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CUSTOS EMPRESARIAIS PROFESSOR LUIZ BELMIRO AULA 1 OBJETIVOS DA AULA • Identificar os principais itens e os objetos de custos incorridos no processo produtivo de bens e serviços em uma organização • Reconhecer os diferentes tipos de custos existentes em um processo produtivo INTRODUÇÃO DA AULA No Mundo Corporativo de hoje as empresas estão, cada vez mais, sendo desafiadas a ofertarem seus produtos/serviços, com os requisitos de qualidade, inovações e, sobretudo, com diferencial de Preço. A crescente competição internacional aliada a instabilidade do cambio, impõe um profundo acompanhamento dos custos de produção a fim de garantirem a margem de lucro desejada. Freqüentemente ainda subsiste a idéia de que os preços são formados a partir de uma estrutura de custos observada ao longo do processo produtivo, e sobre este valor, acrescenta-se uma margem de lucro. Nada mais falso! O que se vê hoje em dia é o que os economistas denominam de mercado de Price Taker, ou seja: dado o preço que está sendo praticado pelo mercado para um determinado bem, busca-se adequar o padrão de custos em níveis inferiores ao preço e ai sim auferir seus lucros pela diferença do valor de venda e seu custo de produção. Portanto conhecer mensurar e gerir a estrutura de custos de uma organização está dentre as principais tarefas do gestor. Tópico 1. A Relevância dos Custos empresariais no Mercado Competitivo - Tópico 2. Os conceitos básicos iniciais dos custos - Tópico 3. A função da gestão de custos ( totais, fixos, variáveis ) no planejamento empresarial CONCEITOS BÁSICOS INICIAIS DE CUSTOS EMPRESARIAIS Custo: Preço de aquisição de produtos ainda não utilizados para realizar rendas Objeto de Custo: é qualquer bem ou serviço produzido ou prestado, para a qual uma medida de custos é desejada DIFERENÇA ENTRE CUSTOS E DESPESAS • Despesas: Gastos aplicados contra a renda De um período. • Custo Fixo ( CF ): Independe da quantidade produzida. Ex.: aluguel; depreciação; mão de obra indireta. • Custo Variável ( CV ): Depende da quantidade produzida. Ex.: combustível; matéria prima; mão de obra direta. • Portanto: • Custos totais ( CT ) = Custo Fixo + Custo Variável • Custo Semi Variável (ou Semi Fixo): Varia com o nível de atividade, porém não direta ou proporcionalmente. • Ex.: luz; força; em certos casos o próprio combustível. TEMOS AINDA • Custo Total Médio ( CTme) = Custo Total / Quantidade Produzida Custo Fixo Médio ( CFMe) = Custo Fixo / Quantidade Produzida • Custo Variável Médio ( CVMe) = Custo Variável / Quantidade Produzida ( neste momento iremos atribuir um valor único para o custo indireto por unidade produzida, e neste caso o custo variável médio, será igual ao custo variável unitário) • Custo Marginal ( Cmg ) > é definido pelo acréscimo no custo total quando a quantidade produzida aumenta em uma unidade extra OBSERVE QUE • A medida que a quantidade produzida aumenta os Custos Totais aumentam Quanto maior a quantidade produzida, menor será o custo fixo médio, uma vez que os Custos fixos são diluídos por um número maior de produtos. • Neste exemplo atribuímos um valor constante para o custo variável para cada uma das unidades produzidas, entretanto em uma economia de mercado poderá sofrer variações para baixo ou para cima dos custos variáveis em função do aumento ou diminuição da demanda junto aos fornecedores de matéria prima ou de fatores de produção. Desta forma os custos marginais não sofrem alteração. • Desta forma, o gestor de uma empresa poderá projetar seu fluxo de produção/venda, em função dos custos observados para os insumos necessários a produção e em função da demanda estimada, para o seu produto e naturalmente ao preço de mercado verificado. • De forma esquemática, podemos definir o Lucro, como sendo a diferença apurada entre o preço de venda subtraído do custo unitário do bem ou serviço produzido. • Entretanto deve ser muito bem analisado o valor unitário de produção que certamente irá variar segundo o volume total produzido. Em parte isso se deve, no tocante aos custos fixos, pela maior diluição em razão do aumento da quantidade ofertada. E isso vale também no sentido contrário, ao se reduzir a quantidade de produção, maior será a a parcela dos custos totais que cada unidade irá “carregar” no seu custo. • O Administrador ao se lançar no mercado a fim de ofertar bens ou serviços, deverá antes de mais nada, e com base nos estudos de mercado, definir a capacidade máxima instalada de sua organização, pois via de regra, os custos fixos dai decorrentes, irão impactar fortemente nos lucros do empreendimento. • Atualmente observamos que grande parte das organizações buscam reduzir seus custos fixos, tornando-os, sempre que possível , em variáveis com o objetivo de atuarem em um mercado cada vez mais competitivo, podendo ganhar maior flexibilidade na produção e naturalmente em lucratividade. • Nesta aula, você: • - Compreendeu a função e a relevância dos custos no ambiente corporativo • - Aprendeu a distinguir os custos fixos x os custos variáveis • - Analisou as ferramentas, ao alcance do gestor para a tomada de decisão a cerca da escala do empreendimento. • CUSTOS EMPRESARIAIS PROFESSOR LUIZ BELMIRO AULA 2 OBJETIVOS DA AULA •Conhecer as características dos custos Diretos e Indiretos que as empresas incorrem ao produzir um bem, comercializá-lo ou prestar um serviço. •Identificar o rastreamento de custos como ferramenta de gestão para a melhoria dos processos produtivos, de eficiência administrativa ou ainda como um fator de elevação dos lucros. •Reconhecer os diferentes objetos de custos que integram a organização. Nesta aula iremos avançar nos estudos sobre os custos empresariais e como podemos melhor entender como os custos finais, de um produto ou serviço, se formam ao longo do processo produtivo. • Você irá perceber que, ao longo do processo produtivo, a empresa irá adquirindo insumos ou serviços, e estes poderão ser apropriados pelo bem ( ou serviço ) final, de forma Direta ou Indireta. Esta distinção é mais um item importante no sistema de custeamento necessário a excelência organizacional. • Cabe ao gestor de uma organização planejar e principalmente monitorar todo o processo de agregação de valor inerente a atividade produtiva a fim de garantir o melhor resultado no que tange a especificação de qualidade e preço. Desta forma o terá já percorrido meio caminho na direção do êxito empresarial e a consequente lucratividade. PRINCIPAIS TÓPICOS A SEREM ABORDADOS: • - Tópico 1. Características e Diferenças entre custos diretos e indiretos • - Tópico 2. Distinção entre Custos e Despesas • - Tópico 3. Significado dos Gastos gerais de Fabricação ( GGF ) • Além dos conceitos de Custos já aqui apresentados é necessário estabelecermos outros que nos auxiliarão na gestão dos custos de uma organização: • Objeto de custo: é qualquer bem, serviços, processo ou mesmo atividade, para a qual uma medida de custos é desejada. • Custo Direto: É facilmente identificado no produto. Não necessita de rateios. Ex.: matéria prima; embalagem; mão de obra direta. • Custo Indireto: Não é identificado no produto. Necessita de critério de rateio. Ex.: depreciação; mão de obra indireta; seguros; aluguel. Custo Semi Variável (ou Semi Fixo): Varia com o nível de atividade, porém não direta ou proporcionalmente. Ex.: luz; força; em certos casos o próprio combustível. • Despesas: é todo gasto relativo a administração, ao processo comercial e financeiro da organização. • Gastos Gerais de Fabricação (GGF) – Engloba a depreciação, energia elétrica de produção, manutenção fabril, gastos com o escritório para fábrica, etc... Exemplo: iremos correlacionar os gastos incorridosna produção de uma empresa com o conceitos até agora apresentados Coluna A Coluna B DEPRECIAÇÃO DESPESAS DO PERÍODO MÃO DE OBRA DIRETA CUSTO INDIRETO SALÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO GGF (GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO) MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS CUSTO DIRETO Coluna A Coluna B DEPRECIAÇÃO DESPESAS DO PERÍODO MÃO DE OBRA DIRETA CUSTO INDIRETO SALÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO GGF (GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO) MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS CUSTO DIRETO Coluna A Coluna B DEPRECIAÇÃO DESPESAS DO PERÍODO MÃO DE OBRA DIRETA CUSTO INDIRETO SALÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO GGF (GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO) MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS CUSTO DIRETO • Você poderá perceber que ao rastrearmos os custos que a organização incorre ao longo do processo produtivo, ela poderá confrontar entre o valor planejado e o efetivamente gasto, além disso, será um instrumento poderoso para evitar o desperdício de gastos ou inadequação na estrutura de custos, vale dizer que poderá inclusive impactar na escolha dos fornecedores, o estabelecimento de novos processos de produção/distribuição, além de permitir um melhor posicionamento do produto (ou serviço ) no mercado e que, atualmente, se apresenta cada vez mais competitivo. • Note que além dos custos diretos, que em grande medida decorrem dos valores agregados diretamente a produção, vimos que os demais gastos da empresa impactam na formação do preço final do bem ou serviço. • Portanto o sistema de custos irá auxiliar o gestor de uma organização, na tomada de decisão sobre volume, qualidade, processo e canal de distribuição. Exercício 1 : Ligue os retângulos da primeira coluna aos da segunda Coluna A Coluna B Aluguel Despesas Energia Custo Indireto Distribuição Custo Direto Matéria Prima GGF Exercício 1 : Ligue os retângulos da primeira coluna aos da segunda Coluna A Coluna B Aluguel Despesas Energia Custo Indireto Distribuição Custo Direto Matéria Prima GGF EXERCÍCIO 2: Com base nos valores apresentados abaixo, calcule os Custo da Produção, as Despesas no Período, os Custos Diretos e os Custos Indiretos da empresa XPTO. R$ • Mão de Obra Direta 1.000,00 • Mão de Obra Indireta 2.000,00 • Salários da Administração 5.000,00 • Material Direto 10.000,00 • Depreciação da Fábrica 5.000,00 • Despesa de Distribuição 5.000,00 • Manutenção de Máquinas 1.000,00 SOLUÇÃO: Custo da Produção: • Mão de Obra Direta 1.000,00 • Mão de Obra Indireta 2.000,00 • Material Direto 10.000,00 • Depreciação da Fábrica 5.000,00 • Manutenção de Máquinas 1.000,00 • Total 19.000,00 DESPESAS NO PERÍODO: • Despesas de Distribuição 5.000,00 • Salários da Administração 5.000,00 • Total 10.000,00 CUSTO DIRETO: • Mão de Obra Direta 1.000,00 • Material Direto 10.000,00 • Total 11.000,00 CUSTO INDIRETO: • Mão de Obra Indireta 2.000,00 • Depreciação na Fábrica 5.000,00 • Manutenção de Máquinas 1.000,00 • Total 8.000,00 • Desta forma vimos que os custos podem ser tanto Fixos quanto Variáveis e também podem ser classificados em diretos e indiretos • Além disso, o gerenciamento de custos deverá observar SEMPRE os ramos de atividade da organização. De maneira geral podemos categorizá-los em atividades: • Industriais • Comerciais e • de Serviços • Atividades Produtivas compram insumos e componentes e os transformam em produtos acabados. • Atividades Comerciais compram e, em seguida, vendem produtos tangíveis, sem significativas alterações em suas características. • Prestadores de Serviços fornecem serviços ou produtos intangíveis para seus clientes. NESTA AULA, VOCÊ: • -Entendeu de que forma os administradores gerenciam os custos empresariais, diferenciando os custos diretos e indiretos. • - Aprendeu a distinguir Despesas dos Custos de Produção • CUSTOS EMPRESARIAIS PROFESSOR LUIZ BELMIRO AULA 3 OBJETIVOS DA AULA • Refletir sobre os impactos que o sistema de custos de materiais estocáveis tem sobre o resultado da empresa • Conhecer os métodos utilizados para custeio dos materiais estocáveis e inventariáveis mais utilizados. • Reconhecer nos diferentes cenários econômicos os métodos mais adequados de custeio e seus impactos no resultado das organizações. • Os estoques de uma empresa são necessariamente geridos e tem seus custos de aquisição, formalmente registrados. Estes valores são ao final do processo produtivo apropriado sob a forma de custo e terão papel relevante na apuração dos resultados do empreendimento. • A Gestão das empresas comumente se utiliza de três métodos de apropriação dos custos dos materiais de estoque: PEPS, UEPS e CMP. • Estes mecanismos de apropriação, juntamente com um maior ou menor cenário de estabilidade econômica, integra um complexo processo decisório que deve ter do Administrador a maior atenção a fim de gerir de maneira sólida a organização. • Tópico 1. Características e Diferenças os diferentes métodos de custeio • - Tópico 2. Impactos do uso de cada um nos resultados da organização • - Tópico 3. Correlação entre os métodos e o ambiente econômico e concorrencial • Para melhor compreendermos a relevância da gestão de custos em uma organização, imagine que todo o empreendimento, não importa se é do setor industrial, comercial ou de prestação de serviços, é de fato uma atividade intermediadora, entre fornecedores e consumidores, e que ao longo de um período agregar valor ao bem e atende as necessidades de clientes. • Assim podemos ver o enxergar o valor agregado em uma confecção ao transformar poucos metros de tecido em uma calça ou camisa. Perceba que o uso e o valor percebido pelo consumidor de imediata salta aos olhos ao compararmos o tecido ( insumo ) com a calça ( bem final). • Desta forma é possível pensarmos nas inúmeras atividades que são necessárias para a elaboração do produto final, tanto em termos diretos de produção quanto no tocante as atividades empresariais propriamente ditas, que vai da locação de espaço físico até o plano de vendas, passando naturalmente por um significativo esforço financeiro requerido. • Neste sentido iremos focar nosso estudos para o gerenciamento e correta apropriação dos custos dos itens estocáveis e de que forma alocamos estes valores ao custo final dos bens produzidos e/ou comercializados. • Perceba que de maneira geral podemos afirmar que em setores de prestação de serviços Não temos estoques tangíveis e inventariáveis. • Na atividade comercial estes estoques pouco sofrem alterações físicas durante o processo de aquisição > venda • No entanto na atividade industrial são inúmeros os itens adquiridos de um sem número de fornecedores e a todo instante a fim de darmos conta do processo contínuo de produção. E como vimos desde a nossa primeira aula o tempo atual é de grandes mudanças no mundo corporativo. • Nós mesmos, Brasileiros, que há muito estávamos acostumados a perceber somente aumento no preços dos bens e serviços, estamos há poucos anos nos acostumando com a idéia de que quanto maior é o desenvolvimento econômico, tecnológico e a inserção do país no mundo global, mais instabilidades iremos verificar no mundo dos negócios. Assim o que até então tinha uma só direção, subida de preços, verificamos que os preços sobem, e descem com a mesma desenvoltura. • Estas oscilações nos permite avaliarmos que para as organizações, a inflação ( aumento contínuo e generalizado de preços) é tão ruim quanto a Deflação ( redução de preços). Estes fenômenos econômicos que se apresentamde forma geral, também acontecem de forma pontual. Assim imagine uma empresa que comercializa um determinado bem, e para isso conta com parceiros fornecedores de mercadorias e corretamente está administrada e possui um sistema de custos atento e eficiente, porém o surgimento de novas empresas ou a entrada de produtos semelhantes importados, levam a uma queda de preços no mercado consumidor. • É bem possível que a receita obtida pela venda não só comprometa o resultado esperado – LUCRO, como até mesmo poderá inviabilizar a reposição do seu estoque. • Portanto iremos nesta aula aprofundarmos o sistema de custeamento dos estoques, e são três os métodos de apropriação dos custos das mercadorias que integrarão o bem final: • PEPS – Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair • UEPS - Último a Entrar , Primeiro a Sair • CMP - Custo Médio Ponderado. Estes termos nos explicam a metodologia de apropriação dinâmica dos custos dos itens estocáveis a medida que a organização vende seus produtos. • O dia adia de uma empresa se dá com vendas de produtos e com a compra de estoques, e diante e cada vez mais complexa rede de fornecedores e concorrentes, momentos de escassez ou de abundância, o Administrador se depara com flutuações dos preços da matéria prima. Podemos portanto termos situações que em um determinado dia compramos insumos a R$ 10,00 a unidade e na semana seguinte este mesmo item custe R$ 12,00 e na terceira semana esteja a R$ 12,50. Ou se preferirem o contrário também poderá estar ocorrendo, na primeira semana a R$12, 50; na segunda R$ 12,00 e na terceira R$10,00. • Caso venhamos a vender durante este período um produto final que utilizou um item desta matéria prima estocada, quanto custou este item requisitado do estoque? R$ 10,00? R$ 12,00? ou R$ 12,50? • Mais ainda como a empresa deve ser preparar para a reposição destes itens a que preço? Veja que a metodologia de custo inadequada poderá comprometer os lucros e a capacidade de reposição do estoque. • Dando seqüencia ao nosso exemplo: se o preço de venda for de R$ 15,00 por unidade de produto final, qual (de forma bem simplificada) será o lucro? A resposta nos parece clara, depende! • Depende do método de custeio dos estoques, se a empresa utiliza PEPS, o primeiro item de nosso estoque custou R$10,00 e portanto o lucro obtido foi de R$ 5,00 ( R$ 15,00 – R$ 10,00). No entanto se foi utilizado o método UEPS, o lucro obtido foi de R$ 2,50 ( R$ 15,00 – R$ 12,50) já que foi R$12,50 o valor pago pelo último item que deu entrada no nosso estoque. • Já no método de custo médio ponderado, o sistema de custo irá de forma contínua calculado a média ponderada dos valores pagos pelos itens de estoques. • Veja, portanto que dependendo do método o resultado financeiro se altera e impacta de forma significativa o valor a ser recolhido sob a forma de impostos os valores a serem reservados para a reposição dos estoques e até mesmo a parcela a ser distribuída aos acionistas da empresa ( dividendos ) . • De maneira geral em ambiente inflacionário ou de percepção crescente de preços no setor, o método PEPS irá impactar numa subavaliação dos valores dos itens estocados e ao mesmo tempo levará a um Lucro de maior magnitude, entretanto a empresa poderá pagar maior valor de IR e ao mesmo tempo poderá ter dificuldade de repor estoques. • Já em um cenário de queda de preços o UEPS poderia ser utilizado ( entretanto legislações tributárias por vezes impedem a sua utilização, uma vez que reduz o valor devido de impostos ) • Mesmo se usarmos o CMP, estaremos em última análise calculando um valor médio, o que por si só minimiza, mas não exonera a Empresa de refletir sobre os impactos das escolhas em seu processo decisório. • Lembrando sempre que a Equação de estaques é definida por • Estoque Inicial + Compras – Vendas = Estoque Final • Exercício: • Observando as características e dados abaixo, a empresa “Produtos de Beleza Rose” apresentou os seguintes movimentos de estoque e de vendas no período, adotando-se os critérios de custeio de materiais inventariáveis - PEPS e UEPS , complete o Quadro nos itens em branco ( Custo de Venda, Estoque Final e Lucro Bruto, para cada um dos métodos: • Inventário Inicial – 300u. a $10 $3000 • Dia 1 – compra de 20u. a $15 $300 • Dia 3 – venda de 50u. a $20 $1000 • Dia 9 – compra de 100u. a $25 $2500 • Dia 17 – venda de 150u. a $20 $3000 • Dia 20 – compra de 50u. a $28 $1400 • Dia 29 – venda de 100u. a $30 $3000 • Inventário final – 170u. No exercício temos como dados consolidados • Estoques iniciais de 300 unidades e com valor de R$ 3.000 • As Vendas somaram a 7.000,00 ( que derivaram de 50, 150 e 100 unidades, totalizando 300 unidades cujos valores foram respectivamente 20,00 , 20,00 e 30,00 reais ) • Percebemos que o total de vendas ( 300 unidades ) é o mesmo valor do estoque inicial, assim pelo método PEPS é mais simples o custo de venda é igual ao valor inicial de estoque : 300 unidades x 10,00 = 3000,00 reais que subtraído da venda 7.000 resulta no lucro de 4000,00 • Se for utilizados o método UEPS, vimos que o custo de vendas será a soma de todos os itens adquiridos ( 20 + 100 + 50 = 170 ) e mais 130 unidades oriundas do estoque inicial, totalizando os 300 itens vendidos. Quanto ao custo de venda, vimos que: • No dia 20 50 unidades a 28 1400,00 • No dia 09 100 unidades a 25 2500,00 • No dia 01 20 unidades a 15 300,00 • E ainda • 130 unidades do estoque inicial a 10 1300,00 • Total 5.500,00 que subtraído da venda 7.000 resulta no lucro de 1500,00 • Quanto aos estoques finais no PEPS resultou no total das compras ao longo do período 4200,00 • E no caso do UEPS remanesceram as 170 unidades iniciais a 100,00 NESTA AULA, VOCÊ • -Entendeu de que forma os administradores gerenciam os custos dos materiais estocáveis e inventariáveis . • - Aprendeu a distinguir os diferentes métodos de apropriação de custos de estoques • - Relacionou os custos de estoques aos resultados operacionais das empresas Curso: Administração Disciplina: Custos Empresariais Módulo: 4 Eixo: 1 Aula 04: Análise de Custos, Volume e Lucro *Nesta aula, você irá: Introdução da Aula 04 O cotidiano de um Administrador é o lidar incessantemente como a incerteza. Portanto o que se busca nesta Aula é oferecer o instrumental necessário para reduzir os riscos de decisão quanto ao volume de produção, seus custos e calcular o ponto de equilíbrio, a partir do qual a organização passa a auferir lucros. A idéia que basta um bom Plano de Negócios, uma correta pesquisa de mercado e uma consistente avaliaçào do ambiente interno e externo da organização é Falsa. O Gestor tem permanentemente acompanhar a evolução dos custos de seu produto, que são incorporador ao longo da cadeia de valor, e ao mesmo tempo compara-los com os do mercado a fim de se manter competitivo. Como vimos nas aulas anteriores, cada unidade do produto contem parcelas de custos fixos e dos custos variáveis, tanto diretos quanto indiretos, assim um dos pontos focais desta aula é estabelecer a Margem de Contribuição das Vendas, o volume de produção e o consequente resultado final. • Entender como é calculado o Ponto de Equilíbrio e de que forma os custos fixos e variáveis o influenciam • Conhecer o cálculo de margem de contribução geral e unitáriuas de cada compnente ofertado de forma a melhor gerenciar os custos fixos da organização. • Reconhecer os métodos de determinação do ponto de equílíbrio pelo método de Margem de Contribuição e pelo Método Gráfico. * Assista à aula teletransmitida04 que aborda os seguintes tópicos: Tomemos como exemplo uma Pizzaria, ela está localizada em uma rua de grande movimentação e desta forma não é difícil atrair seus clientes. O proprietário deste estabelecimento aluga a loja e o valor mensal é de R$ 5.000,00. A capacidade máxima de produção é de 2.000 pizzas mensais e cada pizza é vendida por R$ 20,00 e seu custo variável (direto e indireto) é de R$12,00. Portanto devemos calcular o volume de vendas ( e naturalmente de produção ) de pizzas a fim de sabermos quantas unidades mensais do produto devem ser vendidas a fim de encontrarmos o ponto de equilíbrio desta empresa? Se mensalmente a Pizzaria consegue inicialmente vender 500 unidades, por exemplo, a receita total será: RT = Valor unitário de venda x Quantidade vendida RT = R$ 20,00 x 500 unidades = R$ 10.000,00 / mês Por sua vez os custos que irá incorrer são: Custo Total ( CT ) = Custo Fixo ( CF ) + (Custos Variáveis x Quantidade produzida ) CT = R$ 5.000,00 ( aluguel ) + R$ 12,00 ( custo variável unitário ) x 500 ( quantidade vendida de pizza mensalmente ) CT = R$ 5.000,00 + R$ 6.000,00 = R$ 11.000,00 Resultado Financeiro ao final do Mês = RT – CT = Lucro ( ou prejuízo ) Neste caso, a Receita Total ( R$ 10.000,00 ) foi inferior ao Custo Total ( R$ 11.000,00 ), resultado em um prejuízo de R$ 1.000,00 - Tópico 1.Definição do conceito de Custo, Volume e Lucro - Tópico2.Apresentar as metodologias de cálculo do ponto de equilíbrio: Método de Margem de Contribuição e Método Gráfico. - Tópico 3. Obter o Lucro Operacional Alvo Um dos instrumentos mais eficazes de avaliação dos resultados empresariais ao final de um período é utilizar o conceito de Margem de Contribuição: A Margem de contribuição é definida pela diferença entre o Custo Variável Total das mercadorias vendidas ( no nosso exemplo, as Pizzas ) e o Volume de Vendas Total MC da nossa Pizzaria foi = CV x Quantidade = R$ 12,00 x 500 = R$ 6.000,00 Menos RT da nossa Pizzaria > 500 unidades a R$ 20,00 por unidade = R$ 10.000,00 MC = R$10.000,00 – R$ 6.000,00 = R$ 4.000,00 Observe que a margem de contribuição alcançada nas vendas mensais da pizzaria não foi suficiente para cobrir os custos fixos mensais ( aluguel de R$ 5.000,00 ) Mas quanto seria necessário vender mensalmente a fim de encontrarmos o ponto de equilíbrio: Método da Equação Podemos calcular através da igualdade entre a Margem de Contribuição e o Custo Fixo da Pizzaria. Assim MC teria de alcançar R$ 5.000,00 que é igual ao valor dos custos fixos totais de nosso exemplo. E para conseguirmos uma MC de R$ 5.000,00 mensais, quantas pizzas deveriam ser vendidas ao preço de R$ 20,00? Um bom caminho é calcularmos a Margem de Contribuição Unitária de cada Pizza vendida MC Unitária = Preço Unitário de Venda – Custo Variável Unitário MCU = R$ 20,00 – R$ 12,00 = R$ 8,00 por pizza Assim para encontrarmos o Ponto de Equilíbrio, basta dividir o Custo Fixo Total pela MCU R$ 5.000,00 : R$ 8,00 = 625 pizzas mensais serão necessárias serem vendidas a R$ 20,00 cada, a fim de cobrir, tanto os custos variáveis unitários R$ 12,00 bem como o Custo Fixo total R$ 5.000,00 Outro forma de calcularmos o ponto de equilíbrio é igualarmos o Lucro a zero na equação abaixo: Lucro = Receita Total – Custo Total Receita Total = R$ 20,00 x Quantidade Custo Total = Custo Fixo total + Custo Variável total Custo Total = R$ 5.000,00 + R$ 12,00 x Quantidade Igualando Lucro a Zero teremos: 0 = Receita Total – Custo Total 0 = 20 Q – ( 5.000 + 12 Q ) 0 = 20 Q – 5.000 – 12 Q 0 = 8 Q – 5.000 5.000 = 8 Q Q = 5.000 / 8 Q = 625 Pizzas Desta forma ao vendermos 625 pizzas mensais levaria a empresa a ter RT = R$ 20,00 x 625 pizzas = R$ 12.500,00 mensais E o Custo Total seria : R$ 5.000,00 + R$ 12,00 x 625 CT = R$ 5.000,00 + R$ 7.500,00 = R$ 12.500,00 RT – CT = Lucro R$ 12.500,00 – R$ 12.500,00 = 0 Portanto 625 pizzas é a quantidade de Pizzas que leva ao ponto de equilíbrio, assim a empresa vender mais de 625 pizzas para entrar na zona de produção e venda lucrativa. Método Gráfico de determinação do Ponto de Equilíbrio Curvas de custo variável e fixo Podemos perceber no Gráfico que no eixo Vertical ( ordenadas ) temos os valores observados nos custos fixos, variáveis No Eixo horizontal (abscissas) temos os sucessivos volumes de vendas e/ou produção A Curva de Custos Fixos é uma horizontal por se tratar de uma constante de R$ 5.000,00 mensais relativos ao aluguel da Pizzaria. Já a curva de custo variável é uma função crescente em razão do valor de R$ 12,00 a cada pizza produzida, e parte da origem uma vez que quando nada se produz nada se gasta com os custos variáveis. No par ordenado ( 500 , 6.000,00 ) nos dá o custo variável mensal na produção e venda de 500 pizzas. Se fizermos em um só diagrama a apresentação da Função Custo Total e a Função Receita Total teremos o seguinte gráfico: Perceba que na interseção das duas retas encontramos o ponto de equilíbrio, onde a receita total é de R$ 12.500,00 que se iguala ao Custo Total e que corresponde a vendas de 625 pizzas mensais. E na área azul encontramos os pontos de ´produção e venda que resultarão em lucros e se encontram acima e a direita do ponto de equilíbrio, já os que se encontram abaixo e a esquerda do equilíbrio representam a zona ( em amarelo ) de prejuízo do empreendimento Vimos que a margem de contribuição alcançada nas vendas mensais da pizzaria não foi suficiente para cobrir os custos fixos mensais ( aluguel de R$ 5.000,00 ) assim cabe ao gestor decidir entre algumas alternativas: 1. Renegociar o Valor do Aluguel 2. Aumentar o Preço de Venda das Pizzas 3. Buscar ampliar as vendas Pode ser que as duas primeiras alternativas sejam possíveis, mas pouco prováveis, tanto por aspectos contratuais ( no primeiro caso de revisão do aluguel ) ou por aspectos mercadológicos ( supondo que o valor de R$ 20,00 por pizza, seja o valor que o mercado, onde está inserida a pizzaria, pratica) Vimos em Economia Empresarial que os Custos Fixos não são passíveis de serem alterados no Curto Prazo; e no caso do nosso exemplo desta aula, percebemos os esforços de produção e vendas requeridos para cobrir os custos fixos. Da mesma forma ressaltamos na nossa primeira aula a questão do preço de mercado como determinante do limite máximo em níveis de concorrência perfeita, como nos parece ser o caso de uma pizzaria. Resta, portanto ao Administrador identificar as oportunidades do próprio negócio, aquelas variáveis empresariais que estão ao alcance de suas decisões. Buscar ampliar suas vendas quer através das ferramentas de marketing, ou ainda avaliando a elasticidade preço da demanda de seu produto. Observe ainda a relevância dos Custos Fixos para as Organizações, eles são inicialmente determinados pela escala empresarial definida no início do empreendimento. . No mundo corporativo de hoje, o grande desafio é gerenciar, não somente os custos dos componentes produzidos e ofertados, mas também acompanhar de perto a natureza e a evolução dos custos fixos, diretos ou indiretos, e sempre que possível buscar tornar variável ( e com isso se alinharão ao volume de produção e vendas ) o que hoje se apresenta como Custos Fixos. Na próxima aula iremos debater o uso do Modelo Custo Volume e Lucro para a tomada de decisão nas organizações. Estudo Dirigido Curso: Administração Disciplina: Custos Empresariais Módulo: Eixo: Aula 05: Análise de Custos, Volume e Lucro – Decisões Empresariais. OBJETIVOS DA AULA • Entender como a Análise de Custos Volume de Produção e Lucro permite uma melhoria das estimativas sobre a rentabilidade dos negócios. • Conhecer os impactos nos custos e no preço final de bens e serviços ao adotar estratégiascompetitivas • Reconhecer os riscos a priori sobre decisões que impactam custos e volumes de produção. INTRODUÇÃO DA AULA Em nossa última aula, vimos que o empresário de nosso exemplo (pizzaria) se deparou, após um período de vendas, com o insucesso momentâneo no que diz respeito à lucratividade de seu empreendimento. O volume de vendas, e a consequente margem de contribuição, não eram compatíveis com a estrutura de custos observada, até então. Terminamos a última aula, com indagações sobre qual caminho tomar, a fim de elevar as receitas e/ou reduzir as despesas na Pizzaria. Nesta aula iremos avaliar os impactos e a análise de decisões estratégicas que poderiam ser implementadas a fim de alcançar melhores resultados. TÓPICOS - Tópico 1. A Dinâmica das Estratégias Empresariais - Tópico2. Explicar como o CVL pode ser utilizado em Organizações Lucrativas ou Sem Fins Lucrativos. - Tópico 3. Obter o Lucro Operacional Alvo CONTEÚDO Em nosso exemplo da aula passada, a questão apresentada obrigava a uma decisão empresarial que permitisse elevar as vendas de pizzas mensais a fim de cobrir os custos Vimos que a alternativa de elevação de preço poderia certamente fazer com que o empreendimento fracasse de vez, pois o mercado de pizzas naquela localidade não aceitaria valores superiores aos R$ 20,00, por pizza, cobrados. Da mesma forma obrigações contratuais estabelecidas na ocasião do contrato de aluguel, impediria a sua revisão (para baixo) a fim de reduzir os custos fixos incorridos pela pizzaria. Após uma analise mais aprofundada do mercado, nosso empreendedor percebeu que apesar de boa localização, os potenciais consumidores de suas pizzas, ainda não estavam corretamente informados sobre a sua loja, seus preços, qualidades diferenciadas de atendimento, etc... O Empreendedor estimou que caso houvesse uma campanha publicitária, baseada na distribuição de folhetos pela redondeza, poderia haver um incremento de vendas na ordem de 25% nas vendas mensais. Assim passaria das 500 pizzas vendidas para 625 que é o volume de vendas onde se dava o ponto de equilíbrio em nossa aula anterior. Estima-se que para a confecção dos folhetos e sua distribuição seriam gastos R$ R$ 1.000,00 e assim foi decidida a ação de divulgação. Imaginando que tudo tenha ocorrido conforme o planejado e de fato as vendas reagiram a divulgação e foram vendidas no mês subsequente as 625 pizzas planejadas, como ficou o resultado deste novo período: RT = Valor unitário de venda x Quantidade vendida RT = R$ 20,00 x 625 unidades = R$ 12.500,00 / mês Por sua vez os custos que irá incorrer são: Custo Total ( CT ) = Custo Fixo ( CF ) + (Custos Variáveis x Quantidade produzida ) CF = R$ 5.000,00 ( aluguel ) + R$ 1.000,00 ( divulgação ) = R$ 6.000,00 CV= R$12,00 ( custo variável unitário ) x 625 ( quantidade vendida de pizza mensalmente ) = R$ 7500,00 CT = R$ 6.000,00 + R$ 7500,00 = R$ 13.500,00 Resultado Financeiro ao final do Mês = RT – CT = Lucro ( ou prejuízo ) Prejuízo de R$ 1.0000,00 Neste caso, a Receita Total (R$ 12.500,00) apesar de crescer, ainda assim não foi possível cobrir os custos totais, pois com a decisão de divulgação e seu gasto de R$ 1.000,00, a distribuição de folhetos impactou nos custos fixos e onde antes foi calculado o ponto de equilíbrio em 625 pizzas mensais, e mesmo que atingindo este objetivo, temos agora um novo ponto de equilíbrio superior, decorrente da nova estrutura de custos (ainda que momentânea dos custos da pizzaria) O fim desta história ainda está por ser contada. Cada um de nós, podemos imaginar outras soluções encontradas pelo nosso empreendedor a fim de obter o sucesso desejado na sua pizzaria. De pronto, deixemos uma reflexão: caso nosso empreendedor consiga reter seus clientes, nos meses subsequentes, a pizzaria não mais incorrerá nos gastos de divulgação, assim os custos fixos poderão retornar aos patamares anteriores e atingir o ponto de equilíbrio. O objetivo deste exemplo é ilustrar que a cada momento no dia a dia das organizações, decisões são tomadas, e todas devam ser precedidas de análises e consequências, não era preciso esperar encerrar o mês para saber que os custos se elevariam por conta da divulgação, o que não se sabia, a priori, era o incremento de vendas decorrente da campanha. Assim o Administrador mesmo em organizações mais complexas está sempre se defrontando com questões assemelhadas a esta apresentada, e caberá a ele assumir os riscos, naturais em uma empresa, mas utilizando seu instrumental de gestão a fim de reduzir as incertezas e melhor trilhar o caminho do sucesso. Ao gestor cabe buscar a maior eficiência na alocação de recursos, e as alterações efetuadas quer na gestão das pessoas, no processo produtivo, na forma como posiciona a sua organização no mercado, ou ainda como se relaciona com clientes e fornecedores. Todas essas alternativas, juntas ou isoladas, certamente trarão impactos no volume de vendas e mais ainda, alterarão os padrões na estrutura de custos da empresa. Assim a Gestão Estratégica de Custos, permite o que aqui já sublinhamos, a capacidade de antecipar os resultados a fim de embasar corretamente o processo decisório empresarial. Outra abordagem que esta aula pode nos oferecer é utilizarmos os conceitos e técnicas até aqui apresentadas de forma a estabelecer o volume de vendas a fim de atender um Lucro Operacional Alvo. Este objetivo pode ser traduzido da seguinte forma: Qual o volume de vendas necessário para obter-se um determinado valor de lucro operacional, ao final de um período. Da mesma forma que calculamos o ponto de equilíbrio, podemos calcular o volume que suportaria um valor do lucro alvo, a diferença será que neste caso as receitas superarão os custos totais. Ainda utilizando o nosso exemplo da Pizzaria, se o objetivo é auferir R$ 6.000,00 mensais de Lucro Operacional Alvo, E os Custos Totais são definidos por CT = R$ 5.000,00 + ( R$ 12,00 x Quantidade) Teremos Lucro Operacional Alvo = Receita Total – Custo total R$ 6.000,00 = R$ 20,00 x Q – R$ 5.000,00 – R$ 12,00 x Q 6.000+ 5.000 = 20 Q - 12 Q 1000 / 8 = Q Q = 1.375 Será necessário vender mensalmente 1.375 pizza a R$ 20,00 cada a fim de se obter uma receita total de R$ 27.500,00, e pagar R$ 5.000,00 de custos fixos e ainda R$ 16.500,00 de custos variáveis, levando a um lucro operacional de R$ 6.000,00 Podemos ainda aplicar o Modelo de Custo – Volume – Lucro em empresas sem fins lucrativos, assim ONG´s ou ainda Organismos Governamentais irão focar não no preço de venda, mas fundamentalmente na composição dos custos. A eficiência neste caso será medida pelo maior alcance possível dos recursos alocados em um determinado empreendimento. Os indicadores podem ser: • Custo do metro cúbico de água tratada e distribuída • Custo por aluno matriculado no primeiro Grau ou na Pré-Escola • Custo por atendimento médico de urgência, Via de regra as receitas para fazer frente a estes empreendimentos do setor público , são fixadas, ou possuem uma estreita margem de manobra. Desta forma cabe ao gestor buscar a maximização dos serviços, e para tanto a melhor forma é a busca da eficiência nos custos. Em todos estes processos teremos custos fixos e variáveis, e terão de ser geridos da mesma forma que são em empreendimentos privados, o que os diferenciam, a princípio, é o destino que se dá aos resultados positivos. No empreendimento privado, remuneram o capital investido; e no setor público ou não governamental serão utilizados para ampliar mais ainda os serviços oferecidos, conferindo um caráter de maior resolubilidade às demandas da sociedade. Curso: Administração Disciplina: Custos Empresariais Módulo: Eixo: Aula 06: Custeio por Ordem de Produção. OBJETIVOS DESTA AULAAté aqui trabalhamos com o gerenciamento de custos de uma organização simples, ode o produto oferecido era uniforme e simplificamos a alocação de custos, tanto os variáveis ( custo direto de fabricação ) quanto os fixos ( aluguel ) Entretanto no mundo real as operações de produção ou de prestação de serviços, são infinitamente mais complexas. O que mais iremos observar nas unidades produtivas, são um rol de produtos, semelhantes ou não, ou ainda empresas que possuem no seu portfolio produtivo um único tipo de bem ou serviços que por sua vez são adaptados às características de cada cliente. Assim, cada vez mais o processo de produção, irá exigir do administrador um maior grau de análise e gerenciamento das atividades que integram a cadeia de valor da organização, capaz de aproximar os resultados auferidos da realidade corporativa. INTRODUÇÃO DA AULA • Custeio por Ordem de Produção • Distinção ente custeio por ordem de produção e custeio por processo • Alocação de custos indiretos A ciência administrativa está em constante evolução e novas metodologias e abordagens são experimentadas e quando eficazes são incorporadas ao leque de ferramentas de Gestão. Aspectos a serem considerados ao introduzir Sistemas de Custeio nas Organizações. Qualquer que seja o sistema de Custeio adotado pela organização o gestor deve ter me mente que o essencial, ao se lançar na construção e gerenciamento de custos, é observar: Relação Custo x Benefício na introdução do sistema, o sistema de custo deve respeitar a velocidade e a capacidade de absorção dos atores organizacionais para esta nova abordagem na empresa. Além disso, ter em conta que Gestão de Custos, assim como o compromisso com a Qualidade ou com a Sustentabilidade, é mais do que uma função organizacional, ou uma simples técnica, é antes de mais nada uma cultura a ser desenvolvida e que deve perpassar por toda a estrutura organizacional, e não segregada ou isolada em um único departamento. O Sistema deve respeitar a cadeia de valor das organizações e como o produto ou serviço é elaborado. Sempre é possível e deve ser frequentemente observada as oportunidades de melhorias na produção e gestão das companhias, mas o que não pode ser desejado é fazer com que o processo correto de produção se adapte ao sistema de custeio. Esta seria uma inversão de prioridade que pode as vezes desestruturar a empresa. O Sistema de Custos está a serviço da decisão, ele é adotado para aumentar a inteligência competitiva da organização e alavancar a velocidade e reduzir as incertezas no gerenciamento estratégico das empresas. O sistema de Custeio não é a única base de informação da qual se vale o Administrador na tomada de decisão, por mais importante que seja hoje e cada vez mais, a competição por custo não é o único componente ou variável a ser observada pelos gestores, fatores como gosto do cliente, qualidade requerida, prazo AULA ONLINE - Tópico 1. A introdução de Sistemas de Custos e o que se deve observar nas organizações - Tópico2. Definir as semelhanças e as diferenças entre custeio por ordem e por processo - Tópico 3. Apresentar a metodologia de rateio de custos indiretos e conformidade, são elementos tão importantes quanto o resultado do custeio de produtos ou serviços. Observe que já há consumidores dispostos a pagar mais por produtos que comprovadamente não agridam o meio ambiente, para este grupo de clientes ou este nicho de mercado, a organização certamente possui um qualificado sistema de custeio, mas nem por isso suas informações se sobrepõem as demais dimensões do produto. De maneira geral podemos eleger dois grandes vetores de Objetos de Custos: � Produtos/ Serviços � Departamentos ou Centros de Responsabilidade O custeio de produtos/serviços já foi aqui introduzido, e neste momento, queremos apresentar o uso de custeio de departamentos ou de centros de responsabilidade. Esta abordagem favorece a gestão empresarial no acompanhamento e avaliação de unidades organizacionais, formais ou não. Assim podemos levantar os custos de cada uma das unidades, funcionais, regionais ou ainda atividades específicas que por sua relevância são merecedoras de acompanhamento. As organizações para conquistarem a excelência na gestão de custos desenvolvem ainda os sistemas de custeio que podem ser classificados como: � Custeio por ordem de Produção/Serviço � Custeio por Processo Como exemplo podemos destacar: Construção de casas Custeio por Ordem Comercialização de Commodities Custeio por Processo Consultoria na Área de Gestão Custeio por Ordem Envio de correspondência Custeio por Processo Note que estes dois tipos de sistemas de custeio são extremos de um continuum E que podemos verificar em uma só organização, o implemento de ambos ou de u sistema que mais se aproxime de um tipo ou de outro. Em um sistema de custeio por ordem de serviços observam-se as seguintes etapas para a atribuição dos custos: � Identificar a ordem de produção com o Objeto de Custo, por exemplo o contrato de construção de casas populares em um determinado bairro � Identificar os custos diretos que serão apropriados àquela ordem de produção, mão de obra direta, materiais diretos, etc... � Selecionar as possíveis bases de alocação para rateio dos custos indiretos. Alocar custos indiretos de fabricação é uma das tarefas mais desafiadoras em um sistema de custeio. Máquinas, equipamentos, equipes de supervisores, departamentos de pesquisa, manutenção, são custos incorridos para diversos objetos e sua apropriação requer uma dose de arbitragem calcada em técnicas desenvolvidas ao longo das experimentações nos sistemas de custeio. As empresas no mundo elegem alguns itens que podem ser utilizados como base de alocação de custos indiretos Horas de mão-de-obra direta Valor da mão-de-obra direta Horas-máquina utilizada Valor dos materiais diretos Unidades produzidas � Identificar os custos indiretos associados a cada uma das bases de alocação de custos Por exemplo: um empresa produz dois itens, A e B, em ambos é possível calcular o valor dos custos diretos, no entanto como fazer a apropriação dos custos indiretos em cada um destes itens? Custo Direto Custo Indireto Total Item A (1.000 unidades) Item B (3.000 unidades) Mão de Obra 5.000,00 10.000,00 15.000,00 Materiais 30.000,00 20.000,00 50.000,00 Uso de Máquinas (2.500 horas) 75.000,00 75.000,00 Materiais Indiretos 24.000,00 24.000,00 Total 35.000,00 30.000,00 99.000,00 164.000,00 � Calcular a taxa por unidade de cada base de alocação de custos utilizada para alocação dos custos indiretos Caso a base de apropriação seja pelo valor de mão de obra empregada em cada uma dos itens teríamos : O item A é responsável por 33,3% do gasto com mão de obra direta e o item B por 66,6 % A apropriação de custos seria Custo Direto Custo Indireto Total Item A (1.000 unidades) Item B (3.000 unidades) Item A Item B Mão de Obra 5.000,00 10.000,00 15.000,00 Materiais 30.000,00 20.000,00 50.000,00 Uso de Máquinas (2.500 horas) 25.000,00 50.000,00 75.000,00 Materiais Indiretos 8.000,00 16.000,00 24.000,00 Total 35.000,00 30.000,00 33.000,00 66.000,00 164.000,00 � Calcular os custos indiretos alocados Desta forma o custo total do item A seria Mão de Obra 5.000,00 Materiais 30.000,00 Uso de Máquinas 25.000,00 Materiais Indiretos 8.000,00 Total 68.000,00 E o custo total do item B Mão de Obra 10.000,00 Materiais 20.000,00 Uso de Máquinas 50.000,00 Materiais Indiretos 16.000,00 Total 96.000,00 � Calcular os custos totais somando-se os Diretos e Indiretos 68.000,00 ( item A ) + 96.000,00 ( item B ) = 164.000,00Nesta aula, você: -Entendeu como são estruturas os sistemas de custos. - Aprendeu a distinguir os custos por ordem e por processo - Compreendeu como se dá a alocação de custos indiretos em diferentes tipos de itens Estudo Dirigido Curso: Administração Disciplina: Custos Empresariais Módulo: Eixo: Aula 07: Custeio Baseado em Atividades - ABC. *Nesta aula, você irá: Como já foi visto uma das principais dificuldades na alocação de custos, recai no que tange aos Custos Indiretos. Por melhor que sejam as técnicas de alocação dos custos indiretos sempre poderão ocorrer distorções indesejadas. Desta forma as organizações buscam aprimorar seus sistemas de custeio, principalmente nas últimas décadas onde a complexidade e a variedade de produtos exigem um esforço muito grande por parte dos gestores a fim de melhor precificar seus produtos e serviços. O Sistema de Custeio Baseado em Atividades – ABS, reorienta o foco de alocação, passado do produto ou processo para as atividades que encontramos no todo organizacional. Ele permite inclusive, dentre outras possibilidades, um gerenciamento mais próximo das funções e áreas atuantes nas empresas, podendo serem acompanhadas no que diz respeito a performance, metas e custos de cada uma destas atividades. A INTRODUÇÃO DA AULA OS OBJETIVOS DA AULA • Apresentar a dinâmica das Tecnologias de Custeio • Distinção ente custeio por ordem de produção e custeio baseado em atividades • Explicar o custeio a menor e a maior Conteúdo Online O Mundo Organizacional tem cada vez mais evoluído em diversas atividades que não se situam diretamente no “Chão de Fábrica”, a competição e as novas técnicas e tecnologias impõe novas dinâmicas empresariais, que por outro lado desafiam em muito os sistemas tradicionais de custeio. Logística, Marketing, Administração Financeira, Programas de Qualidade, Responsabilidade social, Pesquisa e Desenvolvimento, Just in Time, Kanbam, uso da robótica na produção, são funções importantes e que devem ter seus custos alocados em cada bem ou serviço ofertado pela empresa. Ainda que algumas empresas optem por renunciar no acompanhamento custeio destas atividades, agregando-as como despesas, as mais sofisticadas e por isso mesmo mais competitivas, entendem que alocar estes valores, tendo por princípio um ou dois itens de rateio ( mão de obra direta, tempo de utilização de máquinas, etc...) mascaram os verdadeiros custos que cada um dos itens ou lote de produção incorrem. A recente revolução que a Gestão por Processo trouxe, permitiu um novo olhar sobre a organização, o organograma tradicional representativo da empresa, não mais dava conta para entendermos a forma com que cada bem ou serviço era produzido, e talvez por isso, quais eram os pontos de melhoria incremental ou mesmo quais as mudanças radicais necessárias para a reinvenção dos processos e a racionalização de custos e eliminação de desperdícios. Neste ambiente surge o Sistema de Custeio por Atividade, a lógica do ABC se dá na direção de que as Atividades integrantes na produção consomem recursos e os Bens e Serviço consomem Atividades. Os tradicionais sistemas de custeio por volume, via de regra absorvem os custos indiretos utilizando os critérios que vimos nas aulas passadas e que por sua vez podem induzir a um custo maior ou menor daquele realmente incorrido durante o processo produtivo. - Assunto 1. Aprofundamento do Custeio Baseados em Atividades - Assunto 2. ABC e os Processos Gerenciais - Assunto 3. Sistema de Custeio Baseado e Sistemas de Custeio em Departamentos O TEXTO DE APRESENTAÇÃO DA AULA ONLINE Define-se o Custeio a Maior de um Produto ou Serviço quando o custo relatado é mais alto do que o realmente incorre. Por sua vez o Custeio a Menor um Produto ou Serviço surge quando o custo relatado é menor do que de fato foi gasto. Os processos de rateio de custos indiretos, ainda que ponderados por um ou mais indicadores, são sempre repartidos por uma média (simples ou complexa, mas sempre uma média) e no dia a dia verificamos que o uso destas medidas ainda que nos traga uma noção numérica, seu resultado pode estar bem distante da realidade. No livro do Professor Horngren tem um exemplo eficaz destes casos, ele utiliza a conta dividida igualmente entre amigos, onde cada um deles consumiu itens diferentes, o que aconteceu é que para alguns o valor pago estava superior ao que efetivamente consumiu e para outros estava inferior. Este é um típico caso de subsídio cruzado, que pode e deve ser tolerado em relações pessoais como a confraternização de amigos, mas que no mundo corporativo pode comprometer preços e margens de lucros. O aprimoramento do sistema de custeio busca reduzir o uso das médias gerais para atribuição de custos aos objetos. O incremento da tecnologia da informação, ao ser utilizada na melhoria do processo produtivo, permitiu alavancar e conquistar maior precisão nos custos. Aconselha-se ainda, uma análise profunda na organização onde seja possível identificar exaustivamente Custos Diretos em cada objeto de Custo, a fim de reduzir a necessidade de rateio dos custos anteriormente classificados como indiretos. Buscar agrupar gastos indiretos em conjuntos mais homogêneos e com a mesma relação de causa e efeito com a base de alocação. Esquema gráfico do Custeio ABC As atividades individualizadas tornam-se objetos de custo. Uma atividade é um evento, uma tarefa, ou unidade de trabalho com um propósito específico. O Sistema ABC, irá calcular o custos destas atividades e alocar e irá atribuir aos produtos e serviços seus valores na medida de seu uso. O Sistema ABC foca nos custos indiretos aprimorando sua atribuição aos departamentos, processos, produtos e demais objetos de custos. Portanto os gestores ao adotarem o Sistema de Custeio ABC necessitam preliminarmente mapear as atividades e quando possível avaliar e retificarem os processo de produção. Com esta metodologia poderão ocorrer a revelação de atividades ou mesmo grupos de trabalham que efetivamente não agregam valor ao produto e portanto são passíveis de serem descontinuadas. Outro fator importante como diferenciador de uma gestão que utilize o sistema ABC, é o estabelecimento de metas e valores para cada uma das atividades, uma vez que amplia o foco de custeio na empresa e os gerentes diretos passam a incorporar a função custos dentro de suas atribuições. OS desperdícios observados no decorrer do processo produtivo também são mais fáceis de serem observados ao estabelecermos o custeio das atividades, desta forma não só a atividade ficará melhor desempenhada, como também a organização eliminará a perda de recursos. Em síntese o sistema ABC possui objetivos organizacionais que impactam diretamente na gestão das empresas que o adota, e tem como objetivo: • Identificar os recursos consumidos nas atividades chave das empresas • Estabelecer metas de desempenho para cada uma destas atividades • Permitir um planejamento melhor na adoção de novas práticas organizacionais, contrapondo de forma mais precisa os custos e os benefícios da inovação • Por fim as empresas que adotam o sistema ABC necessitam uma fluência permanente com as novas tecnologias de informação sem as quais a evolução organizacional torna-se mais lenta e insegura para os gestores. Atividade Custo da Atividade Custo do Produto ou Serviço Objeto de custo fundamental Atribuição para outros objetos de custo Estudo Dirigido Curso: Administração Disciplina: Custos Empresariais Módulo: Eixo: Aula 08: Custeio Baseado em Atividades - ABC. *Nesta aula, você irá: O Sistema de CusteioBaseado em Atividades veio ao socorro das organizações que se deparam com um crescente e complexo portfólio de produção de bens e serviços. Da mesma forma as atividades empresariais de apoio ao processo de oferta quer de bens ou de serviços, também passaram a conhecer novos níveis de complexidade. Porém sabemos que mesmo não integrantes diretamente do processo produtivo, são atividades e/ou funções que requerem técnicas e especialistas com alto grau de conhecimento, mas nem por isso não podem ser excluídas de um estreito acompanhamento de seus custos. Ao dar maior relevo a estas atividades e incorporarem nos sistemas de custeio, o ABC elevou a inteligência competitiva facilitando o estabelecimento de metas qualitativas e quantitativas das organizações. INTRODUÇÃO DA AULA OBJETIVOS DA AULA • - Assunto 1. Aprofundamento do Custeio Baseados em Atividades • - Assunto 2. ABC e os Processos Gerenciais Conteúdo Online Os tradicionais sistemas de custeio legaram as organizações complexos problemas principalmente no rateio dos custos indiretos. Estes sistemas forma concebidos em um mundo mais estável e com alto grau de padronização, típicos do que chamamos a Era Industrial. Entretanto com o desenvolvimento dos mercados mundiais, o acirramento da competição global levou ao adensamento dos processos de gestão corporativa que por sua vez elevaram os gastos das organizações. Desta forma seria natural que houvesse a contrapartida de um maior controle. O Sistema ABC veio ao encontro destas novas dimensões organizacionais ao aprimorar a metodologia de custeio e lançando um olhar mais amplo no todo organizacional. Normalmente estes eram os problemas vivenciados pelos gestores de custos nas organizações que empregavam os métodos tradicionais de custeio: • Rateios Arbitrários geralmente utilizando a mão-de-obra direta ou horas-máquina • Elevação dos custos indiretos de produção aumentando os riscos de não conformidade nos custos apurados • A metodologia tradicional de custeio não favorecia a constante e por vezes necessidade de revisão dos processo organizacionais, percebia- se atividades invisíveis sob o enfoque do custeio • As perdas ou desperdícios advindos de um maior rigor com a qualidade tão pouco eram mapeados • O custeio tradicional dificilmente permitia perseguir o custo meta tão importante no mundo competitivo • As informações extraídas dos sistemas não emprestavam segurança necessária para a mudança na organização • A introdução de alta tecnologia fabril superava a metodologia tradicional de rastreio de custos Ao ser introduzida a nova metodologia de custeio – ABC, de imediato a organização passa a enxergar o seu processo produtivo desde o recebimento de uma ordem de venda até a distribuição e entrega, além naturalmente das atividades gerenciais e de suporte ao negócio da empresa. As atividades agrupadas em departamentos, formalizadas ou não no organograma, passar a ser acompanhadas no tocante a seus custos e são percebidas como “ fornecedoras “ de insumos a cada produto ou serviço vendido pela empresa. De imediato, este passeio pela organização já colocará em evidência as atividades que mesmo indiretamente não contribuem para agregar valor na produção e por isso mesmo devem ser objeto de uma cuidadosa análise quanto a pertinência de sua continuidade. Da mesma forma cada gestor da atividade será acompanhado sobre os gastos que impõem a organização e a capacidade de atendimento as demandas das demais áreas da empresa. No ABC relacionamos o recursos consumido (o que foi gasto ), com a Atividade realizada (onde foi gasto) e o Objeto de Custo (para quem foi gasto). Porém para que consigamos repassar para os produtos ou para as demais áreas “ clientes “ da empresa cada atividade deverá eleger seu direcionador de custo. O direcionador de custo – Cost Driver, é a expressão mais direta sobre a razão de ser de uma atividade e como ela se processa. Assim para uma atividade de logística teremos o os itens transportados manutenção, número de atendimentos marketing, campanhas para os produtos Para melhor implementar o sistema ABC a metodologia sugere que as atividades sejam categorizadas em um dos seguintes conjuntos de custos: Custo ao nível de Unidade de Produção: São os custos incorridos nas unidades produtoras de bens ou serviços como energia, manutenção de máquinas etc.. Custo ao Nível de Lote: São os custos incorridos pelas atividades que em geral se referem a grandes volumes. Por exemplo são preparação das máquinas para produção, Requisições de insumos, Pagamento de fornecedores, etc... Custo de Sustentação do Produto: Agrupam as atividades realizadas produzidas. Como exemplo, temos os departamentos de projetos, engenharia, modelagem etc... Custo de Sustentação da Empresa: São as atividades que pouco se relacionam diretamente com a produção mas que são vitais no gerenciamento da organização como um todo. Os administradores frequentemente entendem que todo gasto incorrido na organização será apropriado aos custos principalmente visando o estabelecimento real dos custos para serem confrontados com o preço de venda de mercado. Ao permitir um custeio mais criterioso o sistema ABC auxilia as empresas a tomarem decisões importantes, quer na precificação de seus produtos, principalmente quando possuem um grande número de itens em seu portfólio, quer na constante melhoria de processo e redução de custos, próprios das organizações que necessitam melhorar sua competitividade Os administradores de posse das informações estabelecem melhor as metas e custos de cada uma das atividades e detectam as oportunidades de redução de custos nas atividades ineficientes ou mesmo revisando a forma com que a cadeia de valor é composta. Ao implementar um sistema ABC de custeio os administradores também irão se defrontar com o desafio de estabelecer o nível do detalhamento que traga melhor resultado para a empresa. Em geral as empresas ao adotarem o ABC alcançam: Redução significativa de custos indiretos a serem rateados A maior parte dos custos indiretos é alocada ao nível da Unidade de Produção Percebem que os produtos diferentes demandam quantidades bem diferenciadas devido aos distintos volumes ou complexidade de produção O ABC permite ainda aumentar a inteligência competitiva pois incrementa as informações sobre: O Produto O Cliente O Processo O Departamento Nesta aula, você: -Entendeu como Custear atividades na Organização - Conheceu a relevância dos direcionadores de custos das atividades organizacionais Estudo Dirigido Curso: Administração Disciplina: Custos Empresariais Módulo: Eixo: Aula 09: Custos sob a Ótica da Economia. Os custos vistos sob a ótica da economia apresentam nuances diferentes quando comparamos com os critérios mais simplificados da realidade. Como foi visto ao longo do nosso curso, a economia de mercado está em constante movimento, quer seja pela natural e desejável oscilação de preços dos bens e serviços, quer seja pela inexorável lei da oferta e da procura. Desta forma não podemos admitir como verdade absoluta a existência de custos variáveis, ainda que no horizonte do custo prazo, como um valor homogêneo. A INTRODUÇÃO DA AULA OS OBJETIVOS DA AULA - Assunto 1. Comportamento dos Custos no Curto e no Longo Prazo - Assunto 2. Complexidade da Função Custo Vimos ainda que mesmo em operações básicas dos sistemas de custeio, como por exemplo, a metodologia de cálculo do valor dos materiais estocáveis, Peps ou Ueps, os valores dos insumos a serem transformados no processo produtivo, apresentam variações de preços. Então como podemos afirmar que custos variáveis são lineares? Outro ponto aser destacado é o horizonte de tempo em relação aos custos fixos. Custos Fixos só são fixos se forem observados no curto prazo. No longo prazo todos os custos podem variar. Sempre poderemos alterar a escala do empreendimento ou ainda as bases de um contrato, porém estas mudanças possuem um tempo de mutação e quando ele se completa, e a organização transposta para este novo patamar, o que antes era fixo, variou, confirmando a hipóteses de que só há custos fixos no curto prazo e que no longo prazo, tudo é variável. Revisando os conceitos microeconômicos dos custos empresariais, iremos mais uma veza nos defrontar com os custos Fixos, Variáveis, Médios, Totais e Marginais. Como já abordamos a questão do tempo, iremos num primeiro momento analisa-los no Curto Prazo: Custos Fixos são os que não variam de acordo com a quantidade produzida , e são fixos apenas no curto prazo. Custos Variáveis são aqueles que se alteram toda vez que se altera a quantidade produzida Os Custos Médios podem ser: Custos Fixos Médios, são aqueles que decrescem a todo instante em que aumenta a quantidade produzida, sendo que o inverso também pode ser observado. Custos Variáveis Médios são calculados a partir da soma do total dos custos variáveis em um determinado ponto de produção e é divido pela quantidade produzida. Seu comportamento obedece a Lei dos rendimentos decrescentes, que nos diz que a princípio a organização irá aumentando o seu grau de eficiência na combinação entre o aparato produtivo fixo e a capacidade de produção refletida pelos custos variáveis. Desta forma iremos notar que no início ele diminui, se estabiliza e cresce dando consecução a determinação teórica da Lei dos Custos Crescentes. O TEXTO DE APRESENTAÇÃO DA AULA ONLINE Os Custos Totais Médios possui um comportamento semelhante aos custos variáveis mas deslocado pela influencia dos custos variáveis que o integra. Para melhor visualização observe o tabela abaixo: Produção Custo Fixo Custo Variável Custo Total Custo Fixo Médio Custo Variável Médio Custo Médio Custo Marginal 0 15,00 0 15,00 1 15,00 7,50 22,50 15,00 7,50 22,50 7,50 2 15,00 12,00 27,00 7,50 6,00 13,50 4,50 3 15,00 15,00 30,00 5,00 5,00 10,00 3,00 4 15,00 16,50 31,50 3,75 4,13 7,88 1,50 5 15,00 18,00 33,00 3,00 3,60 6,60 1,50 6 15,00 24,00 39,00 2,50 4,00 6,50 6,00 7 15,00 30,00 45,00 2,14 4,29 6,43 6,00 8 15,00 37,50 52,50 1,88 4,69 6,56 7,50 9 15,00 46,50 61,50 1,67 5,17 6,83 9,00 10 15,00 57,00 72,00 1,50 5,70 7,20 10,50 11 15,00 69,00 84,00 1,36 6,27 7,64 12,00 Podemos observar no exemplo que quanto maior for os valores da coluna de produção menores serão os custos fixos médios. Da mesma forma visualizamos uma redução inicial nos custos variáveis médios que em seguida inicia uma trajetória de crescimento mostrando um esgotamento da relação eficiente entre os fatores de produção fixos e os variáveis. Também podemos observar que o mesmo ocorre com os Custos Médios ( totais médios) só que em patamares produtivos mais altos. Outra explicação que podemos dar para o comportamento desta variação nos custos médios diz respeito ao aumento de procura dos fatores de produção variáveis e que podem vir a sofrer aumentos de seu preço devido ao aumento da sua demanda. Esta tabela também poderá de forma amis clara explicar o conceito dos Custos Marginais. Observe que quando adicionamos uma unidade no volume produzido podemos calcular quanto custo de fato produzir esta unidade adicional ( Marginal ) Assim para o nível de produção de 8 unidades o custo total foi de 52,50 e ao mudar o volume de produção para 9 unidades o custo total passa a ser de 61,50. Desta forma se subtrairmos esses dois valores chegaremos a conclusão que a Nona Unidade Produzida custou 9,00. O uso do Custo Marginal é relevante aos Gestores das Organizações a fim de calcularem o ponto ótimo de produção. Tomemos por exemplo uma empresa que objetiva Maximizar seus Lucros Mais ainda que o preço de mercado de venda para o seu produto é de R$ 10,00 por unidade. Se esta empresa estiver produzindo 9 unidades, a sua receita será de 9 vezes 10,00 = R$ 90,00 Por outro lado seu custo total será de R$ 61,50 como informa a nossa tabela. Por conseguinte o Lucro obtido será igual a Receita – Custo Total = 90,00 – 61,50 = R$ 28,50 Se os gestores decidirem aumentar o nível de produção para 10 unidades, e não mais 9 unidades, o custo total observado na tabela passará de 61,50 para 72,00 e por sua vez ( admitindo-se naturalmente que há comprador para esta unidade adicional ) a Receita passará dos 90,00 anteriores para 100,00, logo obtendo um lucro de R$ 28,00 Percebemos que apesar do esforço produtivo adicional, o lucro apurado ao final deste movimento de incremento da produção foi menor ( R$ 28,00 < R$ 28,50 ) o que nos faz pensar que na estratégia de Maximização de Lucro nenhuma unidade adicional será produzida se seu custo marginal for inferior ao preço de mercado de venda do bem ou serviço. Genericamente podemos estabelecer: Receita Marginal > Custo Marginal No entanto percebemos ainda que o custo médio para produzir 10 unidades foi de R$ 7,20 que é inferior ao preço de venda indicando claramente que ainda estamos na faixa de lucratividade, mas não na de Maximização de Lucros Entretanto, caso a organização tenha por estratégia o aumento de sua participação no mercado e não de maximização de lucros, ela poderá e deverá sim aumentar a sua produção. Assim demonstramos uma visão econômica dos custos que inclui as variáveis microeconômicas e o ambiente externo do mercado. Outro ponto a ser destacado nesta visão é a do Custo de Oportunidade, que são os custos não percebidos sobre as oportunidades de investimento. Por exemplo, caso a organização possua um prédio próprio naturalmente não pagara aluguel, por outro lado o não recebimento deste aluguel significa um custo implícito não calculado. Também não é comum as empresas calcularem as Externalidades, devido a sua existência a organização pode trazer benefícios ou malefícios a Sociedade ou a comunidade do seu entorno. Um bom exemplo são os rejeitos produtivos poluidores ou por outro lado ações de responsabilidade social e/ou desenvolvimento socioeconômico do ambiente próximo ao empreendimento. Métodos de Estimativa dos Custos A maioria das empresas que utilizam sistemas mais complexos de custeio, se valem de métodos de estimativa dos Custos. Por serem importantes e por fim definidores da competitividade e lucratividade das organizações, diversos métodos tem sido empregados para avaliar as funções de custeio. São quatro os métodos mais comumente utilizados: Método de Engenharia Industrial: também chamado método de mensuração do trabalho, este método consiste em observação dos insumos que entram no processo produtivo ( input ) e compara-se com os itens de saída ( output ) . Em seguida mede- se o resultado do Objeto de Custo eleito e o direcionador adequado e a partir dai estima-se os fatores de produção relevantes e o direcionador de custos, derivando-se uma função de custos que espelhe os esforços e o valores envolvidos na produção. Método de Conferência: Estima-se as funções de custo com base em análise e opiniões sobre os custos e seus direcionadores, observados pelos diversos departamentos envolvidos no processo produtivos Método de Análise de Contas: Estima-se as funções de custo através da análise e classificação das contas de custos. Os administradores se valem mais de análises qualitativas do que quantitativas no uso deste método. Método da Análise Quantitativa: o Uso deste método impõe o desafio do uso de instrumental matemático formal a fim de estabelecer uma relação matemática entre a produção e os recursos necessários. Avaliação On-Line Avaliação:AV1-2011.1EAD - CUSTOS EMPRESARIAIS - COF0440 Disciplina: COF0440 - CUSTOS EMPRESARIAIS Tipo de Avaliação: AV1 Aluno: 200902010381 - JULIO CESAR DE SOUZA Nota da Prova: 8 Nota do Trabalho: Nota da Participação: Total: 8 Prova On-Line Questão: COF0440AV120111001 (130709) 1 - Uma Organização do setor industrial possui a seguinte estrutura de custos: CT = 3 Q2 + 2 Q + 30. Calcule o custo variável médio para Q=10 : Pontos da Questão: 1 52 62 32 20 Questão: COF0440AV120111056 (132044) 2 - Um dos principais pontos de decisão empresarial se dá no cálculo do ponto de equilíbrio, este indicador estabelece uma estreita relação com o volume de vendas e, portanto a capacidade da organização em conquistar mercado. Também é utilizado para buscar a harmonia entre o capital investido sob a forma de infraestrutura física (custo fixo) e os recursos a serem empregados na produção de bens ou serviços (variáveis). Assim se Uma empresa com custo fixo de 12.000 , custo variavel unitário de R$ 15 e um preço de $27, seu ponto de equilibrio será de R$... Pontos da Questão: 1 333,33 500 1000 666,66 Questão: COF0440AV120111068 (132286) 3 - As organizações possuem como objetivo, mais imediato, alcançar lucros. No entanto este superávit se dará a partir do preço de mercado de venda confrontado com os custos incorridos para a ´produção de bens ou serviços. O Lucro Total de uma empresa que produz 3.500 unidades de uma mercadoria a um preço de R$ 24, um custo variável unitário de R$ 6 e um custo fixo de R$ 60.000 será de : Pontos da Questão: 1 R$ 6.000 R$ 24.000 R$ 12.000 R$ 3.000 Questão: COF0440AV120111027 (131619) 4 - Considere as seguintes afirmações sobre os itens constatntes dos sistemas de custeio normalmente adotados nas organizações: I – O Custo Direto é facilmente identificado no produto, porém precisa de rateios para ser identificado. II – O custo semivariável varia com o nível de atividade, porém não direta ou proporcionalmente Estão corretos : Pontos da Questão: 1 Apenas I Apenas II Visualização de Prova https://sia.estacio.br/portal/prt0010a.asp?p1=1390030&p2=5790&p3... 1 de 3 7/4/2011 22:13 Nenhum dos itens são corretos os Itens I e II Questão: COF0440AV120111080 (132368) 5 - Considere os seguintes itens a respeito de Margem de Contribuição e Ponto de Equilíbrio: I – O ponto de equilíbrio nunca pode ser Zero. II – A margem de contribuição total é a diferença entre receita e custo variável. Estão corretos : Pontos da Questão: 1 Apenas II Nenhum dos itens são corretos Os itens I e II Apenas I Questão: COF0440AV120111034 (131654) 6 - Nos sistemas de custeio podem ser utilizados diferentes técnicas de apuração de custos de mercadorias estocáveis Dadas as informações 01/02 – Estoque Inicial de 10 mercadorias a R$ 10 cada 08/02 – Compra de 20 mercadorias a R$ 15 cada 22/02 – Venda de 10 mercadorias a R$ 20 cada O Custo de Mercadoria Vendida pelo critério PEPS é de : Pontos da Questão: 1 R$ 150,00 R$ 100,00 R$ 175,00 R$ 225,00 Questão: COF0440AV120111017 (131486) 7 - Nas Organizações que possuem sistemas de custos os Gastos com aluguéis, salários dos funcionários do escritório e gastos com seguros das instalações prediais são exemplos de despesas: Pontos da Questão: 1 Variáveis Marginais Medias Fixas Questão: COF0440AV120111052 (132034) 8 - Um dos principais pontos de decisão empresarial se dá no cálculo do ponto de equilíbrio, este indicador estabelece uma estreita relação com o volume de vendas e, portanto a capacidade da organização em conquistar mercado. Também é utilizado para buscar a harmonia entre o capital investido sob a forma de infraestrutura física (custo fixo) e os recursos a serem empregados na produção de bens ou serviços (variáveis). Assim se Uma empresa com custo fixo de 12.000 , custo variavel unitário de R$ 14 e um preço de $26, seu ponto de equilibrio será de R$... Pontos da Questão: 1 666,66 1000 333,33 500 Visualização de Prova https://sia.estacio.br/portal/prt0010a.asp?p1=1390030&p2=5790&p3... 2 de 3 7/4/2011 22:13 Questão: COF0440AV120111047 (131773) 9 - O Ambiente Macroeconômico por vezes induz aos gestores das organizações o uso de um determinado critério para o sistema de custos de mercadorias estocáveis. Desta forma Considere os seguintes itens : I – O critério PEPS apura um lucro maior em economia inflacionária II – O critério UEPS é o que paga mais impostos sobre o lucro, em uma economia inflacionária Estão corretos : Pontos da Questão: 1 Apenas I Apenas II Nenhum dos itens são corretos Os itens I e II Questão: COF0440AV120111031 (131640) 10 - Nos sistemas de custeio podem ser utilizados diferentes técnicas de apuração de custos de mercadorias estocáveis Dadas as informações 01/02 – Estoque Inicial de 10 mercadorias a R$ 10 cada 08/02 – Compra de 20 mercadorias a R$ 15 cada 22/02 – Venda de 15 mercadorias a R$ 20 cada O Custo de Mercadoria Vendida pelo critério PEPS é de : Pontos da Questão: 1 R$ 175,00 R$ 150,00 R$ 100,00 R$ 225,00 Visualização de Prova https://sia.estacio.br/portal/prt0010a.asp?p1=1390030&p2=5790&p3... 3 de 3 7/4/2011 22:13
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