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Produto-5-Manual-Ambiental-de-Obras-20151201

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Projeto de Melhoria da Performance Operacional e 
Financeira das Empresas de Distribuição da Eletrobras
Elaboração de Manuais para Normatização e 
Padronização de Procedimentos Operacionais na Área 
Ambiental das Empresas de Distribuição da Eletrobras
Projeto Energia+
BANCO MUNDIAL
Banco Internacional 
para a Reconstrução 
e Desenvolvimento 
– BIRD (Loan: 7884 – BR)
Manual Ambiental de Obras
BANCO MUNDIAL
Banco Internacional 
para a Reconstrução 
e Desenvolvimento 
– BIRD (Loan: 7884 – BR)
Projeto de Melhoria 
da Performance Operacional 
e Financeira das Empresas 
de Distribuição da Eletrobras
Elaboração de Manuais para 
Normatização e Padronização 
de Procedimentos Operacionais 
na Área Ambiental das Empresas 
de Distribuição da Eletrobras
Projeto Energia+
A
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A
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O
No âmbito do Projeto Energia+, foi definida a necessidade de estabelecer e internalizar um padrão 
de boas práticas com relação ao meio ambiente nas Empresas de Distribuição da Eletrobras (EDE), 
quais sejam: Eletrobras Amazonas Energia, Eletrobras Distribuição Acre, Eletrobras Distribuição Alagoas, 
Eletrobras Distribuição Piauí, Eletrobras Distribuição Rondônia e Eletrobras Distribuição Roraima. 
O presente trabalho tem como finalidade a normatização e a padronização de procedimentos operacionais 
na área ambiental das EDEs, de modo a contribuir para a implementação das diretrizes formuladas 
nas Políticas Ambientais e de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras, de forma adequada ao segmento 
de distribuição de energia elétrica, em conformidade com os requisitos da legislação ambiental brasileira. 
Dentre os objetivos específicos desse trabalho, destaca-se a elaboração de Manuais para consolidar 
conceitos, definições, processos e técnicas para promover a sistematização e a padronização dos 
procedimentos para dar suporte à gestão socioambiental, adequada à tipologia dos projetos e às regiões 
onde se localizam as EDEs.
No Termo de Referência, relativo ao contrato de consultoria individual por mim celebrado com 
as Empresas de Distribuição da Eletrobras (EDEs), é requerida a elaboração de Manuais relativos aos 
seguintes temas: Execução de Obras, Gestão de Resíduos Perigosos e Gestão de Resíduos Sólidos.
Conforme definido no Plano de Trabalho, apresentado e aprovado pela Coordenação e pelos gestores 
das empresas, a Atividade 5 tem como finalidade a elaboração do Manual Ambiental de Obras, 
consolidando conceitos, definições, processos e técnicas, bem como estabelecendo e uniformizando 
os procedimentos específicos e/ou protocolares para a atuação ambientalmente adequada das Empresas 
de Distribuição Eletrobras durante a execução de obras de expansão e melhoria das redes de distribuição.
O presente relatório corresponde ao Produto 5, “Manual Ambiental de Obras”. Este Manual 
estabelece um referencial para a gestão socioambiental nas diversas etapas do desenvolvimento 
dos empreendimentos das EDEs, desde o planejamento, elaboração dos projetos e contratação de obras 
até a construção e a manutenção dos seus empreendimentos, englobando os processos de licenciamento 
ambiental e o cumprimento de condicionantes e, ainda, os procedimentos relacionados à saúde 
e à segurança no trabalho.
Mais uma vez não poderia deixar de destacar que, para a realização deste trabalho, contei com 
a colaboração da Pesquisadora e Dra. em Biologia e Ciências Ambientais Luciana Silva Contador.
Rio de Janeiro, 16 de outubro de 2014.
Silvia Helena Menezes Pires
DIRETORIA DA ELETROBRAS
Presidente
José da Costa Carvalho Neto
Diretor de Distribuição
Marcos Aurélio Madureira da Silva
Diretor de Administração
Alexandre Vaghi de Arruda Aniz
Diretor de Geração
Valter Luiz Cardeal de Souza
Diretor Financeiro e de Relação 
com Investidores
Armando Casado
Diretor de Transmissão
José Antônio Muniz
Diretor de Regulação
Josias Matos de Araujo
DIRETORIA DAS EMPRESAS 
DE DISTRIBUIçãO
Diretor Comercial 
Luiz Armando Crestana
Diretor Financeiro 
Paulo Roberto dos Santos Silveira
Diretor de Gestão 
Luis Hiroshi Sakamoto
Diretor de Assuntos Regulatórios 
e Projetos Especiais (Acre, Alagoas, 
Piauí, Rondônia e Roraima) 
Nelisson Sérgio Hoewell
Diretor de Planejamento e Expansão 
(Acre, Alagoas, Piauí, Rondônia e Roraima) 
Pedro Mateus de Oliveira
Diretor-presidente 
da Eletrobras Distribuição Acre (interino) 
Luiz Armando Crestana
Diretor-presidente 
da Eletrobras Distribuição Alagoas 
Cícero Vladimir de Abreu Cavalcanti
Diretor-presidente 
da Eletrobras Distribuição Piauí 
Marcelino da Cunha Machado Neto
Diretor-presidente 
da Eletrobras Distribuição Rondônia 
Luiz Marcelo Reis de Carvalho
Diretor-presidente 
da Eletrobras Distribuição Roraima 
Rodrigo Moreira
Diretor-presidente 
da Eletrobras Amazonas Energia 
Antônio Carlos Faria de Paiva
Diretor de Operação 
da Eletrobras Amazonas Energia 
Eduardo Xerez Vieiralves
Diretor de Planejamento e Expansão 
da Eletrobras Amazonas Energia 
Marcos Vinícius Almeida Nogueira
Diretor de Geração Distribuída 
da Eletrobras Amazonas Energia 
José Francisco Albuquerque da Rocha
Assessoria de Gestão 
do Projeto Energia+
Ariovaldo Stelle
Coordenação Socioambiental 
do Projeto Energia+
Cynthia Chiarelli dos Santos
Coordenação do Macroprocesso 
de Sustentabilidade 
e Meio Ambiente das Distribuidoras
Alexandre Farias Benjamim
Gerências/Assessorias 
de Sustentabilidade e Responsabilidade 
Socioambiental das Distribuidoras
Kelly Lacerda (AC) 
Jeane Santos (AL) 
Thiago Flores (AM) 
Eulália Rocha (PI) 
Marcio Ferreira (RO) 
João Roberto do Rosário (RR)
SUPERVISãO E CONTRIBUIçãO
Gestora do Contrato na Eletrobras 
Distribuição Acre
Kelly C. Lacerda
Gestora do Contrato na Eletrobras 
Distribuição Alagoas
Jeane Luiz dos Santos
Gestor do Contrato na Eletrobras 
Distribuição Amazonas
Thiago Flores dos Santos
Gestor do Contrato na Eletrobras 
Distribuição Piauí
Valdemar da Silva Torres
Gestora do Contrato na Eletrobras 
Distribuição Rondônia
Maria do Socorro Teixeira da Silva
Gestor do Contrato na Eletrobras 
Distribuição Roraima
Deivinson Marques da Silva
ELABORAçãO
Consultora e Editora
Silvia Helena Menezes Pires
Pesquisa e Colaboração
Luciana Silva Contador
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T
E
LiSTA DE SiGLAS
ABNT
Associação Brasileira 
de Normas Técnicas
ANEEL
Agência Nacional 
de Energia Elétrica
ANTT
Agência Nacional 
de Transporte Terrestre
APA Área de Proteção Ambiental
APP Análise Preliminar de Perigos
APP Área de Preservação Permanente
APR Análise Preliminar de Riscos
ARL Área de Reserva Legal
ART
Anotação de Responsabilidade 
Técnica
ASV
Autorização de Supressão 
de Vegetação
AT Alta Tensão
BM Banco Mundial
BT Baixa Tensão
CEM Campo Eletromagnético
CEMiG
Companhia Energética 
de Minas Gerais
CiPA
Comissão Interna 
de Prevenção de Acidentes
CNEN
Comissão Nacional de Energia 
Nuclear
CONAMA
Conselho Nacional 
de Meio Ambiente
CONTRAN Conselho Nacional de Trânsito
COPEL
Companhia Paranaense 
de Energia
DETRAN Departamento de Trânsito
DNiT
Departamento Nacional de 
Infraestrutura de Transportes
DSTs
Doenças Sexualmente 
Transmissíveis
EDACRE Eletrobras Distribuição ACRE
EDALAGOAS Eletrobras Distribuição Alagoas 
EDEs
Empresas de Distribuição 
Eletrobras
EDPi Eletrobras Distribuição Piauí 
EDRO Eletrobras Distribuição Rondônia 
EDRR Eletrobras Distribuição Roraima
EHS
Environmental, Health 
and Security (Meio Ambiente, 
Saúde e Segurança)
EiA Estudo de Impacto Ambiental
EPC Equipamento de Proteção Coletiva
EPi
Equipamento de Proteção 
Individual
FAT Ficha de Acidente de Trabalho
FCP Fundação Cultural Palmares
FUNAi Fundação Nacional do Índio
GLP Gás Liquefeito de Petróleo
Ha Hectare
HHER
Horas-Homem de Exposição ao 
Risco de Acidentes
iBAMA
Instituto Brasileiro do Meio 
Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis
iCMBio
Instituto Chico Mendes de 
Conservação da Biodiversidade
iDH-M
Índice de Desenvolvimento 
Humano Municipal
iEF Instituto Estadual de Florestas
iFC
InternationalFinance Corporation 
(Corporação Financeira 
Internacional)
iGS
Indicadores para Gestão 
da Sustentabilidade 
das Empresas Eletrobras
iPHAN
Instituto do Patrimônio Histórico e 
Artístico Nacional
LAU Licença Ambiental Única
LCp Lei Complementar
LD Linha de Distribuição
Li Licença de Instalação
LO Licença de Operação
LP Licença Prévia
LT Linha de Transmissão
MMA Ministério do Meio Ambiente
MT Média Tensão
MTE
Ministério do Trabalho 
e Emprego
MTRP
Manifesto de Transporte 
de Resíduos Perigosos
NACTER
Número de acidentes com 
terceiros envolvendo a rede 
elétrica e demais instalações da 
distribuidora
NBR Norma Brasileira Regulamentadora
NMOFUPR
Número de mortes 
decorrentes de acidentes do 
trabalho (funcionários próprios)
NMOFUTE
Número de mortes decorrentes de 
acidentes 
do trabalho
NMOTER
Número de mortes decorrentes de 
acidentes 
com terceiros envolvendo 
a rede elétrica
NR Norma Regulamentadora 
OMS Organização Mundial da Saúde
ONGs Organizações Não Governamentais
ONU Organização das Nações Unidas
PBA Projeto Básico Ambiental
PCA Plano de Controle Ambiental
PCMAT
Programa de Condições 
e Meio Ambiente de Trabalho na 
Indústria da Construção
PCMSO
Programa de Controle Médico de 
Saúde Ocupacional
PNMA Política Nacional do Meio Ambiente
PPRA
Programa de Prevenção 
de Riscos Ambientais
PRAD
Programa de Restauração 
de Área Degradada
PROCONVE
Programa de Controle 
da Poluição do Ar 
por Veículos Automotores
RAA Relatório de Avaliação Ambiental
RAS Relatório Ambiental Simplificado
RCA Relatório de Controle Ambiental
REN Resolução Normativa
RiMA
Relatório de Impacto 
ao Meio Ambiente
SE Subestação
SESMT
Serviço Especializado em 
Engenharia de Segurança 
e em Medicina do Trabalho
SGTD
Sistema de Gestão Técnica 
da Distribuição
SiSNAMA
Sistema Nacional do Meio 
Ambiente
SNUC
Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação
TR Termo de Referência
TxFQAC
Taxa de frequência 
de acidentes do trabalho
TxGRAC
Taxa de gravidade 
de acidentes do trabalho
S
U
M
á
R
iO
APRESENTAçãO 2
LISTA DE SIGLAS 6
SUMÁRIO 8
INTRODUçãO 14
CAPÍTULO 1. ESCOPO DO MANUAL AMBIENTAL DE OBRAS DAS EDEs
1.1 Critério Básico 16
1.2 Aplicação do Manual 16
1.3 Principais questões socioambientais associadas 
aos Sistemas de Distribuição 18
1.4 Estrutura do Manual de Obras das EDEs 20
CAPÍTULO 2. CRITÉRIOS SOCIOAMBIENTAIS PARA AS ETAPAS 
DE PLANEJAMENTO E ELABORAçãO DE PROJETOS
2.1 Planejamento Socioambiental dos Projetos de Linhas 
de Distribuição e Subestações em Alta Tensão 23
 2.1.1 Levantamento das Informações Socioambientais 
para os Projetos de Linhas de Distribuição 
e de Subestações em AT 23
 2.1.2 Critérios Socioambientais para a Definição 
da Localização das Subestações e da Rota da LD 25
 2.1.2.1 Localização das SEs 25
 2.1.2.2 Definição da Rota das LDs 26
 2.1.3 Critérios Socioambientais para Dimensionamento 
do Projeto 27
2.2 Planejamento Socioambiental dos Projetos de Expansão 
da Rede na Área Urbana 28
 2.2.1 Levantamento das Informações Socioambientais 
para a Elaboração dos Projetos de Expansão, 
Reforma e Reforço da Rede na Área Urbana 28
 2.2.2 Projeto de Locação dos Postes nas Áreas Urbanas 30
 2.2.3 Critérios Socioambientais para Dimensionamento 
dos Projetos de Expansão, Reforma e Reforço 
da Rede na Área Urbana 31
2.3 Planejamento Socioambiental das Atividades de Reforço 
e Reforma de Redes Urbanas 32
CAPÍTULO 3. LICENCIAMENTO AMBIENTAL
3.1 Licenciamento Ambiental 34
 3.1.1 Fases do Licenciamento, Licenças Ambientais 
e Respectivos Prazos 35
3.1.2 Competências dos Órgãos Ambientais Federais, 
Estaduais e Municipais para o Licenciamento 38
3.1.3 Estudos Ambientais 40
3.1.4 Outras Licenças e Autorizações 43
3.1.5 Compensação Ambiental 45
3.1.6 Participação Pública 46
3.2 Acompanhamento do Processo de Licenciamento 
Ambiental e da Gestão Ambiental Associada 46
3.2.1 P rocedimentos para Acompanhamento 
do Licenciamento Ambiental 48
3.2.2 Responsabilidades por Danos ao Meio Ambiente 
e Penalidades 48
CAPÍTULO 4. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS GERAIS
4.1 Responsabilidade pela Gestão Socioambiental 50
4.1.1 Da Responsabilidade por Danos 52
4.2 Planejamento Ambiental da Contratada 52
4.2.1 Atendimento às Normas do Ministério do Trabalho 55
4.2.2 Plano de Atuação em Segurança e Medicina do Trabalho 55
4.2.3 Plano de Atuação com as Comunidades Afetadas 56
4.3 Documentação das Ações 56
4.4 Relatórios de Incidentes e Ocorrências 57
4.5 Contatos da Contratada com Proprietários e Moradores de Imóveis Afetados 58
4.6 Cumprimento das Exigências Legais 59
CAPÍTULO 5. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS RELATIVOS A LOGÍSTICA, CONSTRUçãO E MANUTENçãO
5.1 Topografia e Sondagem em Linhas de Distribuição e Subestações 60
5.1.1 Topografia em Linhas de Distribuição 61
5.1.1.1 Implantação do Traçado 61
5.1.1.2 Levantamento em Planta e Perfil 61
5.1.1.3 Levantamento de Seções Diagonais 61
5.1.2 Topografia em Subestações 62
5.1.3 Serviços de Sondagem 62
5.1.4 Supressão de Vegetação 62
5.1.5 Estradas de Acesso 63
5.1.6 Recuperação de Áreas Degradadas 63
5.1.7 Revisão Final 63
5.2 Canteiros e Alojamentos 64
5.2.1 Mobilização para Implantação 64
5.2.1.1 Escolha de Local 64
5.2.1.2 Terraplenagem 65
5.2.1.3 Drenagem dos Canteiros 65
5.2.2 Instalações para Repouso (Alojamentos) 66
5.2.3 Instalações de Produção e Apoio 66
5.2.4 Desmobilização de Canteiros e Alojamentos 66
5.2.4.1 Eliminação das Instalações 67
5.2.4.2 Adequação das Instalações 67
5.3 Construção e Manutenção de Linhas de Distribuição 68
5.3.1 Estradas de Acesso 68
5.3.1.1 Definição do Traçado 68
5.3.1.2 Terraplenagem para Estradas de Acesso 68
5.3.1.3 Drenagem das Estradas de Acesso 69
5.3.1.4 Manutenção dos Acessos 70
5.3.1.5 Exploração de Áreas de Empréstimo e Uso de Áreas para Bota-Fora 70
5.3.1.6 Recuperação de Áreas Degradadas 70
5.3.2 Limpeza da Faixa de Servidão 70
5.3.2.1 Supressão da Vegetação 71
5.3.2.2 Recuperação de Áreas Degradadas 71
5.3.3 Construção das Fundações e Montagem das Estruturas 72
5.3.3.1 Limpeza da Área 72
5.3.3.2 Escavação e Reaterro das Fundações 72
5.3.3.3 Exploração de Áreas de Empréstimo e Uso de Áreas para Bota-Fora 72
5.3.3.4. Concretagem 73
5.3.3.5 Montagem das Estruturas 73
5.3.3.6 Recuperação de Áreas Degradadas 73
5.3.4 Aterramento 73
5.3.5 Lançamento e Grampeamento de Cabos 74
5.3.5.1 Implantação de Praças de Lançamento 74
5.3.5.2 Montagem e Operação de Equipamentos 74
5.3.6 Revisão Final e Comissionamento 75
5.4 Construção e Manutenção de Subestações 75
5.4.1 Estradas de Acesso 75
5.4.2 Obras Civis 75
5.4.2.1 Supressão de Vegetação 75
5.4.2.2 Terraplenagem 76
5.4.2.3 Exploração de Áreas de Empréstimo e Uso de Áreas para Bota-Fora 76
5.4.2.4 Drenagem 76
5.4.2.5 Fundações, Estruturas em Concreto e Edificações 77
5.4.3 Montagem Eletromecânica 78
5.4.3.1 Montagem de Estruturas e Equipamentos 78
5.4.3.2 Montagem dos Barramentos 79
5.4.3.3 Aterramento 79
5.4.4 Revisão Final e Comissionamento 79
5.5 Execução de Atividades de Expansão, Reforço e Reforma de Redes Urbanas 80
5.5.1 Serviços de Topografia 80
5.5.2 Montagem de Postes e Estruturas 80
5.5.2.1 Abertura de Cavas 80
5.5.2.2 Levantamento e Engastamento de Poste 81
5.5.2.3 Lançamento de Cabos 82
5.5.2.4 Montagem dos Equipamentos 82
5.5.2.5 Iluminação Pública 83
5.6 Armazenagem de Materiais e Equipamentos 84
5.7 Transporte de Trabalhadores, Equipamentos e Materiais 84
5.7.1. Aspectos Gerais 84
5.7.1.1 Consumo de Combustíveis no Transporte 
de Trabalhadores, Equipamentos e Materiais 85
5.7.2 Transporte de Equipamentos e Materiais 87
5.7.3 Controle de Trânsito 87
 5.7.3.1 Dispositivos de Sinalização Diurna 88
 5.7.3.2 Dispositivos de Sinalização Noturna 88
 5.7.3.3 Recuperação da Sinalização Afetada 89
5.8 Controle de Ruído 90
5.9 Planos de Gerenciamento de Riscos e Ações de Emergência 91
CAPÍTULO 6. ASPECTOS RELATIVOS A SAÚDE, SEGURANçA E CONFORTO DOS TRABALHADORES
6.1 Marcos Legais Relacionados a Saúde, Segurança e Conforto Operacional 94
6.2 Mobilizaçãode Mão de Obra 94
6.2.1 Informações à Comunidade 95
6.2.2 Admissão/Transferência de Funcionários 95
6.2.3 Treinamento 96
6.2.3.1 Importância e Inserção da Obra no Meio Ambiente e Educação Ambiental 96
6.2.3.2 Orientações sobre Segurança no Trabalho e Saúde 96
6.2.3.3 Orientações quanto ao Comportamento 97
6.3 Canteiros de Obras, Alojamentos e Instalações de Apoio 98
6.3.1 Gestão dos Resíduos 98
6.3.2 Instalações de Água e Esgotos 99
6.3.3 Instalações Elétricas 100
6.3.4 Proteção contra Incêndios 101
6.3.5 Instalações para Alimentação 102
6.3.6 Instalações para Repouso (Alojamentos) 103
6.4 Atendimento Médico e Segurança 103
6.4.1 Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) 104
 6.4.1.1 Equipe de Segurança 104
 6.4.1.2 Equipe Médica 104
 6.4.1.3 Programas de Saúde e Segurança do Trabalho 104
 6.4.1.4 Análise Preliminar de Risco 106
6.4.2 Monitoramento de Saúde e Segurança no Trabalho 106
6.4.3 Instalações para Atendimento Médico e Segurança 109
6.4.4 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) 109
6.4.5 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Coletiva (EPCs) 110
 6.4.5.1 Utilização de Escadas 110
6.5 Segurança no Transporte 111
6.5.1 Transporte de Pessoal 111
6.5.2 Transporte de Materiais e Equipamentos 112
6.6 Segurança na Operação de Máquinas e Equipamentos 112
6.6.1 Ferramentas de Uso Individual 112
6.6.2 Máquinas em Oficinas 113
6.7 Medidas de Segurança nas Obras de Linhas de Distribuição 113
6.7.1 Faixa de Servidão 113
6.7.2 Escavações Manuais e Mecânicas 114
6.7.3 Operações de Estaqueamento 114
6.7.4 Concretagem 114
6.7.5 Reaterro 114
6.7.6 Contrapeso 115
6.7.7 Montagem das Estruturas e Cadeias de Isoladores 115
6.7.7.1 Estruturas de Madeira e de Concreto 115
6.7.7.2 Estruturas Metálicas 115
6.7.7.3 Estruturas Estaiadas 115
6.7.7.4 Cadeia de Isoladores 115
6.7.8 Lançamento de Cabos Condutores e Para-raios 116
6.7.9 Trabalhos Próximos a Linhas Energizadas 116
6.8 Medidas de Segurança nas Obras Civis das Subestações 117
6.8.1 Escavações Manuais e Mecânicas 117
6.8.2 Malha de Terra 117
6.8.3 Montagem Eletromecânica 117
6.8.3.1 Cablagem e Fiação Geral 117
6.8.3.2 Estruturas e Arranjos 117
6.8.3.3 Aterramento 118
6.9 Medidas de Segurança nas Atividades de Expansão, Reforço e Reforma de Redes Urbanas 118
6.10 Medidas de Segurança para a Utilização de Substâncias Perigosas 118
6.11 Sinalização de Segurança 119
6.11.1 Sinalização de Trânsito 119
6.11.2 Outros tipos de Sinalização 120
6.12 Medidas de Segurança para Trabalho em Linha Viva 120
6.13 Medidas de Segurança para Trabalho em Altura em Postes e Estruturas 120
6.14 Medidas de Segurança relativas à Exposição Ocupacional aos Campos Eletromagnéticos (CEM) 121
6.15 Desmobilização de Mão de Obra 121
6.15.1 Informações à Comunidade 121
6.15.2 Exames Demissionais 121
6.15.3 Orientação ao Trabalhador 121
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 122
ANEXOS 
ANEXO I – LICENCIAMENTO 126
I.1 Terras Indígenas 126
I.2 Áreas Ocupadas por Populações Tradicionais 129
I.3 Proteção ao Patrimônio Arqueológico 129
I.4 Proteção ao Patrimônio Espeleológico 131
I.5 Acompanhamento do Licenciamento Ambiental 134
ANEXO II – ARBORIZAçãO EM ÁREA URBANA E PODAS DE ÁRVORE 138
II.1 Importância da arborização 138
II.2 Aspectos Legais e Arborização Urbana 138
II.3 Convivência entre Árvores e Redes de Distribuição de Energia Elétrica 141
 II.3.1 Alternativas Técnicas para Distribuição de Energia Elétrica 141 
II.3.2 Alternativas Técnicas para Iluminação Pública 142 
II.3.3 Alternativas Técnicas de Manejo das Árvores 142
II.4 Planejamento da Arborização 144
 II.4.1 Inventário da Arborização 144 
II.4.2 Escolha das Espécies 146 
II.4.3 Avaliação e Correção do Solo 147
II.5 Plantio 147
 II.5.1 Mudas 147 
II.5.2 Escolha de Local 147
II.6 Manejo de Arborização 147
 II.6.1 Remoção de Árvores em Risco 147 
II.6.2 Controle de Pragas e Doenças 148 
II.6.3 Poda de Árvores 148
II.7 Segurança nos Procedimentos de Intervenções em Árvores 150
 II.7.1 Normas Reguladoras para Segurança 151
 II.7.2 Equipamentos de Segurança 152
 II.7.3 Procedimentos Preliminares 154
 II.7.4 Recomendações na Execução 154
II.8 Técnicas de Poda 155
 II.9 Gestão de Resíduos 156
ANEXO III – SUPRESSãO DE VEGETAçãO 158
III.1 Introdução 158
III.2 Aspectos Legais 158
III.3. Definições 162
III.4 Critérios para Corte da Vegetação 163
 III.4.1 Orientações Gerais 163
III.5 Gestão de Resíduos 164
III.6 Segurança nos Procedimentos de Corte de Vegetação 164
ANEXO IV – IMPLEMENTAçãO E MANUTENçãO DE FAIXA DE SERVIDãO 168
IV.1 Introdução 168
IV.2 Aspectos Legais 168
IV.3 Definições 170
IV.4 Etapas da Implementação da Faixa de Servidão 170
IV.5 Critérios Gerais para Corte da Vegetação em Faixa de Servidão 171
IV.6 Manutenção de faixa de Servidão 172
IV.7 Segurança nos Procedimentos 172
IV.8 Gestão de Resíduos 174
ANEXO V – RECUPERAçãO DE ÁREAS DEGRADADAS 176
V.1 Definições 176
V.2 Aspectos Legais 177
V.3 Procedimentos 178
V.4 Medidas de Acompanhamento/Indicadores 179
ANEXO VI – EXPLORAÇÃO DE ÁREAS DE EMPRÉSTIMO E BOTA-FORA 181
VI.1 Princípios Básicos 181
VI.2 Áreas de Empréstimo 181
VI.3 Áreas de Bota-Fora 181
ANEXO VII – OBRAS EM ÁREAS ESPECIAIS 182
VII.1 Cuidados com Áreas Sensíveis 182
VII.2 Obras Civis Próximas a Cursos D’água 182
VII.3 Obras em Áreas Urbanas 183
ANEXO VIII – Redes Subterrâneas 184
 VIII.1 Introdução 184
 VIII.2 Características das Redes Subterrâneas 186
 VIII.3 Recomendações para as Escavações 188
 VIII.4 Saúde e Segurança em Construção e Manutenção de Redes Subterrâneas 190
ANEXO IX – Guia para Elaboração de Mapa de Risco 192
ANEXO X – Guia para Inspeção de Segurança 193
X.1 Guia de Inspeção Civil 194
X.2 Guia de Inspeção Montagem Eletromecânica 197
X.3 Guia de Inspeção da Montagem Elétrica 200
X.4 Guia de Inspeção para Linha de Distribuição 203
X.5 Checklist da Documentação de Segurança 206
As Empresas de Distribuição da Eletrobras 
estão buscando a normatização e a padronização 
dos procedimentos na área ambiental, para apoiar 
a melhoria do seu desempenho socioambiental 
e, assim, contribuir para o avanço na direção 
da sustentabilidade. 
Visando evitar e minimizar os impactos 
socioambientais associados aos sistemas 
de distribuição das EDEs, o “Manual Ambiental 
de Obras”, apresentado neste relatório, consolida 
um conjunto de critérios, procedimentos, técnicas 
e recomendações a ser adotado pelas empresas, 
abrangendo as etapas iniciais do processo 
de planejamento e elaboração dos projetos, 
a construção e as atividades de manutenção 
do sistema. Esse conjunto deverá ser incluído 
nos contratos de prestação de serviços 
e de fornecimento de materiais. 
Neste Manual, são também destacados os processos 
de licenciamento ambiental e o cumprimento 
das condicionantes relativas aos empreendimentos.
Com a incorporação de critérios e procedimentos 
socioambientais às atividades desenvolvidas pelas 
EDEs, de modo sistemático e padronizado, busca-se 
atender aos requerimentos legais e aos conceitos, 
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Manual Ambiental 
de Obras das Empresas 
de Distribuição da Eletrobras
princípios e diretrizes das políticas, códigos, 
compromissos e Manuais já estabelecidos para 
as Empresas Eletrobras, bem como às políticas 
de salvaguarda e diretrizes socioambientais que 
norteiam os projetos financiados pelo Banco 
Mundial.
Para a elaboração do Manual Ambiental 
de Obras, foram tomados como referência:
• Dispositivos da legislação ambiental federal 
e estadual pertinentes.
• Normas ABNT (Associação Brasileira de Normas 
Técnicas) pertinentes. 
• Normas Regulamentadoras (NR) do Ministério 
do Trabalho relativas a Segurança e Medicina 
do Trabalho.
• Políticas de Salvaguarda e Diretrizes para 
Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Banco 
Mundial.
• Environmental, Health, and Safety Guidelines 
for Electric Power Transmission and Distribution 
(IFC, World Bank).
• Environmental, Health, and Safety General 
Guidelines (IFC,World Bank).
• Conceitos, diretrizes, instruções e metas 
pertinentes contidos nos seguintes documentos 
produzidos para as Empresas Eletrobras:
- Políticas e Diretrizes Institucionais das 
Empresas Eletrobras.
- Política Ambiental das Empresas Eletrobras.
- Política de Sustentabilidade das Empresas 
Eletrobras.
- Política de Recursos Hídricos.
- Código de Ética.
- Política de Logística de Suprimentos.
- Manual de Boas Práticas de Sustentabilidade 
para a Cadeia de Suprimento das Empresas 
Eletrobras.
- Política Corporativa de Segurança do Trabalho 
e Saúde Ocupacional.
- Declaração de Compromisso da Eletrobras 
sobre Mudanças Climáticas.
- Programa de Coleta Seletiva Solidária.
• Conjunto de relatórios que compõem 
os “Subsídios para Adequação das 
Especificações Técnicas para Construção 
de Linhas de Transmissão e de Subestações 
aos Critérios Ambientais”, elaborados 
pela Eletrobras, no âmbito do Projeto de 
Interligação Elétrica Norte-Sul. (Eletrobras, 
2000).
• “Manual de Procedimentos de Redes de 
Distribuição” (EDE, 2012), que estabelece 
procedimentos e critérios para projetos 
de redes de distribuição aéreas urbanas, 
de modo a garantir as condições técnicas, 
econômicas e de segurança necessárias a um 
adequado fornecimento de energia elétrica.
• “Manual de Normatização da Expansão 
de Alta Tensão – Projetos de Subestações 
de Linhas de Distribuição de Alta Tensão”. 
(EDE, 2014, em aprovação).
• Documentos relativos ao Projeto IGS 
(conjunto de indicadores e protocolos).
• Procedimentos que já se encontram 
normalizados ou que constam em Guias 
ou Manuais nas EDEs, bem como aqueles 
que, embora não se constituam em normas, 
já vêm sendo adotados como rotina pelas 
empresas na execução de obras de expansão 
e melhorias das suas redes de distribuição, 
bem como na manutenção, e que foram 
destacados no Produto 4.
• Procedimentos utilizados pelas empresas 
de referência considerados como boas 
práticas, bem como procedimentos e 
recomendações contidos nos Manuais/ 
Especificações de Segurança no Trabalho 
de algumas destas empresas, tomando 
como base o levantamento apresentado nos 
relatórios dos Produtos 2 e 3 deste trabalho. 
Destacam-se dois Manuais para sistemas de 
distribuição elaborados por duas empresas 
brasileiras: “Manual de Instruções Técnicas 
– (MIT – 163101) – Procedimentos para 
Execução de Obras”, elaborado pela COPEL 
Distribuição (2014), e “Especificação de 
Segurança do Trabalho em Obras de Linhas 
 e Subestações de Distribuição”, elaborado 
pela CEMIG (2007).
16
Neste Manual, são estabelecidos os critérios 
e procedimentos a serem aplicados pelas Empresas 
de Distribuição Eletrobras, de modo a garantir que 
o fornecimento de energia elétrica seja realizado 
sob condições socioambientais adequadas, em 
conformidade com os requisitos legais e atendendo 
às diretrizes das Empresas Eletrobras e do Banco 
Mundial e seguindo as boas práticas adotadas pelas 
empresas de referência no segmento de distribuição 
de energia elétrica do país.
Neste Capítulo, inicialmente, são apresentados os 
critérios básicos e é estabelecida a abrangência da 
aplicação do Manual. Em seguida, são indicados os 
potenciais impactos associados às diversas etapas 
de desenvolvimento das atividades envolvidas na 
execução das obras das EDEs, que norteiam 
a definição das ações e procedimentos para 
evitá-los ou reduzi-los. Finalmente, é apresentada 
a estrutura adotada para organização dos tópicos 
deste Manual.
1.1 CRiTÉRiO BáSiCO
Este Manual adota como critério básico 
a incorporação de procedimentos e técnicas 
socioambientalmente adequados aos processos 
desenvolvidos nas EDEs, visando a prevenção 
e a mitigação dos impactos sobre o meio ambiente 
e a saúde e a segurança dos colaboradores das 
EDEs e da população local e a melhoria da gestão 
ambiental. 
A incorporação de requisitos e critérios 
socioambientais será observada desde 
o planejamento e a elaboração dos projetos 
de expansão, reforma ou reforço, durante 
a construção e a implantação de tais projetos 
e na operação do sistema de distribuição, 
bem como nas atividades de manutenção. 
Deve estar em conformidade com as políticas 
públicas, com os marcos legais e regulatórios 
pertinentes, bem como com os acordos 
internacionais dos quais o Brasil é signatário, 
com as Políticas Ambientais e de 
Sustentabilidade das Empresas Eletrobras e com 
as Políticas de Salvaguarda e Diretrizes para Meio 
Ambiente, Saúde e Segurança do Banco Mundial. 
Com a internalização de um padrão 
de boas práticas em relação aos aspectos 
socioambientais associados à execução 
de obras de expansão, reforma e reforço nas 
EDEs e à manutenção do sistema de distribuição, 
espera-se, ainda, proporcionar uma maior 
conscientização por parte dos colaboradores 
e estabelecer um canal de comunicação com 
as comunidades para difusão das boas práticas, 
envolvendo, também, as empresas prestadoras 
de equipamentos e serviços às EDEs no processo 
de melhoria da qualidade ambiental.
1.2 APLiCAÇÃO DO MANUAL
Os critérios, procedimentos, técnicas 
e recomendações para prevenção 
e mitigação dos potenciais impactos 
socioambientais apresentados no Manual 
deverão ser aplicados a:
1) Obras de melhoria de desempenho 
operacional (reforço) das redes de Média 
Tensão (MT) e Baixa Tensão (BT) em áreas 
urbanas consolidadas já servidas por 
energia elétrica, para melhoria da qualidade 
de serviço e controle de perdas técnicas, 
abrangendo os consumidores residenciais, 
comerciais e de serviços. Envolve atividades 
tais como:
Escopo do Manual Ambiental 
de Obras das EDEs
CAPíTULO 1
17
 • Construção de novos alimentadores de redes de distribuição de MT e BT (< 34,5 kV).
 • Recondutoramento, reforma e seccionamento das redes de MT e BT.
 • Instalação de religadores telecomandados.
 • Instalação de bancos de capacitores e reguladores de tensão.
2) Obras de Reformas das redes de Média Tensão e Baixa Tensão (< 34,5 kV) 
em áreas urbanas, para redução de perdas não técnicas em áreas urbanas 
consolidadas – residenciais, incluindo as de baixa renda, e usos comerciais, industriais 
e de serviços. Engloba atividades tais como:
 • Aquisição e instalação de equipamentos de leitura de medição remota 
e monitoramento de grandes consumidores em AT, MT e BT (< 138kV) – 
digitalização de unidades consumidoras em MT e BT, substituição 
de medidores obsoletos e telemedição de alimentadores.
 • Regularização de unidades consumidoras em áreas com processo de integração 
à malha urbana regular (substituição de redes improvisadas, introdução 
de medidores e cobrança de energia consumida; digitalização de condomínios). 
3) Expansão dos Sistemas de Distribuição em Alta Tensão (AT) – Linhas de Distribuição 
e Subestações para conexões interurbanas, envolvendo as seguintes atividades:
 • Construção de novas linhas de distribuição e interligações em 69kV:
 1. Instalação de canteiros de obras.
 2. Implantação dos acessos.
 3. Limpeza da faixa de servidão.
 4. Locação, execução das fundações, montagem das estruturas 
e pintura da sinalização.
 5. Lançamento e instalação de cabos condutores.
 6. Instalação do sistema de aterramento.
 7. Revisão final e comissionamento.
 8. Desmobilização dos canteiros da obra e alojamentos.
 • Aquisição de materiais e equipamentos (estruturas, isoladores e cabos, etc.).
 • Construção de subestações:
 1. Instalação de canteiros de obras e alojamentos.
 2. Estradas de acesso.
 3. Preparo da área (supressão de vegetação, terraplenagem, 
áreas de empréstimo e bota-fora, drenagem).
 4. Obras civis (drenagem, estruturas em concreto e edificações).
 5. Montagem eletromecânica (estruturas, equipamentos, 
barramentos, aterramento).
 6. Recuperação complementar de áreas degradadas.
 7. Desmobilização dos canteiros da obra e alojamentos.
O Manual também se aplica aos aspectos 
socioambientais associados às atividades 
de manutenção das redes urbanas e rurais.Buscou-se também destacar alguns aspectos 
ambientais relacionados a linhas e redes 
subterrâneas.
1.3 PRiNCiPAiS QUESTÕES 
SOCiOAMBiENTAiS ASSOCiADAS 
AOS SiSTEMAS DE DiSTRiBUiÇÃO 
Para as obras de reforço e reforma de redes, 
as ações que deverão ser objeto de maior atenção 
sob o ponto de vista da gestão ambiental são 
aquelas que ocorrem no período de implantação 
das intervenções propostas, tais como:
 (i) Construção de novos alimentadores 
em MT e BT, locação de postes.
Para a expansão dos sistemas de distribuição em AT, com implantação de linhas 
de distribuição e de subestações, os principais impactos socioambientais potenciais 
que se destacam para a gestão ambiental durante os períodos de construção 
e de operação e manutenção encontram-se indicados no Quadro 2. 
Quadro 1. impactos Socioambientais associados às Obras de Reforço 
e Reforma de Redes Urbanas
ATiViDADES POTENCiAiS iMPACTOS AMBiENTAiS NEGATiVOS
Transporte das equipes de obra - Risco de acidentes (ao pessoal próprio ou a terceiros)- Emissões de CO2
Transporte de materiais/equipamentos 
(condutores, postes, isoladores, 
transformadores, religadores, reguladores 
de tensão, capacitores, para-raios, chaves 
seccionadoras, etc.)
- Vazamento/derramamento de produtos químicos
- Emissões de CO2
- Risco de acidente
Retirada e/ou instalação de condutores, 
condutores protegidos, cabos 
multiplexados, postes, isoladores, 
transformadores, religadores, reguladores 
de tensão, capacitores, para-raios, chaves 
seccionadoras, etc.
- Poda de árvores
- Supressão de vegetação
- Geração de resíduos perigosos
- Geração de resíduos sólidos 
- Remoção do solo e de pavimentação (pavimentos de calçadas 
demolidos).
- Contaminação do solo (resíduos de concreto, alumínio, ferro, 
 cobre, plástico, porcelana, vidro, estopa, óleo, graxa e solvente)
- Risco de acidentes (ao pessoal próprio ou a terceiros)
- Poluição sonora e visual
- Emissão de particulados, poeira
- Interferência no trânsito nas áreas urbanas
Desligamentos programados
- Substituição de redes improvisadas
- Interrupção no fornecimento de energia
-Regularização de unidades consumidoras 
(instalação de medidores de energia ou 
telemedição)
- Ônus adicional mensal sobre o orçamento familiar
Operação e manutenção
- Risco de eletrocussão (a pessoal próprio, terceiros e população)
- Risco de acidentes (ao pessoal próprio ou a terceiros)
 (ii) Substituição de condutores, postes, troca 
de medidores e outros equipamentos. 
 (iii) Transporte das equipes.
 (iv) Transporte e manejo de equipamentos 
elétricos.
 (v) Manuseio de resíduos perigosos. 
 (vi) Geração de grande volume 
de resíduos gerados pelo desmanche 
de equipamentos ou substituição 
de equipamentos obsoletos.
No Quadro 1, são apresentados os impactos 
socioambientais potenciais associados a tais ações, 
sendo necessário observar critérios e medidas 
ambientais para sua prevenção ou mitigação 
na elaboração dos projetos, durante o período 
de construção e durante a operação e a manutenção. 
18
Quadro 2. impactos Socioambientais Potenciais associados a Linhas 
de Distribuição e Subestações em AT
ETAPA ATiViDADE POTENCiAiS iMPACTOS AMBiENTAiS NEGATiVOS
Abertura de estradas de 
acesso, de áreas para o 
canteiro de obras, de faixa 
de servidão, de áreas para 
montagem das estruturas 
e para lançamento de 
condutores
- Supressão da cobertura vegetal
- Erosão do solo 
- Interferência nos habitats terrestres
- Interferência nos habitats aquáticos 
- Contaminação de corpos d’água
- Contaminação do solo
- Geração de resíduos sólidos
- Geração de resíduos perigosos
- Interferência em áreas legalmente protegidas
- Geração de expectativas na população afetada
- Desapropriação de terras
- Restrição ao uso do solo na faixa de servidão
- Deslocamento da população afetada
- Interferências com populações indígenas ou minorias étnicas
- Indução à ocupação desordenada das margens da LD e/ou 
das estradas de acesso
- Interferência em atividades agropecuárias
- Interferência em edificações, vias públicas e no tráfego
- Interferência em locais de interesse histórico e/ou cultural
Fundações, montagem de 
estruturas e lançamento 
de condutores
- Danos temporários às áreas cultivadas
- Supressão da cobertura vegetal
Transporte de 
equipamentos e materiais 
pesados
- Interferência no tráfego, com danos às estradas vicinais e às vias públicas, 
principalmente nas áreas urbanas
- Contaminação do solo por vazamentos de produtos perigosos
- Contaminação dos corpos hídricos por vazamentos de produtos perigosos
- Emissões de CO2
- Risco de acidentes
Transporte das equipes 
de obra e afluxo de 
trabalhadores durante a 
construção
- Risco de acidentes (ao pessoal próprio ou a terceiros)
- Emissões de CO2
- Disseminação de doenças transmissíveis
Presença de obstáculo 
artificial
- Exposição da população aos efeitos dos campos eletromagnéticos, 
principalmente em áreas urbanas
- Risco de eletrocussão
- Interferências eletromagnéticas e ruído audível
- Impacto visual em áreas de importância cultural, histórica ou paisagística
- Interferências com populações indígenas ou minorias étnicas
Manutenção das linhas 
e Subestações
- Risco de acidentes no transporte das equipes (ao pessoal próprio e a terceiros)
- Contaminação do solo por vazamentos de óleos e outros produtos perigosos
- Contaminação dos corpos hídricos por vazamentos de óleos e outros produtos 
perigosos
- Emissões de CO2
- Risco de acidentes devido a trabalho em altura elevada
- Exposição aos campos eletromagnéticos (ao pessoal próprio e a terceiros)
- Exposição a produtos químicos (ao pessoal próprio e a terceiros)
- Para as redes e estações transformadoras subterrâneas, destaca-se 
o trabalho em espaços fechados, como caixas subterrâneas e estações
Manutenção da faixa de 
servidão
- Podas e supressão de vegetação
- Geração de resíduos sólidos
Manutenção deficiente da 
faixa de servidão da LD, 
permitindo invasões
- Interferência na linha, com risco de acidentes
- Risco de eletrocussão para a população
- Interrupção no fornecimento de energia
- Deposição de lixo/entulho
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20
O Manual Ambiental de Obras 
é constituído por seis Capítulos 
e nove anexos, de acordo com 
a seguinte organização:
1.4 ESTRUTURA DO MANUAL 
DE OBRAS DAS EDEs
21
1.4 ESTRUTURA DO MANUAL 
DE OBRAS DAS EDEs
Capítulo 1: Escopo do Manual Ambiental de Obras 
das EDEs, apresentado neste Capítulo.
Capítulo 2: Critérios Socioambientais para as 
Etapas de Planejamento e Elaboração de Projetos – 
apresenta critérios socioambientais voltados para 
as etapas iniciais do processo de planejamento 
e de desenvolvimento das atividades associadas 
aos sistemas de distribuição, de forma que 
os projetos e as ações já sejam concebidos 
e planejados adequadamente sob os pontos 
de vista socioambiental e de sustentabilidade.
Capítulo 3: Licenciamento Ambiental – apresenta 
os requisitos legais para o licenciamento ambiental 
dos empreendimentos (licenças ambientais 
e autorizações, competências dos agentes federais, 
estaduais e municipais no processo, compensação 
ambiental, participação pública); documentos 
técnicos e estudos complementares; e sugestão 
de procedimentos para o acompanhamento do 
processo de licenciamento e da gestão ambiental 
associada.
Capítulo 4: Aspectos Socioambientais Gerais – são 
destacadas as principais questões e exigências 
relacionadas aos aspectos socioambientais a serem 
observadas durante a realização das obras, visando 
orientar as equipes próprias das EDEs envolvidas 
no desenvolvimento dessas atividades, seja como 
executora dos serviços, seja como gestora, bem 
como para a elaboração dos contratos de prestação 
de serviços e para a sua fiscalização por parte das 
EDEs.
Capítulo 5: Aspectos Socioambientais Relativos 
a Logística, Construção e Manutenção – estabelece 
as instruções e os procedimentos socioambientais 
para execução de obrase serviços para as 
atividades abrangidas no escopo deste Manual. 
Capítulo 6: Aspectos Relativos a Saúde, Segurança 
e Conforto dos Trabalhadores – apresenta as 
diretrizes e recomendações para a Saúde, 
a Segurança e o Bem-Estar dos trabalhadores 
envolvidos na execução de obras das EDEs. 
Foram elaborados os ANEXOS, indicados a seguir, 
contendo informações e indicações mais detalhadas 
sobre temas socioambientais e de segurança e 
saúde ocupacional considerados mais relevantes 
para o desenvolvimento das atividades abordadas 
neste Manual.
ANEXO I – Acompanhamento do Licenciamento 
Ambiental
ANEXO II – Arborização em Área Urbana 
e Podas de Árvore
ANEXO III – Supressão de Vegetação
ANEXO IV – Limpeza da Faixa de Servidão
ANEXO V – Recuperação de Áreas Degradadas
ANEXO VI – Exploração de Áreas de Empréstimo 
e Bota-Fora
ANEXO VII – Obras em Áreas Especiais
ANEXO VIII – Guia para Elaboração de Mapa 
de Risco
 
ANEXO IX – Guia para Inspeção de Segurança
22
Critérios Socioambientais 
para as Etapas de Planejamento 
e Elaboração de Projetos
Considerando os princípios da Política Ambiental 
das Empresas Eletrobras, destacam-se para 
a elaboração deste Manual:
• Assegurar a manutenção de um processo 
sistemático e contínuo de melhoria nas práticas 
de gestão.
• Assegurar a incorporação da dimensão ambiental 
aos processos das empresas.
Dentre as diretrizes gerais dessa Política, aquelas 
relativas à articulação interna, à articulação 
externa e ao relacionamento com 
a sociedade sintetizam as orientações básicas 
a serem observadas nas etapas de planejamento 
e na elaboração dos projetos, por buscarem 
garantir não somente a melhoria das práticas 
socioambientais, mas, principalmente, 
a integração da dimensão socioambiental 
aos processos da empresa e à melhoria 
do relacionamento com a sociedade. São 
destacadas dentre esse conjunto de diretrizes:
• As questões ambientais dos 
empreendimentos devem ser tratadas de 
forma articulada entre as áreas da empresa 
e incorporadas aos processos de tomada de 
decisão.
• Os princípios e as diretrizes desta política 
devem ser incorporados aos contratos 
e parcerias firmados.
CAPíTULO 2
23
• As oportunidades de desenvolvimento sustentável local e regional decorrentes dos 
empreendimentos devem ser potencializadas.
• As especificidades dos ecossistemas e das comunidades locais devem ser consideradas 
nas articulações das ações e programas ambientais com ações e políticas públicas. 
• As empresas Eletrobras devem dialogar com os diversos atores sociais envolvidos desde 
o início do planejamento dos empreendimentos, identificando suas expectativas 
e necessidades.
• As empresas Eletrobras devem estabelecer um processo contínuo de comunicação 
e esclarecimento ao público sobre questões relacionadas à energia elétrica e às ações 
ambientais.
Nesse sentido, neste Capítulo são apresentados critérios socioambientais voltados para as 
etapas iniciais do processo de planejamento e de desenvolvimento das atividades associadas 
aos sistemas de distribuição, de forma que os projetos e as ações já sejam concebidos 
e planejados adequadamente sob os pontos de vista socioambiental e de sustentabilidade. 
Busca-se, por um lado, evitar, sempre que possível, e reduzir os impactos negativos e, por 
outro lado, potencializar as oportunidades para o desenvolvimento sustentável nas áreas de 
atuação das EDEs.
As demais diretrizes gerais e as diretrizes específicas da Política Ambiental também dão 
suporte e orientam o detalhamento desses critérios, bem como as salvaguardas e diretrizes 
(EHS Guidelines) estabelecidas pelo Banco Mundial.
2.1 PLANEJAMENTO SOCiOAMBiENTAL DOS PROJETOS DE LiNHAS 
DE DiSTRiBUiÇÃO E SUBESTAÇÕES EM ALTA TENSÃO 
2.1.1 Levantamento das informações Socioambientais para os Projetos 
de Linhas de Distribuição e de Subestações em AT
A relativa flexibilidade locacional associada aos sistemas de distribuição permite que sejam 
evitadas e minimizadas diversas interferências socioambientais negativas com a escolha 
da localização das subestações e das linhas de distribuição, orientada também por critérios 
socioambientais. 
Nesse sentido, o levantamento de informações para a elaboração dos projetos deve abranger, 
além das informações necessárias para garantir as condições técnicas, econômicas e de 
segurança necessárias a um adequado fornecimento de energia elétrica, aquelas relativas 
aos aspectos socioambientais necessárias à efetiva incorporação da dimensão socioambiental 
na concepção dos projetos. 
O levantamento, nesta etapa, deve tomar como base os dados secundários existentes 
sobre a região onde ocorrerá a intervenção, sendo realizado, principalmente, com base 
em informações obtidas junto a órgãos públicos, agências governamentais especializadas 
(federais, estaduais e municipais), universidades e institutos de pesquisa. As informações 
compreendem referências bibliográficas, documentais, cartográficas e estatísticas, bem 
como imagens de satélite, fotos, restituições e eventuais sobrevoos em situações especiais. 
No Quadro 3 é apresentado um conjunto de aspectos socioambientais cujas informações 
são relevantes para o projeto das linhas de distribuição, levando em conta as regiões onde 
serão implantadas.
24
Quadro 3. Levantamento de informações Socioambientais para Projetos de Linhas 
de Distribuição e Subestações
ASPECTOS AMBiENTAiS CONTEÚDO 
Clima - Características do clima e das condições meteorológicas (vento, temperatura, umidade do ar, nível ceráunico e regime de chuvas).
Geologia/Geomorfologia/ 
/Geotecnia
- Características geológicas da região e condições geotécnicas e geomorfológicas.
- Características morfodinâmicas (áreas críticas em relação à erosão, etc.).
- Hipsometria e altimetria da região.
Recursos 
Minerários
- Áreas com potencial exploração metalogenético.
- Áreas com ocorrências minerais de valor econômico e estratégico mineral (minas com decreto 
de lavra e garimpos).
- Ocorrências hidrominerais.
Solos - Características dos tipos de solos existentes ao longo do corredor, bem como de seus potenciais agrícolas.
Recursos Hídricos 
 e Usos Da Água
- Identificação de corpos d’água, áreas inundáveis e usos da água na área de estudo (navegação, pesca, 
irrigação, etc.).
Vegetação 
e Uso do Solo
- Identificação das principais fitofisionomias da região de estudo, localizando e caracterizando 
o estado de conservação e quantificando a área das principais tipologias florestais.
- Caracterização do uso do solo na região (áreas urbanas, áreas de pastagem, áreas de agricultura, 
áreas industriais, áreas para lazer, recreação, turismo na região de estudo).
Habitats Naturais
- Estado de conservação dos ecossistemas, estimativa da distribuição e composição da fauna, 
com base na literatura existente.
- Identificação de habitats especiais e áreas de interesse ecológico e da presença de espécies 
endêmicas, raras, ameaçadas de extinção, de interesse científico ou econômico, tanto animais quanto 
vegetais.
Áreas Protegidas
- Identificação e localização das Unidades de Conservação de Proteção Integral e Uso Sustentável 
federais, estaduais e municipais.
- Identificação e localização de Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade, Corredores 
Ecológicos e Reserva da Biosfera.
- Identificação e localização das Áreas de Preservação Permanente (matas ciliares e encostas) 
e demais áreas protegidas por lei.
Patrimônio 
Físico-Cultural
- Localização de patrimônios da humanidade, históricos, culturais arqueológicos, paleontológicos, 
paisagísticos, espeleológicos e ecológicos.
- Identificação e caracterização de sítios de relevante interesse ambiental, principalmente monumentos 
naturais e acidentes geográficos relevantes.
Organização Territorial das 
regiões atravessadas (ou 
dos municípios interligados 
ou atravessados pelo 
sistema de distribuição)
- Localização e identificação das sedes municipais e distritais e contingente populacional.- População urbana e rural, dinâmica populacional e distribuição espacial, e IDH-M 
(renda, longevidade e educação).
- Áreas com densidade significativa de populações rurais
- Estrutura fundiária; condição de propriedade; dados de produção.
- Localização dos assentamentos rurais e das áreas de conflito pela terra e ambientais.
Infraestrutura
- Identificação e localização de rodovias, estradas vicinais, ferrovias, aeroportos, aeródromos, 
heliportos, hidrovias, oleodutos, gasodutos, aquedutos, pontes, sistemas de transmissão existentes e 
planejados, sistemas de telecomunicação (telefonia e TV a cabo) e outras obras situadas ou planejadas 
na região a ser atravessada, que possam se constituir em restrições ou atração à passagem da Linha 
de Distribuição, bem como à localização da Subestação.
- Gestão de Resíduos Sólidos e Perigosos nos níveis estadual e municipal.
Atividades 
econômicas
- Atividades econômicas a serem potencialmente afetadas.
- Instalações industriais e agroindustriais.
População Indígena - Localização das Terras Indígenas existentes na região e suas vizinhanças, identificando seus limites, população, situação legal das terras e conflitos potenciais.
Grupos remanescentes 
de quilombos, minorias 
étnicas ou populações 
tradicionais
- Localização das áreas, seus limites, população, situação legal das terras e conflitos potenciais.
Movimentos 
sociais - Principais ONGs e associações atuantes na região.
Áreas de Interesse 
Estratégico
- Identificação e localização dos obstáculos de natureza estratégica, situados na região a ser atravessada 
pela linha, tais como: áreas de manobras militares aéreas e terrestres, estações 
de rastreamento, bases aéreas, navais ou militares.
Licenciamento Ambiental
- Dispositivos legais no âmbito federal, estadual e municipal sobre os temas indicados neste quadro 
e outros relativos ao planejamento regional e urbano e ao meio ambiente na região em estudo.
- Dispositivos legais pertinentes relacionados à obtenção de licenças e autorizações para as atividades 
envolvidas na implantação das LDs e SEs.
O planejamento das atividades nessa etapa deve 
também levar em conta os aspectos relacionados 
à gestão de resíduos, em conformidade com os 
procedimentos estabelecidos nos Manuais de 
Resíduos Perigosos e de Resíduos Sólidos das 
EDEs e os requisitos dos Planos de Gerenciamento 
de Resíduos nos níveis estadual e municipal. Nessa 
fase, podem também ser estabelecidas parcerias 
com o governo estadual e as prefeituras, bem 
como Associações de Catadores, buscando, desse 
modo, cooperar com a gestão dos resíduos nas 
áreas de atuação das EDEs, em consonância com 
o princípio da “responsabilidade compartilhada”, 
preconizado pela Política Nacional de Resíduos 
Sólidos.
Ainda nessa fase de planejamento, deve ser 
estabelecido um Programa de Gerenciamento 
de Riscos que estabeleça orientações e 
procedimentos de gestão com vistas à prevenção 
de acidentes, sempre levando em consideração 
os riscos ambientais e os riscos à saúde e à 
segurança dos trabalhadores associados às 
atividades a serem desenvolvidas, identificando 
as medidas preventivas e/ou mitigadoras 
e equipamentos de segurança disponíveis 
para evitar cada risco identificado.
2.1.2 Critérios Socioambientais para 
a Definição da Localização das 
Subestações e da Rota da LD
A interpretação e a análise integrada dos dados 
levantados sobre a região a ser atravessada pela 
Linha de Distribuição e da provável localização das 
subestações devem permitir identificar as áreas 
mais adequadas ou favoráveis, bem como aquelas 
áreas que devem ser evitadas, de modo a reduzir 
as interferências e os impactos ao meio ambiente, 
considerando os aspectos construtivos.
Vale ressaltar que a Portaria MMA 421/2011 
estabeleceu critérios para classificação dos 
empreendimentos de transmissão e distribuição 
de energia elétrica para fins de definição dos 
procedimentos a serem seguidos no licenciamento 
ambiental, como será detalhado no Capítulo 4. 
Por essa Portaria MMA, são classificados como 
empreendimentos de significativo impacto 
ambiental, independentemente da tensão e da 
extensão, os empreendimentos cuja área da 
subestação ou faixa de servidão administrativa da 
linha de transmissão implicar em:
1) remoção de população que implique na 
inviabilização da comunidade e/ou sua 
completa remoção;
2) localização em sítios de: reprodução e descanso 
identificados nas rotas de aves migratórias; 
endemismo restrito e espécies ameaçadas de 
extinção reconhecidas oficialmente; 
3) supressão de vegetação nativa arbórea acima 
de 60% da área total da faixa de servidão, 
definida pela declaração de utilidade pública ou 
de acordo com a NBR-5422 e suas atualizações.
Além disso, independentemente da ocorrência 
dessas situações, se a área de implantação de 
subestações ou de faixas de servidão afetar 
unidades de conservação de proteção integral ou 
promover intervenção física em cavidades naturais 
subterrâneas pela implantação de estruturas ou 
subestações, tais empreendimentos também 
serão classificados como de significativo impacto 
ambiental.
Por outro lado, essa mesma Portaria MMA 
421/2011 classifica como de pequeno potencial 
de impacto ambiental as linhas de transmissão 
implantadas ao longo da faixa de domínio de 
rodovias, ferrovias, linhas de transmissão e outros 
empreendimentos lineares preexistentes, ainda 
que situadas em terras indígenas, em territórios 
quilombolas ou em unidades de conservação de 
uso sustentável.
Assim, tais critérios devem orientar 
prioritariamente a escolha da localização das 
LDs e SEs, visando a sua classificação como 
empreendimentos de pequeno potencial de 
impacto ambiental.
2.1.2.1 Localização das SEs
A localização do terreno das subestações deve 
levar em conta, além dos requisitos elétricos do 
sistema de distribuição, a existência, tanto quanto 
possível, de infraestrutura necessária à construção, 
operação e manutenção da subestação. Essa 
localização deve também prever a possibilidade de 
expansão do sistema. Devem ser previstos, ainda, 
locais para implantação de canteiros de obra, áreas 
de bota-fora e áreas de empréstimo.
Deve atender também às orientações da análise 
integrada das informações levantadas, conforme 
proposto no item 2.1, e recorrer a informações 
provenientes de visitas ao local, de modo a evitar 
as interferências socioambientais, principalmente 
as classificadas como de significativo potencial de 
impacto, já citadas anteriormente. 
Na medida do possível, a SE deverá estar afastada 
dos perímetros urbanos ou das comunidades e 
observar as restrições relativas aos patrimônios 
físico-culturais, às unidades de conservação de 
proteção integral e demais áreas protegidas, bem 
como às terras indígenas e àquelas ocupadas 
por populações tradicionais, respeitando os 
limites estabelecidos no Anexo III da Portaria 
Interministerial nº 419/2011.
Deverá também ser evitada a proximidade com 
as áreas de interesse estratégico mencionadas 
no Quadro 3.
25
26
2.1.2.2 Definição da Rota das LDs
A definição da rota da LD deve observar 
o conjunto de critérios apresentado a seguir, 
que integra critérios de engenharia, econômicos 
e socioambientais, devendo sempre ser levados 
em conta, nessa definição, os caminhamentos 
que favoreçam a futura expansão do sistema. 
Devem ser previstos locais para a instalação 
do canteiro de obras, áreas de bota-fora e áreas 
de empréstimo.
a) Proximidade de acessos e apoio logístico
Sempre que possível, a rota de Linha de 
Distribuição deverá estar próxima a locais de apoio 
logístico, como estradas de leito trafegável por 
veículos motorizados de grande carga, para facilitar 
sua construção e manutenção. Nas regiões onde já 
houver corredores de transmissão ou de transporte 
(ferrovias, rodovias) ou outros empreendimentos 
lineares preexistentes, tais áreas devem ser 
selecionadas preferencialmente. 
b) Locais que requerem atenção especial
• Áreas alagadas ou inundáveise de solos 
fisicamente pouco estruturados e suscetíveis 
à erosão devem ser evitadas.
• Travessias sobre rodovias, ferrovias, gasodutos, 
sistemas de comunicação, sempre que possível, 
devem ser evitadas. Nos locais de travessia, 
deve ser buscado o maior ângulo de cruzamento 
de estradas de rodagem importantes, ferrovias, 
grandes rios, matas ciliares e outras Linhas de 
Distribuição que porventura existam na região.
• Proximidade ou vizinhança de aeródromos, 
campos de pouso, depósitos de explosivos, de 
combustíveis, oleodutos, adutoras e similares, 
áreas industriais, em especial as químicas, 
passíveis de lançarem fumaças e gases corrosivos 
prejudiciais às estruturas em geral.
• Áreas de interesse estratégico, tais como áreas 
de manobras militares aéreas e terrestres, 
estações de rastreamento, bases aéreas, navais 
ou militares.
• Para reduzir ou evitar o impacto visual, devem 
ser evitados ou contornados picos elevados 
de montanhas e serras. Quando for inevitável 
cruzar áreas montanhosas, deve-se procurar 
locais de menor altura, adaptando ao máximo 
a LD às curvas de nível do terreno, escolhendo 
locais onde a linha não tenha muito destaque na 
paisagem.
• Edificações e benfeitorias em geral, sendo 
vedadas travessias sobre edificações, 
que devem sempre ser contornadas, de modo 
a evitar desapropriações, bem como a exposição 
continuada dos moradores aos campos 
eletromagnéticos.
• Travessia de loteamentos ou áreas de maior 
densidade populacional. Nas situações 
em que for inevitável, devem ser aproveitados 
os arruamentos, a fim de reduzir a necessidade 
de indenizações, devendo a LD ser construída 
utilizando padrão urbano.
• Áreas de expansão urbana ou que serão objeto 
de modificações urbanísticas previstas pelos 
órgãos de planejamento estadual ou municipal. 
• Áreas protegidas pela legislação (Unidades de 
Conservação e outras), atendendo às zonas 
de amortecimento indicadas pela legislação.
• Áreas com cobertura de vegetação natural 
densa que possam vir a dificultar os trabalhos 
de locação de torres e lançamento de cabos, 
visando reduzir o desmatamento e os impactos 
ao meio ambiente.
• Áreas cobertas por vegetação de espécies 
arbóreas ou áreas cobertas por pomares, 
Quadro 4. Níveis de Referência para campos elétricos e magnéticos variantes 
no tempo nas frequências de 50 e 60 Hz
iNSTALAÇÕES EM 50 Hz iNSTALAÇÕES EM 60 Hz
Campo Elétrico 
(kV/m)
Campo Magnético 
(µ/t)
Campo Elétrico 
(kV/m)
Campo Magnético 
(µ/t)
Público em Geral 5,00 200,00 4,17 200,00
População Ocupacional 10,00 1.000,00 8,33 1.000,00
27
cujo porte dos indivíduos vegetais leve à 
necessidade de corte por dificultar os trabalhos 
de locação de torres e lançamento de cabos.
• Áreas de agricultura e, principalmente, aquelas 
áreas que possuam plantações com espécies de 
grande poder comburente, tais como canaviais, 
variedades de capim, dentre outros. 
• Proximidade de pedreiras existentes e potenciais 
e áreas de exploração de outros recursos minerais.
• Proximidade de cursos d’água, de vegetação ciliar, 
ou de áreas pantanosas.
• Passagem em Terras Indígenas, ou áreas habitadas 
por populações tradicionais, ou nas proximidades, 
respeitando os limites estabelecidos no Anexo III 
da Portaria Interministerial nº 419/2011.
• Passagem por áreas de relevante interesse 
ambiental, principalmente monumentos naturais e 
acidentes geográficos relevantes, mesmo que não 
estejam protegidas pela legislação. 
• Impacto visual em áreas classificadas como 
patrimônios da humanidade, históricos, culturais 
arqueológicos, paleontológicos, paisagísticos, 
espeleológicos e ecológicos.
2.1.3 Critérios Socioambientais para 
Dimensionamento do Projeto
Na definição dos parâmetros de dimensionamento 
do projeto, também devem ser observados critérios 
que contribuam para a redução das interferências 
socioambientais das LDs e das SEs, além da 
observância aos parâmetros elétricos que visam ao 
perfeito funcionamento do sistema de distribuição.
Nesse sentido, devem ser adotados critérios de 
projeto que:
• Reduzam a interferência causada na recepção de 
rádio e TV fora dos limites da faixa de passagem.
• Reduzam interferência causada pelos níveis 
de ruído audível.
• Previnam os riscos de eletrocussão. 
• Previnam o risco de queda de trabalhadores 
durante as atividades de manutenção pela 
compatibilidade do projeto das estruturas 
à utilização dos equipamentos anti-queda.
• O dimensionamento da largura da faixa de 
servidão deve considerar as interferências 
externas ao sistema, principalmente aquela 
provocada pela massa vegetal.
• Quando não é possível evitar que a LD atravesse 
áreas com remanescentes florestais, podem ser 
definidas estruturas mais altas para possibilitar 
a passagem dos cabos por sobre a vegetação 
e minimizar as interferências. Algumas empresas 
utilizam cruzeta–beco, com os cabos dispostos 
somente no lado oposto ao da vegetação, de 
forma a evitar a supressão vegetal.
• Atendam aos níveis de campos eletromagnéticos 
preconizados pela Lei nº 11.934, de 2009, 
que dispõe sobre limites à exposição humana 
a campos elétricos, magnéticos e 
eletromagnéticos. Os limites a serem atendidos 
são aqueles estabelecidos pela Resolução 
Normativa (REN) ANEEL nº 616, de 01.07.2014, 
que revisou a REN ANEEL nº 398/2010. Essa 
resolução regulamenta a Lei nº 11.934, no que 
se refere aos limites à exposição humana 
a campos elétricos e magnéticos originários 
de instalações de geração, transmissão e 
distribuição de energia elétrica, seguindo os 
valores recomendados pela Organização Mundial 
de Saúde – OMS, conforme indicado no Quadro 4.
• Nas subestações, deve ser previsto um esquema de prevenção e proteção contra vazamento de líquido 
isolante, conforme previsto na NBR-14039. Poderão ser construídas caixas de captação de óleo individuais 
para cada transformador existente na instalação, com capacidade mínima igual ao volume de óleo do 
transformador a que se destina ou, ainda, uma única caixa para todos os transformadores. Nesse caso, 
a capacidade da caixa de captação de óleo deverá ser compatível com o volume de óleo do maior dos 
transformadores. As instalações que contenham 100 litros ou mais de líquido isolante devem ser providas 
de tanque de contenção. 
Nos planejamento e elaboração dos 
projetos envolvendo a construção de novos 
alimentadores de redes de distribuição de MT e 
BT e a regularização de unidades consumidoras 
em áreas com processo de integração à malha 
urbana regular com a substituição de redes 
improvisadas, devem ser adotados critérios 
e medidas para a prevenção ou mitigação dos 
impactos socioambientais potenciais associados 
a tais ações.
A partir da publicação do MANUAL DE 
PROCEDIMENTOS DE REDES DE DISTRIBUIçãO 
– PROJETOS DE REDES DE DISTRIBUIçãO 
AÉREAS URBANAS, em maio de 2012, as 
Empresas de Distribuição Eletrobras passaram 
a adotar, como padrão mínimo de redes 
de distribuição em média tensão, a utilização 
de cabos protegidos e, em baixa tensão, 
a utilização de cabos isolados, reduzindo 
a necessidade de cortes da arborização urbana, 
seguindo o padrão que vem sendo adotado 
pelas empresas de distribuição de referência 
do país, conforme observado nos Relatórios dos 
Produtos 2 e 3.
Outras medidas devem ser adotadas nas etapas 
iniciais do planejamento para integrar os 
aspectos socioambientais na elaboração desses 
projetos.
2.2.1 Levantamento das informações 
Socioambientais para 
a Elaboração dos Projetos 
de Expansão, Reforma e Reforço 
da Rede na área Urbana
Para o estudo preliminar da área a ser atendida, 
deve ser realizado um levantamento tomando 
como base os dados secundários existentes, 
com informações obtidas junto a órgãos 
públicos, agências governamentais 
especializadas (federais, estaduais e 
municipais), e, se necessário, deve ser realizado 
um levantamento de campo complementar. 
Com esse levantamento, busca-se integrar 
os requisitos socioambientais aos requisitoseconômicos, de engenharia e de segurança.
2.2 PLANEJAMENTO SOCiOAMBiENTAL DOS PROJETOS DE ExPANSÃO, 
REFORMA E REFORÇO DA REDE NA áREA URBANA 
As informações indicadas a seguir devem subsidiar 
as áreas que executam serviços e desenvolvem 
projetos de redes de distribuição aéreas situadas 
dentro do perímetro urbano de cidades atendidas 
pelas EDEs, no que se refere às redes protegidas 
e isoladas, incluindo projetos de expansão, reforma 
e reforço (EDE, 2012).
• Legislação e normas municipais e estaduais 
pertinentes, enfatizando os requisitos, 
autorizações e licenças associados ao 
licenciamento ambiental.
• Mapas e plantas da área, contendo informações 
sobre arruamentos, edificações (edifícios 
públicos, igrejas, estádios, etc.), áreas de lazer 
(praças, parques), prédios e monumentos 
tombados pelo patrimônio histórico e cultural, 
existência de áreas de proteção ambiental, áreas 
consideradas como patrimônio da humanidade, 
histórico, cultural e/ou paisagístico e áreas de 
interesse turístico.
• Planos e projetos previamente existentes para 
a área, ainda não construídos ou em construção, 
e que possam ser considerados no projeto 
em elaboração. Nesse sentido, devem ser 
consultados planos diretores, planos de expansão 
de vias urbanas, planejamento de parques e 
áreas de lazer, planejamento de áreas industriais 
e outros planos de desenvolvimento municipal 
e estadual.
• Planos e projetos das demais concessionárias 
de infraestrutura, para evitar conflitos 
ou interferências cumulativas.
• Planos e projetos de arborização urbana e guias 
de arborização urbana, quando existentes.
• Planos Municipais de Gerenciamento de Resíduos 
Sólidos, incluindo resíduos perigosos.
• Para o atendimento a áreas de expansão urbana, 
como, por exemplo, um novo loteamento, deve 
ser obtida uma planta georreferenciada, em 
escala adequada, junto ao responsável pelo 
empreendimento, para lançamento dos dados 
no Sistema de Gestão Técnica da Distribuição – 
SGTD (EDE, 2012).
28
• Para essas novas áreas, também devem 
ser levantadas informações para subsidiar 
a elaboração de um estudo básico, considerando 
as condições do local, o grau e tipo de 
urbanização, tipo de arborização, dimensões 
dos lotes e características da área a ser atendida.
• Devem ser antevistas as possibilidades de 
expansão futuras do sistema compatíveis com 
as características da região, de modo a não 
provocar ou minimizar a necessidade de novas 
interferências.
Considerando a importância da convivência 
harmoniosa das redes de distribuição urbanas 
com a vegetação e a arborização urbanas, além 
da utilização das redes protegidas e isoladas 
como padrão mínimo de redes em média tensão 
e baixa tensão, respectivamente, que levam 
à redução significativa na necessidade de cortes 
da arborização urbana, deve ser buscada a 
elaboração de um Programa de Arborização Urbana 
em cooperação com as prefeituras ou órgão 
da administração pública responsável por essa 
atividade, para aprimorar a gestão da arborização 
das cidades. 
No ANEXO II – Arborização em Área Urbana e Poda 
de Árvores, são apresentados critérios que devem 
ser observados no planejamento e na execução de 
arborização em áreas urbanas e na metodologia a 
ser utilizada para a realização de podas de árvores 
em redes energizadas e desenergizadas, que 
devem ser considerados desde as etapas iniciais do 
planejamento das intervenções em áreas urbanas.
Destaca-se, nesse sentido, que a Eletrobras 
Distribuição Alagoas elaborou um “Guia de 
Arborização”, em parceria com a Prefeitura de 
Maceió, com o objetivo de “colaborar, junto aos 
órgãos governamentais e à comunidade em 
geral, com o processo de arborização planejada 
nas cidades, oferecendo informações técnicas 
e opções para uma melhor e mais adequada 
escolha da espécie arbórea a ser plantada”, cujos 
procedimentos foram considerados na elaboração 
do ANEXO II e que podem servir como subsídio 
para iniciativas semelhantes por parte das EDEs.
Outro aspecto importante a ser avaliado, 
principalmente nas áreas de interesse histórico 
e turísticas, e ainda em áreas de grande densidade 
populacional e alta densidade de carga, é a 
viabilidade de implantação de redes subterrâneas. 
As redes subterrâneas são as que necessitam de 
maior investimento inicial para sua construção, 
porém são as que apresentam maior confiabilidade 
e menores custos com operação e manutenção 
ao longo do tempo. Adicionalmente são menos 
sujeitas a interrupções de energia devido à 
vizinhança com a arborização urbana e reduzem 
a necessidade de podas e cortes de árvores. 
No ANEXO VIII, são destacados os impactos 
positivos e os principais cuidados do ponto de vista 
ambiental e de segurança relacionados a essa 
opção de rede de distribuição.
O planejamento das atividades nas áreas 
urbanas deve, ainda, levar em conta os aspectos 
relacionados à gestão de resíduos em consonância 
com os procedimentos estabelecidos nos Manuais 
de Resíduos Perigosos e Sólidos. Nessa fase, 
podem também ser estabelecidas parcerias com 
as prefeituras e com Associações de Catadores, 
buscando, desse modo, cooperar com a gestão 
dos resíduos municipais, em consonância com 
o princípio da “responsabilidade compartilhada”, 
preconizado pela Política Nacional de Resíduos 
Sólidos.
Como mencionado no item 2.1.1, nessa fase de 
planejamento deve ser estabelecido um Programa 
de Gerenciamento de Riscos que estabeleça 
orientações e procedimentos de gestão com vistas 
à prevenção de acidentes, sempre levando em 
consideração os riscos ambientais e os riscos 
à saúde e segurança dos trabalhadores associados 
às atividades a serem desenvolvidas, identificando 
as medidas preventivas e/ou mitigadoras e 
equipamentos de segurança disponíveis para evitar 
cada risco identificado.
29
2.2.2 Projeto de Locação dos Postes 
nas áreas Urbanas
No Manual de Procedimentos de Redes de 
Distribuição (EDE, 2012), para a elaboração 
de Projetos de Redes de Distribuição Aéreas 
Urbanas, estão estabelecidos critérios para 
locação física dos postes nas vias urbanas, 
que incluem requisitos socioambientais para 
a escolha da locação, integradamente aos 
aspectos de espaçamento, de segurança e de 
iluminação pública desejáveis. A seguir são 
destacados esses requisitos socioambientais, 
complementados ainda por outros julgados 
pertinentes.
• Evitar áreas de reflorestamento ou com mato 
denso, bem como pomares e plantações e 
demais formas de vegetação em áreas de 
preservação permanente.
• Evitar, sempre que possível, interferência 
na arborização urbana. 
• Nas vias com densa arborização e de tráfego 
pesado, deve-se procurar locar as estruturas 
sempre do mesmo lado da rua, evitando 
o zigue-zague da rede e voltas desnecessárias.
• Evitar possíveis interferências em tubulações 
subterrâneas de água, esgoto, gás, rede de 
telecomunicações, galerias de águas pluviais, 
etc.
• Evitar locação de postes em frente a portas, 
janelas, sacadas, garagens, marquises, 
anúncios luminosos, etc., mesmo que 
respeitadas as distâncias de segurança.
• Evitar a locação em guias rebaixadas (locais de 
acesso para cadeirantes).
• Evitar que a posteação passe do mesmo lado 
de praças, jardins, escolas, igrejas e templos 
que ocupem grande parte da quadra.
• Evitar atravessar praças e outras áreas 
de lazer. A locação deve ser compatível com 
os projetos de arborização para essas áreas, 
quando existentes.
• Nas ruas e avenidas de orla marítima, 
a locação deve ser compatível com os projetos 
de urbanização e de arborização para tais áreas, 
quando existentes.
• Evitar a locação em frentes de igrejas, 
monumentos históricos ou paisagens, visando 
não causar impacto visual.
• Evitar a locação em esquinas, principalmente 
em ruas estreitas e sujeitas a trânsito intenso 
de veículos, e em esquinas que não permitam 
manter o alinhamento dos postes, bem como 
em locais sujeitos a abalroamentos em postes.
• Evitar áreas com alto índice de poluiçãoatmosférica e áreas próximas a aterros 
sanitários.
• No caso de ser necessária a locação em 
propriedades, procurar locar, sempre que 
possível, na divisa dos lotes. Na impossibilidade, 
locar no meio do lote.
• Evitar a locação em terrenos muito acidentados 
a fim de evitar o uso de estruturas especiais 
e facilitar a construção, operação e manutenção.
• Evitar a locação em áreas suscetíveis à erosão 
e terrenos com inclinação transversal superior 
a 50%.
• Evitar a locação nas proximidades de lagos, 
lagoas, represas e açudes, ou locais pantanosos, 
ou sujeitos a alagamentos e invasão por marés.
• Evitar áreas onde possa ocorrer detonação 
de explosivos, como nas proximidades de 
pedreiras e outras jazidas afins.
30
2.2.3 Critérios Socioambientais para 
Dimensionamento dos Projetos 
de Expansão, Reforma e Reforço 
da Rede na área Urbana
A definição dos parâmetros elétricos e 
mecânicos de dimensionamento do projeto deve 
também buscar a redução das interferências 
socioambientais das redes urbanas. Nesse sentido, 
devem ser adotados critérios de projeto que 
visem:
• Reduzir a interferência causada na recepção 
de rádio e TV.
• Reduzir a interferência causada pelos níveis 
de ruído audível.
• Prevenir os riscos de eletrocussão. 
• Prevenir o risco de queda de trabalhadores 
durante as atividades de manutenção pela 
compatibilidade do projeto das estruturas 
com a utilização dos equipamentos anti-queda.
• Atender aos níveis de campos eletromagnéticos 
preconizados pela Lei nº 11.934, de 2009, 
que dispõe sobre limites à exposição humana 
a campos elétricos, magnéticos e 
eletromagnéticos. Os limites a serem atendidos 
são aqueles estabelecidos pela Resolução 
Normativa (REN) ANEEL nº 616, de 01.07.2014, 
que revisou a REN ANEEL nº 398/2010. Essa 
resolução regulamenta a Lei nº 11.934, no que 
se refere aos limites à exposição humana a esses 
campos quando originados de instalações de 
geração, transmissão e distribuição de energia 
elétrica, e adota os valores recomendados 
pela Organização Mundial de Saúde – OMS, 
conforme indicado no Quadro 4, apresentado 
anteriormente no item 2.1.3. 
• De acordo com as diretrizes do “Environmental, 
Health, and Safety Guidelines for Electric Power 
Transmission and Distribution” (IFC, 2007), 
podem ser adotadas as seguintes técnicas para 
redução dos campos eletromagnéticos: 
1 Essa medida é efetiva somente para a redução da exposição ao campo elétrico, mas não para o campo magnético. 
2 Essa medida é efetiva somente para a redução da exposição ao campo elétrico, mas não para o campo magnético. 
 - Blindagem com ligas metálicas específicas1. 
 - Enterramento das linhas de distribuição2. 
 - Aumento da altura das estruturas, com 
consequente aumento da distância dos 
condutores ao solo.
 - Modificação no tamanho, espaçamento 
e configuração dos condutores.
Com relação aos materiais utilizados para a 
confecção da posteação, observa-se que o Manual 
de Redes Urbanas recomenda a utilização de 
postes de concreto, e, no caso de utilização de 
postes de madeira, que seja utilizado eucalipto 
tratado, que deve ser certificado, ou ainda de fibra 
de vidro. Visando contribuir para a reutilização 
de materiais e para a redução dos resíduos na 
sua área de atuação, nas regiões onde houver 
abundância de cana de açúcar podem ser utilizadas 
cruzetas ecológicas elaboradas com polietileno 
e bagaço de cana, contribuindo para a redução dos 
resíduos da cana. (Vale Paranapanema, 2012)
31
32
Para essas atividades que envolvem impactos com 
menor grau de significância e, de um modo geral, 
temporários, pelo fato das interferências ocorrerem 
durante o período de execução das obras para 
melhoria do desempenho das redes já existentes, 
não envolvendo atividades de construção 
propriamente dita, o planejamento adequado 
das atividades visando à redução dos potenciais 
impactos socioambientais deve enfatizar:
2.3 PLANEJAMENTO SOCiOAMBiENTAL 
DAS ATiViDADES DE REFORÇO 
E REFORMA DE REDES URBANAS 
33
• a análise das condições ambientais dos locais onde serão realizados os 
trabalhos, para identificação das intervenções com maior potencial de impacto 
e com maior risco de acidentes para os trabalhadores;
• planejamento das medidas para atenuar os prováveis impactos identificados;
• articulação com os órgãos responsáveis pelo trânsito para as ações de desvio 
de tráfego, quando necessárias, e observância da sinalização adequada;
• interferências em redes de infraestrutura e a necessária articulação com 
outras concessionárias de serviços púbico, visando a compatibilização 
ou definição da solução mais adequada;
• cuidados especiais em áreas de patrimônio histórico e arqueológico;
• elaboração do plano de comunicação às comunidades que poderão sofrer 
algum transtorno com as atividades a serem realizadas, tais como interrupção 
no fornecimento de energia, desvio de trânsito, etc.;
• planejamento do acondicionamento adequado dos materiais e equipamentos, 
incluindo aqueles que serão substituídos, para que não sofram maiores danos 
e possam ser enviados para logística reversa;
• planejamento das atividades relacionadas à gestão de resíduos em 
consonância com os procedimentos estabelecidos nos Manuais de Resíduos 
Perigosos e de Resíduos Sólidos;
• Programa de Gerenciamento de Riscos, com a finalidade de estabelecer 
orientações e procedimentos de gestão com vistas à prevenção de acidentes 
de trabalho;
• Análise Preliminar de Riscos Ambientais, buscando identificar atividades, 
equipamentos ou produtos que podem levar à ocorrência de acidentes 
ambientais, tais como contaminação do solo ou das águas (derramamentos 
ou vazamentos de óleo, solventes ou outras substâncias perigosas), e 
as medidas preventivas e/ou mitigadoras e equipamentos de segurança 
disponíveis para evitar cada um dos possíveis acidentes. 
34
Licenciamento Ambiental
3.1 LiCENCiAMENTO AMBiENTAL
A Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) 
instituiu o sistema de licenciamento ambiental 
como um dos instrumentos de gestão ambiental 
e estabeleceu que toda atividade econômica que 
cause significativo impacto ao meio ambiente 
deve ser submetida ao licenciamento ambiental 
por órgão competente. 
A Resolução CONAMA 237/97 estabeleceu os 
seguintes conceitos:
• Licenciamento Ambiental é um procedimento 
administrativo pelo qual o órgão ambiental 
competente licencia a localização, a instalação, 
a ampliação e a operação de empreendimentos 
e atividades utilizadoras de recursos ambientais, 
consideradas efetiva ou potencialmente 
poluidoras ou daquelas que, sob qualquer 
forma, possam causar degradação ambiental, 
considerando as disposições legais e 
regulamentares e as normas técnicas aplicáveis 
ao caso. 
• Licença Ambiental é o ato administrativo pelo 
qual o órgão ambiental competente estabelece 
as condições, restrições e medidas de controle 
ambiental que deverão ser obedecidas pelo 
empreendedor, pessoa física ou jurídica, 
para localizar, instalar, ampliar e operar 
empreendimentos ou atividades utilizadoras 
dos recursos ambientais consideradas efetiva 
ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, 
sob qualquer forma, possam causar degradação 
ambiental. A licença ambiental é o documento, 
com prazo de validade definido, em que o 
órgão ambiental estabelece regras, condições, 
restrições e medidas de controle ambiental a 
serem seguidas por sua empresa. Ao receber a 
Licença Ambiental, o empreendedor assume os 
compromissos para a manutenção da qualidade 
ambiental do local em que se instala.
• Estudos Ambientais são todos e quaisquer 
estudos relativos aos aspectos ambientais 
relacionados a localização, instalação, 
operação e ampliação de uma atividade ou 
empreendimento, apresentados como subsídio 
para a análise da licença requerida, tais como: 
relatório ambiental, plano e projeto de controle 
ambiental, relatório ambiental preliminar, 
diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano 
de recuperação de área degradada

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