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Formoso - Dois Séculos de História, por Miguel Carneiro

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BELA LORENA 
FUNDAÇÃO DE UM POVOADO 
Bernadina, assim que sua primeira filha, Antonia Carneiro 
Mendes, chegou à idade de se casar, buscou em sua família em 
Januária, seu sobrinho José Borges Carneiro para desposá-la. 
Realizado o casamento, José Borges trouxe de Januária seu irmão 
mais moço, Joaquim Borges Carneiro, de quem jamais se separava, 
por já serem órfãos. Trabalhando na fazenda São Pedro, logo Joaquim 
se · engraçou da cunhada de seu irmão, de nome Maria (Maricota). 
O sogro Silvério, quando Joaquim propôs casar-se com Maricota, 
recusou, alegando que Joaquim ainda não se "acreditara", visto que 
José havia trazido algum dinheiro, com o qual estava adquirindo 
gado e terras. Diante de tal recusa, José participou ao sogro que iria 
retornar a Januária, pois aqui não haveria futuro para Joaquim, e os 
dois irmãos jamais se separariam. 
Vendo que os dois estavam irredutíveis naquele propósito, o 
que naturalmente desgostaria em muito a Bernardina, que enfrentou 
um grande sacrifício para vir morar num sertão tão inculto, Silvério 
capitulou. 
Assim, que se realizou o casamento de Joaquim, os dois 
resolveram deixar a fazenda São Pedro, para estabelecerem-se 
definitivamente nas margens do rio Carinhanha, onde fundaram um 
povoado a que deram o nome de Bela Lorena. 
O seu sonho era fundar uma povoação que prosperasse e onde 
a grande família que pretendiam construir, esperasse que um dia a 
civilização ali chegasse. 
Estabelecendo-se como fazendeiros e comerciantes, logo 
adquiriram boa extensão de terras, onde foram multiplicando seu 
rebanho, construíram duas casas iguais e emparelhadas e começaram 
a buscar em Januária, não só as mercadorias indispensáveis, como 
também os recursos humanos que não existiam naquele ermo. De lá 
trouxeram então carpinteiros, pedreiros, oleiros, boticários ( é como se 
chamavam os vendedores de remédios que não eram farmacêuticos). 
e tambem um professor de nome João Pessoa. O boticário era um 
senhor de nome João do Couto Moreno, casado com uma prima 
deles de nome Lisbela. 
Bela Lorena foi-se tornando conhecida em todo o Brasil de tal 
' forma que a partir de 1920 já aparecia nos mapas. A harmonia e o 
35 
respeito que impunham os seus fundadores atraía qualquer um que 
resolvesse se aventurar pelo sertão. 
Logo começou a surgir uma numerosa prole desses pioneiros 
do século dezenove. Do casal José Borges nasceram sete filhos, dois 
homens e cinco mulheres. De Joaquim nasceram; Termutes, Honorina , 
Jordelina e Aristides. A genealogia de todos eles até a quinta geração 
se acha no livro do Dr, João Rocha. Portanto vou citar apenas alguns 
detalhes que possa haver escapado em sua pesquisa. 
Devido à grande amizade que unia os irmãos Borges, 
característica que perpetuou na família até o presente, fato que, 
segundo consta, era do conhecimento até do Imperador D. Pedro li, 
Bela Lorena era um lugar tranquilo e convidativo para qualquer que 
se aventurasse pelo sertão. Naquela época eram muito comuns os 
atritos entre membros de famílias abastadas, na disputa por heranças 
avultadas, razão porque se tornou notória a harmonia familiar dos 
Carneiro. Não muito longe daqui, houve uma malquerença muito 
falada entre o Major Saint-Clair Valadares e o seu cunhado Pedro 
Versiani, na partilha de Francisco Pitangui. Sendo um homem 
escrupulosamente honesto e justo, o Major separou um quinhão da 
imensa herança que ainda restou da primeira partilha por morte de 
Maria Cordeiro, para dividir com nove filhos de Chico Pitangui com 
Virginia Oliveira. Não era grande coisa em relação a todo o patrimônio, 
do qual já haviam herdado a metade. Foram só a fazenda Cambauba 
ou Palmeiras, a fazenda Mangues e a fazenda Corredor (a maior) 
e mais mil e duzentas cabeças de gado. Foi inimizade para toda a 
vida. 
. Para consolidar a união da família, e também por falta de 
opções, os filhos de Juca, como era chamado José Borges casaram-
se: João com Honorina e Juscelino com Termutes, filhas de Joaquim 
Borges. Ficaram Adelina e Lucetta. Vieram então de Januária dois 
irmãos e se casaram também: Levi Carneiro da Rocha com Adelina e 
Manassés Carneiro da Rocha com Lucetta. Dando seqüência Otoniel 
Carneiro da Rocha também se casou com Jordelina. Sobraram 
apenas as três filhas mais novas: Etelvina, Maria e Firmina, que eram 
cegas. 
Fundado o povoado de Bela Lorena, os Irmãos Borges 
começaram a trazer de Januária vários parentes e outras pessoas 
amigas da família, que passaram a integrar a comunidade. Entre esses 
vale destacar Otto Wagemann, filho do Tertuliano, ainda jovem e que 
exercia a profissão de alfaiate. 
Como já não havia mais moças casadoras na comuna, partira: 
em busca de casamento na família Valadares, que não só era a 111ª 
36 
abastada da região, como também rivalizava em cultura e civilização, 
procurando, a qualquer custo, mandar seus filhos estudarem fora. 
Dessa maneira é que os filhos dos Carneiro de Bela Lorena estudavam 
sempre em Januária, onde havia professores formados. Alguns desses 
professores se tornaram até escritores, como o professor Manoel 
Abrósio de Oliveira, romancista, e Nelson Benjamim Monção, escritor 
didático, além de Benedito Casqueiro, com quem estudaram os netos 
dos Borges: Astrogildo, Aristides, Jayme, Claudionor, Benevides. Os 
Valadares, mais ricos, mandavam os filhos para estudar em Ouro 
Preto (na época capital de Minas). 
Assim começou o entrelaçamento da família Valadares co.m 
a família Carneiro. Casaram-se primeiro Otto Wagemann com 
Garibaldina e Aristides com Zina, filhas do ilustre patriarca Major 
Saint-Clair Valadares. 
Mais tarde, dando seqüência casaram-se Benevides com 
Antonia, filha de Saint-Clair Valadares, Maria, filha de Jordelina 
com Francisco Valadares e Adalgisa, filha de João Borges, com 
Aristóteles. 
Em 1908 os Borges resolveram construir uma capela, sob a 
invocação de São João Batista. Para isso trouxeram de Januária -
pedreiros, oleiros, carpinteiros, marceneiros e até um pintor e escultor, 
que também era professor. 
JOÃO PESSOA era bacharel em ciências e letras, título que 
se dava a quem concluía todos cursos necessários para o ingresso 
nas faculdades. Era Coletor Federal em Januária, e por causa de um 
desfalque, temendo a prisão, veio refugiar-se em Bela Lorena. Era viúvo 
e trouxe em sua companhia, além do filho José Pessoa, uma preta filha 
de escravos de nome Maria Pequena, viúva, com quem era amasiado. 
Ambos eram muito carolas, e enquanto ele fazia a igreja e os santos 
(imagens) ela fazia a parte litúrgica de todas as festividades da igreja 
- Natal, Quaresma, Semana Santa, Mês de Maria, Festa de São João 
' etc. 
João Pessoa deu aulas para a terceira geração dos Carneiro, 
fez todas as imagens, pintou todos os quadros da Via Sacra, bandeiras 
do Divino, de São João Batista e várias bandeiras para aqueles que 
festejavam santos, como Os Santos Reis Magos e outros. Após a 
morte dos Velhos mudou-se para Sítio d'Abadia, onde morreu; mas, 
Maria Pequena ainda vinha todos os anos, às vezes a pé, para rezar 
a novena de São João em Bela Lorena. 
Os patriarcas e fundadores não duraram nem uma década 
após a construção da capela. Houve um período de decadência em 
decorrência do falecimento dos varões de idade mais madura. Entre 
37 
. José Borges, Joaquim Borges, Termutes 
1908 .. e 192~ morrer,~m. que se casou em segundas núpcias co~ 
Adelina Lev1 Jusce tno, ·, -
· . d .' M rti~s Otoniel, e por último João Borg?~' que J~ nao morava 
Jo~m ª ª .d, t . do-se mudado para um s1t10 próximo chamado mais no povoa o, en 
Zé Branco. . . 
e . Otto Wagemann e Anst1des, ao se casarem mudaram orno A · t'd 1 
para a fazenda Tamboril , pertencente -~º s~ro, ris 1 ~s evan~o 
também a irmã Jordelina, que já estava viuva e tinha uma filha - Mana. 
Esta se casou depois com Francisco Valadares. 
- Restou em Bela Lorena, como único pai de família casado -
Astrogifdo Carneiro da Rocha, que se casou em 1912 com Etelvina 
Rodrigues Magalhães. 
Benevides ainda era muito jovem e só veioa casar-se em 1920, 
com Antonia Valadares, que veio a falecer um ano depois. 
Astrogíldo ficou morando na casa que era de seus pais, 
cuidando dos irmãos - Joãozinho (cego), Jayme, José e Nestor. Em 
1918 José (Zé Carneiro) se casou com Tercília Pereira de Almeida, 
e em 1921 Jayme se casou com Jovelina, ambas filhas de Militão 
Almeida, de quem falaremos adiante. Zé Carneiro morou um pouco 
em Bela Lorena, depois mudou-se para Formosa, em Goiás, onde 
morava uma tia de Tercilia. 
Jayme também morou um pouco em Bela Lorena, depois se 
mudou para a fazenda que era do sogro - falecido há mais de dez 
anos. 
E assim Bela Lorena perdeu a condição de povoado, devido à 
escassez de habitantes. Em 1925, Benevides se casou novamente, 
após quatro anos de viuvez. Astrogildo já se havia mudado para a 
fazenda Extrema, pois a casa de Levi ficara em herança para o caçula 
- Nestor. Só depois que Nestor também se casou é que começou de 
novo a haver famílias em Bela Lorena. 
. Em 1916 chegou em Bela Lorena, procedentes de Januária, 
Josino de Oli~eira Neto, casado com dona Vitória. Tinha dois filhos 
-Sa_ntos_e Fellp?, este_ co.m dez anos. Uns cinco anos depois tiveram 
mais dois - Jose d.~ Oltve1ra Neto (Juquinha) e Joana de Oliveira Neto 
(Noca). Ess~ familia ficou enraizada em Bela Lorena até o presente. 
Apesar de ~,nguém ter-se casado na família Carneiro permaneceram 
sempre unidos a el-a. ' 
GRACILIANO CARNEIRO DE SO er 
à família CARNEIRO de , . . UZA, apesar de não pertenc 
Amélia seu ·,rma-
0 
Ot . Jan. uana, veio com sua mãe viúva .. do~a 
' Oíll e sua. - A . . . . s ·t,o d'Abadia (G · · ) E . irma rhndma. Morou primeiro em 1 01as . xercIa as profi - or 
Casou-se com Vita Pe . d issoes de sapateiro e profess . · 
reira e Souza, filha de Felix Pereira de souza 
38 
e _viúva de Militão José de Almeida, de quem falaremos mais tard
e. 
Passou então a residir na fazenda de Militão, as margens do 
rio 
Carinhanha. Vita tinha três filhas: Tercilia, Jovelina e Maria. Casar
am 
respectivamente com os irmãos José e Jayme Carneiro da Roc
ha. 
Maria (Cota) se casou com Hostiano Tiago de Souza, proprietário
 da 
fazenda São Perdro. 
Da união de Graciliano e Vita nasceram sete filhos: Rosina, 
Amélia, Felix, Leocádia, Alice, Jonas e Vita (Nenem). Vita mor
reu 
ainda na meia idade, deixando Neném ainda no berço. Com
 o 
casamento de Jovelina, Graçu, como era conhecido, mudou-se p
ara 
Bela Lorena, visto não ter herdado de Vita, com quem era casado
 só 
no eclesiástico. Morou primeiro no povoado onde dava aulas. M
ais 
tarde mudou-se para uma casa de palha nas vizinhanças. A es
sa 
época já havia sido nomeado Escrivão de Paz, pois Formoso ha
via 
sido desmembrado de Paracatú para fazer parte do município de S
ão 
Romão, e os Carneiro colaboraram na emancipação. 
Seu Graçu foi uma pessoa que contribuiu grandemente 
para a história de Bela Lorena, juntamente com sua mãe, do
na 
Amélia. Dona Amélia era excelente costureira, além de Mezinhe
ira 
solícita e prestativa. Onde houvesse alguém doente, lá estava 
ela 
expontâneamente para ensinar o remédio adequado, depois 
de 
diagnosticar a moléstia. Só fazia restrição no caso de parto, onde
 se 
limitava a indicar algum remédio. Nesse mister era tão solícita q
ue 
costumava trazer pessoas para sua casa para fazer tratamento, tu
do 
isso inteiramente grátis. A casa de "Seu Graçú vivia constanteme
nte 
cheia de gente, pois ele era o mais conhecido dos habitantes de B
ela 
Lorena, não só pelos serviços de cartório, mas porque todo mundo
 só 
se hospedava com ele". 
Após 1930 sua filha Rosina se casou com Adeladio Carneiro 
de Almeida, filho de Manoelzinho da Catinguinha e dona Venan
cia 
Francisco Gomes. Com esse casamento ele se mudou para
 a 
Catinguinha, pedindo demissão do Cartório. Logo suas filhas Améli
a e 
Leocádia se casaram respectivamente com Abílio Carneiro Magalhã
es 
e João Carneiro Magalhães, filhos de Francisco Magalhães e Ma
ria 
Carneiro Almeida e primos de Adeládio. Enviuvando depois, Luquin
ha 
se casou com seu cunhado Alexandre. 
Em 1937 morreu Monoelzinho da Catinguinha e Adeládio 
mudou,-se para a fazenda Passa Três, município de Unaí, a qual
 lhe 
coube de herança. 
Felix, seu terceiro filho, casou-se com Adelina) filha de Astrogildo 
e veio residir novamente em Bela Lorena. Alice se casou com Anto
nio 
Carneiro de Almeida, filho de Francisco Carneiro de Almeida e lzid
ora 
39 
asou com Aurelita Carn
eiro de Almeid 
. G s Jonas se c a, 
Francisco orne · . . h do Campo de Fora, como era chamado
. E: 
também filha de Chi~uin ° sou com Euclides Carneiro de Almeida 
por último Vita tambem se ca 
' 
filho do mesmo., orar em Bela Lorena com seu filho Fel
ix e 
Seu Graçu voltou a m . d _ , 
t qu
atro anos deixando numerosa escendencia 
morreu aos noven a e ' . 
' 
t d rtencent
es à família Carneiro. . . 
o os pe a-o de prole da família Carnetro fo, Astrogi
ldo 
Mas, o campe . . 
Carneiro da Rocha, verdadeiro patriarca, falecido aos novent
a e 
quatro anos. 
sua longevidade parece ter sido repassada aos filhos, que 
estavam todos vivos quando de sua morte. Aos noventa a
nos 
seus descendentes diretos chegavam a cento e dez pessoas. D
ele 
falaremos a seguir. 
ASTROGILDO CARNEIRO DA ROCHA nasceu em 13 de 
outubro de 1889, 33 dias antes da Proclamação da República
 do 
Brasi l. Era filho de Adelina Borges Carneiro e Levi Carneiro
 da 
Rocha e Silva; era o segundo dos cinco irmãos do casal. Estu
dou 
em Januária, juntamente com Jayme, Claudionor e Aristides,
 na 
escola do professor e poeta Benedito Casqueiro. 
Desprezando o costume arraigado na família de casamento 
entre parentes muito próximos, foi buscar em Sitio d'Abadia 
uma 
moça da ilustre família Almeida, que morava com sua irmã cas
ada 
com Hostiano Teixeira Mariz, - Joana Rodrigues Magalhães. 
Seu 
nome era Etelvina Rodrigues Magalhães. 
O casal morou na casa que pertenceu a seu pai Levi, 
de 1912 a 1923, quando se mudou para o lugar onde hoje mora
m o 
caçula ;edro e o genro Felix Carneiro de Souza . 
. cas~I teve ~o todo doze filhos, sendo que quatro 
morreram de. infecçao por tetano, coisa que na época se cham
ava 
mal de sete dias. 
Era o prazo de incubaçã d . f - . -
do parto devido - . - . 
0 ª m ecçao que ocorria por ocas1ao 
, a 1gnoranc1a que aind d · ,. ·a 
de vírus e bactéria , ª per urava sobre a ex1stenc1 
Desta man:i,r:e::~rde~cobertos P~r Louis Pasteur. ~ . 
Maria de Lurdes Mari Lev1veram Lev1, Adel ina, Ismael, 
L1v1a, 
est~dou fora, limitando-::, à tura, : · Pe?r°,· . Nen_h~m de seus 
filh05 
particulares e às vezes , br nS
truçao pnmana m1n1strada em escolas 
às lides de fazenda. pu icas. Todos se dedicaram exclusivam
ente 
Ismael foi o que mais a r .· . . . o 
como autodidata A · P ove,tou os estudos que foi ampl1
and 
- · pesar de trabalh ' ua 
vocaçao e por isso f ar no campo essa não era
 s 
icou vacilando sem encont~ar seu verdadeiro 
40 
caminho. Foi pr~fessor, comerciante, alfaiate, até quando se casou e 
teve que assumir a profissão_ de fazendeiro, pois sua esposa sendo 
órfã, pos~uía fazendas q_ue_ tinham que ser administradas. Logo 
que orgamzou a fazenda, de1xou .. a aos cuidados de seu irmão Levi 
mudando-se para Sitio d'Abadia, em Goiás. ' 
Lá ingressou na política, se elegendo vereador e depois 
ocupando um cargo na arrecadação estadual. Levou seus pais 
para lá, conseguindo colocá-los em cargos públicos. Levou também 
seu cunhado Manoelzinho, com quem se associou no comércio 
de medicamentos. Foi vereador por duas vezes, participando da 
emancipação de Damianópolis e liderando a fundação de Alvorada do 
Norte. Em 1961 mudou-se para Goiânia, mantendo o cargo até que 
se aposentou. Suas duas filhas têm curso superior de magistério. 
Os filhos Levi e Pedro continuaram como fazendeiros e nunca 
se -mudaram de Bela Lorena. No final deste capítulo vamos fazer 
a descrição genealógica dos Carneiro que ainda permanecem no 
município de Formoso. 
Falaremos aindade dois patriarcas de Bela Lorena, antes de 
passarmos a outras famílias ilustres e numerosas. 
JOSÉCARNEIRO DA ROCHA, o quarto filho de Levi, casou-se 
com Terema Pereira de Almeida, filha de Militão José de Almeida. 
Residiu inicialmente na casa que pertenceu ao seu tio Juscelino 
Borges, onde lhe nasceram os primeiros filhos. Mudou-se depois para 
Formosa, indo morar numa fazenda do marido de dona Cirila, tia de 
Tercilia. De lá voltou para a fazenda Palmeiras, que ainda pertencia 
a Astrogildo. 
Doente de malária voltou para Bela Lorena, indo morar na 
fazenda do irmão Jayme. De lá se mudou novamente para a fazenda 
Riacho Fundo, onde seu primo Aristides montou uma fábrica de 
açúcar e aguardente. 
Anos depois voltou novamente para Bela Lorena, indo morar 
na casa que pertenceu a José Borges. 
Em 1948, casou as filhas mais velhas - Elza, com Levi Carneiro 
Magalhães e Maria, com Francisco Mendes Vieira. Depois casou 
Alaídes com Oto Carneiro Saraiva. Assuero já se havia casado com Maria 
Teixeira de Araújo e foi morar na fazenda Matinho, que ainda lhe pertence 
até_hoje. Celeodiva se casou com Hennirio Teixeira dos Santos, seu primo 
residente em Sitio d'Abadia. 
Casadas às irmãs, os rapazes João Manoel DJ·aIma e Ismael , sem n h , , 
à en uma perspectiva em Bela Lorena partiram para São Paulo 
8 
psrocura de emprego e possibilidade de estudar. Por lá se radicai am 
e casaram à - . , exceção de DJalma, que se casou em Mato Grosso. 
41 
t tendo ocupado por duas vezes un-. 'd te' o presen e, . . Z, C . ·••a onde resI e a A mbléia Leg1slat1va. e arneiro mudou 
cadeira d: deputado n~n::~uas filhas solteiras. Faleceu quase ao; 
se para Sao Paulo, levd t sido sempre um homem doente. 
noventa a_nos, apesar ; 
0
~ ROCHA (Joãozinho) era o primeiro filho d · 
JO~O C~RN~IR era cego, por uma doença congênita. Esta s~ 
casal Lev1/~dehna: 
1
as~ve a cegueira que era ignorada até então pelos foi diagnosticada, inc usi , A t E . . ,d·co francês de nome Jose ugus o. sse medico pais graças a um me ' . 1 t·d . ' rt- de Minas sempreembnagadoema ves I o, vivendo errava pelos se oes , - . . 
1 
• nte da generosidade das pessoas, nao aceitando um niquei exc usIvame 
por seus serviços. Falaremos dele em outra parte deste trabalho. 
Voltando ao Joãozinho que apesar de cego era um garoto 
muito traquinas e vivia sempre "aprontando", até que levou uma 
queda quando tentava tirar carne seca de um varal para comer crua. 
Quebrou uma perna o nunca mais andou. Naquela época não era fácil 
o tratamento de fraturas, mormente no interior. Passou a viver sentado 
numa rede de embira e foi-se deformando cada vez mais, até ficar 
totalmente deformado, chegando à idade adulta com as pernas em 
arco, corcunda e com o tórax estufado para fora. Era extremamente 
inteligente e estudou gramática, matemática, e tinha paixão por 
literatura. Sua memória era um arquivo ambulante. Relatava a estória 
de qualquer romance que conhecesse. Pedia livros emprestados até 
por carta, às pessoas que sabia possuírem romances. 
Mandava alguém ler para ele e gravava na memória até frases 
ou diálogos. Fazia cálculos "de cabeça", como soma de números 
com três dígitos, divisões e multiplicações. 
Apre~deu t~mbém a tocar violão, tendo um repertório em 
torno de mil e qui_nhentas canções. Era um registro vivo de todos 
casa'21entos, nas~i~entos e batizados de todas as pessoas de suas 
~elaçf~~s :esde Sitio de Abadia até Januária. Tinha uma infinidade 
e ª 1 ª os_ espalhados desde Urucuia até Sítio de Abadia cujos nomes ele tirava de rom .. ' . de . . . ances e sugeria aos pais Gostava muito v1aJar e arranJar nam d ... . · . acompanhado por G ~ra as platon1cas. Foi até ao Rio de Janeiro 
a sua cegueira. Est~açu, rara cons~ltar o Dr. Miguel Couto sobre 
doença congênita da ~~n 1;mou O ~,agnóstico de José Augusto -
ter nascido outros co ae. e _ela nao se tratou - disse ele - deverTl . . m cegueira J - · u a vida inteira com um . ... · oaoz1nho não casou e moro a I rma de c · - r11 ele chamava Coruja Ma . naçao - Marcolina Carneiro, a qu~ 
que a abandonou e. n rcohna foi casada com um tal de EleutéflO, unca ma· eu aos sessenta anos te d is se soube dele. Joãozinho rnorr , e · ' n o termi d . ze arneiro, na casa qu . na O seus dias morando coro e era de Jose·' B orges. 
42 -
BENEVIDES BORGES CARNE
IRO. Era o segund f"lh 
e · S · -
. o I o de 
João Borges arne,ro. ua 1rma 
mais velha, Adalgisa casara-se co
m 
Aristóteles Fernandes Valadares
 e foi residir na fazenda Tamb 
.
1 
· f"lh 
on · 
o casal teve apen~s c,nc~ 1 os_, pois Aristóte
les faleceu aos trinta 
e oito anos. Seus fllhos sao: Sa
1nt-Clair, João, Honorina, Anésia
 e 
Juarez; todos residem em Arinos
. 
Benevides ( conhecido por Ben
é) foi o único Carneiro que 
nunca arredou o pé de Bela Lor
ena, a não ser quando estudou 
em 
Januária. A casa de seu avô J
oaquim Borges permanece inta
cta 
até o dia de hoje, bem como a c
apela por eles construída em 19
08. 
Juntando a herança de seu pa
i e de sua mãe, dividida apen
as 
por dois herdeiros, formou um 
patrimônio que pôde crescer s
em 
necessidade de comprar mais te
rras. 
Bené foi um homem extremam
ente bondoso e respeitado 
devido ao caráter integro, sua s
olicitude em auxiliar a todos qu
e o 
procuravam, ricos ou pobres. Sua
 mania era não sair de casa, a n
ão 
ser para o trabalho. 
Raramente viajava, a não ser uma
 vez por ano a Januária, raras 
vezes visitava a irmã em Arinos, m
as gostava e fazia questão de qu
e 
os outros o visitassem freqüentem
ente. De todos os que moraram e
m 
Bela Lorena foi · ele quem mais p
ermaneceu lá durante os oitenta
 e 
dois anos de sua existência. Bené
 foi um homem que nunca saiu u
m 
milímetro do seu caminho da vida
 - nasceu ali, ali morreu, sempre
 na 
mesma casa, fazendo que seu pa
i fazia-criando gado e melhorand
o a 
fazenda. 
BENÉ casou-se muito jovem, a
os vinte anos, com Antonia 
Fernandes Valadares, filha do Ma
jor Saint-Clair. Esta morreu um a
no 
depois e ele permaneceu viúvo por
 quatro anos, casando-se novame
nte 
com Pedrelina Carneiro de Almeida
, filha de Rafael José de Almeida
 e 
Joana Carneiro Saraiva. Desse casa
mento nasceram os seguintes filho
s: 
JOÃO BORGES CARNEIRO, nasc
ido em 1926. Estudou medicina n
a 
Universidade de Minas Gerais, em B
elo Horizonte. Casou-se lá com Ma
rta 
Oberdá e estabeleceu-se com clínica em
 Januária. Tiveram duas filhas: 
Naila e Tais. 
Morrendo Marta, casou-se nova
mente com Maria Elizabete 
G~mes, de Januária, com a qual t
em um filho - João Paulus. Jam
ais 
deixou de vir a Bela Lorena, man
tendo até hoje a fazenda Taqua
ril , 
que pertenceu ao Silvério Mendes
. 
segu ~OA~UIM BORGES CARN
EIRO é o terceiro filho de Bené
 (o 
Olive~aºov,veu pouco mais de um
 ano). É casado com Amélia de
 
rnelas Jo · 
. 
na fazend · aqu1m não fe
z curso supenor, permanecend
o 
. a ao lado do "V Ih " 
. , 
e o, que enviuvou em 1943. J
oaquim e P 
43 
. .. d '" oarredar péde Bela Lorena. Seus . t d1çao e na , b , . de seu pai na ra . C rneiro Neto e ancano. Casou~ sucessor . Benevides a . F flhos são pela ordem. dá Carneiro e reside em ormoso. Tem i m sua prima Náila Ober R g·,·na de Oliveira Carneiro estudou seco Gustavo. e . dois filhos Eduardo e Vieira Ornelas, filho do saudos? patriarca e é casada com Joeton R sidem em Brasília, Joeton e bancário. Minervino Gomes Ornelas. e . Regina é Luzana. b , · · • sua filha com . . Carneiro é economista e ancano, residindo Wander de Oliveira 
8 rnadete Kibuchins e tem três filhos _ em Brasília. É casado com e 
Paulo, Rena~ eCMuril~. F'1lho é Técnico Agrícola, formado pela Escola Joaquim arneiro . , J , . ce· i·ia a caçula é professora de Geografia. Agncola de anuana. , • f -JOSÉ BORGES CARNEIRO é técnico de ~gr?~om1a , armado pela Escola de Agronomia de Viçosa/MG, é func1onano do Ba~co do Nordeste e reside em Montes Claros/MG. Ê casado com Mana das Dores Porto. Tem três filhos - Raissa (médica), José Borges Filho e Pérsio Borges.Ainda mantêm sua fazenda em Bela Lorena. Seus filhos ainda não se casaram. 
TEREZINHA BORGES CARNEIRO casou-se com seu primo Juarez Carneir Valadares, fazendeiro em Arinos. O casal teve três filhos: Gisele, Antonio Carlos e Juarez Junior. Gisele é formada em Pedagogia pela UCG em Goiânia. Casou-se em Franklin Neto Outra e tem um filho Juarez Neto. Antonio Carlos é Técnico de Agronomia e continua solteiro. Juarez Neto faleceu ainda criança. 
JUSCELINO BORGES CARNEIRO é En.genheiro Agrônomo, pela~ a~uldade de Engenharia da UFMGNiçosa. É também formado er:n Dir~ito pela UCG em Goiânia. É casado com Lucíola Almeida Pin~o, filha de José de Oliveira Pinto e Azzira de Almeida Pinto, residentes em ltumbiara/GO. Tem uma única filha - Ludmila. 
44 
1 
1· 
1 
OS ALMEIDA 
Embora apareçam poucas pessoas 
com o sobrenome de 
ALMEIDA, é a terceira família mais n
umerosa das que compõem 
a população de Formoso. A razão é 
que ela se misturou com as 
famílias ORNELAS, CARNEIRO, MAG
ALHÃES e PEREIRA. Como 
se pode ver a seguir, a terceira geraçã
o dessas famílias são quase 
na totalidade, descendentes de um únic
o casal, de quem vamos falar 
no próximo capítulo. 
FIRMIANO JOSÉ DE ALMEIDA, pro
prietário da Fazenda 
Sumidouro, próxima à divisa do Estado
 da Bahia, era viúvo quando 
casado com Matilde Pereira Rodrigues
, natural da Fazenda Curral 
Queimado, município de Januária. De l
á ela trouxe alguns escravos 
como dote. O casal estabeleceu-se então
 na fazenda Gentio. Os filhos 
de Firmiano, João e Feliciano, permanec
eram na fazenda Sumidouro. 
João se casou com com uma moça 
de. Sitio d· Abadia, filha de 
João Teixeira. Seus filhos eram Otavian
o, casado com· Alice Oliveira, 
ldalina, casada com Martinho Gomes Or
nelas. Flauzina, casada com 
Claro Carneiro. Somente os filhos de lda
lina residem em Formoso. Já 
foram informados na genealogia dos Orn
elas. 
Feliciano permaneceu em Sumidouro. Q
ue se saiba tinha um 
filho o Militão e uma filha, casada com u
m Sr. Lopo. 
MILITÃO casou-se com Vita Pereira de
 Sousa, filha de Felix 
Pereira de Sousa e Leocádia Francisco 
Magalhães, proprietários da 
fazenda Campo Alegre, no Estado de G
oiás. O casal teve três filhas: 
Tercília, Jovelina e Maria. Militão morreu 
ainda moço e a viúva casou-
se com Graciliano Carneiro de Souza, de
 quem já falamos. 
TERCILIA casou-se com José Carneiro 
da Rocha e tiveram os 
filhos: Elza, que se casou com Levy C
arneiro Magalhães; Assuero, 
que se casou com Maria Teixeira de Araúj
o; Maria, que se casou com 
Fr~ncisco Mendes; Lívia, que se casou c
om Álvaro Carneiro Saraiva; 
Joao (Dr. João Rocha), que se casou com
 Elza Schultz; Manoel, que 
se casou com Esperança Verdi e depois
 com Mary Estela Gomiero· 
CC
eleodiva, que se casou com Hermirio Tei
xeira dos Santos· Maria d~ 
oo~-
, 
çao, que se casou com José Benedito R
esende· Alaydes que 
se casou . 
' · ' 
Go. com Oto
 Carneiro Saraiva· Dialma que se casou
 com Nancy 
mesdeA . ' J ' 
S rrud
a, Ismael, que se casou com Margarida S
akae Honda. 
omente os d d . 
. . 
res,·dem n · escen entes de Ass
uero Ala1de e Celeod,va 
o muni · · ' 
Mato Grosso 0~
1P1? de Formoso. Os demais se espalham por Goiás, 
e 1stnto Federal. . 
45 
IRA DE ALMEIDA casou-se co~ Jayn,e 
JOVELINA PERE d José Carneiro da Rocha. Ttveran, Só 
Carneiro da Rocha, irmãod. e Quando os filhos quiseram estudar 
J rbas e Jan ira. f d ' dois filhos: a r deles. vendeu a azen a e mudou-se 
preferiu mu~ar-se ª se separ~arbas formou-se em contabilidade e foi 
para Januána, 0nde m~~~es~I· em Januária, Santa Luzia e Viçosa, onde 
trabalhar no Bancod~o ou-se e mora em Pará de Minas. Não tern 
se aposentou Jan ira cas J , . 
filhos Jarbas .é casado com Elza Mota, de anuana. . . 
. MARIA PEREIRA DE ALMEIDA casou-se c~m, ~ost1ano Tiago 
d S fa
zendeiro no São Pedro, fazenda de Stlveno Mendes. Do 
e ouza, . e· ·1 - N · 
1 nasceram cinco filhos: José Antonio, trt o, os gemeos a1r e casa C . b , /MT d . 
Nadir e Celeodiva. Todos se mudaram para u,a a , on e residem 
atualmente. 
A irmã de Militão casou-se com um rapaz de sobrenome Lopo. 
Ambos morreram ainda jovens, deixando órfão um filho que se chamava 
Heitor de Almeida Lopo. Heitor casou-se com Leonisia Ferreira de 
Araújo, filha de Caetano Ferreira da Silva, proprietário da fazenda Boa 
Vista, hoje Matinho. Heitor estabeleceu-se na fazenda Mato Grande, no 
lugar denominado "Boiadas", atualmente incluída no Parque Nacional 
Grande Sertão -Veredas. 
De seus filhos só conhecemos um de nome Feliciano nome de 
' 
seu avô. Os filhos da viúva Vita Pereira de Souza com Graçú estão 
descritos na genealogia dos Carneiro. 
Firmiano José de Almeida e Matilde Pereira Rodrigues -
Estabele~en_do-s: ~a faz_enda Gentio, o casal começou uma numerosa 
de~cendencia, so identificada através deste trabalho genealógico, 
poi~'-º entrelaç~mento com todas as famílias mais ilustres de Formoso 
e S1t10 de Aba~1a, suprimiu principalmente o sobrenome ALMEIDA. 
Rafaet:am tcmco os filhos do casal : Raimunda, lzidra, Jerônima, 
ou ro que morreu Rai d , . 
Francisco Magalh- · mun a casou-se com 0ion1s1o 
aes, com quem tev filh J a 
Etelvina, Jovelina, Elisa R . e os I os: Oterlina, oan , 
0TERLINA RODR~~,~~ Manoel e Ani!a 
0ptaciano de Moura da f T S MAGALHAES casou-se e~~ 
d~ ~badia, onde ele ~ra fa~:~a _Mou~a, de Goiás, indo morar em s,t,~ 
Sat,ro, José (Buré) 0d"I e1ro. Tiveram seis filhos todos homens. 
S, . 
1 on, Pedro (D ) R . ' 
atiro morreu aos t A oca , a1mundo e Mário. 
escorpião muito comum e~ss~~os, em conseqüências de picada de 
. José, conhecido por B '~o de Abadia. 
t1veramofil-hos e ambos morre~re, casou-se com Selenita Almeida; nẠ
d1lon Magalhã amem Brasília. 
es de Moura f 1 ª eceu ainda solteiro. 
4/1%tn 
46 
Pedro Magalhães de Mo
ura casou-se com Juverc
ina d AI . 
· d M rt· h G 
e me,da 
Ornelas, filha e a m 
o ornes Ornelas e ldal
ina de Almeida 
Estabeleceu-se como c
omerciante em Formoso
 e dep~is 
tomou fazendeiro._ O cas
al teve só dois filhos: Ed
na e Edson. Ednas: 
casada com Loun~al An
drade Ornelas, fazendei
ro, filho do saudoso 
Minervino Gomes. E atualm
ente Prefeito de Formoso
 pela segunda vez. 
seus filhos são: Lilian, Le
ila e Lourival Júnior. 
Raimundo Magalhães d
e Moura morreu ainda s
olteiro. 
Mário Magalhães e Moura
 também veio residir em F
ormoso, onde 
casou com Neuza Pereir
a Omelas, filha de Elísi
o Rodrigues ameias. 
Mudou-se depois para For
mosa - GO, onde era prop
rietário de hotel. Seus 
filhos são: Delzuite, Maria 
Delsine, Maria de Fátima,
 Letícia e Raimundo. 
JOANA RODRIGUES M
AGALHÃES, casou-se 
com Hostiano 
Teixeira Mariz, de ilustr
e família de Sitio de A
badia/GO. O casal 
teve nove filhos: Dionísio
 (Diô), Alice, Raimunda,
 Heráclito, Osvaldo, 
Acrísio, Ursulina, Ana Jo
aquina e Virgílio. 
Dionísio Teixeira Mariz, 
casou-se com Marcelina
 Carneiro de 
Almeida, filha de Claro C
arneiro e Flauzina de A
lmeida. Esse casal 
não teve filhos. Residiu s
empre em Sítio de Abad
ia. 
Alice Teixeira Mariz, cas
ou-se com Antônio (Ton
ico). Tiveram 
só dois filhos: Sinval e Lí
dia. Alice morreu ainda 
jovem. 
Raimunda Teixeira Mari
z casou-se com Miguel 
José Ribeiro 
e tiveram cinco filhos, ant
es que ela falecesse. Sã
o eles: Maria Leone 
(Lé) Joana, Divina, José 
(Zezito) e Zélia. 
Heráclito Teixeira Mar
iz casou-se com Aur
ora Gomes 
Omelas, filha de Minervin
o Gomes Ornelas. Do c
asal nasceram dez 
filhos: Selme, Geraldo Ed
son, Vilmar, Joana, Céli
a (Sinhá), Celiomar, 
Cleozita, Rosalice, Teres
a e Aparecida. 
Osvaldo Teixeira Mariz 
casou-se com Marcioni
lia (Maçu) e 
tiveram uma única filha -
Joana. 
Acrisio Teixeira Mariz ca
sou-se com Ana Pereir
a de Souza, 
filha de Donato Pereira d
e Souza. Tiveram quat
ro filhos: Hostiano, 
Vânia, Heloisa e Zildete. 
· 
Ursulina Teixeira Mariz 
casou-se com José Ja
cinto Outra. 
Não tiveram filhos. (Ursuli
na é mais conhecida po
r Nicássia ). 
B 
Ana Joaquina Teixeira M
arizcasou-se com Eliz
eu Passos 
arbosa de Go'A · t· 
. . 
e as .. ' 'ª"'ª· e 1veram quatro filhos: 
Goldberges, Benevides
, 
gemeas Rosemeire e Me
ire Rose. 
Virgílio Teixeira Mariz nã
o se casou 
ANITA RODR 
- . 
Ramiro Rod . IGUE
S MAGALHAES casou
-se com seu primo 
lzidra Rod . ngues Ornelas
, filho de Martinho Anto
nio de Ornelas e 
órfã desderoigues ~e Almei
da. Teve uma única filh
a , Anita, que ficou 
nascimento "' · · e ,o, criada por sua tia Etelvina. A
nita casou-
47 
b Lopes 
ornelas e tiveram cin
co filh · 
· Jar as 
. os• 
se com seu pnmo . 
d Penha Ramiro e Co
rac1. · 
Martinho, Geraldo, M~;R
l~UES 'MAGALHÃE
S casou-se co 
~TELVIN~ ~ Rocha fazendeiro e
m Bela Lorena. O cas
: 
Astro~1ldo Ca~neiro :de
lina l~mael (Miguel), Lí
via, Maria de Lurdes · 
teve oito filhos. Levy, 
' 
, 
Marisa Laura e Pedro. 
. . · 
' C . Magalhães
 viveu primeiro com sua
 prima Tercília 
Levy arneIro 
. f'lh . . , 
1 . 
h seu tio Teve com 
ela dois I os. Messia
s e 
filha de Manoe zm o, 
· 
. 
Tercília (Fugida). Falece
ndo Tercília, casou-s~ 
com ~ua_ pnma. Elza, 
filha de seu tio Zé carne
iro. Teve com ela seis, 
~lhos. V 1lma , V1lmar, 
Vilene, Valdemar, Levy 
Junior e Maria da Glo
ria. Falecendo Elza, 
Levy permaneceu viúvo p
or uns qui~ze anos, cas
ando-se nov~mente 
com Hortência, com a q
ual teve dois filhos: Ivo
ne e Vanderle1. Levy 
foi vereador em Formos
o por três mandatos: 0
5/08/64 a 3 1/01 /67 e 
01/02/67 a 31/01/71 e 01
/02/71 a 31/01/73. 
Adelina Carneiro Magalh
ães casou-se com Fel
ix Carneiro de 
Souza, fazendeiro em B
ela Lorena. Teve com e
le sete filhos: 1 rene, 
Onésimo, Maria Amélia, 
Zilda, Geraldo, Otoni e 
Sebastião Carlos. 
Ismael Carneiro Magalh
ães casou-se com Lin
daura Carneiro 
de Almeida, filha de Gin
o Francisco Soares. Te
ve com ela somente 
três filhas: Maria Zeneide
, Claudete e lolanda (fa
lecida). 
Lívia Carneiro Magalhãe
s casou-se com Mano
el Teixeira de 
Araújo, fazendeiro, filho d
e Genésio Teixeira Riba
s e Oterlina Ferreira 
de Araújo, proprietários n
a fazenda Boa Vista (ou
 Matinho). Do casal 
nasc,er_am dez_ filhos: Ca
rmezita, Carmezina (Z
ina), Maria Helena, 
Genes,o, Et~lvma, Ruy, l
olanda, Maria Lúcia, Ec
y e Diomedes. 
Mana de Lurdes Carneir
o Magalhães casou-se
 com Augusto 
Jos~ de Almeida, fazen
deiro, filho de Elizeu 
José de Almeida e 
Mana Marque_s .. da Silva.
 O casal teve onze filh
os: Edimar (médico), 
Vald~mar, Jonve, Delta, D
ilma, Maria de Lurdes, P
edro Augusto, João 
(Medmha), ~osé Adailton
, Márcia e Ney. 
S 
. ~anza ~arneiro Ma
galhães casou-se com
 José Carneiro 
araIva, ,azendeiro e bo' d
 • . 
,, rn 
Bela Loren O 
filh 'ª e,ro, proprietário da fazenda "Perpé
tua , e 
ª· s ' os do cas 1 - • 
·sta 
Jandir Marilene 1 
ª sao oito: Jurandir, que é econor
n1 ' 
' , smar José 
1 0 . 
. . T dos 
·d , . ' 
' van, arnel Wilson e
 Manse. 
0 
res1 em em Bras11ta e te 
. 
i 
L m curso sup
enor. Ainda mantém a fa
zenda do Pª · 
aura Carneiro Mag Ih... 
. eira 
Ornelas, filho de Age 
Ra aes casou-se com Z
oroastro de oi,v ·ra 
nor od · 
· er · 
Zoroastro é construtor e L
 ngues Ornelas e L
indaura de 01,v riª 
Aparecida, lmelda e w I au;~ teve c
om ele quatro filhas: lsl
ene, ~;(11 
em Brasília. Laura tamb~
 quina. Todas têm curs
o superior e res1 
em fez curso su . 
. , . 
penar de mag,steno. 
48 
Pedro C?meiro M~ga~hães é fazen
deiro em Bela Lorena e é 
casado com ~ana Jo~é Ohve~ra.
 Carneiro, filha de seu cunhado Jo
sé 
carneiro Saraiva e Mana de 01,ve,
ra Pitanguy. Do casal nasceram cin
co 
filhos: Astrogildo Neto, José Neto, 
Joel (falecido), Arfene e Pedro Júni
or. 
Astrogildo (Tim) é Engenheiro Agrô
nomo, formado em Viçosa/MG. 
JOVEUNA RODRIGUES MAG
ALHÃES casou-se com 0 
Patriarca Martinho Antonio de Om
elas. Teve com ele somente um
a 
filha, de cujo parto. veio a falece
r. A filha órfã foi criada por sua 
tia 
Oterlina e recebeu o nome de Jur
acy. 
Juracy casou-se com Francisco
 de Moura Bastos, grande 
fazendeiro de Goiás, residente em
 Sítio de Abadia, onde morreu com
o 
Prefeito. Tiveram três filhos: Man
oel, José Francisco (Zé Bandeir
a) 
Francisco Júnior (Chiquito ). 
ELISA RODRIGUES MAGALH
ÃES casou-se com Pedro 
Rodrigues de Moura, filho de J
osé Rodrigues de Moura e Ma
ria 
(Mariínha). Pedrinho morreu mui
to moço, deixando com Elisa um
a 
única filha - Maria de Lurdes. 
Lourdes casou-se com Hermelin
o Brito (Milú) e teve com ele 
os filhos: Pedro (médico) Wellinto
n (advogado), Adalto (bancário) 
e 
Laura Elisa, (professora). · 
ROSINA RODRIGUES MAGALH
ÃES casou-se com Evergisto 
Gomes Omelas fazendeiro, filh
o de Joaquim Gomes Ornelas
 e 
, 
-
Ursulina Teixeira Mariz. Tiveram os
 seguintes filhos: Helena, Orvalina
, 
Joaquim, Wilson, Maria Abadia, E
verzina (falecida) e Estela. 
Helena, é casada com José de
 Queiroz Leitão, funcionário 
público em Goiás. Tiveram oito fil
hos: Ursulina (Ziza), Jacy, Mirinay
, 
Dirce, Míriam, Goiacy, Emérico e R
osina. 
Orvalina, que foi casada com 
Clóvis Pais do Nascimento 
(Besouro), comerciante. Tiveram d
ois filhos: Walter e ltamir. 
Joaquim Omelas Neto foi casado
 com Clotilde Ferreira de 
Souza, filha de Alípio Ferreira dos R
eis e Severiana Pereira de Souza
. 
Teve com ela os filhos: Geraldo e C
arlos Newton. Desquitado, casou
-
se com Joana Teixeira Ornelas, filha
 de Heráclito Teixeira Mariz. Com
 
essa teve os filhos: Brasil, Márcia, e
 Maria do Socorro. 
. Deusalina foi casada com Jo
sé Marcos, funcionário público. 
Tiveram os filhos: Marcos José, Li
ncoln, e Davi. 
Ei· Wilson, que se casou com M
ariá Marques Ferreira, filha de 
iezer Marques F · · 
• · 
tem tê erre,ra, comercia
nte em Sítio de Abadia. O casal 
r s filhos· M · d s E · ana o ocorro, Wilson Filho e Ha
milton. 
filho de :~I~, que se casou com Dar
ci Ferreira de Moura, comerciant
e 
Darci Filho P~é~oura e leocádia F
erreira de Souza. Seus filhos sã
o 
' ro, Sandra e Neuvanda. 
49 
Maria Abadia (Lica), que é casada com Ruy Marques Ferre· 1 
funcionário público. Seus filhos são: Fábio, Eliezer Neto, Rosin:: 
Silvana. _ 
MANOEL FRANCISCO MAGALHAES (Manoelzinho) não 
casou. Enquanto viveu , pois morreu ainda moço, morou com u~e 
viúva de nome Cassiana, com quem teve três filhos: Jovelina, Teremaª . , . , 
e D1onis10. 
Jovelina foi criada pela tia Oterlina e casou-se com Lélio 
Menezes Lacerda, barbeiro, e tiveram só uma filha - Ana (Aninha). 
Tercília tornou-se mãe solteira. Depois dos filhos Jovelina 
e Walter, foi morar com Levy Carneiro, com quem teve os filhos: 
Messias e Tercília. 
IZIDRA RODRIGUES DE ALMEIDA casou-se com Martinho 
Antonio de Ornelas, o Patriarca de Formoso. Desse casamento 
nasceram os filhos: Eloyna, Ramiro, Agenor, lzidra e Elísio. Eloyna 
casou-se com Juvenal Teixeira Mariz, fazendeiro em Goiás. Tiveram só 
duas filhas: Celeodiva e Adelcides (Celú e Dede respectivamente). 
Celeodiva (Celú) casou-se Alvino Moura, baiano da cidade de 
Côcos. Tiveram três filhos: Sebastião, Joaquim e Clélia. 
Adelcides (Dede) casou-se com José de Barros e tem os 
filhos: Valdecy (f) , Joaquim e Solange. 
RAMIRO RODRIGUES ORNELAS casou com sua prima Anita, 
filha de Raimunda. Teve com ela só uma filha - Anita, de quem já 
falamos neste capítulo. Casou-se novamente com Elisa Lopes da 
Silva, filha de Joaquim Lopes e Teresa Silva. Seus filhos são: Martinho, 
Ramiro e Elisabete (Betinha). 
AGENOR RODRIGUES ORNELAS casou-se com Lindaura 
Oliveira, filha de João Crisóstomo de Oliviera e Raquel. Seus filhos são: 
Amélia, João, Martinho, Sebastião, Zoroastro, Joaquim e Senira. 
Amélia casou-se com Joaquim Borges Carneiro e teve com ele 
os filhos: Benevides Neto, Wander, Regina, Célia e Joaquim Filho. 
João Oliveira casou-se com Ursulina Moura, filha de Osório 
Moura e teve com ela os filhos: Osório, William, Maria do Socorro, 
Edinei, Wanderli e João. 
Martinho casou-se com Cilia Barreto tendo com ela os filhos: 
. ' 
Raul, Rosemeire, Ramiro, Roman,Celmar e Rosene. 
Sebastião casou-se com Raquel Oliveira, filha de Raul Oliveira 
e Ursulina Outra. Não deixou descendente. 
Zoroastro casou-se com Laura Carneiro e teve com ela quatro . 
filhas: lslene, Aparecida, lmelda e Walquiria. . s· Joaquim casou-se com Marly Barreto, tendo com ela os fil hO · 
Gilson, Márcia, Maysa e Leila. 
50 
senira não se casou. 
· IZIDRA RODRIGUES ORNELAS casou-se com Delduíno. Mais 
conhecido por Dudú. Não se conhece seus descendentes. 
EL(SIO RODRIGUES ORNELAS casou-se com Arminda 
Pereira de Sousa, filha de Jovino Alves e Avelina Pereira de Souza. 
o casal teve dez filhos: Helena, Isaura, Neusalina, Doralita, Helenita, 
Elisio Filho, Maria Odete, lzoldino, G.eraldo. Sua descendência já foi 
descrita no capítulo ORNELAS. 
JERÔNIMA RODRIGUES DE ALMEIDA casou-se com Sátiro 
Rodrigues de Abreu e não deixaram descendentes. 
PASSARINHO não se casou nem deixou descendente. 
RAFAEL JOSÉ DE ALMEIDA casou-se com Joana Carneiro 
Saraiva, filha de Manoel Carneiro Mendes e Adelaide Carneiro 
Saraiva. Tiveram os seguintes filhos: João, Andalécio, Pedrelina, 
Matilde, Teodomiro, Gil e Israel. 
João, Andalécio, Gil e Israel morreram jovens e solteiros. 
Pedrelina casou-se com Benevides Borges Carneiro, tendo 
com ele cinco filhos: João, Joaquim, José Terezinha e Juscelino. Já 
relatados no capítulo CARNEIROS. 
Matilde casou-se com Ranulfo Tiago de Souza, filho de Cirilo 
Tiago de Souza e Aniceta Nunes Dourado. O casal teve cinco filhos 
- Rafael (Damásio), Laurita (Lita), José (Zeca) Maria (Maríinha) e 
Ranulfo (Tonico ). 
Rafael (Damásio) casou-se com Leopoldina Maria de Jesus. 
Tiveram apenas um filho - Antonio Carneiro de Jesus. 
Laurita (Lita) casou-se c~m Pedro Carneiro dos Santos, um 
Carneiro vindo do Piauí, filho de Torquato Carneiro e Amélia dos 
Santos. Tiveram sete filhos: Valdenice, Vera Lima, Vivalda, Amélia, 
Benevides, Francisco e Newton. 
José (Zeca) casou-se com Marcolina Soares de Matos, filha 
de Francisco Sales de Matos e Maria Soares da Rocha. Tiveram seis 
filhos: José Israel, lsmã José, lsmar, Ivan, lldeu e Marizelma. 
Mariínha morreu solteira. 
Ranulfo (Tonico) casou-se com Berenice Andrade Omelas, 
filha de Minervino Gomes Ornelas e Ana de Andrade. Tem sete filhos: 
Carlos Wilson, João Batista, Edilson 1 Maria Alcione, Evanilson, Maria 
Ivone e Ranulfo Júnior. 
TEODOMIRO JOSÉ CARNEIRO casou-se com Adalgisa Lopes 
Orne~as, filha de Joaquim Lopes e Colecta Gomes Ornetas. _Tiverari; 
dez fll_hos: Sebastião, Lídia (Chiquinha) Luiza, Maria, J~aqu,~, Jose 
(Juquinha), Joana, Anésio, Nilza, e Teodomiro Júnior (Ttaduzinho). 
Sebastião casou-se com Neusa Lafetá Ramos, fil~a de Antonio 
Ramos, invernista na zona de M?ntes ~laros/~~- Tiveram onze 
filhos: Maria Terezinha, Maria Mõmca, Mana Vald1v1a, Itamar, Adão, 
Ismael, Maria Aparecida, Geraldo, Tânia e Yuri. 
Lídia (Chiquinha) casou-se com Arnaldo Machado, filho de 
Albano Machado. Tiveram seis filhos: Maria de Fátima, Almir, Estênio, 
Luiz Fábio, Roberto, César e Arnaldo Filho. 
Luiza casou-se com Vanderlino de Almeida Ornelas, filho 
de Martinho Gomes Ornelas e ldalina José de Almeida. Tem três 
filhos: Vanderli, Vanderlei e Marlene.Maria (Mariínha), casou-se com 
Claudemiro Pereira Lins, filho de Solon de Oliveira Lins e Adalgisa 
Alves Pereira. Têm apenas um filho - Delcimar Carneiro Lins. Joaquim 
(Quincão) casou-se com Maria da Penha Magalhães Ornei as, filha de 
Jarbas Lopes Ornelas e Anita Magalhães Ornelas. Tem seis filhos: 
Maria Aparecida, Lucimeire, Meire Lúcia, Márcia, Anita e Adalgisa. 
José Carneiro Ornelas, (Juquinha) casou-se com Lenice 
Antonio Reis, filha de Lúcio Piaba Reis e de Maria dos Reis. Tem dois 
filhos: Romeu e André Luiz. 
Joana ainda é solteira. 
Anésio não têm descendentes. 
Nilza casou-se com José Geraldo Ramos, gerando cinco 
filhos: Adalgisa, Milena Aparecida, Teodomiro, Saint-Clair e Flávia 
Aparecida. 
Teodomiro (Tiaduzinho) casou-se com Claudina de Almeida 
Ornelas, filha de Cláudio de Almeida Ornelas e Geraldina Ornelas. 
Tem três filhos: Cláudia, Tânia e Antonio. 
E aqui termina a descendência de Matilde Pereira Rodrigues 
e Firmiano José de Almeida. Entretanto, Rafael, antes de casar-se 
com Joana Carneiro Saraiva, teve um filho com uma mulher de nome 
Teresa, que morava em sua fazenda Jataí, no Estado da Bahia. 
Esse filho se chamava ELISEU JOSÉ DE ALMEIDA. Casou-se com 
Maria Marques, filha de José Marques de Damianópolis/GO. Teve 
com ela os filhos: Augusto, Darcy (mulher), Teresa, Cirilo, Raimunda, 
Claudina, João, Maria e Nanda. 
Augusto José de Almeida casou-se com Maria de Lurdes 
Carne!ro Magalhães e com ela teve onze filhos, já descritos na família 
Carn~iro. Augusto foi criado e educado por seu padrinho - Ramiro 
Rodn~ues Ornelas e sua madrinha Francelina, de quem se tornou 
herdeiro. 
. Dar~y casou-se com Alípio Taipaba, filho de JoaquirTl 
Taipab_a. Tiveram cinco filhos: Eliseu, Eustáquio Antonia Messias e 
Juvercina. ' ' 
52 
◄ 
Teresa casou-se c~m Otávio Lacerda, filho de Martiniano 
Lé:lcerda e 1,.;uiza Pereira. Tiveram os filhos: Maria Nascimento,· Maria 
Judite e Maria Cota Neves. . . . 
Cirilo casou-se com V1cenc1a, tendo com ela os filhos: José, 
Mària Alice, João Nascimento, Antonio, Vilmar, Jodelai , Vi lma 8 
Edite. 
Raimunda casou-se com Antonio, tendo os filhos: Claudino e 
Valdir. 
João (João Grande) casou-se com Denise e teve os filhos: 
Glória, José Maria, Shirley, João de Deus, Neide e Márcio. 
Claudina casou-se com Altino e teve os filhos: Mário, Antonio, 
João, Zilma, Delzina, José Odete, Adalcino, Elias e Gilberto. 
· Nanda casou-se com Felipe de Antero e teve os filhos: Maria 
do Carmo, Nair, Raimunda, Cláudio, Alice, Teresa, Eliseu, Felipe, 
Dionísio, João Alberto, Celino, Alberto e Paulo. 
Maria (Mariínha) casou-se com Agenor e teve os filhos: 
Deuselino, Deusdedi, Deusamar, Deuslene e Dorca. 
r ' 
os PEREIRA DE SOUZA 
N- encontramos ninguém que soubesse informar a origem ao _ 
do Patriarca FELIX PEREIRA DE SOUZA, a nao ser que sua mãe 
se chamava Clotildes. Ainda na metade do. século dez~nove ~le. se 
casou com Leocádia Francisco Magalhães, filha de Balbma e Firmino 
Magalhães. 
Estabelecendo-se na fazenda Campo Alegre, situada em cima 
da fronteira de Minas com Goiás e distante apenas dez quilômetros 
da cidade de Formoso, formou com Leocádia Magalhães uma grande 
descendência. 
O casal teve seis filhos: Avelina, Cirila, Severiana, Vita, Pedro 
e Martiniano . 
AVELINA PEREIRA DE SOUZA casou-se com o baiano Jovino 
Alves da Silva e teve com ele sete filhos: Arminda, Leocádia, Adalgísa, 
Jovelino, (Jó), Euclides, Farnésio, e Vigilato. 
· Arminha se casou com Elísio Rodrigues Ornelas, gerando com 
ele os filhos: Helena, Neusalina, Elísio Filho, Isaura, Doralita, Maria 
Odete, lzoldino, Geraldo e Helenita. 
Adalgisa casou-se com Solon de Oliveira Lins e teve com ele 
somente um filho: Claudemiro Pereira Lins, cuja descendência está 
descrita na família Carneiro. Ambos morreram jovens e Claudemiro 
ficou órfão, sendo criado por seu avô Jovino. 
Leocadia (Doninha) casou-se com Fernando Lopes Ornelas. 
Este casal não deixou descendente. 
Jovelino casou-se com Ester Gomes Ornelas, filha de Minervino 
Gomes Ornelas e Dona Rosa. Tiveram os filhos: Evangelina, Maria 
José e Jovina. 
Euclides casou-se com Ana Félix Ornelas e deixou só um filho: 
Sebastião. 
Farnésio mudou-se ainda jovem para Barretos/SP onde se 
casou.Não se tem notícia de seus descendentes. ' 
Vigilato casou-se com Nair, filha de Manoel, conhecido por 
Ma~oel da~ ~araíbas e teve com ela os filhos: Algemiro, Demerval, 
Manlene, V1g1lato Júnior e Nezim. 
T I CIRILA PEREIRA DE SOUZA casou-se com Abneris de Moura 
F ets,ie For_mosa e teve com ele os filhos: Felix (Dr. Felix), Antonio 
e ix, :leod1va, Mauro, Adolfo e Luzia. 
Nao temos nenhum · f - .. ·a dev·d ª in ormaçao sobre essa descendenc1 ' 
1 o a todos serem radicados em Goiás e talvez nenhum deles 
54 
·amais conheceu a terra de seus avós,a exceção do Dr. Feli 
J d . . h Sft' d . x que como advoga o sempre vm a em 10 e Abadia. 
. SEVERIAN~ PER~IRA de So~~a casou-se com Alípio Ferreira 
dos Reis, fazendeiro, residente em Sitio de Abadia. o casal teve seis 
filhos:Marcionília, Leocádia, Felix, Antonio, Clotilde e Joana. Nenhum 
desses descendentes de Felix de Moura residiu em Formoso. 
VITA PEREIRA DE SOUZA casou-se a primeira vez com 
Militão José de Almeida, tendo com ele três filhas: Tercilia, Jovelina 
e Maria (Cota). Essa descendência está descrita na família Almeida. 
Enviuvando, casou-se com Graciliano Carneiro de Souza, com quem 
teve os filhos: Rosina, Amélia, Felix, Leocádia, Alice, Jonas e Vita. 
Essa descendência está descrita na biografia de Graciliano Carneiro 
de Souza. 
PEDRO PEREIRA DE SOUZA foi o sucessor de seu pai como 
fazendeiro na fazenda Campo Alegre. Casou-se com Laudelina 
Antonio de Ornelas, neta de Tomás Antonio de Ornelas. Tiveram 
uma única filha que morreu criança. A morte dessa criança parece 
ter originado um trauma no casal, que nunca mais puderam gerar 
outros filhos. Pedro era um homem muito metódico, organizado e 
sistemático, amigo prestativo e atencioso com os parentes. Ajudou o 
cunhado Abneris a formar os filhos, emprestando dinheiro que nunca 
recebeu e por isso se queixava da ingratidão dos sobrinhos, que o 
desprezavam por ser um homem rústico. 
Em virtude disso, deixou sua herança para o afilhado Minervino 
Ornelas Filho, atual proprietário de Campo Alegre. 
Martiniano Pereira de Souza não deixou descendentes que se 
conheça. 
JOANA PEREIRA DE SOUZA casou-se a primeira vez com 
Hermirio Teixeira Mariz, fazendeiro, residente em Sitio de Abadia. 
Teve com ele três filhos: Félix, Joaquim e Carmosina. Ficando viúva 
casou-se novamente com Fernando Alves, baiano, irmão de Jovino 
Alves. Com ele teve os filhos: Herófilo, Anísio e Ana. Fernando também 
morreu logo e Joana mudou-se com os filhos menores para Goiânia, 
na época a jovem capital de Goiás. Seu filho Herófilo se formo~ e~ 
Direito e fez carreira como advogado. Dos filhos de Hermírn? so 
Carmosina permaneceu em Sitio de Abadia. Felix morreu solt~:ro. e 
Joaquim se casou em Formosa, mudando-se depois para Goiania. 
Sua mulher era filha de Orlando de Castro, fazendeiro em Formosa, 
mas não conheço sua descendência. 
Clotildes Pereira de Souza foi casada com João Gomes 
Ornelas. Seus filhos eram: Joel e João. 
os MAGALHÃES 
, . M lha"' es surgiu no século passado em Formoso 
A fam1l1a aga · M Ih-
d 
A • do casal Alexandre Francisco aga aes e com a descen enc1a 
Balbina Magalhães. 
1 . 
F 
,
1
• de bons costumes e belas mulheres, ogo se consorciou 
ami 'ª · b t d d · com as famílias mais importantes e também mais a as a as a _re~1~o. 
0 casal teve cinco filhos, um homem e quatro mulheres. D1onis1o, 
Leocadia, Ana, Emídia e Tomásia e Firmino _ 
1. DIONiSIO FRANCISCO MAGALHAES, casou-se com 
Raimunda Rodrigues de Almeida, deixando os filhos Oterlina, Etelvina, 
Joana, Elisa, Anita, Jovelina, Rosina e Manoel, cujos descendentes já 
foram descritos em outras famílias. 
2. LEOCADIAFRANCISCO MAGALHÃES casou-se com Felix 
Pereira de Souza com quem teve os filhos: Avelina, Cirila, Severiana, 
Clotildes, Vita, Pedro, Martiniano e Joana, cujas descendências já 
foram descritas na família Pereira. 
3. ANA FRANCISCO MAGALHÃES casou-se com Arsênio 
Gomes Ornelas e teve com ele os filhos: Abdias, Davino e Balbina. 
4. EMIDIA FRANCISCO MAGALHÃES casou-se com Selvino 
Gomes Ornelas, tendo com ele os filhos: Mizael, Daniel Erondino, 
Azarias, Melanias e Martinho. Sua descendência está descrita em 
"SELVINO G. ORNELAS". 
5. FIRMINO FRANCISCO MAGALHÃES casou-se com Emília 
Barbosa e teve os filhos: Aristides (Tidinho) Emília Josefina e 
Raquel. ' 
TOMASIA FRANCISCO MAGALHÃES casou-se com José 
Cândido e teve os filhos: Gabriel e Pedro. 
56 
OS FRANCISCO 
Quase perdido e esquecido na história de Formoso, o patriarca 
Higino Francisco é ignorado até por seus descendentes mais próximos. 
Entretanto, nós temos dados ba~tantes _sobre su~ pessoa, que me 
foram transmitidos por nosso pai Astrog1ldo Carneiro da Rocha para 
levantar sua descendência, à qual pertencem minhas filhas 
HIGINO FRANCISCO foi um grande proprietário de terras no 
município de Formoso e até em Goiás. Residia na fazenda Bonito, no 
local hoje reside Levy Carneiro. Mas suas terras abrangiam desde o 
córrego Extrema até o córrego Logradouro, daí se estendendo até 
a fazenda Boa Vista (hoje Matinho) e Mato Grande e também Rio 
Claro. Era senhor muito humilde, apesar de tão rico. Andava em 
trajes os mais rústicos, de algodão tecido em casa, costurados à mão. 
Era extremamente exótico em seu comportamento. Quando viajava 
sozinho, o que sempre fazia, conversava em voz alta, discutia, brigava 
e até apeava do cavalo para golpear árvores a facão. 
Geralmente saía de casa, num cavalinho arreado com a sela 
"cutuca" sem nenhuma bagagem nem "matula" e ia para a fazenda 
Rio Claro e por lá ficava uma semana ou mais. Outras vezes ia para 
a fazenda que tinha no vale do Paraná, no município de Formosa e 
só voltava daí algumas semanas. Ficava no mato, sozinho, vários 
dias até que tivesse visto todo o gado da fazenda. Depois apanhava 
o vaqueiro em qualquer mentira sobre o gado. 
Ninguém sabe informar de que família era sua esposa, mas deixou 
imensas fazendas para os seus três filhos: Simão, Agostinho e João. 
SIMÃO FRANCISCO casou-se com Maria Antonio Soares, 
irmã de João Antonio Soares, proprietários da fazenda Mato Grande, 
morador no lugar denominado "Riachinho" ou "Passaginha". Ficou 
morando na fazenda "Bonito", embora lhe tenha cabido em herança a 
fazenda Logradouro. Simão teve com Maria Antonio Soares os filhos: 
Francisca, Antonia e Gino. 
L Francisca se casou · com Otelino e foi morar na fazenda 
ogradouro, onde criavam um bom rebanho de gado. 
Posteriormente foram acometidos do mal de Hansen, vindo 
; morrer disso, deixando sua descendência toda contaminada. 
8
~
85 filhas se casaram apesar disso e transmitiram o mal aos seus 
N:0º~0~ · 8?mente a filha caçula, Rosalina (Rusú) escapou do mal. 
regi- os _informações sobre sua descendência que se ausentou da 
ao, devido · ao isolamento a que estavam condenados. 
57 
Antonia se casou com João Carneiro de Almeida (vulgo ~ 
Cará) estabelecido na fazenda Catinguinha e teve com ele as filh ª0 
M 
. as 
Joana e ana. 
Gino Francisco Soares casou-se com Joana Carneiro de Almeida 
filha de Manoel Carneiro de Almeida e Venancia Francisco Gomes' 
tendo morrido ainda moço, mas deixou os filhos Olimpio e Lindaura'. 
Olímpio morreu rapazinho, vitima de picada de cascavel. Lindaura 
casou-se com Ismael Carneiro Magalhães, autor desta história. 
Tendo ficado viúva, Joana casou-se novamente com seu primo 
Laudelino Carneiro Magalhães. Morreu pouco depois, deixando outra 
vez órfã Lindaura, que foi criada pelos avós desde os cinco anos. 
AGOSTINHO FRANCISCO casou-se com Maria Gomes. 
Estabelecendo-se na fazenda Catinguinha, teve com Maria Gomes 
os filhos: Venância e Maria.Casou-se novamente com Maria Peixoto ' 
em Corumbá de Goiás, tendo com ela os filhos Anísia e Vanderlino. 
VENÂNCIA FRANCISCO GOMES casou-se com Manoel 
Carneiro de Almeida, estabelecendo-se na fazenda Catinguinha. Seu 
pai Agostinho ficou viúvo e mudou-se para Goiás, onde se casou 
com Maria Peixoto, de Corumbá/GO. Manoelzinho então assumiu 
a fazenda Catinguinha, onde prosperou criando gado e fabricando 
aguardente. O casal teve quatro filhos: Joana, Adelaide (homem), 
Teófilo e Claudemiro. Joana casou-se com Gino Francisco Soares 
como já descrevemos antes; Adelaide casou-se com Rosina Carneiro 
de Souza, filha de Graciliano Carneiro de Souza, Teve com ela 
oito filhos: Erotides, Graciliano (Velho), Zeni, Maria do Carmo, Vita, 
Manoel, Felix e José. 
Teófilo morreu solteiro, sem descendentes. 
Claudemiro também morreu solteiro, mas deixou um filho: 
Gécimo Carneiro de Almeida, que teve com uma viúva de nomeBrasilina. 
Agostinho Francisco ainda gerou dois filhos com Maria Peixoto: 
An ísia e Vanderlino. Vanderlino Francisco Peixoto casou-se com 
Antonia, sua prima, filha de Lázaro. Teve com ela uma filha chamada 
Vanda. Enviuvou e casou-se novamente com Maria Furtado Fonseca, 
filha de José Pio da Fonseca e Maria Furtado Mendonça, tendo com 
ela uma filha. 5 
Maria Francisco Gomes casou-se com (não encontramo 
seu nome) e teve com ele dois filhos: Antonia e Altino, ~ue ;e 
estabeleceram na fazenda "Jacú". Não encontramos informaçoes e 
suas descendências. ve 
JOÃO FRANCISCO casou-se com Teodora, com quem te,,., 
dois filhos: um rapaz que morreu e uma moça que se casou co 
58 
Lázaro. Deixou mais de 7 .000 hecta_res de terras nas fazendas Bonito 
e Logradouro. Tin~a tambe~ um f1l~o natural chamado Francelina, 
ado com santma Ferreira da Silva, com quem teve os filhos: 
~t:lina, Galdina, Antonio, Teófilo, Rosalina, Maria, Minervina e 
~nias. Não temos informações corretas sobre os descendentes 
destes filhos. ·· 
Antonia se casou com Lázaro, mas não temos informações 
sobre seus descendentes. 
i ,4 
OS CARNEIRO DO PIRATINGA 
O do Século vinte apareceram em Bela Lorena tre"s Nocomeç . 
. _ dentes do município de Januána. Segundo consta eles 
,rmaos proce c · d 
t de uma filha natural de um dos arn
eiro e Januária 
eram ne os · t , · d 
- asou Joana se casou com um propne ano a fazenda que nao se c · , · o 
denominada "Raizama", no município _de Januana. nome desse 
proprietário era Fernando Almeida. ~s filhos ~o casal eram: Caetana, 
Francisco, Manoel e João (João Cara) e Mana. 
CAETANA CARNEIRO DE ALMEIDA casou-se com João 
Magalhães e ficou residindo na "Raizama". Seus filh~s Laudelino e 
Francisco Carneiro Magalhães vieram morar com o t,o Manoelzinho 
da Catinguinha. Francisco reside atualmente na cidade de Formoso. 
É casado com Vera, filha de José Antonio Soares. 
Laudelino se casou com Joana Carneiro de Almeida, sua prima, 
fil ha de Manoelzinho e viúva de Gino Francisco Soares. Casou-se 
depois com outra Joana, esta, filha de João Carneiro. Não deixou 
descendente. 
MANOEL CARNEIRO DE ALMEIDA, conhecido por 
Manoelzinho da Catinguinha, esteve algum tempo com os parentes 
em Bela Lorena, tendo depois se casado com Venância Francisco 
Gomes, de cuja descendência já falamos no título Família Francisco. 
FRANCISCO CARNEIRO DE ALMEIDA casou-se com lzidora, 
de família da qual não temos registro, estabelecendo-se na fazenda 
Campo de Fora, as margens do Rio Piratinga. Daí lhe veio o apelido 
pelo qual era mais conhecido - "Chiquinho do Campo de Fora". Do 
casal Chiquinho e lzidora nasceram treze filhos: Laudelino, (Lode), 
Emiliano, Jovelina, Maria, Joana, Jovencio, Inácio, Euclides, Vitalina, 
Antonio, Rosalina, Aurelita e Abadia. Não temos informações sobre 
seus netos, a não ser os filhos de Euclides, Antonio e Aurelita, que 
estão descritos no livro "Os Carneiros de Januária" escrito pelo Dr. 
João Rocha. ' 
. JOÃO CARNEIRO DE ALMEIDA chegou para Bela Lorena 
tr~zido de Januária pelo seu padrinho Levi Carneiro da Rocha e 
Silva. Estu~ou pou~o na escola de João Pessoa. Depois se casou 
com Antoma Francisco Soares, filha de Simão Francisco. Desse 
casamento nasceu apenas duas filhas: Joana Carneiro de Almeida, 
q~~ se cas~u com o viúvo de sua prima Joana Carneiro de Almei~ª 
(viuva de Gtno Francisco). Laudelino não deixou descendente. Mana 
se casou com Inácio Queiroz. 
60 
João carne~ro caso~-~e novamente co~ Petronília de Queiroz, 
filha de Telé~fo~Q d~ Q~e1~oz e .. Rob~rta Que1ro~. _Desse casamento 
nasceram seis filhos. Enedtna, Orvahna, Ana~ Anis1a, Oscar e Anibal. 
MARIA CARNEIRO DE ALMEIDA veio da fazenda Raizama 
casada com Francisco Ma~alhães. . Por causa de seu , cunhado 
Manoelzinho, e o· cunhado Joao Carne.tro que já moravam na fazenda 
catinguinha, Chiquin~o Magalhães se estabeleceu como lavrador na 
fazenda do "Caldeira''. Chiquinho Magalhães ou "Chiquinho Barba 
oura,"como era chamado por causa de uma longa barba de que se 
orgulhava por nunca ter sido cortada, era exímio carpinteiro, o que 
era de grande utilidade para o cunh~do Manoelzinho. Manoelzinho 
era fabricante de aguardente, como bom januarense que era, e 0 
Chiquinho é quem lhe dava toda a parafernália para se tocar tal 
indústria. Só Manoelzinho tinha três carros de boi "ferrados" e arreados 
por Chiquinho. Todos os anos iam a Januária, levando nada menos 
que quarenta bois carreiros para se revesarem numa viagem de trinta 
dias em mais ou menos 300 quilômetros só de ida. 
O casal Chiquinho e Maria Magalhães tiveram oito filhos: Abílio, 
Joãp, Alexandre, Aleixo, Oscarina, Manoel, Joana e Maria. 
Dos descendentes dos Carneiro do Piratinga, poucos residem 
atualmente no município de Formoso. Laudelino (Lóde ), já velhinho, 
permanece ainda na fazenda Campo de Fora. Os demais venderam 
suas terras e emigraram para o Distrito Federal. As fazendas 
Catinguinha, Caldeira e Campo de Fora pertencem atualmente a 
pessoas vindas de outros municípios, sem nenhum parentesco ou 
origem no município. 
61 
OS FERREIRA DA SILVA 
. fam'ili·a que segundo contavam as pessoas 
0 · · áno de uma ' 
· 
ngtn . , ,·o do século dezenove, era uma família de eram no m1c . 
que nasc . b 1• asas que 
se envolvia constantemente en, 
ssoas mwto e ic ' . d 
pe tos tão violentos que as autonda es resolveran, 
confrontos sangren · 1 é 
extermínio total Sendo o Bra
sil naque a poca uma 
promover seu · 
· 0 Imperador tinha poderes a
bsolutos sobre os seus 
Monarqwa, 
súditos, e aqueles que abusassem d_e sua força para matar ou roubar, 
eram condenados à morte por um simples decreto real .. 
Essa família, que habitava a região compreendida entre os 
rios Claros e Mato Grande, tinha a alcunha de "VIRA-SAIA". Do 
extermínio que se consumou, restou uma criancinha de dois meses, 
salva por uma escrava que a escondeu em uma tulha. Essa menina 
recebeu o nome de Alexandrina e deu início a uma imensa prole, 
hoje representada pelo Patriarca CAETANO FERREIRA DA SILVA, 
bisneto de Alexandrina, que se estabeleceu na fazenda Boa Vista 
ou Matinho. Ele era filho de Desidéria, uma senhora que viveu mais 
de cem anos. Tinha uma irmã chamada Mariinha e outra chamada 
Ursula. Ursula, quando ficou viúva, mudou-se para o Sitio de Abadia. 
Sua filha Etelvina veio a casar-se com o Patriarca Minervino Gomes 
Ornelas, já avançado em anos, mas ainda tiveram cinco filhos : 
Cleonice, Joéton, Joverson, Maria Eunice e Maria de Fátima. 
CAETANO FERREIRA DA SILVA era oficial de artefatos de 
couro, e casou-se com Maria de Araújo, de uma família que não 
encontramos origem no município. Seus filhos eram cinco: Amélia, 
Oterlina, ~ufina, Hermenegildo (Miné) e Leonísia. 
AMELIA FERREIRA DE ARAÚJO casou-se com João Carneiro 
de ~elo, originário de Januária. Tiveram os seguintes filhos: Aurora, 
Mana, João Melo, Laurita e Ana. Falecendo João Fino Amélia não 
se caso~ m~is, nem teve mais filhos. Tornou-se difícil 
1
levantar sua 
descendenc1a, por terem-se espalhado por vários municípios. 
T . . OT~RLIN~ FERREIRA DE ARAUJO casou-se com Genésio 
e,xbe,~a Ribas,_ filho de João Ribas, emigrante da Bahia Genésio era 
um a1ano muito trabalh d E · 
as . ª or. stabeleceu-se nas terras d
o sogro, 
margens do carrego M t' h · 
que • . ª m O e começou a cultivar as terras férteis marge1am o carrego c · r 
e criar gado e em b ·., omeçou a fabricar cachaça, a negocia 
ainda perma'n reve Ja era fazendeiro, Sua casa e sua fazenda 
ecem como ante h • . d ar 
Carneiro de Araújo. Os filho s, OJe pe_rtencente ao seu neto E g 
8 de Genés10 e Oterlina eram: 
62 
1 
! 
Jonatas, que se caso. u, mas faleceu logo sem des d 
· · d A · ' cen entes 
Felix T e1xetra fil~ ~uJo casou-s~ co~ Ernestina Pereira Ne~ 
tendo com ela u; lb" o Me nfh~e ~nbald1. Enviuvando, casou-~ 
novamente com a . ,na Maga es rnelas, filha de Arsênio Gomes 
º
melas e Ana Francisco agalhães. Seus filhos residem em F 
Z 1
. ormoso 
são eles: Evae ~ '".ª· , . · 
Manoel T e1xeara de · ArauJo (Manoelzinho) casou-se com 
Uvia carneiro Magalhães, filha de Astrogildo Carneiro da Rocha 
Etelvina Rodrigues Magalhães. Depois de residir por quinze ano: 
na fazenda Matinho, mudou-se para Sítio de Abadia, onde morou 
dez anos, mudando-se novamente para Formosa. o casal teve dez 
filhos: Carmezit~, ~arrnezina~ Maria Helena, Genésio, Etelvina, Ruy, 
lolanda, Maria Luc,a, Ecy e D1omedes. 
Garciliano Manoel Teixeira casou-se com sua prima Antonia 
Soares de Araújo e teve com ela as filhas: não encontramos seus 
nomes. 
Maria Teixeira de Araujo casou-se com Assuero Carneiro 
de Almeida, que se estabeleceu no Matinho como fazendeiro. Do 
casal nasceram os filhos: Carmen, Osmar, lzoldino, João Batista, 
Carmelinda, Edgar, Messias, Maria das Neves, Assuero, José Felix 
e Cremilda. 
Joana Teixeira de Araujo casou-se com Bartolomeu da Silva 
Dias, natural de Pernambuco e residiram sempre na fazenda Matinho. 
Tiveram os filhos: João Batista, Dora, Dejandira, José Abadia, Maria, 
Antonia, Onésimo e Joana. 
RUFINA FERREIRA DE ARAUJO casou-se com Rafael 
Carneiro, conhecido por "Zinzinho", tendo com ele os filhos: Alde.ída, 
Adelfo e Áurea. 
HERMEGILDO FERREIRA DE ARAUJO casou-se com Alvina 
Antonio Soares, filha de João Antonio Soares. Estabeleceu-se na 
fazenda Mato Grande, que herdou do sogro. O casal teve os filhos: 
José, Antonia e João. 
LEONÍSIA FERREIRA DE ARAÚJO casou-se com Heitor de 
A~meida Lopo, cuja mãe era da família A~eida, de Sumi~our~, ma: 
nao temos o nome de seu pai, porque nao se conhece ninguem d 
família Lopo, a não ser em Januária. 
OS PEREIRA DOS SANTOS 
IRA DOS SANTOS, cuja origem não se sabe 
EUZEBIO PE~ISCO e os MENDES, habitam no municípi~ 
mas, como os_ F:s de dois séculos, pois, quando os CARNEIRO 
de Formoso ha Bela Lorena eles já estavam às margens dos se estabeleceram em . 
córre os São Joaquim e São Francisco. , ... . 9 E , b' e tem notícia pela prolifera descendenc1a que De uze 10 s ,. . . h . mantém na região. Sua descendenc1a, apesar de ainda oJe se · b Ih d · não ter nenhuma instrução, foi sempre muito tra a ª. ?ra e unida, 
h Sta e ordeira embora desprovida de bens matena1s, Por essa one ' f 'I' d AI 'd razão convivem harmoniosamente com as am1 ias os me1 a, dos 
Carneiro e de todos que com eles conviveram. 
Euzébio casou e teve os filhos: Maria, Etelvina, Marcelino, 
Saturnino, Francisco, José e Manoel (Manoelzinho do S. Joaquim). 
Maria Pereira dos Santos (Maria do São Joaquim) era casada 
com Honório Rodrigues, da família Rodrigues de Sítio de Abadia. Teve 
com ele quatro filhos: Vitorino (conhecido por Xote), Leonidia, Joana 
e Leovergilda. Depois de enviuvar teve mais um filho com Manoel 
Francisco Magalhães e uma filha com Olavo Carneiro Saraiva. Eram 
eles Veridiano e Alvina. 
Vitorino Rodrigues dos Santos casou-se primeiro com Deraldina 
e teve com ela os filhos: Aurelina, Flausina, Geralda, Marieta, Delza, 
Rosánia e Domingos. Casou-se depois com Aristéia, com quem teve 
os filhos: Noury, Sebastiana (Bata), Leonidio, Maria e Jênia. Desses 
doze filhos existem atualmente mais de uma centena de netos 
e bisnetos. Vitorino morreu há pouco ( 1995) com noventa e cinco anos. 
. Leonidia ~odrigues dos Santos casou-se com Florindo José 
~~!s~a, ~~~~ecido por Tulano, originãrio do município de Buritis. 
R·t Fole '? tiveram o~ seguintes filhos: Maria, Ludgero João Batista, 1 a, ormma e Jovehna. ' 
Joana era casada c s . descendentes. om antas de Oliveira Neto. Não deixaram 
Leovergilda Rodrigues d S 
da Trindade (Felipão), filho os antas ~asou-se com Felipe Nel'Y 
duas filhas: Orozina e Gilda de Dona Ra1munda. Tiveram somente 
Veridiano Pereira dos. S . Neto, de Bela Lorena V 'd• antas casou-se com Joana de Oliveira · en Iano morr · · da por nascer, que recebeu o e~ Jovem, deixando uma filha a1n 
nome do pai -Veridiana. 
64 
j!iP 
ETELVINA PER~IRA DOS ~ANT?S era _casada com Teodoro, 
d 
com ele 05 segumtes filhos. Hergma, Arnceta, Joana, Albino e 
ten ° . 
Rita. Hergina casou-se com J_osé ~onçalves de Castro ( Jucão 
) tendo com ele os segumtes filhos: Geraldo Eliseu Anísio chaves ' , , 
JosáMaria, e Floracy. . . . 
Aniceta casou-se com Praxedes Rodrigues dos Santos, tendo 
com ele sete filhos: Severiana, Sebastiana, Valdina, Etelvina, Pedro, 
Valdivino e José. 
Albino casou-se com Matilde e teve com ela quatro filhos: 
Maria, Ana, Maximiano _e Joaquim: Antes de casar teve uma filha com 
Vitorona, chamada Levma, que f01 adotada por seu tio Manoelzinho. 
Rita casou-se com Felipe Batista, mais conhecido por lnhozinho 
e teve com ele os filhos: Vino, Felipe, Etelvina, Donato, Feliciano e 
Neza. 
MARCELINO PEREIRA DOS SANTOS era casado com Dona 
Felipa e não deixou descendente. 
Saturnino Pereira dos Santos era casado com Maria e teve 
com ela os filhos: Maria, Leovergilda, Rosa e Ozório. 
Francisco Pereira dos Santos não deixou descendentes. 
José Pereira dos Santos (Zelão) era casado com Maria e teve 
com ela os filhos: Juvenal, Donato e Adão. 
Filhos de Leonilda e netos de Maria do São Joaquim. 
Maria, que se casou com Salviano Gonçalves, tendo com ele 
os seguintes filhos: José Batista - várias vezes Vereador em Formoso, 
Veridiano e Rita. 
Ludgero se casou com Ana, tendo com ela os seguintes filhos: 
Nelson, Domingos, lvair, Tercilia, Valdivina, Marina, Léa, Maria e 
Palmira. 
João Batista teve os seguintes filhos: Felix, Felismar, Fernanda, 
Talina, Talice, Leny, Neusa, Fábio, Fabrício, Ronane, Marlon. 
Rita era casada com Felipe de Oliveira Neto, de quem se 
separou. Depois não se casou mas teve os seguintes filhos: Dezi, 
Maria José, Valdenice, Carmen, José Batista, Ivone, e Helena. 
. · Flormina casou-se com Felipe e teve os filhos: João, Edson, 
Wilson, e Eliane. 
Jovelina casou-se com Felipe. Teve com ele os seguintes 
fil~os: José Batista Maria Joana Zelma Jovelina, Naziano, Antonio, S11v· · ' ' ' ena, Joana e Creusa. 
6S 
, IAS POUCO NUMEROSAS 
OUTRAS FAMIL 
. , . e Formoso, algumas famílias que se 
Há, no ~~n1c1p10 e~ século passado, algumas compostas de 
radicaram na regiao desdb t que nunca possuíram propriedades 
b e analfa e os, ' pessoas po res d ntes que hoje fazem parte da população 
mas que deixaram descen e 
de Formoso. 
JOÃO ANTONIO SOARES 
J - Antonio Soares morava na fazenda Mato Grande, às ºªº .f . margens do córrego Riachinho. Sua irmã Maria S~ares ,01 c?sada 
com Simão Francisco, proprietário da fazenda Bonito. Possu1a um 
bom rebanho de gado, e, que se saiba tinha dois filhos - Vina Antonio 
Soares casada com Hermegildo Ferreira da Silva e José Antonio 
Soares: casado com Ernestina Pereira Nery, filha de Hermelino 
Pereira Nery. 
João Antonio se envolveu numa encrenca com um tal de 
Léo, por causa de uma roça que o Léo fez em suas terras sem o 
seu consentimento. Consta que João Antonio mandou matar o Léo. 
Em conseqüência dessa intriga, Bráulio, irmão do Léo, contratou 
os serviços do cangaceiro Antonio Dó para matá-lo. Antonio Dó 
com o auxílio de uma dúzia de jagunços atacou a fazenda à noite, 
mantendo o cerco até o amanhecer. João Antonio poderia resistir, 
pois possuía uma carabina de repetição de fabricação belga de marca 
"Amandouliche" e bastante munição. Mas, quando tentou usá-la não 
conseguiu que funcionasse, pois nunca a tinha usado realmente. 
Desesperado, fugiu ao clarear do dia, deixando O pequeno José 
Soare~ _com ~ma ex-esc~ava, que o escondeu num jirau de algodão. 
~
0
~
0 
J? era d,~ claro, os Jagunços o avistaram quando já ia a uma boa 
di
st
?nc,a. Alveiaram-no quando subia a ladeira do córrego Riachinh0 
e ª11 mesmo O deixaram ao lado da estrada. Seu corpo apodreceu ali 
me:mo, enquanto os jagunços ficaram duas semanas na fazeílcia, 
':11ª ªnd0 e comendo quantas reses puderam. Só depois que se forarTI 
:nqcue tº pessoal de Bela Lorena foi lá ver o que havia acontecido. Lá 
on raram somente part d a 
casa toda ab e O esqueleto á margem da estrada e 
erta, com os vestígios do que foi o saque total da fazenda.66 
escrava conseguira fugir com o órfão José 
Soares S · 
elha ex... d . . . . eus 
A v se netos, bem com os a sua irmã Vma, amda fazem parte da 
filhO . A . de Formoso. 
populaçoO 
MARCÃO 
Marcão, cuja procedência não se sabe, morava também na 
fazenda Bela Lorena. Seus filhos eram: Antero, Marinho Surdo, 
Antonia (Antoninha), Luísa, Raimunda e Pasculino (Pasculo). Todos à 
exceção de Pasculo, deixaram muitos descendentes, hoje misturados 
às famílias que já descrevemos páginas atrás. 
OUTRO MARCÃO 
O outro Marcão era chamado Marcão da Palmeirinha, que 
antes pertencia a Formoso. 
Marcão da Palmeirinha tinha uma prole muito numerosa entre 
filhos e netos, Suas filhas se casaram com os moradores da fazenda 
Bocaina, que deixaram numerosas descendências. Eram eles os 
irmãos Tomaz e Rozendo Rodrigues. 
Outra filha se casou com Firmino do Ribeirão, que teve vinte 
cinco filhos, entre os quais seis gêmeos resultantes de três partos 
duplos. Havia também uma casada com Vicente da Roda e um filho 
de nome Henrique. 
. Na nossa pesquisa não foi possível levantar essa descendência, 
devi~~~ sua dispersão atual e porque essa região já não faz parte do 
mumc1p10 de Formoso. 
TERCEIRA PARTE 
Pessoa.s que se destacaram na vida política e social de 
Formoso durante os dois séculos desta história 
MARTINHO ANTONIO DE ORNELAS JUNIOR 
Grande Patriarca de numerosa família radicada em Formoso e 
hoje espalhada por todo o Brasil, dita família chega hoje a milhares 
de descendentes. Nesse trabalho nos limitamos às famílias que ainda 
conservam seus vínculos com a terra dos avôs e com seus familiares. 
Martinho Antonio de Ornelas foi o homem mais rico de toda a região 
que hoje abrange os municípios de Formoso, Sítio d'Abadia, Alvorada 
do Norte e Flores de Goiás. Era mais rico do que Pedro Cordeiro 
Valadares, Patriarca da ilustre família Valadares, hoje tão numerosa 
como a dos CARNEIRO e a dos ORNELAS. Martinho Ornelas era um 
homem simples, apesar de sua fortuna, e completamente desprovido 
de preconceitos. Seu avô, BRAZ ORNELAS, era um fidalgo português 
que, desentendendo-se com o rei de Portugal, resolveu vir para a 
colônia portuguesa chamada Brasil. Braz Ornelas e um seu irmão 
alugaram (ou compraram) um navio e dirigiram-se para o Brasil, 
mas antes passaram pela colônia portuguesa na Àfrica, onde ele se 
casou com uma africana de nome Brígida. Chegando em Salvador, 
Braz resolveu embrenhar-se pelo sertão em direção ao Centro 
Oeste, seguindo pela rota que os garimpeiros usavam para procurar 
mineração em Goiás e Mato Grosso. Ao chegar às fronteiras de Goiás, 
resolveu estabelecer-se no local onde hoje está a cidade de Formoso. 
Casou-se com uma fazendeira de Goiás, chamada Laureana Barreto, 
cujo nome foi perpetuado em uma avenida de Alvorada do Norte. seu 
irmão foi para o Rio de Janeiro, onde deixou numerosa descendência. 
Tal qual a família Cavalcanti, de origem italiana, a família Ornelas _é 
a única no Brasil, cujos descendentes descendem de apenas dois 
irmãos. Suas caracteríeticas genéticas são tão marcantes que nem 
• 1 d · · ·t entes os secu os e m1sc1genação com inúmeros povos de etnias d1 er 
· orne conseguiu apagar a semelhança entre todos que têm o sobren. 
ORNELAS. A tez morena e a baixa estatura são característ'cas 
· d 1 • · d f · · ' o nelas in e eve1s essa am1lla. Se colocarmos o ministro Waldek r 
em Formo~o, ele se c_onfundirá com vários Ornelas de lá. . fS , 
Martinho Antonio de Ornelas ligou-se primeiro à família GOM rri 
através de dois casamentos, 0 primeiro com Joana e O segundo co 
68 
. t com Joana teve apenas um filho, que se tornou um Pat . Jac1n a. d narca . Goiás. Com a herança e sua mãe e o c~samento com Ursulina e~ ·ra Mariz tornou-se um grande fazendeiro em Goiás Joaq . T e1xe1 ' . · u,m Gomes tinha uma bo~ ,~strução, ~ara a época, e tornou-se por isso 
hefe poHtico muito influente Junto ao Governo de Goiás. Com um e . d Ab d' . o chefe político em _sft10 e a ,a, co~~egu,u a tr_ansferência da sede do municlpio da Vila de Flor~s ~ara S1t10 de Abadia, que assim passou 
d ovoado a sede de mumclp10. e p · t á · um esclarec1men o necess no para se compreender melhor os 
fatos é que até a Revoluç~o de 19~? os municlpios podiam ter sede m vilas. Um Decreto-Lei de Getuho Vargas determinou que todas 
:s sedes de municlpios teriam o título de cidades e os distritos de 
vilas. Joaquim Gomes, que comprou a patente de Coronel da Guarda 
nacional {titulo criado na Monarquia para distribuir a autoridade do 
Imperador pelo interior desse imenso Brasil) liderou a política em Sítio de Abadia até a Revolução de 1930, quando os Caiados, que 0 apoiavam, foram afastados do Poder pela ditadura. Apesar de seu filho 
Joaquim ter-se tornado tão importante no cenário político de Goiás. 
Martinzinho na sua humildade ocupou simplesmente o cargo de Juiz de Paz em Formoso. Nunca comprou patentes da Guarda Nacional nem se arvorou em chefe político influente ou manda-chuva. 
Por isso, Formoso sempre foi e será uma cidade tranqüila, cheia 
de paz, como se fosse uma família. Graças ao espírito de honradez de Martinzinho, Formoso não registra na sua história nenhuma intriga sangrenta, apesar de ter estado por tanto tempo isolada dos centros civilizados, tão distantes quanto de acesso dificílimo. 
Foi um grande exemplo de que se devem orgulhar todos os seus descendentes, hoje testemunhas vivas de dois séculos de história, uma história de paz, harmonia, ordem e respeito á Lei e às autoridades. 
Tomara que o progresso e · o afluxo de pessoas de outras 
paragens não venha alterar os costumes e a honradez dos 
formosenses, conservados ao longo de dois séculos. Do segundo 
casamento, com Jacinta Gomes, Martinzinho teve sete filhos: 
Minervino, Martinho, Silvino, Arsênio, Benedito, Colecta e Marcelino 
(ver mais detalhes em sua biograrfia ). 
69 
MINERVINO GOMES ORNELAS 
Minervino Gomes Ornelas, desde a morte de seu pai tornou-
ª figura mais representativa de Formoso. Embora indiferente á Polírse 
nunca deixou de participar dos eventos que ocorreram no municl~?ª 
Participou do desmembramento e emancipação do município de s~º· 
Romão, liderado pelo major Saint-Clair Valadares. Em 1923 Foi ele~º 
Vereador juntamente com Benevides Borges Carneiro. 
0 
São Romão foi desmembrado de Paracatú, João Pinheiro e 
São Francisco. Ficou, desta forma constituída de seis distritos: • São 
Romão (sede), Capão Redondo (desmembrado de João Pinheiro). 
(Arinos que se chamava Morrinhas de Paracatú) Buritis, Joanópolis 
(São João do Pinduca) e Formoso. Nessa época os municípios 
não tinham Prefeito, vigorando para alguns Estados o regime 
parlamentarista. Assim, a Câmara Municipal elegia sua Mesa Diretora 
e o Presidente da Câmara exercia o Poder Executivo. 
Quando se licenciava o poder era exercido pelo Vice Presidente 
da Câmara. Em alguns Estados, como a Bahia, havia um Intendente 
eleito diretamente e a Câmara se chamava Conselho Municipal. 
Em 1930, após a Revolução chefiada por Getúlio Vargas.,houve 
intervenção nos Estados e municípios. Surgindo então a figura do Prefeito, 
que agora era nomeado pelo Governador. Vale lembrar que até então o 
Chefe do Executivo Estadual era denominado Presidente do Estado. No 
período da Ditadura o Presidente do Estado foi substituído pelo Interventor 
exceto Minas Gerais, cujo título era Governador. Daí o notável Benedito 
Valadares que deu nome à cidade de Governador Valadares. 
O Major Sainclair, que na eleição acompanhou Getúlio Vargas 
foi então nomeado Prefeito, mantendo a hegemonia do poder, ora 
pessoalmente, ora através de prepostos seus. 
Para Formoso, o desmembramento de Paracatú foi um 
verdadeiro desastre. Pois São Romão apesar das setenta léguas de 
extensão e abranger as regiões dos vales do Urucuia, São Domingos 
Piratinga e Rio Claro, de terras fertilíssimas e boas pastagens, . não 
prosperou em nenhum aspecto, continuando por muitas décadas 
sem escolas, sem pontes nos rios. Vale lembrar que nunca houve,

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