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Semiologia 3º Período @yaasmin.luiza @yaasmin.luiza º @yaasmin.luiza @yaasmin.luiza @yaasmin.luiza ; @yaasmin.luiza ; ; ; ; ; ; ; ; @yaasmin.luiza ; ; ; ; ; ; ; ; ; ≥ @yaasmin.luiza ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; @yaasmin.luiza ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; @yaasmin.luiza ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; @yaasmin.luiza ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; @yaasmin.luiza ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; @yaasmin.luiza ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; @yaasmin.luiza ; ; ; ; ; ; ; @yaasmin.luiza @yaasmin.luiza @yaasmin.luiza Nome (completo, apenas iniciais) – nome social Idade Sexo biológico Gênero Cor/etnia (autodeclaração) Estado civil Ocupação Escolaridade Religião Naturalidade (Natural de/Reside em/Procede de) Grau de confiabilidade Acompanhado (nome e relação) Data e hora da realização da anamnese Nome:___________________________________________ Idade:__ Sexo: Feminino ( ) Masculino ( ) ____________ Cor/Etnia: ( ) Branca ( )Pardo ( )Indígena ( )Asiático __ Estado civil: ( ) Casado ( )Solteiro ( ) Divorciado ( )Viúvo ( )Outro _________________________________________ Profissão ___________ / Local de trabalho: _____________ Naturalidade: _____________________________________ Procedência:______________________________________ Residência: _______________________________________ Nome da mãe: ____________________________________ Nome do responsável*: _____________________________ Religião:__________________________________________ Plano de saúde: ___________________________________ Escrever da forma como o paciente falar Duas ou três palavras ‘‘O que te trouxe aqui?’’ ‘‘Como posso te ajudar hoje?’’ Queixa principal: _____________________ Registro cronológico e detalhado do motivo que levou o paciente a procurar assistência médica, desde seu início até agora. Localização Características Quantidade ou intensidade Cronologia (início, duração e frequência) Situação em que ocorre Fatores que agravam ou aliviam Manifestações associadas Reações do paciente aos sintomas e efeitos da doença em sua vida Quando a dor surgiu? Onde dói? A dor irradia / ‘‘anda’’? Quanto tempo dura? / Com qual frequência você sente? O quanto dói de 0 a 10? Como é essa dor? O que melhora e o que piora a dor? Você está tossindo? / Sente falta de ar? / Outras dores? Como está a dor agora? º Identificação Queixa Principal HDA @yaasmin.luiza Avalia o estado de saúde do paciente antes da doença atual, doenças da infância e vida adulta, lesões ou acidentes prévios, procedimentos cirúrgicos, hospitalizações, exames laboratoriais, alergias, imunizações, medicações anteriores e atuais, medidas contraceptivas, gestações e partos, história sexual. Fisiológico: o Gestação e Nascimento: uso de medicações, viroses contraídas, condições de parto (normal, fórceps, cesariana), estado da criança ao nascer, número de filhos. o Desenvolvimento neuropsicomotor o Desenvolvimento sexual: puberdade, menarca, sexarca, menopausa e orientação sexual (HSM, HSH, HSHM, MSH, MSM, MSMH). Patológico: o Doenças da infância (sarampo, caxumba, catapora...) o Doenças da vida adulta (pneumonia, hepatite, malária, pleurite, diabetes, hipertensão...) o Alergias o Cirurgias prévias (data, tipo, diagnóstico que justificou) o Histórico de traumatismo o Transfusões sanguíneas o Histórico obstétrico (número de gestações, número de partos, número de abortos, número de prematuros e número de cesarianas) o Imunizações o Medicamentos em uso (nome, posologia, motivo) Familiar: o Estado de saúde dos pais, irmãos, cônjuge e filhos. Se tiver algum doente na família, esclarecer a doença. Em caso de falecimento, indagar a causa e a idade. o Enxaqueca, diabetes, tuberculose, hipertensão, câncer, AVC, doenças coronarianas e doenças hereditárias. Hábitos de vida: o Alimentação o Ocupações anteriores o Atividades Físicas (lesões, qual atividade, quanto tempo pratica) o Tabagismo (quanto tempo e quantos maços por dia) o Álcool História Psicossocial o Moradia o Relacionamento familiar o Trabalho GESTAÇÃO (G___ P___ A___C___) Doenças prévias __________________________ Alergias ( ) Sim ( )Não ____________________ Cirurgias ( ) Sim ( ) Não ___________________ Vacinas e medicamentos (medicamento, dosagem e quantas vezes ao dia) _____________________ Doenças da infância _______________________ HPP @yaasmin.luiza Cãibras: Contrações involuntárias de um músculo ou grupo muscular. Alterações dos fâneros: Queda de cabelos, pelos faciais em mulheres, alterações nas unhas. Xantopsia, iantopsia e cloropsia: Visão amarelada, violeta e verde, respectivamente. Vermelhidão: Presença de congestão de vasos na esclerótica. Revisão de Sistemas @yaasmin.luiza Otorreia: Saída de líquido pelo ouvido. Prurido: Pode resultar de doença local ou sistêmica. Corrimento nasal: Aspecto do corrimento (aquoso, purulento, sanguinolento). @yaasmin.luiza @yaasmin.luiza @yaasmin.luiza @yaasmin.luiza Ajuste a luz e a temperatura do ambiente; Garanta privacidade do paciente; Lave as mãos antes e após o exame; Exponha somente as áreas do corpo que estão sendo examinadas no momento; Fique à direita do paciente; Garanta vestimenta adequada do paciente (avental, pijama); Separe equipamentos necessários; O exame físico geral inclui: avaliação do estado geral, avaliação do estado de hidratação, antropometria, avaliação do estado nutricional, desenvolvimento físico/biotipo ou tipo morfológi- co, fácies, atitude e decúbito preferido no leito, mucosas, marcha. Avaliação do Estado Geral ( ) Bom estado geral ( ) Regular estado geral ( ) Mau estado geral. Nível de consciência (neurológico x psiquiátrico) ( ) VIGIL (que está desperto, acordado) ( ) OBNUBILADO (Pessoa em estado de perturbação na consciência) ( )TORPOROSO (Possui redução da sensibilidade e dos movimentos corporais) ( ) COMATOSO (estado vegetativo do qual não pode ser desperto mediante estimulação externa.) O paciente sonolento responde a estímulos verbais ou ao toque; já o obnubilado só responde a estímulos mais vigorosos; o torporoso, somente a estímulos dolorosos; e, por fim, o comatoso que não responde a nenhum tipo de estímulo. Estuporoso é o indivíduo irresponsivo, que pode ser desperto por estímulo vigoroso, e o comatoso é o estado vegetativo do qual o indivíduo não pode ser desperto mediante estimulação externa. Letárgico é o estado de lentificação psicomotora intermediário entre o estupor e o alerta. Fala e Linguagem ( ) NORMAL ( ) DISFONIA (alterações do timbre da voz) ( ) DISLALIA (alterações menores na fala – crianças) ( ) DISARTRIA (voz arrastada, monótona e confusa) ( ) DISFASIA (o paciente não entende o que é dito, ou entende, mas não consegue expressar) Fáscie ( ) TÍPICA (de alguma doença) ( ) ATÍPICA Atitude ou decúbito no leito ( ) Ortopneia (Paciente sentedesconforto ao respirar na posição deitada reta de barriga para cima; comum em pessoas com alguns tipos de doenças cardíacas ou pulmonares) ( ) Genupeitural ( ) Cócoras ( ) Decúbito (lateral, dorsal, ventral) ( ) Atitude involuntária passiva ( ) Opistótono (posição anormal causada por fortes espasmos musculares) ( ) Emprostótono (tipo de espasmo tetânico que leva o corpo a se retesar e a cabeça e os pés a se curvarem para a frente) º Preparação Ectoscopia @yaasmin.luiza As atitudes voluntárias compreendem a ortopneica, a genupeitoral, a posição de cócoras, a parkinsoniana e os diferentes decúbitos. As atitudes involuntárias incluem a atitude passiva, o ortótono, o opistótono, o emprostótono, o pleurostótono e a posição em gatilho e torcicolo e mão pêndula da paralisia radial. Musculatura (tônus e trofismo) Inspeção e Palpação (repouso e contração) TÔNUS: normal, hipertônico, hipotônico ou flácido. TROFISMO: normal, hipertrófico ou hipotrófico Movimentos Involuntários Tremores Tiques Movimentos coreicos (movimentos motores anormais e bruscos, involuntários e que lembram uma dança) Miocloniais (espasmos rápidos e repentinos (contrações) em um músculo ou grupo de músculos) Convulsões Marcha As marchas anormais incluem a marcha helicópode, ceifante ou hemiplégica, a marcha anserina, a marcha parkinsoniana e a marcha claudicante. Edema Localização e Distribuição Intensidade (+/4+) Consistência Biotipo Brevilíneo: Pescoço curto e grosso; Tórax alargado e volumoso; Membros curtos em relação ao tronco; Ângulo de Charpy (costal) maior que 90°; Musculatura desenvolvida e panículo adiposo espesso; Tendência para baixa estatura. Mediolíneo: Equilíbrio entre os membros e o tronco; Desenvolvimento harmônico da musculatura e do panículo adiposo; Ângulo de Charpy (costal) em torno de 90°. Longilíneo: Pescoço longo e delgado; Tórax afilado e chato; Membros alongados com franco pre- domínio sobre o tronco; Ângulo de Charpy (costal) menor que 90°; Musculatura delgada e panículo adiposo pouco desenvolvido; Tendência para estatura elevada. Cianose Cianótico ou Acianótico Central ou periférico Lábios, extremidades, leito ungueal Hidratação Estado de hidratação normal: a pele possui boa elasticidade e com leve grau de umidade, as mucosas são úmidas, não há alterações oculares nem perda abrupta de peso. No caso de crianças, as fontanelas são planas e normotensas e o peso mantém curva ascendente; a criança se apresenta alegre e comunicativa. Desidratação: caracteriza-se por sede, diminuição abrupta do peso, pele seca (com elasticidade e turgor diminuídos), mucosas secas, olhos afundados (enoftalmia) e hipotônicos, estado geral comprometido, excitação psíquica ou abatimento, oligúria e fontanelas deprimidas, no caso de crianças. @yaasmin.luiza Grau de coloração das mucosas Corado ou hipocorado (+/4+) Icterícia Ictérico ou anictérico Esclera, freio da língua, palma das mãos Padrão respiratório e Frequência Respiratória Normalmente, a frequência respiratória normal dos adultos é 12 a 20 incursões por minuto em um padrão regular e tranquilo. Um suspiro ocasional é normal. Verifique se a expiração é prolongada. Eupneico, Taquipneico ou Dispneico Pressão Arterial O paciente deve evitar tabagismo, consumo de cafeína ou prática de exercícios 30 minutos antes da aferição. Assegure-se de que a sala de exame seja um local tranquilo e com temperatura agradável. O paciente deve se sentar tranquilamente durante 5 min em uma cadeira com os pés apoiados no chão, em vez de colocá-los na mesa de exame. Assegure-se de que o braço escolhido esteja desnudo. Esse braço não deve ter fístulas arteriovenosas para diálise, cicatrizes de dissecção de artéria braquial prévia nem sinais de linfedema. Palpe a artéria braquial para confirmar que exista pulso viável e posicione o braço do paciente de modo que a artéria braquial, no sulco antecubital, encontre-se no mesmo nível do coração, aproximadamente ao nível do 4º espaço intercostal em sua junção com o esterno. Se o(a) paciente estiver sentado(a), coloque o braço dele(a) sobre uma mesa um pouco acima da cintura; se estiver em pé, apoie o braço dele( a) no nível do meio do tórax. Frequência Cardíaca A variação comum da normalidade é de 60-90- 100 bpm. Temperatura Temperatura axilar: 35,5 a 37°C, com média de 36 a 36,5°C; Temperatura bucal: 36 a 37,4°C; Temperatura retal: 36 a 37,5°C, ou seja, 0,5°C maior que a axilar. Altura, Peso e Circunferência Abdominal IMC : É expresso pela fórmula: IMC = peso atual (kg)/altura² (m). O IMC pode ser classificado como: Magro ou baixo peso: < 18,5; Normal ou eutrófico: 18,5-24,9; Sobrepeso ou pré-obeso: 24,9-29,9; Obesidade grau I: 30-34,9; Obesidade grau II: 35-39,9; e Obesidade grau III ou maligna: > 40. Circunferência Da Cintura Sexo masculino: Normal < 94 cm; Aumentada: 94- 102 cm; Muito aumentada: ≥ 102 cm. Sexo feminino: Normal < 80 cm; Aumentada: 80-88 cm; Muito aumentada: ≥ 88 cm. @yaasmin.luiza @yaasmin.luiza A linha axilar anterior se origina da prega anterior da axila, enquanto a linha axilar posterior se origina da prega homônima. Equidistante dessas duas linhas, na face lateral, temos a linha axilar média. A linha escapular tem origem no ângulo inferior da escápula. Já as linhas horizontais são traçadas de acordo com os espaços intercostais. Pode-se utilizar a técnica de se encontrar o ângulo esternal (de Louis) e dele seguir lateralmente a fim de encontrar o segundo espaço intercostal. Para contar os espaços intercostais recomenda-se que se afaste do esterno, dado que nessa região as costelas ficam muito próximas, dificultando a localização dos espaços intercostais. Retirar a camisa. Não avisar para o paciente que vai avaliar sua frequência respiratória. Sons audíveis que não necessitam de ausculta para serem percebidos. corresponde à uma avaliação do tórax do paciente desconsiderando os movimentos respiratórios do mesmo. Deve-se examinar a forma do tórax e suas anomalias congênitas ou adquiridas, localizadas ou difusas, simétricas ou não. Tipo torácico: a morfologia do tórax varia conforme o biótipo do paciente (normolíneo, brevilíneo e longilíneo). O reconhecimento do biótipo é útil por ter uma cerca correlação do aparelho respiratório. Tipo torácico normal (A): apresenta uma pequena convexidade anteriormente com um dorso mais plano. Tipo torácico globoso (B): presença de abaulamento na região anterior, aumentando o diâmetro anteroposterior do tórax. É um tipo de padrão morfológico normal para idosos mas que pode º Linhas da Parede Torácica Inspeção @yaasmin.luiza representar uma patologia como enfisema ou asma. Também conhecido com tórax em tonel. Tipo torácico infundibuliforme (C): presença de depressão na região epigástrica (inferior ao processo xifoide), ou seja, no ângulo de Charpy. É também chamado de tórax de sapateiro. Em geral, esta deformidade é de natureza congênita. Tipo torácico cariniforme (D): é também chamado de peito de pombo, em que o esterno mostra-se mais protruso e evidente. É comum no raquitismo. Escoliose (E): consiste em um desvio lateral da coluna vertebral. Deve ser anotado o sentido da convexidade da escoliose. Cifose (F): o tórax cifótico tem como característica principal a curvatura acentuada da coluna dorsal. Gibosidade (G): é um tipo de cifose bastante acentuada em que a musculatura dorsal apresenta um aspecto grosseiro, determinando corcundas. Pele: coloração (destacando cianose ou palidez), presença de lesões elementares, grau de hidratação,etc., sempre correlacionando com as doenças pulmonares. Mamas: formas das mamas (simetria), posição dos mamilos com relação à linha hemiclavicular (verificar simetria), presença de secreções, etc. Presença de nódulos visíveis: alguns nódulos podem ser característicos de sarcoidose ou tuberculose. Musculatura: avaliar a hipertrofia, atrofia, simetria. A contratura da musculatura paravertebral torácica unilateral constitui o sinal de Ramond, que denuncia o comprometimento pleural inflamatório homolateral. O sinal de Lemos Torres, caracterizado pelo abaulamento dos espaços intercostais durante a expiração, é sinal fidedigno de derrame pleural. Vasos (circulação colateral): avaliar a presença de vasos evidentes na parede do tórax bem como examinar o trajeto do fluxo deste vaso: craniocaudal ou caudal-cranial. Circulações colaterais resultam de um obstáculo próximo à desembocadura da veia ázigos na veia cava superior. Classicamente são descritos três tipos principais de circulação colateral torácica: Abaulamentos (difusos ou localizados): avaliar abaulamentos ósseos ou musculares. Retrações: aspecto de pele afundada. Deformidades localizadas: existência de deformidades variadas, comparando-se um hemitórax com o outro. Por meio da inspeção estática, podemos observar se o paciente utiliza musculatura acessória para respirar, como retração intercostal, de fúrcula esternal e supraclavicular. Na inspeção dinâmica avalia-se a ventilação do paciente por meio do padrão respiratório, observando de onde vem o esforço ventilatório (se torácico, abdominal ou misto). O padrão predominante e considerado normal é o torácico quando o paciente está de pé ou sentado, mas em decúbito dorsal, tende a ser abdominal. Verifica-se a musculatura utilizada para a respiração, dado que é importante averiguar o uso de musculatura acessória, nos casos de esforço @yaasmin.luiza respiratório (paciente dispneico). Pacientes nessa situação tendem a adotar a técnica de ponto de ancoragem, no qual se apoiam na borda do leito, com as mãos apoiadas e se inclinando para a frente, a fim de liberar os músculos acessórios. observam-se os movimentos respiratórios, suas características e alterações. Expansibilidade: é avaliada observando a expansão da caixa torácica com a entrada de ar durante a inspiração. Frequência respiratória: deve ser observado o ritmo respiratório do paciente. Geralmente, o tempo de inspiração é semelhante ao da expiração, apresentando um pequeno intervalo entre ambos. Em suma, o ritmo respiratório pode ser normal ou anormal. Tipo respiratório: para o reconhecimento do tipo respiratório, observa-se atentamente a movimentação do tórax e do abdome, com o objetivo de reconhecer em que regiões os movimentos são mais amplos. Em pessoas sadias, na posição de pé ou sentada, tanto no sexo masculino como no feminino, predomina a respiração torácica ou costal, caracterizada pela movimentação predominantemente da caixa torácica. Na posição deitada, também em ambos os sexos, a respiração é predominantemente diafragmática, prevalecendo a movimentação da metade inferior do tórax e do andar superior do abdome. Presença de tiragem: durante a inspiração ou condições de normalidade, os espaços intercostais deprimem-se ligeiramente. Se ocorrer obstrução brônquica, o parênquima correspondente àquele brônquio entra em colapso e a pressão negativa daquela área torna-se ainda maior, provocando assim a retração dos espaços intercostais, fenômeno conhecido como tiragem. A tiragem pode ser difusa ou localizada (supraclavicular, infraclavicular, intercostal ou epigástrica). Essas áreas retráteis caracterizam a impossibilidade de o pulmão acompanhar o movimento expansivo da caixa torácica, devido à atelectasia subjacente. Bradipneia: respiração mais profunda e com pausas maiores. Taquipneia: respiração rápida e superficial. • Respiração suspirosa: mantém as características da respiração normal, com alguns momentos de respiração mais profunda. Respiração obstrutiva: expiração prolongada. Respiração de Cheyne-Stokes: aumento gradativo da profundidade até um certo limite, seguindo-se com um período de apneia. Respiração de Kusmall: ocorre uma taquipneia profunda, sendo semelhante àquela após um exercício físico. É comum como resposta a uma acidose metabólica, dado que o corpo tende a equilibrar a acidose com a eliminação de dióxido de carbono. Respiração de Biot: não possui padrão, uma vez que é característica de pacientes que sofreram lesão no centro de respiração do bulbo, não havendo um controle do ritmo respiratório. Sensibilidade da parede torácica: testando a sensibilidade realizando estímulos dolorosos no paciente. A sensibilidade superficial e profunda, a dor provocada e espontânea ou qualquer outra manifestação dolorosa relatada pelo paciente devem ser avaliadas pela palpação. Tonicidade muscular: avaliação do comportamento muscular do tórax do paciente: hipotonia, hipertonia, atrofia, etc. Elasticidade: a elasticidade é pesquisada com a manobra de Lasègue: nesta o examinador se posiciona obliquamente ou lateralmente ao corpo do paciente e executa compressão forte preferencialmente nas regiões infraclaviculares, podendo ser também nas regiões mamárias, Palpação @yaasmin.luiza hipocôndrios e infra-escapulares. A mão predominante, direita, no caso dos destros, é a que aperta e a esquerda (não dominante) serve de aposição para não deslocar o paciente. Expansibilidade: a expansibilidade é abordada em duas regiões do tórax e dos pulmões: (1) a expansibilidade dos ápices pulmonares é pesquisada com ambas as mãos espalmadas, de modo que as bordas internas toquem a base do pescoço, os polegares apoiem-se paralelamente à coluna vertebral (e se toquem) e os demais dedos nas fossas supraclaviculares; (2) para avaliar a expansibilidade das bases pulmonares, apoiam-se os polegares em contato rente às linhas paravertebrais, enquanto os outros dedos recobrem os últimos arcos costais, abaixo do ângulo inferior da escápula. Em ambas as manobras, o médico deve ficar atrás do paciente que está em posição sentada, respirando profundamente e pausadamente. O grau da expansibilidade é estimado a partir do deslocamento dos polegares do pesquisador. Frêmito toracovocal (FTV): representa a sensação tátil da transmissão da onda mecânica da voz, originada nas cordas vocais durante a fonação, veiculada pela coluna aérea através da traqueia, parênquima pulmonar, pleura, parede e superfície do tórax. Em outras palavras, corresponde às vibrações das cordas vocais transmitidas à parede torácica. A sensação tátil será percebida com a face palmar inferior. Os dedos da mão e a face superior palmar deverão ficar suspensos no ar para não abafar a vibração tátil. Habitualmente o frêmito toracovocal é um pouco mais intenso do lado direito devido à disposição anatômica do brônquio fonte direito o qual é mais verticalizado e está mais perto da traqueia. Pede- se, então, para o paciente falar palavras ricas em consoantes, como “trinta e três”. A técnica deve ser feita alternadamente em cada hemitórax, seguindo a linha médio-esternal de cima para baixo. De um modo geral, pode-se dizer que as afecções pleurais são “antipáticas” ao FTV. Nas condensações pulmonares, desde que os brônquios estejam permeáveis, o FTV torna-se mais nítido. Em atelectasias, o FTV está diminuído. Outras estruturas: deve-se avaliar afecções conferidas a propósito da inspeção por meio, agora da palpação: mamas, pulsações visíveis, abaulamentos, nódulos, edema. A técnica básica da percussão é a seguinte: com o dedo médio (plessímetro) da mão esquerda, deve- se apoiar a região em que se quer percutir; com o dedo médio da mão direita (plexor), deve-se realizar batidas de intensidade média oumoderadamente forte sobre o dedo médio esquerdo repousado. O movimento da mão que percute é de flexão e extensão do punho, nunca envolvendo a articulação do cotovelo e muito menos, a do ombro. Deve-se percutir comparativamente e simetricamente as várias regiões do tórax. Um pequeno intervalo entre Percussão @yaasmin.luiza duas batidas vai permitir melhor avaliação do som e das vibrações. Quatro tonalidades de som são obtidas: Som claro pulmonar, som claro atimpânico ou sonoridade pulmonar nas áreas de projeção dos pulmões (maior parte do tórax). É um som intermediário entre o maciço e timpânico. Som claro timpânico no espaço de Traube. É um som semelhante à percussão de uma bexiga cheia de ar. Acompanha-se de sensação de elasticidade. Som submaciço na região inferior do esterno (região em que a língula pulmonar encobre o ventrículo esquerdo). Som maciço na região infra-mamária direita (macicez hepática) e na região precordial. As principais alterações da percussão são: Hipersonoridade pulmonar: significa que o som da percussão está mais claro e mais intenso. Hipersonoridade indica aumento de ar nos alvéolos pulmonares. Causa: Enfisema pulmonar e asma. Submacicez e macicez: indicam diminuição ou desaparecimento da sonoridade pulmonar e indicam redução ou inexistência de ar no interior do alvéolo. Causas: derrames pleurais, condensação pulmonar (pneumonia, tuberculose, neoplasias). Som timpânico: indica ar aprisionado no espaço pleural (pneumotórax), uma grande cavidade intrapulmonar (caverna tuberculosa) ou a presença de uma víscera abdominal no interior do tórax (hérnia diafragmática). De início, o examinador deve colocar-se atrás do paciente, que não deve estar em posição ereta, sem forçar movimentos da cabeça ou do tronco. O paciente deve estar com o tórax despido e respirar pausadamente e profundamente, com a boca entreaberta, sem fazer ruído. Somente depois de uma longa prática, ouvindo-se as variações do murmúrio respiratório normal, é que se pode, com segurança, identificar os ruídos anormais. Auscultam-se as regiões de ambos hemitórax simetricamente. Os sons pleuropulmonares são os seguintes: Sons respiratórios normais: Som traqueal e respiração brônquica: o som traqueal, audível na região de projeção da traqueia, no pescoço e na região esternal, origina-se na passagem do ar através da fenda glótica e na própria traqueia. O inspiratório consiste em um ruído soproso, mais ou menos rude, após o qual há um curto intervalo silencioso que o separa da expiração, em que o som é um pouco mais forte e prolongado. A respiração brônquica muito se assemelha ao som traqueal, dela se diferenciando apenas por ter o componente expiratório menos intenso. Ausculta @yaasmin.luiza Murmúrio vesicular: produzido pela turbulência normal do ar circulante ao chocar-se contra as saliências das bifurcações brônquicas, ao passar por cavidades de tamanhos diferentes, tais como bronquíolos para alvéolos, e vice-versa. O componente inspiratório é mais intenso, mais duradouro e de tonalidade mais alta em relação ao componente expiratório, que por sua vez, é mais fraco, de duração mais curta e de tonalidade mais baixa (o componente expiratório tende a estar aumentado na asma brônquica e no enfisema, traduzindo a dificuldade de saída do ar). Não se percebe, diferentemente do que ocorre na respiração traqueal, um intervalo silencioso entre as duas fases da respiração. Quando se compara o murmúrio vesicular com a respiração brônquica, o primeiro é mais fraco e mais suave. Ausculta-se o murmúrio vesicular em quase todo o tórax, com exceção apenas das regiões esternal superior, interescápulo-vertebral direita e ao nível da 3a e 4a vértebras torácicas. Nestas áreas, ouve-se a respiração broncovesicular. A diminuição do murmúrio vesicular pode resultar de numerosas causas, entre as quais se ressaltam: presença de ar (pneumotórax), líquido (hidrotórax) ou tecido sólido (espessamento pleural) na cavidade pleural; enfisema pulmonar; obstrução das vias aéreas superiores (espasmo ou edema de glote, obstrução da traqueia); oclusão parcial ou total dos brônquios ou bronquíolos. Quando normais, relata-se: murmúrios vesiculares presentes e audíveis em ambos hemitórax. Ele pode, entretanto, estar aumentado, diminuído ou inexistente. Respiração broncovesicular: somam-se aqui, as características da respiração brônquica com as do murmúrio vesicular. Deste modo, a intensidade da duração da inspiração e da expiração tem igual magnitude. Sons ou ruídos anormais descontínuos: os sons anormais descontínuos são representados pelos estertores, que são ruídos audíveis na inspiração ou na expiração, superpondo-se aos sons respiratórios normais. Ruídos estertores finos ou crepitantes: ocorrem no final da inspiração, têm frequência alta, isto é, são agudos, e duração curta. Não se modificam com a tosse ou com a posição do paciente. Predominam mais na base. Podem ser comparados ao ruído produzido pelo atrito de um punhado de cabelos junto ao ouvido ou ao som percebido ao se fechar ou abrir um fecho tipo velcro. Aceita-se atualmente que os estertores finos são produzidos pela abertura sequencial das vias respiratórias (dos alvéolos, principalmente) com presença de líquido ou exsudato no parênquima pulmonar ou por alteração no tecido de suporte das paredes brônquicas. Os estertores finos são audíveis nos casos de pneumonia, tuberculose e insuficiência cardíaca. Ruídos estertores grossos (bolhosos ou subcrepitantes): tem frequência menor (são mais graves) e maior duração que os finos. Sofrem nítida alteração com a tosse e com a posição do doente (inclusive, podem ser abolidos). Podem ser ouvidos em todas as regiões do tórax. Diferentemente dos estertores finos (que só ocorrem do meio para o final da inspiração), os ruídos bolhosos são audíveis durante o início da inspiração e durante toda a expiração. Parecem ter origem na abertura e fechamento de vias aéreas contendo secreção viscosa e espessa, bem como pelo afrouxamento da estrutura de suporte das paredes brônquicas. Os ruídos bolhosos são audíveis nas bronquites (quando disseminados) e nas bronquiectasias (quando bem localizados). @yaasmin.luiza Sons ou ruídos anormais contínuos: são representados pelos roncos, sibilos e estridor e tendem a apresentar-se ao longo de todo ciclo respiratório. Roncos e Sibilos: os roncos são constituídos por sons graves, portanto, de baixa frequência. Os sibilos são constituídos por sons agudos, formados por ondas de alta frequência, semelhante a um miado suave de gato. Originam-se nas vibrações das paredes brônquicas e do conteúdo gasoso quando há estreitamento destes ductos, seja por espasmo ou edema da parede ou presença de secreção aderida a ela, como ocorre na asma brônquica, nas bronquites, nas bronquiectasias e nas obstruções localizadas. Aparecem na inspiração como na expiração, mas predominam nesta última. São fugazes, multáveis, surgindo e desaparecendo em curto período de tempo. A sibilância pode estar presente na asma, bronquiectasias, DPOCs e traqueobronquite aguda. Estridor: som produzido pela semi-obstrução da laringe ou da traqueia. Sopros: presença de sopro brando é normal na ausculta de certas regiões (7a vértebra cervical posteriormente, traqueia, região inter-escapular). Toda via, ocorre em certas situações patológicas, quando, por exemplo, o pulmão perde sua textura normal, como nas pneumonias bacterianas e nos pneumotórax hipertensivos. Atrito pleural: em condições normais, os dois folhetos da pleura deslizam um sobre o outro sem produzir som algum. Nos casos de pleurite, por se recobrirem de exsudato, passam a produzir um ruído irregular, descontínuo, mais intenso na inspiração, com frequência comparada ao ranger de couro atritado. Ausculta da voz: para completar o exame físicodos pulmões, auscultam-se a voz nitidamente pronunciada e a voz cochichada. Para isto, o paciente vai pronunciando as palavras “trinta e três” enquanto o examinador percorre o tórax com o estetoscópio, comparando regiões homólogas, tal como fez no exame do FTV usando a mão. Os sons produzidos pela voz na parede torácica constituem o que se chama ressonância vocal, que em condições normais, tanto na voz falada como na cochichada, constitui-se de sons incompreensíveis, isto é, não se distinguem as sílabas que formam as palavras. Isto ocorre porque o parênquima pulmonar normal não absorve muito componentes sonoros, mas quando está consolidado (pneumonias, infarto pulmonar), a transmissão é facilitada. Toda vez que houver condensação pulmonar (inflamatória, neoplásica ou pericavitária), há aumento da ressonância vocal ou broncofonia. Ao contrário, na atelectasia, no espessamento pleural e nos derrames, ocorre diminuição da broncofonia. A ressonância vocal pode estar, portanto: Normal (não audível) Diminuída Aumentada: pode constituir três variantes: (1) broncofonia, em que ausculta-se a voz sem nitidez; (2) pectorilóquia fônica, em que ausculta-se a voz nitidamente; (3) pectorilóquia afônica, em que ausculta- se a voz mesmo se cochichada. Egofonia é uma forma especial de broncofonia de qualidade nasalada e metálica, comparada ao balido de cabra. Aparece na parte superior dos derrames pleurais. @yaasmin.luiza Na anamnese, o sistema cardiovascular deve ser lembrado durante o interrogatório sintomatológico assim como no momento da pesquisa dos antecedentes pessoais fisiológicos e patológicos e familiares do paciente. Alguns dados da anamnese são essencialmente importantes para a pesquisa de cardiopatias: Idade: anomalias congênitas atingem mais crianças e jovens; adultos e idosos que apresentam doença de Chagas na fase crônica, tendem a apresentar os sintomas nesta faixa etária. A partir da 5a década de vida, passará a ter importância a doença coronariana. Sexo: algumas lesões mitrais (especialmente a estenose e o prolapso da valva mitral) predominam em mulheres jovens; já a aterosclerose coronariana (uma das principais representantes das doenças coronarianas), até os 45 anos de idade, acomete mais homens do que mulheres. A partir dos 45, como a mulher deixa de ter o efeito cardioprotetor do estrogênio, a incidência da aterosclerose passa a ser igual para os dois sexos. Cor ou raça: a hipertensão arterial sistêmica manifesta-se mais precocemente, mais gravemente e mais frequentemente nas pessoas de raça negra. Profissão: é importante para piorar ou agravar cardiopatias já existentes. Profissões que exijam esforços físicos assim como estresse emocional, tornam mais propensas as pessoas que apresentam cardiopatias variadas. Alimentação: o estado nutricional do paciente por muitas vezes está ligada a gênese de doenças coronarianas. Antecedentes patológicos: infecções anteriores por Streptococcus (como na doença reumática) podem gerar cardiopatias por reações imunes cruzadas. Antecedentes familiares: incidência de hipertensão arterial ou doenças coronarianas na família indicam fatores de risco para o paciente. Hábitos de vida: é necessário pesquisar acerca de hábitos como o tabagismo, alcoolismo e sedentarismo, que aumentam a incidência de cardiopatias. Deve-se pesquisar, ainda, o possível contato com o barbeiro. Condições socioculturais: indivíduos que tenham conhecimento sobre os riscos da doença coronariana, assim como seu tratamento, apresentam menos gravidade com relação a leigos que não são tão informados sobre os riscos e evolução da doença. Presença de abaulamentos: deve-se investigar com o paciente deitado e despido, de modo que o examinador observe o paciente de uma forma tangencial (ao lado do paciente) ou frontal (de frente aos pés do paciente deitado). Deve-se pesquisar abaulamentos no tórax que estejam relacionados com aneurisma da aorta, cardiomegalia, derrame pericárdico e alterações da própria caixa torácica. A dilatação do ventrículo direito determina o abaulamento mais evidente, pois esta câmara constitui a maior parte da face anterior do coração e se encontra em relação direta com a parede do tórax. º Inspeção e Palpação @yaasmin.luiza Análise do ictus cordis ou choque da ponta: pesquisa-se a localização, extensão, mobilidade, intensidade e forma da impulsão, ritmo e frequência do ictus cordis, que é a pulsação do ápice do coração (ponta do ventrículo esquerdo) no tórax do paciente. A localização do ictus cordis varia de acordo com o biótipo do paciente. Nos mediolíneos, situa-se no cruzamento da linha hemiclavicular esquerda com o 5º espaço intercostal (EIC); nos brevilíneos, desloca-se cerca de 2cm para fora e para cima, situando-se no 4o EIC; nos longelíneos, costuma estar no 6o EIC, 1 ou 2 cm para dentro da linha hemiclavicular. Nos portadores de enfisema pulmonar ou quando há obesidade, musculatura muito desenvolvida ou grandes mamas, o ictus cordis onde tornar-se invisível ou impalpável. O deslocamento do ictus cordis indica a dilatação e/ou hipertrofia do ventrículo esquerdo, como ocorre na estenose aórtica, insuficiência aórtica, insuficiência mitral, hipertensão arterial, etc. Avalia-se a extensão e a intensidade do ictus cordis procurando-se determinar quantas polpas digitais são necessárias para cobri-lo. Em condições normais, corresponde a uma ou duas polpas digitais. Quando há grande dilatação ou hipertrofia, o ictus cordis pode chegar a abarcar toda a palma da mão. Análise de batimentos ou movimentos visíveis ou palpáveis: podem ser encontrados ainda no precórdio e áreas vizinhas outros batimentos e movimentos visíveis ou palpáveis, ou seja, retração sistólica, levantamento em massa do precórdio, choques valvares, pulsação epigástrica e pulsão supra-esternal. O levantamento em massa do precórdio ocorre também na hipertrofia direita. Durante a sístole, ao invés de um impulso, observa-se uma retração. Quando as bulhas cardíacas se tornam hiperfonéticas, podem ser sentidas pela mão como um choque de curta duração. A este fenômeno dar-se o nome de choque valvar. Pulsações supra-esternais ou na fúrcula esternal podem ser observadas em casos de hipertensão arterial, esclerose senil da aorta, aneurisma da aorta ou síndrome hipercinética (insuficiência aórtica, hipertireoidismo, anemia). Pesquisa de frêmito cardiovascular: é a designação aplicada à sensação tátil determinada por vibraçõesproduzidas no coração ou nos vasos. Ao encontrar-se um frêmito, três características devem ser investigadas: localização (utilizando como referencias as áreas de ausculta: foco aórtico, pulmonar, tricúspide e mitral); situação no ciclo cardíaco (tomando a pulsação como referência), intensidade (+ a ++++). A pesquisa do frêmito cardiovascular deve ser feito do mesmo modo da pesquisa do frêmito toracovocal, isto é, utilizando a parte da palma da mão correspondente às articulações metacarpo- falangeanas (isto é, na junção da palma da mão com os dedos), sendo necessária, muitas vezes, a aplicação da mão sobre o tórax do paciente com a eventual elevação dos dedos (os dedos nunca devem ser apoiados no tórax). A ausculta continua sendo um recurso indispensável para o diagnóstico das enfermidades cardíacas. Para isto, deve-se ter como referência os focos e as áreas de ausculta. Os clássicos focos servem como pontos de referência semiológica, pois apresentam as informações mais pertinentes às respectivas valvas cardíacas. Foco pulmonar: localiza-se no 2o EIC esquerdo, junto ao esterno. É neste foco onde se têm as condições ideais para análise dos desdobramentos – fisiológicos ou patológicos – da 2a bulha cardíaca. Ausculta @yaasmin.luiza Foco aórtico: situa-se no 2o EIC direito, justaesternal. No entanto,um dos melhores locais para avaliar fenômenos acústicos de origem aórtica é a área compreendida entre o 3o e 4o EIC esquerdo, nas proximidades do esterno, à qual se dá o nome de foco aórtico acessório (ponto de Erb ou mesocárdio). Foco tricúspide: corresponde à base do apêndice xifoide, próximo ao 4o EIC esquerdo. Foco mitral: situa-se no 5o EIC esquerdo na linha hemiclavicular e corresponde ao ictus cordis ou ponta do coração. Áreas de ausculta. Tradicionalmente na ausculta se faz referência exclusivamente aos focos. No entanto, uma vez identificado algum ruído anormal (principalmente, se tratando de sopros), devemos ter como referências áreas bem mais extensas que semiologicamente são diferentes dos focos, mas apresentarão as mesmas características acústicas do seu respectivo foco. Área pulmonar: inicia-se na região supraescapular esquerda e desce, ao longo da borda esternal esquerda, até o foco pulmonar, podendo estender-se até o foco mitral. Área aórtica: inicia-se na base do pescoço (bilateralmente), convergindo para a região da fúrcula esternal. Passa pelo foco aórtico e cruza para a esquerda (passando no chamado foco aórtico acessório, no 3o EIC direito), descendo pela região paraesternal esquerda até a região do foco mitral. Área tricúspide: inicia-se no foco tricúspide e segue em direção ao foco mitral e região paraesternal esquerda. Área mitral: origina-se desde a linha axilar posterior e passa pelo foco mitral, avançando até a região paraesternal esquerda. Ao se auscultar o coração, os seguintes aspectos devem ser sistematicamente considerados: bulhas cardíacas, ritmo e frequência cardíaca, ritmos tríplices, alterações das bulhas cardíacas, cliques ou estalidos, ruído da pericardite constritiva, atrito pericárdico e rumor venoso. Bulhas Cardíacas Primeira bulha (B1): o principal elemento na formação da 1a bulha cardíaca é o fechamento das valvas mitral e tricúspide, o componente mitral (M) antecedendo o tricúspide (T). O pulso carotídeo é palpável imediatamente depois da primeira bulha. É de timbre mais grave e seu tempo de duração é um pouco maior que o da 2a bulha. Em condições normais, a 1a bulha tem maior intensidade no foco mitral, onde costuma ser mais forte que a 2ª bulha. De um modo geral, temos que B1 é mais intenso nos focos mitral e tricúspide, e é menos intenso (sempre com relação a B2) nos focos aórtico e pulmonar. O barulho de B1 pode ser representado por “TUM”. Segunda bulha (B2): é constituída de quatro grupos de vibração, porém, somente são audíveis as originadas pelo fechamento das valvas aórtica e pulmonar. Ouve-se o componente aórtico em toda a região precordial (em especial, no foco aórtico), enquanto o ruído originado na pulmonar é auscultado em uma área limitada, correspondente ao foco pulmonar e à borda esternal esquerda. Por isso, no foco aórtico e na ponta do coração, B2 é sempre única pelo simples fato de se auscultar nestes focos somente o componente aórtico. Em condições normais, o componente aórtico precede o pulmonar. Durante a expiração, ambas as valvas se fecham sincronicamente, dando origem a @yaasmin.luiza um ruído único representado por “TA”. Na inspiração, principalmente porque a sístole do ventrículo direito se prolonga ligeiramente em função do maior afluxo sanguíneo a este lado do coração, o componente pulmonar sofre um retardo que é suficiente para perceber, de modo nítido, os dois componentes. Isso também pode ocorrer normalmente em crianças. Este fato se chama desdobramento da 2a bulha cardíaca (representado pelo ruído “TLA”). Em condições normais, B2 é mais intensa nos focos da base (aórtico e pulmonar). Explica-se tal fato da parede torácica das estruturas onde se origina estes sons. Terceira bulha (B3): corresponde a um ruído protodiastólico de baixa frequência que se origina das vibrações da parede ventricular subitamente distendida pela corrente sanguínea que penetra na cavidade durante o enchimento ventricular rápido. Ausculta-se uma 3a bulha cardíaca normal com mais frequência nas crianças e nos adultos jovens. É mais bem audível no foco mitral, com o paciente em decúbito lateral esquerdo, utilizando como receptor a campânula. Pode ser imitada pela expressão “TU”. Quarta bulha (B4): é um ruído débil que ocorre no fim da diástole ou pré-sístole e pode ser ouvida mais em condições normais (porém raramente) nas crianças e adultos jovens. A gênese da quarta bulha não está completamente esclarecida, mas sugere que seja produzida pela brusca desaceleração do sangue após a contração atrial ao fim da diástole (telediastólica). Ritmo e Frequência Cardíaca: reconhecidas a 1a e 2a bulhas, o passo seguinte consiste em determinar o ritmo do coração e o número de batimentos por minuto, isto é, a frequência cardíaca (normal= 60 – 100 batimentos por minuto). O ritmo cardíaco normal pode ser determinado pelos seguintes casos: Ritmo cardíaco regular em 2 tempos (binário): TUM- TA; TUM-TA; TUM-TA Ritmo cardíaco regular em 3 tempos (tríplice): TUM- TA-TU; TUM-TA-TU; TUM-TA-TU. O ritmo cardíaco pode apresentar, entretanto, arritmias que podem ser reconhecidas ou suspeitas ao exame clínico, apoiando-se nos sintomas relatados pelo paciente e nos elementos obtidos ao exame do pulso radial e da ausculta cardíaca. Nas taquiarritmias extrassinusais e nas bradiarritmias é que podem ocorrer os mais importantes distúrbios hemodinâmicos, em função da diminuição do débito cardíaco (DC = volume sistólico x frequência respiratória). Uma das principais arritmias achadas na ausculta é um ritmo de galope (PA-TA-TA), em que o ritmo cardíaco imita o som semelhante ao galopar de um cavalo devido a uma B3 patológica. O ritmo de galope é mais bem audível quando se apoia o receptor, de preferência a campânula, com suavidade sobre a parede torácica, podendo desaparecer quando se comprime demasiado o receptor. Cliques e estalidos: podem ser classificados em sistólicos (protossistólicos e mesossistólicos) e diastólicos. Estalidos diastólicos: podem ocorrer nas estenoses das valvas mitral (ruído seco, agudo e de curta duração representando por um “TEP”; é audível no 3o ou 4o EIC e no foco mitral) e tricúspide e, mais raramente, na insuficiência mitral e na comunicação interatrial. Estalidos protossistólicos: são também chamados de ruídos de ejeção por indicarem a súbita ejeção de sangue nos vasos da base. São ruídos de alta frequência, agudos e intensos, produzidos na artéria pulmonar e na aorta. O estalido protossitólico pulmonar (encontrado na estenose pulmonar moderada, na dilatação idiopática da artéria pulmonar, na comunicação interatrial e na hipertensão pulmonar grave) é bem mais audível no foco pulmonar e na borda esternal esquerda, diferenciando-se do desdobramento da 1a bulha pelo @yaasmin.luiza seu timbre mais agudo. O estalido protossistólico aórtico (encontrado nos aneurismas de aorta, na dilatação da aorta, em algumas cardiopatias congênitas como a tetralogia de Fallot, nas lesões valvares aórticas – estenose ou insuficiência) é mais bem audível na região que vai das vizinhanças do 4o EIC esquerdo junto à borda esternal até a mitral. Estalidos mesossistólicos e telessistólicos: o surgimento entre a 1a e a 2a bulha, no intervalo sistólico, portanto, de um ruído, também chamado de clique sistólico, merece ser analisado. Trata-se de um barulho de alta frequência, seco, agudo, situado no meio ou no fim da sístole. É audível nas áreas mitral ou tricúspide. Sopros: são produzidos por vibrações decorrentes de alterações do fluxo sanguíneo. Em condições normais, o sangue flui sob a forma de corrente laminar e não ruidosa. Em condições patológicas, geralmente este fluido adota uma caráter turbilhonar, deixando de ser laminar, surgindo vibrações que dão origem aos ruídos denominados como sopros. Os sopros dependem dos seguintes mecanismos:(1) aumento da velocidade da corrente sanguínea (como ocorre nos sopros pós-exercícios físicos); (2) diminuição da viscosidade sanguínea; (3) passagem do sangue através de uma zona estreitada (como uma fístula); (4) passagem do sangue para uma zona dilatada (como em aneurismas e o rumor venoso); (5) passagem de sangue para uma membrana de borda livre. Os seguintes aspectos semiológicos do sopro devem ser avaliados: Situação do sopro no ciclo cardíaco: podem ser sistólicos, diastólicos e sistodiastólicos (contínuos). Localização: qual o foco de ausculta o sopro é mais audível. Entretanto, o fato de localizar um sopro na área mitral, por exemplo, não significa, obrigatoriamente, que ele esteja sendo formado na valva mitral. Irradiação: deve-se deslocar o receptor do estetoscópio em várias direções para determinar sua irradiação. Os fatores que influenciam na irradiação do sopro são: intensidade e direção da corrente sanguínea. Intensidade: pode variar de “uma cruz” (+) a quatro (++++), sendo esta avaliação bastante subjetiva. Timbre e tonalidade: corresponde a “qualidade do sopro”, estando relacionadas com a velocidade do fluxo e com o tipo de defeito causador do turbilhamento sanguíneo. As denominações mais comuns são: suave, rude, musical, aspirativo, em jato de vapor, granuloso, piante e ruflar. Modificações do sopro com a fase da respiração: tal fato se reflete nas modificações da frequência e da dinâmica cardíaca por ação dos estímulos vagais oriundos dos pulmões. Modificações do sopro com a posição do paciente: os sopros da base do coração, particularmente o da insuficiência aórtica, tornam-se mais nítidos estando o paciente na posição sentada com o tórax fletido para diante. O rumor venoso, por outro lado, aumenta de intensidade na posição sentada ou de pé, diminuindo ou desaparecendo quando o paciente se deita. Modificações do sopro com exercícios físicos: o aumento da velocidade do fluxo sanguíneo durante tais atividades geram uma caráter turbilhonar do fluxo sanguíneo, intensificando os sopros. Sopros inocentes: é uma conclusão diagnóstica em que se trata de um sopro fisiológico, confirmado depois de exames complementares que indicam a total saúde do paciente, de modo que a presença deste sopro não indique qualquer alteração estrutural do coração. São mais frequentes em crianças e seu @yaasmin.luiza encontro exige uma completa investigação clínica para descartar em primeiro lugar a existência defebre ou anemia, principais condições responsáveis por tais sopros. O sopro é dito discreto, moderado ou intenso de acordo com a classificação em quatro graus: sopro grau I, é aquele que um indivíduo auscultou, uma segunda pessoa auscultou e uma terceira ficou na dúvida, logo o sopro grau I é um sopro duvidoso; o sopro grau II é aquele que todos auscultam nitidamente; sopro grau III, é aquele um pouco maior que o grau II, só que apresentando frêmito; o sopro grau IV é aquele que não necessita de estetoscópio para se auscultar o som, basta apenas chegar bem perto da região do coração. Quando se coloca o grau do sopro deve-se colocar o “grau_ / IV”, para indicar que a classificação foi em quatro, um vez que existe a classificação em seis. Manobra de Rivero-Carvalho. É uma manobra semiológica de importante valor para diferenciarmos fenômenos acústicos produzidos pela valva tricúspide e mitral (como em sopros diastólicos causados pela insuficiência dessas valvas). Ela é assim executada: com o paciente em decúbito dorsal, coloca-se o receptor do estetoscópio na área tricúspide, pondo-se atenção na intensidade do sopro. Em seguida, solicita- se ao paciente fazer uma inspiração profunda, durante a qual o examinador procura detectar eventuais modificações na intensidade do sopro. Se não houver alteração ou se o sopro diminuir de intensidade, diz-se que a manobra de Rivero- Carvalho é negativa e, neste caso, o sopro audível naquela área é apenas propagação de um sopro originado na valva mitral. Se, ao contrário, o sopro aumenta de intensidade, pode-se concluir que sua origem é no aparelho valvar tricúspide. Isso acontece porque, na inspiração profunda, ocorre aumento da negatividade intratorácica, propiciando um maior afluxo de sangue ao coração direito; se mais sangue chega ao ventrículo direito, haverá maior refluxo de sangue para o átrio durante a sístole. Simplificando, a manobra de Rivero-Carvalho aumenta o fluxo sanguíneo do lado direito do coração – alterações acústicas nessa manobra falam a favor de valvopatias tricúspides. Ruído de pericardite constritiva: origina-se na distensão do pericárdio endurecido. Só é audível quando há comprometimento do pericárdio ao nível da região apical e da face anterior do coração. É audível um pouco mais precoce que a 3a bulha. Deve ser diferenciado do estalido de abertura mitral: este é audível em todos os focos de ausculta, enquanto que o ruído da pericardite constritiva fica restrito ao foco mitral, endoápex (área situada entre o foco tricúspide, o foco mitral e o aórtico acessório) e foco tricúspide. Atrito pericárdico: é um ruído provocado pelo roçar de folhetos pericárdicos que perderam suas características normais (como ocorre na pericardite fibrinosa). Deve-se identificar a situação no ciclo cardíaco, localização, irradiação, intensidade, timbre e tonalidade, mutabilidade. Em resumo, pode-se dizer que o atrito pericárdico é um ruído perceptível na sístole e na diástole, sem relação constante e fixa com as bulhas cardíacas, as quais podem recobrir e mascarar, comparável ao ruído obtido pela fricção de couro. É mais audível entre a ponta do coração e a borda esternal esquerda. Rumor venoso (ruído venoso): é um ruído contínuo (sistodiastólico), de tonalidade grave, que se ouve na base do pescoço e na porção superior do tórax, sendo seu local de máxima intensidade acima da clavícula direita. É mais bem audível na posição sentada, chegando a desaparecer quando o paciente deita. O rumor venoso origina-se no turbilhonamento do sangue no ponto em que a jugular interna encontra- se com o tronco raquiocefálico, não indicando, portanto, alterações nos vasos do coração. @yaasmin.luiza @yaasmin.luiza O exame clínico da cabeça e do pescoço, independentemente da especialidade médica, deverá incluir a cabeça, os olhos, as orelhas, o nariz, a boca, a faringe e o pescoço como um todo, que corresponde aos linfonodos, artérias carótidas, glândula tireoide e traqueia. É imprescindível que o médico saiba avaliar cada estrutura e que ele conheça o normal, para que consiga reconhecer quando encontrar o anormal. Para o exame físico da cabeça e do pescoço são utilizados os métodos semiológicos de inspeção, palpação e ausculta. A avaliação é realizada inicialmente com a inspeção e a palpação, que geralmente são feitas simultaneamente e a ausculta é realizada, majoritariamente para avaliar a glândula tireoide e os vasos do pescoço. CABEÇA O médico deverá avaliar a cabeça do paciente observando tamanho, forma e contornos. Caso você encontre alguma deformidade, é importante pensar em trauma e, caso essa não seja a queixa do paciente, questionar sobre traumas passados. Em crianças, a medida do perímetro cefálico é extremamente importante para se avaliar macrocefalia ou microcefalia. Uma macrocefalia pode ser resultado de anomalias congênitas ou hidrocefalia, que corresponde a um acúmulo de líquido cérebro-espinhal nos ventrículos cerebrais. Já a microcefalia pode ser causada por inúmeros problemas, como por exemplo o Zika Vírus, que em 2015 causou o maior surto de microcefalia da história do Brasil. Nos adultos, a cabeça pode estar relativamente aumentada devido a uma acromegalia, que é uma alteração devido a uma secreção excessiva de GH. Após analisar a cabeça, o examinador deve observar as fácies(o rosto) do paciente. Ela é a resultante dos traços anatômicos com a expressão fisionômica do paciente. Não se deve analisar apenas os elementos estáticos, mas também o olhar, se existe batimento das asas do nariz, a posição da boca etc. Algumas patologias imprimem traços característicos na face. Com o tempo de prática (e conhecendo bem sobre as alterações em determinadas patologias), o médico ficará mais seguro e será mais simples reconhecer quando uma fácie é típica. Inicialmente é importante que se saiba quando existe algo errado! º @yaasmin.luiza Ainda que você tenha observado no exame físico geral (ou caso tenha esquecido), sempre olhar se existe alguma lesão em couro cabeludo e face, como é a implantação dos cabelos (especialmente em crianças), a quantidade, a qualidade (se são secos ou quebradiços) e a distribuição dos pelos. Ainda na cabeça, analisar se apresenta caspa ou pediculose e descrever. A descrição correta de um exame físico normal é de extrema importância, pois o prontuário médico é o documento que confirma um bom atendimento! O crânio geralmente é arredondado, com proeminências na região frontal e na região occipital. As fácies normais são descritas como atípicas e pode parecer estranho a um primeiro momento descrever assim, mas isso significa que ela não é típica de nenhuma doença. A implantação do couro cabeludo na mulher geralmente é baixa e no homem alta, apresentando as ‘entradas’ características. OLHOS Queixas oculares (e as demais), muitas vezes chegam ao clínico geral e, caso seja um problema para um especialista, o clínico geral encaminhará para ele. Ou seja, o primeiro exame deverá ser feito por qualquer médico. O exame oftalmológico realizado pelo clínico geral poderá ser feito, quase que em sua totalidade, pela inspeção. Apenas em poucas ocasiões deverá ser feita a palpação e quase nunca a ausculta. O exame oftalmológico é composto pela análise de 10 itens: Globo ocular e cavidade orbitária: Durante a inspeção, devem ser avaliados o tamanho do globo ocular e a separação das @yaasmin.luiza duas cavidades orbitárias. Uma atenção especial deve ser dada à crianças, pois diversas síndromes genéticas cursam com alterações nessas duas características. Já na palpação, o examinador deve buscar por fraturas, solução de continuidade ou espessamento. Exoftalmia: Exoftalmia é o deslocamento anterior do globo ocular, decorrente do aumento do volume orbitário. Ela deve ser avaliada com o exoftalmômetro, porém, na falta dele (o que é mais comum), uma régua milimetrada pode ser utilizada. Nesse exame, apoia-se a parte transparente da régua na reborda orbitária superior e inferior, sendo que em pessoas normais, o globo ocular toca a régua. Aparelho lacrimal: A glândula lacrimal, situada na parte externa da pálpebra superior, deverá ser avaliada através da palpação, em busca de alterações na consistência, profundidade e sensibilidade das glândulas. Já a avaliação funcional, somente poderá ser feita através de um dos três testes citados abaixo, que medem a quantidade de lágrima produzida em um determinado espaço de tempo: Teste de Schirmer I: avalia a camada aquosa do filme lacrimal da secreção normal (secreção básica + secreção reflexa). Teste de secreção básica: a diferença para o Teste de Schirmer I, é que, é realizada a retirada dos estímulos sobre os secretores reflexos com o uso de anestésico local. Teste de Schirmer II: mede a secreção lacrimal reflexa. Pálpebras: As pálpebras são importantes, pois protegem o globo ocular contra traumatismos e excesso de luz. Durante a inspeção, deve ser avaliada a cor, a textura, a posição, os movimentos e se existe edema. Alterações na cor, como a hiperemia, pode indicar inflamação, ainda mais se estiver acompanhada de outros comemorativos, como dor, calor e edema. Três músculos participam da motilidade palpebral: o orbicular, o elevador da pálpebra superior e o músculo tarsal de Muller. Caso ocorra paralisia em qualquer um deles, alterações na motilidade acontecerão. @yaasmin.luiza Conjuntiva e esclera: O exame da conjuntiva e da esclera é realizado através da inspeção apenas. A conjuntiva deve ser uma membrana transparente e fina, que se localiza revestindo a esclerótica e segue até o limbo do olho e a superfície posterior da pálpebra. A esclera normalmente é toda branca, porém podem ser visualizados vasos tortuosos abaixo da conjuntiva e alguns depósitos de pigmentos. Ela pode apresentar-se amarela (pelo depósito de bilirrubina na icterícia) ou amarronzada (pelo depósito de melanina na melanose ocular); além de possuir nevus pigmentados. Uma alteração maligna que pode aparecer nessa região é o melanoma. Esse exame tem como objetivo a busca por alterações como congestão da conjuntiva bulbar, hemorragia subconjuntival, quemose, enfisema com crepitação, queratites, glaucoma (que pode gerar alterações na conjuntiva) e até a presença de corpo estranho. Córnea: A superfície corneana normal é regular e forma uma área de reflexão “limpa”, sendo fácil visualizar, apenas com boa iluminação e uma lupa, quando existe alguma lesão. Nesse exame o médico precisa observar o tamanho da córnea, se existe opacificação corneana, alterações epiteliais (provocadas por corpo estranho) e se existe neovascularização. Demais dados, como profundidade, pesquisa de irite, hifema e hipópio necessitam da presença de um oftalmologista. Um último dado que pode ser pesquisado pelo clínico geral é o aumento ou diminuição da sensibilidade corneana, que podem fornecer dados importantes de lesões no nervo trigêmeo. Pupila: As pupilas normais são redondas, centrais e de igual tamanho em 75% da população. A cor, os desvios, os relfexos e os orifícios da íris e pupila devem ser observados. O reflexo fotomotor controla o diâmetro das pupilas em resposta à luminância de luz que incide sobre a retina. Ele auxilia na adaptação da visão a vários níveis de iluminação. Quando existe muita luminosidade, as pupilas se contraem, diminuindo a chegada de luz na retina. O inverso ocorre e ela dilata quando existe pouca luminosidade, afim de chegar mais luz à retina. Existem dois tipos de reflexo: o direto e o consensual. Se estimularmos apenas um olho com um feixe de luz, mantendo o outro longe da iluminação, o reflexo direto, como o nome já diz, corresponde ao reflexo da pupila que está sendo diretamente estimulada; já o consensual, corresponde ao reflexo que ocorre com o olho que não está recebendo o feixe de luz. Se um paciente apresentar uma lesão no nervo óptico (NC II), ele não apresentará constrição em nenhuma das pupilas quando o @yaasmin.luiza olho anormal for iluminado. Ou seja, perderá tanto o reflexo direto, quanto o consensual. Entretanto, ao se iluminar o olho sem alteração, os reflexos são mantidos. Se a lesão for no nervo oculomotor (NC III) ou no tronco cerebral, a pupila anormal não se contrairá tanto no reflexo direto ou no consensual. Já a normal, se contrairá normalmente quando iluminado qualquer um dos olhos. Cristalino: O exame correto do cristalino é realizado com um lâmpada de fenda, instrumento do oftalmologista, porém com uma boa iluminação pode-se buscar e perceber alterações, como: perda de transparência e deslocamento. Acuidade visual: O exame da acuidade visual é normalmente feito no oftalmologista, porém se um paciente for ao consultório com a queixa de perda na acuidade visual, o médico generalista pode e deve investigar. O exame é feito com a utilização da tabela de Snellen, que deve ser posicionada corretamente. A avaliação da acuidade visual indica a função da fóvea, área da retina de melhor acuidade visual. Visãode cores: A avaliação da visão de cores e da forma indica a função dos cones, já a avaliação da adaptação luminosa corresponde à função dos bastonetes. Um teste fácil e barato para se avaliar a visão de cores são as tábuas pseudoisocromáticas, que correspondem a imagens com várias cores, que formam números ou letras em seu centro. As informações contidas nas tábuas podem ser lidas por pessoas com visão normal e não por pessoas com discromatopsias. OUVIDOS O exame de ouvido pode ser realizado pelo clínico geral e corresponde a um exame bastante crítico, no sentido do médico ter paciência com o paciente que não escuta. O diagnóstico de surdez irreversível e/ou progressiva somente poderá ser afirmado ao paciente após todos os recursos para tratamento e investigação da etiologia da surdez serem esgotados. O exame dos ouvidos é composto pela inspeção, palpação e otoscopia. É normal que o clínico geral não tenha o seu otoscópio, pois @yaasmin.luiza muitos acreditam que é um aparelho apenas do otorrinolaringologista. Entretanto, o otoscópio é um aparelho de uso fácil e de extrema importância para a prática clínica. Na inspeção da orelha externa o médico deverá buscar por sinais flogísticos, neoplasias, cistos, fístulas, furunculose, corpos estranhos, rolhas ceruminosas, pólipos e malformações congênitas. O médico deverá buscar, na palpação, sinais de dor, que podem indicar processos inflamatórios, como mastoidites e otites, além de linfonodomegalias periauriculares. Já na otoscopia, um exame de avaliação funcional, o meato acústico externo e o tímpano são observados. O tímpano é uma membrana cinza-pérola, que deve ser íntegra e plana. Através dele o a saliência do cabo do ‘martelo’ pode ser observada. BOCA E FARINGE A primeira coisa a ser avaliada na boca do paciente são as condições de higiene, para fornecer, caso seja necessário, instruções de escovação e manutenção da saude bucal. Caso seja necessário, o médico deverá fazer o encaminhamento para um dentista. Técnicas de inspeção e palpação deverão ser realizadas em conjunto, buscando alterações tanto visuais, como sensitivas na boca. Na inspeção da boca, o médico deverá avaliar as bochechas e os lábios, o assoalho da boca, o palato duro, o palato mole, a língua, os dentes e a mucosa alveolar. A palpação deverá ser feita utilizando um ou dois dedos ou dígito-palmar. O examinador deverá buscar por sinais flogísticos, presença de lesões nos tecidos moles, falta de dentes, presença de tártaro, lesões ósseas e halitose. O exame físico da faringe também se faz através da cavidade bucal. Ele se dá pela inspeção, frequentemente usando um abaixador de língua, das paredes da faringe e das tonsilas palatinas, onde devem ser observados sinais flogísticos, presença ou não de exsudato, ulcerações, pseudomembranas, placas mucosas, formações tumorais, pertubações na motilidade do véu palatino e aumento ou diminuição da sensibilidade da mucosa faríngea. NARIZ E SEIOS PARANASAIS O exame semiológico do nariz compreende inspeção, palpação, rinoscopia e a transluminação dos seios frontal e maxilar. Durante a inspeção, o examinador deverá identificar e descrever se existe alguma alteração no formato do nariz, verificando a existência de alguma alteração, como por exemplo, em pacientes com Sindrome Alcoolica fetal, que apresentam a ponte nasal rebaixada e o nariz curto. A palpação pode auxiliar na identificação de alterações morfológicas traumáticas e não traumáticas. @yaasmin.luiza A rinoscopia corresponde ao exame das fossas nasais. Ele normalmente é feito pelo otorrinolaringologista, mas pode ser realizado por qualquer médico apto a reconhecer as alterações e com um rinoscópio. Na rinoscopia anterior são observados os cornetos nasais e seus respectivos meatos, o septo nasal, o assoalho da fossa nasal e a fenda olfativa. Além disso, pode-se confirmar a presença de pólipos, neoplasias, exsudato, hipertrofia de cornetos, desvio de septo e presença de corpos estranhos. Já na rinoscopia posteiror, como o nome já diz, é o exame da parte posterior da fossa nasal, através da cavidade bucal. A transluminação das cavidades paranasais com uma lanterna é realizada com o intuito de observar se elas estão preenchidas por exsudato ou com congestão e edema de mucosa. Não é um exame muito sensível, pois diversos fatores podem interferir na passagem de luz pelas cavidades. PESCOÇO O exame do pescoço, apesar de parecer simples, envolve o exame de estruturas de diferentes sistemas orgânicos. Ele deve ser feito com cuidado e atenção, pois os achados são importantes para a identificação de diversas patologias. No exame do pescoço o médico deverá avaliar os linfonodos da região, a carótida, a traqueia e a tireoide. A ordem da avaliação não importa, mas recomenda-se que o médico estabeleça um roteiro, para que nenhuma estrutura seja esquecida. Na inspeção do pescoço, o médico deve avaliar a simetria, se o paciente apresenta bócio, a presença de linfonodomegalia acentuada, a presença visível de pulsação da carótida, soluções de continuidade e alterações na cor (como, por exemplo, a presença de acantose nigricans). Ainda na inspeção, o médico pode colocar o paciente na posição de Trendelemburg à 45°, para observar, na região do pescoço, a presença de turgência jugula. Se presente, é um forte sinal de insuficiência cardíaca direita. A ausculta do pescoço irá envolver o exame da carótida (avaliar a presença de sopros), da traqueia (avaliando se a mesma está pervia e identificando a presença de corpos estranhos) e da tireoide (afim de se identificar um aumento de fluxo sanguíneo, que ocorre especialmente em situações de hiperfunção tireoidiana). A técnica semiológica mais prolongada no exame do pescoço é a palpação, pois todas as estruturas citadas anteriormente devem ser avaliadas. Verifica-se a motilidade da traqueia e da tireoide, assim como a localização, a textura, a temperatura e o formato da glândula. Todas as cadeias linfonodais do pescoço devem ser avaliadas e as alterações, caso haja, descritas. A palpação da carótida é importante para se avaliar o pulso carotídeo, mas esse exame poderá ser realizado e descrito no exame cardiovascular. O exame dos linfonodos da cabeça e do pescoço geralmente é realizado juntamente com o exame de outros grupos ganglionares e @yaasmin.luiza descrito no exame físico geral. Entretanto, essa descrição fica a critério do médico, podendo também ser descrito separadamente conforme a região avaliada. Na região da cabeça e do pescoço, os grupos ganglionares avaliados são: Linfonodos occipitais e auriculares posteriores, que recebem a linfa do couro cabeludo, pavilhão da orelha e orelha interna; Linfonodos submaxilares, amigdalianos e submentonianos, que recebem a linfa da orofaringe, língua, lábios, dentes e glândulas salivares; Linfonodos cervicais profundos e supraclaviculares, que recebem a linfa dos órgãos intratorácicos e intra-abdominais. A semiotécnica dos linfonodos se faz pela inspeção e palpação. Como dito anteriormente, durante a inspeção, o médico irá buscar sinais flogísticos e adenomegalia importante. A palpação é realizada com as polpas digitais e a face ventral dos dedos médio, indicador e anular. Nesse exame deverá ser avaliada a localização dos linfonodos, o tamanho/volume, a consistência, a mobilidade, a sensibilidade e se existe alguma alteração na pele no local do linfonodo. @yaasmin.luiza O abdome é a maior cavidade do corpo humano e compreende a região do tronco que fica entre o tórax e a pelve. A divisão entre o tórax e o abdome é demarcada pelo diafragma, enquanto a abertura superior da pelve demarcaos limites entre as cavidades abdominal e pélvica. Assim, o abdome comporta órgãos do sistema digestório e algumas estruturas do sistema urinário. A cavidade abdominal comporta estômago, fígado, vesícula biliar, pâncreas e ductos biliares, baço, intestinos delgado e grosso, rins, glândulas suprarrenais e os vasos abdominais, que são ramificações da aorta abdominal. A bexiga urinária, útero, tuba uterina e ovários (em mulheres) são considerados órgãos abdominais e pélvicos. As paredes abdominais são formadas por diversas camadas, que além de se contrair, é capaz de se distender a fim de acomodar as expansões causadas pela ingestão alimentar, gravidez, deposição de gordura e outras doenças. Os órgãos internos são revestidos pelo peritônio, uma membrana serosa que se dobra sobre as vísceras abdominais como uma bolsa, formando a cavidade peritoneal, cujas dobras dão passagem aos vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. A parede abdominal tem três pares de músculos planos e dois pares de músculos verticais, são eles respectivamente: m. oblíquo externo do abdome, m. oblíquo interno do abdome, m. transverso do abdome (planos), m. reto do abdome e m. piramidal (verticais), esses dois últimos são contidos na bainha do músculo reto do abdome. º @yaasmin.luiza Devido ao sua grande atividade, a cavidade abdominal requer boa vascularização. Com isso, o abdome é suprido pela aorta abdominal e suas ramificações, que são: artérias suprarrenais, renais, mesentéricas e ilíacas, que por sua vez irão se ramificar para suprir a pelve e membros inferiores, e o tronco celíaco, que dá origem às artérias hepática comum, esplênica e gástrica esquerda. Assim, o tronco celíaco irriga fígado, estruturas biliares, estômago e parte do pâncreas, a artéria mesentérica superior irriga os intestinos delgado e grosso, até a porção proximal do colo transverso, a mesentérica inferior irriga o restante do intestino grosso e porção proximal do reto. As vísceras abdominais são responsáveis principalmente pela digestão dos alimentos, absorção dos nutrientes ingeridos e eliminação dos resíduos. Assim, o alimento, que entra pela boca, chega pelo esôfago ao estômago, onde é triturado e misturado ao suco gástrico, graças aos movimentos peristálticos, a fim de reduzir o conteúdo alimentar às suas moléculas absorvíveis. Daí, o bolo alimentar é encaminhado para o intestino delgado. O intestino delgado é o principal local de absorção dos nutrientes ingeridos na alimentação, e fica situado entre o estômago e o intestino grosso. É no intestino grosso que ocorre a absorção da maior parte de água que está misturado ao bolo alimentar, que nessa porção do tubo gastrointestinal se torna bolo fecal. Do intestino grosso, o bolo fecal é transportado para o reto e expelido pelo canal anal. Os intestinos são supridos pelas artérias mesentéricas inferior e superior e suas ramificações, enquanto o estômago é suprido principalmente pelas artérias gástricas esquerda e direita, e drenado pelas veias gástricas direita e esquerda, que drenam para a veia porta. Além do tubo gastrointestinal, a digestão depende de glândulas anexas para acontecer, sendo elas o fígado e o pâncreas, que produzem secreções e hormônios que auxiliam nesse processo. O fígado é um órgão macio e altamente vascularizado, visto que recebe uma grande quantidade de sangue imediatamente antes de entrar no coração. A maior parte da irrigação do fígado vem da veia porta hepática e uma porcentagem menor da artéria hepática, enquanto a drenagem é feita pela veia cava inferior (VCI) e pelas veias hepáticas, que não possuem válvulas. É um importante órgão no metabolismo de drogas, síntese de proteínas sanguíneas, armazenamento de nutrientes e secreção da bile, que é armazenada e expelida pela vesícula biliar. O pâncreas, por sua vez, é responsável por sintetizar principalmente a insulina e o glucagon, que regulam a glicemia, mas também produz o suco gástrico que participa da digestão de lipídios e proteínas. Além dos órgãos digestórios, o abdome engloba o baço e a bexiga urinária. O baço é o maior órgão linfático do corpo, participando do sistema de defesa do corpo, e também contém uma grande quantidade de sangue, que é expelida para a circulação pela ação do músculo liso de sua cápsula. Com isso, os vasos esplênicos são mais calibrosos, sendo que a irrigação deste órgão é feita principalmente pela artéria esplênica, ramo do tronco celíaco. @yaasmin.luiza Exame físico: informações limitadas para órgãos praticamente inacessíveis como esôfago, estômago. Anamnese e exame físico geral: informações mais decisivas para qualquer órgão do sistema digestivo, até mesmo o esôfago. Anamnese segmentar: o sistema digestivo, que se inicia na boca e termina no ânus, deve ser avaliado por segmentos, de modo que cada órgão seja individualizado. O estudo segmentar será feito na seguinte abordagem: cavidade oral, esôfago, estomago, duodeno, jejuno e íleo, colos, reto e ânus; fígado e vias biliares, baço e pâncreas. Hipocôndrio Direito: fígado, vesícula biliar, rim direito, flexura hepática docólon. Epigástrio: fígado (lobo esquerdo), piloro, duodeno, cólon transverso e cabeça e corpo do pâncreas. Hipocôndrio Esquerdo: baço, estômago, flexura esplênica do cólon, pâncreas (cauda), rim esquerdo. Flanco Direito: cólon ascendente, jejuno e rim direito. Mesogástrio ou umbilical: duodeno, jejuno, íleo, aorta abdominal, mesentério, linfonodos. Flanco Esquerdo: cólon descendente, jejuno, íleo. Fossa Ilíaca Direita: ceco, apêndice, ovário e tuba uterina direita. Hipogástrio: bexiga, útero, ureter. Fossa Ilíaca Esquerda: cólon sigmoide, ovário e tuba esquerda. Quadrante superior direito: lobo direto do fígado, vesicular biliar, piloro do estômago, duodeno (1a – 3a parte), cabeça do pâncreas, glândula suprarrenal direita, rim direito, flexura hepática direita do colo, parte superior do colo ascendente, metade direita do colo transverso. Quadrante superior esquerdo: lobo esquerdo do fígado, baço, estômago, jejuno e íleo proximal, corpo e cauda do pâncreas, rim esquerdo, glândula suprarrenal, flexura cólica (esplênica) esquerda, metade esquerda do colo transverso, parte superior do colo descendente. Quadrante inferior direito: ceco, apêndice vermiforme, maior parte do íleo, parte inferior do colo ascendente, ovário direito, tuba uterina direita, ureter direito (parte abdominal) funículo espermático direito (parte abdominal), útero (se aumentado) e bexiga (se muito cheia). @yaasmin.luiza Quadrante inferior esquerdo: colo sigmoide, parte inferior do colo descendente, ovário esquerdo, tuba uterina, ureter esquerdo (parte abdominal) funículo espermático esquerdo (parte abdominal), útero (se aumentado) e bexiga (se muito cheia). ANAMNESE E INTERROGATÓRIO SISTEMÁTICO Na anamnese, quando a queixa principal é relativa ao abdome, é importante que se descreva todos os sintomas, especificando: 1. O local de incômodo e irradiação da dor, utilizando como referência as 9 regiões e os 4 quadrantes abdominais. 2. Início, frequência, duração e horário preferencial dos sintomas. (Ex: Refere dor abdominal 2 vezes ao dia, por cerca de 5 minutos, há uma semana, sem horário preferencial). 3. Intensidade dos sintomas, que deve ser graduada em cruzes. (Ex: +++/4+, ou seja, 3 cruzes em 4). 4. Tipo de dor: em pontada, em aperto, latejante – é aconselhável colocar entre parênteses as palavras que o paciente utilizar para descrever a dor. 5. Quantidade de vezes de ocorrência do evento. (Ex: Refere ter vomitado 3 vezes nas últimas 24h). 6. Fatores desencadeantes: são as causas da dor atribuídas pelo paciente. (Ex: refere dor quando se senta). 7. Fatores de melhora e piora: farmacológicos
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