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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO GESTÃO DE MATERIAL E PATRIMÔNIO GESTÃO DE PESSOAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FUNDAMENTOS DO DIREITO PÚBLICO E PRIVADO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS CHQAO Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais Coordenação Didático-Pedagógica Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa Redação Pedagógica Alessandra Muylaert Archer Frieda Marti Tito Ricardo de Almeida Tortori Revisão Alessandra Muylaert Archer Projeto Gráfico e Diagramação Romulo Freitas Coordenação de Conteudistas Fernando Velôzo Gomes Pedrosa Roberto Blaschek Conteudistas Abner de Oliveira e Silva José Ricardo Basilio Produção Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Realização EsIE – Escola de Instrução Especializada Exército Brasileiro Gestão da tecnologia da informação / coordenação didático-pedagógica: Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa ; redação pedagógica: Alessandra Muylaert Archer, Frieda Marti, Tito Ricardo de Almeida Tortori – Rio de Janeiro : PUC-Rio, CCEAD, 2013. 3 v. : il. (color.) ; 21 cm Inclui bibliografia Conteúdo: unidade 3. Aplicações nas organizações / conteudistas: José Ricardo Basílio, Abner de Oliveira e Silva. 1. Tecnologia da informação. 2. Gestão do conhecimento. 3. Sistemas de informação gerencial. 4. Comércio eletrônico. I. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. CDD: 004 GESTÃO Da TECNOLOGIa Da INFORMaÇÃO Unidade 3 apLICaÇõES NaS ORGaNIzaÇõES CHQAO Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais apRESENTaÇÃO O Curso de Habilitação ao Quadro de Auxiliar de Oficiais (CHQAO), conduzido pela Escola de Instrução Especializada (EsIE), visa habilitar os subtenentes à ocupação de cargos e ao desempenho de funções previstas para o Quadro Auxiliar de Oficiais. A disciplina Gestão da Tecnologia da Informação (GTI), iniciada nesta apostila, possui carga horária total de 60 horas. Os objetivos gerais dessa disciplina são: • Desenvolver a capacidade de planejamento em TI. • Construir competências para a criação e inovação de estratégias vencedoras na área de Tecnologia da Informação. • Conhecer os principais sistemas de TI utilizados pelo Exército Brasileiro. Nesta apostila será apresentada a Unidade III – Aplicações nas Organizações, cujos objetivos específicos estarão no início de cada capítulo. Boa leitura! José Ricardo Basilio é mestre em Tecnologia Educacional pela UFRJ, Analista de Sistemas pela UERJ e Administrador de Empresas pela Cândido Mendes, atua como gerente de projetos na CCEAD/PUC-Rio e é professor no curso de Sistemas de Informação na LaSalle-RJ. Em 22 anos na área de TI, passou por IBM, Shell e Hewlett-Packard, desenvolvendo ofertas nacionais e internacio- nais, nas áreas de modernização de sistemas para diversos clientes, entre eles General Motors, Borland, Rede Globo e Vale. Participou de projetos educacio- nais com a Fiocruz, COPPE-Transportes, Organização das Nações Unidas, UFF e UERJ. Pesquisa novas formas de interação homem-máquina. CONTEuDISTaS Abner de Oliveira e Silva é Coronel (R1), com mais de 40 anos de serviço. Possui mestrado e doutorado na área de Ciências Militares e especialização em Análise de Sistemas. Cursou, ainda, um MBAE em Gestão Empresarial pela UFRJ e Mestrado em Administração Pública pela FGV (EBAPE-RJ). Possui larga experiência na área de ensino, tendo atuado tanto no âmbito do Exército como no meio acadêmico civil. Prestou consultoria ao Ministério da Defesa por ocasião da elaboração do Livro Branco de Defesa Nacional. Participou de vários congressos e palestras que permitiram complementar seus conhecimentos nas áreas de seu interesse. Colaborou na organização de congressos na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, onde foi Chefe da Divisão de Tecnolo- gia da Informação e atualmente desempenha a função de Chefe da Seção de Planejamento Estratégico. ÍNDICE 1. SISTEMAS DE INFORMAçãO 1.1 UM PEQUENO HISTóRICO 1.2 DESENVOLVENDO UM SISTEMA DE INFORMAçãO 1.3 OS TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAçãO 2. ENTERPRISE RESOURCE PLANNING (ERP) 2.1 DEFINIçãO, CARACTERíSTICAS E APLICAçõES DE ERP 3. CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT (CRM) 3.1 DEFINIçãO, CONCEITOS E APLICAçõES DO CRM 4. BUSINESS INTELLIGENCE 4.1 CONCEITOS E APLICAçõES 4.2 OS COMPONENTES BáSICOS 4.3 OS PASSOS PARA O BUSINESS INTELLIGENCE 5. PRINCIPAIS SISTEMAS UTILIzADOS NO ExéRCITO BRASILEIRO 5.1 SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAçãO FINANCEIRA – SIAFI 5.2 SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAçãO DE SERVIçOS GERAIS – SIASG 5.3 SISTEMA DE CADASTRAMENTO UNIFICADO DE FORNECEDORES – SICAF 5.4 SISTEMA DE MATERIAL DO ExéRCITO – SIMATEx 5.5 SISTEMA GERENCIAL DE ACOMPANHAMENTO E CONTROLE PATRIMONIAL – SISPATR 5.6 SISTEMA GERENCIAL DE CUSTOS – SISCUSTOS 5.7 SISTEMA UNIFICADO DO PROCESSO DE OBRAS – OPUS 5.8 SISTEMA DE INFORMAçõES GERENCIAIS E ACOMPANHAMENTO ORçAMENTáRIO – SIGA 5.9 SISTEMA INTEGRADOR DE GESTãO INTELIGENTE DE RECURSOS DO SISTEMA DE PESSOAL DO ExéRCITO – SIGIR 5.9.1 SISTEMA DE RELACIONAMENTO COM O USUáRIO – SIRUS 5.9.2 SISTEMA DE APOIO à GESTãO DE RECURSOS – SAGRE 5.9.3 SISTEMA DE PLANEJAMENTO E ExECUçãO ORçAMENTáRIA – SIPEO 5.9.4 SISTEMA DE REGISTRO DE ENCAMINHAMENTOS – SIRE 5.9.5 SISTEMA DE REGISTRO DE CONTRATOS – SIRC 09 09 10 11 13 23 17 17 21 21 22 24 27 28 30 31 33 36 38 40 41 43 44 45 45 46 47 5.10 SISTEMA DE GESTãO DE ESTOQUE DE MATERIAIS DE SAúDE – SIGEMS 5.11 SISTEMA DE PERíCIAS MéDICAS – SISPMED 5.12 SISTEMA DE REGISTROS MéDICOS – SIRMED 5.13 SISTEMA DE CADASTRO DO PESSOAL DO ExéRCITO – SICAPEx 5.14 SISTEMA úNICO DE CONTROLE DE EFETIVO E MOVIMENTAçõES – SUCEM 5.15 SISTEMA INTEGRADO DE SERVIDORES CIVIS – SISC 5.16 FICHA DE INFORMAçõES GERENCIAIS DAS ORGANIzAçõES MILITARES DE SAúDE – FIGOMIS 5.17 SISTEMA DE PROTOCOLO ELETRôNICO DE DOCUMENTOS – SPED 5.18 SISTEMA ELETRôNICO DE RECRUTAMENTO MILITAR – SERMILWEB 6. CONSIDERAçõES FINAIS 7. REFERêNCIAS BIBLIOGRáFICAS 47 48 49 50 51 53 54 55 58 61 63 GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 9 Objetivos específicos • Definir sistema de informação. 1 Ao sacar dinheiro num caixa eletrônico, utiliza-se um cartão magnético (alguns com chip) em um computador especialmente preparado para isso. Todo esse procedimento é apoiado por redes, equipamentos (computadores, dispensa- dores de notas, leitores de cartões) e softwares instalados na máquina onde há o saque, no banco que libera o dinheiro e nos equipamentos que fazem o tráfego. Quando o pedido chega ao banco, é processado por servidores co- nectados a várias bases de dados, passando por toda a infraestrutura de rede e segurança necessária. Esse conjunto de hardwares (os equipamentos físicos) e softwares se constitui num sistema de informação com diversas funcionali- dades que são normatizadas por leis, portarias do Banco Central e práticas de mercado, além dos limites da própria tecnologia. SISTEMaS DE INFORMaÇÃO De acordo com uma definição clássica, um sistema de infor- mação consiste numa rede de todos os canais de comunicação usados em uma organização. 1.1 uM pEquENO hISTóRICO Na década de 50, o processamento de dados era voltado para o armazena- mento de registros contábeis. Na década seguinte e até os anos 70, os sistemas geravam relatórios e gráficos para a tomada de decisões. Nos anos 80, a intera- tividade fortaleceu este apoio e começou a dar a base para a chegada da com- putação pessoal e dos sistemas especialistas. Um pouco depois, nos anos 90, com o surgimento da internet e da interconectividade, chegamos a um período conhecido como a Era da Informação (Castells, 1999), na qual estamos todos mais “próximos”, já que as telecomunicações atingiram uma escala global. Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais 10 1.2 DESENvOLvENDO uM SISTEMa DE INFORMaÇÃOEm uma organização, um sistema de informação atende a um processo. O processo é uma sequência de atividades encadeadas que permitem a concreti- zação de um objetivo. Apoiado nesse processo, um sistema automatiza certas ou todas as atividades, permite o fluxo de dados, faz cálculos, grava registros e informações, atualizando os envolvidos no processo. Para o desenvolvimento de um sistema de informação devem ser considera- dos os seguintes aspectos: • Demandas: que serviços o sistema proverá? • Capacidade: qual é a previsão de usuários a serem atendidos por este serviço? • Disponibilidade: o sistema e seu suporte funcionam 24 horas? • Recursos humanos: quais serão os usuários-chave? Quem manterá o sistema? • Plano de contingências: existirá um esquema para manter o sistema em funcionamento em caso de emergências? Essas perguntas são de fundamental importância quando o serviço que o sistema prestará for vital para uma atividade ou negócio. Por exemplo: em uma operação bancária, se não houver conexões de rede, os sistemas não podem se comunicar com a base de dados central, impossibilitando a realização e con- clusão das operações bancárias. Sendo assim, é prudente ter uma contingência para substituir essa conexão quando não estiver disponível, reduzindo o impac- to na operação e não desgastando a imagem do banco perante seus clientes. Quando se pensa em serviços em TI, vemos no mercado uma biblioteca de boas práticas conhecida como ITIL (Information Technology Infrastructure Library), que reúne informações e métodos consagrados relacionados à Estra- tégia, Design, Transição (Implementação) e Operação de serviços em TI. Quando um sistema é selecionado para ser provedor de um serviço é necessário planejar com cuidado o seu desenvolvimento. Para tal, algumas metodologias de mercado são adotadas. Entre elas, a metodologia “em cascata” (waterfall), mais tradicional, e a “ágil” (agile), muito aceita hoje nas organizações que precisam ter menores riscos nesta atividade. O planejamento é primordial para a construção de qualquer software e o hardware que o suportará também deve estar definido. Sendo assim, entender o objetivo, o público, a tecnologia, entre Para conhecer mais sobre as práticas iTiL, acesse <http:// www.itil-officialsite.com> GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 11 outros aspectos, é o ponto de partida para o início de um projeto de desen- volvimento. A funcionalidade esperada no desenvolvimento de um sistema de informação pode ser sintetizada em alguns tipos mais comuns de sistemas. 1.3 OS TIpOS DE SISTEMaS DE INFORMaÇÃO Analisando a variedade de objetivos e serviços prestados pelos sistemas de infor- mação, podemos chegar a algumas categorias básicas de tipos de sistemas, que são descritas a seguir. Os tipos de sistemas de informação podem ser classificados em: • Sistemas de informação empresarial: promovem o fluxo de infor- mações, tais como agenda, e-mails, processamento de textos, planilhas eletrônicas etc., visando o trabalho em grupo. Dispositivos tais como câmeras de vídeo (para videoconferências e reuniões remotas), micro- fones e scanners também são muito utilizados para reduzir não só as distâncias, mas também os custos. • Sistemas de processamento de informações: capturam e proces- sam dados gerados em negociações, tais como depósitos, pagamentos ou reservas de produtos ou serviços. Uma simples compra por cartão de crédito envolve diversas consultas em mais de uma base de dados. Todo esse processo é entendido como uma transação. • Sistemas de gerenciamento de informações: com os dados co- letados e a capacidade de processá-los, os gestores das organizações compreenderam que o bom uso dessas informações pode agilizar os negócios e reduzir custos, deixando processos mais eficientes. Um bom exemplo é um sistema de estoque numa rede de farmácias, que registra não só os produtos disponíveis em uma loja, mas também os produtos de toda a rede, podendo facilitar a entrega do pedido do cliente olhan- do o estoque de todas as partes como um só. • Sistemas de suporte a decisão: as informações geradas pelos siste- mas de gerenciamento fornecem históricos, tendências, acompanha- mento de resultados, além de, baseados em dados de dentro e fora da organização, permitirem a tomada de decisões. Se olharmos o exemplo das farmácias no item anterior, podemos imaginar que um gerente regional pode redirecionar estoques de uma filial para outra, de acordo Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais 12 com a demanda de certa área. Poderia, também, de posse de dados de venda históricos, aumentar o estoque de determinado produto de forma sazonal, tal como protetor solar no início do verão. • Sistemas especialistas: capturam e armazenam o conhecimento humano e imitam os procedimentos e decisões com base em dados históricos. Nesses tipos de sistemas, são inseridas [regras de inferência], onde conjuntos de julgamentos lógicos são aplicados a uma base de informações para processamento e tomada de decisões. Os sistemas que servem às atividades de uma organização foram se aperfeiçoando durante os anos. Veremos isso de uma forma mais detalhada estudando o ERP. Regras de inferência: no caso, são regras que, baseadas em um determina- do contexto (definido com a entrada de dados, status de atividades, etc.) geram um resultado ou um argumento. Seria como uma resposta baseada em vários fatores observados em uma situação do negócio. em sistemas, podem ser entendidas como as “regras de negócio”. GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 13 Objetivos específicos • Definir ERP. • Caracterizar ERP. • Identificar aplicações ERP. ENTERpRISE RESOuRCE pLaNNING (ERp)2 Muitas pessoas observam que recebem, pelo correio, impressos de propagan- da de novos serviços oferecidos pelo seu banco, mas percebem também que o mesmo banco não envia seus extratos corretamente e com regularidade. Certamente essa situação causa irritação e inconformidade. Como isso pode acontecer? Uma das explicações é que o banco possui duas bases de dados distintas para armazenar o endereço de seus clientes, mas apenas uma (a do marketing) está atualizada. Isso evidencia que nessa instituição financeira as bases de dados não estão integradas. 2.1 DEFINIÇÃO, CaRaCTERÍSTICaS E apLICaÇõES DE ERp O exemplo apresentado descreve um erro que pode ocorrer em várias ativida- des de uma organização e que, em casos como esse, poderia ser evitado se cada cliente tivesse apenas um endereço residencial cadastrado. O ERP (Enter- prise Resource Planning) são sistemas que servem, portanto, para mitigar essa situação e agilizar processos. O ERP foca a integração das funcionalidades sistêmicas de uma empresa em um sistema único, modularizado, com uma base de dados central que evita redundância. Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais 14 Além de ligar as diversas áreas da empresa, o ERP abre novas possibilidades de negócio. Por exemplo: imagine uma loja virtual que não atualize o seu esto- que assim que uma nova venda é feita. Imagine uma passagem comprada de uma empresa aérea em que o mesmo assento fosse vendido mais de uma vez, caracterizando o overbooking. Essas práticas já foram comuns nas lojas virtuais e empresas aéreas, mas hoje são motivo de processos e ações judiciais em defesa do consumidor. Apenas com bases de dados integradas esses negócios puderam se desenvolver e alcançar clientes que estão espalhados não em uma pequena região geográfica, mas por todo o globo. Sendo assim, podemos afirmar que o ERP é a solução de todos os problemas sistêmicos de uma empresa? Infelizmente, não é tão simples assim. Na implantação de um ERP, deve-se considerar: • Que módulos (funcionalidades) serão implantados na empresa? Recur- sos Humanos, Finanças, Vendas, Manufatura? • Qual a necessidade de migração dos dados das aplicações atuaispara o futuro ERP? • Os padrões de negócio incorporados ao ERP atendem o modelo da sua empresa? • Como capacitar os funcionários da sua empresa na troca de sistemas sem que a operação seja interrompida? Anteriormente foram abordadas as vendas de uma empresa, agora serão considerados os seus insumos e também os serviços contratados de terceiros O ERP é um sistema de informação que integra todos os dados e processos de uma organização em um único sistema. Essa integração é entendida em termos de funcionalidades (siste- mas de: finanças, contabilidade, recursos humanos, fabricação, marketing, vendas, compras etc.) e em termos sistêmicos (siste- mas de processamento de transações, sistemas de informações gerenciais, sistemas de apoio a decisão etc.) interligando as diversas áreas de uma organização, sem a duplicação de dados. GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 15 para a manufatura do produto. Assim como o cliente final pode fazer compras em uma loja virtual – que é uma ponta do seu ERP na casa do cliente – for- necedores também podem interagir com o sistema, programando entregas, oferecendo preços e quantidades de matérias-primas, fazendo parte do ciclo de produção, tudo dentro do mesmo sistema. Desta forma, vemos que o ERP pode atuar desde a compra da matéria-prima, passando pela manufatura do produto e todas as áreas auxiliares, chegando até a venda ao cliente (seja ele o cliente final ou um revendedor). Isto fica mais evidente observando-se a Figura 1: Direção e Acionistas Empregados Módulos de Manufatura Módulos de Estoque e Suprimentos Módulos de Serviços ao Cliente Módulos de Finanças Módulos de Vendas e Distribuição Relatórios Módulos de Recursos Humanos Banco de Dados Central Forças de Vendas e Distribuição Clientes Pessoal de Suporte Administrativo e Manufatura Fornecedores ERP Organização Figura 1 – Áreas de atuação do ERP Fonte: O’BRIEN, James. Administração de Sistemas de Informação – Uma introdução. 13ª ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2007. Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais 16 O ERP inclui os seguintes módulos comuns: • Gestão da cadeia de abastecimento (SCM); • Gestão da relação com os clientes (CRM); • Gestão financeira; • Gestão de produção; • Gestão de transportes; • Gestão de vendas e distribuição; • Gestão de RH; • Gestão contabilística; • E–business. Ao ser implantado em uma empresa, é muito importante que o ERP seja adaptado às necessidades da organização alvo. Esse processo de adequação é realizado por empresas de con- sultoria especializadas e demanda muitos recursos (humanos, financeiro, tempo e conhecimento dos processos internos). GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 17 Objetivos específicos • Definir CRM. • Conhecer conceitos e as aplicações do CRM. 3 Quem usa um celular e já teve problemas com ele, muitas vezes se vê obri- gado a ligar para o suporte técnico. Durante o atendimento, geralmente é possível perceber que o atendente conhece vários de seus dados e até mesmo operações de suporte já realizadas, apesar de terem sido feitas por outros atendentes. Como e por que isso ocorre? Cada serviço, sobretudo na telefonia celular, é composto por uma diversidade de outros produtos que podem ser contratados juntos (em “pacotes” ou “planos”), para uma pessoa individual- mente ou agregando outros membros da família. O plano, portanto, é feito de forma quase individual, de acordo com a escolha e a necessidade de cada um. Para gerenciar esse relacionamento entre o fornecedor e o cliente, é utili- zado o CRM – Customer Relationship Management – sistema responsável pelo marketing one to one, prática de atendimento personalizado que tem origem a partir dos primeiros dias do comércio. 3.1 DEFINIÇÃO, CONCEITOS E apLICaÇõES DO CRM O CRM (Customer Relationship Management) é um sistema que visa re- gistrar o relacionamento da organização – fornecedoras de produtos e serviços – com o seu cliente por meio de sistemas informatizados. O uso de um sistema de CRM pede uma mudança na atitude corporativa, já que visa aprimorar o co- nhecimento dos hábitos dos seus clientes, armazenando e inter-relacionando – de forma inteligente – informações sobre suas atividades e interações com a empresa, visando um melhor atendimento às suas necessidades e desejos. CuSTOMER RELaTIONShIp MaNaGEMENT (CRM) Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais 18 A concorrência faz com que os preços, a variedade de produtos e o suporte oferecido sejam itens observados e comparados pelos consumidores antes da aquisição de produtos ou serviços. Atender o cliente de forma diferenciada é um fator que coloca a organização à frente dos seus concorrentes, fomentan- do outro fator importante: a fidelidade. Um bom exemplo disso é o de grandes companhias aéreas que registram as preferências de consumo de seus clientes a bordo. Os comissários de bordo são informados sobre essas preferências e, por sua vez, podem atender melhor seus clientes, deixando-os mais confortáveis. Outro bom exemplo de atendimento diferenciado ao cliente por meio do regis- tro de suas preferências de compra é o site de vendas “amazon.com”. Com o registro da navegação do cliente pelo site, das suas escolhas de produtos, das áreas percorridas e das pesquisas efetuadas é traçado um perfil de preferência de produtos. Essa informação é utilizada para que, logo na página inicial, uma seção de produtos similares seja apresentada ao cliente. (Exemplos baseados em: Peppers and Rogers Group, 2000). Entretanto, a implantação de uma estratégia de CRM exige a execução de etapas distintas. Quais serão elas? • Identificação e entendimento do perfil do cliente e do público-alvo: é necessário conhecer o maior número de detalhes possíveis para reco- nhecer os clientes em todos os pontos onde a empresa entre em contato com eles. No caso de negócios entre empresas, é importante conhecer os nomes das pessoas e dos cargos que ocupam. • Diferenciação: por nível de valor ou pela necessidade de produtos e serviços. Dessa forma, é mais fácil priorizar os esforços para atender os clientes de maior valor e personalizar o comportamento no atendimento a estes. Um exemplo disso é a abertura de áreas VIP em bancos. • Interação: é necessário buscar a maneira mais eficiente e eficaz na co- municação com os clientes e não apenas a mais barata e automatizada. Clientes com necessidades e importâncias diferentes devem ser tratados de forma diferente. • Preferências do cliente e aprimoramento da interação: com a persona- lização do atendimento, deve haver o aprendizado das preferências do cliente e o aprimoramento da interação, por meio de coleta de novas necessidades dos clientes, desenvolvendo, assim, novos produtos e servi- ços que podem ser resultados de combinações de produtos atuais. GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 19 O CRM é apoiado por sistemas de TI e só assim toda a malha de atendimento pode funcionar como uma organização única, atendendo àquele cliente específico. Em uma implantação de CRM é fundamental que a empresa veja o negócio pelos olhos do cliente, focando em atendê-lo cada vez melhor, conquistando, assim, a sua fidelidade. GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 21 Objetivos específicos • Conhecer conceitos e aplicações de BI. 4 BuSINESS INTELLIGENCE Um hospital possui uma unidade de emergência e os atendimentos serão me- lhor resolvidos caso os gestores entendam quais são os gargalos do processo para atender, no máximo, em 45 minutos um novo paciente. Com o objetivo de alcançar esse resultado, eles focaram em coletar os seguintes dados: • A chegada do paciente: dias e horários que os pacientes chegam à emergência com mais frequência. • Produtividade por provedor de serviço: volume de pacientes por médico e o tempo médio gasto com os pacientes. • Serviços auxiliares: tempo de respostados exames de tomografia, resso- nância magnética e serviços auxiliares; no laboratório, tempo de espera dos resultados. • Controle de leitos: sistema para controlar os leitos desocupados e que, portanto, a equipe da emergência pode preparar para uso. Esse exemplo revela a importância da seleção de dados a serem coletados em uma análise e será o nosso ponto de discussão a seguir. 4.1 CONCEITOS E apLICaÇõES Business Intelligence (BI) é um termo que se refere a processos, tecnologias, práticas e aplicações que suportam a tomada de decisões numa Organização. é uma coleção de técnicas para coleta, armazenamento, análise e acesso a dados que são utilizados pelos usuários durante tomadas de decisão sobre os rumos de uma empresa. Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais 22 As organizações que tem o BI como prática focam em melhorar sua performance, seus negócios ou as atividades as quais se dedicam. O BI é utilizado para a compreensão e melhoria dos processos, reduzindo custos e identificando novas oportunidades. As técnicas de BI incluem: • Análise do comportamento do cliente, dos padrões de compra e das tendências de vendas; • Medição, acompanhamento e previsão de vendas e de performance financeira; • Orçamentação e planejamento financeiro; • Acompanhamento de campanhas de marketing; • Otimização de processos e da performance operacional; • Melhoria da entrega dos produtos e serviços, além da efetividade dos canais de suprimentos; • Gerenciamento do relacionamento com os clientes; • Análise de riscos; • Análise dos dados da web e comércio eletrônico. 4.2 OS COMpONENTES BáSICOS Os componentes básicos do BI são: a coleta, o armazenamento, a análise e o acesso aos dados, como ilustrados na Figura 2 e apresentados em mais detalhes adiante. coleta análise BIacesso armazenamento Figura 2 – Componentes básicos do Business Intelligence GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 23 a) Coleta de dados Coletar dados significa pesquisar e acessar dados que possam efetivamente ser utilizados para a tomada de decisões. Podem estar em vários formatos e se referem basicamente a dados que são coletados para medição de forma auto- mática e que, por sua vez, permitem a verificação do desempenho. Por exem- plo, podem ser colhidos a partir de pontos de venda, de aplicações na web, de sistemas em produção, entre outros. O maior desafio nessa atividade é assegurar que os dados relevantes sejam coletados corretamente e no tempo certo. A qualidade dos dados coletados, se não controlada, pode colocar em risco os esforços de BI. b) Armazenamento de dados O armazenamento dos dados coletados se refere à sua guarda em formatos que permitam sua análise e uso. A categorização desses dados é fundamental para que o seu uso e aproveitamento sejam potencializados. Os bancos de dados modernos permitem o armazenamento em diferentes formatos. Isto faz com que os mesmos dados possam ser referenciados por diferentes categorias. O termo comumente utilizado para identificar esses bancos de dados é [data warehouse] (armazéns de dados). a categorização é a estrutura lógica que permite a pesqui- sa de forma mais simples e o acesso mais rápido. Data Warehouse: gran- des quantidades de dados armazenados a partir de uma ampla gama de fontes de dentro da organização. Utilizado para orientar as decisões de gestão. c) Análise de dados Com base nos dados armazenados, são feitas análises cujos resultados dão su- porte a tomadas de decisões. Os dados podem ser analisados tanto qualitativa quanto quantitativamente. As técnicas de análise incluem o uso de ferramen- tas estatísticas, mineração de dados e até análises visuais de tipos de dados não estruturados, tais como textos ou imagens. Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais 24 d) Acesso aos dados Para a tomada de decisões, seus responsáveis nas organizações devem ter acesso aos dados e às análises. Esse acesso é feito por meio de ferramentas que permitem ao usuário final verificar, de forma segura, os relatórios, os [dashboards] e os [scorecards] (Figura 3). 4 2 0 Time 1 Time 2 Time 3 Time 4 Time 5 8 10 6 Duração média da ligação 250100500 200150 Time 1 130 Time 2 170 Time 3 180 Time 4 220 Time 5 200 Ligações atendidas por time Time 1 Time 2 Time 3 Time 4 Time 5 Ligações abandonadas por time 20 13 17 18 32 Dashboard de um helpdesk de telefonia celular Objetivo de vendas 20 13 17 18 32 Time 1 Time 2 Time 3 Time 4 Time 5 Dashboards: painéis de informações onde são dispo- nibilizadas métricas, riscos e eventos importantes para au- xílio no controle de projetos e tomada de decisões. Scorecard: é uma re- presentação gráfica do resul- tado ao longo do tempo de uma entidade, tal como uma empresa, um empregado ou uma unidade de negócio. este progresso é comparado a um ou mais objetivos especi- ficados previamente. Mineração de dados (data mining): processamen- to de dados que usa sofisti- cados recursos de pesquisa e algoritmos estatísticos para descobrir padrões e cor- relações em grandes bases de dados pré-existentes, de forma a descobrir um novo significado nestes dados. 4.3 OS paSSOS paRa O BuSINESS INTELLIGENCE Vários gerenciadores de bancos de dados podem prover um armazenamento seguro e confiável de dados. Diversas ferramentas e técnicas são conhecidas como parte de uma boa estratégia de BI, tais como [mineração de dados (data mining)], processamento analítico de dados etc. A função de BI é, geral- mente, de propriedade do time de TI da organização. Entretanto, o Business Intelligence é mais do que a utilização de ferramentas de software: é um conjunto de métodos e estratégias que, em conjunto com as ferramentas de TI, gerarão informações para o negócio. Figura 3 - Exemplo de dashboard Fonte: <http://www.conceptdraw.com/samples/dashboards-kpi> GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 25 Para que a organização utilize o BI de forma que os resultados sejam mais efetivos, é importante: • Entender as reais necessidades do negócio e priorizar a coleta de dados relevantes e significativos às suas atividades. • Analisar os dados com base em ideias e tendências para que as respos- tas sejam conclusivas. • Reportar as análises de forma simples e concisa (com relatórios claros, dashboards ou scorecards). • Tomar decisões baseadas em fatos evidenciados pelas análises, além de considerar o histórico de conhecimento gerado por fatos passados. Até o momento já foi visto o que se configura como um Sistema de Informa- ção, além de um pequeno histórico do progresso desse sistema ao longo das décadas e os seus principais usos, tipos de sistemas e a utilização em grandes corporações via softwares ERP, que unifica seus processos. Viu-se também o uso dos dados para melhoria no atendimento ao cliente (CRM) e nos rumos das Organizações (BI). Mas, quais são os sistemas utilizados no Exército Bra- sileiro? Quais as suas funções e principais usuários? Este é o assunto que será tratado a seguir. GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 27 Objetivos específicos • Definir e citar as características e aplicações dos principais sistemas utilizados no Exército Brasileiro: SIAFI, SIASG, SICAF, SISCOFIS, SISPATR, SISCUSTOS, OPUS, SIGA, SIGIR, SIRE, SIRC, SIPEO, SIRUS, SAGRE, SIGEMS, SIPMED, SIRMED, SICAPEx, SUCEM, SISC, FIGOMIS, SPED e SERMILWEB. 5 Um sistema corporativo pode ser definido, de forma genérica, como um sis- tema desenvolvido para atender às necessidades de gestão de uma instituição, estatal ou privada, com atividade em qualquer área de interesse. Normalmente esses sistemas permitem ou facilitam a gestão integrada da instituição e contri- buem para a melhoria do desempenho institucional, ampliando a confiabilida- de e a transparência das informações corporativas. O Exército Brasileiro faz uso de vários sistemas de gestão, dos quaistrês são federais (SIAFI, SIASG e SICAF), enquanto os demais são corporativos, ou seja, foram desenvolvidos pela própria instituição, com as finalidades já citadas. Os sistemas abordados neste capítulo são aplicados nas áreas de gestão admi- nistrativa, gestão de pessoal, gestão de saúde, gestão orçamentária e financei- ra, gestão de obras e gestão do Serviço Militar. Os departamentos e diretorias responsáveis pelos sistemas estudados são: 1. Comando Logístico (COLOG). 2. Departamento Geral de Pessoal (DGP). • Diretoria de Saúde (DSau). • Diretoria de Serviço Militar (DSM). • Divisão de Orçamento, Finanças e Auditoria (DIORFA). 3. Departamento de Engenharia e Construção (DEC). • Diretoria de Obras Militares (DOM). pRINCIpaIS SISTEMaS uTILIzaDOS NO ExéRCITO BRaSILEIRO Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais 28 4. Secretaria de Economia e Finanças (SEF). • Diretoria de Gestão Orçamentária (DGO). • Diretoria de Contabilidade (DCONT). 5. Centro de Desenvolvimento de Sistema (CDS), do Centro Integrado de Telemática do Exército (CITEx). Os sistemas em uso no Exército Brasileiro (EB), à exceção dos três sistemas go- vernamentais, apesar de serem Sistemas Corporativos, ou seja, atenderem a demandas de Comandos, Departamentos e Diretorias do Exército, não foram, na sua maioria, desenvolvidos para ser utilizados por quaisquer Oficiais, Praças e Funcionários Civis da Força. A maioria desses sistemas só pode ser acessada e manipulada por usuários previamente cadastrados e categorizados em perfis que definem claramente a competência e a autonomia de cada um deles. A seguir serão apresentadas as características e aplicações dos sistemas utiliza- dos pelo Exército Brasileiro. 5.1 SISTEMa INTEGRaDO DE aDMINISTRaÇÃO FINaNCEIRa – SIaFI O SIAFI é um sistema de informações centralizado em Brasília e interligado por todo o território nacional, via teleprocessamento, aos órgãos do Governo Federal existentes em todo o país e também no exterior. Permite o registro, acompanhamento e controle da execução orçamentária, financeira e patrimo- nial do Governo Federal. Figura 4 - Homepage do SIAFI GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 29 Com a função de promover a modernização e a integração dos sistemas de programação financeira, de execução orçamentária e de contabilidade dos órgãos e Entidades Públicas do Governo Federal, o SIAFI foi implantado pelo SERPRO em 1987, e entrou em operação no dia 1º de janeiro de 1987. Desde então tornou-se um importante instrumento para o acompanhamento e o controle da execução orçamentária, financeira e contábil do Governo Federal. O SIAFI é o maior e mais abrangente instrumento de adminis- tração das finanças públicas entre seus congêneres conhecidos no mundo. Tendo em vista as funções mencionadas acima, o SIAFI tem como objetivos: • Prover os órgãos da Administração Pública de mecanismos adequados ao controle diário da execução orçamentária, financeira e contábil. • Fornecer meios para agilizar a programação financeira, otimizando a utilização dos recursos do Tesouro Nacional, por meio da unificação dos recursos de caixa do Governo Federal. • Permitir que a Contabilidade Aplicada à Administração Pública seja fonte segura e tempestiva de informações gerenciais para todos os níveis da Administração Pública. • Integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo Federal. • Proporcionar a transparência dos gastos públicos. Devido à centralização do SIAFI em Brasília, é possível a padronização dos mé- todos e das rotinas de trabalho sem criar qualquer restrição ou rigidez à gestão dos recursos, que permanecem sob o total controle do ordenador de despesa de cada Unidade Gestora (UG). Para obter mais informações, acesse: <https://www.tesou- ro.fazenda.gov.br/pt/siafi> A unificação dos recursos de caixa do Tesouro Nacional não significa perda de individualização destas disponibilidades, uma vez que cada UG trabalha com limites financeiros previa- mente definidos, sendo movimentados apenas pelos respectivos ordenadores de despesa, na forma prevista em regulamentação própria. Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais 30 5.1.1 O SIAFI e o Exército Brasileiro O Exército, como órgão da Estrutura Administrativa Pública Nacional está sujeito à utilização do SIAFI para realizar e controlar a execução orçamentá- ria, financeira, patrimonial e contábil da Força. é por meio do SIAFI que são feitas consultas de créditos orçamentários disponibilizados por natureza de despesas e registradas todas as contratações e aquisições feitas pelo Exército. As Organizações Militares (OM) que se constituem em Unidades Gestoras (UG) do sistema têm no SIAFI a sua base de dados legais orçamentários e contábeis. Nesse sistema são registrados, por exemplo, notas de empenho, liquidações e pagamentos efetuados. 5.2 SISTEMa INTEGRaDO DE aDMINISTRaÇÃO DE SERvIÇOS GERaIS – SIaSG O SIASG “é o sistema informatizado que registra, controla e compatibiliza as atividades e procedimentos relativos ao Sistema de Serviços Gerais – SISG, em tempo real” (Portaria Normativa, 27 de outubro de 2000). Ou seja, é um conjunto de ferramentas informatizadas que permite a operacionalização e o gerenciamento das atividades do SISG. O SISG, por sua vez, é um sistema administrativo que organiza a gestão das atividades de serviços gerais. Nessas atividades estão incluídas as licitações, contratações, transportes, comunica- ções administrativas, documentação e administração de edifícios públicos e de imóveis funcionais. O SIASG tem como objetivos: • Gerenciar e operacionalizar o funcionamento sistemático das atividades do SISG, com a utilização dos seguintes subsistemas: – Catálogo de Materiais (CATMAT); – Catálogo de Serviços (CATSER); – Sistema de Divulgação Eletrônica de Compras (SIDEC); – Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (SICAF); – Sistema de Preços Praticados (SISPP); – Sistema de Minuta de Empenho (SISME); – Sistema de Gestão de Contratos (SICON). • Modernizar as atividades do Estado e aprimorar a gestão de compras do Governo Federal em termos de qualidade e de absoluta transparência em seus procedimentos. Se desejar obter mais infor- mações sobre execução Or- çamentária, visite <http:// www.orcamentobrasil.com/> GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 31 • Garantir a segurança dos registros efetuados em outros sistemas, para os casos de integração sistêmica. 5.2.1 O SIASG e o Exército Brasileiro O SIASG é uma ferramenta de apoio informatizado aos processos de compras e de contratações. Esse sistema permite, por exemplo, o registro das autoriza- ções e confirmações de prestações dos serviços contratados e recebimento de materiais adquiridos. 5.3 SISTEMa DE CaDaSTRaMENTO uNIFICaDO DE FORNECEDORES - SICaF O SICAF é um módulo do Sistema de Administração de Serviços Gerais – SIASG. é um sistema automatizado de informações que viabiliza o cadas- tramento de fornecedores, materiais e serviços para os órgãos/entidades da Administração Pública Federal Direta, Autárquica e Fundacional, no âmbito do Sistema Integrado de Serviços Gerais – SISG. Para obter mais informações sobre o SiaSG, consulte o manual do usuário, disponí- vel em: <http://www.com- prasnet.gov.br/publicacoes/ manuais/Manual_Usuario_ SiaSG_SessaoPublica.pdf> O sistema foi implantado como parte do esforço de modernização e reforma do aparelho do Estado, de modo a torná-lo mais eficiente e voltado principal- mente ao interesse da sociedade. Figura 5 – Tela de Acesso ao SICAF: <http://www.comprasnet.gov.br/> Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais 32 O SICAF permite: • Cadastramento e habilitação de pessoas físicas ou jurídicas interessadas em participar de licitações promovidas por órgãos e entidades da Admi- nistração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, ampliando as opções de compra doGoverno Federal. • Acompanhamento do desempenho dos fornecedores cadastrados. O SICAF é acessado on-line por todas as unidades de Serviços Gerais interliga- das à rede de teleprocessamento do Governo Federal. Atualmente o SICAF pode ser acessado pelo portal COMPRASNET (www.com- prasnet.gov.br) que é o ponto de partida para que o fornecedor interessado em participar de licitações públicas possa dar início ao processo de cadastra- mento no SICAF. 5.3.1 O SICAF e o Exército Brasileiro O SICAF é acessado pelas OM do Exército para cadastramento e consultas à lista de fornecedores cadastrados no sistema, a fim de aceitar a participação deles nos processos licitatórios que a Unidade esteja promovendo. As OM não podem aceitar a participação em seus processos licitatórios de nenhum candidato que não esteja devidamente cadastrado no SICAF. Os sistemas apresentados até o momento – SIAFI, SIASG e SICAF – são sistemas governamentais, ou seja, não foram desenvolvidos por nenhuma Organização Militar do Exército. A seguir estarão apresentados e descritos os sistemas desenvolvidos por Orga- nizações Militares do Exército Brasileiro para agilizar e dar maior transparência aos processos gerenciais, principalmente nas áreas administrativa, de pessoal e orçamentária-financeira. GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 33 5.4 SISTEMa DE MaTERIaL DO ExéRCITO – SIMaTEx O SIMATEX é um sistema corporativo de desenvolvimento contínuo e evo- lutivo, que faz parte do Sistema de Informações Organizacionais do Exército (SINFORGEx). O sistema tem como objetivo integrar processos, procedimen- tos, métodos, rotinas e técnicas destinadas à produção de conhecimento com qualidade e oportunidade necessárias ao controle automatizado e ao gerencia- mento de todos os materiais no âmbito do Exército Brasileiro. O SIMATEx é composto por três subsistemas, apresentados na Figura 7: Figura 6 – Tela do SIMATEX (Intranet do EB - EBNet) Figura 7 - Subsistemas do SIMATEX fonte: <https://www.defesa.gov.br/arquivos/File/2011/ mes09/logistica/encontro02.pdf> Para acessar o SiMaTeX, visite: <http://simatex.colog.eb. mil.br> Sistemas de Info Organizacionais do Exército SINFORGEX SIMATEX SISMICAT MD SISMICAT - Sistema Militar de Catalogação SICATEx COLOG SICATEx - Sistema de Catalogação do Exército SISDOT - Sistema de Dotação SISCOFIS - Sistema de Controle Físico SISDOT EME EME SISCOFIS COLOG Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais 34 A responsabilidade orgânica do SIMATEx fica a cargo do comandante, chefe ou diretor, em qualquer nível. Os chefes das Agências de Inteligência (AI) e os administradores dos subsistemas são seus principais assessores nas atividades correspondentes. Para garantir a segurança do sistema e de seus dados, todos os subsistemas devem permitir, como medida de segurança, a auditoria dos acessos ao siste- ma, de maneira a identificar o usuário, a data e a operação efetuada. As funções e características dos subsistemas citados estão descritos a seguir: a) O SICATEX O SICATEX destina-se a catalogar todo o material (permanente e de consumo) existente no Exército, de acordo com a metodologia do Sistema Militar de Ca- talogação (SISMICAT). é administrado pelo Comando Logístico (COLOG) e tem como órgãos executivos a Central de Operação e Arquivo (COA) e as Agências de Catalogação (AC). Figura 8 - Tela do SICATEX Fonte: <https://www.defesa.gov.br/arquivos/File/2011/mes09/logistica/encontro02.pdf> b) O SISCOFIS O uso do SISCOFIS tem por finalidade o controle físico e o gerenciamento de todo o material existente no Exército. O Sistema é administrado pelo Comando Logístico (COLOG), com o assessoramento de uma Comissão Coordenadora do Sistema, presidida pelo COLOG, e com a concorrência de representantes do(a): • Estado-Maior do Exército (EME); • Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT); O SiCaTeX é utilizado pelas OM de valor Unidade, somen- te para fins de consulta. O sis- tema é atualizado no nível Re- gião Militar (RM). as Unidades podem encaminhar à RM pro- posta de inclusão de materiais que porventura não estejam cadastrados no sistema. GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 35 • Secretaria de Economia e Finanças (SEF); • Centro de Inteligência do Exército (CIE); • Diretorias Gestoras de Material. Figura 9 – Tela Inicial do SISCOFIS O SISCOFIS disponibiliza, sob a forma de relatórios e consultas, as informações provenientes dos órgãos provedores (OP) e das organizações militares (OM), considerando o nível de responsabilidade de cada escalão. A Figura 10 apresen- ta uma lista das principais informações que podem ser acessadas pelo SISCOFIS. Figura 10 – Fluxo de Informações no SISCOFIS Fonte: <https://www.defesa.gov.br/arquivos/File/2011/mes09/logistica/encontro02.pdf> Para acessar o SiSCOFiS, visite <http://siscofisweb.eb.mil. br/fremes/principal.php> Cmdo EB ODG ODS C Mil A OM OP RM DE Bda AD SEF Principais informações Qual o material? Quando existe? Onde se encontra? Qual a situação? Qual o previsto? Quantas faltas? Quantos excessos? RMA RMBM INVENTARIOS CUSTOS Esc Log/RM SISCOFIS (OM/OP) Estoque Estoque Estoque SISCOFIS WEB CITEx Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais 36 c) O SISDOT O SISDOT é administrado pelo Estado-Maior do Exército, por intermédio da 4ª Subchefia/EME. Seu uso tem como objetivo definir a dotação de material por Quadro de Organização Tipo e por OM no âmbito do Exército Brasileiro e permite ao EME elaborar e atualizar os Quadros de Dotação de Material (QDM) e os Quadros de Dotação de Material Previsto (QDMP), assim como que as demais OM realizem consultas sobre dotação de material. 5.5 SISTEMa GERENCIaL DE aCOMpaNhaMENTO E CONTROLE paTRIMONIaL – SISpaTR O SISPATR é o sistema que subsidia os escalões superiores com informações efetivas sobre o controle dos bens patrimoniais. Esse sistema foi desenvolvido para atender às demandas da Secretaria da Economia e Finanças (SEF), da Di- retoria de Contabilidade (D Cont), das Inspetorias de Contabilidade e Finanças do Exército (ICFEx) e das Unidades Gestoras (UG), para aperfeiçoar a capacida- de gerencial da Instituição, com reflexos diretos na melhoria da operacionali- dade da Força. O acesso ao sistema SISPATR é realizado na intranet, por meio dos servidores da Secretaria de Economia e Finanças (SEF), na página da Diretoria de Con- tabilidade (D Cont), em <http://www.dcont.eb.mil.br>, conforme é possível visualizar na Figura 11: Para acessar o SiSPaTR, visite <http://sispatr.sef.eb.mil.br/ sispatr/index.seam?cid=611> Figura 11 – Portal de Contabilidade do Exército Brasileiro – acesso ao SISPATR e SISCUSTOS GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 37 Os principais objetivos do SISPATR são: • Registrar informações contábeis resultantes da movimentação patrimonial. • Identificar e organizar as UG que apresentem características semelhantes no que concerne ao desempenho de suas atividades-fim para buscar solu- ções comuns que atendam aos seus problemas no controle patrimonial. • Proporcionar aos dirigentes, nos seus respectivos níveis, as informações ge- renciais referentes ao controle patrimonial das UG do Comando do Exército. • Realizar o acompanhamento gerencial das UG em seu controle patrimonial. • Permitir a verificação de compatibilidade dos dados relativos ao controle patrimonial do Exército existentes no SIAFI e no SISCOFIS. • Disponibilizar informações, em tempo hábil, para auxiliar o processo deci- sório, por meio da análise temporal do desempenho da organização. • Permitir ajustes no planejamento para uma gestão eficiente, eficaz e efeti- va dos recursos disponibilizados ao Comando do Exército. Figura 12 – Tela de acesso ao SISPATR O SISPATR não possui banco de dados. A cada consulta, o sistema espelha apenas os dados do SIAFI e SISCOFIS, sem ar- mazenar essas informações. Consequentemente, a cada novo acesso, oSISPATR pode apresentar informações diferentes, e caso um dos sistemas (SIAFI OU SISCOFIS) esteja “fora do ar”, o SISPATR demonstrará saldo zero para as informações do sis- tema que esteja inoperante naquele momento. Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais 38 O SISPATR possui três perfis de acesso: • Perfil D Cont: permite a visualização de todas as unidades gestoras cadastradas no SISPATR. • Perfil ICFEx: permite a visualização das unidades gestoras vinculadas à respectiva ICFEx. • Perfil UG: permite apenas a visualização da unidade gestora específica, ou seja, um UG não consegue visualizar as informações de outra UG. 5.6 SISTEMa GERENCIaL DE CuSTOS – SISCuSTOS O SISCUSTOS é um sistema de informações gerenciais e de apoio à decisão que busca integrar processos, procedimentos, métodos, rotinas e técnicas, des- tinados à produção de conhecimento com qualidade e oportunidade neces- sária ao controle automatizado e ao gerenciamento dos custos das atividades (rotinas) realizadas pelas OM do Exército Brasileiro. Para obter mais informações sobre o SiSPaTR, consulte o manual do usuário disponí- vel em <http://www.2icfex. eb.mil.br/Portarias/manual_ sispatr.pdf> Figura 13 – Tela de acesso ao SISCUSTOS O desenvolvimento desse sistema teve como base a legislação federal específi- ca de custos, com o intuito de propiciar ao gestor das organizações o levanta- mento dos custos das atividades e dos programas de governo, podendo che- gar até a função da programação orçamentária. O SISCUSTOS do Exército está integrado a outros sistemas corporativos da Instituição e fornece informações relevantes aos tomadores de decisão sobre os custos do Comando do Exército. A sua implantação significa a introdução de um importante instrumento de gestão, capaz de indicar o nível de desempenho da Instituição com relação GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 39 aos produtos e aos serviços gerados, às atividades desenvolvidas e aos proces- sos executados para o atendimento de suas inúmeras demandas. Além disso, representa uma inovação, pois consolida uma cultura corporativa baseada na eficiência de suas ações, medida em termos de resultados e de indicadores de desempenho, servindo também como importante subsídio para a tomada de decisão e de planejamento de suas atividades, bem como para a aferição do desempenho de diversas organizações militares. O SISCUSTOS tem os seguintes objetivos: • Identificar o custo das atividades do exército. • Realizar o acompanhamento Gerencial das OM. • Facilitar as tomadas de decisões nos diversos escalões. • Oferecer dados concretos para negociar e justificar em melhores condi- ções os recursos orçamentários do Comando do Exército. A Lei de Responsabilidade Fiscal, editada em maio de 2000, trouxe importantes consequências para a administração pública, entre as quais a implantação de um novo modelo para a Contabilidade Pública, condizente com os padrões esta- belecidos nas Normas Internacionais de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Para atender a esse novo modelo, o SISCUSTOS foi totalmente idealizado e de- senvolvido pela SEF/D Cont, seguindo todas as especificações trazidas por essa “nova contabilidade”. Fundamentado nas NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABI- LIDADE APLICADAS AO SETOR PúBLICO, o sistema tem como fonte de dados as listas das atividades das organizações, os direcionadores de atividades, os objetos de custo e as informações extraídas de sistemas corporativos em uso no Exército, tais como o Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI), o Sistema de Controle Físico (SISCOFIS) que é um módulo do Sistema de Material do Exército (SIMATEx), o Sistema Automático de Pagamento de Pessoal (SIAPPES) e o Sistema de Retribuição no Exterior (SRE). Por meio desses sistemas, o SISCUSTOS coleta e processa os dados necessários e disponibiliza informações sob a forma de relatórios gerenciais pelo FLEx VISION. Para acessar o SiSCUSTOS, vi- site <http://custos.sef.eb.mil. br/Custos/modulos/seguran- ca/login_form.php> O SiSCUSTOS somente é ope- rado pelos militares da área administrativa com respon- sabilidade na área de gestão financeira das suas respectivas organizações militares (OM). O FLEX VISION é uma ferramenta OLAP (On-line Analytical Processing), que permite a visualização dos dados armazena- dos em bancos relacionais, nos mais variados formatos. Todos os totais, cálculos, filtros e formatação podem rapidamente ser definidos e alterados pelo usuário. O SiSPaTR e o SiSCUSTOS são sistemas desenvolvidos sob a responsabilidade da diretoria de Contabilidade (dCOnT). Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais 40 5.7 SISTEMa uNIFICaDO DO pROCESSO DE OBRaS – OpuS O OPUS é um sistema informatizado de apoio à decisão, que visa dar suporte às funcionalidades de Planejamento, Programação, Acompanhamento, Fisca- lização, Controle, Gerência e Execução de Obras e Serviços de Engenharia de todas as atividades dos macroprocessos finais do Sistema de Obras Militares (SOM), tanto no nível executivo quanto no gerencial e estratégico. Figura 14 – Tela inicial do OPUS é o sistema por meio do qual as OM do Exército inserem informações e solici- tações sobre as obras planejadas ou em execução nos seus respectivos aquar- telamentos e a Diretoria de Obras Militares (DOM) acompanha o andamento das obras realizadas. A gestão de obras no OPUS é realizada por meio do Plano Diretor de Organi- zação Militar (PDOM). Esse sistema é o elemento base para gestão de obras e representa o plano de ocupação de uma OM em uma ou mais áreas (imó- veis). O PDOM deve contemplar todas as benfeitorias existentes, a construir e a demolir. Sua atualização é de responsabilidade da OM e sua aprovação de responsabilidade da DOM. Caso uma OM necessite de obra, serviço de engenharia ou material de gestão da DOM, é necessário cadastrar essas solicitações no OPUS por meio do preen- chimento eletrônico da Ficha Modelo 18 (FM18) que é, então, encaminhada para o respectivo Comando RM. Podemos dizer que a FM18: • é o documento com o qual as OM levantam suas necessidades específi- cas e as encaminham para os Comandos de Região Militar (Cmdo RM) que as apoiam. Para acessar o OPUS, visite: <http://www.opus.eb.mil. br/cobra-grp-web/pages/ privado/navegador/navega- dor.jsf> GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 41 • Pode ser alterada, no OPUS, a qualquer momento pela unidade, incluin- do novas obras ou revisando prioridades. • Precisa ser encaminhada pela OM para o Cmdo RM, após a solicitação e priorização dos pedidos. Caso não seja encaminhada, todo o trabalho realizado é considerado “rascunho”. • Torna-se oficial para o Cmdo RM quando é encaminhada. Por isso, toda OM tem duas FM18: uma de “trabalho” e outra “encaminhada”. A consolidação e priorização das necessidades específicas levantadas na Ficha Modelo 18 das OM apoiadas são realizadas pelo Cmdo RM por meio do pre- enchimento da Ficha Modelo 20 (FM20). Podemos dizer que a FM20: • Pode ser alterada no OPUS a qualquer momento, incluindo novas obras ou revisando prioridades. • Precisa ser encaminhada pela unidade para que o trabalho não seja considerado “rascunho”. • Somente passa a ser considerada oficial para o DEC/DOM quando enca- minhada. Por isso todo Cmdo de RM tem duas FM20: uma de “traba- lho” e outra “encaminhada”. Assim como na maioria dos sistemas em uso no Exército, somente usuários previamente cadastrados no OPUS podem acessá-lo. O cadastro de usuários dos Comandos de Regiões Militares e Comissões Regionais de Obras são realizados pela DOM, os das demais Organizações Militares, pelo Comando da respectiva Região Militar. Para obter mais informações sobre o OPUS, visite <http:// intranet.dom.eb.mil.br/in- dex.php?option=com_conte nt&view=article&id=107&ite mid=125> 5.8 SISTEMa DE INFORMaÇõES GERENCIaIS E aCOMpaNhaMENTO ORÇaMENTáRIO – SIGaO SIGA foi desenvolvido inicialmente para atender às demandas da Diretoria de Gestão Orçamentária da Secretaria de Economia e Finanças (DGO/SEF), com a finalidade de racionalizar e otimizar a gestão dos recursos da Unidade Orça- mentária Fundo do Exército, aprimorando os processos utilizados no Sistema de Economia e Finanças, além de executar atividades adicionais, como por exemplo, o Planejamento do Estado-Maior do Exército; Ação 2000 do Progra- ma de Apoio Administrativo – PAA; Sistema de Custos. Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais 42 O SIGA é composto por dez módulos: segurança; planejamento do Estado-Maior do Exército; ação 2.000/PAA (cadastros básicos, contratos e concessionárias); sistemas de custos; sendo os demais ligados à gestão da Unidade Orçamentária Fundo Exército (receita, orçamento, crédito, danos ao erário, aplicações financei- ras e o de movimentações financeiras). O sistema é formado por módulos e foi projetado para que a operação seja feita de forma independente, facilitando o acesso dos usuários. Figura 15 – Módulos do SIGA Cada um dos módulos do SIGA relativos à gestão da Unidade Orçamentária Fundo do Exército está descrito a seguir: • Segurança: deve ser utilizado pelas ICFEx para administrar o SIGA. Cabe às ICFEx a realização do cadastro, inclusão, alteração e exclusão dos usuários de suas Unidades Gestoras (UG) vinculadas. Os perfis e níveis de acesso ao sistema são definidos neste módulo. • Receita: permite o controle da arrecadação da UG e serve de suporte à solicitação de créditos sem sub-repasse. Nesse módulo, a UG pode acompanhar a arrecadação de qualquer receita por ela gerada, tanto as atinentes à exploração econômica de bens, mensalidades escolares e serviços administrativos quanto aquelas arrecadadas por descontos em contracheques (exemplo: os relacionados com os Próprios Nacionais Residenciais). • Crédito FEx: possibilita que a UG solicite “on-line”, créditos da Unidade Orçamentária Fundo do Exército. Por esse módulo, a UG pode acom- panhar a liberação dos créditos solicitados no sistema e, seguindo um Para acessar o SiGa, visite <http://siga.sef.eb.mil.br/ SiGa/index.html> GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 43 cronograma de desembolso, não é necessário solicitar a autorização de pagamento e do recurso financeiro. Ao acessar o módulo de crédito, o usuário realizará todos os procedimentos necessários à solicitação de crédito, independente do funcionamento dos demais módulos. • Aplicações Financeiras: possibilita a aplicação automática em ca- derneta de poupança e as transferências entre UG, além de facilitar o controle e o acompanhamento dos saldos aplicados. 5.9 SISTEMa INTEGRaDOR DE GESTÃO INTELIGENTE DE RECuRSOS DO SISTEMa DE pESSOaL DO ExéRCITO – SIGIR O SIGIR é um sistema administrativo, constituído por subsistemas, que possibili- ta o gerenciamento integrado, lógico, racional e econômico de todas as ativida- des dos órgãos gestores de recursos (cotistas e subcotistas) do Sistema de Pesso- al do Exército sob gestão do Departamento-Geral do Pessoal (DGP). Por meio da implementação dos princípios de Administração pela Qualidade e da Excelência Gerencial, visa o aprimoramento e a modernização das estruturas organizacio- nais e das práticas de planejamento, orçamento e controle dos recursos. O SIGIR foi desenvolvido no final da década de 90 como esforço para se atingir a excelência requerida pela qualidade da Administração Pública e pelo Sistema do Planejamento Administrativo do Exército, a DIPA do DGP (atualmente Divi- são de Orçamento, Finanças e Auditoria – DIORFA). O SIGIR era formado pelos seguintes subsistemas: • SIPEO; • Participação do Usuário; e • Informações de Apoio a Gestão. Com a publicação da Portaria nº 046-DGP, de 25 de fevereiro de 2008, o SIGIR passou a ser composto dos seguintes subsistemas: • Sistema de Relacionamento com o Usuário (SIRUS); • Sistema de Apoio à Gestão de Recursos (SAGRE); • Sistema de Planejamento e Execução Orçamentária (SIPEO); • Sistema de Registro de Encaminhamentos (SIRE); e • Sistema de Registro de Contratos (SIRC). Para obter mais informações sobre o SiGa, consulte o ma- nual do usuário, disponível em: <http://www.10icfex. eb.mi l .b r/manua i s/Ma- nual_SiGa_04out07.pdf> e <http://www.12icfex. eb.mil .br/fi les/Manual_ SiGa.pdf> Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais 44 Cada um desses subsistemas será apresentado a seguir. 5.9.1 Sistema de Relacionamento com o Usuário – SIRUS O SIRUS possibilita a interação do usuário com o sistema e permite o controle e o acompanhamento dos recursos distribuídos, obtendo como resultado a melhoria na qualidade dos serviços prestados e a satisfação dos usuários. Os seguintes serviços são disponibilizados no SIRUS: • Correio Eletrônico: permite aos usuários o envio e recebimento de mensagens, possibilitando ao DGP receber sugestões, esclarecer dúvidas e/ou solicitar informações relativas à gestão dos recursos orçamentários. • Cálculo de movimentação: mostra o valor a que faz jus o militar, quando autorizado por ato administrativo, a se deslocar com mudança de sede ou não, desde que o afastamento da Organização Militar de origem seja superior a 15 (quinze) dias. • Cálculo de deslocamento a serviço: mostra o valor a que faz jus o servidor civil ou militar quando autorizado, por ato administrativo, a se deslocar sem mudança de sede, desde que o afastamento da Organiza- ção Militar de origem seja inferior ou igual a 15 (quinze) dias. • Consulta à distribuição de recursos: o usuário, após calcular o valor a que faz jus, pode consultar o sistema para verificar se os valores que irá receber correspondem ao previsto na legislação. Figura 16 – Subsistemas do SIGIR Para acessar o SiGiR e seus subsistemas, visite <http:// www2.dgp.eb.mil.br/inicio. asp> GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 45 5.9.2 Sistema de Apoio à Gestão de Recursos – SAGRE O SAGRE possui mecanismos de consulta que apoiam a gestão nos aspectos legais e normativos, bem como nos relacionados com os resultados obtidos. O sistema está organizado nas seguintes áreas: • Orientações/Legislação: apresenta, em ordem alfabética, toda a legislação pertinente à gestão dos recursos do DGP e mostra, por tipo de documento, todas as orientações transmitidas através do SIAFI, por meio de Mensagem Fax ou pelo Correio. • Exercícios Anteriores: estão disponíveis no site todas as informações necessárias à elaboração do processo que permite o reconhecimento de direitos dos usuários não atendidos em exercícios anteriores; o usuário pode consultar o andamento do seu processo, bem como verificar a lista dos processos pagos. • Avaliação de Resultados: possui mecanismos de consulta que permi- tem acompanhar, com oportunidade, a avaliação dos resultados obtidos através do emprego de indicadores definidos com base nos objetivos do Exército Brasileiro e no macro objetivo do Plano Plurianual (PPA) de “Garantir a Defesa Nacional como Fator de Consolidação da Democracia e do Desenvolvimento”. • Manuais: disponibiliza os manuais dos sistemas integrantes do SIGIR. 5.9.3 Sistema de Planejamento e Execução Orçamentária – SIPEO O SIPEO permite o acompanhamento e o controle dos créditos das ações ge- renciadas pelo DGP, tornando-se, por conseguinte, efetiva ferramenta de apoio à decisão. O sistema permite o planejamento e a execução da descentralização de recursos destinados ao atendimento das despesas com as Ações Finalísticas do DGP, parcela do Programa de Apoio Administrativo (PAA), e os seguintes destaques e convênios: • 2004 – Assistência Médica e Odontológica aos Servidores, Empregados e seus Dependentes. • 2010 – Assistência Pré-Escolar aos Dependentes dos Servidores e Empregados. • 2011 – Auxílio-Transporte aos Servidores e Empregados. • 2522 – Produção de Fármacos, Medicamentos e Fitoterápicos.Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais 46 • 2012 – Auxílio-Alimentação aos Servidores e Empregados. • 2059 – Atendimento Médico-Hospitalar / Fator de Custo; • 2867 – Remuneração dos Militares das Forças Armadas – Movimentação de Pessoal. • 2887 – Manutenção dos Serviços Médico-Hospitalares e Odontológicos. • 2900 – Seleção para o Serviço Militar e Apresentação da Reserva em Disponibilidade. • 4452 – Pesquisas de Biossegurança do Exército. • 4572 – Capacitação de Servidores Públicos Federais em Processo de Qualificação e Requalificação. • Fundo do Serviço Militar. • Destaques e Convênios. De estrutura modular, o SIPEO é integrado pelos seguintes módulos: • Planejamento Futuro: atualização, no Ano A-1 do Planejamento Corrente feito em A-2, de todos os eventos relacionados com as movi- mentações, deslocamentos a serviço e apoio administrativo, que têm previsão de ocorrerem no ano A. • Planejamento Corrente: atualização, no ano A, dos eventos plane- jados pelo Planejamento Futuro no ano A-1, em decorrência das novas imposições conjunturais. • Execução Orçamentária: registro, no Ano A, das despesas decorren- tes das atividades desenvolvidas pelos militares, funcionários civis e pelo fornecimento de material ou prestação de serviços por pessoas jurídicas [...], implicando na descentralização do crédito correspondente através do SIAFI. 5.9.4 Sistema de Registro de Encaminhamentos – SIRE O SIRE é o sistema dedicado ao controle informatizado do atendimento mé- dico-hospitalar efetuado pelo Sistema de Saúde do Exército, implementando uma metodologia que trata de forma integrada todas as rotinas administrati- vas, financeiras e assistenciais, e a montagem de um banco de dados contendo o registro clínico-ocupacional dos pacientes. GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 47 O SIRE permite ainda: • O acompanhamento das despesas desde a sua origem. • O acompanhamento do desempenho das OM subordinadas a cada escalão de comando. • A alocação de recursos. • A visualização dos registros de guias pelo nome dos usuários e fornecedores. é um sistema corporativo do DGP, cujo acesso é restrito aos usuários previa- mente cadastrados e portadores de senha. Entretanto, algumas informações disponíveis na página inicial da DIORFA podem ser acessadas por todos os integrantes da família militar e por fornecedores, que podem acompanhar e controlar seus recebimentos, permitindo um maior controle das despesas pessoais, no que tange aos encaminhamentos registrados em seu nome ou de seu dependente, fatos estes que contribuem para a transparência dos serviços prestados pelo Sistema de Saúde do Exército. 5.9.5 Sistema de Registro de Contratos – SIRC O SIRC é o sistema utilizado para o registro de contratos e credenciamentos celebrados com prestadores de serviços médico-hospitalares e odontológicos e outras despesas relativas às atividades de custeio do sistema de assistência à saúde da família militar, que inclui o atendimento aos militares, servidores civis da ativa, inativos, pensionistas e seus dependentes. 5.10 SISTEMa DE GESTÃO DE ESTOquE DE MaTERIaIS DE SaúDE – SIGEMS O SIGEMS é o sistema pelo qual é realizado o controle do estoque do mate- rial de saúde do Sistema de Saúde do Exército. O seu uso tem como objetivos principais: • Planejar as aquisições de medicamentos e materiais com base na média de consumo. • Evitar a perda de materiais e de medicamentos pela não utilização no prazo de validade estabelecido pelos fabricantes. • Centralizar o controle e o estoque e manter descentralizada a decisão relacionada à aplicação de recursos orçamentários. O SiRe foi assimilado rapi- damente pelas Organizações Militares de Saúde e pelas Unidades de atendimento in- tegrantes do exército. É uma importante ferramenta de gestão dos recursos destina- dos à assistência médico-hos- pitalar da família militar. Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais 48 • Reduzir os custos operacionais de estocagem por meio da manutenção de níveis de estoque dentro dos limites necessários para atender a de- manda de cada Unidade de Atendimento (UAt), evitando o desabasteci- mento e o excesso de produtos nas prateleiras. • Comparar preços praticados nas diversas UAt e identificar distorções. • Integrar as ações de gestão de material de saúde em uso pelo DLog com os sistemas do DGP. 5.11 SISTEMa DE pERÍCIaS MéDICaS – SISpMED O SISPMED é um sistema on-line de prestação de serviços desenvolvido para atender ao Exército Brasileiro na área de saúde, fornecendo as informações necessárias para o bom andamento e eficácia dos procedimentos de perícias médicas. O uso do sistema permite: • O registro de Perícias Médicas por meio da internet. • O fornecimento de informações necessárias para a padronização dos procedimentos relativos às atividades médico periciais do Exército Brasi- leiro, definidas na legislação vigente. O SIPMED está organizado em três Módulos: • Gerencial: permite que a Diretoria de Saúde (D SAU) coordene, registre e controle os trabalhos periciais e o despacho das ordens de reestudo, recurso, homologação e revisional. • Regional: permite que a Região Militar (RM) Seção de Saúde Regional (SSR) coordene, registre e controle os trabalhos periciais e o despacho das ordens de reestudo, recurso, homologação e revisional. • Operacional: permite que o AMP (Agente Médico Pericial) realize as inspeções e cumpra as ordens de Reestudo e Inspeção de Saúde em grau revisional e de homologação. Para obter mais informações sobre o SiGeMS, consulte o manual do usuário disponí- vel em <http://www2.dgp. eb.mil.br/Manual/SiGeMS/ Mod_User.doc> Para obter mais informações sobre o SiPMed, consulte os manuais disponíveis em <http://www2.dgp.eb.mil. br/Manual/SiSPMed/Ma- nual_do_SiSPMed.asp> e <http://www2.dgp.eb.mil. br/Manual/SiSPMed/Manu- al_SisPMed_Gerencial.pdf> GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 49 5.12 SISTEMa DE REGISTROS MéDICOS – SIRMED O SIRMED é um sistema on-line de registros médicos, desenvolvido para atender ao Exército Brasileiro na área de saúde e que fornece as informações necessárias ao bom andamento e eficácia da gestão de saúde. O sistema foi desenvolvido para: • Orientar os trabalhos das Seções de Saúde Regionais (SSR) e das Seções de Saúde das Organizações Militares (SSOM) em relação à padroniza- ção dos procedimentos relativos aos registros das informações sobre o controle sanitário do pessoal e das instalações do EB. • Fazer com que seus usuários interajam diretamente com o terminal de computador para acompanhar, no âmbito da Força, a execução dos registros da área de saúde, relativos aos atendimentos realizados nas organizações militares. O SIRMED está organizado em três níveis: • Gerencial: utilizado pela Diretoria de Saúde (D Sau); • Regional: utilizado pela Região Militar (RM); Compete ao Nível Regional a geração de senha para acessar o sistema no Nível MedAtd / (nível Operacional Médico atendente). • Operacional: utilizado pelo Médico Atendente (MedAtd) das OMs. A segurança das informações no SIRMED é garantida, inicial- mente, devido à estruturação em níveis do acesso ao sistema. Ou seja, o acesso é permitido a cada nível de forma independen- te. Sendo assim, quem possui acesso ao nível Operacional (Med Atend), não possui acesso ao nível Regional e assim por diante. Para obter mais informações sobre o SiRMed, consulte <http://www2.dgp.eb.mil. br/Manual/SiSPMed/Manu- al_do_SiSPMed.asp>. Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais 50 5.13 SISTEMa DE CaDaSTRO DO pESSOaL DO ExéRCITO – SICapEx O SiCaPEx é uma ferramenta de apoio à administração de pessoal vinculado ao Exército Brasileiro. O sistema faz interface com a Base de Dados Corporati- va de Pessoal (BDCP) e é utilizado para o cadastramento, consulta e auditoria dos dados individuais e do registro funcional detodo o pessoal vinculado ao Exército e de interesse dos órgãos do Sistema de Pessoal do Exército. O sistema é de domínio controlado com rotinas estabelecidas de acordo com os proces- sos internos pré definidos e permite o compartilhamento dessas informações por todas as Organizações Militares interessadas, inclusive com o sistema de pagamento e o sistema de identificação do Exército. O sistema pode ser usado não só pelos encarregados de pessoal das Organiza- ções Militares, mas também pelos demais órgãos que necessitam administrar seu pessoal como, por exemplo, Escolas, órgãos de Direção Setorial, Inativos, Pensionistas e Pessoal Civil. Figura 17 – Tela de acesso ao SICAPEx Para acessar o SiCaPex, visite <https://sicapex.dgp.eb.mil. br/sicapex/paginas/login/ login.seam> Os principais objetivos deste sistema são: • Proporcionar agilidade ao cadastramento dos dados individuais e do registro funcional na Base de Dados Corporativa de Pessoal (BDCP), visando a celeridade dos processos relativos à gestão do pessoal no Exército Brasileiro. GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 51 • Assegurar a confiabilidade do cadastro, por meio de auditoria. • Permitir a inclusão dos novos integrantes da Força na Base de Dados Corporativa de Pessoal (BDCP) pelas SIP/OPIP e OM com tal encargo, com agilidade e rapidez. • Definir responsabilidades pelo cadastramento dos dados individuais e do registro funcional do pessoal vinculado ao Exército. • Integrar processos de atualização do cadastro e de consultas a relatórios gerenciais. • Permitir auditorias frequentes e descentralizadas. • Descentralizar os processos de atualização do cadastro. • Minimizar a possibilidade da existência de base de dados paralela de pessoal. • Permitir a difusão oportuna das informações. • Possibilitar a utilização dos dados do pessoal, pela OM e SIP/OPIP, nos seus processos internos. • Permitir o acompanhamento, pelo interessado, do seu cadastro na BDCP. • Permitir ao Comando do Exército, aos comandos operacionais enqua- drantes, ao órgão de Direção Geral (ODG), aos órgãos de Direção Setorial (ODS), aos órgãos fora da Força e às OM e SIP/OPIP em geral, o controle de seu pessoal através de relatórios gerenciais. • Fornecer as informações de pessoal necessárias ao processamento do Siste- ma de Pagamento do Exército, do Centro de Pagamento do Exército (CPEx). 5.14 SISTEMa úNICO DE CONTROLE DE EFETIvO E MOvIMENTaÇõES – SuCEM O SUCEM tem por finalidade básica manter o controle das movimentações e dos efetivos da Força. Além disso, o sistema controla as inscrições feitas pelas OM e militares nos planos de movimentação e cursos e o registro do estado efetivo do militar nas OM (unidade e subunidade). Para obter mais informações sobre o SiCaPex, consul- te o manual do sistema em: <http://www.dgp.eb.mil.br/ images/stories/sicapex/ma- nual/manual_sicapex.pdf> Para acessar o SUCeM, visi- te: <https://sucemnet.dgp. eb.mil.br/> Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais 52 Por meio deste sistema os militares da ativa e de carreira do Exército e as organizações militares têm acesso aos recursos de inscrição, acompanhamento de processos, emissão de relatórios, entre outros, conforme exigidos em cada Plano de Movimentação. Figura 18 – Tela de acesso ao SUCEM Figura 19 – Tela de acesso ao SUCEM após login O uso do sistema visa os seguintes objetivos: • Permitir que os comandantes e encarregados de pessoal da OM exerçam o gerenciamento das inscrições para movimentações e cursos dos milita- res das suas organizações, controlando apresentações e desligamentos. GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 53 • Controlar o efetivo da Força, desde o nível subunidade até o mais alto escalão do Exército. • Permitir que os militares de carreira da ativa se inscrevam nos processos de seleção para cursos e estágios e nos diversos Planos de Movimenta- ção a cargo da DCEM. 5.15 SISTEMa INTEGRaDO DE SERvIDORES CIvIS – SISC O SISC é um sistema para gerenciar os dados pessoais e funcionais dos servido- res civis do Exército. O sistema permite que o usuário faça a sua adesão ao servi- ço de Prestação de Assistência à Saúde (PASS), tanto para si próprio como para seus dependentes e pensionistas, permitindo que as OM de saúde consultem o cadastro de beneficiários do serviço de Prestação de Assistência à Saúde (PASS). O uso do SISC permite: • O registro de dados cadastrais dos servidores civis, de seus dependentes e pensionistas, ativos ou inativos, permanentes ou temporários, e ar- mazena os seguintes tipos de dados: Dados Pessoais, Dados Funcionais, Dependentes, Tempo de Serviço Anterior, Tempo de Serviço Insalubre, Alterações, Inspeção de Saúde, Frequência e Avaliação. • A inscrição desses funcionários no serviço de Prestação de Assistência à Saúde (PASS), armazenando as seguintes informações sobre a adesão à PASS: Cadastro, Solicitação de Exclusão, Exclusão e Declaração Provisória e disponibilizando informações relacionadas à adesão. • A consulta, pelas OM de saúde do Exército, ao cadastro de beneficiários do serviço de Prestação de Assistência à Saúde (PASS) e a possibilidade de emissão de relatórios quantitativos dos servidores civis, dependentes e pensionistas, assim como a emissão de relatórios das avaliações dos servidores civis ativos. • A emissão de relatórios quantitativos dos beneficiários da PASS; de des- conto mensal e de excluídos, além de gerar arquivo texto para envio ao MPOG e emissão de cartões da PASS. Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais 54 5.16 FICha DE INFORMaÇõES GERENCIaIS DaS ORGaNIzaÇõES MILITaRES DE SaúDE – FIGOMIS A FIGOMIS é um instrumento utilizado para o gerenciamento dos serviços pres- tados pelas Organizações Militares de Saúde e pelos Postos Médicos de Guarni- ção. Está estruturada para permitir o cadastramento, a atualização, a consulta, a emissão de relatórios gerenciais em tempo real e a auditoria de dados cadastrais das OMS (Organizações Militares de Saúde) pelos seguintes órgãos: • Departamento-Geral do Pessoal (DGP); • Diretoria de Saúde (D Sau); • Diretoria de Assistência Social (DAS); • Região Militar (RM); e • outros, a critério do Chefe do DGP. Figura 20 - Tela de acesso à FIGOMIS A FIGOMIS deve ser atualizada mensalmente pelas seguintes Organizações Militares de Saúde: • Hospital Central do Exército (HCE); • Centro de Recuperação de Itatiaia (CRI); • Laboratório Químico Farmacêutico do Exército (LQFEx); • Instituto de Biologia do Exército (IBEx); • Odontoclínica Central do Exército (OCEx); • Hospital de Campanha (H Cmp); • Hospitais gerais (H Ge); GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - U3 55 • Hospitais de guarnição (H Gu); • Policlínicas militares (Pol Mil); • Postos médicos de guarnição (P Med Gu). 5.17 SISTEMa DE pROTOCOLO ELETRôNICO DE DOCuMENTOS – SpED O SPED é um sistema web utilizado para controlar o protocolo e elaborar os documentos das Organizações Militares do Exército, oferecendo maior or- ganização, garantindo a padronização e facilitando o trâmite interno desses documentos para cada OM em que a solução for utilizada. as OMS devem atualizar a Fi- GOMiS com os dados do mês anterior até o dia 5 (cinco) de cada mês. Para acessar a FiGOMiS, visite <http://por- tal.dgp.eb.mil.br/figomis/ figomis.asp> Figura 21 – Tela de acesso do SPED Este sistema é um módulo integrante do Sistema Informatizado de Gestão Arquivística e Documental do Exército (SIGADEx) e foi desenvolvido pelo Centro de Desenvolvimento de Sistemas (CDS), localizado no Quartel General do Exército em Brasília. O SPED permite que o usuário, por meio de uma série de menus, elabore, edite, remeta, despache, arquive, invalide, protocole, acom- panhe e visualize o histórico das ações às quais o documento foi submetido. Apesar de ser desenvolvido em plataforma web, o SPED é um sistema interno que não é acessado
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