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teste 1 - História Afrobrasileira e Indigena

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Iniciado 28/08/21 16:10 
Enviado 29/08/21 00:40 
Status Completada 
Resultado da tentativa 9 em 10 pontos 
Tempo decorrido 8 horas, 30 minutos 
Resultados exibidos Respostas enviadas, Respostas corretas, Comentários 
 Pergunta 1 
1 em 1 pontos 
 
A expansão imperialista das potências europeias sobre o continente 
africano, entre a segunda metade do século XIX e o início do século XX, 
alterou as estruturas das várias nações e territórios nos quais se 
manifestou, impactando as sociedades ao mesmo tempo que as tornava 
subalternas na ordem internacional que se desenhava a partir do fim do 
século XIX. Ao lado das teorias racistas, especulou-se a respeito da 
natureza humana das populações tradicionais, classificando-as como 
selvagens e primitivas. No que tange ao imperialismo europeu na África, 
é correto afirmar que: 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
justificou o domínio europeu a partir de uma ideologia 
que defendia a ação europeia como uma missão 
civilizadora, capaz de conduzir os povos do continente a 
melhores condições de vida sob a tutela da Europa. 
Resposta 
Correta: 
 
justificou o domínio europeu a partir de uma ideologia 
que defendia a ação europeia como uma missão 
civilizadora, capaz de conduzir os povos do continente a 
melhores condições de vida sob a tutela da Europa. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta correta: o imperialismo justificou sua ação em 
uma ação civilizatória capaz de retirar os povos de sua 
selvageria e primitividade. Além dos discursos 
civilizatórios, também há o mito da superioridade do 
homem branco e europeu, representado nas teorias do 
racismo científico, que atestava o atraso das demais 
populações do globo como algo inato, isto é, ligado a sua 
“raça” e outros elementos deterministas, tais como sua 
vegetação ou o clima. 
 
 
 Pergunta 2 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir: 
Em 17 de março de 1872, pelo menos vinte negros liderados pelo escravo 
 
Bonifácio avançaram sobre José Moreira Veludo, proprietário da Casa de 
Comissões (lojas de venda e compra de escravos) em que se 
encontravam, e lhe meteram a lenha. Em depoimento à polícia, o escravo 
Gonçalo disse que, tendo ido anteriormente à casa de Veludo para ser 
vendido, foi convidado por Filomeno e outros para se associar com eles 
para matar Veludo para não irem para a fazenda de café para onde 
tinham sido vendidos. (CHALHOUB, 1990) 
 
CHALHOUB, S. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da 
escravidão na corte. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. 
 
Com base no texto e considerando seus conhecimentos, reflexões e 
leituras a respeito da escravidão no Brasil, analise as afirmações a seguir. 
 
I. Pesquisas a respeito da escravidão no Brasil trazem uma série de 
exemplos, como no fragmento do texto citado, que se opõem e 
desconstroem mitos famosos da historiografia clássica, seja esta 
conservadora ou mesmo progressista, porque, muitas vezes, os cativos 
apareciam apenas como peças econômicas, sem nenhuma vontade que 
orientasse suas ações diante de processos mais abrangentes. 
 
II. O tráfico interno no Brasil deslocava milhares de cativos de regiões 
estagnadas para outras, como da região açucareira para locais onde o 
plantio e a colheita do café estavam crescendo economicamente. Esse 
deslocamento separava amigos e familiares. Diante da possibilidade de 
serem retirados de contextos nos quais estavam minimamente 
familiarizados, da companhia de seus entes queridos e do trabalho que 
já realizavam, muitos cativos reagiam agredindo senhores, seus 
capatazes, e atacavam também os donos das casas de comissões. 
 
III. Incidentes como o relatado eram isolados no contexto colonial e no 
Império. O ataque revela a barbárie de africanos e de seus descendentes; 
Bonifácio não foi devidamente civilizado pelo trabalho e demais 
instituições ocidentais. 
 
IV. Nem inertes, tampouco revolucionários em tempo integral, os cativos 
e muitos libertos na ordem escravocrata eram sujeitos de sua época e, a 
despeito da ordem escravocrata, muitos se organizavam para lutar por 
aquilo que acreditavam, resistindo, mesmo sob o jugo da escravidão. 
 
V. Ao cativo só restava assumir seu papel na ordem escravocrata, 
tornando-se “peça” de uma imensa engrenagem para sobreviver, um dia 
por vez. Deveria aceitar plenamente o domínio de seu senhor e seus 
eventuais lapsos morais e agressivos. 
 
Está correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: 
I, II e IV. 
Resposta Correta: 
I, II e IV. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta correta: os cativos e libertos tinham uma boa 
capacidade de resistência, inventividade e resiliência na 
ordem racista e escravocrata. Eles se organizavam visando 
alcançar objetivos muito claros, como atenuar a violência 
de seu dia a dia por meio dos instrumentos ali disponíveis. 
Ao trabalharmos com documentos, verificamos que, 
mesmo sob profunda violência e exploração, há uma 
multiplicidade de situações nas quais os cativos estavam 
inseridos. Cativos sim, mas ainda sujeitos diante das 
possibilidades que os engendravam; exerciam 
minimamente um espaço autônomo e de barganha a 
favor de sua situação sob a escravidão. 
 
 
 Pergunta 3 
1 em 1 pontos 
 
Leia a frase a seguir e julgue os itens. 
 
“No tempo em que vivemos e na crise que atravessam todas as indústrias 
europeias, a fundação de uma colônia é a criação de uma válvula de 
escape.” (Jules Ferry, colonialista francês) 
 
I. Um dos principais objetivos dos colonizadores europeus era o pleno 
desenvolvimento de suas colônias e sua integração à metrópole. Essa 
preocupação aumentava à medida que a colônia recebia mais colonos de 
origem europeia. 
 
II. A corrida colonial entre os países imperialistas ou neocolonialistas 
visava conquistar mercados para as metrópoles – em sua maioria, países 
da Europa Ocidental –, de modo a garantir um espaço para a aquisição 
de matérias-primas e mão de obra barata e, eventualmente, um local 
para o acolhimento das massas populacionais excedentes dos países 
europeus. 
 
III. Entre as justificativas europeias para as conquistas coloniais, havia 
 
também aquelas de ordem religiosa (converter os “pagãos” ao 
cristianismo) e de ordem cultural (era “dever” da Europa levar sua 
civilização para os povos que consideravam “atrasados”, o “fardo” do 
homem branco). Também não podemos nos esquecer do racismo 
científico, que corroborava, no plano da ciência, com a inferioridade inata 
dos povos e culturas submetidos aos europeus. 
 
IV. A expansão europeia ocidental rumo à conquista de novas colônias 
deu-se sobretudo na África e na Ásia. Também não podemos nos 
esquecer da submissão da Oceania e do imperialismo econômico 
exercido contra nações independentes, mas frágeis do ponto de vista 
econômico, como aquelas localizadas na América do Sul. 
 
V. A expansão imperialista da Europa Ocidental traduziu-se não só pela 
conquista de colônias, no continente africano ou asiático, mas também 
pelo investimento de capitais em países independentes, principalmente 
na América do Sul, tornando-os atraentes para novos processos 
produtivos e base de tecnologia de ponta para ser aproveitada pelos 
poderes metropolitanos. 
 
Está correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: 
II, III e IV. 
Resposta Correta: 
II, III e IV. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta correta: a alternativa problematiza a corrida 
colonial para a conquista de novos territórios, em especial 
a partilha africana, que objetivava o acesso livre a 
matérias-primas e a exploração da mão de obra local para 
atender aos interesses metropolitanos. Também não 
podemos nos esquecer das justificativas europeias, que 
envolviam o discurso missionário de converter os pagãos 
ao cristianismo, seja católico ou protestante, a missão 
civilizatória dos europeus, destinados a transformar 
primitivos e selvagens em cidadãos respeitáveis, e o 
racismo científico, que também fornecia elementos que 
justificavam a ação imperialista. Além disso, háas 
motivações de ordem estritamente econômica nas 
transações entre casas bancárias e Estados europeus com 
nações sul-americanas, que, por meio de empréstimos 
vultosos, construíram ou ampliaram a infraestrutura 
 
existente para atender às demandas dos mercados 
internacionais por produtos tropicais e outras matérias-
primas necessárias à sociedade europeia ou ainda norte-
americana. 
 
 Pergunta 4 
1 em 1 pontos 
 
Veja a seguir dois materiais iconográficos retirados de acervos públicos 
que anunciam cativos em jornais. 
Imagem 1 
 
LEITE, C. R. S. da C. Anúncios de escravos: os classificados da época. 
Portal Geledés, São Paulo, 12 maio 2015. Disponível 
em https://www.geledes.org.br/anuncios-de-escravos-os-classificados-da-epoca/. 
Acesso em: 16 dez. 2020. 
 
Imagem 2 
 
NASCIMENTO, D. Os repugnantes anúncios de escravos em jornais do 
século 19. São Paulo Antiga, São Paulo, 5 jul. 2013. Disponível 
em: https://saopauloantiga.com.br/anuncios-de-escravos/. Acesso em: 16 dez. 
2020. 
 
 
Anúncios como os selecionados aqui, publicados em vários jornais no 
século XIX, registram algumas das características da escravidão na 
sociedade brasileira durante aquele século. 
Agora, julgue as afirmações a seguir. 
 
I. O termo “crioulo” identifica o negro como natural do Brasil; é chamado 
de “africano” o recém-chegado, trazido pelo tráfico internacional de 
escravos. 
 
II. Os cativos especializados em certos ofícios tinham melhores condições 
de vida que os demais, de “eito”, vivendo geralmente nas vilas. Muitos 
também eram forros e dificilmente se envolviam em fugas ou rebeliões. 
 
III. O fato de ter “levado roupa de algodão” ao se evadir de sua condição 
de cativo (informação que aparece no anúncio da Imagem 2), demonstra 
a habilidade e o conhecimento da realidade social, o que significando que 
o escravo pretendia esconder sua condição social originária e passar-se 
por liberto em São Paulo e nas suas cercanias. 
 
 
IV. A evasão de cativos era vista pelos seus senhores como uma perda 
significativa de capital, o que justificava o pagamento de recompensas 
para reaver o cativo ou mesmo por informações acerca de seu paradeiro. 
 
V. Diferenças entre cativos e libertos, nas áreas urbanas, eram pouco 
significativas, não havendo, desse modo, sinais claros que distinguissem 
um alforriado de um cativo, principalmente de um africano recém-
chegado. 
Resposta Selecionada: 
I, III e IV. 
Resposta Correta: 
I, III e IV. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta correta: o termo “crioulo”, hoje pejorativo e 
preconceituoso, era aplicado nas colônias hispano-
americanas para aqueles nascidos no continente, 
distinguindo-os dos recém-chegados da Europa ou mesmo 
africanos tornados cativos. No Brasil, o termo passou a 
configurar, principalmente no século XIX, a designação 
dada aos descendentes de africanos nascidos no país. O 
fato de ter fugido com uma roupa valorizada pela 
sociedade da época demonstra um conhecimento íntimo 
do funcionamento do mundo escravista e a tentativa de 
enganar as instituições da ordem. A fuga, fosse individual 
ou em massa, representava uma ameaça à ordem pública 
e também era vista como um prejuízo ao patrimônio do 
senhor de escravos, daí a importância de se oferecer 
gratificações pela captura de escravos ou por informações 
acerca de seu paradeiro. 
 
 
 Pergunta 5 
1 em 1 pontos 
 
Observe a imagem a seguir e leia o texto: 
 
 
Cartaz comemorativo da abolição da escravidão no brasil. 
Fonte: Wikimedia Commons, 2020. 
 
Pronunciamento de Abdias Nascimento em 13/05/1998 
“Na data de hoje, 110 anos passados, a sociedade brasileira livrava-se de 
um problema que se tornava mais agudo com a proximidade do século 
 
XX, ao mesmo tempo em que criava condições para o estabelecimento 
das maiores questões com que continuamos a nos defrontar às vésperas 
do Terceiro Milênio. Assim, a 13 de Maio de 1888, a Princesa Isabel, então 
regente do trono em função do afastamento de seu pai, D. Pedro II, 
assinava a lei que extinguia a escravidão no Brasil, pondo fim a quatro 
séculos de exploração oficial da mão de obra de africanos e 
afrodescendentes nesta Nação, mais que qualquer outra, por eles 
construída. Durante muito tempo, a propaganda oficial fez desse evento 
histórico um de seus maiores argumentos em defesa da suposta 
tolerância dos portugueses e dos brasileiros brancos em relação aos 
negros, apresentando a Abolição da Escravatura como fruto da bondade 
e do humanitarismo de uma princesa. Como se a história se fizesse por 
desígnios individuais, e não pelas ambições coletivas dos detentores do 
poder ou pela força inexorável das necessidades e aspirações de um 
povo [...]. 
Assim, neste 13 de maio, fazemo-nos presentes nesta tribuna, não para 
comemorar, mas para denunciar uma vez mais a mentira cívica que essa 
data representa, parte central de uma estratégia mais ampla, elaborada 
com a finalidade de manter os negros no lugar que eles dizem ser o 
nosso. A comunidade afro-brasileira, porém, já mostrou claramente que 
não mais aceita a condição que nos querem impingir. [...]. Assim, ao 
mesmo tempo em que denuncia as injustiças de que é vítima, nossa 
comunidade apresenta reivindicações consistentes e viáveis para a 
solução dos seculares problemas que enfrenta. Reivindicações, como a 
ação compensatória, capazes de contribuir para que venhamos a 
concretizar, com o apoio de nossos aliados sinceros, a segunda e 
verdadeira abolição.” 
NASCIMENTO, A. Pronunciamento. Brasília, DF: Senado, 13 maio 1998. 
Disponível em: https://www25.senado.leg.br/web/atividade/pronunciamentos/-
/p/texto/226669. Acesso em: 16 dez. 2020. 
 
Agora, julgue os itens a seguir. 
 
I. O processo que resultou na abolição pouco teve relação com a 
benevolência pessoal da então regente princesa Izabel ou com razões 
estritamente humanitárias. Ele estava mais ligado à pressão diplomática 
e econômica britânica, nação já plenamente industrializada no fim do 
século XIX, desejosa de ampliar potenciais mercados consumidores para 
os seus produtos manufaturados. 
 
II. Também era do interesse britânico acabar com o tráfico de escravos, 
entendo-o como um empecilho ao alargamento das relações comerciais 
do império britânico com povos africanos e nações latino-americanas 
que ainda o patrocinavam. Ao findar o tráfico e asfixiar a escravidão, 
vários dos capitais foram direcionados para a aquisição de serviços e 
tecnologia britânica, que seria utilizada nessas nações politicamente 
livres, mas dependentes do ponto de vista econômico. 
 
III. A coroa imperial desejava, desde a independência, a abolição da 
escravidão, mas, dada a situação política interna e a necessidade de 
apaziguar as elites políticas e econômicas brasileiras, ao Império coube o 
papel de manter a escravidão até que ela não fosse mais interessante ao 
país e às suas lideranças. 
 
IV. O fim do tráfico internacional de escravos africanos e a adoção de 
instrumentos legais, como a Lei do Ventre Livre e a Lei dos Sexagenários, 
contribuiu decididamente para o fim da escravidão no Brasil. 
 
V. Outro importante elemento que tornou possível a abolição da 
escravidão foi a própria decadência da instituição escravista em nosso 
país, minada por inúmeras revoltas, que incendiariam, literalmente, o 
Brasil Império na década que antecede a Lei Áurea, assim como a 
decisiva atuação do movimento abolicionista, que também contou com a 
presença marcante de lideranças afro-brasileiras de destaque e de 
reconhecimento público. 
 
Está correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: 
I, II e V. 
Resposta Correta: 
I, II e V. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta correta: o processo de abolição fora complexo e 
envolveu pressões econômicas e diplomáticas da principal 
potência da época, o império britânico, interessado em 
fazer valer suas vontades imperialistas – as utilidades de 
um capitalismo industrial em expansão. Além disso, ele 
contou com o enfraquecimento da instituição escravista 
peloseu declínio econômico, ao mesmo tempo que tal 
organização era atacada por movimentos sociais 
(abolicionistas, republicanos), mas, principalmente, pela 
ação direta de cativos que buscavam sua liberdade, 
erradicando propriedades e senhores no processo. 
 
 
 Pergunta 6 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir e responda ao que se pede. 
 
“Os africanos foram trazidos do chamado continente negro para o Brasil 
em um fluxo de intensidade variável. Os cálculos sobre o número de 
pessoas transportadas como escravos variam muito. Estima-se que, 
entre 1550 e 1855, entraram pelos portos brasileiros 4 milhões de 
escravos, na sua grande maioria jovens do sexo masculino.” 
(FAUSTO,1995, p. 51) 
 
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São 
Paulo, 1995. 
 
No que tange à escravidão no Brasil, é correto afirmar que: 
 
I. eram chamados quilombos os espaços onde africanos, seus 
descendentes e outros contingentes se refugiavam da ordem escravista e 
da administração colonial; 
 
II. o dia da Consciência Negra celebra a abolição da escravidão, 
representada pela assinatura da Lei Áurea, que, no século XIX, proclamou 
a liberdade dos escravos e sua nova inserção na sociedade brasileira; 
 
III. aos escravos só restava a rebeldia como forma de reação, a qual se 
manifestava por meio do assassinato de feitores, de senhores, das fugas 
constantes e até do suicídio; 
 
IV. o quilombo dos Palmares, organizado no interior do atual estado de 
Alagoas, é considerado o mais importante do período colonial, tendo sido 
liderado por Zumbi, tido como o maior representante da resistência 
africana e afro-brasileira à instituição escravista; 
 
V. no continente africano, as várias sociedades e povos estavam divididos 
em etnias, organizadas em clãs, reinos e alguns impérios. Desse modo, o 
que prevalecia era a diversidade social e de organização política, 
diferente da ideia, preconceituosa, de que africanos eram atrasados e 
viviam, sem exceção, de forma homogênea; 
 
VI. por meio das obras do pintor e desenhista Jean-Baptiste Debret (1768-
1848), é possível conhecer aspectos do cotidiano da escravidão. Ele 
esteve no Brasil no século XIX e deixou uma preciosa fonte iconográfica, 
que retrata o cotidiano do país recém-independente, seu povo, fauna e 
 
flora; 
 
Está correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: 
I, IV, V e VI. 
Resposta Correta: 
I, IV, V e VI. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta correta: os quilombos eram espaços de 
resistência organizados por africanos e seus descendentes 
que acolhiam também outros sujeitos refugiados da 
ordem colonial. O mais famoso era o de Palmares, que 
teve como grande líder a figura de Zumbi. Sua morte, 
causada no cerco a Palmares, é lembrada como um 
grande símbolo da resistência africana e afro-brasileira à 
ordem escravista nos tempos da colônia. No continente 
africano, havia uma imensa diversidade étnica, assim 
como social e política; coexistiam reinos com organizações 
clânicas (de parentesco) e impérios que abrigavam 
milhares de indivíduos, contrariando estereótipos que 
apontam uma simplicidade ou primitividade na 
organização social e política dessas diferentes sociedades. 
 
 
 Pergunta 7 
1 em 1 pontos 
 
O neocolonialismo, também conhecido como imperialismo, promoveu 
uma partilha dos recursos humanos e materiais do continente africano. 
Ele perpetuou as chagas do escravismo e do velho colonialismo, destruiu 
a economia e a organização social tradicional de inúmeras culturas e 
povos africanos nos mais variados graus. Em seu lugar, tivemos a 
implantação de obras de infraestrutura e a reorganização da agricultura, 
objetivando o atendimento da economia das metrópoles, com o declínio, 
em algumas regiões, da agricultura de subsistência e sua substituição por 
sistemas de plantation, por exemplo. As dificuldades econômicas e os 
conflitos sociais advindos do neocolonialismo ainda são parte 
significativa da paisagem africana moderna e um empecilho ao seu maior 
desenvolvimento humano e social. Tendo como base essas informações, 
relacione as colunas a seguir. 
 
(A) Os franceses conquistaram a região ainda no século XIX, sendo 
expulsos após intensa e violenta guerra colonial nos anos de 1960. 
(B) O país sofreu duas tentativas de anexação por parte de uma potência 
imperialista europeia, sendo conquistado em 1935. Todavia, é ainda 
 
considerado o símbolo da resistência africana e das cores de sua 
bandeira surgiram os símbolos nacionais da maioria dos países do 
continente. 
(C) Os ingleses tomaram completamente esta região após a descoberta 
de importantes jazidas de ouro e de diamantes. Após o término das 
hostilidades, no entanto, ambos os grupos se uniram para estabelecer 
aquele que foi considerado um dos mais brutais e racistas dos regimes 
coloniais, o apartheid. 
(D) Os ingleses impediram a expansão de um de seus aliados europeus 
mais antigos e tradicionais no evento conhecido como “incidente do 
mapa rosa”, também chamado de “o ultimato britânico de 1890”. 
(E) Seu governo pessoal causou a mutilação e morte de milhões de 
africanos que foram submetidos à tortura e à escravidão na virada do 
século-XIX para o XX. Após a sua expulsão, seu país assume a colonização 
direta do território. 
 
I. Etiópia 
II. República Democrática do Congo (ex-Zaire) 
III. Portugal 
IV. África do Sul 
V. Argélia 
Resposta Selecionada: 
IB; IIE; IIID; IVC; VA. 
Resposta Correta: 
IB; IIE; IIID; IVC; VA. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta correta: a correlação correta é aquela que traz à 
tona os exemplos de intervenção direta de países 
europeus imperialistas em solo africano, tais como a 
conquista francesa da Argélia, no século XIX; a importância 
da resistência etíope diante da agressão italiana; a guerra 
dos bôeres, colonos de origem majoritariamente 
holandesa que se instalaram no sul da atual África do Sul, 
desalojando nativos e, no fim do século XIX e início do 
século XX, foram expulsos por ingleses no conflito pelo 
controle de importantes jazidas minerais. Após o conflito, 
ambos se uniram contra a maioria africana, formando um 
governo de coalizão racista do apartheid. Antes desse 
evento, durante a partilha do continente, Portugal, com 
base em um pretenso direito histórico, tentou controlar o 
interior do continente africano unindo dois de seus 
domínios, Angola e Moçambique, ação negada pela 
 
intervenção direta dos britânicos. Já o último evento narra 
o genocídio congolês perpetuado pela administração 
direta do rei belga Leopoldo. Após os fatos terem sido 
trazidos ao conhecimento do público, o rei fora afastado e 
o estado da Bélgica assumiu inteiramente a administração 
colonial do Congo Belga, atual República Democrática do 
Congo. 
 
 Pergunta 8 
0 em 1 pontos 
 
A escravidão é considerada, por historiadores e cientistas sociais, um dos 
pilares da sociedade brasileira, tendo-a marcado de maneira indelével. A 
respeito das características da sociedade escravista colonial da América 
portuguesa, a atual sociedade brasileira, julgue as afirmações a seguir. 
 
I. Desde o início do processo de colonização portuguesa na América, 
houve uma ampla e maciça inserção da mão de obra africana, em 
especial na antiga capitania de São Vicente, atual São Paulo. 
 
II. Na América portuguesa, ocorreu o predomínio da utilização da mão de 
obra escrava africana, seja em áreas ligadas à agroexportação e 
monocultura do açúcar, no atual Nordeste brasileiro, a partir do fim do 
século XVI, seja na região mineradora de ouro, diamantes e outras 
pedras preciosas, a partir do século XVIII. 
 
III. A partir do século XVI, com a introdução da mão de obra escrava 
cativa africana, a escravidão indígena foi completamente abolida em 
todas as regiões da América portuguesa, o que representou uma nova 
inserção dessas populações na sociedade brasileira em formação. 
 
IV. Em algumas regiões da América portuguesa, os senhores permitiram 
que alguns de seus cativos e até libertosrealizassem uma lavoura de 
subsistência dentro dos latifúndios agroexportadores e monocultores. 
Essa lavoura, dedicada ao cultivo de víveres imprescindíveis à vida de 
senhores e cativos, é chamada por historiadores de “brecha camponesa”. 
 
V. Nas cidades coloniais da América portuguesa, cativos e cativas de 
origem africana e afro-brasileira trabalhavam também vendendo 
mercadorias nas ruas, como doces, legumes, frutas, sendo conhecidos na 
literatura como “escravos de ganho”. 
 
Está correto o que se afirma em: 
 
Resposta Selecionada: 
II, III e IV. 
Resposta Correta: 
II, IV e V. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta incorreta: embora houvesse a presença de 
africanos cativos desde os primórdios da colonização, sua 
maior inserção inicial se deu principalmente nas capitanias 
dos atuais estados do nordeste brasileiro, onde 
substituíram a mão de obra indígena. Em locais como São 
Vicente, atual São Paulo, desde o início da colonização, o 
braço indígena sempre foi o mais requisitado, declinando 
após alguns anos devido às fortes epidemias e à inserção 
da mão de obra africana, mais lucrativa para o comércio 
colonial como um todo. A escravidão indígena nunca 
cessou na América portuguesa; depois, sob o Brasil 
Império, ela ocorreu junto com a africana em diversos 
territórios, como nas capitanias mais distantes, da 
Amazônia e no interior, nos sertões de Goiás ou mesmo 
no Mato Grosso. Mesmo com a explosão da mineração 
nesses espaços, com a chegada de maiores capitais – logo, 
mão de obra africana cativa –, o trabalho compulsório 
indígena nunca deixou de ser explorado pelos senhores 
locais, a despeito da ampla legislação metropolitana que 
os proibisse dessas e outras práticas. 
 
 
 Pergunta 9 
1 em 1 pontos 
 
Leia a matéria a seguir: 
“Quase todos os dias, temos a possibilidade de ler um longo artigo sobre 
a ‘nova África’ e sua habilidade para ‘jogar novo sangue nas artérias do 
comércio há muito bloqueadas pela esclerose da corrupção’, sem uma só 
menção aos aspectos sociais da questão. [...] Sabemos, entretanto, que a 
realidade é menos rósea, que é possível falar de pelo menos duas Áfricas 
(a pobre e menos pobre) e que a potência da imagem nos lembra quase 
todo dia que nem tudo que reluz é ouro.” (Jornal do Brasil, 11 out. 1998) 
 
Embora essa matéria jornalística tenha sido publicada há décadas, alguns 
elementos ainda devem ser considerados para pensarmos o lugar que o 
continente africano e os seus diferentes países ocupam na presente 
globalização. Tendo isso em mente, assinale a alternativa correta. 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
Os diferentes países africanos ainda têm dificuldades para 
se beneficiar da presente globalização da economia. Não 
há dúvida de que o continente, em maior ou menor grau, 
ainda enfrenta profundos problemas causados pelo 
imperialismo e pela violência depois das independências 
nacionais. 
Resposta 
Correta: 
 
Os diferentes países africanos ainda têm dificuldades para 
se beneficiar da presente globalização da economia. Não 
há dúvida de que o continente, em maior ou menor grau, 
ainda enfrenta profundos problemas causados pelo 
imperialismo e pela violência depois das independências 
nacionais. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta correta: o neocolonialismo ou imperialismo 
promoveu uma partilha dos recursos humanos e materiais 
do continente africano, perpetuou as chagas do 
escravismo e do velho colonialismo, destruindo a 
economia e a organização social tradicional de inúmeras 
culturas e povos africanos. Em seu lugar, tivemos a 
implantação de obras de infraestrutura e a reorganização 
da agricultura com o objetivo de atender à economia do 
antigo colonizador. As dificuldades econômicas e os 
conflitos sociais provenientes do neocolonialismo ainda 
são parte significativa da paisagem africana moderna e um 
empecilho ao seu maior desenvolvimento humano e 
social. 
 
 Pergunta 10 
1 em 1 pontos 
 
A expansão imperialista na África foi uma “corrida” realizada por países 
da Europa Ocidental para a conquista e divisão do continente na segunda 
metade do século XIX. 
 
Podemos afirmar que o imperialismo: 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
foi motivado pela busca da criação de espaços 
fornecedores, territórios coloniais provedores de 
matérias-primas para as indústrias metropolitanas, 
reserva de mercado para o consumo de mercadorias 
produzidas nos países metropolitanos e, eventualmente, 
localidades que abrigariam populações de origem 
 
europeia consideradas excedentes em seus países de 
origem. 
Resposta 
Correta: 
 
foi motivado pela busca da criação de espaços 
fornecedores, territórios coloniais provedores de 
matérias-primas para as indústrias metropolitanas, 
reserva de mercado para o consumo de mercadorias 
produzidas nos países metropolitanos e, eventualmente, 
localidades que abrigariam populações de origem 
europeia consideradas excedentes em seus países de 
origem. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta correta: o imperialismo representou uma 
violenta mudança nas formas tradicionais de gestão das 
sociedades tomadas; trouxe administradores coloniais, 
colonos e exércitos dos países imperialistas, dividiu etnias 
e, sob a mesma gestão colonial, submeteu povos e 
culturas rivais ou ainda inimigas. Do ponto de vista 
estritamente econômico, reforçou as assimetrias 
existentes entre as metrópoles, industrializadas ou em 
fase de rápida consolidação industrial, e as colônias, que 
tiveram suas atividades econômicas transformadas para 
atender aos interesses predominantes da metrópole.

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