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Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br E-Book comprado por Valter Gomes Neves Junior - Proibida a transferência a terceiros 1 831-249 Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br E-Book comprado por Valter Gomes Neves Junior - Proibida a transferência a terceiros 2 http://www.questoesdiscursivas.com.br O melhor site de questões discursivas de concursos públicos. Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br E-Book comprado por Valter Gomes Neves Junior - Proibida a transferência a terceiros 3 ÍNDICE Atos, Fatos e Negócios Jurídicos-4 Bens-10 Capacidade-16 Conceito-19 Contratos-20 Direito Atuarial-44 Direito das Sucessões-46 Direitos de Família-74 Direitos da Personalidade-122 Direitos Reais-126 Domicílio-173 LINDB-183 Obrigações-186 Pessoa Jurídica-191 Pessoa Natural-197 Posse-206 Prescrição e Decadência-207 Registros-213 Responsabilidade Civil-214 Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br E-Book comprado por Valter Gomes Neves Junior - Proibida a transferência a terceiros 4 ATOS, FATOS E NEGÓCIOS JURÍDICOS Analista - TJGO - Ano: 2014 - Banca: TJGO - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - Discorra sobre fraude contra credores, fraude de execução e alienação de bem penhorado. aponte as diferenças e consequências jurídicas de cada instituto. (máximo de 20 linhas). Ministério Público Estadual - MPE-RJ - Ano: 2015 - Banca: MPE-RJ - Disciplina: Direito Civil - Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - Faça a distinção entre os planos da existência, validade e eficácia dos negócios jurídicos. Resposta objetivamente fundamentada. Defensoria Pública Estadual - DPE-CE - Ano: 2015 - Banca: FCC - Direito Civil - Atos, Fatos e Negócio Jurídico - Com relação ao abuso do direito, responda: a- para a caracterização do abuso do direito, é necessária comprovação de culpa? Justifique. b - o negócio jurídico abusivo é nulo ou anulável? Justifique. Aponte três características que diferenciam os negócios jurídicos nulos dos anuláveis. (elabore sua resposta definitiva em até 30 linhas). - Resposta: Abordagem Esperada: Na avaliação das Provas Discursivas será considerado o acerto das respostas dadas, grau de conhecimento do tema demonstrado pelo candidato, a fluência e a coerência da exposição e a correção (gramatical e jurídica) da linguagem. a. o abuso do direito caracteriza-se independentemente da comprovação de culpa, qualificando-se não pela intenção do agente, mas pelo exercício antifinalístico do direito, decorrente de manifesta desconformidade com os limites impostos por seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes (artigo 187 do Código Civil). A título ilustrativo, o Enunciado nº 37 das Jornadas de Direito Civilà doà CoŶselhoà daà Justiçaà Fedeƌalà dispƁeà Ƌueà ͞aà responsabilidade civil decorrente do abuso do direito independe de culpa e fundamenta-se somente no critério objetivo-finalístico". b. o negocio jurídico abusivo é nulo, pois contraria seu fim econômico ou social, a boa-fé ou os bons costumes, os quais constituem preceitos de ordem pública que, se ofendidos, implicam ilicitude do objeto (artigo 166. inciso II, do Código Civil). As seguintes características, dentre outras, diferenciam os negócios jurídicos nulos dos anuláveis: 1) não são suscetíveis de confirmação (artigo 169 do Código Civil): (2) não convalescem com o decurso do tempo (artigo 169 do código Civil) e (3) devem ser invalidados de oficio pelo juiz (artigo 168, § único, do Código Civil). Magistratura Federal - TRF1 - Ano: 2015 - Banca: CESPE - Direito Civil - Atos, Fatos e Negócio Jurídico - Discorra sobre a distinção entre o negócio jurídico simulado e o negócio jurídico em fraude à lei, e esclareça, preferencialmente com exemplos, em que pontos os dois se aproximam e se distanciam. Procuradoria Estadual - PGE-RS - Ano: 2015 - Banca: FUNDATEC - Direito Civil - Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - APELAÇÃO CIVEL. PRETENSÃO INDENIZATÓRIA. OFENSA A HONRA. MANIFESTAÇÃO PÚBLICA EM RADIO LOCAL. IMUNIDADE PARLAMENTAR INAPLICÁVEL NO CASO CONCRETO. EXCESSO NO EXERCICIO DE UM DIREITO GERAL DE LIBERDADE. VIOLAÇÃO A DIRETO DE RESERVA CONFIGURADA. INTELIGÊNCIA DO ART. 187 DO CC. Observada a ponderação necessária entre os princípios da livre manifestação do pensamento do demandado e da proteção à intimidade da parte demandante, tem-se que a prova fática inequívoca acerca da situação de constrangimento público sofrido pelo demandante. O excesso de manifestação verificado no agir do demandado permite o reconhecimento de situação que extrapola a simples liberdade de expressão do pensamento, gerando responsabilidade pelo abuso desmedido de manifestação. Situação esta que autoriza a intervenção judicial para a restrição proporcional e uma liberdade exercida de forma excessiva, reconhecendo-se hipótese de ilicitude prevista no art. 187 do CC brasileiro, combinado à proteção mais ampla à intimidade e à hora, conforme arts. 20 e 21 do mesmo diploma civil. Existindo a violação de direito de personalidade pela caracterização de um dano efetivo a atributos da personalidade da parte demandante, autorizada se encontra a aplicação do dever reparatório previsto no art. 927 do CC brasileiro, impor tanto reconhecer-se como devida indenização por danos extrapatrimoniais. (...) Em se tratando de dano extrapatrimoniais contatados a partir de um reconhecimento judicial de ilicitude decorrente da ponderação de princípios, por força da normalidade prevista no art. 187 do CC, tem-se que a incidência de Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br E-Book comprado por Valter Gomes Neves Junior - Proibida a transferência a terceiros 5 encargos de mora deve observar o desposto no art. 219 do CPC, contados a partir da citação processual. NEGADO PROVIMENTO AOS RECURSOS. (Apelação Cível Nº 70054666912, Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, UNANIME, JULGADO EM 28/05/2014). À luz da ementa no caso concreto, diferencie e explique a configuração da ilicitude cível como proposta, destacando o papel do elemento da culpa para eventual caracterização de ilicitude, observada a tipificação prevista no CC aos atos ilícitos. Discuta os reflexos dessa ilicitude no âmbito da responsabilidade civil e exemplifique. - Resposta: a. Situação geral do problema no campo da ilicitude (até 10 pontos); b. Tipificação e elementos do art. 186 do CC (até 10 pontos); c. Tipificação e elementos do art. 187 do CC (até 10 pontos); d. Construção diversa da hipótese do ilícito a partir do CC brasileiro de 2002. Questão do histórico e diferença para o CC anterior (até 10 pontos); e. Diferenças dos dois tipos legais e caracterização de uma ilicitude objetiva e subjetiva no novo CC brasileiro. Problema da culpa e do dano (até 15 pontos); f. Reflexos no âmbito da responsabilidade civil, para os fins do art. 927 do CC brasileiro (até 15 pontos); g. Teorias de restrições interna e externa a direitos fundamentais e diferenciação para a figura do abuso de direito (até 15 pontos); h. Exemplos e caracterização na jurisprudência, com eventuais aplicaçõesno âmbito dos Direitos de Personalidade (até 15 pontos). Procuradoria Estadual - PGE-RS - Ano: 2015 - Banca: FUNDATEC - Direito Civil - Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - O que aproxima ou distancia os princípios da autonomia privada (ou da autonomia da vontade) e da boa-fé em relação aos atos negociais? Justifique. - Resposta: a. Caracterização do princípio da autonomia privada (até 15 pontos); b. Caracterização do princípio da boa-fé (até 15 pontos); c. Relação de ambos no âmbito dos negócios jurídicos (até 10 pontos); d. Identificação de uma aproximação dos conceitos na perspectiva da potencialização do livre desenvolvimento da personalidade. Autonomia e responsabilidade em matéria negocial (até 20 pontos); e. Defesa de argumentos no sentido da aproximação ou do distanciamento (até 20 pontos); f. Exemplos e caracterização na jurisprudência (até 20 pontos). Defensoria Pública Estadual - Concurso: DPE-MG - Ano: 2014 - Banca: FUNDEP - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócio Jurídico - Considere a situação hipotética a seguir: Zélio da Silva Pinto tem conta-corrente no Banco X S/A, por meio do qual recebe seus proventos de aposentadoria pela Previdência Pública nacional. De 2009 até o ano passado, o correntista passou a contrair, por diversas modalidades de crédito oferecidas pelo seu banco entre elas créditos consignados, cartões de crédito e créditos pessoais, vários empréstimos junto à instituição financeira. Ocorre que Zélio, há aproximadamente cinco anos, tem demonstrado alteração comportamental, que culminou com a ação de interdição ajuizada pelo seu filho, seu curador, com curatela deferida em janeiro de 2014. Foram vários empréstimos sem nenhuma destinação específica, não tendo Zélio adquirido nada de valor, nem mesmo algum item novo para sua casa, que é simples e conta com móveis antigos. Em decorrência do número sempre crescente de parcelas dos empréstimos, com a diminuição de seu poder aquisitivo mensal, o senhor Zélio não teve condições de pagar o aluguel, tampouco o condomínio do apartamento em que vive no centro da Capital, tendo sido, inclusive réu em ação de despejo. Segundo Fábio, seu filho, relatório médico da lavra do Dr. ‘iďeiƌoàaĐeŶtuaàƋueàseuàpaiàestaǀaà͞soďàosàseusàĐuidadosà médicos desde 2 de janeiro de 2010 devido inicialmente a quadro de alterações da personalidade, conduta e comportamento com sintomatologia psicótica, tendo persistido com alterações de humor, personalidade, conduta e crítica compatível com processo demencial, com início provável a cerca de dois anos da data da primeira consulta psiquiátrica em 2 de janeiro de 2010, não apresentando capacidade de responder por si mesmo, com necessários cuidados de outros e tƌataŵeŶtoà ƌegulaƌà Đoŵà aà psiƋuiatƌiaà eà aà geƌiatƌia.͟à Fábio, preocupado, procurou a Defensoria Pública, buscando respostas para duas perguntas: A) Os contratos feitos com o Banco X S/A são negócios jurídicos válidos? B) Se, eventualmente, existirem contratos já liquidados, do ponto de vista jurídico, há alguma medida a ser tomada? Na qualidade de Defensor(a) Público(a), responda às questões de Fábio fundamentando suas respostas. Não acrescente fatos novos. - Resposta:Identificar a possibilidade dos contratos serem anulados. 0,30 - Identificar a anulação em razão da incapacidade do agente, abordar a questão da Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br E-Book comprado por Valter Gomes Neves Junior - Proibida a transferência a terceiros 6 interdição, que pode ter atos invalidados antes mesmo da sentença de interdição. 0,30 - Abordar a possibilidade de revisão dos contratos, mesmo já quitados, acentuando posição do STJ em sua Súmula 286. 0,10 - Estabelecer a repetição de indébito ou ação ordinária de restituição como medida a ser tomada. 0,30 Estagiário - Concurso: PGM-Rio de Janeiro - Ano: 2014 - Banca: PGM-Rio de Janeiro - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos -Indique três diferenças entre os atos nulos e atos anuláveis, exemplificando um de cada espécie (30 pontos). Magistratura Estadual - Concurso: TJSP - Ano: 2014 - Banca: VUNESP - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócio Jurídico - Acerca dos defeitos do negócio jurídico, quais seus conceitos, naturezas, afinidades, diferenças, modos (vícios do consentimento e vícios sociais) e consequências jurídicas? Notário - Concurso: TJSP - Ano: 2012 - Banca: VUNESP - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócio Jurídico - Proceda à distinção entre lesão e estado de perigo. Notário - Concurso: TJSP - Ano: 2012 - Banca: VUNESP - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócio Jurídico - DISSERTAÇÃO - Negócio Jurídico: Existência, Validade e Eficácia. Procuradoria Estadual - Concurso: PGE-AC - Ano: 2014 - Banca: FMP - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - Um dos defeitos dos negócios jurídicos é o dolo. Considerando tal defeito, responda, fundamentadamente, as seguintes questões: (a) O que diferencia o dolo do erro? (b) O dolo resulta em que vício para o negócio jurídico? (c) Há diferença entre o dolo ser acidental ou essencial? (d) É possível o dolo por omissão? (e) Em que consiste o dolo bilateral? - Resposta: Dolo e erro são defeitos do negocio jurídico, entretanto, o erro prescinde da participação ativa da parte que se beneficia do erro, enquanto o dolo precisa do aspecto subjetivo trazido pela indução no erro. Basicamente, o dolo é o erro induzido. A definição de dolo contem-se no art.145 CC. O dolo pode resultar em anulabilidade, em se tratando de dolo principal ou essencial, ou dar causa à indenização em caso de dolo acidental. Isto se diferencia nos arts. 145 e 146 ambos do CC. Logo, nem todo dolo causa anulabilidade, apenas se for essencial. O dolo acidental não afeta o negócio nos seus termos essenciais, de modo que ele seria realizado, apenas que o seria em outros termos. Já o dolo essencial afeta de tal forma o consentimento que o negocio não teria sido feito, não fosse o agir doloso. Isto os diferencia com base nos arts. 145 e 146 ambos do CC. Sim, o dolo por omissão é viável quando houver o chamado silencio intencional que consiste em omitir dado sem o qual o negocio não teria sido realizado. Ou seja, o dolo por omissão é relevante se revestir a qualidade de dolo essencial. A regra do art. 147 do CC prevê essa modalidade. O dolo bilateral ocorre quando ambas as partes agem de forma dolosa, de modo a que nenhuma possa alegar o defeito por conta da vedação de valer-se da própria torpeza. Isso se contem no disposto do art.150 do CC. Analista - Concurso: TJGO - Ano: 2007 - Banca: TJGO - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - Qual a diferença entre ato jurídico nulo e o anulável? - Resposta: A principal diferença entre o ato jurídico nulo e o anulável está na impossibilidade de convalidação do primeiro, ao contrário do que ocorre quanto ao segundo. As hipóteses previstas no Código Civil em que o ato jurídico é nulo são aquelas elencadas no art. 166, quais sejam, quando: a)celebrado por pessoa absolutamente incapaz; b)for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; c)o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; d)não revestir a forma prescrita em lei; e) for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; f) tiver por objeto fraudar lei imperativa e g) a lei taxativamente o declarar nulo, ouproibir-lhe a prática, sem cominar sanção. (2,0 pontos) Notário - Concurso: TJPI - Ano: 2013 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - José é credor quirografário de Antônio da quantia de R$ 100.000,00, representada por nota promissória emitida em 1.º/6/2013 e vencimento previsto para 30/8/2013. Antônio, proprietário do imóvel onde reside com a sua família e de uma edificação comercial avaliada em R$ 350.000,00, acedeu, em 30/7/2013, aos propósitos de Manuel e lhe transferiu a Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br E-Book comprado por Valter Gomes Neves Junior - Proibida a transferência a terceiros 7 propriedade desse último imóvel a título de dação em pagamento para a quitação de uma dívida no valor de R$ 200.000,00, que venceria em 30/11/2013. Por fim, em razão da obrigação devida por Antônio a José não ter sido paga no seu respectivo vencimento, este apresentou a nota promissória para protesto por falta de pagamento, mas até a presente data não sobreveio quitação. Com base na situação hipotética apresentada, redija texto dissertativo, propondo a solução para o litígio apresentado em relação ao direito de crédito de José em relação a Antônio. Analise as condutas de Antônio e Manuel e aborde, necessariamente, os seguintes aspectos: 1- espécie de fraude praticada por Antônio e Manuel; [valor: 0,40 pontos] 2- conceito da fraude praticada; [valor: 0,40 pontos] 3- natureza jurídica do ato; [valor: 0,75 pontos] 4- pressupostos ou requisitos fáticos necessários à configuração da fraude; [valor: 0,75 pontos] 5- efeitos da fraude no plano da eficácia do negócio jurídico em relação ao credor José; [valor: 0,75 pontos] 6- medida judicial para atacar a fraude. [valor: 0,75 pontos] - Resposta: 1- Apresentação (legibilidade, respeito às margens e indicação de parágrafos) e estrutura textual (organização das ideias em texto estruturado) - 0,00 a 0,20 – 2- Desenvolvimento do tema - 2.1 - Espécie de fraude praticada -0,00 a 0,40 - 2.2 Conceito da fraude praticada - 0,00 a 0,40 - 2.3 Natureza jurídica do ato - 0,00 a 0,75 - 2.4 Pressupostos ou requisitos fáticos necessários à configuração da fraude - 0,00 a 0,75 - 2.5 Efeitos da fraude no plano da eficácia do negócio jurídico em relação ao credor José -0,00 a 0,75 - 2.6 Medida judicial para desconstruir a fraude -0,00 a 0,75. Ministério Público Estadual - Concurso: MPE-SE - Ano: 2010 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - Arnaldo é portador de distúrbio mental que o impede de gerir sua vida civil, apesar de não aparentar possuir esse distúrbio. Mesmo nessa condição, Arnaldo não é interditado e, portanto, é civilmente capaz. Arnaldo vendeu sua bicicleta, ou seja, celebrou um contrato de compra e venda com Sérgio, que não sabia do problema de saúde mental do vendedor. A mãe de Arnaldo, receosa de o filho ter sido passado para trás, resolveu pedir anulação do negócio nos juizados especiais, sob o argumento de Arnaldo ser portador de distúrbio mental que o incapacita para a vida civil. Com relação à situação hipotética descrita acima, redija um texto dissertativo que aborde, necessariamente, os seguintes aspectos: 1- possibilidade de se invalidar o negócio celebrado por Arnaldo; 2- entendimento jurisprudencial acerca desse assunto. - Resposta: 1- Apresentação e estrutura textual (legibilidade, respeito às margens e indicação de parágrafos) - Desenvolvimento do tema 2.1 - Impossibilidade de se invalidar o negócio celebrado por Arnaldo (boa-fé) 2.2 - Entendimento jurisprudencial acerca do assunto incapacidade notória ou aparente. Estágio - Concurso: DPU - Ano: 2013 - Banca: DPU - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - CAIO foi submetido a uma cirurgia de alto risco em decorrência de graves problemas de saúde. Durante a realização da cirurgia, o médico informa à esposa de CAIO a respeito da necessidade de realização de outros procedimentos imprescindíveis à manutenção da vida de seu marido, não cobertos pela apólice de seguro saúde. Diante da necessidade de adaptação à nova cobertura, a esposa de CAIO assina, durante a cirurgia de seu marido, aditivo contratual com o plano de saúde (que sabia da grave situação de CAIO), cujas prestações eram excessivamente onerosas. Em face dessa situação, responda, de forma fundamentada, aos itens a seguir: a)O negócio jurídico firmado entre a esposa de Caio e o plano de saúde é inquinado por um vício de consentimento. Qual seria esse vício? b)O vício presente no negócio jurídico acima descrito faz com que o ato firmado se torne nulo ou anulável? Justifique. - Resposta: a)Sim. A hipótese trata de estado de perigo, conforme descrito no Art. 156, do CC. (30 pontos) b)O estado de perigo gera a anulabilidade do negócio jurídico, conforme preconiza o art. 171, inciso II do Código Civil. (60 pontos) Magistratura Estadual - Concurso: TJRJ - Ano: 2013 - Banca: TJRJ - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócio Jurídico - À luz da jurisprudência predominante, a fraude contra credores conduz à anulabilidade do negócio jurídico? Responda fundamentadamente. Advocacia - Concurso: TJSP - Ano: 2013 - Banca: VUNESP - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócio Jurídico - Explique, de acordo com a legislação civil atualmente vigente, a) no que consiste o instituto da Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br E-Book comprado por Valter Gomes Neves Junior - Proibida a transferência a terceiros 8 fraude contra credores. b) para se valer do instituto, até que momento o crédito a proteger deve ter sido constituído e qual a consequência jurídica da constatação. Defensoria Pública Estadual - Concurso: DPE-MT - Ano: 2007 - Banca: DPE-MT - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Fatos, Atos e Negócios Jurídicos - Defina dolo negativo, exemplificando-o e discorrendo sobre os seus requisitos. Resposta objetivamente justificada. Ministério Público Estadual - Concurso: MPE-RJ - Ano: 2011 - Banca: MPE-RJ - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Fatos, Atos e Negócios Jurídicos - Diferencie as teorias dos atos anormais, do risco proveito e do risco criado, esclarecendo qual (is) dela(s) foi (ou foram) adotada(s) no parágrafo único, do artigo 927, do Código Civil. RESPOSTA JUSTIFICADA. Procuradoria Estadual - Concurso: PGE-MS - Ano: 2004 - Banca: PGE-MS - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Fatos, Atos e Negócios Jurídicos - Discorra sobre o regime jurídico dos atos inexistentes. Tribunais de Contas - Concurso: TCE-RJ - Ano: 2001 - Banca: ESAF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Fatos, Atos e Negócios Jurídicos - Disserte sobre a teoria da imprevisão, abordando, além de outros que entender cabíveis, os seguintes pontos: a) tipos de contratos que comportam a sua aplicação; b) requisitos de aplicação; c) fundamentos da aplicabilidade no direito brasileiro; d) possibilidade ou não de sua aplicação aos contratos com cláusula de correção cambial frente a uma desvalorização da moeda. Procuradoria Legislativa - Concurso: Assembleia Legislativa - GO - Ano: 2008 - Banca: UEG - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Fatos, Atos e Negócios Jurídicos - Em nosso dia-a-dia, presenciamos à nossa volta, a todo instante, a ocorrência de fatos de toda natureza. Podemos distinguir, entre esses fatos, aqueles que são relevantes para o direito por produzirem efeitos jurídicos, ou seja, todos aqueles destinadosa criar, modificar, conservar e extinguir direitos. Analisando esses fatos, os doutrinadores têm procurado classificá- los, facilitando-lhes a compreensão. As diversas classificações trazem títulos nem sempre coincidentes, mas todas elas resguardam uma certa lógica. Entre os títulos mais conhecidos, encontram-se os seguintes: a) Fato Jurídico Natural Involuntário; b) Ato Jurídico em Sentido Estrito; c) Negócio Jurídico; d) Ato Jurídico Meramente Lícito; e) Ato Ilícito. Identifique cada um deles e justifique a inclusão do Ato Ilícito na classe dos Atos Jurídicos. Ministério Público Estadual - Concurso: MPE-SP - Ano: 2009 - Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Fatos, Atos e Negócios Jurídicos - Há diferença entre estado de perigo e estado de necessidade? Justifique e dê exemplos. Procuradoria Estadual - Concurso: PGE-PB - Ano: 2008 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Fatos, Atos e Negócios Jurídicos - Redija um texto dissertativo, fundamentado, acerca da conversão do negócio jurídico, referindo-se, necessariamente, aos requisitos desse ato. Ministério Público da União - Concurso: MPF - Ano: 2011 - Banca: MPF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Fatos, Atos e Negócios Jurídicos - Simulação. Conceito, requisitoseespécies. Ação de simulação e ação pauliana: distinção. Analista - Concurso: Tribunal Regional Eleitoral-RJ - Ano: 2012 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - Discorra sobre os institutos jurídicos fraude à execução e fraude contra credores. Em seu texto aborde, necessariamente, os seguintes aspectos: 1- objeto de cada um desses institutos; 2- meio a ser utilizado pelo credor para arguir cada um desses tipos de fraude; 3- efeito do reconhecimento da existência da fraude à execução e da fraude contra credores. Delegado - Concurso: PCGO - Ano: 2013 - Banca: UEG - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - Disserte sobre os vícios do consentimento da lesão e do estado de perigo, apontando seus elementos e diferenças. Explique e fundamente com artigos do Código Civil. - Resposta: O estado de perigo constitui uma forma especial de coação, art. 156 do CC. Esse mesmo artigo dispõe ainda que ocorre estado de perigo toda vez que o próprio negociante, pessoa de sua família ou amigo próximo estiver em perigo (elemento subjetivo), conhecido da outra parte, sendo este a única causa para a celebração do negócio e ficando caracterizada a Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br E-Book comprado por Valter Gomes Neves Junior - Proibida a transferência a terceiros 9 onerosidade excessiva (elemento objetivo). Tratando-se de pessoa não pertencente à família, segundo a doutrina atual majoritária (Flávio TARTUCE, p. 369; Nelson ROSENVALD e Cristiano CHAVES, p. 484; Pablo STOLZE). Exemplo: vultosos depósitos em dinheiro ou prestação de garantia exigidos por instituições hospitalares e clínicas em geral, a título de caução, para que o paciente possa ser atendido em situação emergencial (demais exemplos que envolvam a concorrência entre a ordem subjetiva e a natureza objetiva). São requisitos do estado de perigo: existência de grave dano, que o dano seja atual ou iminente; que o perigo seja causa determinante da declaração; o conhecimento do perigo pela outra parte; existência de obrigação onerosa excessivamente e a intenção do declarante de salvar a si ou a pessoa de sua família ou a terceiro. O vício de consentimento lesão, presente no artigo 157 CC, ocorre quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta, ou seja, na lesão o elemento subjetivo caracteriza-se com a premente necessidade ou inexperiência e o elemento objetivo com a onerosidade excessiva; de acordo com o princípio da operabilidade ou simplicidade, cabendo ao juiz, diante do caso concreto, averiguar a desproporção, partindo do pressuposto do acentuado desnível entre as prestações. Para a doutrina (já citada), o instituto da lesão visa proteger o contratante que se encontra em posição de inferioridade, ante o prejuízo por ele sofrido na conclusão do contrato, devido à desproporção existente entre as prestações das duas partes. Sendo que no estudo dos requisitos da lesão, diferentemente dos requisitos do estado de perigo, temos que apreciar a manifesta desproporção entre as prestações estabelecidas nas cláusulas do contrato (ordem objetiva). No parágrafo primeiro do art. 157, recomenda-se que a desproporção seja apreciada de acordo com os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico, o que vai ao encontro da ontognoseologia jurídica de Reale, eis que existe, na espécie, uma apreciação valorativa, hoje primaz para o Direito Privado, e o segundo requisito, de índole subjetiva, caracterizado pela inexperiência do contratante, sua situação cultural ou educacional ou premente necessidade do lesado no momento da contratação, mas diferente do estado de perigo, aqui o que se visa é a um lucro exagerado, da parte contratante que conhece a situação de inferioridade da parte contratada, sendo desnecessário o dolo, ou a intenção, o que é de plena importância no estado de perigo o dolo do contratante em relação ao contratado, dolo, vontade de prejudicar com maldade. Ambas as situações, segundo a doutrina atual, viabilizadas pela analogia do parágrafo segundo do art. 157, própria da lesão, mais o art. 178, inciso II do CC e o enunciado nº. 149 do CJF/STJ, tornam anuláveis tanto a lesão como a analogicamente o estado de perigo, ocorrendo uma integração, não uma subsunção, visando a conservação negocial. Assim, diante das diferenças entre lesão e estado de perigo, no que concerne ao estudo dos elementos subjetivos e objetivos, temos este último ponto como o de igualdade, ou integração destes dois vícios do consentimento atuais. Magistratura Estadual - Concurso: TJPE - Ano: 2013 - Banca: FCC - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - Mas, as leis tratam a astúcia de certa maneira, enquanto os filósofos, de outra – as leis, porque podem garantir um forte controle, os filósofos, na medida em que recorrem à razão e à inteligência. Na verdade, a razão requer que nada se faça com espírito de insídia, falsidade ou intento malicioso. Não é verdade que seja insidioso armar armadilhas, mesmo não seja tu aquele que começou o jogo nem tão pouco aquele que causou perturbação? É próprio dos animais selvagens caírem nesse estado, muitas vezes de uma maneira inconsequente. Da mesma maneira, poderia alguém pôr uma casa para venda e colocar um anúncio, qual armadilha, e vendê-la por causa dos defeitos, fazendo assim com que alguém corra o risco de nisso cair imprudentemente? Porque a degradação dos costumes é tão grande, encaro tal maneira de proceder como não constituindo propriamente um costume malévolo, nem como sendo algo que deve ser proibido tanto pela lei como pelo direito civil, no entanto, tal é proibido pela própria lei natural (Dos Deveres. De officis. Tradução de Carlos Humberto Gomes. P. 139, Ed. 70, Lisboa, 2000). Miguel Reale, após discorrer sobre a teoria doà͞ŵíŶiŵoàĠtiĐo͟,àƋueàpodeàseà ƌepƌoduzidaàatƌaǀĠsàdaà imagem dos círculos concêntricos, sendo o círculo maior o da Moral, e o circulo menor o do Direito, sustenta que ͞foƌaà daàMoƌalà existe oà ͞iŵoƌal͟,àŵasà existeà taŵďĠŵàoà ƋueàĠàapeŶasà͞aŵoƌal͟àouàiŶdifeƌeŶteàăàŵoƌal,àĐoŵo,àpoƌàexemplo, as regras que estabelecem os prazos Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br E-Book comprado por Valter Gomes Neves Junior - Proibida a transferência a terceiros 10 processuais e conclui: ͞HĄ,àpois,àƋueàdistiŶguiƌàuŵàĐaŵpoà de Direito que, se não é imoral, é pelo menos amoral, o que induz a representar o Direito e a Moral como dois ĐíƌĐulosà seĐaŶtes͟. Podemos dizer que dessas duas representações, de dois círculos concêntricos e de dois círculos secantes, a primeira corresponde à concepção ideal, e a segunda, à concepção real, ou pragmática, das relações entre o Direito e a Moral (Lições Preliminares de Direito, 27 ed, PP. 42-43, 11ª tiragem, Saraiva, 2012). Situe as armadilhas condenadas por Cícero, e responda em que círculos se encontram, segundo o entendimento de Miguel Reale. - Resposta: 1. Proibição de armadilhas encontra-se no círculo da moral. 2. As armadilhas não são simplesmente amorais nem ilegais, enquanto não proibidas por lei. 3. As armadilhas, porém, se condenadas pela lei encontram-se no campo do Direito. O Código Civil vigente condena as armadilhas em alguns dispositivos, ainda que implicitamente, por exemplo: agasalhando a regra da boa-fé objetiva (art. 422), determinando indenização se o alienante conhecia o vicio ou defeito da coisa alienada com vício redibitório (art. 443). Magistratura do Trabalho - Concurso: TRT9 - Ano: 2008 - Banca: TRT9 - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - Afirma-se que o princípio da boa-fé objetiva, além de ter função interpretativa e de integração do negócio jurídico, incide, também, como limitador, ao vedar o exercício abusivo de posições jurídicas. Explique estas funções, apontando exemplos. Analista - Concurso: TJGO - Ano: 2012 - Banca: UFG - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - Cite e explique cada um dos elementos do fato típico culposo. Ministério Público Estadual - Concurso: MPE-BA - Ano: 2012 - Banca: MPE-BA - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - Decerto a previsão legal da invalidade dos atos jurídicos apresenta- se como uma ferramenta que visa, inclusive, assegurar o poder estatal, eis que, em regra, finda por privar de efeitos aquilo que é adverso ao ordenamento jurídico. Entrementes, o novo Código Civil, atendendo a uma demanda doutrinária e jurisprudencial, incorporou a figura da Conversão do Negócio Jurídico. Nessa esteira, proceda a uma explanação sobre o referido instituto, abordando, necessariamente, os seguintes aspectos: conceito, natureza jurídica, requisitos, incidência, tipos e fundamentos. - Resposta: O candidato deveria abordar no introito os seguintes aspectos: I. Função instrumental do negócio jurídico; (o negócio jurídico como dínamo da atividade econômica) II. Escada Ponteana – Planos de existência, validade e eficácia do negócio Jurídico; III. Conceito e Graus de Invalidade do Negócio Jurídico (Nulidade e Anulabilidade); Em relação a conceito de invalidade o candidato deveria ter registrado que a invalidade é a consequência jurídica pela inobservância do preceito normativo no processo de formação do negócio jurídico., Destarte, o repúdio do ordenamento jurídico se dará em maior ou menor grau de intensidade , consoante o interesse que se pretenda tutelar (Nulidade como ferramenta de proteção do interesse público – Anulabilidade – mecanismo de proteção do interesse particular.). Outrossim, o candidato deveria ter acentuado a diferença entre as figuras aludidas. 1. Em relação ao conceito de conversão do negócio jurídico o candidato deveria ter registrado que a Conversão é uma figura jurídica que permite transformar um negócio primitivo inválido, em um negócio sucedâneo válido, observados os requisitos legais. ( art. 170 CC ) 2. Quanto a natureza jurídica, o candidato deveria ter registrado que trata-se de uma medida de re-valoração do comportamento negocial, porquanto, na situação hipotética, o negócio jurídico primitivo, em razão da invalidade, não está apto a obter a chancela do ordenamento, tal como celebrado. 3. No que diz respeito aos requisitos da Conversão, exigiu-se do candidato que registrasse, de plano, que para o sucesso da manobra de conversão é indispensável a presença no negócio primitivo dos elementos estruturantes do negócio jurídico (Sujeito,Objeto,Forma, Vontade). 4. Ademais, foi cobrado do candidato que fizesse menção ao elemento subjetivo: a)- a insciência pelas partes, da ineficácia jurídica lato sensu do negócio celebrado, b) a semelhança, essencialmente ás consequências jurídicas dos dois modelos jurídicos negociais diversos, c) a irrelevância do meio jurídico escolhido pelas partes em comparação com o fim prático por elas eleito. Nessa esteira, o candidato deveria ter gizado a compatibilidade com a vontade hipotética dos sujeitos. 5. De outra banda, no que tange ao elemento objetivo o candidato deveria ter citado a indispensabilidade da Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br E-Book comprado por Valter Gomes Neves Junior - Proibida a transferência a terceiros 11 identidade de objeto material (negócio primitivo- negócio convertido). Afora isso, o candidato também deveria ter salientado que para o êxito da operação de Conversão é indispensável que o interprete possua pleno domínio do repertório (tipos) jurídico consagrado na legislação. 6. Quanto à incidência, o candidato haveria de registrar que a despeito da previsão expressa do art. 170 do Código Civil, a melhor doutrina, entende aplicável a Conversão tanto aos negócios jurídicos nulos, quanto aos negócios jurídicos anuláveis, bem assim que os negócios jurídicos inexistentes são insuscetíveis de serem convertidos. 7. No que concerne a aplicação da conversão aos negócios jurídicos anuláveis o candidato deveria ter sublinhado que o recurso á indigitada técnica não pode ficar adstrita á vontade real ou conjectural do sujeito legitimado a eventual anulação do negócio jurídico, a contrário senso, haverá sempre de ser considerado o caráter bilateral do negócio jurídico. 8. Em relação aos tipos de Conversão cumpria ao candidato fazer alusão à Conversão Substancial, à Conversão Formal, e a Conversão Legal. Exigiu-se também, que apresentasse os fundamentos da Conversão, de sorte que o candidato, deveria registrar os seguintes aspectos: a) fazer referência ao princípio da segurança jurídica, b) fazer alusão ao princípio da conservação dos negócios jurídicos. c) fazer referência aos princípios da confiança e da boa-fé, d) demonstrar a importância do negócio jurídico como uma ferramenta de extremo valor para o trânsito dos bens jurídicos, e) fazer uma reflexão, no que diz respeito ao plano da Validade. Nessa senda, o candidato poderia ter citado sobre a necessidade da temperança dos princípios da segurança jurídica e da justiça intersubjetiva. Defensoria Pública Estadual - Concurso: DPE-MS - Ano: 2012 - Banca: VUNESP - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - Diante da comprovada prática de atos fraudulentos predeterminados com o intuito de lesar futuros credores, é possível anular atos de transmissão de bens invocando- se fraude contra credores? Fundamente. Notário - Concurso: TJPR - Ano: 2008 - Banca: TJPR - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Negócios Jurídicos - José Euzébio São Gonçalo, em data de 13 de novembro de 1997, adquiriu junto a AntonioCrisóstomo Neves uma área rural de 242,00 ha. (duzentos equarenta e dois hectares) pelo valor total de R$2.000.000,00 (dois milhões de reais), cujo pagamento foi avençado em 50,00% (cinquenta por cento) no ato, tendo sido dada quitação da parcela ao comprador. O restante do pagamento ficou para o dia 13 de novembro do ano seguinte. Vencido o prazo de pagamento, José Euzébio Sangonçalo, devido às intempéries que abateu sobre sua cultura, inclusive com a precipitação de granizo, impingindo-lhe grandes prejuízos, não pagou. José Euzébio Sangonçalo, com o propósito de dar cabo a seus compromissos e, possuindo outro bem imóvel, vendeu este a Guilherme do Amarante que, dentre outras condições, assumiu, com a concordância de AntonioCrisóstomo Neves, a dívida que José Euzébio tinha para com este. Pergunta-se: Qual o negócio jurídico obrigacional havido, em relação a José e Antônio? - Resposta: Novação – art. 360, II do C.C. Magistratura Federal - Concurso: TJDFT - Ano: 2009 - Banca: TJDFT - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - DisĐoƌƌaà soďƌeàoà ͞PƌiŶĐípioà daà CoŶǀeƌsĆoà “uďstaŶĐialà doà NegſĐioà JuƌídiĐo͟?à Foià acolhido pelo legislador civil? Justifique. Advocacia Geral da União - Concurso: Procurador da Fazenda Nacional - Ano: 2005 - Banca: ESAF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - Discorrer, de forma objetivamente fundamentada, a respeito da viabilidade do reconhecimento da fraude contra credores em sede de embargos de terceiro. Procuradoria Estadual - Concurso: PGE-PA - Ano: 2009 - Banca: PGE-PA - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - Em relação ao negócio jurídico e à sua validade, responda às seguintes questões. a. O Código Civil de 2002 admite a conversão do negócio jurídico? Se o faz, quais são seus pressupostos? Explique, fundamente e justifique. b. Pode haver a conservação de um negócio jurídico parcialmente inválido? No caso de ser possível, esclareça os pressupostos e os efeitos da nulidade. Fundamente e explique. Magistratura Federal - Concurso: TJDFT - Ano: 2009 - Banca: TJDFT - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - Há distinção entre Dolo Eventual e Culpa Consciente? Justifique a resposta. Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br E-Book comprado por Valter Gomes Neves Junior - Proibida a transferência a terceiros 12 Magistratura Estadual - Concurso: TJMG - Ano: 2009 - Banca: EJEF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - José Costa Manso foi a uma loja especializada em relógios comprar um que fosse completamente de ouro. Lá chegando, avistou um que o satisfez. Comprou-o, de imediato, sem indagações. Dias depois, ao mostrá-lo a um especialista, descobriu que o relógio não era de ouro, como pensava, já que relógio de ouro é apenas uma designação ao relógio recoberto ou banhado a ouro. Frustrada essa sua vontade, ou seja, não sendo o relógio completamente de ouro, como imaginava, e tendo-o comprado somente por isso, vê vício na coisa e quer ajuizar ação redibitória. Pergunta- se: teria ele sucesso na demanda? Responda justificadamente. Delegado de Polícia - Concurso: PCDF - Ano: 2007 - Banca: NCE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - O vício da lesão no negócio jurídico produz sempre a anulabilidade do ato? Explique Magistratura Estadual - Concurso: TJAP - Ano: 2006 - Banca: TJAP - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - Vícios sociais do ato jurídico. Defina-os. Indique-os. BENS Magistratura Estadual - TJPI - Ano: 2016 - Banca: FCC - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens - Romualdo Silva, maior e capaz, solteiro, afiançou contrato de locação para seu amigo Jonatan Pacheco, que como locatário o inadimpliu por vários meses, totalizando o débito de R$ 15.000,00. Só Romualdo foi acionado judicialmente, tendo alegado em defesa: (a) benefício de ordem em relação ao locatário; (b) impenhorabilidade como bem de família de seu único imóvel - no qual não reside mas que está locado a terceiros, com renda revertida para sua subsistência; e (c) o fato de a inadimplência do locatário ter ocorrido quando o contrato já se encontrava vigendo por tempo indeterminado, sem sua anuência, pelo que se teria exonerado. Josualdo Oliveira, como locador, alega em réplica que (a) no contrato Romualdo renunciou expressamente ao benefício de ordem, o que é válido; (b) Romualdo é fiador locatício e não reside no imóvel único, o que afastaria sua impenhorabilidade; e (c) que no contrato foi prevista a responsabilidade do fiador até a entrega efetiva das chaves, implicando a continuidade da garantia na vigência por tempo indeterminado, sem necessidade de anuência expressa do fiador. Examine as três questões trazidas no enunciado, como itens (a), (b) e (c), separadamente, posicionando-se expressamente em relação às teses levantadas, diante das disposições legais e da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça sobre tais questões. - Resposta: a. Não aproveita este benefício ao fiador se ele o renunciou expressamente (art. 828, I, Código Civil), conforme posicionamento da jurisprudência do STJ. 0,50 b. É entendimento sedimentado no STJ a impenhorabilidade do único imóvel residencial do devedor que esteja locado a terceiros, desde que a renda obtida com a locação seja revertida para a subsistência ou a moradia da sua família, bem como é válida a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação. A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação (art. 3o, VII, Lei no 8.009/1990). 0,50 c. Salvo disposição contratual em contrário, qualquer das garantias da locação se estende até a efetiva devolução do imóvel, ainda que prorrogada a locação por prazo indeterminado, por força desta lei. (art. 39, Lei no 8.245/1991). O STJ também admite a prorrogação da fiança nos contratos locatícios por prazo indeterminado. 1,00 Procurador Municipal - PGM-Palmas/TO - Ano: 2016 - Banca: COPESE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens Públicos - A fictícia Fundação Pública Municipal ͞UŶiǀeƌsidadeà Paƌaà Todos͟,à Ŷoà atoà deà sua criação, recebeu do município vasta área localizada no perímetro urbano. Sr. Ambrósio Celestino, de boa-fé, adentrou em parte da área e construiu um imóvel residencial, com uma lanchonete na frente da construção, erguida sem projeto arquitetônico nem alvará de construção, local onde reside com sua família e retira seu sustento. Aproximadamente 48 (quarenta e oito) meses após a ocupação, Sr. Ambrósio recebe uma notificação para desocupar o local. Imediatamente, procurou um Advogado, que propôs uma Ação Judicial de Interdito Proibitório com pedido alternativo de Indenização pela construção e Retenção até que a indenização seja paga. Como Procurador do Município, quais fundamentos Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br E-Book comprado por Valter Gomes Neves Junior - Proibida a transferência a terceiros 13 jurídicos Vossa Senhoria utilizaria para defender os interesses da Fundação Pública Municipal, em relação a cada pedido formulado pelo autor? - Resposta: A ocupação do Sr. Ambrósio não pode ser considerada como posse, mas sim como mera detenção, sendo inadmissível o pleito da proteção possessória contra o órgão público oupara proteger mera detenção. Não terá direito à indenização pelas acessões feitas, mesmo que de boa-fé, pois como não tem posse não exerce poderes inerentes à propriedade. A indenização por benfeitorias ou acessões pressupõe ainda, vantagem ao proprietário e impede que haja enriquecimento sem causa, já com a ocupação de áreas públicas não há vantagem, pois, além da construção não ter utilidade para o Poder Público, ensejará dispêndio para sua demolição, o que afasta o pleito indenizatório e por consequência o direito de retenção. O Estado deve fornecer moradia aos desamparados através das Políticas Públicas de Habitação e não beneficiando aqueles que invadem bens públicos. Procuradoria Estadual - PGE-PR - Ano: 2015 - Banca: PUC-PR - Direito Civil - Bens - Cite e explique 6 (seis) diferenças entre o regime jurídico das relações jurídicas reais que se estabelecem entre os sujeitos particulares e as coisas que lhes pertencem e o regime jurídico das relações jurídicas reais que se estabelecem entre o Estado e bens do seu domínio privado. - Resposta: Quesitos avaliados: 1) Apresentação e estrutura textual 2) Aspectos gramaticais e formais 3) Capacidade de interpretação, desenvolvimento e exposição do tema 4) Conteúdo jurídico: 4.1) Impenhorabilidade 4.2) Exigência de avaliação prévia, autorização legal e licitação para alienação 4.3) Impossibilidade de serem usucapidos 4.4) Impossibilidade de serem gravados por direitos reais de garantia (penhora/hipoteca) 4.5) Insucetibilidade de apossamento pelo particular, sendo que a permanência deste em bem público, é considerada mera detenção, não criando direito a ser defendido através de ações possessórias 4.6) Necessidade de licitação para sua aquisição onerosa 4.7) Imunidade tributária 4.8) Só podem ser desapropriados por entidade de maior grau hierárquico que o de seu titular 4.9) Incidência de prerrogativas do regime jurídico publicista em contratos que tenham por objeto bens públicos do domínio privado ainda que estes contratos sejam regidos predominantemente por regras do direito privado 4.10) Podem ser utilizados em caráter exclusivo por particulares mediante permissão, concessão ou autorização de uso 4.11) Podem ser objeto de enfiteuse (decreto lei 9.760/46) Notário - Concurso: TJPB - Ano: 2013 - Banca: IESES - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens - Como se dá a instituição e quais os efeitos do bem de família convencional? Qual a importância e abrangência do instituto, considerando o panorama jurídico atual? - Resposta:O instituto do bem de família convencional está previsto nos artigos 260/265 da Lei 6.015/13 (Lei de Registros Públicos) e no Código Civil, artigos 1711/1722. A Lei nº 8.009/1990, que regulamentou a figuƌaà doà ďeŵà deà faŵíliaà legal,à ouà ͞iŶvoluŶtĄƌio͟,à restringiu, em muito, a sua utilização, mas não revogou o instituto. Com referência ao regramento do atual CC, as inovações foram sensíveis, como a possibilidade de instituição do bem de família pela entidade familiar, e não somente pelos cônjuges unidos por matrimônio; possibilidade de instituição do bem de família também por terceiros, seja por testamento ou instrumento de doação; possibilidade de abranger adicionalmente valores mobiliários; possibilidade de abranger as pertenças e acessórios do bem imóvel; limitação do valor a 1/3 do patrimônio líquido do instituidor; previsão expressa quanto à permissão de penhora por dívidas condominiais. Necessária formalização do ato de vontade por escritura pública, levada a registro no Ofício de Imóveis competente. Outro requisito essencial é que o bem afetado seja aquele destinado ao ͞doŵiĐílioà faŵiliaƌ͟.à “Ćoà ƌeƋuisitosà espeĐífiĐosà deà legitimidade para a constituição do bem de família a propriedade e faculdade de disposição do bem, a solvência do instituidor e o efetivo domicílio da família no imóvel. Magistratura Estadual - Concurso: TJDFT - Ano: 2014 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens - O que é exigível para levar a efeito a extinção do usufruto pelo não uso ou não fruição do bem gravado? Responda fundamentadamente e conforme entendimento jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça, indicando eventual incidência de prazo extintivo e sua natureza jurídica, ou outra circunstância hábil à Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br E-Book comprado por Valter Gomes Neves Junior - Proibida a transferência a terceiros 14 extinção do usufruto pelo não uso ou não fruição do bem gravado. prevê o Código Civil qualquer prazo extintivo para a extinção do usufruto pelo não uso ou não fruição do bem gravado. Registre-se que a regra do art. 739, VI, do CC de 1916 não foi reeditada no Código de 2002. Não obstante, há entendimentos que admitem a aplicação, por analogia, do art. 1.389, III, do CC, que estabelece prazo decenal para extinção da servidão, embora silencie quanto ao diverso instituto do usufruto. Há outros posicionamentos que concluem pela pertinência da aplicação, por analogia, do prazo geral prescricional decenal do art. 205 do Código Civil. O posicionamento atual do Superior Tribunal de Justiça afasta, contudo, a possibilidade de aplicação de qualquer prazo extintivo à hipótese, em coerente interpretação da lei civil e rigorosa obediência à dogmática dos prazos extintivos. Com efeito, os prazos extintivos têm por finalidade propiciar segurança e paz social. E admitir aplicação por analogia implica alcançar o reverso do se pretende e se deve resguardar. Ressalte-se que, no que tange à decadência, com a operabilidade do Código Civil todos os prazos decadenciais estão dispostos, conforme esĐlaƌeĐeà Miguelà ‘eale,à ͞eŵà iŵediataà ĐoŶexĆoà Đoŵà aà disposição normativa que a estabelece. Assim é que, por exemplo, após o artigo declarar qual a responsabilidade do construtor de edifícios pela higidez da obra, é estabelecido o prazo de decadência para ser ela exigida͟.à Eà ŶĆoà hĄà ƋualƋueƌà pƌazoà estaďeleĐidoà Ŷaà leià civil para a extinção do usufruto pelo não uso. Os prazos prescricionais, de outro norte, não se dirigem a extinção de direitos, e sim a extinção de pretensões. A hipótese é de extinção do direito de usufruto do bem gravado. Anote-se, neste ponto que, dentre as longas e profícuas discussões travadas pela doutrina na tentativa de diferenciar cientificamente o instituto da prescrição e da decadência, em decorrência do tratamento legal idêntico no Código anterior, merecem destaque os estudos de Câmara Leal (CÂMARA LEAL, Antônio Luís da. Da prescrição e da decadência, 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1959) e de Agnelo Amorim (AMORIM FILHO, Agnelo. Critério científico para distinguir a prescrição da decadência e para identificar as ações imprescritíveis. Revista de Direito Processual Civil, v.3,1962), tendo este último tomado como ponto de partida a classificação dos direitos desenvolvida por Chiovenda, que os dividem em duas grandes categorias: a dos direitos a uma prestação, susceptíveis de violação, reclamados por ação de natureza condenatória e sob a disciplina da prescrição, e a dos direitos potestativos, caracterizados pelo estado de sujeição que seu exercício cria para o outro sem o concurso de vontade deste, insuscetíveis desse modo de violação, exercidos extrajudicialmente ou em ações constitutivas, sujeitos à disciplina dos prazos decadenciais. Pontes de Miranda, Ƌueà ĐoŶĐluiuà aà iŶĐoŵpaƌĄvelà oďƌaà ͞Tƌatado de Direito Pƌivado͟,à afiƌŵaà Ŷoà toŵoà VI,à aoà tƌataƌà daà pƌesĐƌiçĆo,à que o instituto atinge a pretensão,cobrindo sua efiĐĄĐia.à ͞áà expƌessĆoà ŵodeƌŶa,à tĠĐŶiĐa,à ͚pƌesĐƌiçĆo͛à corresponde à praescriptiotemporis, teŵpoƌalispƌaesĐƌiptio,à isto,à Ġà exĐeçĆoà deà teŵpo.͟ O notável jurista ao comentar os dispositivos do Código aŶteƌioƌà ƌessaltava:à ͞áà disĐussĆoà soďƌeà seà aà pƌesĐƌiçĆoà apaga o direito ou só encobre a eficácia da pretensão assenta em ignorância de história do direito romano, que, ainda nos primórdios, separa diƌeitoàeàaĐtioà ;...Ϳ.͟à Atento a tal quadro, Miguel Reale, na exposição de motivos do Novo Código Civil ao Ministro da Justiça, esĐlaƌeĐeu:à͞MeŶçĆoàăàpaƌteàŵeƌeĐeàoàtƌataŵeŶtoàdadoà aos problemas da prescrição e decadência, que, anos a fio, a doutrina e a jurisprudência tentaram em vão distinguir, sendo adotadas, às vezes, num mesmo Tribunal, teses conflitantes, com grave dano para a Justiça e assombro das partes. (...) Para por cobro a uma situação deveras desconcertante, optou a Comissão por uma fórmula que espanca quaisquer dúvidas. Prazos de prescrição, no sistema do Projeto, passam a ser, apenas e exclusivamente, os taxativamente discriminados na Parte Geral, Título IV, Capítulo I, sendo de decadência todos os demais, estabelecidos, em cada caso, isto é, como complemento de cada artigo que rege a matéria, tanto na Parte Geral como na Especial. (Senado Federal, 2002, p.40-ϰϭͿ͟à Oà novo Código Civil pretendeu sancionar a operabilidade no capítulo que trata dos prazos extintivos e sistematizar adequadamente os institutos. Sobre a matéria, em artigo publicado após a edição do Código, Miguel Reale reafirma (REALE, Miguel. Visão Geral do Novo Código Civil. Revista dos Tribunais, São Paulo, n.808, p. 11-ϭϵ,à fev.à ϮϬϬϯͿ:à ͞Muitoà iŵpoƌtaŶteà foià aà decisão tomada no sentido de estabelecer soluções normativas de modo a facilitar sua interpretação e aplicação pelo operador do Direito. Nessa ordem de ideias, o primeiro cuidado foi eliminar as dúvidas que Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br E-Book comprado por Valter Gomes Neves Junior - Proibida a transferência a terceiros 15 haviam persistido durante a aplicação do código anterior. Exemplo disso é o relativo à distinção entre prescrição e decadência, tendo sido baldados esforços no sentido de verificar-se quais eram os casos de uma ou de outra, com graves consequências de ordem prática. Para evitar esse inconveniente, resolveu se enumerar, na Parte Geral, os casos de prescrição, em numerusclausus, sendo as hipóteses de decadência previstas em imediata conexão com a disposição normativa que a estabelece. Assim é que, por exemplo, após o artigo declarar qual a responsabilidade do construtor de edifícios pela higidez da obra, é estabelecido o prazo de decadência para ser ela exigida.͟àássiŵ,àaàextiŶçĆoàdoàusufƌutoàpeloàŶĆoàusoàouà fruição não está sujeita a qualquer prazo fixo, e sim, e exclusivamente, ao não atendimento da finalidade social do bem gravado. Compreendida a finalidade social em toda a sua extensão conceitual. Nessa direção, a pertinente lição de Anderson Schreiber (SCHREIBER, Anderson. Direito Civil e constituição. São Paulo: Atlas, p. 243-Ϯϲϲ,à ϮϬϭϯͿ:à ͞;...Ϳà Oà teƌŵoà fuŶçĆoà social corresponde, portanto, a essa inserção de interesses sociais no âmbito da tutela da propriedade, que, com isso, deixa de ser encarada como direito tendencialmente absoluto, para se constituir em situação jurídica subjetiva complexa, composta de direitos, ônus, deveres, obrigações. A função social serve, mais, de fundamento, de verdadeira causa legitimadora da propriedade privada, a qual se legitima por meio do atendimento aos interesses sociais. Esses interesses sociais não são apenas os mencionados nos arts. 182 e 186 da Constituição e, mas incluem também quaisquer interesses voltados à realização dos valores ĐoŶstituĐioŶaisà ;...Ϳ͟à Doà exposto,à foƌçaà Ġà ĐoŶviƌà Ƌueà oà usufrutuário é obrigado a exercer seu direito de uso e fruição em consonância com a finalidade social a que se destina a propriedade, conforme dispõem os arts. 1.228, § 1º, do Código Civil e 5º, XXIII, da Constituição Federal. Por fim, confira-se o atual posicionamento do Superior Tribunal de Justiça, exarado no claro precedente, litteƌis:à ͞DI‘EITOà CIVIL.à ‘ECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE EXTINÇÃO DE USUFRUTO. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULA 211/STJ. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO DEMONSTRADO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INADMISSIBILIDADE. NÃO USO OU NÃO FRUIÇÃO DO BEM GRAVADO COM USUFRUTO. PRAZO EXTINTIVO. INEXISTÊNCIA. INTERPRETAÇÃO POR ANALOGIA. IMPOSSIBILIDADE. EXIGÊNCIA DE CUMPRIMENTO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE. 1- A ausência de decisão acerca de dispositivos legais indicados como violados, não obstante a interposição de embargos de declaração, impede o exame da insurgência quanto à matéria. 2- O dissídio jurisprudencial deve ser comprovado mediante o cotejo analítico entre acórdãos que versem sobre situações fáticas idênticas.3- O reexame de fatos e provas em recurso especial é inadmissível. 4- O usufruto encerra relação jurídica em que o usufrutuário - titular exclusivo dos poderes de uso e fruição - está obrigado a exercer seu direito em consonância com a finalidade social a que se destina a propriedade. Inteligência dos arts. 1.228, § 1º, do CC e 5º, XXIII, da Constituição.5- No intuito de assegurar o cumprimento da função social da propriedade gravada, o Código Civil, sem prever prazo determinado, autoriza a extinção do usufruto pelo não uso ou pela não fruição do bem sobre o qual ele recai. 6- A aplicação de prazos de natureza prescricional não é cabível quando a demanda não tem por objetivo compelir a parte adversa ao cumprimento de uma prestação. 7- Tratando-se de usufruto, tampouco é admissível a incidência, por analogia, do prazo extintivo das servidões, pois a circunstância que é comum a ambos os institutos - extinção pelo não uso - não decorre, em cada hipótese, dos mesmos fundamentos. 8- A extinção do usufruto pelo não uso pode ser levada a efeito sempre que, diante das circunstâncias da hipótese concreta, se constatar o não atendimento da finalidade social do bem gravado. 9- No particular, as premissas fáticas assentadas pelo acórdão recorrido revelam, de forma cristalina, que a finalidade social do imóvel gravado pelo usufruto não estava sendo atendida pela usufrutuária, que tinha o dever de adotar uma postura ativa de exercício de seu direito. 10- Recurso especial não provido. (REsp 1179259/MG, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 14/05/2013, DJe 24/05/2013). 1- Utilização correta do idioma oficial e capacidade de exposição - 2 Desenvolvimento do tema - 2.1 Inexistência de prazo extintivo - 2.1.1 Afirmação fundamentada de que não há prazo prescricional ou decadencial que possa ser aplicado para a extinção do usufruto pelo não uso ou fruição do bem gravado - 2.1.2 Alusão à natureza distinta dos prazos decadenciais e prescricionais, e explicação adequada da impossibilidade técnica de Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br E-Book comprado por Valter Gomes Neves Junior - Proibida a transferência a terceiros 16 aplicação por analogia dos aludidos prazos extintivos - 2.2 A violação da finalidade social do bem gravado como única circunstância hábil à extinção do usufruto pelo não uso ou não fruição - 2.2.1 Explicação de que o usufrutuário é obrigado a exercer seu direito de uso e fruição em consonância com a finalidade social a que se destina a propriedade, conforme dispõem os arts. 1.228, § 1º, do Código Civil e 5º, XXIII, da ConstituiçãoFederal, sob pena de extinção pelo não uso ou fruição adequados do bem gravado. Analista - Concurso: TJGO - Ano: 2007 - Banca: TJGO - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens - Como se classificam os bens públicos segundo o Código Civil? - Resposta: As três espécies de bens públicos previstas no Código Civil são os de uso comum do povo, os de uso especial e os dominicais ou dominiais (art. 99, I, II e III do CC). O efeito que esta classificação tem quanto à possibilidade de alienação desses bens dá-se na inalienabilidade dos bens públicos de uso comum do povo e de uso especial, enquanto conservarem esta qualificação (art. 100 do CC), e na alienabilidade dos bens dominicais ou dominiais, observadas as exigências da lei (art. 101 do CC). Procuradoria Estadual - Concurso: PGE-MS - Ano: 2004 - Banca: PGE-MS - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens - Cite dez hipóteses conhecidas de bens inexpropriáveis. Observação: não será considerada mais de uma espécie do mesmo gênero. Estágio - Concurso: DPU - Ano: 2013 - Banca: DPU - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens - SEGUNDA ETAPA DO MUTIRÃO DA CAIXA EM SC REPETE ÍNDICE DE 81% DE ACORDOS - Florianópolis, 27/08/2013 –As audiências de conciliação do mutirão da Caixa Econômica e da Justiça Federal no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, igualaram o índice de acordos –81% –atingido pela primeira etapa da atividade, realizada na região Oeste do Estado em julho. Das 207 audiências promovidas entre 19 e 23 de agosto, em 169 as partes chegaram a um acerto que possibilitará a quitação de dívidas de cidadãos com o banco. A Defensoria Pública da União (DPU) foi convidada para prestar assistência jurídica às pessoas que não tinham advogado constituído. Mais de R$ 4,3 milhões de reais foram negociados nos acordos fechados no mutirão. As conciliações ocorreram nas sedes da Justiça Federal nas cidades de Blumenau, Brusque e Itajaí e envolveram ações previamente selecionadas pela Caixa. O destaque ficou para Blumenau, com índice de acordos de 92%. Para a defensora pública federal Vanessa Almeida Moreira Barossi, que representou a DPU na iniciativa, a campanha de valorização da conciliação tem surtido efeito, o que é demonstrado pelo alto índice de acordos. Vanessa conta que durante as audiências foi possível tratar também de questões de outras áreas, como saúde e habitação, além de divulgar e demonstrar na prática os serviços prestados pela DPU. Após passar pela região Oeste e pelo Vale do Itajaí, o mutirão seguirá em setembro para o Norte do Estado. As regiões Sul e Central de Santa Catarina devem receber a atividade nos meses de outubro e novembro, respectivamente. Assessoria de Imprensa Defensoria Pública da União Considerando o texto acima como mero elemento de inspiração, responda de modo objetivo às seguintes indagações: a) Os bens da Caixa Econômica Federal podem ser objeto de usucapião? b) Qual (is) é (são) a (s) espécie (s) de bem (ns) público (s) que pode (m) ser alienado(s)? Diferencie os bens públicos de uso comum do povo dos bens públicos de uso especial. c) Qual o prazo e quais as hipóteses de cabimento dos embargos infringentes? d) Sobre a ação rescisória, diferencie o juízo rescindente (iudiciumrescindens) do juízo rescisório (iudiciumrescissorium), indicando, ainda, ao menos três hipóteses de cabimento da ação rescisória previstas no Código de Processo Civil. - Resposta: a) Sim. Apenas os bens públicos são insuscetíveis de usucapião. A Caixa Econômica Federal é empresa pública federal, pessoa jurídica de direito privado destinada à exploração de atividade econômica. Seus bens, como regra, são passíveis de usucapião. Contudo, não são suscetíveis de usucapião os bens que estiverem afetados à prestação de serviço público ou forem originados de recursos públicos apenas administrados pela Caixa Econômica Federal, como os vinculados ao Sistema Financeiro de Habitação. b) Código Civil Brasileiro. Arts. 100 e 101. Os bens dominicais podem ser alienados. Os bens de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis enquanto mantiverem essa qualificação. Os bens públicos de uso comum do povo são os bens que constituem o domínio público no sentido mais próprio. Estão à disposição da coletividade para o seu uso indiscriminado, independentemente de autorização. São eles: ruas, Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br E-Book comprado por Valter Gomes Neves Junior - Proibida a transferência a terceiros 17 praças, rios, estradas, mar territorial espaço aéreo, praia, entre outros. Ainda que de uso comum, o Poder Público tem o direito de regulamentar, podendo restringir ou até impedir o uso, desde que por motivo de interesse público. Os bens público de usos especial são aqueles que estão destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias. São dirigidos a uma atividade pública específica e submetem-se aos agentes públicos no exercício de sua função. A sua utilização por parte dos administrados é indireta, e admitida sob forma de vantagens trazidas ao povo por parte das atividades do Estado. São eles: prédios de repartições públicas, museus, fortalezas, universidades, hospitais, entre outros; c) Código de Processo Civil. Art. 508. Prazo de 15 dias. Art. 530. Cabem embargos infringentes quando o acórdão não unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado procedente ação rescisória. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto da divergência; d) O juízo rescendente é aquele que permite a desconstituição da coisa julgada, uma vez que evidenciada no caso concreto uma das hipóteses previstas em lei para o cabimento da ação rescisória. O juízo rescisório é aquele que implica em um rejulgamento da matéria pelo mesmo Julgador que apreciou o juízo rescidente. Com efeito, em alguns casos, quando realizado o juízo rescidente, julgando-se procedente o pedido da ação rescisória o Órgão Julgador se limita a determinar a remessa dos autos ao Juízo que havia prolatado a decisão rescindida. Casos há, contudo, em que além de exercer o juízo rescindente, o Órgão Julgador da ação rescisória também exerce, desde logo, o juízo rescisório, rejulgando ele mesmo a demanda. Hipóteses de cabimento da ação rescisória: Art. 485. A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: I - se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; II - proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente; III - resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou de colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; IV - ofender a coisa julgada; V - violar literal disposição de lei; Vl - se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal, ou seja,provada na própria ação rescisória; Vll - depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de Ihe assegurar pronunciamento favorável; VIII - houver fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, em que se baseou a sentença; IX - fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa; Oficial de Justiça - Concurso: TJGO - Ano: 2012 - Banca: UFG - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens - Em cumprimento ao mandado judicial de penhora, relativo a execução de um montante de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), o oficial de justiçaencarregado da diligência compareceu à residência do executado, que lhe franqueou a entrada. No interior da residência, encontrou um televisor, uma geladeira, móveis usados em geral, correspondentes a um médio padrão de vida e roupas usadas de baixo valor. O executado lhe informou que esse era o seu único imóvel residencial e que era proprietário do automóvel estacionado na frente do prédio, que, no entanto, já havia sido penhorado em outra execução. Quais bens poderão ou não ser penhorados? É possível a realização de segunda penhora em bem já penhorado? - Resposta: No caso exposto o oficial de justiça em cumprimento do mandado de penhora não poderá penhorar os bens móveis encontrados na casa, pois de acordo com o art.649, II do CPC, são bens impenhoráveis, caracterizados por serem utilidades domésticas, sem alto valor, necessários a um médio padrão de vida. Também são impenhoráveis vestuários de baixo valor, consoante delibera o art.649, III do CPC. O único imóvel residencial é considerado bem de família nos termos da Lei 8.009/90, sendo da mesma forma impenhorável. Na circunstância apresentada, restará apenas realizar a segunda penhora do automóvel que já se encontra penhorado em outra execução, já que este é o único bem passível de penhora de propriedade do devedor. É possível a realização da segunda penhora de bem, já que este constitui o único bem ainda penhorável. Esta segunda penhora gerará concurso de crédito entre os dois credores, sendo aplicáveis as regras do direito de preferência em relação aos créditos. Ministério Público Estadual - Concurso: MPE-SP - Ano: 2009 - Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens - Em que hipóteses o deferimento de Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br E-Book comprado por Valter Gomes Neves Junior - Proibida a transferência a terceiros 18 pedido de medida liminar de indisponibilidade de bem de família, em ação de improbidade administrativa contra prefeito municipal solteiro, seria possível? Justifique e fundamente a resposta. Advocacia de Estatais - Concurso: CAIXA - Ano: 2012 - Banca: CESGRANRIO - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens - João Silva, solteiro e sem filhos, reside sozinho em imóvel próprio adquirido no ano de 2010. Em 2011, João contratou empréstimo com o Banco XPTO no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), pelo qual se obrigou a restituir mensalmente o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), em 30 prestações iguais. Pagas as 10 primeiras prestações, num total de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), João é demitido de seu emprego, tornando-se impossível a continuidade do pagamento das prestações. Em razão do inadimplemento, o Banco XPTO ingressa com ação de cobrança para reaver o saldo do empréstimo realizado. Considerando-se que o imóvel em que João reside é o único bem de seu patrimônio capaz de solver a dívida contraída, em consonância com os princípios do Direito Civil contemporâneo, pode o bem imóvel único de pessoa solteira ser penhorado? Justifique sua resposta com base na lei e no posicionamento jurisprudencial. - Resposta: O imóvel não poderá ser penhorado. O candidato deverá abordar na justificativa o que se segue. 1- Conceito de bem de família (Lei no 8.009/1990, arts. 1o e 5o), 2-Conceito de entidade familiar (art. 226, parágrafos 3o e 4o, da Constituição Federal), 3- Conceito de impenhorabilidade (Lei no 8.009/1990, arts. 1o e 5o), 4- Interpretação constitucional da Lei no 8.009/1990 com base nos princípios do direito à moradia (art. 6o, da Constituição Federal), do direito à igualdade de tratamento (art. 5o, da Constituição Federal) e da dignidade da pessoa humana (art. 1o, III, da Constituição Federal), 5- Posicionamento majoritário do STJ a respeito da aplicação da impenhorabilidade do bem imóvel único que serve de residência para a pessoa solteira. Tribunais de Contas - Concurso: TCE-RJ - Ano: 2001 - Banca: ESAF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens - Os bens de autarquia e de sociedade de economia mista estão sujeitos à penhora? Como se processa a ação de execução de tais entidades? Defensoria Pública Estadual - Concurso: DPE-MT - Ano: 2007 - Banca: DPE-MT - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens - Os bens singulares não são licitáveis por possuírem uma individualidade tal que o torna inassimilável a quaisquer outros. De que forma pode ser classificada esta individualidade? Exemplifique. Ministério Público Estadual - Concurso: MPE-SP - Ano: 2010 - Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens - Os equipamentos urbanos públicos podem ser legalmente alienados? Justifique. Advocacia Geral da União - Concurso: Advogado da União - Ano: 2012 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens - PROVA ORAL-De acordo com entendimento jurisprudencial e doutrinário dominantes, é possível a determinação da impenhorabilidade de bens e de proteção ao bem de família, na modalidade prevista na Lei n.º 8.009/1990? Justifique sua resposta e cite exemplos pertinentes. Analista - Concurso: IFRN - Ano: 2012 - Banca: FUCERN - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Bens - Qual o conceito e quais os requisitos da Evicção? CAPACIDADE Defensoria Pública Estadual - Concurso: DPE-RO - Ano: 2009 - Banca: FMP - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Capacidade - Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, o indígena é penalmente imputável, em princípio? É semi-imputável? É inimputável? Por quê? O indígena em geral assemelha-se aos oligofrênicos, em princípio? Por quê? Em termos de imputabilidade penal do indígena é imprescindível o Laudo Antropológico? Segundo o Supremo Tribunal Federal, o indígena é peŶalŵeŶteà iŵputĄvel,à fiĐaŶdoà sujeitoà ͞ăsà Ŷoƌŵasà doà art. 26 e parágrafo único, do CP, que regulam a responsabilidade penal, em geral, inexistindo razão para exames psicológico ou antropológico, se presentes, nos autos, elementos suficientes para afastar qualquer dúvidaà soďƌeà suaà iŵputaďilidadeà ;...Ϳ͟;extƌaídoà daà eŵeŶtaͿ.à Outƌossiŵ,à afiƌŵaà aà “upƌeŵaà Coƌteà Ƌueà ͞oà índio, em nosso sistema jurídico, como já assinalado, só é considerado relativamente incapaz e, portanto, sujeito à tutela da União, para efeitos civis, nada impedindo que o índio ainda não integrado seja Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br E-Book comprado por Valter Gomes Neves Junior - Proibida a transferência a terceiros 19 criminalmente responsável, como se extrai do art. 56 da Lei nº 6.001/73, segundo o qual, no caso de condenação de índio por infração penal, a pena deverá ser atenuada e na sua aplicação o juiz atenderá também ao grau de integração do silvícola, norma que não teria nenhum sentido se o índio não integrado não fosse considerado iŵputĄvel͟à;fls.àϱϵϰ-595). HC nº 79.530-7-PA, 1ª Turma, unânime, rel. Min. Ilmar Galvão,16.12.1999. No mesmo sentido: HC 85.198-3 MA, 1ª Turma, unânime, rel. Min. Eros Grau, 17.11.2005. Considerando o fato de o índio, mesmo o não integrado, ser considerado penalmente imputável pelo STF, portanto, portador de uma normal higidez e desenvolvimento mental, tal fato mostra-se, evidentemente, incompatível com a oligofrênia, baseada no só fato da condição de indígena. CONCEITOS Diplomata - MRE - Ano: 2015 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito Civil - Conceitos - Discorra sobre a paulatina erosão da dicotomia do direito (summa divisio) conducente à moderna publicização do direito privado. Defensoria Pública da União - Concurso: DPU - Ano: 2007 - Banca: CESPE -
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