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Uso Clínico de Fármacos: Fatores que Influenciam a Terapia

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USO CLÍNICO DE FÁRMACOS
introdução
Além do fato de agentes únicos conseguirem produzir múltiplos efeitos, a farmacoterapêutica é complicada por
variações da responsividade dos pacientes. Uma dose terapêutica de um medicamento para um indivíduo pode
ser ineficaz para outro e tóxica para um terceiro.
fatores que influenciam os efeitos dos fármacos
1. disparidades na concentração do fármaco obtida com uma dose padrão (diferenças farmacocinéticas),
 2. variações na responsividade individual a uma determinada concentração medicamentosa (diferenças
farmacodinâmicas) 
3. fatores secundários como pacientes que não tomam sua medicação conforme prescrito (não aderência).
o tamanho e perfil genético
peso e composição corpórea - na medida em que o volume de distribuição de um fármaco depende da massa
corporal, extremos no tamanho do paciente podem acarretar diferenças significativas na concentração plasmática
quando um medicamento é administrado na forma de uma “dose padrão para adulto” 
Idade - Pacientes pediátricos geralmente não podem receber as mesmas dosagens de um fármaco que o adulto. 
 A razão fundamental é seu menor tamanho corporal. Entretanto, não se deve considerar as crianças meramente
como adultos em miniatura. obs: É comum que os pacientes geriátricos sejam hiper-reativos a fármacos. Muito
embora tal sensibilidade aumentada possa decorrer de condições patológicas orgânicas ou de interações
medicamentosas, também ocorre a influência das mudanças funcionais próprias da idade sobre a eliminação de
fármacos e a responsividade celular.
Sexo, gravidez e lactação - A gravidez é uma grande preocupação na farmacoterapêutica porque os efeitos dos
fármacos sobre o feto são de suma importância. Alterações da função hepática e eliminação renal é maior
Muitos fármacos são eliminados no leite. Alguns desses agentes podem causar efeitos indesejáveis ao lactente.
Fatores ambientais - Entre os fatores ambientais que afetam o efeito farmacológico, a dieta é
provavelmente o mais importante.
Variáveis fisiológicas - Muitos fatores fisiológicos podem modificar as respostas clínicas a
fármacos. Flutuações no pH gástrico e plasmático podem alterar a farmacocinética. Exercício. 
Fatores patológicos - As doenças podem influenciar a farmacoterapêutica ao modificar a
disposição dos fármacos ou a responsividade tecidual. Os estados patológicos mais associados à
reatividade alterada do paciente envolvem os órgãos de absorção, distribuição, metabolismo e
eliminação. 
Influências genéticas - Farmacogenética, fatores genéticos são responsáveis por reações
idiossincráticas, influências genéticas podem tanto alterar quantitativamente os efeitos dos fármacos
como também provocar o surgimento de desfechos farmacológicos novos.
Fatores Ligados ao Fármaco - Além das variações individuais na reatividade do paciente, alguns fatores
inerentes aos fármacos, notadamente a formulação e o esquema posológico de um agente e o
desenvolvimento de tolerância, podem influenciar sobremaneira o sucesso da terapia medicame e ntosa.
Variáveis na administração de fármacos - De todos os fatores que influenciam as respostas
farmacológicas em termos clínicos, apenas os envolvidos com a seleção e a administração dos agentes
estão inteiramente sob o controle do dentista. Dose, formulação, via de administração, horário de
administração e a duração da terapia. 
Tolerância e sensibilização farmacológica - Na farmacologia, tolerância a um fármaco refere-se a um
estado de responsividade diminuída que se desenvolve pela exposição contínua ou repetida a um agente
ou a um de seus congêneres. Reconhecem-se duas categorias principais de tolerância
 
1. a farmacocinética ou tolerância de disposição do fármaco, na qual a concentração eficaz do agente
diminui, 
2. a farmacodinâmica, ou tolerância celular, na qual a reação a uma determinada concentração do
fármaco torna-se reduzida.
Fatores Relativos ao Esquema Terapêutico - As atitudes com relação ao esquema terapêutico ou ao
clínico podem determinar se um agente mostra-se eficaz em um paciente (ou até mesmo se o fármaco é
tomado). O uso concomitante de outras medicações pode alterar os efeitos medicamentosos diretamente
por mecanismos farmacológicos, ou indiretamente ao promover erros na administração de fármacos.
Fatores Relativos ao Esquema Terapêutico - Efeitos placebo 
 Um efeito placebo é qualquer efeito atribuível a uma medicação ou um procedimento que não esteja
relacionado com suas propriedades farmacodinâmicas ou específicas.
Erros medicamentosos 
e não aderência do paciente
As reações medicamentosas adversas podem ser classificadas de acordo:
 1. com o início da manifestação (aguda, subaguda ou tardia),
 2. com o seu grau (leve, moderada ou grave) 
 3. a previsibilidade (tipo A, previsíveis e relacionadas com a dose; tipo B, imprevisíveis e não
necessariamente relacionadas com a dose, como reações idiossincráticas e imunológicas).
Efeitos de extensão - Muitos fármacos são usados clinicamente em dosagens que proporcionam uma
intensidade submáxima de efeito. A razão para tal conservadorismo é simples: aumentar os efeitos do
fármaco além de um determinado ponto pode ser perigoso
Efeitos colaterais - Reações dose-dependentes previsíveis não relacionadas com o objetivo da
terapia são conhecidas como efeitos colaterais.
Reações idiossincráticas - Uma reação idiossincrática pode ser definida como uma resposta anormal a
um fármaco geneticamente determinada.
Hipersensibilidade (alergia) medicamentosa - Respostas adversas de origem imunológica são
responsáveis por aproximadamente 10% de todas as reações indesejadas a fármacos. A reação é
imprevisível; ela costuma ocorrer em uma pequena parcela da população, às vezes em pacientes que já
foram tratados anteriormente por diversas vezes sem problemas.
Apesar de nem sempre ser possível evitar as alergias medicamentosas, sua frequência de ocorrência
pode ser minimizada observando-se as seguintes precauções: 
 1. Obtenha uma história médica adequada. 
 2. O paciente realmente alérgico a um fármaco não deverá receber o agente ou um congênere
novamente. 
 3. Evite a administração de fármacos inadequados

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