Buscar

Prévia do material em texto

Matheus Costa Leite - 9º período de Medicina - 2021.2
	Grandes Vias Eferentes
-Comunica centros supra-segmentares com os órgãos efetuadores. 
Vias eferentes viscerais do SNA (SN autônomo)
-Inerva músculo liso, cardíaco, glândulas, regulando a função de vísceras e vasos. Possui neurônios pré e pós-ganglionares entre SNC e órgãos.
-Influência do SN supra-segmentar sobre a atividade visceral se exerce por impulsos nervosos que ganham os neurônios pré-ganglionares, passam aos pós-ganglionares, de onde se distribuem às vísceras, regulados no hipotálamo, no sistema límbico e na área pré-frontal que alteram atividade visceral por formação reticular por trato retículo-espinhal ou vias diretas hipotálamo-espinhais.
Vias eferentes somáticas (vida de relação)
-Controlam ação dos músculos esqueléticos, permite movimentos voluntários ou automáticos, regulando tônus e postura.
-Uso de informações de receptores de pele, articulações e fusos neuromusculares para corrigir movimentos em andamento; ajusta e mantém força de contração por ação sensitiva antecipatória. 
Vias Piramidais
	Trato córtico-espinhal
-Une o córtex cerebral aos neurônios motores da medula, coordenando função motora somática. 1/3 de fibras saem da área 4 (motora 1ária) e 1/3 da área 6 (pré-motora e motora suplementar) e 1/3 no córtex somatossensorial para regular informações sensoriais na coluna posterior.
-Trajeto - área 4, coroa radiada, perna posterior da cápsula interna, base do pedúnculo cerebral, base da ponte e pirâmide bulbar.nNa decussação das pirâmides, parte das fibras continuam ventralmente como trato córtico-espinhal anterior e 75-90% cruzam para formar o lateral. 
	Trato Córtico-espinhal Anterior - no funículo anterior medular, atravessa comissura branca, age em neurônio motor inferior contralateral até níveis torácicos médios - motricidade voluntária axial.
	Trato Córtico-espinhal Lateral - no funículo lateral medular, age em neurônio motor inferior homolateral por toda medula ou terminam na substância cinzenta intermédia (controle inibitório e excitatório) com sinapse com motoneurônios via (indireta) interneurônios ou diretamente com motoneurônios α e y da coluna anterior. Há fibras sensitivas na área somestésica do córtex, termina na coluna posterior - motricidade voluntária axial e apendicular.
Lesões de trato corticoespinhal - paresia/fraqueza (regride com o tempo) e dificuldade de contração voluntaria (↓velocidade), perda de capacidade de fracionamento (movimentos independentes de grupos musculares isolados), ex. oposição polegar-indicador, tendo dificuldade de abotoar a camisa. Sinal de Babinsk - flexão dorsal do hálux ao estímulo na região plantar. Não há hemiplegia por compensação do rubro-espinhal (musculatura distal dos membros) e retículo-espinhal (musculatura axial e proximal dos membros).
	Trato Córtico-Nuclear
-Transmite impulsos a neurônios motores do tronco encefálico, controla os músculos voluntários inervados pelos nervos cranianos. 
-Fibras originam-se na parte inferior da área 4 (representação cortical da cabeça), passam pelo joelho da cápsula interna e descem pelo tronco encefálico, associadas ao trato córtico-espinhal, se destacam feixes de fibras que vão influenciar os neurônios motores dos núcleos da coluna eferente somática (núcleos dos NC III, IV, VI e XII) e eferente visceral especial (núcleo ambíguo e núcleo motor dos NC V e VII).
-Sinapse com neurônios internunciais na formação reticular, próximo aos núcleos motores, e se ligam-se aos neurônios motores homolaterais e contralaterais, assim a maioria dos músculos da cabeça está representada no córtex motor dos dois lados, principalmente músculos de contração voluntária bilateral, ex. laringe e faringe, músculos da parte superior da face (orbicular, frontal e corrugador do supercílio), que fecham a mandíbula (masseter, temporal e pterigoideo medial) e os músculos motores do olho. Tais músculos não paralisam em lesão do trato cortico-nuclear unilateral (ex. AVE), mas enfraquece a língua e gera paralisia dos músculos da metade inferior da face, devido representação contralateral. 
-Muitas fibras terminam em núcleos sensitivos do tronco encefálico (grácil, cuneiforme, núcleos sensitivos do trigêmeo e núcleo do trato solitário), relacionando-se com o controle dos impulsos sensoriais. 
-A via corticonuclear tem representação homolateral, excetuando a língua e a musculatura do terço inferior da face, sendo + contralateral. 
-Metade superior da face recebe inervação de do NC VII bilateralmente, já a metade inferior recebe fibras contralaterais, permitindo distinguir paralisias faciais centrais e periféricas.
Vias Extrapiramidais
	Trato Rubroespinhal
-Juntamente com trato córtico-espinhal lateral, controla a motricidade voluntária dos músculos distais dos membros, músculos intrínsecos e extrínsecos da mão. Origina no núcleo rubro da mão, decussa e reúne-se ao trato corticoespinhal no funículo lateral da medula, formando a via cortiço-rubroespinhal, em direção à área motora 1ária. Na lesão cortiço-espinhal, o rubroespinhal pode auxiliar na recuperação da função da mão.
	Trato Tetoespinhal
-Origina-se no colículo superior, recebe fibras da retina e córtex visual. 
-Situa-se no funículo anterior dos segmentos mais altos da medula cervical com motoneurônios para reflexos visuomotores, em que o corpo se orienta a partir de reflexos visuais, ex. mover cabeça ao estímulo visual 
	Tratos Vestibuloespinhais (Medial e Lateral)
-Originam-se nos núcleos vestibulares do bulbo e leva aos neurônios motores impulsos para manutenção do equilíbrio a partir de informações da parte vestibular do ouvido interno e do vestíbulocerebelo. 
-Mantém cabeça e olhos estáveis diante da movimentação do corpo.
-Projetam-se à medula lombar e ativa músculos extensores das pernas (antigravitacionais). Ajusta postura, mantém equilíbrio mesmo em alteração espacial súbita, ex. tropeços com resposta reflexa de tais músculos. 
	Trato Reticuloespinhal
-Promovem ligação de áreas da formação reticular com motoneurônios da medula, chegam informações de cerebelo, córtex pré-motor, etc. Controlam movimentos voluntários e automáticos axiais e proximais dos membros, determinando seu grau de contração, pondo em postura básica/partida para realizar movimentos delicados da musculatura distal.
	Trato reticuloespinhal pontino - ↑reflexos antigravitacionais da medula, facilita musculaturas extensores em manter postura ereta ao manter comprimento e tensão muscular.
	Trato reticuloespinhal bulbar - libera músculos antigravitacionais.
-Em lesão do trato corticoespinhal, a motricidade voluntária da musculatura proximal dos membros é mantida pelo trato retículoespinhal (sistema medial da medula) para movimento normal do braço e da perna. 
-Controle do tônus e da postura por reflexos miotáticos são modulados por influências supramedulares trazidas pelos tratos retiuloespinhal e vestíbuloespinhal, agindo sobre os motoneurônios α e y. 
-Desequilíbrio entre influências inibidoras ou facilitadoras gera hipertonia em determinados grupos musculares, ex. rigidez de decerebração, ou nas hipertonias por AVE (espasticidade).

Mais conteúdos dessa disciplina