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TAÍS ALBANO
		TAÍS ALBANO
Taís Albano Lacerda Silva
Odontologia XLIV – Unifenas
Resumo Medicação Intracanal
A medicação intracanal também pode ser conhecida como curativo de demora, pois algumas vezes não é possível terminar o processo endodôntico em apenas uma consulta, sendo necessário medicar o canal até a próxima sessão. Tem como principal objetivo combater ou deixar sem nenhuma função os microrganismos que resistem ao PQM (preparo químico-mecânico). Além disso, também ajuda a diminuir a reação inflamatória que ocorre após o preparo do canal radicular, controlando a exsudação persistente. Além disso, a medicação intracanal auxilia a dissolver matéria orgânica, estimula a reparação por tecido mineralizado e controla a reabsorção dentinária externa de origem inflamatória. 
O canal principal é a região em que mais existe bactéria, mas elas também ficam nas paredes dentinárias, nos canais acessórios, nos deltas apicais e na região periapical. Por isso, é necessário que sejam colocadas substâncias dentro do canal que tenham a capacidade de agir não apenas por contato, já que nem sempre é possível acessar certos locais contaminados. 
Os medicamentos mais utilizados são: Tricresol/Formocresol, PMCC, Hidróxido de Cálcio e Otosporin. Esses medicamentos devem atuar como um antisséptico e, para isso, precisam ter essas características: capacidade antimicrobiana, biocompatibilidade, largo espectro, atividade prolongada, não manchar as estruturas dentárias, não induzir reações alérgicas e ser de fácil manuseio, inserção e remoção. 
CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA DE ACORDO COM OS COMPOSTOS:
· Derivados fenólicos: são potentes agentes antimicrobianos e podem exercer seus efeitos pelo contato direto (preenchendo o canal radicular) e pela liberação de vapores (colocando o produto na câmara pulpar com bolinha de algodão – mais usado, porque ao preencher o canal radicular, por ele ser um produto muito potente, pode gerar uma irritação na região periapical, levando a uma possível pericementite). Ex.: Paramonoclorofenol Canforado (PMCC). 
· Aldeídos: são potentes agentes antimicrobianos e podem exercer seus efeitos pelo contato direto ou pela liberação de vapor. Ex.: Tricresol Formalina ou Formocresol. Mesma indicação de uso dos derivados fenólicos. 
· Halógenos: possui atividade antimicrobiana satisfatória. Ex.: iodofórmio. Não é muito utilizado na clínica, pois pode manchar a estrutura dental. 
· Bases ou hidróxidos: atividade antimicrobiana muito boa por contato e estímulo à formação de dentina reparadora. Ex.: hidróxido de cálcio. Precisa ser colocado totalmente dentro do canal radicular. 
· Corticosteroides: possuem efeito inibitório frente à exsudação e à vasodilatação associadas à inflamação. Ex.: Otosporin. 
· Antibióticos: não são superiores aos antissépticos comuns. Risco de “aumentar” a resistência bacteriana. Ex.: Metronidazol. 
A medicação intracanal utilizada para casos de polpa viva está associada ao uso de anti-inflamatórios (corticosterioides ou bases) ou um antimicrobiano (aldeídos). Para casos envolvendo dentes portadores de polpa morta, utiliza-se antimicrobianos representados pelos derivados fenólicos, aldeídos e bases. Na bolinha de algodão, usar: otosporin, paramonocloferol (PMCC para necroses mais simples) e Tricresol (para casos necrosados com abscesso). O uso do Otosporin é indicado apenas em casos de polpa viva sem nenhuma contaminação (muito raro).
· HIDRÓXIDO DE CÁLCIO: pode ser misturado (veículo) com água destilada, soro fisiológico, soluções anestésicas, óleo de oliva, glicerina, polietilenoglicol ou propilenoglicol (substâncias inertes, não mudam em nada o HDC). Quando utiliza o soro e a água, fica mais ressecado e tem mais dificuldade em escoar pelo canal radicular. Por isso, escolhe-se utilizar a glicerina, o polietilenoglicol ou o propilenoglicol, deixando a mistura mais viscosa, favorecendo o escoamento. Existem substâncias que são biologicamente ativas, como o PMCC, a clorexidina e o iodeto de potássio. Isso faz com que aumente o poder bactericida do HDC. Principais características:
· Capacidade antimicrobiana e anti-inflamatória
· Biocompatibilidade;
· Largo espectro;
· Atividade prolongada;
· Barreira física;
· Solvente de matéria orgânica;
· Inibição da reabsorção radicular. 
Limitações: eficaz apenas quando age por contato, suas misturas com soluções inertes são de pouca efetividade frente a alguns tipos de bactérias anaeróbias e para que se consiga preencher o canal radicular com a pasta, é necessário já ter feito o PQM, pois se ele não estiver feito, não haverá espaço suficiente para colocar a pasta de HDC. 
· Associação HDC com PMMC: chamado de pasta HPG, pois geralmente a mistura é feita com glicerina. 
· Associação HDC, PMCC, glicerina e iodofórmio: HIPG pasta. 
TÉCNICA DO CURATIVO
Quando feita com Otosporin e Metronidazol:
· Inundar o canal com a substância;
· Deixar uma bolinha de algodão na entrada do canal radicular para evitar que o material restaurador provisório entre no canal (ionômero de vidro, cimento de fosfato de zinco, etc);
· Selamento provisório.
Em casos de retratamento em que não é possível terminar o PQM, a medicação de escolha é o PMCC, pois por ainda ter material de obturação antigo, o paramono se mostra bastante eficaz. PMCC/TRICRESOL é utilizado apenas na câmara pulpar, e a técnica é a partir da bolinha de algodão que será molhada nessa substância, e depois é feito diretamente o selamento provisório. 
Nos casos de polpa necrosada ou de retratamento em que é possível preparar todo o canal radicular, utiliza-se a pasta HPG com PMCC (PMCC será utilizado quando houver polpa necrosada, pois ele ajudar a matar os microrganismos). 
Nos casos de polpa viva, em que o preparo do canal foi concluído totalmente, utiliza-se como medicação intracanal a pasta de hidróxido de cálcio. 
IMPORTANTE: é necessário secar o canal antes de colocar qualquer medicação. Esse secamento é feito a partir das cânulas de aspiração e dos cones de papel absorvente. 
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