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Iniciado 28/08/21 16:10 Enviado 29/08/21 00:40 Status Completada Resultado da tentativa 9 em 10 pontos Tempo decorrido 8 horas, 30 minutos Resultados exibidos Respostas enviadas, Respostas corretas, Comentários Pergunta 1 1 em 1 pontos A expansão imperialista das potências europeias sobre o continente africano, entre a segunda metade do século XIX e o início do século XX, alterou as estruturas das várias nações e territórios nos quais se manifestou, impactando as sociedades ao mesmo tempo que as tornava subalternas na ordem internacional que se desenhava a partir do fim do século XIX. Ao lado das teorias racistas, especulou-se a respeito da natureza humana das populações tradicionais, classificando-as como selvagens e primitivas. No que tange ao imperialismo europeu na África, é correto afirmar que: Resposta Selecionada: justificou o domínio europeu a partir de uma ideologia que defendia a ação europeia como uma missão civilizadora, capaz de conduzir os povos do continente a melhores condições de vida sob a tutela da Europa. Resposta Correta: justificou o domínio europeu a partir de uma ideologia que defendia a ação europeia como uma missão civilizadora, capaz de conduzir os povos do continente a melhores condições de vida sob a tutela da Europa. Comentário da resposta: Resposta correta: o imperialismo justificou sua ação em uma ação civilizatória capaz de retirar os povos de sua selvageria e primitividade. Além dos discursos civilizatórios, também há o mito da superioridade do homem branco e europeu, representado nas teorias do racismo científico, que atestava o atraso das demais populações do globo como algo inato, isto é, ligado a sua “raça” e outros elementos deterministas, tais como sua vegetação ou o clima. Pergunta 2 1 em 1 pontos Leia o texto a seguir: Em 17 de março de 1872, pelo menos vinte negros liderados pelo escravo Bonifácio avançaram sobre José Moreira Veludo, proprietário da Casa de Comissões (lojas de venda e compra de escravos) em que se encontravam, e lhe meteram a lenha. Em depoimento à polícia, o escravo Gonçalo disse que, tendo ido anteriormente à casa de Veludo para ser vendido, foi convidado por Filomeno e outros para se associar com eles para matar Veludo para não irem para a fazenda de café para onde tinham sido vendidos. (CHALHOUB, 1990) CHALHOUB, S. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na corte. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. Com base no texto e considerando seus conhecimentos, reflexões e leituras a respeito da escravidão no Brasil, analise as afirmações a seguir. I. Pesquisas a respeito da escravidão no Brasil trazem uma série de exemplos, como no fragmento do texto citado, que se opõem e desconstroem mitos famosos da historiografia clássica, seja esta conservadora ou mesmo progressista, porque, muitas vezes, os cativos apareciam apenas como peças econômicas, sem nenhuma vontade que orientasse suas ações diante de processos mais abrangentes. II. O tráfico interno no Brasil deslocava milhares de cativos de regiões estagnadas para outras, como da região açucareira para locais onde o plantio e a colheita do café estavam crescendo economicamente. Esse deslocamento separava amigos e familiares. Diante da possibilidade de serem retirados de contextos nos quais estavam minimamente familiarizados, da companhia de seus entes queridos e do trabalho que já realizavam, muitos cativos reagiam agredindo senhores, seus capatazes, e atacavam também os donos das casas de comissões. III. Incidentes como o relatado eram isolados no contexto colonial e no Império. O ataque revela a barbárie de africanos e de seus descendentes; Bonifácio não foi devidamente civilizado pelo trabalho e demais instituições ocidentais. IV. Nem inertes, tampouco revolucionários em tempo integral, os cativos e muitos libertos na ordem escravocrata eram sujeitos de sua época e, a despeito da ordem escravocrata, muitos se organizavam para lutar por aquilo que acreditavam, resistindo, mesmo sob o jugo da escravidão. V. Ao cativo só restava assumir seu papel na ordem escravocrata, tornando-se “peça” de uma imensa engrenagem para sobreviver, um dia por vez. Deveria aceitar plenamente o domínio de seu senhor e seus eventuais lapsos morais e agressivos. Está correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: I, II e IV. Resposta Correta: I, II e IV. Comentário da resposta: Resposta correta: os cativos e libertos tinham uma boa capacidade de resistência, inventividade e resiliência na ordem racista e escravocrata. Eles se organizavam visando alcançar objetivos muito claros, como atenuar a violência de seu dia a dia por meio dos instrumentos ali disponíveis. Ao trabalharmos com documentos, verificamos que, mesmo sob profunda violência e exploração, há uma multiplicidade de situações nas quais os cativos estavam inseridos. Cativos sim, mas ainda sujeitos diante das possibilidades que os engendravam; exerciam minimamente um espaço autônomo e de barganha a favor de sua situação sob a escravidão. Pergunta 3 1 em 1 pontos Leia a frase a seguir e julgue os itens. “No tempo em que vivemos e na crise que atravessam todas as indústrias europeias, a fundação de uma colônia é a criação de uma válvula de escape.” (Jules Ferry, colonialista francês) I. Um dos principais objetivos dos colonizadores europeus era o pleno desenvolvimento de suas colônias e sua integração à metrópole. Essa preocupação aumentava à medida que a colônia recebia mais colonos de origem europeia. II. A corrida colonial entre os países imperialistas ou neocolonialistas visava conquistar mercados para as metrópoles – em sua maioria, países da Europa Ocidental –, de modo a garantir um espaço para a aquisição de matérias-primas e mão de obra barata e, eventualmente, um local para o acolhimento das massas populacionais excedentes dos países europeus. III. Entre as justificativas europeias para as conquistas coloniais, havia também aquelas de ordem religiosa (converter os “pagãos” ao cristianismo) e de ordem cultural (era “dever” da Europa levar sua civilização para os povos que consideravam “atrasados”, o “fardo” do homem branco). Também não podemos nos esquecer do racismo científico, que corroborava, no plano da ciência, com a inferioridade inata dos povos e culturas submetidos aos europeus. IV. A expansão europeia ocidental rumo à conquista de novas colônias deu-se sobretudo na África e na Ásia. Também não podemos nos esquecer da submissão da Oceania e do imperialismo econômico exercido contra nações independentes, mas frágeis do ponto de vista econômico, como aquelas localizadas na América do Sul. V. A expansão imperialista da Europa Ocidental traduziu-se não só pela conquista de colônias, no continente africano ou asiático, mas também pelo investimento de capitais em países independentes, principalmente na América do Sul, tornando-os atraentes para novos processos produtivos e base de tecnologia de ponta para ser aproveitada pelos poderes metropolitanos. Está correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: II, III e IV. Resposta Correta: II, III e IV. Comentário da resposta: Resposta correta: a alternativa problematiza a corrida colonial para a conquista de novos territórios, em especial a partilha africana, que objetivava o acesso livre a matérias-primas e a exploração da mão de obra local para atender aos interesses metropolitanos. Também não podemos nos esquecer das justificativas europeias, que envolviam o discurso missionário de converter os pagãos ao cristianismo, seja católico ou protestante, a missão civilizatória dos europeus, destinados a transformar primitivos e selvagens em cidadãos respeitáveis, e o racismo científico, que também fornecia elementos que justificavam a ação imperialista. Além disso, háas motivações de ordem estritamente econômica nas transações entre casas bancárias e Estados europeus com nações sul-americanas, que, por meio de empréstimos vultosos, construíram ou ampliaram a infraestrutura existente para atender às demandas dos mercados internacionais por produtos tropicais e outras matérias- primas necessárias à sociedade europeia ou ainda norte- americana. Pergunta 4 1 em 1 pontos Veja a seguir dois materiais iconográficos retirados de acervos públicos que anunciam cativos em jornais. Imagem 1 LEITE, C. R. S. da C. Anúncios de escravos: os classificados da época. Portal Geledés, São Paulo, 12 maio 2015. Disponível em https://www.geledes.org.br/anuncios-de-escravos-os-classificados-da-epoca/. Acesso em: 16 dez. 2020. Imagem 2 NASCIMENTO, D. Os repugnantes anúncios de escravos em jornais do século 19. São Paulo Antiga, São Paulo, 5 jul. 2013. Disponível em: https://saopauloantiga.com.br/anuncios-de-escravos/. Acesso em: 16 dez. 2020. Anúncios como os selecionados aqui, publicados em vários jornais no século XIX, registram algumas das características da escravidão na sociedade brasileira durante aquele século. Agora, julgue as afirmações a seguir. I. O termo “crioulo” identifica o negro como natural do Brasil; é chamado de “africano” o recém-chegado, trazido pelo tráfico internacional de escravos. II. Os cativos especializados em certos ofícios tinham melhores condições de vida que os demais, de “eito”, vivendo geralmente nas vilas. Muitos também eram forros e dificilmente se envolviam em fugas ou rebeliões. III. O fato de ter “levado roupa de algodão” ao se evadir de sua condição de cativo (informação que aparece no anúncio da Imagem 2), demonstra a habilidade e o conhecimento da realidade social, o que significando que o escravo pretendia esconder sua condição social originária e passar-se por liberto em São Paulo e nas suas cercanias. IV. A evasão de cativos era vista pelos seus senhores como uma perda significativa de capital, o que justificava o pagamento de recompensas para reaver o cativo ou mesmo por informações acerca de seu paradeiro. V. Diferenças entre cativos e libertos, nas áreas urbanas, eram pouco significativas, não havendo, desse modo, sinais claros que distinguissem um alforriado de um cativo, principalmente de um africano recém- chegado. Resposta Selecionada: I, III e IV. Resposta Correta: I, III e IV. Comentário da resposta: Resposta correta: o termo “crioulo”, hoje pejorativo e preconceituoso, era aplicado nas colônias hispano- americanas para aqueles nascidos no continente, distinguindo-os dos recém-chegados da Europa ou mesmo africanos tornados cativos. No Brasil, o termo passou a configurar, principalmente no século XIX, a designação dada aos descendentes de africanos nascidos no país. O fato de ter fugido com uma roupa valorizada pela sociedade da época demonstra um conhecimento íntimo do funcionamento do mundo escravista e a tentativa de enganar as instituições da ordem. A fuga, fosse individual ou em massa, representava uma ameaça à ordem pública e também era vista como um prejuízo ao patrimônio do senhor de escravos, daí a importância de se oferecer gratificações pela captura de escravos ou por informações acerca de seu paradeiro. Pergunta 5 1 em 1 pontos Observe a imagem a seguir e leia o texto: Cartaz comemorativo da abolição da escravidão no brasil. Fonte: Wikimedia Commons, 2020. Pronunciamento de Abdias Nascimento em 13/05/1998 “Na data de hoje, 110 anos passados, a sociedade brasileira livrava-se de um problema que se tornava mais agudo com a proximidade do século XX, ao mesmo tempo em que criava condições para o estabelecimento das maiores questões com que continuamos a nos defrontar às vésperas do Terceiro Milênio. Assim, a 13 de Maio de 1888, a Princesa Isabel, então regente do trono em função do afastamento de seu pai, D. Pedro II, assinava a lei que extinguia a escravidão no Brasil, pondo fim a quatro séculos de exploração oficial da mão de obra de africanos e afrodescendentes nesta Nação, mais que qualquer outra, por eles construída. Durante muito tempo, a propaganda oficial fez desse evento histórico um de seus maiores argumentos em defesa da suposta tolerância dos portugueses e dos brasileiros brancos em relação aos negros, apresentando a Abolição da Escravatura como fruto da bondade e do humanitarismo de uma princesa. Como se a história se fizesse por desígnios individuais, e não pelas ambições coletivas dos detentores do poder ou pela força inexorável das necessidades e aspirações de um povo [...]. Assim, neste 13 de maio, fazemo-nos presentes nesta tribuna, não para comemorar, mas para denunciar uma vez mais a mentira cívica que essa data representa, parte central de uma estratégia mais ampla, elaborada com a finalidade de manter os negros no lugar que eles dizem ser o nosso. A comunidade afro-brasileira, porém, já mostrou claramente que não mais aceita a condição que nos querem impingir. [...]. Assim, ao mesmo tempo em que denuncia as injustiças de que é vítima, nossa comunidade apresenta reivindicações consistentes e viáveis para a solução dos seculares problemas que enfrenta. Reivindicações, como a ação compensatória, capazes de contribuir para que venhamos a concretizar, com o apoio de nossos aliados sinceros, a segunda e verdadeira abolição.” NASCIMENTO, A. Pronunciamento. Brasília, DF: Senado, 13 maio 1998. Disponível em: https://www25.senado.leg.br/web/atividade/pronunciamentos/- /p/texto/226669. Acesso em: 16 dez. 2020. Agora, julgue os itens a seguir. I. O processo que resultou na abolição pouco teve relação com a benevolência pessoal da então regente princesa Izabel ou com razões estritamente humanitárias. Ele estava mais ligado à pressão diplomática e econômica britânica, nação já plenamente industrializada no fim do século XIX, desejosa de ampliar potenciais mercados consumidores para os seus produtos manufaturados. II. Também era do interesse britânico acabar com o tráfico de escravos, entendo-o como um empecilho ao alargamento das relações comerciais do império britânico com povos africanos e nações latino-americanas que ainda o patrocinavam. Ao findar o tráfico e asfixiar a escravidão, vários dos capitais foram direcionados para a aquisição de serviços e tecnologia britânica, que seria utilizada nessas nações politicamente livres, mas dependentes do ponto de vista econômico. III. A coroa imperial desejava, desde a independência, a abolição da escravidão, mas, dada a situação política interna e a necessidade de apaziguar as elites políticas e econômicas brasileiras, ao Império coube o papel de manter a escravidão até que ela não fosse mais interessante ao país e às suas lideranças. IV. O fim do tráfico internacional de escravos africanos e a adoção de instrumentos legais, como a Lei do Ventre Livre e a Lei dos Sexagenários, contribuiu decididamente para o fim da escravidão no Brasil. V. Outro importante elemento que tornou possível a abolição da escravidão foi a própria decadência da instituição escravista em nosso país, minada por inúmeras revoltas, que incendiariam, literalmente, o Brasil Império na década que antecede a Lei Áurea, assim como a decisiva atuação do movimento abolicionista, que também contou com a presença marcante de lideranças afro-brasileiras de destaque e de reconhecimento público. Está correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: I, II e V. Resposta Correta: I, II e V. Comentário da resposta: Resposta correta: o processo de abolição fora complexo e envolveu pressões econômicas e diplomáticas da principal potência da época, o império britânico, interessado em fazer valer suas vontades imperialistas – as utilidades de um capitalismo industrial em expansão. Além disso, ele contou com o enfraquecimento da instituição escravista peloseu declínio econômico, ao mesmo tempo que tal organização era atacada por movimentos sociais (abolicionistas, republicanos), mas, principalmente, pela ação direta de cativos que buscavam sua liberdade, erradicando propriedades e senhores no processo. Pergunta 6 1 em 1 pontos Leia o texto a seguir e responda ao que se pede. “Os africanos foram trazidos do chamado continente negro para o Brasil em um fluxo de intensidade variável. Os cálculos sobre o número de pessoas transportadas como escravos variam muito. Estima-se que, entre 1550 e 1855, entraram pelos portos brasileiros 4 milhões de escravos, na sua grande maioria jovens do sexo masculino.” (FAUSTO,1995, p. 51) FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1995. No que tange à escravidão no Brasil, é correto afirmar que: I. eram chamados quilombos os espaços onde africanos, seus descendentes e outros contingentes se refugiavam da ordem escravista e da administração colonial; II. o dia da Consciência Negra celebra a abolição da escravidão, representada pela assinatura da Lei Áurea, que, no século XIX, proclamou a liberdade dos escravos e sua nova inserção na sociedade brasileira; III. aos escravos só restava a rebeldia como forma de reação, a qual se manifestava por meio do assassinato de feitores, de senhores, das fugas constantes e até do suicídio; IV. o quilombo dos Palmares, organizado no interior do atual estado de Alagoas, é considerado o mais importante do período colonial, tendo sido liderado por Zumbi, tido como o maior representante da resistência africana e afro-brasileira à instituição escravista; V. no continente africano, as várias sociedades e povos estavam divididos em etnias, organizadas em clãs, reinos e alguns impérios. Desse modo, o que prevalecia era a diversidade social e de organização política, diferente da ideia, preconceituosa, de que africanos eram atrasados e viviam, sem exceção, de forma homogênea; VI. por meio das obras do pintor e desenhista Jean-Baptiste Debret (1768- 1848), é possível conhecer aspectos do cotidiano da escravidão. Ele esteve no Brasil no século XIX e deixou uma preciosa fonte iconográfica, que retrata o cotidiano do país recém-independente, seu povo, fauna e flora; Está correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: I, IV, V e VI. Resposta Correta: I, IV, V e VI. Comentário da resposta: Resposta correta: os quilombos eram espaços de resistência organizados por africanos e seus descendentes que acolhiam também outros sujeitos refugiados da ordem colonial. O mais famoso era o de Palmares, que teve como grande líder a figura de Zumbi. Sua morte, causada no cerco a Palmares, é lembrada como um grande símbolo da resistência africana e afro-brasileira à ordem escravista nos tempos da colônia. No continente africano, havia uma imensa diversidade étnica, assim como social e política; coexistiam reinos com organizações clânicas (de parentesco) e impérios que abrigavam milhares de indivíduos, contrariando estereótipos que apontam uma simplicidade ou primitividade na organização social e política dessas diferentes sociedades. Pergunta 7 1 em 1 pontos O neocolonialismo, também conhecido como imperialismo, promoveu uma partilha dos recursos humanos e materiais do continente africano. Ele perpetuou as chagas do escravismo e do velho colonialismo, destruiu a economia e a organização social tradicional de inúmeras culturas e povos africanos nos mais variados graus. Em seu lugar, tivemos a implantação de obras de infraestrutura e a reorganização da agricultura, objetivando o atendimento da economia das metrópoles, com o declínio, em algumas regiões, da agricultura de subsistência e sua substituição por sistemas de plantation, por exemplo. As dificuldades econômicas e os conflitos sociais advindos do neocolonialismo ainda são parte significativa da paisagem africana moderna e um empecilho ao seu maior desenvolvimento humano e social. Tendo como base essas informações, relacione as colunas a seguir. (A) Os franceses conquistaram a região ainda no século XIX, sendo expulsos após intensa e violenta guerra colonial nos anos de 1960. (B) O país sofreu duas tentativas de anexação por parte de uma potência imperialista europeia, sendo conquistado em 1935. Todavia, é ainda considerado o símbolo da resistência africana e das cores de sua bandeira surgiram os símbolos nacionais da maioria dos países do continente. (C) Os ingleses tomaram completamente esta região após a descoberta de importantes jazidas de ouro e de diamantes. Após o término das hostilidades, no entanto, ambos os grupos se uniram para estabelecer aquele que foi considerado um dos mais brutais e racistas dos regimes coloniais, o apartheid. (D) Os ingleses impediram a expansão de um de seus aliados europeus mais antigos e tradicionais no evento conhecido como “incidente do mapa rosa”, também chamado de “o ultimato britânico de 1890”. (E) Seu governo pessoal causou a mutilação e morte de milhões de africanos que foram submetidos à tortura e à escravidão na virada do século-XIX para o XX. Após a sua expulsão, seu país assume a colonização direta do território. I. Etiópia II. República Democrática do Congo (ex-Zaire) III. Portugal IV. África do Sul V. Argélia Resposta Selecionada: IB; IIE; IIID; IVC; VA. Resposta Correta: IB; IIE; IIID; IVC; VA. Comentário da resposta: Resposta correta: a correlação correta é aquela que traz à tona os exemplos de intervenção direta de países europeus imperialistas em solo africano, tais como a conquista francesa da Argélia, no século XIX; a importância da resistência etíope diante da agressão italiana; a guerra dos bôeres, colonos de origem majoritariamente holandesa que se instalaram no sul da atual África do Sul, desalojando nativos e, no fim do século XIX e início do século XX, foram expulsos por ingleses no conflito pelo controle de importantes jazidas minerais. Após o conflito, ambos se uniram contra a maioria africana, formando um governo de coalizão racista do apartheid. Antes desse evento, durante a partilha do continente, Portugal, com base em um pretenso direito histórico, tentou controlar o interior do continente africano unindo dois de seus domínios, Angola e Moçambique, ação negada pela intervenção direta dos britânicos. Já o último evento narra o genocídio congolês perpetuado pela administração direta do rei belga Leopoldo. Após os fatos terem sido trazidos ao conhecimento do público, o rei fora afastado e o estado da Bélgica assumiu inteiramente a administração colonial do Congo Belga, atual República Democrática do Congo. Pergunta 8 0 em 1 pontos A escravidão é considerada, por historiadores e cientistas sociais, um dos pilares da sociedade brasileira, tendo-a marcado de maneira indelével. A respeito das características da sociedade escravista colonial da América portuguesa, a atual sociedade brasileira, julgue as afirmações a seguir. I. Desde o início do processo de colonização portuguesa na América, houve uma ampla e maciça inserção da mão de obra africana, em especial na antiga capitania de São Vicente, atual São Paulo. II. Na América portuguesa, ocorreu o predomínio da utilização da mão de obra escrava africana, seja em áreas ligadas à agroexportação e monocultura do açúcar, no atual Nordeste brasileiro, a partir do fim do século XVI, seja na região mineradora de ouro, diamantes e outras pedras preciosas, a partir do século XVIII. III. A partir do século XVI, com a introdução da mão de obra escrava cativa africana, a escravidão indígena foi completamente abolida em todas as regiões da América portuguesa, o que representou uma nova inserção dessas populações na sociedade brasileira em formação. IV. Em algumas regiões da América portuguesa, os senhores permitiram que alguns de seus cativos e até libertosrealizassem uma lavoura de subsistência dentro dos latifúndios agroexportadores e monocultores. Essa lavoura, dedicada ao cultivo de víveres imprescindíveis à vida de senhores e cativos, é chamada por historiadores de “brecha camponesa”. V. Nas cidades coloniais da América portuguesa, cativos e cativas de origem africana e afro-brasileira trabalhavam também vendendo mercadorias nas ruas, como doces, legumes, frutas, sendo conhecidos na literatura como “escravos de ganho”. Está correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: II, III e IV. Resposta Correta: II, IV e V. Comentário da resposta: Resposta incorreta: embora houvesse a presença de africanos cativos desde os primórdios da colonização, sua maior inserção inicial se deu principalmente nas capitanias dos atuais estados do nordeste brasileiro, onde substituíram a mão de obra indígena. Em locais como São Vicente, atual São Paulo, desde o início da colonização, o braço indígena sempre foi o mais requisitado, declinando após alguns anos devido às fortes epidemias e à inserção da mão de obra africana, mais lucrativa para o comércio colonial como um todo. A escravidão indígena nunca cessou na América portuguesa; depois, sob o Brasil Império, ela ocorreu junto com a africana em diversos territórios, como nas capitanias mais distantes, da Amazônia e no interior, nos sertões de Goiás ou mesmo no Mato Grosso. Mesmo com a explosão da mineração nesses espaços, com a chegada de maiores capitais – logo, mão de obra africana cativa –, o trabalho compulsório indígena nunca deixou de ser explorado pelos senhores locais, a despeito da ampla legislação metropolitana que os proibisse dessas e outras práticas. Pergunta 9 1 em 1 pontos Leia a matéria a seguir: “Quase todos os dias, temos a possibilidade de ler um longo artigo sobre a ‘nova África’ e sua habilidade para ‘jogar novo sangue nas artérias do comércio há muito bloqueadas pela esclerose da corrupção’, sem uma só menção aos aspectos sociais da questão. [...] Sabemos, entretanto, que a realidade é menos rósea, que é possível falar de pelo menos duas Áfricas (a pobre e menos pobre) e que a potência da imagem nos lembra quase todo dia que nem tudo que reluz é ouro.” (Jornal do Brasil, 11 out. 1998) Embora essa matéria jornalística tenha sido publicada há décadas, alguns elementos ainda devem ser considerados para pensarmos o lugar que o continente africano e os seus diferentes países ocupam na presente globalização. Tendo isso em mente, assinale a alternativa correta. Resposta Selecionada: Os diferentes países africanos ainda têm dificuldades para se beneficiar da presente globalização da economia. Não há dúvida de que o continente, em maior ou menor grau, ainda enfrenta profundos problemas causados pelo imperialismo e pela violência depois das independências nacionais. Resposta Correta: Os diferentes países africanos ainda têm dificuldades para se beneficiar da presente globalização da economia. Não há dúvida de que o continente, em maior ou menor grau, ainda enfrenta profundos problemas causados pelo imperialismo e pela violência depois das independências nacionais. Comentário da resposta: Resposta correta: o neocolonialismo ou imperialismo promoveu uma partilha dos recursos humanos e materiais do continente africano, perpetuou as chagas do escravismo e do velho colonialismo, destruindo a economia e a organização social tradicional de inúmeras culturas e povos africanos. Em seu lugar, tivemos a implantação de obras de infraestrutura e a reorganização da agricultura com o objetivo de atender à economia do antigo colonizador. As dificuldades econômicas e os conflitos sociais provenientes do neocolonialismo ainda são parte significativa da paisagem africana moderna e um empecilho ao seu maior desenvolvimento humano e social. Pergunta 10 1 em 1 pontos A expansão imperialista na África foi uma “corrida” realizada por países da Europa Ocidental para a conquista e divisão do continente na segunda metade do século XIX. Podemos afirmar que o imperialismo: Resposta Selecionada: foi motivado pela busca da criação de espaços fornecedores, territórios coloniais provedores de matérias-primas para as indústrias metropolitanas, reserva de mercado para o consumo de mercadorias produzidas nos países metropolitanos e, eventualmente, localidades que abrigariam populações de origem europeia consideradas excedentes em seus países de origem. Resposta Correta: foi motivado pela busca da criação de espaços fornecedores, territórios coloniais provedores de matérias-primas para as indústrias metropolitanas, reserva de mercado para o consumo de mercadorias produzidas nos países metropolitanos e, eventualmente, localidades que abrigariam populações de origem europeia consideradas excedentes em seus países de origem. Comentário da resposta: Resposta correta: o imperialismo representou uma violenta mudança nas formas tradicionais de gestão das sociedades tomadas; trouxe administradores coloniais, colonos e exércitos dos países imperialistas, dividiu etnias e, sob a mesma gestão colonial, submeteu povos e culturas rivais ou ainda inimigas. Do ponto de vista estritamente econômico, reforçou as assimetrias existentes entre as metrópoles, industrializadas ou em fase de rápida consolidação industrial, e as colônias, que tiveram suas atividades econômicas transformadas para atender aos interesses predominantes da metrópole.
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