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Estratégi� d� Saúd� d� Famíli� PORTARIAS Portaria Nº 648, de 28 de março de 2006: estabelece a revisão de diretrizes e normas para a Organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família e o programa de Agentes Comunitários de saúde. Portaria Nº 2488, de 21 de outubro de 2011: estabelece a revisão de diretrizes e normas para a Organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família e o programa de Agentes Comunitários de saúde. Portaria Nº 2436, de 21 de setembro de 2017: estabelece a revisão de diretrizes e normas para a Organização da Atenção Básica, no âmbito do SUS. Programa do Agente Comunitário de Saúde (PACS) Existiu antes do Programa Saúde da Família (1991). A partir dele surgiu a ideia de ampliá-lo para outro Programa. 1987: Implantação do PACS no Ceará; 1991: Implantação do PACS no Brasil; Visitadores Sanitários e Inspetores de Saneamento Campanhas de saúde pública no início do séc XX no combate às grandes epidemias SUCAM – Superintendência de Campanhas de Saúde Pública. Problema Prioritário: MORTALIDADE INFANTIL Interferência positiva do agente comunitário na Pastoral da Criança da Igreja Católica Os ACSs não constituíam uma categoria definida, não tinham escolaridade definida e não faziam parte da equipe de saúde, apesar de terem supervisão dos enfermeiros. Papel dos ACS: serem educadores permanentes e elos entre os serviços de saúde e a comunidade. 1999: foram definidas as diretrizes para o exercício das atividades (Decreto Federal no 3.189, de 04/10/1999). Em 2000 foi lançada uma portaria que salientava a importância da Equipe de Saúde Bucal. A equipe: para cada 2 equipes de ESF, deveria ter uma equipe de Saúde Bucal. Atualmente, essa proporção é de um para um. 2002: foi oficialmente criada a profissão de ACS, que define seu exercício como exclusivo no âmbito do SUS (Lei n°10.507, de 10/07/2002). 2006: foi editada uma medida provisória que regulamenta suas atividades (Lei no 11.350, de 5/10/2006). Lei no 13.595 (de 05/01/2018) altera a Lei no 11.350 Art. 3º: O Agente Comunitário de Saúde tem como atribuição o exercício de atividades de prevenção de doenças e de promoção da saúde, a partir dos referenciais da Educação Popular em Saúde, mediante ações domiciliares ou comunitárias, individuais ou coletivas, desenvolvidas em conformidade com as diretrizes do SUS que normatizam a saúde preventiva e a atenção básica em saúde, com objetivo de ampliar o acesso da comunidade assistida às ações e aos serviços de informação, de saúde, de promoção social e de proteção da cidadania, sob supervisão do gestor municipal, distrital, estadual ou federal. JORNADA DE TRABALHO - ACS 40 h 30 h Atividades externas de visitação domiciliar, execução de ações de campo, coleta de dados, orientação e mobilização da comunidade 10 h Atividades de planejamento e avaliação de ações, detalhamento das atividades, registro de dados e formação e aprimoramento técnico. Estratégia de Saúde da Família ❥ Surgiu em 1994 e se chamava “Programa Saúde da Família” pois tinha um caráter temporário, ❥ Devido ao sucesso do programa, a proposta virou estratégia e o Ministério da Saúde passou a utilizar a “Estratégia de Saúde da Família” para organizar o serviço nas Unidades de Atenção Primária à Saúde. 2000: Criação do Departamento de Atenção Básica para consolidar a Estratégia de Saúde da Família. 2001: ênfase na qualificação da atenção básica. Incorporação das ações de saúde bucal no PSF. 2002: Projeto de Expansão e consolidação da Saúde da Família. 2006: Política Nacional de Atenção Básica Portaria no GM/648. 2011: Portaria GM Nº 2.488/2011 revoga a portaria GM Nº648/2006 e estabelece a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica e aprovação da Política Nacional de Atenção Bás. para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e para o PACS. 2017: Portaria nº 2.436/2017 aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do SUS. OBJETIVO Reorganização da prática assistencial em novas bases e critérios, com capacidade de ação para atender as necessidades de saúde da população de sua área de abrangência. FUNÇÃO Prestar assistência contínua à comunidade, acompanhando integralmente a saúde de todos, sintonizada com os princípios da universalidade e equidade da atenção e da integralidade das ações. COMPOSIÇÃO 1 Médico generalista; 1 Enfermeira; 1 Auxiliar de Enfermagem; Agentes Comunitários de Saúde em número suficiente para cobrir 100% da população adscrita. IMPACTO SÓCIO-POLÍTICO Realização de vigilância à saúde (vigilância epidemiológica, sanitária e de saúde do trabalhador); Oferecer acesso aos serviços de média e alta complexidade; Ampliar ações de promoção à saúde; Identificar e fortalecer redes de proteção social, governamentais ou não. PROCESSO DE TRABALHO Planejamento local das atividades de acordo com as mudanças e necessidades da comunidade; Cadastramento das famílias – informações demográficas, socioeconômicas, socioculturais, do meio ambiente e sanitárias; Diagnóstico das condições de vida e de saúde – identificação dos problemas de saúde mais prevalentes e detecção de situações de risco; Identificação de Microáreas de risco; Elaboração de plano de ação; Mapeamento da área de atuação; Atenção domiciliar – feita pelo ACS que garante o vínculo família-ESF; Educação permanente. ANTIGO x NOVO MODELO Atenção centrada na doença Atenção centrada na saúde Demanda espontânea Demanda continuada e racional Foco na medicina curativa Foco na integralidade da assistência Maior importância ao médico Todos os profissionais são importantes Indivíduo sem autonomia, o médico era total responsável pela saúde do pac. A equipe e o paciente têm responsabilidade pela saúde. Não havia vínculo com a comunidade Há vínculo com a comunidade Organização dos Tipos de Equipe 1. Equipe de Saúde da Família (eSF) É a estratégia prioritária e visa à reorganização da A. B. no país, Considerada como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da A.B; Favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de ampliar a resolutividade e impactar na situação de saúde das pessoas e coletividades; COMPOSIÇÃO Médico: preferencialmente espec. em saúde família e comunidade; Enfermeiro: preferencialmente espec. em saúde da família; Auxiliar e/ou técnico de enfermagem Agentes comunitários de saúde Podendo fazer parte da equipe: ▪ Agente de combate às endemias (ACE) ▪ Profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista (preferencialmente especialista em saúde da família) e auxiliar (ASB) ou técnico em saúde bucal (TSB). CARGA HORÁRIA 40 (quarenta) horas semanais obrigatórias para todos os profissionais de saúde membros da ESF. 1. Equipe da Atenção Básica (eAB) Atende aos princípios e diretrizes propostas para a AB. A gestão municipal poderá compor equipes de Atenção Básica (eAB) de acordo com características e necessidades do município. COMPOSIÇÃO Médico: preferencialmente espec. em medicina de família e comunidade; Enfermeiro: preferencialmente espec. em saúde da família; Auxiliar e/ou técnico de enfermagem. ❥ A tabela acima também serve para este item. CARGA HORÁRIA Mínima de 10 horas por categoria profissional, máximo de 3 (três) profissionais por categoria, devendo somar no mínimo 40 horas/semanais. 3. Equipe de Saúde Bucal (eSB) Composição e Modalidades Poderão compor equipes de Saúde da Família (eSF) e de Atenção Básica (eAB) Devem estar vinculados à uma UBS ou a Unidade Odontológica Móvel ▪ Modalidade I: Cirurgião-dentista e auxiliar em saúde bucal (ASB) ou técnico em saúde bucal (TSB) ▪ Modalidade II: Cirurgião-dentista, TSB e ASB, ou outro TSB. 4- Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB) Constitui uma equipe multiprofissional e interdisciplinar composta por categorias de profissionais da saúde, atuando de maneira integrada para dar suporte (clínico, sanitário e pedagógico). Organizaçã� d� atençã� � Saúd� Buca� po� cicl� d� vid� BEBÊS (0 A 24 MESES)O trabalho de prevenção deve estar direcionado à gestante, aos pais e às pessoas que cuidam da criança. Disseminação de informações sobre sintomas como: salivação abundante, diarréia, aumento da temperatura e sono agitado no período da erupção dos dentes, Orientações Aleitamento materno: a importância, como deve se feito, até qual idade e etc. Hábitos bucais - sucção de chupeta ou mamadeira. Promoção da Alimentação Saudável. Evitar a ingestão de açúcares até no mínimo os 2 anos de idade Higiene bucal A limpeza da cavidade bucal deve ser iniciada antes mesmo da erupção dental (usar um tecido limpo ou gaze embebida em água filtrada ou soro para esfregar a gengiva). A escovação deve ser iniciada partir da erupção do primeiro dente decíduo; A quantidade de creme dental deve ser equivalente a um grão de arroz cru. CRIANÇAS (02 a 09 anos) Faixa etária ideal para desenvolver hábitos saudáveis e a participação em programas educativo/preventivos de saúde bucal (ainda de preferência com a participação dos pais). Reforço à importância da higiene dos dentes permanentes recém-erupcionados. Observação de hábitos deletérios. Sucção de chupeta: é recomendado que este hábito seja retirado até os 3 anos. Após esta idade, o hábito de sucção anormal pode trazer problemas de oclusão. Sucção digital: a má oclusão oriunda deste hábito depende da forma, frequência, duração e intensidade do mesmo. Deglutição atípica: projeção da língua entre os dentes anteriores, tanto durante orepouso quanto no ato da deglutição. Hábito de roer unha, respiração bucal e outros. Promoção da Alimentação Saudável; Higiene bucal À medida que a criança cresce, deve ser estimulada a fazer a escovação sozinha e os pais/responsáveis complementam a escovação; Uso de pasta fluoretada; Uso de fio dental. ADOLESCENTES (10 a 19 anos) A equipe de saúde deve atentar-se aos principais problemas que afetam os adolescentes como: violência, problemas familiares, depressão, drogas, álcool, gravidez, doenças sexualmente transmissíveis e outros; Orientações aos adolescentes com linguagem de fácil compreensão. Promoção da Alimentação Saudável; Higiene bucal. ADULTOS (20 a 59 anos) Atenção e orientações à respeito de doenças que podem ter manifestações orais; Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial, Tuberculose, Hanseníase, HIV-AIDS, Câncer Bucal, pacientes fumantes; Promoção da Alimentação Saudável: Higiene bucal: Estimular a escovação e o uso de fio dental, visitas periódicas ao dentista, manutenção da saúde periodontal. IDOSOS (Acima de 60 anos) Avaliação global, que frequentemente envolve a atenção de diversas especialidades; Compreensão da situação sistêmica, emocional, cognitiva, social e econômica do idoso é importante para a formulação de um plano preventivo/terapêutico adequado à sua realidade. Melhoria da qualidade de vida e da auto-estima, melhorando a mastigação, estética e possibilidade de comunicação. Higiene bucal Escovação com pasta fluoretada e uso do fio dental. Avaliar a coordenação motora para realização do controle de placa. Quando necessário, solicitar ajuda de familiares ou cuidadores no processo de higienização. Promoção da Alimentação Saudável. ATENÇÃO À GESTANTE Avaliação geral da gestante. 1° trimestre: período menos adequado para tratamento odontológico, evitar tomadas radiográficas. 2° trimestre: período mais adequado para a realização de intervenções clínicas e procedimentos odontológicos essenciais. 3° trimestre: momento em que há maior risco de síncope, hipertensão e anemia. É frequente o desconforto na cadeira odontológica, podendo ocorrer hipotensão postural. É prudente evitar tratamento odontológico nesse período. As urgências devem ser atendidas, observando-se os cuidados indicados em cada período da gestação. Quando do emprego de medicamentos ou uso de anestésico local, o médico deve ser consultado. A tetraciclina deve ser evitada (efeito colateral de pigmentação nos dentes do bebê). Promoção da Alimentação Saudável Os alimentos ingeridos pela mãe, contendo quantidades adequadas de nutrientes, afetam positivamente a formação dos dentes do feto. Higiene oral A boa higiene bucal desde o início da gravidez pode assegurar uma gengiva sadia Atribuiçõe� � responsabilidade� d�� profissionai� d� saúd� buca� CIRURGIÃO-DENTISTA: Realizar diagnóstico para obter o perfil epidemiológico e traçar o planejamento e a programação em SB. Realizar os procedimentos clínicos da AB em saúde bucal, atendimento de urgências e pequenas cirurgias ambulatoriais. Realizar a atenção integral em SB (proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) individual e coletiva, de acordo com planejamento local. Encaminhar e orientar usuários, quando necessário, a outros níveis de assistência. Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da Equipe Saúde da Família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar. Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF. TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL (TSB) Realizar a atenção integral em saúde bucal (promoção, prevenção, assistência e reabilitação) individual e coletiva de acordo com suas competências técnicas e legais. Coordenar e realizar a manutenção e a conservação dos equipamentos odontológicos. Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da ESF, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar. Apoiar as atividades dos ASB e dos ACS nas ações de prevenção e promoção da saúde bucal. Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF. AUXILIAR DE SAÚDE BUCAL (ASB) Realizar ações de promoção e prevenção em saúde bucal mediante planejamento local e protocolos de atenção à saúde. Proceder à desinfecção e à esterilização de materiais e instrumentos utilizados. Preparar e organizar instrumental e materiais necessários. Instrumentalizar e auxiliar o cirurgião dentista e/ou o THD nos procedimentos clínicos. Cuidar da manutenção e conservação dos equipamentos odontológicos. Organizar a agenda clínica. Monitorament� � Avaliaçã� e� Saúd� Buca� Tem como objetivo fundamental dar suporte a todo processo decisório no âmbito do Sistema de Saúde subsidiando a identificação de problemas e a reorientação de ações e serviços desenvolvidos. Avalia a incorporação de novas práticas sanitárias na rotina de profissionais e mensura o impacto das ações implementadas pelos serviços e programas sobre o estado de saúde da população. Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB) Permite o conhecimento da realidade da população acompanhada. Deve ser alimentado apenas pelas Equipes Saúde Bucal da ESF. Procedimentos coletivos, atividade educativa em grupo e visitas domiciliares. Os municípios podem criar, a partir de suas necessidades, outras ferramentas que possibilitem uma avaliação mais detalhada das equipes de saúde Vigilânci� e� Saúd� Processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise e disseminação de dados sobre eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a implementação de medidas de saúde pública para a proteção da saúde da população, a prevenção e controle de riscos, agravos e doenças, bem como para a promoção da saúde. BRASIL, 2003. PROPOSTA DE SISTEMA DE VIGILÂNCIA DA SAÚDE Definição de Casos; População sob Vigilância; Ciclo da Vigilância; Garantia de Confidencialidade; Utilização da informação como ferramenta de controle social. Definição de Casos Definir doenças/ comportamentos; Conceitos simples; Comportamentos devem ser baseados em informação auto relatada ou observada; Incluir a fase/grau da doença (se assintomática, precoce, ativa). Ciclo de Vigilância Período necessário para completar a coleta dos dados, processamento e retorno à população sobre as informações coletadas. Garantia de Confidencialidade Modelo Integrado de Vigilância Natureza eminentemente crônica das doenças bucais. Medir impacto na qualidadede vida; Enfoque nos fatores de risco comuns para as doenças crônicas; Vigilância de fatores de risco modificáveis; Abordagem de fatores de risco comuns. Determinantes Sociais Fatores não modificáveis Fatores modificáveis Sexo Tabagismo Genética Alimentação inadequada Idade Álcool Inatividade física Fatores de riscos intermediário Hipertensão Sobrepeso Obesidade Intolerância à glicose Dislipidemia Desfechos Doença coronariana Doença cerebrovascular Doença vascular periférica Doença renal crônica DPOC/Enfisema Diabetes Cânceres
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