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Discentes: Ana Cecilia Lima Eliane Costa Emília Pires Gabriela Cunha Larissa Landim Lorena Reis Luana Morais Luiza Geber Maíra Barcelos Rizia Lopes Docente : Alessandra Duarte Clarizia Doença de Parkinson Doença crônico degenerativa Prevalência aumenta com a idade - 50 anos Primeira descrição 1817 pelo médico britânico James Parkinson Doença de Parkinson Paralisia Agitante Doença de Parkinson Jean Martin Charcot A primeira descrição mundial bem definida com base cientifica foi realizada em 1817 pelo médico britânico James Parkinson. Parkinson realizou um estudo intitulado ‘’An Essay on the Shaking Palsy’’, ou seja, ‘’O Ensaio da Paralisia Agitante’’, este trabalho foi publicado em Londres. Nele, Parkinson definiu de forma geral a doença através da observação e análise de seis casos clínicos (PARKINSON, 1817). Essa doença ficou conhecida ao longo de 50 anos após a publicação realizada por James Parkinson sobre a paralisia agitante. Embora tenha sido publicada e divulgada através do ensaio da paralisia agitante, a doença de Parkinson só passou a ser reconhecida pela comunidade cientifica na segunda metade do século XIX, através do médico neurologista francês, Jean Martin Charcot. Charcot teve um papel fundamental, pois foi ele quem estudou mais afundo a doen- ça na qual foram descobertos novos sintomas e foi o responsável por divulgá-la .Foi ele, também, que sugeriu a mudança do nome de paralisia agitante para doença de Parkinson (La maladie de Parkinson) em homenagem a James Parkinson. 2 Perda seletiva de neurônios dopaminérgicos na parte compacta da substância negra Bradicinesia Rigidez Comprometimento do equilíbrio postural Tremor em repouso. Declínio Cognitivo Na doença de Parkinson, ocorre uma perda seletiva de neurônios dopaminérgicos na parte compacta da substância negra . A extensão da perda é profunda, com destruição de pelo menos 70% dos neurônios quando aparecem pela primeira vez os sintomas. A destruição desses neurônios resulta nas características fundamentais da doença: bradicinesia, lentidão anormal dos movimentos; rigidez, uma resistência ao movimento passivo dos membros; comprometimento do equilíbrio postural, que predispõe a quedas; e tremor característico quando os membros estão em repouso. A causa da doença de Parkinson seja uma combinação de fatores genéticos e ambientais pouco compreendidos 3 DP x Síndrome parkinsoniana A síndrome parkinsoniana/parkinsonismo / parkinsionismo secundário é um complexo de sinais e sintomas que pode ser produzido por uma variedade de situações nas quais se incluem a DP, também conhecida como parkinsonismo primário. Dois dos quatros sinais é suficiente para se configurar clinicamente o diagnóstico de parkisonismo Parkinsonismo Secundário Tumores Intoxicações manganês. monóxido de carbono. mercúrio Calcificaçao dos núcleos da base (doença de Fahr) Neurolépticos. metoclopramlda. proclorperazina, tetrabenazina, reserpina, cinarizina. flunarizlna. alfa-metildopa, lltio Fármacos‘ = Neurolépticos. metoclopramlda. proclorperazina, tetrabenazina, reserpina, cinarizina. flunarizlna. ri-metildopa, lltio 4 Tirosina desidrogenase Dopa descaboxilase Levodopa Percursor da DA DA incapaz de atravessar a BHE Levodopa transportado através da BHE pelo transportador de aminoácidos neutros BHE Levodopa Dopa Descaboxilase Dopamina Cérebro Periferia A Levodopa compete com outros aminoácidos neutros pelo seu transporte através da BHE Levodopa disponibilidade no SNC quando refeições recentes de proteína A levodopa administrada por via oral é rapidamente convertida em dopamina pela AADC no trato gastrintestinal. Efeitos adversos periféricos disponibilidade atravessar BHE Carbidopa um inibidor da AADC Levodopa + Carbidopa a conversão da levodopa em DA na periferia. BHE Levodopa Dopamina Carbidopa Cérebro Periferia Levodopa- T1/2- 2 horas Levodopa + Carbidopa – T1/2 maior Dopa Descaboxilase Levodopa + Carbidopa Discinesia, Náusea, vômito , anorexia, arritmias cardíacas, depressão, ansiedade, agitação, insônia, pesadelos. Pode ocorrer midríase e precipitar glaucoma agudo. Pacientes psicóticos, com glaucoma, portadores de úlceras pépticas. Efeitos adversos: Contra- indicações: Interações: Levodopa- A piridoxina (vitamina B6) aumenta seu metabolismo extracerebral, e pode impedir seu efeito terapêutico, exceto se administrado com carbidopa Devem ser empregadas medidas gerais de suporte, associadas a lavagem gástrica imediata Levodopa + Carbidopa - Sinemet ® Disponível pelo Sus Toxicologia Levodopa + Carbidopa Fenômeno “on-off” Uso continuo Tolerância Quantidade do fármaco pra produzir resposta clinicamente significativa Flutuações Motoras Períodos de congelamento aumento da rigidez, conhecidos como períodos “desligados” Períodos de movimento normal ,conhecidos como períodos “ligados” Muitos pacientes com doença de Parkinson apresentam uma notável melhora sintomática com a combinação de levodopa e carbidopa, particularmente na fase inicial da doença. Com efeito, a obtenção de uma melhora sintomática após o início do tratamento com levodopa é considerada diagnóstica da doença de Parkinson. Entretanto, com o decorrer do tempo, a eficiência da levodopa declina. O uso contínuo resulta tanto em tolerância quanto em sensibilização à medicação, que se manifesta por um estreitamento drástico da janela terapêutica. À medida que o paciente continua tomando levodopa, ele necessita de uma maior quantidade do fármaco para produzir uma melhora clinicamente significativa dos sintomas. Esses pacientes desenvolvem flutuações na função motora, que incluem períodos de congelamento e aumento da rigidez, conhecidos como períodos “desligados”, alternando com períodos de movimento normal ou até mesmo discinético, conhecidos como períodos “ligados”. Esses períodos “ligados” ocorrem, em geral, pouco depois da administração de levodopa/carbidopa, quando uma grande quantidade de dopamina é liberada no estriado. Os períodos “ligados” podem ser inicialmente controlados pelo uso de doses menores da medicação, embora isso aumente a probabilidade de períodos “desligados”. Os períodos “desligados” tendem a ocorrer quando os níveis plasmáticos de levodopa declinam e podem ser compensados por um aumento da dose de levodopa ou da freqüência de doses administradas. Com a evolução da doença, o controle desses sintomas torna-se cada vez mais difícil. 13 Apresentam T1/2 mais longas que a da levodopa Os efeitos adversos graves limitam a utilidade dos agonistas da dopamina Agonistas dos Receptores de DA Moléculas não-peptídicas, esses fármacos não competem com a levodopa ou outros aminoácidos neutros pelo seu transporte através da BHE Derivados do Esporão de centeio Bromocriptina(agonista D2) Pergolida (D1 e D2) Não Esporão de centeio Pramipexol(D3>D2) Ropinirol (D3>D2) A principal limitação ao uso dos agonistas dos receptores de dopamina consiste na sua tendência a induzir efeitos adversos indesejáveis. Isso se aplica particularmente aos derivados do esporão do centeio mais antigos, a bromocriptina e a pergolida. Ambos os fármacos podem causar náusea significativa, edema periférico e hipotensão. Os agonistas da dopamina mais recentes, que não são derivados do esporão do centeio, o pramipexol e o ropinirol, têm menos tendência a produzir esses efeitos adversos; em conseqüência, esses fármacos são utilizados com muito mais freqüência do que os derivados do esporão do centeio. Todos os agonistas da dopamina também podem produzir uma variedade de efeitos colaterais cognitivos, incluindo sedação excessiva, sonhos vívidos e alucinações. Estudos recentes examinaram o uso do pramipexol e do ropinirol como monoterapia inicial para doença de Parkinson. Acreditava-se que, como os agonistas da dopamina apresentam meias-vidas mais longas que a da levodopa, pudessem ter menos tendência a induzir períodos “desligados”. 14 Agonista D2 Derivada do alcaloide vasoconstritor ergotamina Parlodel Sro ® Derivados do Esporãode Centeio Disponível pelo Sus - Bromocriptina 2,5mg e 5mg Pergolida Bromocriptina Estimula diretamente os receptores D1 e D2 Mais potente que a Bromocriptina Seu uso tem sido associado a Doença Cardiaca Valvar Afinidade preferencial por receptores D3 Suposto efeito Neuroprotetor Utilizado em monoterapia na DP leve Pacientes com doença avançada permite uma redução da dose de levodopa e atenuação das flutuações Atinge concentrações plasmáticas máximas em cerca de 2 horas Excretado na sua forma inalterada na urina. Pramipexol Nome comercial :Sifrol ® Disponível pelo Sus - Pramipexol 0,125mg, 0,25mg e 1mg; T1/2 plasmática curta 6-8 horas Formulações de liberação lenta diária estão disponíveis. Ropinirol Metabolizado pela CYP1A2. Drogas metabolizadas pela isoforma podem reduzir significativamente a sua depuração Utilizado em monoterapia na DP leve Pacientes com doença avançada permite uma redução da dose de levodopa e atenuação das flutuações Podem desenvolver graves problemas cardíacos, particularmente em pacientes com uma história de infarto do miocárdio. Em pacientes com doença vascular periférica, ocorre agravamento dos vaso espasmos, Pacientes com úlcera péptica, ocorre piora da úlcera. Bromocriptina tem potencial de causar fibrose pulmonar e retro peritoneal. Efeitos adversas Derivados do Esporão de centeio Não Esporão de centeio Inibidores da MAO Monoamina oxidase MAO A MAO B Noradrenalina e serotonina Dopamina A monoamina oxidase A metaboliza noradrenalina e serotonina, enquanto a monoamina oxidade B,que predomina no estriado metaboliza a dopamina. 19 Inibidor seletivo da MAO B retarda a degradação da DA Intensifica e prolonga o efeito levodopa , permitindo uma redução da dose da mesma. Se administrada em dosagens acima das recomendadas , perde a sua seletividade. Selegilina É biotransformada em metanfetamina e anfetamina. Genérico: cloridrato de selegilina Insônia e confusão Disponível pelo Sus - Selegilina 5mg e 10mg; Uma das desvantagens da selegilina é a formação de um metabólito tóxico, a anfetamina, que pode causar insônia e confusão, principalmente no idoso. 20 Inibidor seletivo irreversível da MAO tipo B 5 vezes mais potente que Selegilina Não forma metabólitos tóxicos Rasagilina A Rasagilina ou a selergilina devem ser usadas com cuidado em pacientes que utilizam antidepressivos tricíclicos ou inibidores da recaptação de serotonina, devido ao risco teórico de interações agudas do tipo síndrome serotoninérgica A Síndrome Serotoninérgica (SS) é definida como o conjunto de sintomas observados com a administração de dois ou mais, rigidez muscular, tremor, ataxia, descoordenação, arrepio, nistagmo, sinal de Babinski (bilateral), hipertermia, diaforese, taquicardia sinusal, hipertensão, taquipnéia, dilatação de pupilas, pupilas não reativas, rubor facial, hipotensão, diarréia, câimbra abdominal, salivação. 21 Uma das desvantagens da selegilina é a formação de um metabólito tóxico, a anfetamina, que pode causar insônia e confusão, principalmente no idoso. Hipotensão ortostática Pode levar ao desenvolvimento de torpor, rigidez e agitação e hipertermia, após administração do analgésico meperidina, Efeitos adversas É interessante assinalar que foi constatado que a selergilina, a semelhança dos inibidores inespecificos da MAO, pode levar ao desenvolvimento de torpor, rigidez e agitação e hipertermia, após administração do analgésico meperidina, a base dessa interação permanece incerta. 22 A inibição da dopa descarboxilase está associada à ativação compensatória de outras vias do metabolismo da levodopa, especialmente a catecol-o-metiltransferase (COMT) Inibidores da COMT Absorção dos dois fármacos administrados por via oral ocorre de forma fácil e não é influenciada pela alimentação. A tolcapona tem duração de ação relativamente longa comparada com a entacapona, que requer dosagens mais frequentes. Eliminados nas fezes e na urina. Tolcapona e Entacapona A Tolcapona difere da Entacapona, pois penetra a BHC e inibe a COMT no SNC. A tolcapona pode produzir aumento no níveis das enzimas hepáticas. Por isso, esse fármaco só deve ser usado , junto com a monitoração da função hepática apropriada. Ambos os fármacos apresentam efeitos adversos que são observados em pacientes que recebem Levodopa-carbidopa incluindo: diarreia, hipotensão postural, náusea, anorexia, discinesias, alucinações distúrbios do sono. Efeitos adversas É plausível esperar que os sintomas de superdose de farmacos que elevam nivel de DA, estejam relacionados com sua atividade dopaminérgica. O tratamento dos sintomas inclui administração de antagonistas dopaminérgicos como neurolépticos ou a metoclopramida Toxicologia Amantadina É um agente antiviral que possui propriedades antiparkinsonianas A amantadina tem vários efeitos em inúmeros neurotransmissores implicados no parkinsonismo, incluindo maior liberação de dopamina, bloqueio de receptor colinérgico e inibição do receptor glutamato tipo N-metil-D-aspartato (NMDA). Ela tem poucos efeitos nos tremores, mas é mais eficaz do que os anticolinérgicos contra rigidez e bradicinesia Disponível pelo Sus –Cloridrato de Amantadina 100mg; O fármaco pode causar intranquilidade, agitação, confusão e alucinações e em doses elevadas, induzir psicose tóxica aguda. Hipotensão ortostática, retenção urinária, edema periférico e xerostomia também podem ocorrer. Efeitos adversas Após ingestão oral recente, efetuar lavagem gástrica.. Nas convulsões, administrar Diazepam. Manter o paciente sob vigilância contínua. Não existe um antídoto específico para Amantadina. Toxicologia Em casos de uma intoxicação aguda podem ocorrer distúrbios neuromusculares e sintomas de psicose aguda, às vezes de caráter anticolinérgico. Midríase, estado de confusão mental, desorientação, alucinações visuais. Foi a principal forma de tratamento da DP O bloqueio da transmissão colinérgica provoca efeitos similares ao aumento da transmissão dopaminérgica Podem melhorar o tremor e a rigidez, porém exercem pouco efeito sobre a bradicinesia Antagonistas dos Receptores Muscarinicos Acredita-se que esses agentes anticolinérgicos atuam ao modificar as ações dos neurônios colinérgicos estriatais, que regulam as interações dos neurônios das vias direta e indireta. Os receptores muscarínicos da acetilcolina exercem efeito inibitório nos terminais nervosos dopaminérgicos, cuja supressão compensa a falta de dopamina. 28 Biperideno Bloqueia principalmente a transmissão dos impulsos colinérgicos centrais pela reversão da ligação aos receptores de acetilcolina. Atua no receptor M1. Disponível pelo Sus - Biperideno 2 mg e 4 mg Nome comercial :Aikineton ® Dilatação pupilar Confusão Alucinações Taquicardia sinusal Retenção urinária Constipação Xerostomia Efeitos adversas São contraindicados em pacientes com glaucoma, hiperplasia de próstata ou estenose pilórica. Antipsicoticos Os sintomas psicóticos ocorrem mais frequentemente a medida que a doença progride e na presença de prejuízos cognitivos associados. As complicações da terapêutica farmacológica incluem flutuações relacionadas com as características motora e não motora, e transtornos psiquiátricos e comportamental O uso de antipsicoticos tipicos , como haloperidol , é contraindicado em pacientes com DP, devido ao risco de agravar os distúrbios motores pelo bloqueio dos receptores estriados D2 Antipsicóticos tipicos Além dos anticolinérgicos os inibidores da MAO, a amantadina e os agonistas dopaminérgicos podem ocasionar sintomas psicóticos na DP. A frequência de sintomas psicóticos na DP varia entre 15% a 40%. 31 Antipsicoticos Uso principalmente de quetiapina e Clozapina Neurolépticos atlpicos Agranulocitose, sedação, hipotensão, sialorreia Clozapina Efeitos Adversos : Quetiapina Sedação pequeno risco de piorar o parkinsonismo KATZUNG, Bertram G. Farmacologia: básica e clínica. 10. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2007. HARDMAN,Joel G.; LIMBIRD, Lee E. Goodman & Gilman - as bases farmacológicas da terapêutica. 10. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2006. RANG, H. P. Rang & Dale Farmacologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Churchill Livingstone Elsevier, 2008. GOLDMAN L., AUSIELLO D. Cecil: Medicina. 23ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. Referências HARRISON T.R. et al. Harrison: Medicina Interna. 17ª ed. Rio de Janeiro: AMGH Editora Limitada, 2008. Referências
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