após tocar em qualquer superfície e sempre que possível higienizar as
mãos com água e sabão.
Deve-se evitar aglomerações e locais com pouca ventilação. O transporte público acaba
sendo um potencial transmissor do vírus, justamente por não possuir uma boa ventilação e
ter um grande fluxo de pessoas nesse local. Se o uso desse meio de transporte dor
extremamente essencial, a recomendação é para que use máscara de pelo menos duas
camadas, mantenha as janelas do veículo abertas sempre que possível,evite tocar em
superfícies como corrimões e apoios por exemplo, utilize álcool em gel para higienizar as
mãos, mantenha o distanciamento dos demais passageiros e lave as mãos com água e
sabão assim que possível.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o paciente com suspeita ou
diagnosticado com a COVID-19 deve tomar medidas de segurança para não disseminar a
doença para outras pessoas que fazem parte do seu convívio. O paciente deve se manter
isolado, em um cômodo individual e ventilado. Não deve receber visitas durante todo o
processo de recuperação. Deve-se limitar a circulação do contaminado em áreas comuns
da casa. Caso seja necessário estar no mesmo cômodo do paciente, deve ser utilizado
máscaras e luvas.
A higienização do ambiente e objetos, contaminados ou não com o coronavírus, também é
extremamente importante. Essa descontaminação deve ser feita com o uso de
desinfetantes, detergente líquidos, água sanitária, produtos multiusos que contenha cloro,
álcool 70% ou com sabão.
Grupos de risco COVID-19:
Algumas pessoas, por apresentarem maior probabilidade de evolução para formas graves
da doença, precisam redobrar os cuidados de prevenção. Essas pessoas são consideradas
como grupos de risco.
O grupo de maior risco é composto por pessoas que apresentam uma ou mais das
seguintes condições:
● Idade acima de 60 anos;
● Câncer;
● Insuficiência renal crônica;
● Bronquite crônica e enfisema pulmonar;
● Cardiopatias (como insuficiência cardíaca, angina, infarto, miocardiopatias);
● Imunodepressão;
● Obesidade (pessoas com o IMC acima ou igual a 30kgm2);
● Gestação;
● Anemia falciforme;
● Tabagismo;
● Diabetes mellitus.
Sintomas do SARS-CoV-2:
O período de incubação da doença é de 2 a 14 dias, ou seja, esse é o tempo que os
sintomas levam para aparecer, a partir do momento do contágio.
Os principais sintomas do coronavírus são:
● Febre;
● Dor de garganta;
● Tosse (seca ou secretiva);
● Falta de ar ou dificuldade de respirar;
● Cansaço;
● Coriza;
● Dores de cabeça e náuseas;
● Vômito e diarreia;
● Dores musculares;
● Calafrios.
A maioria dos casos de coronavírus são assintomáticos ou apresentam sintomas de leves
a moderados, e podem se recuperar em casa. A orientação do Ministério da Saúde e da
OMS é que, em caso de suspeita da doença, o paciente permaneça em casa e só saia para
serviços de saúde. Sugere-se que pessoas com fatores de risco procurem um
acompanhamento médico. O atendimento hospitalar ou de emergência deve ser procurado
se os sintomas se agravarem, principalmente se o paciente apresentar falta de ar ou
dificuldade de respirar.
A forma de sintomas graves da COVID-19 é conhecida como Síndrome Respiratória
Aguda Grave, pois a vida do paciente pode ficar em risco em um curto período de tempo.
Os sintomas são de uma pessoa com sintomas leves que também apresente:
● Dificuldade intensa para respirar ou desconforto respiratório;
● Pressão duradoura no peito;
● Saturação de oxigênio no sangue inferior a 95%;
● Coloração azulada na região dos lábios ou do rosto (representando uma cianose).
Cerca de 20% dos contaminados precisam de internação hospitalar para o tratamento da
doença. Eles precisam ser acompanhados de perto para garantir maior agilidade caso
desenvolvam sintomas mais graves, como desconforto respiratório, sepse e choque séptico.
Referências:
GOVERNO FEDERAL. Coronavírus Brasil. Disponível em: https://covid.saude.gov.br/
JOURNAL OF HEALTH AND BIOLOGICAL SCIENCES. As descobertas genômicas do
SARS-CoV-2 e suas implicações na pandemia de COVID-19. Disponível em:
https://periodicos.unichristus.edu.br/jhbs/article/view/3232
REVISTA SAÚDE E MEIO AMBIENTE. CONHECENDO A ORIGEM DO SARS-COV-2
(COVID 19). Disponível em:
https://desafioonline.ufms.br/index.php/sameamb/article/view/10321
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Monitoramento dos casos de arboviroses urbanas
transmitidas pelo Aedes aegypt (Dengue, chikunguny e Zika) - Semanas
Epidemiológicas 1 a 11, 2020. Boletim epidemiológico – Secretaria de Vigilância em Saúde /
Ministério da Saúde. Volume 51, nº 12, Março de 2020. Disponível em:
www.saude.gov.br/svs
Organização Pan-Americana de Saúde/ Organização Mundial de Saúde. Folha
Informativa- COVID-19 (doença causada pelo novo coronavírus) – OPAS/OMS.
Disponível em: https://www.paho.org
https://covid.saude.gov.br/
https://periodicos.unichristus.edu.br/jhbs/article/view/3232
https://desafioonline.ufms.br/index.php/sameamb/article/view/10321
http://www.saude.gov.br/svs
https://www.paho.org

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