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Semiologia - Apostila Completa

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Semiologia 
3º Período 
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 @yaasmin.luiza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nome (completo, apenas iniciais) – nome social 
 Idade 
 Sexo biológico 
 Gênero 
 Cor/etnia (autodeclaração) 
 Estado civil 
 Ocupação 
 Escolaridade 
 Religião 
 Naturalidade (Natural de/Reside em/Procede de) 
 Grau de confiabilidade 
 Acompanhado (nome e relação) 
 Data e hora da realização da anamnese 
 
Nome:___________________________________________ 
Idade:__ Sexo: Feminino ( ) Masculino ( ) ____________ 
Cor/Etnia: ( ) Branca ( )Pardo ( )Indígena ( )Asiático __ 
Estado civil: ( ) Casado ( )Solteiro ( ) Divorciado ( )Viúvo 
( )Outro _________________________________________ 
Profissão ___________ / Local de trabalho: _____________ 
Naturalidade: _____________________________________ 
Procedência:______________________________________ 
Residência: _______________________________________ 
Nome da mãe: ____________________________________ 
Nome do responsável*: _____________________________ 
Religião:__________________________________________ 
Plano de saúde: ___________________________________ 
 
 
 
 
 Escrever da forma como o paciente falar 
 Duas ou três palavras 
 ‘‘O que te trouxe aqui?’’ ‘‘Como posso te ajudar 
hoje?’’ 
Queixa principal: _____________________ 
 
 
 Registro cronológico e detalhado do motivo que 
levou o paciente a procurar assistência médica, 
desde seu início até agora. 
 Localização 
 Características 
 Quantidade ou intensidade 
 Cronologia (início, duração e frequência) 
 Situação em que ocorre 
 Fatores que agravam ou aliviam 
 Manifestações associadas 
 Reações do paciente aos sintomas e efeitos da 
doença em sua vida 
 Quando a dor surgiu? 
 Onde dói? A dor irradia / ‘‘anda’’? 
 Quanto tempo dura? / Com qual frequência você 
sente? 
 O quanto dói de 0 a 10? Como é essa dor? 
 O que melhora e o que piora a dor? 
 Você está tossindo? / Sente falta de ar? / Outras 
dores? 
 Como está a dor agora? 
 
 
º
Identificação Queixa Principal 
HDA 
 
 @yaasmin.luiza 
 
 
 Avalia o estado de saúde do paciente antes da 
doença atual, doenças da infância e vida adulta, 
lesões ou acidentes prévios, procedimentos 
cirúrgicos, hospitalizações, exames laboratoriais, 
alergias, imunizações, medicações anteriores e 
atuais, medidas contraceptivas, gestações e partos, 
história sexual. 
 Fisiológico: 
o Gestação e Nascimento: uso de medicações, 
viroses contraídas, condições de parto 
(normal, fórceps, cesariana), estado da 
criança ao nascer, número de filhos. 
o Desenvolvimento neuropsicomotor 
o Desenvolvimento sexual: puberdade, 
menarca, sexarca, menopausa e orientação 
sexual (HSM, HSH, HSHM, MSH, MSM, 
MSMH). 
 
 Patológico: 
o Doenças da infância (sarampo, caxumba, 
catapora...) 
o Doenças da vida adulta (pneumonia, hepatite, 
malária, pleurite, diabetes, hipertensão...) 
o Alergias 
o Cirurgias prévias (data, tipo, diagnóstico que 
justificou) 
o Histórico de traumatismo 
o Transfusões sanguíneas 
o Histórico obstétrico (número de gestações, 
número de partos, número de abortos, número 
de prematuros e número de cesarianas) 
o Imunizações 
o Medicamentos em uso (nome, posologia, 
motivo) 
 
 Familiar: 
o Estado de saúde dos pais, irmãos, cônjuge e 
filhos. Se tiver algum doente na família, 
esclarecer a doença. Em caso de falecimento, 
indagar a causa e a idade. 
o Enxaqueca, diabetes, tuberculose, hipertensão, 
câncer, AVC, doenças coronarianas e doenças 
hereditárias. 
 
 Hábitos de vida: 
o Alimentação 
o Ocupações anteriores 
o Atividades Físicas (lesões, qual atividade, 
quanto tempo pratica) 
o Tabagismo (quanto tempo e quantos maços 
por dia) 
o Álcool 
 
 História Psicossocial 
o Moradia 
o Relacionamento familiar 
o Trabalho 
 
 
GESTAÇÃO (G___ P___ A___C___) 
Doenças prévias __________________________ 
Alergias ( ) Sim ( )Não ____________________ 
Cirurgias ( ) Sim ( ) Não ___________________ 
Vacinas e medicamentos (medicamento, dosagem 
e quantas vezes ao dia) _____________________ 
Doenças da infância _______________________ 
 
 
 
 
HPP 
 
 @yaasmin.luiza 
 
 
 
 
 
 
 
 Cãibras: Contrações involuntárias de um músculo ou grupo muscular. 
 Alterações dos fâneros: Queda de cabelos, pelos faciais em mulheres, alterações nas unhas. 
 
 
 
 
 
 
 Xantopsia, iantopsia e cloropsia: Visão amarelada, violeta e verde, respectivamente. 
 Vermelhidão: Presença de congestão de vasos na esclerótica. 
Revisão de Sistemas 
 
 @yaasmin.luiza 
 
 
 
 Otorreia: Saída de líquido pelo ouvido. 
 
 
 
 Prurido: Pode resultar de doença local ou sistêmica. 
 Corrimento nasal: Aspecto do corrimento (aquoso, purulento, sanguinolento). 
 
 
 
 
 
 
 @yaasmin.luiza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 @yaasmin.luiza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 @yaasmin.luiza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 @yaasmin.luiza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ajuste a luz e a temperatura do ambiente; 
 Garanta privacidade do paciente; 
 Lave as mãos antes e após o exame; 
 Exponha somente as áreas do corpo que estão 
sendo examinadas no momento; 
 Fique à direita do paciente; 
 Garanta vestimenta adequada do paciente 
(avental, pijama); Separe equipamentos 
necessários; 
 
 
 
 
 O exame físico geral inclui: avaliação do estado 
geral, avaliação do estado de hidratação, 
antropometria, avaliação do estado nutricional, 
desenvolvimento físico/biotipo ou tipo morfológi-
co, fácies, atitude e decúbito preferido no leito, 
mucosas, marcha. 
 
Avaliação do Estado Geral 
 
( ) Bom estado geral 
( ) Regular estado geral 
( ) Mau estado geral. 
 
Nível de consciência (neurológico x psiquiátrico) 
 
( ) VIGIL (que está desperto, acordado) 
( ) OBNUBILADO (Pessoa em estado de perturbação 
na consciência) 
( )TORPOROSO (Possui redução da sensibilidade e 
dos movimentos corporais) 
( ) COMATOSO (estado vegetativo do qual não pode 
ser desperto mediante estimulação externa.) 
 O paciente sonolento responde a estímulos verbais 
ou ao toque; já o obnubilado só responde a 
estímulos mais vigorosos; o torporoso, somente a 
estímulos dolorosos; e, por fim, o comatoso que 
não responde a nenhum tipo de estímulo. 
 
 Estuporoso é o indivíduo irresponsivo, que pode 
ser desperto por estímulo vigoroso, e o comatoso é 
o estado vegetativo do qual o indivíduo não pode 
ser desperto mediante estimulação externa. 
Letárgico é o estado de lentificação psicomotora 
intermediário entre o estupor e o alerta. 
 
Fala e Linguagem 
 
( ) NORMAL 
( ) DISFONIA (alterações do timbre da voz) 
( ) DISLALIA (alterações menores na fala – crianças) 
( ) DISARTRIA (voz arrastada, monótona e confusa) 
( ) DISFASIA (o paciente não entende o que é dito, ou 
entende, mas não consegue expressar) 
 
 Fáscie 
 
( ) TÍPICA (de alguma doença) 
( ) ATÍPICA 
 
 Atitude ou decúbito no leito 
 
( ) Ortopneia (Paciente sentedesconforto ao respirar 
na posição deitada reta de barriga para cima; comum 
em pessoas com alguns tipos de doenças cardíacas ou 
pulmonares) 
( ) Genupeitural 
( ) Cócoras 
( ) Decúbito (lateral, dorsal, ventral) 
( ) Atitude involuntária passiva 
( ) Opistótono (posição anormal causada por fortes 
espasmos musculares) 
( ) Emprostótono (tipo de espasmo tetânico que leva 
o corpo a se retesar e a cabeça e os pés a se curvarem 
para a frente) 
º
Preparação 
Ectoscopia 
 
 @yaasmin.luiza 
 
 As atitudes voluntárias compreendem a 
ortopneica, a genupeitoral, a posição de cócoras, a 
parkinsoniana e os diferentes decúbitos. 
 As atitudes involuntárias incluem a atitude 
passiva, o ortótono, o opistótono, o emprostótono, 
o pleurostótono e a posição em gatilho e torcicolo 
e mão pêndula da paralisia radial. 
 
 Musculatura (tônus e trofismo) 
 
 Inspeção e Palpação (repouso e contração) 
 TÔNUS: normal, hipertônico, hipotônico ou 
flácido. 
 TROFISMO: normal, hipertrófico ou hipotrófico 
 
Movimentos Involuntários 
 
 Tremores 
 Tiques 
 Movimentos coreicos (movimentos motores 
anormais e bruscos, involuntários e que lembram 
uma dança) 
 Miocloniais (espasmos rápidos e repentinos 
(contrações) em um músculo ou grupo de 
músculos) 
 Convulsões 
 
Marcha 
 
 As marchas anormais incluem a marcha 
helicópode, ceifante ou hemiplégica, a marcha 
anserina, a marcha parkinsoniana e a marcha 
claudicante. 
 
Edema 
 
 Localização e Distribuição 
 Intensidade (+/4+) 
 Consistência 
 
Biotipo 
 
 Brevilíneo: Pescoço curto e grosso; Tórax alargado 
e volumoso; Membros curtos em relação ao 
tronco; Ângulo de Charpy (costal) maior que 90°; 
Musculatura desenvolvida e panículo adiposo 
espesso; Tendência para baixa estatura. 
 
 Mediolíneo: Equilíbrio entre os membros e o 
tronco; Desenvolvimento harmônico da 
musculatura e do panículo adiposo; Ângulo de 
Charpy (costal) em torno de 90°. 
 
 Longilíneo: Pescoço longo e delgado; Tórax afilado 
e chato; Membros alongados com franco pre-
domínio sobre o tronco; Ângulo de Charpy 
(costal) menor que 90°; Musculatura delgada e 
panículo adiposo pouco desenvolvido; Tendência 
para estatura elevada. 
 
Cianose 
 
 Cianótico ou Acianótico 
 Central ou periférico 
 Lábios, extremidades, leito ungueal 
 
Hidratação 
 
 Estado de hidratação normal: a pele possui boa 
elasticidade e com leve grau de umidade, as 
mucosas são úmidas, não há alterações oculares 
nem perda abrupta de peso. No caso de crianças, 
as fontanelas são planas e normotensas e o peso 
mantém curva ascendente; a criança se apresenta 
alegre e comunicativa. 
 
 Desidratação: caracteriza-se por sede, diminuição 
abrupta do peso, pele seca (com elasticidade e 
turgor diminuídos), mucosas secas, olhos 
afundados (enoftalmia) e hipotônicos, estado geral 
comprometido, excitação psíquica ou abatimento, 
oligúria e fontanelas deprimidas, no caso de 
crianças. 
 
 @yaasmin.luiza 
Grau de coloração das mucosas 
 
 Corado ou hipocorado (+/4+) 
 
Icterícia 
 
 Ictérico ou anictérico 
 Esclera, freio da língua, palma das mãos 
 
Padrão respiratório e Frequência Respiratória 
 
 Normalmente, a frequência respiratória normal 
dos adultos é 12 a 20 incursões por minuto em 
um padrão regular e tranquilo. Um suspiro 
ocasional é normal. Verifique se a expiração é 
prolongada. 
 Eupneico, Taquipneico ou Dispneico 
 
Pressão Arterial 
 
 O paciente deve evitar tabagismo, consumo de 
cafeína ou prática de exercícios 30 minutos antes 
da aferição. 
 Assegure-se de que a sala de exame seja um local 
tranquilo e com temperatura agradável. 
 O paciente deve se sentar tranquilamente durante 
5 min em uma cadeira com os pés apoiados no 
chão, em vez de colocá-los na mesa de exame. 
 Assegure-se de que o braço escolhido esteja 
desnudo. Esse braço não deve ter fístulas 
arteriovenosas para diálise, cicatrizes de dissecção 
de artéria braquial prévia nem sinais de 
linfedema. 
 Palpe a artéria braquial para confirmar que exista 
pulso viável e posicione o braço do paciente de 
modo que a artéria braquial, no sulco antecubital, 
encontre-se no mesmo nível do coração, 
aproximadamente ao nível do 4º espaço 
intercostal em sua junção com o esterno. 
 Se o(a) paciente estiver sentado(a), coloque o 
braço dele(a) sobre uma mesa um pouco acima da 
cintura; se estiver em pé, apoie o braço dele( a) no 
nível do meio do tórax. 
 
Frequência Cardíaca 
 
 A variação comum da normalidade é de 60-90-
100 bpm. 
 
Temperatura 
 
 Temperatura axilar: 35,5 a 37°C, com média de 
36 a 36,5°C; 
 Temperatura bucal: 36 a 37,4°C; 
 Temperatura retal: 36 a 37,5°C, ou seja, 0,5°C 
maior que a axilar. 
 
Altura, Peso e Circunferência Abdominal 
 
 IMC : É expresso pela fórmula: IMC = peso atual 
(kg)/altura² (m). O IMC pode ser classificado 
como: Magro ou baixo peso: < 18,5; Normal ou 
eutrófico: 18,5-24,9; Sobrepeso ou pré-obeso: 
24,9-29,9; Obesidade grau I: 30-34,9; Obesidade 
grau II: 35-39,9; e Obesidade grau III ou maligna: 
> 40. 
 Circunferência Da Cintura 
 
Sexo masculino: Normal < 94 cm; Aumentada: 94-
102 cm; Muito aumentada: ≥ 102 cm. 
Sexo feminino: Normal < 80 cm; Aumentada: 80-88 
cm; Muito aumentada: ≥ 88 cm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 @yaasmin.luiza 
 
 
 
 
 @yaasmin.luiza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A linha axilar anterior se origina da prega 
anterior da axila, enquanto a linha axilar 
posterior se origina da prega homônima. 
Equidistante dessas duas linhas, na face lateral, 
temos a linha axilar média. A linha escapular tem 
origem no ângulo inferior da escápula. Já as 
linhas horizontais são traçadas de acordo com os 
espaços intercostais. 
 
 Pode-se utilizar a técnica de se encontrar o 
ângulo esternal (de Louis) e dele seguir 
lateralmente a fim de encontrar o segundo espaço 
intercostal. Para contar os espaços intercostais 
recomenda-se que se afaste do esterno, dado que 
nessa região as costelas ficam muito próximas, 
dificultando a localização dos espaços intercostais. 
 
 
 
 
 
 
 
 Retirar a camisa. 
 Não avisar para o paciente que vai avaliar sua 
frequência respiratória. 
 Sons audíveis que não necessitam de ausculta 
para serem percebidos. 
 
 corresponde à uma avaliação do 
tórax do paciente desconsiderando os movimentos 
respiratórios do mesmo. Deve-se examinar a forma do 
tórax e suas anomalias congênitas ou adquiridas, 
localizadas ou difusas, simétricas ou não. 
 
 Tipo torácico: a morfologia do tórax varia 
conforme o biótipo do paciente (normolíneo, 
brevilíneo e longilíneo). O reconhecimento do 
biótipo é útil por ter uma cerca correlação do 
aparelho respiratório. 
 
Tipo torácico normal (A): apresenta uma pequena 
convexidade anteriormente com um dorso mais 
plano. 
 
Tipo torácico globoso (B): presença de abaulamento 
na região anterior, aumentando o diâmetro 
anteroposterior do tórax. É um tipo de padrão 
morfológico normal para idosos mas que pode 
º
Linhas da Parede Torácica 
Inspeção 
 
 @yaasmin.luiza 
representar uma patologia como enfisema ou asma. 
Também conhecido com tórax em tonel. 
Tipo torácico infundibuliforme (C): presença de 
depressão na região epigástrica (inferior ao processo 
xifoide), ou seja, no ângulo de Charpy. É também 
chamado de tórax de sapateiro. Em geral, esta 
deformidade é de natureza congênita. 
 
Tipo torácico cariniforme (D): é também chamado de 
peito de pombo, em que o esterno mostra-se mais 
protruso e evidente. É comum no raquitismo. 
 
Escoliose (E): consiste em um desvio lateral da coluna 
vertebral. Deve ser anotado o sentido da convexidade 
da escoliose. 
 
Cifose (F): o tórax cifótico tem como característica 
principal a curvatura acentuada da coluna dorsal. 
 
Gibosidade (G): é um tipo de cifose bastante 
acentuada em que a musculatura dorsal apresenta um 
aspecto grosseiro, determinando corcundas. 
 
 
 
 Pele: coloração (destacando cianose ou palidez), 
presença de lesões elementares, grau de 
hidratação,etc., sempre correlacionando com as 
doenças pulmonares. 
 Mamas: formas das mamas (simetria), posição dos 
mamilos com relação à linha hemiclavicular 
(verificar simetria), presença de secreções, etc. 
 Presença de nódulos visíveis: alguns nódulos 
podem ser característicos de sarcoidose ou 
tuberculose. 
 Musculatura: avaliar a hipertrofia, atrofia, 
simetria. A contratura da musculatura 
paravertebral torácica unilateral constitui o sinal 
de Ramond, que denuncia o comprometimento 
pleural inflamatório homolateral. O sinal de 
Lemos Torres, caracterizado pelo abaulamento 
dos espaços intercostais durante a expiração, é 
sinal fidedigno de derrame pleural. 
 Vasos (circulação colateral): avaliar a presença de 
vasos evidentes na parede do tórax bem como 
examinar o trajeto do fluxo deste vaso: 
craniocaudal ou caudal-cranial. Circulações 
colaterais resultam de um obstáculo próximo à 
desembocadura da veia ázigos na veia cava 
superior. Classicamente são descritos três tipos 
principais de circulação colateral torácica: 
 Abaulamentos (difusos ou localizados): avaliar 
abaulamentos ósseos ou musculares. 
 Retrações: aspecto de pele afundada. 
 Deformidades localizadas: existência de 
deformidades variadas, comparando-se um 
hemitórax com o outro. 
 Por meio da inspeção estática, podemos observar 
se o paciente utiliza musculatura acessória para 
respirar, como retração intercostal, de fúrcula 
esternal e supraclavicular. 
 Na inspeção dinâmica avalia-se a ventilação do 
paciente por meio do padrão respiratório, 
observando de onde vem o esforço ventilatório (se 
torácico, abdominal ou misto). O padrão 
predominante e considerado normal é o torácico 
quando o paciente está de pé ou sentado, mas em 
decúbito dorsal, tende a ser abdominal. 
 Verifica-se a musculatura utilizada para a 
respiração, dado que é importante averiguar o uso 
de musculatura acessória, nos casos de esforço 
 
 @yaasmin.luiza 
respiratório (paciente dispneico). Pacientes nessa 
situação tendem a adotar a técnica de ponto de 
ancoragem, no qual se apoiam na borda do leito, 
com as mãos apoiadas e se inclinando para a 
frente, a fim de liberar os músculos acessórios. 
 observam-se os movimentos 
respiratórios, suas características e alterações. 
 
 Expansibilidade: é avaliada observando a 
expansão da caixa torácica com a entrada de ar 
durante a inspiração. 
 Frequência respiratória: deve ser observado o 
ritmo respiratório do paciente. Geralmente, o 
tempo de inspiração é semelhante ao da 
expiração, apresentando um pequeno intervalo 
entre ambos. Em suma, o ritmo respiratório pode 
ser normal ou anormal. 
 Tipo respiratório: para o reconhecimento do tipo 
respiratório, observa-se atentamente a 
movimentação do tórax e do abdome, com o 
objetivo de reconhecer em que regiões os 
movimentos são mais amplos. 
 
 Em pessoas sadias, na posição de pé ou sentada, 
tanto no sexo masculino como no feminino, 
predomina a respiração torácica ou costal, 
caracterizada pela movimentação 
predominantemente da caixa torácica. Na posição 
deitada, também em ambos os sexos, a respiração 
é predominantemente diafragmática, 
prevalecendo a movimentação da metade inferior 
do tórax e do andar superior do abdome. 
 
 Presença de tiragem: durante a inspiração ou 
condições de normalidade, os espaços intercostais 
deprimem-se ligeiramente. Se ocorrer obstrução 
brônquica, o parênquima correspondente àquele 
brônquio entra em colapso e a pressão negativa 
daquela área torna-se ainda maior, provocando 
assim a retração dos espaços intercostais, 
fenômeno conhecido como tiragem. A tiragem 
pode ser difusa ou localizada (supraclavicular, 
infraclavicular, intercostal ou epigástrica). Essas 
áreas retráteis caracterizam a impossibilidade de 
o pulmão acompanhar o movimento expansivo da 
caixa torácica, devido à atelectasia subjacente. 
 
Bradipneia: respiração mais profunda e com pausas 
maiores. 
 Taquipneia: respiração rápida e superficial. • 
Respiração suspirosa: mantém as características da 
respiração normal, com alguns momentos de 
respiração mais profunda. 
Respiração obstrutiva: expiração prolongada. 
Respiração de Cheyne-Stokes: aumento gradativo da 
profundidade até um certo limite, seguindo-se com 
um período de apneia. 
Respiração de Kusmall: ocorre uma taquipneia 
profunda, sendo semelhante àquela após um exercício 
físico. É comum como resposta a uma acidose 
metabólica, dado que o corpo tende a equilibrar a 
acidose com a eliminação de dióxido de carbono. 
Respiração de Biot: não possui padrão, uma vez que é 
característica de pacientes que sofreram lesão no 
centro de respiração do bulbo, não havendo um 
controle do ritmo respiratório. 
 
 
 
 
 Sensibilidade da parede torácica: testando a 
sensibilidade realizando estímulos dolorosos no 
paciente. A sensibilidade superficial e profunda, a 
dor provocada e espontânea ou qualquer outra 
manifestação dolorosa relatada pelo paciente 
devem ser avaliadas pela palpação. 
 
 Tonicidade muscular: avaliação do 
comportamento muscular do tórax do paciente: 
hipotonia, hipertonia, atrofia, etc. 
 
 Elasticidade: a elasticidade é pesquisada com a 
manobra de Lasègue: nesta o examinador se 
posiciona obliquamente ou lateralmente ao corpo 
do paciente e executa compressão forte 
preferencialmente nas regiões infraclaviculares, 
podendo ser também nas regiões mamárias, 
Palpação 
 
 @yaasmin.luiza 
hipocôndrios e infra-escapulares. A mão 
predominante, direita, no caso dos destros, é a que 
aperta e a esquerda (não dominante) serve de 
aposição para não deslocar o paciente. 
 
 Expansibilidade: a expansibilidade é abordada em 
duas regiões do tórax e dos pulmões: 
 (1) a expansibilidade dos ápices pulmonares é 
pesquisada com ambas as mãos espalmadas, de modo 
que as bordas internas toquem a base do pescoço, os 
polegares apoiem-se paralelamente à coluna vertebral 
(e se toquem) e os demais dedos nas fossas 
supraclaviculares; 
(2) para avaliar a expansibilidade das bases 
pulmonares, apoiam-se os polegares em contato rente 
às linhas paravertebrais, enquanto os outros dedos 
recobrem os últimos arcos costais, abaixo do ângulo 
inferior da escápula. Em ambas as manobras, o 
médico deve ficar atrás do paciente que está em 
posição sentada, respirando profundamente e 
pausadamente. O grau da expansibilidade é estimado 
a partir do deslocamento dos polegares do 
pesquisador. 
 
 
 
 Frêmito toracovocal (FTV): representa a sensação 
tátil da transmissão da onda mecânica da voz, 
originada nas cordas vocais durante a fonação, 
veiculada pela coluna aérea através da traqueia, 
parênquima pulmonar, pleura, parede e 
superfície do tórax. Em outras palavras, 
corresponde às vibrações das cordas vocais 
transmitidas à parede torácica. A sensação tátil 
será percebida com a face palmar inferior. Os 
dedos da mão e a face superior palmar deverão 
ficar suspensos no ar para não abafar a vibração 
tátil. 
 Habitualmente o frêmito toracovocal é um pouco 
mais intenso do lado direito devido à disposição 
anatômica do brônquio fonte direito o qual é mais 
verticalizado e está mais perto da traqueia. Pede-
se, então, para o paciente falar palavras ricas em 
consoantes, como “trinta e três”. A técnica deve ser 
feita alternadamente em cada hemitórax, 
seguindo a linha médio-esternal de cima para 
baixo. 
 De um modo geral, pode-se dizer que as afecções 
pleurais são “antipáticas” ao FTV. Nas 
condensações pulmonares, desde que os 
brônquios estejam permeáveis, o FTV torna-se 
mais nítido. Em atelectasias, o FTV está diminuído. 
 Outras estruturas: deve-se avaliar afecções 
conferidas a propósito da inspeção por meio, 
agora da palpação: mamas, pulsações visíveis, 
abaulamentos, nódulos, edema. 
 
 
 
 
 
 
 
 A técnica básica da percussão é a seguinte: com o 
dedo médio (plessímetro) da mão esquerda, deve-
se apoiar a região em que se quer percutir; com o 
dedo médio da mão direita (plexor), deve-se 
realizar batidas de intensidade média oumoderadamente forte sobre o dedo médio 
esquerdo repousado. O movimento da mão que 
percute é de flexão e extensão do punho, nunca 
envolvendo a articulação do cotovelo e muito 
menos, a do ombro. Deve-se percutir 
comparativamente e simetricamente as várias 
regiões do tórax. Um pequeno intervalo entre 
Percussão 
 
 @yaasmin.luiza 
duas batidas vai permitir melhor avaliação do 
som e das vibrações. 
 
 
 Quatro tonalidades de som são obtidas: 
 
Som claro pulmonar, som claro atimpânico ou 
sonoridade pulmonar nas áreas de projeção dos 
pulmões (maior parte do tórax). É um som 
intermediário entre o maciço e timpânico. 
 
Som claro timpânico no espaço de Traube. É um som 
semelhante à percussão de uma bexiga cheia de ar. 
Acompanha-se de sensação de elasticidade. 
 
Som submaciço na região inferior do esterno (região 
em que a língula pulmonar encobre o ventrículo 
esquerdo). 
 
Som maciço na região infra-mamária direita (macicez 
hepática) e na região precordial. 
 
 
 
 As principais alterações da percussão são: 
 
Hipersonoridade pulmonar: significa que o som da 
percussão está mais claro e mais intenso. 
Hipersonoridade indica aumento de ar nos alvéolos 
pulmonares. Causa: Enfisema pulmonar e asma. 
 
Submacicez e macicez: indicam diminuição ou 
desaparecimento da sonoridade pulmonar e indicam 
redução ou inexistência de ar no interior do alvéolo. 
Causas: derrames pleurais, condensação pulmonar 
(pneumonia, tuberculose, neoplasias). 
 
Som timpânico: indica ar aprisionado no espaço 
pleural (pneumotórax), uma grande cavidade 
intrapulmonar (caverna tuberculosa) ou a presença 
de uma víscera abdominal no interior do tórax 
(hérnia diafragmática). 
 
 
 
 
 De início, o examinador deve colocar-se atrás do 
paciente, que não deve estar em posição ereta, 
sem forçar movimentos da cabeça ou do tronco. O 
paciente deve estar com o tórax despido e respirar 
pausadamente e profundamente, com a boca 
entreaberta, sem fazer ruído. Somente depois de 
uma longa prática, ouvindo-se as variações do 
murmúrio respiratório normal, é que se pode, 
com segurança, identificar os ruídos anormais. 
Auscultam-se as regiões de ambos hemitórax 
simetricamente. 
 
 Os sons pleuropulmonares são os seguintes: 
 
Sons respiratórios normais: 
 
Som traqueal e respiração brônquica: o som traqueal, 
audível na região de projeção da traqueia, no pescoço 
e na região esternal, origina-se na passagem do ar 
através da fenda glótica e na própria traqueia. O 
inspiratório consiste em um ruído soproso, mais ou 
menos rude, após o qual há um curto intervalo 
silencioso que o separa da expiração, em que o som é 
um pouco mais forte e prolongado. A respiração 
brônquica muito se assemelha ao som traqueal, dela 
se diferenciando apenas por ter o componente 
expiratório menos intenso. 
 
Ausculta 
 
 @yaasmin.luiza 
Murmúrio vesicular: produzido pela turbulência 
normal do ar circulante ao chocar-se contra as 
saliências das bifurcações brônquicas, ao passar por 
cavidades de tamanhos diferentes, tais como 
bronquíolos para alvéolos, e vice-versa. O 
componente inspiratório é mais intenso, mais 
duradouro e de tonalidade mais alta em relação ao 
componente expiratório, que por sua vez, é mais 
fraco, de duração mais curta e de tonalidade mais 
baixa (o componente expiratório tende a estar 
aumentado na asma brônquica e no enfisema, 
traduzindo a dificuldade de saída do ar). Não se 
percebe, diferentemente do que ocorre na respiração 
traqueal, um intervalo silencioso entre as duas fases 
da respiração. Quando se compara o murmúrio 
vesicular com a respiração brônquica, o primeiro é 
mais fraco e mais suave. Ausculta-se o murmúrio 
vesicular em quase todo o tórax, com exceção apenas 
das regiões esternal superior, interescápulo-vertebral 
direita e ao nível da 3a e 4a vértebras torácicas. 
Nestas áreas, ouve-se a respiração broncovesicular. A 
diminuição do murmúrio vesicular pode resultar de 
numerosas causas, entre as quais se ressaltam: 
presença de ar (pneumotórax), líquido (hidrotórax) 
ou tecido sólido (espessamento pleural) na cavidade 
pleural; enfisema pulmonar; obstrução das vias aéreas 
superiores (espasmo ou edema de glote, obstrução da 
traqueia); oclusão parcial ou total dos brônquios ou 
bronquíolos. Quando normais, relata-se: murmúrios 
vesiculares presentes e audíveis em ambos hemitórax. 
Ele pode, entretanto, estar aumentado, diminuído ou 
inexistente. 
 
Respiração broncovesicular: somam-se aqui, as 
características da respiração brônquica com as do 
murmúrio vesicular. Deste modo, a intensidade da 
duração da inspiração e da expiração tem igual 
magnitude. 
 
 
 
 
Sons ou ruídos anormais descontínuos: os sons anormais 
descontínuos são representados pelos estertores, que são 
ruídos audíveis na inspiração ou na expiração, 
superpondo-se aos sons respiratórios normais. 
 
Ruídos estertores finos ou crepitantes: ocorrem no final da 
inspiração, têm frequência alta, isto é, são agudos, e 
duração curta. Não se modificam com a tosse ou com a 
posição do paciente. Predominam mais na base. Podem ser 
comparados ao ruído produzido pelo atrito de um 
punhado de cabelos junto ao ouvido ou ao som percebido 
ao se fechar ou abrir um fecho tipo velcro. Aceita-se 
atualmente que os estertores finos são produzidos pela 
abertura sequencial das vias respiratórias (dos alvéolos, 
principalmente) com presença de líquido ou exsudato no 
parênquima pulmonar ou por alteração no tecido de 
suporte das paredes brônquicas. Os estertores finos são 
audíveis nos casos de pneumonia, tuberculose e 
insuficiência cardíaca. 
 
Ruídos estertores grossos (bolhosos ou subcrepitantes): 
tem frequência menor (são mais graves) e maior duração 
que os finos. Sofrem nítida alteração com a tosse e com a 
posição do doente (inclusive, podem ser abolidos). Podem 
ser ouvidos em todas as regiões do tórax. Diferentemente 
dos estertores finos (que só ocorrem do meio para o final 
da inspiração), os ruídos bolhosos são audíveis durante o 
início da inspiração e durante toda a expiração. Parecem 
ter origem na abertura e fechamento de vias aéreas 
contendo secreção viscosa e espessa, bem como pelo 
afrouxamento da estrutura de suporte das paredes 
brônquicas. Os ruídos bolhosos são audíveis nas 
bronquites (quando disseminados) e nas bronquiectasias 
(quando bem localizados). 
 
 
 @yaasmin.luiza 
Sons ou ruídos anormais contínuos: são representados 
pelos roncos, sibilos e estridor e tendem a apresentar-se 
ao longo de todo ciclo respiratório. 
 
Roncos e Sibilos: os roncos são constituídos por sons 
graves, portanto, de baixa frequência. Os sibilos são 
constituídos por sons agudos, formados por ondas de alta 
frequência, semelhante a um miado suave de gato. 
Originam-se nas vibrações das paredes brônquicas e do 
conteúdo gasoso quando há estreitamento destes ductos, 
seja por espasmo ou edema da parede ou presença de 
secreção aderida a ela, como ocorre na asma brônquica, 
nas bronquites, nas bronquiectasias e nas obstruções 
localizadas. Aparecem na inspiração como na expiração, 
mas predominam nesta última. São fugazes, multáveis, 
surgindo e desaparecendo em curto período de tempo. A 
sibilância pode estar presente na asma, bronquiectasias, 
DPOCs e traqueobronquite aguda. 
 
Estridor: som produzido pela semi-obstrução da laringe 
ou da traqueia. 
 
Sopros: presença de sopro brando é normal na ausculta 
de certas regiões (7a vértebra cervical posteriormente, 
traqueia, região inter-escapular). Toda via, ocorre em 
certas situações patológicas, quando, por exemplo, o 
pulmão perde sua textura normal, como nas pneumonias 
bacterianas e nos pneumotórax hipertensivos. 
 
Atrito pleural: em condições normais, os dois folhetos da 
pleura deslizam um sobre o outro sem produzir som 
algum. Nos casos de pleurite, por se recobrirem de 
exsudato, passam a produzir um ruído irregular, 
descontínuo, mais intenso na inspiração, com frequência 
comparada ao ranger de couro atritado. 
 
Ausculta da voz: para completar o exame físicodos 
pulmões, auscultam-se a voz nitidamente pronunciada e 
a voz cochichada. Para isto, o paciente vai pronunciando 
as palavras “trinta e três” enquanto o examinador 
percorre o tórax com o estetoscópio, comparando regiões 
homólogas, tal como fez no exame do FTV usando a mão. 
Os sons produzidos pela voz na parede torácica 
constituem o que se chama ressonância vocal, que em 
condições normais, tanto na voz falada como na 
cochichada, constitui-se de sons incompreensíveis, isto é, 
não se distinguem as sílabas que formam as palavras. Isto 
ocorre porque o parênquima pulmonar normal não 
absorve muito componentes sonoros, mas quando está 
consolidado (pneumonias, infarto pulmonar), a 
transmissão é facilitada. Toda vez que houver 
condensação pulmonar (inflamatória, neoplásica ou 
pericavitária), há aumento da ressonância vocal ou 
broncofonia. Ao contrário, na atelectasia, no 
espessamento pleural e nos derrames, ocorre diminuição 
da broncofonia. A ressonância vocal pode estar, portanto: 
 
Normal (não audível) 
 
Diminuída 
 
Aumentada: pode constituir três variantes: (1) 
broncofonia, em que ausculta-se a voz sem nitidez; (2) 
pectorilóquia fônica, em que ausculta-se a voz 
nitidamente; (3) pectorilóquia afônica, em que ausculta-
se a voz mesmo se cochichada. 
 
Egofonia é uma forma especial de broncofonia de 
qualidade nasalada e metálica, comparada ao balido de 
cabra. 
Aparece na parte superior dos derrames pleurais. 
 
 @yaasmin.luiza 
 
 
 
 
 
 Na anamnese, o sistema cardiovascular deve ser 
lembrado durante o interrogatório 
sintomatológico assim como no momento da 
pesquisa dos antecedentes pessoais fisiológicos e 
patológicos e familiares do paciente. Alguns dados 
da anamnese são essencialmente importantes para 
a pesquisa de cardiopatias: 
 
Idade: anomalias congênitas atingem mais crianças e 
jovens; adultos e idosos que apresentam doença de 
Chagas na fase crônica, tendem a apresentar os 
sintomas nesta faixa etária. A partir da 5a década de 
vida, passará a ter importância a doença coronariana. 
 
Sexo: algumas lesões mitrais (especialmente a estenose 
e o prolapso da valva mitral) predominam em 
mulheres jovens; já a aterosclerose coronariana (uma 
das principais representantes das doenças 
coronarianas), até os 45 anos de idade, acomete mais 
homens do que mulheres. A partir dos 45, como a 
mulher deixa de ter o efeito cardioprotetor do 
estrogênio, a incidência da aterosclerose passa a ser 
igual para os dois sexos. 
 
Cor ou raça: a hipertensão arterial sistêmica 
manifesta-se mais precocemente, mais gravemente e 
mais frequentemente nas pessoas de raça negra. 
 
Profissão: é importante para piorar ou agravar 
cardiopatias já existentes. Profissões que exijam 
esforços físicos assim como estresse emocional, 
tornam mais propensas as pessoas que apresentam 
cardiopatias variadas. 
 
Alimentação: o estado nutricional do paciente por 
muitas vezes está ligada a gênese de doenças 
coronarianas. 
 
 
Antecedentes patológicos: infecções anteriores por 
Streptococcus (como na doença reumática) podem 
gerar cardiopatias por reações imunes cruzadas. 
 
Antecedentes familiares: incidência de hipertensão 
arterial ou doenças coronarianas na família indicam 
fatores de risco para o paciente. 
 
Hábitos de vida: é necessário pesquisar acerca de 
hábitos como o tabagismo, alcoolismo e sedentarismo, 
que aumentam a incidência de cardiopatias. Deve-se 
pesquisar, ainda, o possível contato com o barbeiro. 
 
Condições socioculturais: indivíduos que tenham 
conhecimento sobre os riscos da doença coronariana, 
assim como seu tratamento, apresentam menos 
gravidade com relação a leigos que não são tão 
informados sobre os riscos e evolução da doença. 
 
 
 
 
 
 Presença de abaulamentos: deve-se investigar 
com o paciente deitado e despido, de modo que o 
examinador observe o paciente de uma forma 
tangencial (ao lado do paciente) ou frontal (de 
frente aos pés do paciente deitado). Deve-se 
pesquisar abaulamentos no tórax que estejam 
relacionados com aneurisma da aorta, 
cardiomegalia, derrame pericárdico e alterações 
da própria caixa torácica. A dilatação do 
ventrículo direito determina o abaulamento mais 
evidente, pois esta câmara constitui a maior parte 
da face anterior do coração e se encontra em 
relação direta com a parede do tórax. 
 
º
Inspeção e Palpação 
 
 @yaasmin.luiza 
 Análise do ictus cordis ou choque da ponta: 
pesquisa-se a localização, extensão, mobilidade, 
intensidade e forma da impulsão, ritmo e 
frequência do ictus cordis, que é a pulsação do 
ápice do coração (ponta do ventrículo esquerdo) 
no tórax do paciente. A localização do ictus cordis 
varia de acordo com o biótipo do paciente. Nos 
mediolíneos, situa-se no cruzamento da linha 
hemiclavicular esquerda com o 5º espaço 
intercostal (EIC); nos brevilíneos, desloca-se cerca 
de 2cm para fora e para cima, situando-se no 4o 
EIC; nos longelíneos, costuma estar no 6o EIC, 1 
ou 2 cm para dentro da linha hemiclavicular. 
 
 Nos portadores de enfisema pulmonar ou quando 
há obesidade, musculatura muito desenvolvida ou 
grandes mamas, o ictus cordis onde tornar-se 
invisível ou impalpável. O deslocamento do ictus 
cordis indica a dilatação e/ou hipertrofia do 
ventrículo esquerdo, como ocorre na estenose 
aórtica, insuficiência aórtica, insuficiência mitral, 
hipertensão arterial, etc. Avalia-se a extensão e a 
intensidade do ictus cordis procurando-se 
determinar quantas polpas digitais são necessárias 
para cobri-lo. Em condições normais, corresponde 
a uma ou duas polpas digitais. Quando há grande 
dilatação ou hipertrofia, o ictus cordis pode 
chegar a abarcar toda a palma da mão. 
 
 Análise de batimentos ou movimentos visíveis ou 
palpáveis: podem ser encontrados ainda no 
precórdio e áreas vizinhas outros batimentos e 
movimentos visíveis ou palpáveis, ou seja, 
retração sistólica, levantamento em massa do 
precórdio, choques valvares, pulsação epigástrica 
e pulsão supra-esternal. O levantamento em 
massa do precórdio ocorre também na hipertrofia 
direita. Durante a sístole, ao invés de um impulso, 
observa-se uma retração. Quando as bulhas 
cardíacas se tornam hiperfonéticas, podem ser 
sentidas pela mão como um choque de curta 
duração. A este fenômeno dar-se o nome de 
choque valvar. Pulsações supra-esternais ou na 
fúrcula esternal podem ser observadas em casos 
de hipertensão arterial, esclerose senil da aorta, 
aneurisma da aorta ou síndrome hipercinética 
(insuficiência aórtica, hipertireoidismo, anemia). 
 
 Pesquisa de frêmito cardiovascular: é a 
designação aplicada à sensação tátil determinada 
por vibraçõesproduzidas no coração ou nos vasos. 
Ao encontrar-se um frêmito, três características 
devem ser investigadas: localização (utilizando 
como referencias as áreas de ausculta: foco 
aórtico, pulmonar, tricúspide e mitral); situação 
no ciclo cardíaco (tomando a pulsação como 
referência), intensidade (+ a ++++). A pesquisa do 
frêmito cardiovascular deve ser feito do mesmo 
modo da pesquisa do frêmito toracovocal, isto é, 
utilizando a parte da palma da mão 
correspondente às articulações metacarpo-
falangeanas (isto é, na junção da palma da mão 
com os dedos), sendo necessária, muitas vezes, a 
aplicação da mão sobre o tórax do paciente com a 
eventual elevação dos dedos (os dedos nunca 
devem ser apoiados no tórax). 
 
 
 
 
 A ausculta continua sendo um recurso 
indispensável para o diagnóstico das 
enfermidades cardíacas. Para isto, deve-se ter 
como referência os focos e as áreas de ausculta. 
 
 Os clássicos focos servem como pontos de 
referência semiológica, pois apresentam as 
informações mais pertinentes às respectivas 
valvas cardíacas. 
 
Foco pulmonar: localiza-se no 2o EIC esquerdo, junto 
ao esterno. É neste foco onde se têm as condições 
ideais para análise dos desdobramentos – fisiológicos 
ou patológicos – da 2a bulha cardíaca. 
 
Ausculta 
 
 @yaasmin.luiza 
Foco aórtico: situa-se no 2o EIC direito, justaesternal. 
No entanto,um dos melhores locais para avaliar 
fenômenos acústicos de origem aórtica é a área 
compreendida entre o 3o e 4o EIC esquerdo, nas 
proximidades do esterno, à qual se dá o nome de foco 
aórtico acessório (ponto de Erb ou mesocárdio). 
 
Foco tricúspide: corresponde à base do apêndice 
xifoide, próximo ao 4o EIC esquerdo. 
 
Foco mitral: situa-se no 5o EIC esquerdo na linha 
hemiclavicular e corresponde ao ictus cordis ou ponta 
do coração. 
 
 
 
 Áreas de ausculta. Tradicionalmente na ausculta 
se faz referência exclusivamente aos focos. No 
entanto, uma vez identificado algum ruído 
anormal (principalmente, se tratando de sopros), 
devemos ter como referências áreas bem mais 
extensas que semiologicamente são diferentes dos 
focos, mas apresentarão as mesmas características 
acústicas do seu respectivo foco. 
 
Área pulmonar: inicia-se na região supraescapular 
esquerda e desce, ao longo da borda esternal 
esquerda, até o foco pulmonar, podendo estender-se 
até o foco mitral. 
 
Área aórtica: inicia-se na base do pescoço 
(bilateralmente), convergindo para a região da 
fúrcula esternal. Passa pelo foco aórtico e cruza para a 
esquerda (passando no chamado foco aórtico 
acessório, no 3o EIC direito), descendo pela região 
paraesternal esquerda até a região do foco mitral. 
 
Área tricúspide: inicia-se no foco tricúspide e segue 
em direção ao foco mitral e região paraesternal 
esquerda. 
 
Área mitral: origina-se desde a linha axilar posterior e 
passa pelo foco mitral, avançando até a região 
paraesternal esquerda. 
 
 Ao se auscultar o coração, os seguintes aspectos 
devem ser sistematicamente considerados: bulhas 
cardíacas, ritmo e frequência cardíaca, ritmos 
tríplices, alterações das bulhas cardíacas, cliques 
ou estalidos, ruído da pericardite constritiva, 
atrito pericárdico e rumor venoso. 
 
Bulhas Cardíacas 
 
Primeira bulha (B1): o principal elemento na 
formação da 1a bulha cardíaca é o fechamento das 
valvas mitral e tricúspide, o componente mitral (M) 
antecedendo o tricúspide (T). O pulso carotídeo é 
palpável imediatamente depois da primeira bulha. É 
de timbre mais grave e seu tempo de duração é um 
pouco maior que o da 2a bulha. Em condições 
normais, a 1a bulha tem maior intensidade no foco 
mitral, onde costuma ser mais forte que a 2ª bulha. De 
um modo geral, temos que B1 é mais intenso nos focos 
mitral e tricúspide, e é menos intenso (sempre com 
relação a B2) nos focos aórtico e pulmonar. O barulho 
de B1 pode ser representado por “TUM”. 
 
Segunda bulha (B2): é constituída de quatro grupos de 
vibração, porém, somente são audíveis as originadas 
pelo fechamento das valvas aórtica e pulmonar. 
Ouve-se o componente aórtico em toda a região 
precordial (em especial, no foco aórtico), enquanto o 
ruído originado na pulmonar é auscultado em uma 
área limitada, correspondente ao foco pulmonar e à 
borda esternal esquerda. Por isso, no foco aórtico e na 
ponta do coração, B2 é sempre única pelo simples fato 
de se auscultar nestes focos somente o componente 
aórtico. Em condições normais, o componente aórtico 
precede o pulmonar. Durante a expiração, ambas as 
valvas se fecham sincronicamente, dando origem a 
 
 @yaasmin.luiza 
um ruído único representado por “TA”. Na inspiração, 
principalmente porque a sístole do ventrículo direito 
se prolonga ligeiramente em função do maior afluxo 
sanguíneo a este lado do coração, o componente 
pulmonar sofre um retardo que é suficiente para 
perceber, de modo nítido, os dois componentes. Isso 
também pode ocorrer normalmente em crianças. Este 
fato se chama desdobramento da 2a bulha cardíaca 
(representado pelo ruído “TLA”). Em condições 
normais, B2 é mais intensa nos focos da base (aórtico 
e pulmonar). Explica-se tal fato da parede torácica 
das estruturas onde se origina estes sons. 
 
Terceira bulha (B3): corresponde a um ruído 
protodiastólico de baixa frequência que se origina das 
vibrações da parede ventricular subitamente 
distendida pela corrente sanguínea que penetra na 
cavidade durante o enchimento ventricular rápido. 
Ausculta-se uma 3a bulha cardíaca normal com mais 
frequência nas crianças e nos adultos jovens. É mais 
bem audível no foco mitral, com o paciente em 
decúbito lateral esquerdo, utilizando como receptor a 
campânula. Pode ser imitada pela expressão “TU”. 
 
Quarta bulha (B4): é um ruído débil que ocorre no 
fim da diástole ou pré-sístole e pode ser ouvida mais 
em condições normais (porém raramente) nas 
crianças e adultos jovens. A gênese da quarta bulha 
não está completamente esclarecida, mas sugere que 
seja produzida pela brusca desaceleração do sangue 
após a contração atrial ao fim da diástole 
(telediastólica). 
 
Ritmo e Frequência Cardíaca: reconhecidas a 1a e 2a 
bulhas, o passo seguinte consiste em determinar o 
ritmo do coração e o número de batimentos por 
minuto, isto é, a frequência cardíaca (normal= 60 – 
100 batimentos por minuto). O ritmo cardíaco 
normal pode ser determinado pelos seguintes casos: 
 
Ritmo cardíaco regular em 2 tempos (binário): TUM-
TA; TUM-TA; TUM-TA 
 
Ritmo cardíaco regular em 3 tempos (tríplice): TUM-
TA-TU; TUM-TA-TU; TUM-TA-TU. 
 
O ritmo cardíaco pode apresentar, entretanto, 
arritmias que podem ser reconhecidas ou suspeitas ao 
exame clínico, apoiando-se nos sintomas relatados 
pelo paciente e nos elementos obtidos ao exame do 
pulso radial e da ausculta cardíaca. Nas 
taquiarritmias extrassinusais e nas bradiarritmias é 
que podem ocorrer os mais importantes distúrbios 
hemodinâmicos, em função da diminuição do débito 
cardíaco (DC = volume sistólico x frequência 
respiratória). 
 
Uma das principais arritmias achadas na ausculta é 
um ritmo de galope (PA-TA-TA), em que o ritmo 
cardíaco imita o som semelhante ao galopar de um 
cavalo devido a uma B3 patológica. O ritmo de galope 
é mais bem audível quando se apoia o receptor, de 
preferência a campânula, com suavidade sobre a 
parede torácica, podendo desaparecer quando se 
comprime demasiado o receptor. 
 
Cliques e estalidos: podem ser classificados em 
sistólicos (protossistólicos e mesossistólicos) e 
diastólicos. 
 
Estalidos diastólicos: podem ocorrer nas estenoses das 
valvas mitral (ruído seco, agudo e de curta duração 
representando por um “TEP”; é audível no 3o ou 4o 
EIC e no foco mitral) e tricúspide e, mais raramente, 
na insuficiência mitral e na comunicação interatrial. 
 
Estalidos protossistólicos: são também chamados de 
ruídos de ejeção por indicarem a súbita ejeção de 
sangue nos vasos da base. São ruídos de alta 
frequência, agudos e intensos, produzidos na artéria 
pulmonar e na aorta. O estalido protossitólico 
pulmonar (encontrado na estenose pulmonar 
moderada, na dilatação idiopática da artéria 
pulmonar, na comunicação interatrial e na 
hipertensão pulmonar grave) é bem mais audível no 
foco pulmonar e na borda esternal esquerda, 
diferenciando-se do desdobramento da 1a bulha pelo 
 
 @yaasmin.luiza 
seu timbre mais agudo. O estalido protossistólico 
aórtico (encontrado nos aneurismas de aorta, na 
dilatação da aorta, em algumas cardiopatias 
congênitas como a tetralogia de Fallot, nas lesões 
valvares aórticas – estenose ou insuficiência) é mais 
bem audível na região que vai das vizinhanças do 4o 
EIC esquerdo junto à borda esternal até a mitral. 
 
Estalidos mesossistólicos e telessistólicos: o surgimento 
entre a 1a e a 2a bulha, no intervalo sistólico, 
portanto, de um ruído, também chamado de clique 
sistólico, merece ser analisado. Trata-se de um 
barulho de alta frequência, seco, agudo, situado no 
meio ou no fim da sístole. É audível nas áreas mitral 
ou tricúspide. 
 
Sopros: são produzidos por vibrações decorrentes de 
alterações do fluxo sanguíneo. Em condições normais, 
o sangue flui sob a forma de corrente laminar e não 
ruidosa. Em condições patológicas, geralmente este 
fluido adota uma caráter turbilhonar, deixando de ser 
laminar, surgindo vibrações que dão origem aos 
ruídos denominados como sopros. Os sopros 
dependem dos seguintes mecanismos:(1) aumento da velocidade da corrente sanguínea 
(como ocorre nos sopros pós-exercícios físicos); (2) 
diminuição da viscosidade sanguínea; (3) passagem 
do sangue através de uma zona estreitada (como uma 
fístula); (4) passagem do sangue para uma zona 
dilatada (como em aneurismas e o rumor venoso); (5) 
passagem de sangue para uma membrana de borda 
livre. 
 
Os seguintes aspectos semiológicos do sopro devem 
ser avaliados: 
 
Situação do sopro no ciclo cardíaco: podem ser 
sistólicos, diastólicos e sistodiastólicos (contínuos). 
 
Localização: qual o foco de ausculta o sopro é mais 
audível. Entretanto, o fato de localizar um sopro na 
área mitral, por exemplo, não significa, 
obrigatoriamente, que ele esteja sendo formado na 
valva mitral. 
 
Irradiação: deve-se deslocar o receptor do 
estetoscópio em várias direções para determinar sua 
irradiação. Os fatores que influenciam na irradiação 
do sopro são: intensidade e direção da corrente 
sanguínea. 
 
Intensidade: pode variar de “uma cruz” (+) a quatro 
(++++), sendo esta avaliação bastante subjetiva. 
 
Timbre e tonalidade: corresponde a “qualidade do 
sopro”, estando relacionadas com a velocidade do 
fluxo e com o tipo de defeito causador do 
turbilhamento sanguíneo. As denominações mais 
comuns são: suave, rude, musical, aspirativo, em jato 
de vapor, granuloso, piante e ruflar. 
 
Modificações do sopro com a fase da respiração: tal 
fato se reflete nas modificações da frequência e da 
dinâmica cardíaca por ação dos estímulos vagais 
oriundos dos pulmões. 
 
Modificações do sopro com a posição do paciente: os 
sopros da base do coração, particularmente o da 
insuficiência aórtica, tornam-se mais nítidos estando 
o paciente na posição sentada com o tórax fletido para 
diante. O rumor venoso, por outro lado, aumenta de 
intensidade na posição sentada ou de pé, diminuindo 
ou desaparecendo quando o paciente se deita. 
 
Modificações do sopro com exercícios físicos: o 
aumento da velocidade do fluxo sanguíneo durante 
tais atividades geram uma caráter turbilhonar do 
fluxo sanguíneo, intensificando os sopros. 
 
Sopros inocentes: é uma conclusão diagnóstica em 
que se trata de um sopro fisiológico, confirmado 
depois de exames complementares que indicam a total 
saúde do paciente, de modo que a presença deste 
sopro não indique qualquer alteração estrutural do 
coração. São mais frequentes em crianças e seu 
 
 @yaasmin.luiza 
encontro exige uma completa investigação clínica 
para descartar em primeiro lugar a existência defebre 
ou anemia, principais condições responsáveis por tais 
sopros. 
 
O sopro é dito discreto, moderado ou intenso de 
acordo com a classificação em quatro graus: sopro 
grau I, é aquele que um indivíduo auscultou, uma 
segunda pessoa auscultou e uma terceira ficou na 
dúvida, logo o sopro grau I é um sopro duvidoso; o 
sopro grau II é aquele que todos auscultam 
nitidamente; sopro grau III, é aquele um pouco maior 
que o grau II, só que apresentando frêmito; o sopro 
grau IV é aquele que não necessita de estetoscópio 
para se auscultar o som, basta apenas chegar bem 
perto da região do coração. Quando se coloca o grau 
do sopro deve-se colocar o “grau_ / IV”, para indicar 
que a classificação foi em quatro, um vez que existe a 
classificação em seis. 
 
Manobra de Rivero-Carvalho. É uma manobra 
semiológica de importante valor para diferenciarmos 
fenômenos acústicos produzidos pela valva tricúspide 
e mitral (como em sopros diastólicos causados pela 
insuficiência dessas valvas). Ela é assim executada: 
com o paciente em decúbito dorsal, coloca-se o 
receptor do estetoscópio na área tricúspide, pondo-se 
atenção na intensidade do sopro. Em seguida, solicita-
se ao paciente fazer uma inspiração profunda, 
durante a qual o examinador procura detectar 
eventuais modificações na intensidade do sopro. Se 
não houver alteração ou se o sopro diminuir de 
intensidade, diz-se que a manobra de Rivero-
Carvalho é negativa e, neste caso, o sopro audível 
naquela área é apenas propagação de um sopro 
originado na valva mitral. Se, ao contrário, o sopro 
aumenta de intensidade, pode-se concluir que sua 
origem é no aparelho valvar tricúspide. Isso acontece 
porque, na inspiração profunda, ocorre aumento da 
negatividade intratorácica, propiciando um maior 
afluxo de sangue ao coração direito; se mais sangue 
chega ao ventrículo direito, haverá maior refluxo de 
sangue para o átrio durante a sístole. Simplificando, a 
manobra de Rivero-Carvalho aumenta o fluxo 
sanguíneo do lado direito do coração – alterações 
acústicas nessa manobra falam a favor de valvopatias 
tricúspides. 
 
Ruído de pericardite constritiva: origina-se na 
distensão do pericárdio endurecido. Só é audível 
quando há comprometimento do pericárdio ao nível 
da região apical e da face anterior do coração. É 
audível um pouco mais precoce que a 3a bulha. Deve 
ser diferenciado do estalido de abertura mitral: este é 
audível em todos os focos de ausculta, enquanto que o 
ruído da pericardite constritiva fica restrito ao foco 
mitral, endoápex (área situada entre o foco tricúspide, 
o foco mitral e o aórtico acessório) e foco tricúspide. 
 
Atrito pericárdico: é um ruído provocado pelo roçar 
de folhetos pericárdicos que perderam suas 
características normais (como ocorre na pericardite 
fibrinosa). Deve-se identificar a situação no ciclo 
cardíaco, localização, irradiação, intensidade, timbre e 
tonalidade, mutabilidade. Em resumo, pode-se dizer 
que o atrito pericárdico é um ruído perceptível na 
sístole e na diástole, sem relação constante e fixa com 
as bulhas cardíacas, as quais podem recobrir e 
mascarar, comparável ao ruído obtido pela fricção de 
couro. É mais audível entre a ponta do coração e a 
borda esternal esquerda. 
 
Rumor venoso (ruído venoso): é um ruído contínuo 
(sistodiastólico), de tonalidade grave, que se ouve na 
base do pescoço e na porção superior do tórax, sendo 
seu local de máxima intensidade acima da clavícula 
direita. É mais bem audível na posição sentada, 
chegando a desaparecer quando o paciente deita. O 
rumor venoso origina-se no turbilhonamento do 
sangue no ponto em que a jugular interna encontra-
se com o tronco raquiocefálico, não indicando, 
portanto, alterações nos vasos do coração. 
 
 
 
 @yaasmin.luiza 
 
 
 @yaasmin.luiza 
 
 
 
 
 O exame clínico da cabeça e do pescoço, 
independentemente da especialidade médica, 
deverá incluir a cabeça, os olhos, as orelhas, o 
nariz, a boca, a faringe e o pescoço como um 
todo, que corresponde aos linfonodos, artérias 
carótidas, glândula tireoide e traqueia. 
 
 É imprescindível que o médico saiba avaliar 
cada estrutura e que ele conheça o normal, 
para que consiga reconhecer quando 
encontrar o anormal. 
 
 Para o exame físico da cabeça e do pescoço 
são utilizados os métodos semiológicos de 
inspeção, palpação e ausculta. A avaliação é 
realizada inicialmente com a inspeção e a 
palpação, que geralmente são feitas 
simultaneamente e a ausculta é realizada, 
majoritariamente para avaliar a glândula 
tireoide e os vasos do pescoço. 
 
CABEÇA 
 
 O médico deverá avaliar a cabeça do paciente 
observando tamanho, forma e contornos. 
Caso você encontre alguma deformidade, é 
importante pensar em trauma e, caso essa não 
seja a queixa do paciente, questionar sobre 
traumas passados. 
 
 
 
 
 
 
 Em crianças, a medida do perímetro cefálico é 
extremamente importante para se avaliar 
macrocefalia ou microcefalia. Uma 
macrocefalia pode ser resultado de anomalias 
congênitas ou hidrocefalia, que corresponde a 
um acúmulo de líquido cérebro-espinhal nos 
ventrículos cerebrais. Já a microcefalia pode 
ser causada por inúmeros problemas, como 
por exemplo o Zika Vírus, que em 2015 
causou o maior surto de microcefalia da 
história do Brasil. 
 
 Nos adultos, a cabeça pode estar 
relativamente aumentada devido a uma 
acromegalia, que é uma alteração devido a 
uma secreção excessiva de GH. 
 
 Após analisar a cabeça, o examinador deve 
observar as fácies(o rosto) do paciente. Ela é a 
resultante dos traços anatômicos com a 
expressão fisionômica do paciente. Não se 
deve analisar apenas os elementos estáticos, 
mas também o olhar, se existe batimento das 
asas do nariz, a posição da boca etc. 
 
 Algumas patologias imprimem traços 
característicos na face. Com o tempo de 
prática (e conhecendo bem sobre as 
alterações em determinadas patologias), o 
médico ficará mais seguro e será mais simples 
reconhecer quando uma fácie é típica. 
Inicialmente é importante que se saiba 
quando existe algo errado! 
 
º
 
 @yaasmin.luiza 
 
 
 Ainda que você tenha observado no exame 
físico geral (ou caso tenha esquecido), sempre 
olhar se existe alguma lesão em couro 
cabeludo e face, como é a implantação dos 
cabelos (especialmente em crianças), a 
quantidade, a qualidade (se são secos ou 
quebradiços) e a distribuição dos pelos. 
 
 Ainda na cabeça, analisar se apresenta caspa 
ou pediculose e descrever. A descrição correta 
de um exame físico normal é de extrema 
importância, pois o prontuário médico é o 
documento que confirma um bom 
atendimento! 
 
 O crânio geralmente é arredondado, com 
proeminências na região frontal e na região 
occipital. As fácies normais são descritas 
como atípicas e pode parecer estranho a um 
primeiro momento descrever assim, mas isso 
significa que ela não é típica de nenhuma 
doença. A implantação do couro cabeludo na 
mulher geralmente é baixa e no homem alta, 
apresentando as ‘entradas’ características. 
 
OLHOS 
 
 Queixas oculares (e as demais), muitas vezes 
chegam ao clínico geral e, caso seja um 
problema para um especialista, o clínico geral 
encaminhará para ele. Ou seja, o primeiro 
exame deverá ser feito por qualquer médico. 
O exame oftalmológico realizado pelo clínico 
geral poderá ser feito, quase que em sua 
totalidade, pela inspeção. Apenas em poucas 
ocasiões deverá ser feita a palpação e quase 
nunca a ausculta. 
 
 O exame oftalmológico é composto pela 
análise de 10 itens: 
 
Globo ocular e cavidade orbitária: 
 
 Durante a inspeção, devem ser avaliados o 
tamanho do globo ocular e a separação das 
 
 @yaasmin.luiza 
duas cavidades orbitárias. Uma atenção 
especial deve ser dada à crianças, pois 
diversas síndromes genéticas cursam com 
alterações nessas duas características. 
 
 Já na palpação, o examinador deve buscar por 
fraturas, solução de continuidade ou 
espessamento. 
 
Exoftalmia: 
 
 Exoftalmia é o deslocamento anterior do 
globo ocular, decorrente do aumento do 
volume orbitário. Ela deve ser avaliada com o 
exoftalmômetro, porém, na falta dele (o que é 
mais comum), uma régua milimetrada pode 
ser utilizada. Nesse exame, apoia-se a parte 
transparente da régua na reborda orbitária 
superior e inferior, sendo que em pessoas 
normais, o globo ocular toca a régua. 
 
Aparelho lacrimal: 
 
 A glândula lacrimal, situada na parte externa 
da pálpebra superior, deverá ser avaliada 
através da palpação, em busca de alterações 
na consistência, profundidade e sensibilidade 
das glândulas. Já a avaliação funcional, 
somente poderá ser feita através de um dos 
três testes citados abaixo, que medem a 
quantidade de lágrima produzida em um 
determinado espaço de tempo: 
 
 Teste de Schirmer I: avalia a camada aquosa 
do filme lacrimal da secreção normal 
(secreção básica + secreção reflexa). 
 
 Teste de secreção básica: a diferença para o 
Teste de Schirmer I, é que, é realizada a 
retirada dos estímulos sobre os secretores 
reflexos com o uso de anestésico local. 
 
 Teste de Schirmer II: mede a secreção 
lacrimal reflexa. 
 
Pálpebras: 
 
 As pálpebras são importantes, pois protegem 
o globo ocular contra traumatismos e excesso 
de luz. Durante a inspeção, deve ser avaliada 
a cor, a textura, a posição, os movimentos e se 
existe edema. 
 
 Alterações na cor, como a hiperemia, pode 
indicar inflamação, ainda mais se estiver 
acompanhada de outros comemorativos, 
como dor, calor e edema. 
 
 Três músculos participam da motilidade 
palpebral: o orbicular, o elevador da pálpebra 
superior e o músculo tarsal de Muller. Caso 
ocorra paralisia em qualquer um deles, 
alterações na motilidade acontecerão. 
 
 
 
 
 @yaasmin.luiza 
 
Conjuntiva e esclera: 
 
 O exame da conjuntiva e da esclera é 
realizado através da inspeção apenas. A 
conjuntiva deve ser uma membrana 
transparente e fina, que se localiza revestindo 
a esclerótica e segue até o limbo do olho e a 
superfície posterior da pálpebra. 
 
 A esclera normalmente é toda branca, porém 
podem ser visualizados vasos tortuosos abaixo 
da conjuntiva e alguns depósitos de 
pigmentos. Ela pode apresentar-se amarela 
(pelo depósito de bilirrubina na icterícia) ou 
amarronzada (pelo depósito de melanina na 
melanose ocular); além de possuir nevus 
pigmentados. Uma alteração maligna que 
pode aparecer nessa região é o melanoma. 
 
 Esse exame tem como objetivo a busca por 
alterações como congestão da conjuntiva 
bulbar, hemorragia subconjuntival, quemose, 
enfisema com crepitação, queratites, 
glaucoma (que pode gerar alterações na 
conjuntiva) e até a presença de corpo 
estranho. 
 
Córnea: 
 
 A superfície corneana normal é regular e 
forma uma área de reflexão “limpa”, sendo 
fácil visualizar, apenas com boa iluminação e 
uma lupa, quando existe alguma lesão. Nesse 
exame o médico precisa observar o tamanho 
da córnea, se existe opacificação corneana, 
alterações epiteliais (provocadas por corpo 
estranho) e se existe neovascularização. 
Demais dados, como profundidade, pesquisa 
de irite, hifema e hipópio necessitam da 
presença de um oftalmologista. 
 
 Um último dado que pode ser pesquisado pelo 
clínico geral é o aumento ou diminuição da 
sensibilidade corneana, que podem fornecer 
dados importantes de lesões no nervo 
trigêmeo. 
 
Pupila: 
 
 As pupilas normais são redondas, centrais e 
de igual tamanho em 75% da população. A 
cor, os desvios, os relfexos e os orifícios da íris 
e pupila devem ser observados. 
 
 O reflexo fotomotor controla o diâmetro das 
pupilas em resposta à luminância de luz que 
incide sobre a retina. Ele auxilia na adaptação 
da visão a vários níveis de iluminação. 
Quando existe muita luminosidade, as pupilas 
se contraem, diminuindo a chegada de luz na 
retina. O inverso ocorre e ela dilata quando 
existe pouca luminosidade, afim de chegar 
mais luz à retina. 
 
 Existem dois tipos de reflexo: o direto e o 
consensual. Se estimularmos apenas um olho 
com um feixe de luz, mantendo o outro longe 
da iluminação, o reflexo direto, como o nome 
já diz, corresponde ao reflexo da pupila que 
está sendo diretamente estimulada; já o 
consensual, corresponde ao reflexo que 
ocorre com o olho que não está recebendo o 
feixe de luz. 
 
 Se um paciente apresentar uma lesão no 
nervo óptico (NC II), ele não apresentará 
constrição em nenhuma das pupilas quando o 
 
 @yaasmin.luiza 
olho anormal for iluminado. Ou seja, perderá 
tanto o reflexo direto, quanto o consensual. 
Entretanto, ao se iluminar o olho sem 
alteração, os reflexos são mantidos. 
 
 Se a lesão for no nervo oculomotor (NC III) ou 
no tronco cerebral, a pupila anormal não se 
contrairá tanto no reflexo direto ou no 
consensual. Já a normal, se contrairá 
normalmente quando iluminado qualquer 
um dos olhos. 
 
Cristalino: 
 
 O exame correto do cristalino é realizado 
com um lâmpada de fenda, instrumento do 
oftalmologista, porém com uma boa 
iluminação pode-se buscar e perceber 
alterações, como: perda de transparência e 
deslocamento. 
 
Acuidade visual: 
 
 O exame da acuidade visual é normalmente 
feito no oftalmologista, porém se um paciente 
for ao consultório com a queixa de perda na 
acuidade visual, o médico generalista pode e 
deve investigar. O exame é feito com a 
utilização da tabela de Snellen, que deve ser 
posicionada corretamente. 
 
 A avaliação da acuidade visual indica a 
função da fóvea, área da retina de melhor 
acuidade visual. 
 
Visãode cores: 
 
 A avaliação da visão de cores e da forma 
indica a função dos cones, já a avaliação da 
adaptação luminosa corresponde à função 
dos bastonetes. 
 
 Um teste fácil e barato para se avaliar a visão 
de cores são as tábuas pseudoisocromáticas, 
que correspondem a imagens com várias 
cores, que formam números ou letras em seu 
centro. As informações contidas nas tábuas 
podem ser lidas por pessoas com visão normal 
e não por pessoas com discromatopsias. 
 
 
 
OUVIDOS 
 
 O exame de ouvido pode ser realizado pelo 
clínico geral e corresponde a um exame 
bastante crítico, no sentido do médico ter 
paciência com o paciente que não escuta. O 
diagnóstico de surdez irreversível e/ou 
progressiva somente poderá ser afirmado ao 
paciente após todos os recursos para 
tratamento e investigação da etiologia da 
surdez serem esgotados. 
 
 O exame dos ouvidos é composto pela 
inspeção, palpação e otoscopia. É normal que 
o clínico geral não tenha o seu otoscópio, pois 
 
 @yaasmin.luiza 
muitos acreditam que é um aparelho apenas 
do otorrinolaringologista. Entretanto, o 
otoscópio é um aparelho de uso fácil e de 
extrema importância para a prática clínica. 
 
 Na inspeção da orelha externa o médico 
deverá buscar por sinais flogísticos, 
neoplasias, cistos, fístulas, furunculose, corpos 
estranhos, rolhas ceruminosas, pólipos e 
malformações congênitas. 
 
 O médico deverá buscar, na palpação, sinais 
de dor, que podem indicar processos 
inflamatórios, como mastoidites e otites, além 
de linfonodomegalias periauriculares. 
 
 Já na otoscopia, um exame de avaliação 
funcional, o meato acústico externo e o 
tímpano são observados. O tímpano é uma 
membrana cinza-pérola, que deve ser íntegra 
e plana. Através dele o a saliência do cabo do 
‘martelo’ pode ser observada. 
 
BOCA E FARINGE 
 
 A primeira coisa a ser avaliada na boca do 
paciente são as condições de higiene, para 
fornecer, caso seja necessário, instruções de 
escovação e manutenção da saude bucal. Caso 
seja necessário, o médico deverá fazer o 
encaminhamento para um dentista. 
 
 Técnicas de inspeção e palpação deverão ser 
realizadas em conjunto, buscando alterações 
tanto visuais, como sensitivas na boca. 
 
 Na inspeção da boca, o médico deverá avaliar 
as bochechas e os lábios, o assoalho da boca, o 
palato duro, o palato mole, a língua, os dentes 
e a mucosa alveolar. 
 
 A palpação deverá ser feita utilizando um ou 
dois dedos ou dígito-palmar. O examinador 
deverá buscar por sinais flogísticos, presença 
de lesões nos tecidos moles, falta de dentes, 
presença de tártaro, lesões ósseas e halitose. 
 
 O exame físico da faringe também se faz 
através da cavidade bucal. Ele se dá pela 
inspeção, frequentemente usando um 
abaixador de língua, das paredes da faringe e 
das tonsilas palatinas, onde devem ser 
observados sinais flogísticos, presença ou não 
de exsudato, ulcerações, pseudomembranas, 
placas mucosas, formações tumorais, 
pertubações na motilidade do véu palatino e 
aumento ou diminuição da sensibilidade da 
mucosa faríngea. 
 
NARIZ E SEIOS PARANASAIS 
 
 O exame semiológico do nariz compreende 
inspeção, palpação, rinoscopia e a 
transluminação dos seios frontal e maxilar. 
 
 Durante a inspeção, o examinador deverá 
identificar e descrever se existe alguma 
alteração no formato do nariz, verificando a 
existência de alguma alteração, como por 
exemplo, em pacientes com Sindrome 
Alcoolica fetal, que apresentam a ponte nasal 
rebaixada e o nariz curto. 
 
 A palpação pode auxiliar na identificação de 
alterações morfológicas traumáticas e não 
traumáticas. 
 
 
 @yaasmin.luiza 
 A rinoscopia corresponde ao exame das fossas 
nasais. Ele normalmente é feito pelo 
otorrinolaringologista, mas pode ser realizado 
por qualquer médico apto a reconhecer as 
alterações e com um rinoscópio. Na 
rinoscopia anterior são observados os 
cornetos nasais e seus respectivos meatos, o 
septo nasal, o assoalho da fossa nasal e a 
fenda olfativa. Além disso, pode-se confirmar 
a presença de pólipos, neoplasias, exsudato, 
hipertrofia de cornetos, desvio de septo e 
presença de corpos estranhos. Já na 
rinoscopia posteiror, como o nome já diz, é o 
exame da parte posterior da fossa nasal, 
através da cavidade bucal. 
 
 A transluminação das cavidades paranasais 
com uma lanterna é realizada com o intuito 
de observar se elas estão preenchidas por 
exsudato ou com congestão e edema de 
mucosa. Não é um exame muito sensível, pois 
diversos fatores podem interferir na passagem 
de luz pelas cavidades. 
 
PESCOÇO 
 
 O exame do pescoço, apesar de parecer 
simples, envolve o exame de estruturas de 
diferentes sistemas orgânicos. Ele deve ser 
feito com cuidado e atenção, pois os achados 
são importantes para a identificação de 
diversas patologias. No exame do pescoço o 
médico deverá avaliar os linfonodos da 
região, a carótida, a traqueia e a tireoide. A 
ordem da avaliação não importa, mas 
recomenda-se que o médico estabeleça um 
roteiro, para que nenhuma estrutura seja 
esquecida. 
 
 Na inspeção do pescoço, o médico deve 
avaliar a simetria, se o paciente apresenta 
bócio, a presença de linfonodomegalia 
acentuada, a presença visível de pulsação da 
carótida, soluções de continuidade e 
alterações na cor (como, por exemplo, a 
presença de acantose nigricans). Ainda na 
inspeção, o médico pode colocar o paciente 
na posição de Trendelemburg à 45°, para 
observar, na região do pescoço, a presença de 
turgência jugula. Se presente, é um forte sinal 
de insuficiência cardíaca direita. 
 
 A ausculta do pescoço irá envolver o exame 
da carótida (avaliar a presença de sopros), da 
traqueia (avaliando se a mesma está pervia e 
identificando a presença de corpos estranhos) 
e da tireoide (afim de se identificar um 
aumento de fluxo sanguíneo, que ocorre 
especialmente em situações de hiperfunção 
tireoidiana). 
 
 A técnica semiológica mais prolongada no 
exame do pescoço é a palpação, pois todas as 
estruturas citadas anteriormente devem ser 
avaliadas. Verifica-se a motilidade da 
traqueia e da tireoide, assim como a 
localização, a textura, a temperatura e o 
formato da glândula. Todas as cadeias 
linfonodais do pescoço devem ser avaliadas e 
as alterações, caso haja, descritas. 
 
 A palpação da carótida é importante para se 
avaliar o pulso carotídeo, mas esse exame 
poderá ser realizado e descrito no exame 
cardiovascular. 
 
 O exame dos linfonodos da cabeça e do 
pescoço geralmente é realizado juntamente 
com o exame de outros grupos ganglionares e 
 
 @yaasmin.luiza 
descrito no exame físico geral. Entretanto, 
essa descrição fica a critério do médico, 
podendo também ser descrito separadamente 
conforme a região avaliada. 
 
 Na região da cabeça e do pescoço, os grupos 
ganglionares avaliados são: 
 
Linfonodos occipitais e auriculares posteriores, 
que recebem a linfa do couro cabeludo, pavilhão 
da orelha e orelha interna; 
 
Linfonodos submaxilares, amigdalianos e 
submentonianos, que recebem a linfa da 
orofaringe, língua, lábios, dentes e glândulas 
salivares; 
 
Linfonodos cervicais profundos e 
supraclaviculares, que recebem a linfa dos órgãos 
intratorácicos e intra-abdominais. 
 
 A semiotécnica dos linfonodos se faz pela 
inspeção e palpação. Como dito 
anteriormente, durante a inspeção, o médico 
irá buscar sinais flogísticos e adenomegalia 
importante. A palpação é realizada com as 
polpas digitais e a face ventral dos dedos 
médio, indicador e anular. 
 
 Nesse exame deverá ser avaliada a localização 
dos linfonodos, o tamanho/volume, a 
consistência, a mobilidade, a sensibilidade e se 
existe alguma alteração na pele no local do 
linfonodo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 @yaasmin.luiza 
 
 
 
 
 O abdome é a maior cavidade do corpo 
humano e compreende a região do tronco 
que fica entre o tórax e a pelve. A divisão 
entre o tórax e o abdome é demarcada pelo 
diafragma, enquanto a abertura superior da 
pelve demarcaos limites entre as cavidades 
abdominal e pélvica. Assim, o abdome 
comporta órgãos do sistema digestório e 
algumas estruturas do sistema urinário. 
 
 
 
 A cavidade abdominal comporta estômago, 
fígado, vesícula biliar, pâncreas e ductos 
biliares, baço, intestinos delgado e grosso, 
rins, glândulas suprarrenais e os vasos 
abdominais, que são ramificações da aorta 
abdominal. 
 
 A bexiga urinária, útero, tuba uterina e 
ovários (em mulheres) são considerados 
órgãos abdominais e pélvicos. 
 
 
 
 As paredes abdominais são formadas por 
diversas camadas, que além de se contrair, é 
capaz de se distender a fim de acomodar as 
expansões causadas pela ingestão alimentar, 
gravidez, deposição de gordura e outras 
doenças. Os órgãos internos são revestidos 
pelo peritônio, uma membrana serosa que se 
dobra sobre as vísceras abdominais como 
uma bolsa, formando a cavidade peritoneal, 
cujas dobras dão passagem aos vasos 
sanguíneos, linfáticos e nervos. 
 
 A parede abdominal tem três pares de 
músculos planos e dois pares de músculos 
verticais, são eles respectivamente: m. oblíquo 
externo do abdome, m. oblíquo interno do 
abdome, m. transverso do abdome (planos), 
m. reto do abdome e m. piramidal (verticais), 
esses dois últimos são contidos na bainha do 
músculo reto do abdome. 
 
º
 
 @yaasmin.luiza 
 Devido ao sua grande atividade, a cavidade 
abdominal requer boa vascularização. Com 
isso, o abdome é suprido pela aorta 
abdominal e suas ramificações, que são: 
artérias suprarrenais, renais, mesentéricas e 
ilíacas, que por sua vez irão se ramificar para 
suprir a pelve e membros inferiores, e o 
tronco celíaco, que dá origem às artérias 
hepática comum, esplênica e gástrica 
esquerda. Assim, o tronco celíaco irriga 
fígado, estruturas biliares, estômago e parte 
do pâncreas, a artéria mesentérica superior 
irriga os intestinos delgado e grosso, até a 
porção proximal do colo transverso, a 
mesentérica inferior irriga o restante do 
intestino grosso e porção proximal do reto. 
 
 As vísceras abdominais são responsáveis 
principalmente pela digestão dos alimentos, 
absorção dos nutrientes ingeridos e 
eliminação dos resíduos. Assim, o alimento, 
que entra pela boca, chega pelo esôfago ao 
estômago, onde é triturado e misturado ao 
suco gástrico, graças aos movimentos 
peristálticos, a fim de reduzir o conteúdo 
alimentar às suas moléculas absorvíveis. Daí, 
o bolo alimentar é encaminhado para o 
intestino delgado. 
 
 O intestino delgado é o principal local de 
absorção dos nutrientes ingeridos na 
alimentação, e fica situado entre o estômago e 
o intestino grosso. É no intestino grosso que 
ocorre a absorção da maior parte de água que 
está misturado ao bolo alimentar, que nessa 
porção do tubo gastrointestinal se torna bolo 
fecal. Do intestino grosso, o bolo fecal é 
transportado para o reto e expelido pelo canal 
anal. Os intestinos são supridos pelas artérias 
mesentéricas inferior e superior e suas 
ramificações, enquanto o estômago é suprido 
principalmente pelas artérias gástricas 
esquerda e direita, e drenado pelas veias 
gástricas direita e esquerda, que drenam para 
a veia porta. Além do tubo gastrointestinal, a 
digestão depende de glândulas anexas para 
acontecer, sendo elas o fígado e o pâncreas, 
que produzem secreções e hormônios que 
auxiliam nesse processo. 
 
 O fígado é um órgão macio e altamente 
vascularizado, visto que recebe uma grande 
quantidade de sangue imediatamente antes de 
entrar no coração. A maior parte da irrigação 
do fígado vem da veia porta hepática e uma 
porcentagem menor da artéria hepática, 
enquanto a drenagem é feita pela veia cava 
inferior (VCI) e pelas veias hepáticas, que não 
possuem válvulas. É um importante órgão no 
metabolismo de drogas, síntese de proteínas 
sanguíneas, armazenamento de nutrientes e 
secreção da bile, que é armazenada e expelida 
pela vesícula biliar. O pâncreas, por sua vez, é 
responsável por sintetizar principalmente a 
insulina e o glucagon, que regulam a 
glicemia, mas também produz o suco gástrico 
que participa da digestão de lipídios e 
proteínas. 
 
 Além dos órgãos digestórios, o abdome 
engloba o baço e a bexiga urinária. O baço é 
o maior órgão linfático do corpo, 
participando do sistema de defesa do corpo, e 
também contém uma grande quantidade de 
sangue, que é expelida para a circulação pela 
ação do músculo liso de sua cápsula. Com 
isso, os vasos esplênicos são mais calibrosos, 
sendo que a irrigação deste órgão é feita 
principalmente pela artéria esplênica, ramo 
do tronco celíaco. 
 
 @yaasmin.luiza 
 Exame físico: informações limitadas para 
órgãos praticamente inacessíveis como 
esôfago, estômago. Anamnese e exame físico 
geral: informações mais decisivas para 
qualquer órgão do sistema digestivo, até 
mesmo o esôfago. Anamnese segmentar: o 
sistema digestivo, que se inicia na boca e 
termina no ânus, deve ser avaliado por 
segmentos, de modo que cada órgão seja 
individualizado. O estudo segmentar será 
feito na seguinte abordagem: cavidade oral, 
esôfago, estomago, duodeno, jejuno e íleo, 
colos, reto e ânus; fígado e vias biliares, baço e 
pâncreas. 
 
Hipocôndrio Direito: fígado, vesícula biliar, rim 
direito, flexura hepática docólon. 
 
Epigástrio: fígado (lobo esquerdo), piloro, 
duodeno, cólon transverso e cabeça e corpo do 
pâncreas. 
 
Hipocôndrio Esquerdo: baço, estômago, flexura 
esplênica do cólon, pâncreas (cauda), rim 
esquerdo. 
 
Flanco Direito: cólon ascendente, jejuno e rim 
direito. 
 
Mesogástrio ou umbilical: duodeno, jejuno, íleo, 
aorta abdominal, mesentério, linfonodos. 
 
Flanco Esquerdo: cólon descendente, jejuno, íleo. 
 
Fossa Ilíaca Direita: ceco, apêndice, ovário e tuba 
uterina direita. 
 
Hipogástrio: bexiga, útero, ureter. 
 
Fossa Ilíaca Esquerda: cólon sigmoide, ovário e 
tuba esquerda. 
 
 
 
Quadrante superior direito: lobo direto do fígado, 
vesicular biliar, piloro do estômago, duodeno (1a 
– 3a parte), cabeça do pâncreas, glândula 
suprarrenal direita, rim direito, flexura hepática 
direita do colo, parte superior do colo ascendente, 
metade direita do colo transverso. 
 
Quadrante superior esquerdo: lobo esquerdo do 
fígado, baço, estômago, jejuno e íleo proximal, 
corpo e cauda do pâncreas, rim esquerdo, 
glândula suprarrenal, flexura cólica (esplênica) 
esquerda, metade esquerda do colo transverso, 
parte superior do colo descendente. 
 
Quadrante inferior direito: ceco, apêndice 
vermiforme, maior parte do íleo, parte inferior do 
colo ascendente, ovário direito, tuba uterina 
direita, ureter direito (parte abdominal) funículo 
espermático direito (parte abdominal), útero (se 
aumentado) e bexiga (se muito cheia). 
 
 
 @yaasmin.luiza 
Quadrante inferior esquerdo: colo sigmoide, 
parte inferior do colo descendente, ovário 
esquerdo, tuba uterina, ureter esquerdo (parte 
abdominal) funículo espermático esquerdo (parte 
abdominal), útero (se aumentado) e bexiga (se 
muito cheia). 
 
ANAMNESE E INTERROGATÓRIO 
SISTEMÁTICO 
 
 Na anamnese, quando a queixa principal é 
relativa ao abdome, é importante que se 
descreva todos os sintomas, especificando: 
 
1. O local de incômodo e irradiação da dor, 
utilizando como referência as 9 regiões e os 
4 quadrantes abdominais. 
 
2. Início, frequência, duração e horário 
preferencial dos sintomas. (Ex: Refere dor 
abdominal 2 vezes ao dia, por cerca de 5 
minutos, há uma semana, sem horário 
preferencial). 
 
3. Intensidade dos sintomas, que deve ser 
graduada em cruzes. (Ex: +++/4+, ou seja, 3 
cruzes em 4). 
 
4. Tipo de dor: em pontada, em aperto, latejante 
– é aconselhável colocar entre parênteses as 
palavras que o paciente utilizar para 
descrever a dor. 
 
5. Quantidade de vezes de ocorrência do 
evento. (Ex: Refere ter vomitado 3 vezes nas 
últimas 24h). 
 
6. Fatores desencadeantes: são as causas da dor 
atribuídas pelo paciente. (Ex: refere dor 
quando se senta). 
 
7. Fatores de melhora e piora: farmacológicos

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