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05 - DIREITO CIVIL - 831 DISCURSIVAS

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831-249 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ÍNDICE 
 Atos, Fatos e Negócios Jurídicos-4  Bens-10  Capacidade-16  Conceito-19  Contratos-20  Direito Atuarial-44  Direito das Sucessões-46  Direitos de Família-74  Direitos da Personalidade-122  Direitos Reais-126  Domicílio-173  LINDB-183  Obrigações-186  Pessoa Jurídica-191  Pessoa Natural-197  Posse-206  Prescrição e Decadência-207  Registros-213  Responsabilidade Civil-214 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATOS, FATOS E NEGÓCIOS JURÍDICOS 
Analista - TJGO - Ano: 2014 - Banca: TJGO - Disciplina: 
Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - 
Discorra sobre fraude contra credores, fraude de 
execução e alienação de bem penhorado. aponte as 
diferenças e consequências jurídicas de cada instituto. 
(máximo de 20 linhas). 
Ministério Público Estadual - MPE-RJ - Ano: 2015 - 
Banca: MPE-RJ - Disciplina: Direito Civil - Atos, Fatos e 
Negócios Jurídicos - Faça a distinção entre os planos da 
existência, validade e eficácia dos negócios jurídicos. 
Resposta objetivamente fundamentada. 
Defensoria Pública Estadual - DPE-CE - Ano: 2015 - 
Banca: FCC - Direito Civil - Atos, Fatos e Negócio Jurídico 
- Com relação ao abuso do direito, responda: a- para a 
caracterização do abuso do direito, é necessária 
comprovação de culpa? Justifique. b - o negócio jurídico 
abusivo é nulo ou anulável? Justifique. Aponte três 
características que diferenciam os negócios jurídicos 
nulos dos anuláveis. (elabore sua resposta definitiva em 
até 30 linhas). 
 - Resposta: Abordagem Esperada: Na avaliação das 
Provas Discursivas será considerado o acerto das 
respostas dadas, grau de conhecimento do tema 
demonstrado pelo candidato, a fluência e a coerência 
da exposição e a correção (gramatical e jurídica) da 
linguagem. a. o abuso do direito caracteriza-se 
independentemente da comprovação de 
culpa, qualificando-se não pela intenção do agente, 
mas pelo exercício antifinalístico do direito, decorrente 
de manifesta desconformidade com os limites impostos 
por seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos 
bons costumes (artigo 187 do Código Civil). A título 
ilustrativo, o Enunciado nº 37 das Jornadas de Direito 
Civilà doà CoŶselhoà daà Justiçaà Fedeƌalà dispƁeà Ƌueà ͞aà
responsabilidade civil decorrente do abuso do direito 
independe de culpa e fundamenta-se somente no 
critério objetivo-finalístico". b. o negocio jurídico 
abusivo é nulo, pois contraria seu fim econômico ou 
social, a boa-fé ou os bons costumes, os quais 
constituem preceitos de ordem pública que, se 
ofendidos, implicam ilicitude do objeto (artigo 
166. inciso II, do Código Civil). As seguintes 
características, dentre outras, diferenciam os negócios 
jurídicos nulos dos anuláveis: 1) não são suscetíveis de 
confirmação (artigo 169 do Código Civil): (2) não 
convalescem com o decurso do tempo (artigo 169 do 
código Civil) e (3) devem ser invalidados de oficio pelo 
juiz (artigo 168, § único, do Código Civil). 
Magistratura Federal - TRF1 - Ano: 2015 - Banca: CESPE - 
Direito Civil - Atos, Fatos e Negócio Jurídico - Discorra 
sobre a distinção entre o negócio jurídico simulado e o 
negócio jurídico em fraude à lei, e esclareça, 
preferencialmente com exemplos, em que pontos os dois 
se aproximam e se distanciam. 
Procuradoria Estadual - PGE-RS - Ano: 2015 - Banca: 
FUNDATEC - Direito Civil - Atos, Fatos e Negócios 
Jurídicos - APELAÇÃO CIVEL. PRETENSÃO 
INDENIZATÓRIA. OFENSA A HONRA. MANIFESTAÇÃO 
PÚBLICA EM RADIO LOCAL. IMUNIDADE PARLAMENTAR 
INAPLICÁVEL NO CASO CONCRETO. EXCESSO NO 
EXERCICIO DE UM DIREITO GERAL DE LIBERDADE. 
VIOLAÇÃO A DIRETO DE RESERVA CONFIGURADA. 
INTELIGÊNCIA DO ART. 187 DO CC. Observada a 
ponderação necessária entre os princípios da livre 
manifestação do pensamento do demandado e da 
proteção à intimidade da parte demandante, tem-se que 
a prova fática inequívoca acerca da situação de 
constrangimento público sofrido pelo demandante. O 
excesso de manifestação verificado no agir do 
demandado permite o reconhecimento de situação que 
extrapola a simples liberdade de expressão do 
pensamento, gerando responsabilidade pelo abuso 
desmedido de manifestação. Situação esta que autoriza 
a intervenção judicial para a restrição proporcional e 
uma liberdade exercida de forma excessiva, 
reconhecendo-se hipótese de ilicitude prevista no art. 
187 do CC brasileiro, combinado à proteção mais ampla à 
intimidade e à hora, conforme arts. 20 e 21 do mesmo 
diploma civil. Existindo a violação de direito de 
personalidade pela caracterização de um dano efetivo a 
atributos da personalidade da parte demandante, 
autorizada se encontra a aplicação do dever reparatório 
previsto no art. 927 do CC brasileiro, impor tanto 
reconhecer-se como devida indenização por danos 
extrapatrimoniais. (...) Em se tratando de dano 
extrapatrimoniais contatados a partir de um 
reconhecimento judicial de ilicitude decorrente da 
ponderação de princípios, por força da normalidade 
prevista no art. 187 do CC, tem-se que a incidência de 
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encargos de mora deve observar o desposto no art. 219 
do CPC, contados a partir da citação processual. 
NEGADO PROVIMENTO AOS RECURSOS. (Apelação Cível 
Nº 70054666912, Quinta Câmara Cível, Tribunal de 
Justiça do Rio Grande do Sul, UNANIME, JULGADO EM 
28/05/2014). À luz da ementa no caso concreto, 
diferencie e explique a configuração da ilicitude cível 
como proposta, destacando o papel do elemento da 
culpa para eventual caracterização de ilicitude, 
observada a tipificação prevista no CC aos atos ilícitos. 
Discuta os reflexos dessa ilicitude no âmbito da 
responsabilidade civil e exemplifique. 
- Resposta: a. Situação geral do problema no campo da 
ilicitude (até 10 pontos); b. Tipificação e elementos do 
art. 186 do CC (até 10 pontos); c. Tipificação e 
elementos do art. 187 do CC (até 10 pontos); d. 
Construção diversa da hipótese do ilícito a partir do CC 
brasileiro de 2002. Questão do histórico e diferença 
para o CC anterior (até 10 pontos); e. Diferenças dos 
dois tipos legais e caracterização de uma ilicitude 
objetiva e subjetiva no novo CC brasileiro. Problema da 
culpa e do dano (até 15 pontos); f. Reflexos no âmbito 
da responsabilidade civil, para os fins do art. 927 do CC 
brasileiro (até 15 pontos); g. Teorias de restrições 
interna e externa a direitos fundamentais e 
diferenciação para a figura do abuso de direito (até 15 
pontos); h. Exemplos e caracterização na jurisprudência, 
com eventuais aplicaçõesno âmbito dos Direitos de 
Personalidade (até 15 pontos). 
Procuradoria Estadual - PGE-RS - Ano: 2015 - Banca: 
FUNDATEC - Direito Civil - Atos, Fatos e Negócios 
Jurídicos - O que aproxima ou distancia os princípios da 
autonomia privada (ou da autonomia da vontade) e da 
boa-fé em relação aos atos negociais? Justifique. 
 - Resposta: a. Caracterização do princípio da 
autonomia privada (até 15 pontos); b. Caracterização 
do princípio da boa-fé (até 15 pontos); c. Relação de 
ambos no âmbito dos negócios jurídicos (até 10 pontos); 
d. Identificação de uma aproximação dos conceitos na 
perspectiva da potencialização do livre 
desenvolvimento da personalidade. Autonomia e 
responsabilidade em matéria negocial (até 20 pontos); 
e. Defesa de argumentos no sentido da aproximação ou 
do distanciamento (até 20 pontos); f. Exemplos e 
caracterização na jurisprudência (até 20 pontos). 
Defensoria Pública Estadual - Concurso: DPE-MG - Ano: 
2014 - Banca: FUNDEP - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Atos, Fatos e Negócio Jurídico - Considere a 
situação hipotética a seguir: Zélio da Silva Pinto tem 
conta-corrente no Banco X S/A, por meio do qual recebe 
seus proventos de aposentadoria pela Previdência 
Pública nacional. De 2009 até o ano passado, o 
correntista passou a contrair, por diversas modalidades 
de crédito oferecidas pelo seu banco entre elas créditos 
consignados, cartões de crédito e créditos pessoais, 
vários empréstimos junto à instituição financeira. Ocorre 
que Zélio, há aproximadamente cinco anos, tem 
demonstrado alteração comportamental, que culminou 
com a ação de interdição ajuizada pelo seu filho, seu 
curador, com curatela deferida em janeiro de 2014. 
Foram vários empréstimos sem nenhuma destinação 
específica, não tendo Zélio adquirido nada de valor, nem 
mesmo algum item novo para sua casa, que é simples e 
conta com móveis antigos. Em decorrência do número 
sempre crescente de parcelas dos empréstimos, com a 
diminuição de seu poder aquisitivo mensal, o senhor 
Zélio não teve condições de pagar o aluguel, tampouco o 
condomínio do apartamento em que vive no centro da 
Capital, tendo sido, inclusive réu em ação de despejo. 
Segundo Fábio, seu filho, relatório médico da lavra do Dr. 
‘iďeiƌoàaĐeŶtuaàƋueàseuàpaiàestaǀaà͞soďàosàseusàĐuidadosà
médicos desde 2 de janeiro de 2010 devido inicialmente 
a quadro de alterações da personalidade, conduta e 
comportamento com sintomatologia psicótica, tendo 
persistido com alterações de humor, personalidade, 
conduta e crítica compatível com processo demencial, 
com início provável a cerca de dois anos da data da 
primeira consulta psiquiátrica em 2 de janeiro de 2010, 
não apresentando capacidade de responder por si 
mesmo, com necessários cuidados de outros e 
tƌataŵeŶtoà ƌegulaƌà Đoŵà aà psiƋuiatƌiaà eà aà geƌiatƌia.͟à
Fábio, preocupado, procurou a Defensoria Pública, 
buscando respostas para duas perguntas: A) Os contratos 
feitos com o Banco X S/A são negócios jurídicos válidos? 
B) Se, eventualmente, existirem contratos já liquidados, 
do ponto de vista jurídico, há alguma medida a ser 
tomada? Na qualidade de Defensor(a) Público(a), 
responda às questões de Fábio fundamentando suas 
respostas. Não acrescente fatos novos. 
- Resposta:Identificar a possibilidade dos contratos 
serem anulados. 0,30 - Identificar a anulação em razão 
da incapacidade do agente, abordar a questão da 
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interdição, que pode ter atos invalidados antes mesmo 
da sentença de interdição. 0,30 - Abordar a 
possibilidade de revisão dos contratos, mesmo já 
quitados, acentuando posição do STJ em sua Súmula 
286. 0,10 - Estabelecer a repetição de indébito ou ação 
ordinária de restituição como medida a ser tomada. 
0,30 
Estagiário - Concurso: PGM-Rio de Janeiro - Ano: 2014 - 
Banca: PGM-Rio de Janeiro - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos -Indique três 
diferenças entre os atos nulos e atos anuláveis, 
exemplificando um de cada espécie (30 pontos). 
Magistratura Estadual - Concurso: TJSP - Ano: 2014 - 
Banca: VUNESP - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, 
Fatos e Negócio Jurídico - Acerca dos defeitos do 
negócio jurídico, quais seus conceitos, naturezas, 
afinidades, diferenças, modos (vícios do consentimento e 
vícios sociais) e consequências jurídicas? 
Notário - Concurso: TJSP - Ano: 2012 - Banca: VUNESP - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócio 
Jurídico - Proceda à distinção entre lesão e estado de 
perigo. 
Notário - Concurso: TJSP - Ano: 2012 - Banca: VUNESP - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócio 
Jurídico - DISSERTAÇÃO - Negócio Jurídico: Existência, 
Validade e Eficácia. 
Procuradoria Estadual - Concurso: PGE-AC - Ano: 2014 - 
Banca: FMP - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, 
Fatos e Negócios Jurídicos - Um dos defeitos dos 
negócios jurídicos é o dolo. Considerando tal defeito, 
responda, fundamentadamente, as seguintes questões: 
(a) O que diferencia o dolo do erro? (b) O dolo resulta em 
que vício para o negócio jurídico? (c) Há diferença entre 
o dolo ser acidental ou essencial? (d) É possível o dolo 
por omissão? (e) Em que consiste o dolo bilateral? 
- Resposta: Dolo e erro são defeitos do negocio jurídico, 
entretanto, o erro prescinde da participação ativa da 
parte que se beneficia do erro, enquanto o dolo precisa 
do aspecto subjetivo trazido pela indução no erro. 
Basicamente, o dolo é o erro induzido. A definição de 
dolo contem-se no art.145 CC. O dolo pode resultar em 
anulabilidade, em se tratando de dolo principal ou 
essencial, ou dar causa à indenização em caso de dolo 
acidental. Isto se diferencia nos arts. 145 e 146 ambos 
do CC. Logo, nem todo dolo causa anulabilidade, apenas 
se for essencial. O dolo acidental não afeta o negócio 
nos seus termos essenciais, de modo que ele seria 
realizado, apenas que o seria em outros termos. Já o 
dolo essencial afeta de tal forma o consentimento que o 
negocio não teria sido feito, não fosse o agir doloso. Isto 
os diferencia com base nos arts. 145 e 146 ambos do CC. 
Sim, o dolo por omissão é viável quando houver o 
chamado silencio intencional que consiste em omitir 
dado sem o qual o negocio não teria sido realizado. Ou 
seja, o dolo por omissão é relevante se revestir a 
qualidade de dolo essencial. A regra do art. 147 do CC 
prevê essa modalidade. O dolo bilateral ocorre quando 
ambas as partes agem de forma dolosa, de modo a que 
nenhuma possa alegar o defeito por conta da vedação 
de valer-se da própria torpeza. Isso se contem no 
disposto do art.150 do CC. 
Analista - Concurso: TJGO - Ano: 2007 - Banca: TJGO - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios 
Jurídicos - Qual a diferença entre ato jurídico nulo e o 
anulável? 
- Resposta: A principal diferença entre o ato jurídico 
nulo e o anulável está na impossibilidade de 
convalidação do primeiro, ao contrário do que ocorre 
quanto ao segundo. As hipóteses previstas no Código 
Civil em que o ato jurídico é nulo são aquelas elencadas 
no art. 166, quais sejam, quando: a)celebrado por 
pessoa absolutamente incapaz; b)for ilícito, impossível 
ou indeterminável o seu objeto; c)o motivo 
determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; 
d)não revestir a forma prescrita em lei; e) for preterida 
alguma solenidade que a lei considere essencial para a 
sua validade; f) tiver por objeto fraudar lei imperativa e 
g) a lei taxativamente o declarar nulo, ouproibir-lhe a 
prática, sem cominar sanção. (2,0 pontos) 
Notário - Concurso: TJPI - Ano: 2013 - Banca: CESPE - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios 
Jurídicos - José é credor quirografário de Antônio da 
quantia de R$ 100.000,00, representada por nota 
promissória emitida em 1.º/6/2013 e vencimento 
previsto para 30/8/2013. Antônio, proprietário do imóvel 
onde reside com a sua família e de uma edificação 
comercial avaliada em R$ 350.000,00, acedeu, em 
30/7/2013, aos propósitos de Manuel e lhe transferiu a 
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 7 
propriedade desse último imóvel a título de dação em 
pagamento para a quitação de uma dívida no valor de R$ 
200.000,00, que venceria em 30/11/2013. Por fim, em 
razão da obrigação devida por Antônio a José não ter 
sido paga no seu respectivo vencimento, este apresentou 
a nota promissória para protesto por falta de 
pagamento, mas até a presente data não sobreveio 
quitação. Com base na situação hipotética apresentada, 
redija texto dissertativo, propondo a solução para o 
litígio apresentado em relação ao direito de crédito de 
José em relação a Antônio. Analise as condutas de 
Antônio e Manuel e aborde, necessariamente, os 
seguintes aspectos: 1- espécie de fraude praticada por 
Antônio e Manuel; [valor: 0,40 pontos] 2- conceito da 
fraude praticada; [valor: 0,40 pontos] 3- natureza jurídica 
do ato; [valor: 0,75 pontos] 4- pressupostos ou requisitos 
fáticos necessários à configuração da fraude; [valor: 0,75 
pontos] 5- efeitos da fraude no plano da eficácia do 
negócio jurídico em relação ao credor José; [valor: 0,75 
pontos] 6- medida judicial para atacar a fraude. [valor: 
0,75 pontos] 
- Resposta: 1- Apresentação (legibilidade, respeito às 
margens e indicação de parágrafos) e estrutura textual 
(organização das ideias em texto estruturado) - 0,00 a 
0,20 – 2- Desenvolvimento do tema - 2.1 - Espécie de 
fraude praticada -0,00 a 0,40 - 2.2 Conceito da fraude 
praticada - 0,00 a 0,40 - 2.3 Natureza jurídica do ato - 
0,00 a 0,75 - 2.4 Pressupostos ou requisitos fáticos 
necessários à configuração da fraude - 0,00 a 0,75 - 2.5 
Efeitos da fraude no plano da eficácia do negócio 
jurídico em relação ao credor José -0,00 a 0,75 - 2.6 
Medida judicial para desconstruir a fraude -0,00 a 0,75. 
Ministério Público Estadual - Concurso: MPE-SE - Ano: 
2010 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: 
Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - Arnaldo é portador de 
distúrbio mental que o impede de gerir sua vida civil, 
apesar de não aparentar possuir esse distúrbio. Mesmo 
nessa condição, Arnaldo não é interditado e, portanto, é 
civilmente capaz. Arnaldo vendeu sua bicicleta, ou seja, 
celebrou um contrato de compra e venda com Sérgio, 
que não sabia do problema de saúde mental do 
vendedor. A mãe de Arnaldo, receosa de o filho ter sido 
passado para trás, resolveu pedir anulação do negócio 
nos juizados especiais, sob o argumento de Arnaldo ser 
portador de distúrbio mental que o incapacita para a vida 
civil. Com relação à situação hipotética descrita acima, 
redija um texto dissertativo que aborde, 
necessariamente, os seguintes aspectos: 1- possibilidade 
de se invalidar o negócio celebrado por Arnaldo; 2- 
entendimento jurisprudencial acerca desse assunto. 
 - Resposta: 1- Apresentação e estrutura textual 
(legibilidade, respeito às margens e indicação de 
parágrafos) - Desenvolvimento do tema 2.1 - 
Impossibilidade de se invalidar o negócio celebrado por 
Arnaldo (boa-fé) 2.2 - Entendimento jurisprudencial 
acerca do assunto incapacidade notória ou aparente. 
Estágio - Concurso: DPU - Ano: 2013 - Banca: DPU - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios 
Jurídicos - CAIO foi submetido a uma cirurgia de alto 
risco em decorrência de graves problemas de saúde. 
Durante a realização da cirurgia, o médico informa à 
esposa de CAIO a respeito da necessidade de realização 
de outros procedimentos imprescindíveis à manutenção 
da vida de seu marido, não cobertos pela apólice de 
seguro saúde. Diante da necessidade de adaptação à 
nova cobertura, a esposa de CAIO assina, durante a 
cirurgia de seu marido, aditivo contratual com o plano de 
saúde (que sabia da grave situação de CAIO), cujas 
prestações eram excessivamente onerosas. Em face 
dessa situação, responda, de forma fundamentada, aos 
itens a seguir: a)O negócio jurídico firmado entre a 
esposa de Caio e o plano de saúde é inquinado por um 
vício de consentimento. Qual seria esse vício? b)O vício 
presente no negócio jurídico acima descrito faz com que 
o ato firmado se torne nulo ou anulável? Justifique. 
 - Resposta: a)Sim. A hipótese trata de estado de perigo, 
conforme descrito no Art. 156, do CC. (30 pontos) b)O 
estado de perigo gera a anulabilidade do negócio 
jurídico, conforme preconiza o art. 171, inciso II do 
Código Civil. (60 pontos) 
Magistratura Estadual - Concurso: TJRJ - Ano: 2013 - 
Banca: TJRJ - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, 
Fatos e Negócio Jurídico - À luz da jurisprudência 
predominante, a fraude contra credores conduz à 
anulabilidade do negócio jurídico? Responda 
fundamentadamente. 
Advocacia - Concurso: TJSP - Ano: 2013 - Banca: VUNESP 
- Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e 
Negócio Jurídico - Explique, de acordo com a legislação 
civil atualmente vigente, a) no que consiste o instituto da 
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fraude contra credores. b) para se valer do instituto, até 
que momento o crédito a proteger deve ter sido 
constituído e qual a consequência jurídica da 
constatação. 
Defensoria Pública Estadual - Concurso: DPE-MT - Ano: 
2007 - Banca: DPE-MT - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Fatos, Atos e Negócios Jurídicos - Defina dolo 
negativo, exemplificando-o e discorrendo sobre os seus 
requisitos. Resposta objetivamente justificada. 
Ministério Público Estadual - Concurso: MPE-RJ - Ano: 
2011 - Banca: MPE-RJ - Disciplina: Direito Civil - Assunto: 
Fatos, Atos e Negócios Jurídicos - Diferencie as teorias 
dos atos anormais, do risco proveito e do risco criado, 
esclarecendo qual (is) dela(s) foi (ou foram) adotada(s) 
no parágrafo único, do artigo 927, do Código Civil. 
RESPOSTA JUSTIFICADA. 
Procuradoria Estadual - Concurso: PGE-MS - Ano: 2004 - 
Banca: PGE-MS - Disciplina: Direito Civil - Assunto: 
Fatos, Atos e Negócios Jurídicos - Discorra sobre o 
regime jurídico dos atos inexistentes. 
Tribunais de Contas - Concurso: TCE-RJ - Ano: 2001 - 
Banca: ESAF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Fatos, 
Atos e Negócios Jurídicos - Disserte sobre a teoria da 
imprevisão, abordando, além de outros que entender 
cabíveis, os seguintes pontos: a) tipos de contratos que 
comportam a sua aplicação; b) requisitos de aplicação; c) 
fundamentos da aplicabilidade no direito brasileiro; d) 
possibilidade ou não de sua aplicação aos contratos com 
cláusula de correção cambial frente a uma 
desvalorização da moeda. 
Procuradoria Legislativa - Concurso: Assembleia 
Legislativa - GO - Ano: 2008 - Banca: UEG - Disciplina: 
Direito Civil - Assunto: Fatos, Atos e Negócios Jurídicos - 
Em nosso dia-a-dia, presenciamos à nossa volta, a todo 
instante, a ocorrência de fatos de toda natureza. 
Podemos distinguir, entre esses fatos, aqueles que são 
relevantes para o direito por produzirem efeitos 
jurídicos, ou seja, todos aqueles destinadosa criar, 
modificar, conservar e extinguir direitos. Analisando 
esses fatos, os doutrinadores têm procurado classificá-
los, facilitando-lhes a compreensão. As diversas 
classificações trazem títulos nem sempre coincidentes, 
mas todas elas resguardam uma certa lógica. Entre os 
títulos mais conhecidos, encontram-se os seguintes: a) 
Fato Jurídico Natural Involuntário; b) Ato Jurídico em 
Sentido Estrito; c) Negócio Jurídico; d) Ato Jurídico 
Meramente Lícito; e) Ato Ilícito. Identifique cada um 
deles e justifique a inclusão do Ato Ilícito na classe dos 
Atos Jurídicos. 
Ministério Público Estadual - Concurso: MPE-SP - Ano: 
2009 - Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Fatos, Atos e Negócios Jurídicos - Há diferença 
entre estado de perigo e estado de necessidade? 
Justifique e dê exemplos. 
Procuradoria Estadual - Concurso: PGE-PB - Ano: 2008 - 
Banca: CESPE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Fatos, 
Atos e Negócios Jurídicos - Redija um texto dissertativo, 
fundamentado, acerca da conversão do negócio jurídico, 
referindo-se, necessariamente, aos requisitos desse ato. 
Ministério Público da União - Concurso: MPF - Ano: 
2011 - Banca: MPF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: 
Fatos, Atos e Negócios Jurídicos - Simulação. Conceito, 
requisitoseespécies. Ação de simulação e ação pauliana: 
distinção. 
Analista - Concurso: Tribunal Regional Eleitoral-RJ - Ano: 
2012 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: 
Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - Discorra sobre os 
institutos jurídicos fraude à execução e fraude contra 
credores. Em seu texto aborde, necessariamente, os 
seguintes aspectos: 1- objeto de cada um desses 
institutos; 2- meio a ser utilizado pelo credor para arguir 
cada um desses tipos de fraude; 3- efeito do 
reconhecimento da existência da fraude à execução e da 
fraude contra credores. 
Delegado - Concurso: PCGO - Ano: 2013 - Banca: UEG - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios 
Jurídicos - Disserte sobre os vícios do consentimento da 
lesão e do estado de perigo, apontando seus elementos e 
diferenças. Explique e fundamente com artigos do 
Código Civil. 
- Resposta: O estado de perigo constitui uma forma 
especial de coação, art. 156 do CC. Esse mesmo artigo 
dispõe ainda que ocorre estado de perigo toda vez que 
o próprio negociante, pessoa de sua família ou amigo 
próximo estiver em perigo (elemento subjetivo), 
conhecido da outra parte, sendo este a única causa para 
a celebração do negócio e ficando caracterizada a 
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 9 
onerosidade excessiva (elemento objetivo). Tratando-se 
de pessoa não pertencente à família, segundo a 
doutrina atual majoritária (Flávio TARTUCE, p. 369; 
Nelson ROSENVALD e Cristiano CHAVES, p. 484; Pablo 
STOLZE). Exemplo: vultosos depósitos em dinheiro ou 
prestação de garantia exigidos por instituições 
hospitalares e clínicas em geral, a título de caução, para 
que o paciente possa ser atendido em situação 
emergencial (demais exemplos que envolvam a 
concorrência entre a ordem subjetiva e a natureza 
objetiva). São requisitos do estado de perigo: existência 
de grave dano, que o dano seja atual ou iminente; que o 
perigo seja causa determinante da declaração; o 
conhecimento do perigo pela outra parte; existência de 
obrigação onerosa excessivamente e a intenção do 
declarante de salvar a si ou a pessoa de sua família ou a 
terceiro. O vício de consentimento lesão, presente no 
artigo 157 CC, ocorre quando uma pessoa, sob 
premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a 
prestação manifestamente desproporcional ao valor da 
prestação oposta, ou seja, na lesão o elemento 
subjetivo caracteriza-se com a premente necessidade ou 
inexperiência e o elemento objetivo com a onerosidade 
excessiva; de acordo com o princípio da operabilidade 
ou simplicidade, cabendo ao juiz, diante do caso 
concreto, averiguar a desproporção, partindo do 
pressuposto do acentuado desnível entre as prestações. 
Para a doutrina (já citada), o instituto da lesão visa 
proteger o contratante que se encontra em posição de 
inferioridade, ante o prejuízo por ele sofrido na 
conclusão do contrato, devido à desproporção existente 
entre as prestações das duas partes. Sendo que no 
estudo dos requisitos da lesão, diferentemente dos 
requisitos do estado de perigo, temos que apreciar a 
manifesta desproporção entre as prestações 
estabelecidas nas cláusulas do contrato (ordem 
objetiva). No parágrafo primeiro do art. 157, 
recomenda-se que a desproporção seja apreciada de 
acordo com os valores vigentes ao tempo em que foi 
celebrado o negócio jurídico, o que vai ao encontro da 
ontognoseologia jurídica de Reale, eis que existe, na 
espécie, uma apreciação valorativa, hoje primaz para o 
Direito Privado, e o segundo requisito, de índole 
subjetiva, caracterizado pela inexperiência do 
contratante, sua situação cultural ou educacional ou 
premente necessidade do lesado no momento da 
contratação, mas diferente do estado de perigo, aqui o 
que se visa é a um lucro exagerado, da parte 
contratante que conhece a situação de inferioridade da 
parte contratada, sendo desnecessário o dolo, ou a 
intenção, o que é de plena importância no estado de 
perigo o dolo do contratante em relação ao contratado, 
dolo, vontade de prejudicar com maldade. Ambas as 
situações, segundo a doutrina atual, viabilizadas pela 
analogia do parágrafo segundo do art. 157, própria da 
lesão, mais o art. 178, inciso II do CC e o enunciado nº. 
149 do CJF/STJ, tornam anuláveis tanto a lesão como a 
analogicamente o estado de perigo, ocorrendo uma 
integração, não uma subsunção, visando a conservação 
negocial. Assim, diante das diferenças entre lesão e 
estado de perigo, no que concerne ao estudo dos 
elementos subjetivos e objetivos, temos este último 
ponto como o de igualdade, ou integração destes dois 
vícios do consentimento atuais. 
Magistratura Estadual - Concurso: TJPE - Ano: 2013 - 
Banca: FCC - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, 
Fatos e Negócios Jurídicos - Mas, as leis tratam a astúcia 
de certa maneira, enquanto os filósofos, de outra – as 
leis, porque podem garantir um forte controle, os 
filósofos, na medida em que recorrem à razão e à 
inteligência. Na verdade, a razão requer que nada se faça 
com espírito de insídia, falsidade ou intento malicioso. 
Não é verdade que seja insidioso armar armadilhas, 
mesmo não seja tu aquele que começou o jogo nem tão 
pouco aquele que causou perturbação? É próprio dos 
animais selvagens caírem nesse estado, muitas vezes de 
uma maneira inconsequente. Da mesma maneira, 
poderia alguém pôr uma casa para venda e colocar um 
anúncio, qual armadilha, e vendê-la por causa dos 
defeitos, fazendo assim com que alguém corra o risco de 
nisso cair imprudentemente? Porque a degradação dos 
costumes é tão grande, encaro tal maneira de proceder 
como não constituindo propriamente um costume 
malévolo, nem como sendo algo que deve ser proibido 
tanto pela lei como pelo direito civil, no entanto, tal é 
proibido pela própria lei natural (Dos Deveres. De officis. 
Tradução de Carlos Humberto Gomes. P. 139, Ed. 70, 
Lisboa, 2000). Miguel Reale, após discorrer sobre a teoria 
doà͞ŵíŶiŵoàĠtiĐo͟,àƋueàpodeàseà ƌepƌoduzidaàatƌaǀĠsàdaà
imagem dos círculos concêntricos, sendo o círculo maior 
o da Moral, e o circulo menor o do Direito, sustenta que 
͞foƌaà daàMoƌalà existe oà ͞iŵoƌal͟,àŵasà existeà taŵďĠŵàoà
ƋueàĠàapeŶasà͞aŵoƌal͟àouàiŶdifeƌeŶteàăàŵoƌal,àĐoŵo,àpoƌàexemplo, as regras que estabelecem os prazos 
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processuais e conclui: ͞HĄ,àpois,àƋueàdistiŶguiƌàuŵàĐaŵpoà
de Direito que, se não é imoral, é pelo menos amoral, o 
que induz a representar o Direito e a Moral como dois 
ĐíƌĐulosà seĐaŶtes͟. Podemos dizer que dessas duas 
representações, de dois círculos concêntricos e de dois 
círculos secantes, a primeira corresponde à concepção 
ideal, e a segunda, à concepção real, ou pragmática, das 
relações entre o Direito e a Moral (Lições Preliminares de 
Direito, 27 ed, PP. 42-43, 11ª tiragem, Saraiva, 2012). 
Situe as armadilhas condenadas por Cícero, e responda 
em que círculos se encontram, segundo o entendimento 
de Miguel Reale. 
- Resposta: 1. Proibição de armadilhas encontra-se no 
círculo da moral. 2. As armadilhas não são 
simplesmente amorais nem ilegais, enquanto não 
proibidas por lei. 3. As armadilhas, porém, se 
condenadas pela lei encontram-se no campo do Direito. 
O Código Civil vigente condena as armadilhas em alguns 
dispositivos, ainda que implicitamente, por exemplo: 
agasalhando a regra da boa-fé objetiva (art. 422), 
determinando indenização se o alienante conhecia o 
vicio ou defeito da coisa alienada com vício redibitório 
(art. 443). 
Magistratura do Trabalho - Concurso: TRT9 - Ano: 2008 - 
Banca: TRT9 - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, 
Fatos e Negócios Jurídicos - Afirma-se que o princípio da 
boa-fé objetiva, além de ter função interpretativa e de 
integração do negócio jurídico, incide, também, como 
limitador, ao vedar o exercício abusivo de posições 
jurídicas. Explique estas funções, apontando exemplos. 
Analista - Concurso: TJGO - Ano: 2012 - Banca: UFG - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios 
Jurídicos - Cite e explique cada um dos elementos do 
fato típico culposo. 
Ministério Público Estadual - Concurso: MPE-BA - Ano: 
2012 - Banca: MPE-BA - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - Decerto a 
previsão legal da invalidade dos atos jurídicos apresenta-
se como uma ferramenta que visa, inclusive, assegurar o 
poder estatal, eis que, em regra, finda por privar de 
efeitos aquilo que é adverso ao ordenamento jurídico. 
Entrementes, o novo Código Civil, atendendo a uma 
demanda doutrinária e jurisprudencial, incorporou a 
figura da Conversão do Negócio Jurídico. Nessa esteira, 
proceda a uma explanação sobre o referido instituto, 
abordando, necessariamente, os seguintes aspectos: 
conceito, natureza jurídica, requisitos, incidência, tipos e 
fundamentos. 
 - Resposta: O candidato deveria abordar no introito os 
seguintes aspectos: I. Função instrumental do negócio 
jurídico; (o negócio jurídico como dínamo da atividade 
econômica) II. Escada Ponteana – Planos de existência, 
validade e eficácia do negócio Jurídico; III. Conceito e 
Graus de Invalidade do Negócio Jurídico (Nulidade e 
Anulabilidade); Em relação a conceito de invalidade o 
candidato deveria ter registrado que a invalidade é a 
consequência jurídica pela inobservância do preceito 
normativo no processo de formação do negócio 
jurídico., Destarte, o repúdio do ordenamento jurídico 
se dará em maior ou menor grau de intensidade , 
consoante o interesse que se pretenda tutelar (Nulidade 
como ferramenta de proteção do interesse público – 
Anulabilidade – mecanismo de proteção do interesse 
particular.). Outrossim, o candidato deveria ter 
acentuado a diferença entre as figuras aludidas. 1. Em 
relação ao conceito de conversão do negócio jurídico o 
candidato deveria ter registrado que a Conversão é uma 
figura jurídica que permite transformar um negócio 
primitivo inválido, em um negócio sucedâneo válido, 
observados os requisitos legais. ( art. 170 CC ) 2. Quanto 
a natureza jurídica, o candidato deveria ter registrado 
que trata-se de uma medida de re-valoração do 
comportamento negocial, porquanto, na situação 
hipotética, o negócio jurídico primitivo, em razão da 
invalidade, não está apto a obter a chancela do 
ordenamento, tal como celebrado. 3. No que diz 
respeito aos requisitos da Conversão, exigiu-se do 
candidato que registrasse, de plano, que para o sucesso 
da manobra de conversão é indispensável a presença no 
negócio primitivo dos elementos estruturantes do 
negócio jurídico (Sujeito,Objeto,Forma, Vontade). 4. 
Ademais, foi cobrado do candidato que fizesse menção 
ao elemento subjetivo: a)- a insciência pelas partes, da 
ineficácia jurídica lato sensu do negócio celebrado, b) a 
semelhança, essencialmente ás consequências jurídicas 
dos dois modelos jurídicos negociais diversos, c) a 
irrelevância do meio jurídico escolhido pelas partes em 
comparação com o fim prático por elas eleito. Nessa 
esteira, o candidato deveria ter gizado a 
compatibilidade com a vontade hipotética dos sujeitos. 
5. De outra banda, no que tange ao elemento objetivo o 
candidato deveria ter citado a indispensabilidade da 
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identidade de objeto material (negócio primitivo-
negócio convertido). Afora isso, o candidato também 
deveria ter salientado que para o êxito da operação de 
Conversão é indispensável que o interprete possua 
pleno domínio do repertório (tipos) jurídico consagrado 
na legislação. 6. Quanto à incidência, o candidato 
haveria de registrar que a despeito da previsão 
expressa do art. 170 do Código Civil, a melhor doutrina, 
entende aplicável a Conversão tanto aos negócios 
jurídicos nulos, quanto aos negócios jurídicos anuláveis, 
bem assim que os negócios jurídicos inexistentes são 
insuscetíveis de serem convertidos. 7. No que concerne 
a aplicação da conversão aos negócios jurídicos 
anuláveis o candidato deveria ter sublinhado que o 
recurso á indigitada técnica não pode ficar adstrita á 
vontade real ou conjectural do sujeito legitimado a 
eventual anulação do negócio jurídico, a contrário 
senso, haverá sempre de ser considerado o caráter 
bilateral do negócio jurídico. 8. Em relação aos tipos de 
Conversão cumpria ao candidato fazer alusão à 
Conversão Substancial, à Conversão Formal, e a 
Conversão Legal. Exigiu-se também, que apresentasse 
os fundamentos da Conversão, de sorte que o 
candidato, deveria registrar os seguintes aspectos: a) 
fazer referência ao princípio da segurança jurídica, b) 
fazer alusão ao princípio da conservação dos negócios 
jurídicos. c) fazer referência aos princípios da confiança 
e da boa-fé, d) demonstrar a importância do negócio 
jurídico como uma ferramenta de extremo valor para o 
trânsito dos bens jurídicos, e) fazer uma reflexão, no 
que diz respeito ao plano da Validade. Nessa senda, o 
candidato poderia ter citado sobre a necessidade da 
temperança dos princípios da segurança jurídica e da 
justiça intersubjetiva. 
Defensoria Pública Estadual - Concurso: DPE-MS - Ano: 
2012 - Banca: VUNESP - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - Diante da 
comprovada prática de atos fraudulentos 
predeterminados com o intuito de lesar futuros credores, 
é possível anular atos de transmissão de bens invocando-
se fraude contra credores? Fundamente. 
Notário - Concurso: TJPR - Ano: 2008 - Banca: TJPR - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Negócios Jurídicos - 
José Euzébio São Gonçalo, em data de 13 de novembro 
de 1997, adquiriu junto a AntonioCrisóstomo Neves uma 
área rural de 242,00 ha. (duzentos equarenta e dois 
hectares) pelo valor total de R$2.000.000,00 (dois 
milhões de reais), cujo pagamento foi avençado em 
50,00% (cinquenta por cento) no ato, tendo sido dada 
quitação da parcela ao comprador. O restante do 
pagamento ficou para o dia 13 de novembro do ano 
seguinte. Vencido o prazo de pagamento, José Euzébio 
Sangonçalo, devido às intempéries que abateu sobre sua 
cultura, inclusive com a precipitação de granizo, 
impingindo-lhe grandes prejuízos, não pagou. José 
Euzébio Sangonçalo, com o propósito de dar cabo a seus 
compromissos e, possuindo outro bem imóvel, vendeu 
este a Guilherme do Amarante que, dentre outras 
condições, assumiu, com a concordância de 
AntonioCrisóstomo Neves, a dívida que José Euzébio 
tinha para com este. Pergunta-se: Qual o negócio jurídico 
obrigacional havido, em relação a José e Antônio? 
 - Resposta: Novação – art. 360, II do C.C. 
Magistratura Federal - Concurso: TJDFT - Ano: 2009 - 
Banca: TJDFT - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, 
Fatos e Negócios Jurídicos - DisĐoƌƌaà soďƌeàoà ͞PƌiŶĐípioà
daà CoŶǀeƌsĆoà “uďstaŶĐialà doà NegſĐioà JuƌídiĐo͟?à Foià
acolhido pelo legislador civil? Justifique. 
Advocacia Geral da União - Concurso: Procurador da 
Fazenda Nacional - Ano: 2005 - Banca: ESAF - Disciplina: 
Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - 
Discorrer, de forma objetivamente fundamentada, a 
respeito da viabilidade do reconhecimento da fraude 
contra credores em sede de embargos de terceiro. 
Procuradoria Estadual - Concurso: PGE-PA - Ano: 2009 - 
Banca: PGE-PA - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, 
Fatos e Negócios Jurídicos - Em relação ao negócio 
jurídico e à sua validade, responda às seguintes 
questões. a. O Código Civil de 2002 admite a conversão 
do negócio jurídico? Se o faz, quais são seus 
pressupostos? Explique, fundamente e justifique. b. Pode 
haver a conservação de um negócio jurídico 
parcialmente inválido? No caso de ser possível, esclareça 
os pressupostos e os efeitos da nulidade. Fundamente e 
explique. 
Magistratura Federal - Concurso: TJDFT - Ano: 2009 - 
Banca: TJDFT - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, 
Fatos e Negócios Jurídicos - Há distinção entre Dolo 
Eventual e Culpa Consciente? Justifique a resposta. 
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Magistratura Estadual - Concurso: TJMG - Ano: 2009 - 
Banca: EJEF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, 
Fatos e Negócios Jurídicos - José Costa Manso foi a uma 
loja especializada em relógios comprar um que fosse 
completamente de ouro. Lá chegando, avistou um que o 
satisfez. Comprou-o, de imediato, sem indagações. Dias 
depois, ao mostrá-lo a um especialista, descobriu que o 
relógio não era de ouro, como pensava, já que relógio de 
ouro é apenas uma designação ao relógio recoberto ou 
banhado a ouro. Frustrada essa sua vontade, ou seja, não 
sendo o relógio completamente de ouro, como 
imaginava, e tendo-o comprado somente por isso, vê 
vício na coisa e quer ajuizar ação redibitória. Pergunta-
se: teria ele sucesso na demanda? Responda 
justificadamente. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCDF - Ano: 2007 - 
Banca: NCE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, 
Fatos e Negócios Jurídicos - O vício da lesão no negócio 
jurídico produz sempre a anulabilidade do ato? Explique 
Magistratura Estadual - Concurso: TJAP - Ano: 2006 - 
Banca: TJAP - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, 
Fatos e Negócios Jurídicos - Vícios sociais do ato jurídico. 
Defina-os. Indique-os. 
BENS 
Magistratura Estadual - TJPI - Ano: 2016 - Banca: FCC - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens - Romualdo Silva, 
maior e capaz, solteiro, afiançou contrato de locação 
para seu amigo Jonatan Pacheco, que como locatário o 
inadimpliu por vários meses, totalizando o débito de R$ 
15.000,00. Só Romualdo foi acionado judicialmente, 
tendo alegado em defesa: (a) benefício de ordem em 
relação ao locatário; (b) impenhorabilidade como bem de 
família de seu único imóvel - no qual não reside mas que 
está locado a terceiros, com renda revertida para sua 
subsistência; e (c) o fato de a inadimplência do locatário 
ter ocorrido quando o contrato já se encontrava vigendo 
por tempo indeterminado, sem sua anuência, pelo que 
se teria exonerado. Josualdo Oliveira, como locador, 
alega em réplica que (a) no contrato Romualdo 
renunciou expressamente ao benefício de ordem, o que 
é válido; (b) Romualdo é fiador locatício e não reside no 
imóvel único, o que afastaria sua impenhorabilidade; e 
(c) que no contrato foi prevista a responsabilidade do 
fiador até a entrega efetiva das chaves, implicando a 
continuidade da garantia na vigência por tempo 
indeterminado, sem necessidade de anuência expressa 
do fiador. Examine as três questões trazidas no 
enunciado, como itens (a), (b) e (c), separadamente, 
posicionando-se expressamente em relação às teses 
levantadas, diante das disposições legais e da 
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça sobre tais 
questões. 
- Resposta: a. Não aproveita este benefício ao fiador se 
ele o renunciou expressamente (art. 828, I, Código Civil), 
conforme posicionamento da jurisprudência do STJ. 0,50 
b. É entendimento sedimentado no STJ a 
impenhorabilidade do único imóvel residencial do 
devedor que esteja locado a terceiros, desde que a 
renda obtida com a locação seja revertida para a 
subsistência ou a moradia da sua família, bem como é 
válida a penhora de bem de família pertencente a 
fiador de contrato de locação. A impenhorabilidade é 
oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, 
previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo 
se movido por obrigação decorrente de fiança 
concedida em contrato de locação (art. 3o, VII, Lei no 
8.009/1990). 0,50 c. Salvo disposição contratual em 
contrário, qualquer das garantias da locação se estende 
até a efetiva devolução do imóvel, ainda que 
prorrogada a locação por prazo indeterminado, por 
força desta lei. (art. 39, Lei no 8.245/1991). O STJ 
também admite a prorrogação da fiança nos contratos 
locatícios por prazo indeterminado. 1,00 
Procurador Municipal - PGM-Palmas/TO - Ano: 2016 - 
Banca: COPESE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens 
Públicos - A fictícia Fundação Pública Municipal 
͞UŶiǀeƌsidadeà Paƌaà Todos͟,à Ŷoà atoà deà sua criação, 
recebeu do município vasta área localizada no perímetro 
urbano. Sr. Ambrósio Celestino, de boa-fé, adentrou em 
parte da área e construiu um imóvel residencial, com 
uma lanchonete na frente da construção, erguida sem 
projeto arquitetônico nem alvará de construção, local 
onde reside com sua família e retira seu sustento. 
Aproximadamente 48 (quarenta e oito) meses após a 
ocupação, Sr. Ambrósio recebe uma notificação para 
desocupar o local. Imediatamente, procurou um 
Advogado, que propôs uma Ação Judicial de Interdito 
Proibitório com pedido alternativo de Indenização pela 
construção e Retenção até que a indenização seja paga. 
Como Procurador do Município, quais fundamentos 
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 13 
jurídicos Vossa Senhoria utilizaria para defender os 
interesses da Fundação Pública Municipal, em relação a 
cada pedido formulado pelo autor? 
- Resposta: A ocupação do Sr. Ambrósio não pode ser 
considerada como posse, mas sim como mera detenção, 
sendo inadmissível o pleito da proteção possessória 
contra o órgão público oupara proteger mera 
detenção. Não terá direito à indenização pelas acessões 
feitas, mesmo que de boa-fé, pois como não tem posse 
não exerce poderes inerentes à propriedade. A 
indenização por benfeitorias ou acessões pressupõe 
ainda, vantagem ao proprietário e impede que haja 
enriquecimento sem causa, já com a ocupação de áreas 
públicas não há vantagem, pois, além da construção 
não ter utilidade para o Poder Público, ensejará 
dispêndio para sua demolição, o que afasta o pleito 
indenizatório e por consequência o direito de retenção. 
O Estado deve fornecer moradia aos desamparados 
através das Políticas Públicas de Habitação e não 
beneficiando aqueles que invadem bens públicos. 
Procuradoria Estadual - PGE-PR - Ano: 2015 - Banca: 
PUC-PR - Direito Civil - Bens - Cite e explique 6 (seis) 
diferenças entre o regime jurídico das relações jurídicas 
reais que se estabelecem entre os sujeitos particulares e 
as coisas que lhes pertencem e o regime jurídico das 
relações jurídicas reais que se estabelecem entre o 
Estado e bens do seu domínio privado. 
- Resposta: Quesitos avaliados: 1) Apresentação e 
estrutura textual 2) Aspectos gramaticais e formais 3) 
Capacidade de interpretação, desenvolvimento e 
exposição do tema 4) Conteúdo jurídico: 4.1) 
Impenhorabilidade 4.2) Exigência de avaliação prévia, 
autorização legal e licitação para alienação 4.3) 
Impossibilidade de serem usucapidos 4.4) 
Impossibilidade de serem gravados por direitos reais de 
garantia (penhora/hipoteca) 4.5) Insucetibilidade de 
apossamento pelo particular, sendo que a permanência 
deste em bem público, é considerada mera detenção, 
não criando direito a ser defendido através de ações 
possessórias 4.6) Necessidade de licitação para sua 
aquisição onerosa 4.7) Imunidade tributária 4.8) Só 
podem ser desapropriados por entidade de maior grau 
hierárquico que o de seu titular 4.9) Incidência de 
prerrogativas do regime jurídico publicista em contratos 
que tenham por objeto bens públicos do domínio 
privado ainda que estes contratos sejam regidos 
predominantemente por regras do direito privado 4.10) 
Podem ser utilizados em caráter exclusivo por 
particulares mediante permissão, concessão ou 
autorização de uso 4.11) Podem ser objeto de enfiteuse 
(decreto lei 9.760/46) 
Notário - Concurso: TJPB - Ano: 2013 - Banca: IESES - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens - Como se dá a 
instituição e quais os efeitos do bem de família 
convencional? Qual a importância e abrangência do 
instituto, considerando o panorama jurídico atual? 
- Resposta:O instituto do bem de família convencional 
está previsto nos artigos 260/265 da Lei 6.015/13 (Lei 
de Registros Públicos) e no Código Civil, artigos 
1711/1722. A Lei nº 8.009/1990, que regulamentou a 
figuƌaà doà ďeŵà deà faŵíliaà legal,à ouà ͞iŶvoluŶtĄƌio͟,à
restringiu, em muito, a sua utilização, mas não revogou 
o instituto. Com referência ao regramento do atual CC, 
as inovações foram sensíveis, como a possibilidade de 
instituição do bem de família pela entidade familiar, e 
não somente pelos cônjuges unidos por matrimônio; 
possibilidade de instituição do bem de família também 
por terceiros, seja por testamento ou instrumento de 
doação; possibilidade de abranger adicionalmente 
valores mobiliários; possibilidade de abranger as 
pertenças e acessórios do bem imóvel; limitação do 
valor a 1/3 do patrimônio líquido do instituidor; 
previsão expressa quanto à permissão de penhora por 
dívidas condominiais. Necessária formalização do ato 
de vontade por escritura pública, levada a registro no 
Ofício de Imóveis competente. Outro requisito essencial 
é que o bem afetado seja aquele destinado ao 
͞doŵiĐílioà faŵiliaƌ͟.à “Ćoà ƌeƋuisitosà espeĐífiĐosà deà
legitimidade para a constituição do bem de família a 
propriedade e faculdade de disposição do bem, a 
solvência do instituidor e o efetivo domicílio da família 
no imóvel. 
Magistratura Estadual - Concurso: TJDFT - Ano: 2014 - 
Banca: CESPE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens - 
O que é exigível para levar a efeito a extinção do 
usufruto pelo não uso ou não fruição do bem gravado? 
Responda fundamentadamente e conforme 
entendimento jurisprudencial do Superior Tribunal de 
Justiça, indicando eventual incidência de prazo extintivo 
e sua natureza jurídica, ou outra circunstância hábil à 
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 14 
extinção do usufruto pelo não uso ou não fruição do bem 
gravado. 
prevê o Código Civil qualquer prazo extintivo para a 
extinção do usufruto pelo não uso ou não fruição do 
bem gravado. Registre-se que a regra do art. 739, VI, do 
CC de 1916 não foi reeditada no Código de 2002. Não 
obstante, há entendimentos que admitem a aplicação, 
por analogia, do art. 1.389, III, do CC, que estabelece 
prazo decenal para extinção da servidão, embora 
silencie quanto ao diverso instituto do usufruto. Há 
outros posicionamentos que concluem pela pertinência 
da aplicação, por analogia, do prazo geral prescricional 
decenal do art. 205 do Código Civil. O posicionamento 
atual do Superior Tribunal de Justiça afasta, contudo, a 
possibilidade de aplicação de qualquer prazo extintivo à 
hipótese, em coerente interpretação da lei civil e 
rigorosa obediência à dogmática dos prazos extintivos. 
Com efeito, os prazos extintivos têm por finalidade 
propiciar segurança e paz social. E admitir aplicação por 
analogia implica alcançar o reverso do se pretende e se 
deve resguardar. Ressalte-se que, no que tange à 
decadência, com a operabilidade do Código Civil todos 
os prazos decadenciais estão dispostos, conforme 
esĐlaƌeĐeà Miguelà ‘eale,à ͞eŵà iŵediataà ĐoŶexĆoà Đoŵà aà
disposição normativa que a estabelece. Assim é que, por 
exemplo, após o artigo declarar qual a responsabilidade 
do construtor de edifícios pela higidez da obra, é 
estabelecido o prazo de decadência para ser ela 
exigida͟.à Eà ŶĆoà hĄà ƋualƋueƌà pƌazoà estaďeleĐidoà Ŷaà leià
civil para a extinção do usufruto pelo não uso. Os 
prazos prescricionais, de outro norte, não se dirigem a 
extinção de direitos, e sim a extinção de pretensões. A 
hipótese é de extinção do direito de usufruto do bem 
gravado. Anote-se, neste ponto que, dentre as longas e 
profícuas discussões travadas pela doutrina na 
tentativa de diferenciar cientificamente o instituto da 
prescrição e da decadência, em decorrência do 
tratamento legal idêntico no Código anterior, merecem 
destaque os estudos de Câmara Leal (CÂMARA LEAL, 
Antônio Luís da. Da prescrição e da decadência, 2. ed. 
Rio de Janeiro: Forense, 1959) e de Agnelo Amorim 
(AMORIM FILHO, Agnelo. Critério científico para 
distinguir a prescrição da decadência e para identificar 
as ações imprescritíveis. Revista de Direito Processual 
Civil, v.3,1962), tendo este último tomado como ponto 
de partida a classificação dos direitos desenvolvida por 
Chiovenda, que os dividem em duas grandes categorias: 
a dos direitos a uma prestação, susceptíveis de violação, 
reclamados por ação de natureza condenatória e sob a 
disciplina da prescrição, e a dos direitos potestativos, 
caracterizados pelo estado de sujeição que seu exercício 
cria para o outro sem o concurso de vontade deste, 
insuscetíveis desse modo de violação, exercidos 
extrajudicialmente ou em ações constitutivas, sujeitos à 
disciplina dos prazos decadenciais. Pontes de Miranda, 
Ƌueà ĐoŶĐluiuà aà iŶĐoŵpaƌĄvelà oďƌaà ͞Tƌatado de Direito 
Pƌivado͟,à afiƌŵaà Ŷoà toŵoà VI,à aoà tƌataƌà daà pƌesĐƌiçĆo,à
que o instituto atinge a pretensão,cobrindo sua 
efiĐĄĐia.à ͞áà expƌessĆoà ŵodeƌŶa,à tĠĐŶiĐa,à ͚pƌesĐƌiçĆo͛à
corresponde à praescriptiotemporis, 
teŵpoƌalispƌaesĐƌiptio,à isto,à Ġà exĐeçĆoà deà teŵpo.͟ O 
notável jurista ao comentar os dispositivos do Código 
aŶteƌioƌà ƌessaltava:à ͞áà disĐussĆoà soďƌeà seà aà pƌesĐƌiçĆoà
apaga o direito ou só encobre a eficácia da pretensão 
assenta em ignorância de história do direito romano, 
que, ainda nos primórdios, separa diƌeitoàeàaĐtioà ;...Ϳ.͟à
Atento a tal quadro, Miguel Reale, na exposição de 
motivos do Novo Código Civil ao Ministro da Justiça, 
esĐlaƌeĐeu:à͞MeŶçĆoàăàpaƌteàŵeƌeĐeàoàtƌataŵeŶtoàdadoà
aos problemas da prescrição e decadência, que, anos a 
fio, a doutrina e a jurisprudência tentaram em vão 
distinguir, sendo adotadas, às vezes, num mesmo 
Tribunal, teses conflitantes, com grave dano para a 
Justiça e assombro das partes. (...) Para por cobro a 
uma situação deveras desconcertante, optou a 
Comissão por uma fórmula que espanca quaisquer 
dúvidas. Prazos de prescrição, no sistema do Projeto, 
passam a ser, apenas e exclusivamente, os 
taxativamente discriminados na Parte Geral, Título IV, 
Capítulo I, sendo de decadência todos os demais, 
estabelecidos, em cada caso, isto é, como complemento 
de cada artigo que rege a matéria, tanto na Parte Geral 
como na Especial. (Senado Federal, 2002, p.40-ϰϭͿ͟à Oà
novo Código Civil pretendeu sancionar a operabilidade 
no capítulo que trata dos prazos extintivos e 
sistematizar adequadamente os institutos. Sobre a 
matéria, em artigo publicado após a edição do Código, 
Miguel Reale reafirma (REALE, Miguel. Visão Geral do 
Novo Código Civil. Revista dos Tribunais, São Paulo, 
n.808, p. 11-ϭϵ,à fev.à ϮϬϬϯͿ:à ͞Muitoà iŵpoƌtaŶteà foià aà
decisão tomada no sentido de estabelecer soluções 
normativas de modo a facilitar sua interpretação e 
aplicação pelo operador do Direito. Nessa ordem de 
ideias, o primeiro cuidado foi eliminar as dúvidas que 
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 15 
haviam persistido durante a aplicação do código 
anterior. Exemplo disso é o relativo à distinção entre 
prescrição e decadência, tendo sido baldados esforços 
no sentido de verificar-se quais eram os casos de uma 
ou de outra, com graves consequências de ordem 
prática. Para evitar esse inconveniente, resolveu se 
enumerar, na Parte Geral, os casos de prescrição, em 
numerusclausus, sendo as hipóteses de decadência 
previstas em imediata conexão com a disposição 
normativa que a estabelece. Assim é que, por exemplo, 
após o artigo declarar qual a responsabilidade do 
construtor de edifícios pela higidez da obra, é 
estabelecido o prazo de decadência para ser ela 
exigida.͟àássiŵ,àaàextiŶçĆoàdoàusufƌutoàpeloàŶĆoàusoàouà
fruição não está sujeita a qualquer prazo fixo, e sim, e 
exclusivamente, ao não atendimento da finalidade 
social do bem gravado. Compreendida a finalidade 
social em toda a sua extensão conceitual. Nessa 
direção, a pertinente lição de Anderson Schreiber 
(SCHREIBER, Anderson. Direito Civil e constituição. São 
Paulo: Atlas, p. 243-Ϯϲϲ,à ϮϬϭϯͿ:à ͞;...Ϳà Oà teƌŵoà fuŶçĆoà
social corresponde, portanto, a essa inserção de 
interesses sociais no âmbito da tutela da propriedade, 
que, com isso, deixa de ser encarada como direito 
tendencialmente absoluto, para se constituir em 
situação jurídica subjetiva complexa, composta de 
direitos, ônus, deveres, obrigações. A função social 
serve, mais, de fundamento, de verdadeira causa 
legitimadora da propriedade privada, a qual se legitima 
por meio do atendimento aos interesses sociais. Esses 
interesses sociais não são apenas os mencionados nos 
arts. 182 e 186 da Constituição e, mas incluem também 
quaisquer interesses voltados à realização dos valores 
ĐoŶstituĐioŶaisà ;...Ϳ͟à Doà exposto,à foƌçaà Ġà ĐoŶviƌà Ƌueà oà
usufrutuário é obrigado a exercer seu direito de uso e 
fruição em consonância com a finalidade social a que se 
destina a propriedade, conforme dispõem os arts. 1.228, 
§ 1º, do Código Civil e 5º, XXIII, da Constituição Federal. 
Por fim, confira-se o atual posicionamento do Superior 
Tribunal de Justiça, exarado no claro precedente, 
litteƌis:à ͞DI‘EITOà CIVIL.à ‘ECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE 
EXTINÇÃO DE USUFRUTO. PREQUESTIONAMENTO. 
AUSÊNCIA. SÚMULA 211/STJ. DISSÍDIO 
JURISPRUDENCIAL NÃO DEMONSTRADO. REEXAME DE 
FATOS E PROVAS. INADMISSIBILIDADE. NÃO USO OU 
NÃO FRUIÇÃO DO BEM GRAVADO COM USUFRUTO. 
PRAZO EXTINTIVO. INEXISTÊNCIA. INTERPRETAÇÃO POR 
ANALOGIA. IMPOSSIBILIDADE. EXIGÊNCIA DE 
CUMPRIMENTO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE. 
1- A ausência de decisão acerca de dispositivos legais 
indicados como violados, não obstante a interposição 
de embargos de declaração, impede o exame da 
insurgência quanto à matéria. 2- O dissídio 
jurisprudencial deve ser comprovado mediante o cotejo 
analítico entre acórdãos que versem sobre situações 
fáticas idênticas.3- O reexame de fatos e provas em 
recurso especial é inadmissível. 4- O usufruto encerra 
relação jurídica em que o usufrutuário - titular exclusivo 
dos poderes de uso e fruição - está obrigado a exercer 
seu direito em consonância com a finalidade social a 
que se destina a propriedade. Inteligência dos arts. 
1.228, § 1º, do CC e 5º, XXIII, da Constituição.5- No 
intuito de assegurar o cumprimento da função social da 
propriedade gravada, o Código Civil, sem prever prazo 
determinado, autoriza a extinção do usufruto pelo não 
uso ou pela não fruição do bem sobre o qual ele recai. 6- 
A aplicação de prazos de natureza prescricional não é 
cabível quando a demanda não tem por objetivo 
compelir a parte adversa ao cumprimento de uma 
prestação. 7- Tratando-se de usufruto, tampouco é 
admissível a incidência, por analogia, do prazo extintivo 
das servidões, pois a circunstância que é comum a 
ambos os institutos - extinção pelo não uso - não 
decorre, em cada hipótese, dos mesmos fundamentos. 
8- A extinção do usufruto pelo não uso pode ser levada 
a efeito sempre que, diante das circunstâncias da 
hipótese concreta, se constatar o não atendimento da 
finalidade social do bem gravado. 9- No particular, as 
premissas fáticas assentadas pelo acórdão recorrido 
revelam, de forma cristalina, que a finalidade social do 
imóvel gravado pelo usufruto não estava sendo 
atendida pela usufrutuária, que tinha o dever de adotar 
uma postura ativa de exercício de seu direito. 10- 
Recurso especial não provido. (REsp 1179259/MG, Rel. 
Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado 
em 14/05/2013, DJe 24/05/2013). 1- Utilização correta 
do idioma oficial e capacidade de exposição - 2 
Desenvolvimento do tema - 2.1 Inexistência de prazo 
extintivo - 2.1.1 Afirmação fundamentada de que não 
há prazo prescricional ou decadencial que possa ser 
aplicado para a extinção do usufruto pelo não uso ou 
fruição do bem gravado - 2.1.2 Alusão à natureza 
distinta dos prazos decadenciais e prescricionais, e 
explicação adequada da impossibilidade técnica de 
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 16 
aplicação por analogia dos aludidos prazos extintivos - 
2.2 A violação da finalidade social do bem gravado 
como única circunstância hábil à extinção do usufruto 
pelo não uso ou não fruição - 2.2.1 Explicação de que o 
usufrutuário é obrigado a exercer seu direito de uso e 
fruição em consonância com a finalidade social a que se 
destina a propriedade, conforme dispõem os arts. 1.228, 
§ 1º, do Código Civil e 5º, XXIII, da ConstituiçãoFederal, 
sob pena de extinção pelo não uso ou fruição 
adequados do bem gravado. 
Analista - Concurso: TJGO - Ano: 2007 - Banca: TJGO - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens - Como se 
classificam os bens públicos segundo o Código Civil? 
- Resposta: As três espécies de bens públicos previstas 
no Código Civil são os de uso comum do povo, os de uso 
especial e os dominicais ou dominiais (art. 99, I, II e III 
do CC). O efeito que esta classificação tem quanto à 
possibilidade de alienação desses bens dá-se na 
inalienabilidade dos bens públicos de uso comum do 
povo e de uso especial, enquanto conservarem esta 
qualificação (art. 100 do CC), e na alienabilidade dos 
bens dominicais ou dominiais, observadas as exigências 
da lei (art. 101 do CC). 
Procuradoria Estadual - Concurso: PGE-MS - Ano: 2004 - 
Banca: PGE-MS - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens 
- Cite dez hipóteses conhecidas de bens inexpropriáveis. 
Observação: não será considerada mais de uma espécie 
do mesmo gênero. 
Estágio - Concurso: DPU - Ano: 2013 - Banca: DPU - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens - SEGUNDA 
ETAPA DO MUTIRÃO DA CAIXA EM SC REPETE ÍNDICE DE 
81% DE ACORDOS - Florianópolis, 27/08/2013 –As 
audiências de conciliação do mutirão da Caixa Econômica 
e da Justiça Federal no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, 
igualaram o índice de acordos –81% –atingido pela 
primeira etapa da atividade, realizada na região Oeste do 
Estado em julho. Das 207 audiências promovidas entre 
19 e 23 de agosto, em 169 as partes chegaram a um 
acerto que possibilitará a quitação de dívidas de cidadãos 
com o banco. A Defensoria Pública da União (DPU) foi 
convidada para prestar assistência jurídica às pessoas 
que não tinham advogado constituído. Mais de R$ 4,3 
milhões de reais foram negociados nos acordos fechados 
no mutirão. As conciliações ocorreram nas sedes da 
Justiça Federal nas cidades de Blumenau, Brusque e Itajaí 
e envolveram ações previamente selecionadas pela 
Caixa. O destaque ficou para Blumenau, com índice de 
acordos de 92%. Para a defensora pública federal 
Vanessa Almeida Moreira Barossi, que representou a 
DPU na iniciativa, a campanha de valorização da 
conciliação tem surtido efeito, o que é demonstrado pelo 
alto índice de acordos. Vanessa conta que durante as 
audiências foi possível tratar também de questões de 
outras áreas, como saúde e habitação, além de divulgar e 
demonstrar na prática os serviços prestados pela DPU. 
Após passar pela região Oeste e pelo Vale do Itajaí, o 
mutirão seguirá em setembro para o Norte do Estado. As 
regiões Sul e Central de Santa Catarina devem receber a 
atividade nos meses de outubro e novembro, 
respectivamente. Assessoria de Imprensa Defensoria 
Pública da União Considerando o texto acima como mero 
elemento de inspiração, responda de modo objetivo às 
seguintes indagações: a) Os bens da Caixa Econômica 
Federal podem ser objeto de usucapião? b) Qual (is) é 
(são) a (s) espécie (s) de bem (ns) público (s) que pode 
(m) ser alienado(s)? Diferencie os bens públicos de uso 
comum do povo dos bens públicos de uso especial. c) 
Qual o prazo e quais as hipóteses de cabimento dos 
embargos infringentes? d) Sobre a ação rescisória, 
diferencie o juízo rescindente (iudiciumrescindens) do 
juízo rescisório (iudiciumrescissorium), indicando, ainda, 
ao menos três hipóteses de cabimento da ação rescisória 
previstas no Código de Processo Civil. 
- Resposta: a) Sim. Apenas os bens públicos são 
insuscetíveis de usucapião. A Caixa Econômica Federal é 
empresa pública federal, pessoa jurídica de direito 
privado destinada à exploração de atividade 
econômica. Seus bens, como regra, são passíveis de 
usucapião. Contudo, não são suscetíveis de usucapião 
os bens que estiverem afetados à prestação de serviço 
público ou forem originados de recursos públicos 
apenas administrados pela Caixa Econômica Federal, 
como os vinculados ao Sistema Financeiro de Habitação. 
b) Código Civil Brasileiro. Arts. 100 e 101. Os bens 
dominicais podem ser alienados. Os bens de uso comum 
do povo e os de uso especial são inalienáveis enquanto 
mantiverem essa qualificação. Os bens públicos de uso 
comum do povo são os bens que constituem o domínio 
público no sentido mais próprio. Estão à disposição da 
coletividade para o seu uso indiscriminado, 
independentemente de autorização. São eles: ruas, 
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 17 
praças, rios, estradas, mar territorial espaço aéreo, 
praia, entre outros. Ainda que de uso comum, o Poder 
Público tem o direito de regulamentar, podendo 
restringir ou até impedir o uso, desde que por motivo de 
interesse público. Os bens público de usos especial são 
aqueles que estão destinados a serviço ou 
estabelecimento da administração federal, estadual, 
territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias. 
São dirigidos a uma atividade pública específica e 
submetem-se aos agentes públicos no exercício de sua 
função. A sua utilização por parte dos administrados é 
indireta, e admitida sob forma de vantagens trazidas ao 
povo por parte das atividades do Estado. São eles: 
prédios de repartições públicas, museus, fortalezas, 
universidades, hospitais, entre outros; c) Código de 
Processo Civil. Art. 508. Prazo de 15 dias. Art. 530. 
Cabem embargos infringentes quando o acórdão não 
unânime houver reformado, em grau de apelação, a 
sentença de mérito, ou houver julgado procedente ação 
rescisória. Se o desacordo for parcial, os embargos 
serão restritos à matéria objeto da divergência; d) O 
juízo rescendente é aquele que permite a 
desconstituição da coisa julgada, uma vez que 
evidenciada no caso concreto uma das hipóteses 
previstas em lei para o cabimento da ação rescisória. O 
juízo rescisório é aquele que implica em um 
rejulgamento da matéria pelo mesmo Julgador que 
apreciou o juízo rescidente. Com efeito, em alguns 
casos, quando realizado o juízo rescidente, julgando-se 
procedente o pedido da ação rescisória o Órgão 
Julgador se limita a determinar a remessa dos autos ao 
Juízo que havia prolatado a decisão rescindida. Casos 
há, contudo, em que além de exercer o juízo 
rescindente, o Órgão Julgador da ação rescisória 
também exerce, desde logo, o juízo rescisório, 
rejulgando ele mesmo a demanda. Hipóteses de 
cabimento da ação rescisória: Art. 485. A sentença de 
mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida 
quando: I - se verificar que foi dada por prevaricação, 
concussão ou corrupção do juiz; II - proferida por juiz 
impedido ou absolutamente incompetente; III - resultar 
de dolo da parte vencedora em detrimento da parte 
vencida, ou de colusão entre as partes, a fim de fraudar 
a lei; IV - ofender a coisa julgada; V - violar literal 
disposição de lei; Vl - se fundar em prova, cuja falsidade 
tenha sido apurada em processo criminal, ou 
seja,provada na própria ação rescisória; Vll - depois da 
sentença, o autor obtiver documento novo, cuja 
existência ignorava, ou de que não pôde fazer uso, 
capaz, por si só, de Ihe assegurar pronunciamento 
favorável; VIII - houver fundamento para invalidar 
confissão, desistência ou transação, em que se baseou a 
sentença; IX - fundada em erro de fato, resultante de 
atos ou de documentos da causa; 
Oficial de Justiça - Concurso: TJGO - Ano: 2012 - Banca: 
UFG - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens - Em 
cumprimento ao mandado judicial de penhora, relativo a 
execução de um montante de R$ 5.000,00 (cinco mil 
reais), o oficial de justiçaencarregado da diligência 
compareceu à residência do executado, que lhe 
franqueou a entrada. No interior da residência, 
encontrou um televisor, uma geladeira, móveis usados 
em geral, correspondentes a um médio padrão de vida e 
roupas usadas de baixo valor. O executado lhe informou 
que esse era o seu único imóvel residencial e que era 
proprietário do automóvel estacionado na frente do 
prédio, que, no entanto, já havia sido penhorado em 
outra execução. Quais bens poderão ou não ser 
penhorados? É possível a realização de segunda penhora 
em bem já penhorado? 
- Resposta: No caso exposto o oficial de justiça em 
cumprimento do mandado de penhora não poderá 
penhorar os bens móveis encontrados na casa, pois de 
acordo com o art.649, II do CPC, são bens 
impenhoráveis, caracterizados por serem utilidades 
domésticas, sem alto valor, necessários a um médio 
padrão de vida. Também são impenhoráveis vestuários 
de baixo valor, consoante delibera o art.649, III do CPC. 
O único imóvel residencial é considerado bem de família 
nos termos da Lei 8.009/90, sendo da mesma forma 
impenhorável. Na circunstância apresentada, restará 
apenas realizar a segunda penhora do automóvel que já 
se encontra penhorado em outra execução, já que este 
é o único bem passível de penhora de propriedade do 
devedor. É possível a realização da segunda penhora de 
bem, já que este constitui o único bem ainda 
penhorável. Esta segunda penhora gerará concurso de 
crédito entre os dois credores, sendo aplicáveis as 
regras do direito de preferência em relação aos créditos. 
Ministério Público Estadual - Concurso: MPE-SP - Ano: 
2009 - Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Bens - Em que hipóteses o deferimento de 
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 18 
pedido de medida liminar de indisponibilidade de bem 
de família, em ação de improbidade administrativa 
contra prefeito municipal solteiro, seria possível? 
Justifique e fundamente a resposta. 
Advocacia de Estatais - Concurso: CAIXA - Ano: 2012 - 
Banca: CESGRANRIO - Disciplina: Direito Civil - Assunto: 
Bens - João Silva, solteiro e sem filhos, reside sozinho em 
imóvel próprio adquirido no ano de 2010. Em 2011, João 
contratou empréstimo com o Banco XPTO no valor de R$ 
100.000,00 (cem mil reais), pelo qual se obrigou a 
restituir mensalmente o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil 
reais), em 30 prestações iguais. Pagas as 10 primeiras 
prestações, num total de R$ 50.000,00 (cinquenta mil 
reais), João é demitido de seu emprego, tornando-se 
impossível a continuidade do pagamento das prestações. 
Em razão do inadimplemento, o Banco XPTO ingressa 
com ação de cobrança para reaver o saldo do 
empréstimo realizado. Considerando-se que o imóvel em 
que João reside é o único bem de seu patrimônio capaz 
de solver a dívida contraída, em consonância com os 
princípios do Direito Civil contemporâneo, pode o bem 
imóvel único de pessoa solteira ser penhorado? 
Justifique sua resposta com base na lei e no 
posicionamento jurisprudencial. 
- Resposta: O imóvel não poderá ser penhorado. O 
candidato deverá abordar na justificativa o que se 
segue. 1- Conceito de bem de família (Lei no 
8.009/1990, arts. 1o e 5o), 2-Conceito de entidade 
familiar (art. 226, parágrafos 3o e 4o, da Constituição 
Federal), 3- Conceito de impenhorabilidade (Lei no 
8.009/1990, arts. 1o e 5o), 4- Interpretação 
constitucional da Lei no 8.009/1990 com base nos 
princípios do direito à moradia (art. 6o, da Constituição 
Federal), do direito à igualdade de tratamento (art. 5o, 
da Constituição Federal) e da dignidade da pessoa 
humana (art. 1o, III, da Constituição Federal), 5-
Posicionamento majoritário do STJ a respeito da 
aplicação da impenhorabilidade do bem imóvel único 
que serve de residência para a pessoa solteira. 
Tribunais de Contas - Concurso: TCE-RJ - Ano: 2001 - 
Banca: ESAF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens - 
Os bens de autarquia e de sociedade de economia mista 
estão sujeitos à penhora? Como se processa a ação de 
execução de tais entidades? 
Defensoria Pública Estadual - Concurso: DPE-MT - Ano: 
2007 - Banca: DPE-MT - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Bens - Os bens singulares não são licitáveis por 
possuírem uma individualidade tal que o torna 
inassimilável a quaisquer outros. De que forma pode ser 
classificada esta individualidade? Exemplifique. 
Ministério Público Estadual - Concurso: MPE-SP - Ano: 
2010 - Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Bens - Os equipamentos urbanos públicos 
podem ser legalmente alienados? Justifique. 
Advocacia Geral da União - Concurso: Advogado da 
União - Ano: 2012 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito 
Civil - Assunto: Bens - PROVA ORAL-De acordo com 
entendimento jurisprudencial e doutrinário dominantes, 
é possível a determinação da impenhorabilidade de bens 
e de proteção ao bem de família, na modalidade prevista 
na Lei n.º 8.009/1990? Justifique sua resposta e cite 
exemplos pertinentes. 
Analista - Concurso: IFRN - Ano: 2012 - Banca: FUCERN - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens - Qual o conceito 
e quais os requisitos da Evicção? 
CAPACIDADE 
Defensoria Pública Estadual - Concurso: DPE-RO - Ano: 
2009 - Banca: FMP - Disciplina: Direito Civil - Assunto: 
Capacidade - Segundo entendimento do Supremo 
Tribunal Federal, o indígena é penalmente imputável, em 
princípio? É semi-imputável? É inimputável? Por quê? O 
indígena em geral assemelha-se aos oligofrênicos, em 
princípio? Por quê? Em termos de imputabilidade penal 
do indígena é imprescindível o Laudo Antropológico? 
Segundo o Supremo Tribunal Federal, o indígena é 
peŶalŵeŶteà iŵputĄvel,à fiĐaŶdoà sujeitoà ͞ăsà Ŷoƌŵasà doà
art. 26 e parágrafo único, do CP, que regulam a 
responsabilidade penal, em geral, inexistindo razão 
para exames psicológico ou antropológico, se presentes, 
nos autos, elementos suficientes para afastar qualquer 
dúvidaà soďƌeà suaà iŵputaďilidadeà ;...Ϳ͟;extƌaídoà daà
eŵeŶtaͿ.à Outƌossiŵ,à afiƌŵaà aà “upƌeŵaà Coƌteà Ƌueà ͞oà
índio, em nosso sistema jurídico, como já assinalado, só 
é considerado relativamente incapaz e, portanto, 
sujeito à tutela da União, para efeitos civis, nada 
impedindo que o índio ainda não integrado seja 
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criminalmente responsável, como se extrai do art. 56 da 
Lei nº 6.001/73, segundo o qual, no caso de condenação 
de índio por infração penal, a pena deverá ser atenuada 
e na sua aplicação o juiz atenderá também ao grau de 
integração do silvícola, norma que não teria nenhum 
sentido se o índio não integrado não fosse considerado 
iŵputĄvel͟à;fls.àϱϵϰ-595). HC nº 79.530-7-PA, 1ª Turma, 
unânime, rel. Min. Ilmar Galvão,16.12.1999. No mesmo 
sentido: HC 85.198-3 MA, 1ª Turma, unânime, rel. Min. 
Eros Grau, 17.11.2005. Considerando o fato de o índio, 
mesmo o não integrado, ser considerado penalmente 
imputável pelo STF, portanto, portador de uma normal 
higidez e desenvolvimento mental, tal fato mostra-se, 
evidentemente, incompatível com a oligofrênia, 
baseada no só fato da condição de indígena. 
CONCEITOS 
Diplomata - MRE - Ano: 2015 - Banca: CESPE - Disciplina: 
Direito Civil - Conceitos - Discorra sobre a paulatina 
erosão da dicotomia do direito (summa divisio) 
conducente à moderna publicização do direito privado. 
Defensoria Pública da União - Concurso: DPU - Ano: 
2007 - Banca: CESPE -

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