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Resumo de Custos Empresarias

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CUSTOS EMPRESARIAIS 
PROFESSOR LUIZ BELMIRO 
 AULA 1 
 
OBJETIVOS DA AULA 
• Identificar os principais itens e os objetos de custos incorridos no 
processo produtivo de bens e serviços em uma organização 
• Reconhecer os diferentes tipos de custos existentes em um processo 
produtivo 
 
INTRODUÇÃO DA AULA 
 
 No Mundo Corporativo de hoje as empresas estão, cada vez mais, 
sendo desafiadas a ofertarem seus produtos/serviços, com os requisitos 
de qualidade, inovações e, sobretudo, com diferencial de Preço. 
A crescente competição internacional aliada a instabilidade do cambio, 
impõe um profundo acompanhamento dos custos de produção a fim de 
garantirem a margem de lucro desejada. 
 
Freqüentemente ainda subsiste a idéia de que os preços são formados a 
partir de uma estrutura de custos observada ao longo do processo 
produtivo, e sobre este valor, acrescenta-se uma margem de lucro. 
 
Nada mais falso! O que se vê hoje em dia é o que os economistas 
denominam de mercado de Price Taker, ou seja: dado o preço que está 
sendo praticado pelo mercado para um determinado bem, busca-se 
adequar o padrão de custos em níveis inferiores ao preço e ai sim auferir 
seus lucros pela diferença do valor de venda e seu custo de produção. 
 
 Portanto conhecer mensurar e gerir a estrutura de custos de uma 
organização está dentre as principais tarefas do gestor. 
 
Tópico 1. A Relevância dos Custos empresariais no Mercado 
Competitivo 
- Tópico 2. Os conceitos básicos iniciais dos custos 
- Tópico 3. A função da gestão de custos ( totais, fixos, variáveis ) no 
planejamento empresarial 
 
CONCEITOS BÁSICOS INICIAIS DE CUSTOS EMPRESARIAIS 
Custo: Preço de aquisição de produtos ainda não utilizados para realizar 
rendas 
Objeto de Custo: é qualquer bem ou serviço produzido ou prestado, para a 
qual uma medida de custos é desejada 
 
DIFERENÇA ENTRE CUSTOS E DESPESAS 
 
• Despesas: Gastos aplicados contra a renda De um período. 
• Custo Fixo ( CF ): Independe da quantidade produzida. Ex.: aluguel; 
depreciação; mão de obra indireta. 
• Custo Variável ( CV ): Depende da quantidade produzida. Ex.: 
combustível; matéria prima; mão de obra direta. 
• Portanto: 
• Custos totais ( CT ) = Custo Fixo + Custo Variável 
• Custo Semi Variável (ou Semi Fixo): Varia com o nível de atividade, 
porém não direta ou proporcionalmente. 
• Ex.: luz; força; em certos casos o próprio combustível. 
 
TEMOS AINDA 
 
• Custo Total Médio ( CTme) = Custo Total / Quantidade Produzida 
Custo Fixo Médio ( CFMe) = Custo Fixo / Quantidade Produzida 
• Custo Variável Médio ( CVMe) = Custo Variável / Quantidade Produzida 
( neste momento iremos atribuir um valor único para o custo indireto por 
unidade produzida, e neste caso o custo variável médio, será igual ao 
custo variável unitário) 
• Custo Marginal ( Cmg ) > é definido pelo acréscimo no custo total 
quando a quantidade produzida aumenta em uma unidade extra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBSERVE QUE 
 
• A medida que a quantidade produzida aumenta os Custos Totais 
aumentam 
 Quanto maior a quantidade produzida, menor será o custo fixo médio, 
uma vez que os Custos fixos são diluídos por um número maior de produtos. 
• Neste exemplo atribuímos um valor constante para o custo variável para 
cada uma das unidades produzidas, entretanto em uma economia de 
mercado poderá sofrer variações para baixo ou para cima dos custos 
variáveis em função do aumento ou diminuição da demanda junto aos 
fornecedores de matéria prima ou de fatores de produção. Desta forma 
os custos marginais não sofrem alteração. 
• Desta forma, o gestor de uma empresa poderá projetar seu fluxo de 
produção/venda, em função dos custos observados para os insumos 
necessários a produção e em função da demanda estimada, para o seu 
produto e naturalmente ao preço de mercado verificado. 
• De forma esquemática, podemos definir o Lucro, como sendo a 
diferença apurada entre o preço de venda subtraído do custo unitário do 
bem ou serviço produzido. 
• Entretanto deve ser muito bem analisado o valor unitário de produção 
que certamente irá variar segundo o volume total produzido. Em parte 
isso se deve, no tocante aos custos fixos, pela maior diluição em razão 
do aumento da quantidade ofertada. E isso vale também no sentido 
contrário, ao se reduzir a quantidade de produção, maior será a a 
parcela dos custos totais que cada unidade irá “carregar” no seu custo. 
• O Administrador ao se lançar no mercado a fim de ofertar bens ou 
serviços, deverá antes de mais nada, e com base nos estudos de 
mercado, definir a capacidade máxima instalada de sua organização, 
pois via de regra, os custos fixos dai decorrentes, irão impactar 
fortemente nos lucros do empreendimento. 
• Atualmente observamos que grande parte das organizações buscam 
reduzir seus custos fixos, tornando-os, sempre que possível , em 
variáveis com o objetivo de atuarem em um mercado cada vez mais 
competitivo, podendo ganhar maior flexibilidade na produção e 
naturalmente em lucratividade. 
• Nesta aula, você: 
• - Compreendeu a função e a relevância dos custos no ambiente 
corporativo 
• - Aprendeu a distinguir os custos fixos x os custos variáveis 
• - Analisou as ferramentas, ao alcance do gestor para a tomada de 
decisão a cerca da escala do empreendimento. 
• 
 
 
 
 
CUSTOS EMPRESARIAIS 
PROFESSOR LUIZ BELMIRO 
 AULA 2 
OBJETIVOS DA AULA 
•Conhecer as características dos custos Diretos e Indiretos que as empresas 
incorrem ao produzir um bem, comercializá-lo ou prestar um serviço. 
•Identificar o rastreamento de custos como ferramenta de gestão para a 
melhoria dos processos produtivos, de eficiência administrativa ou ainda como 
um fator de elevação dos lucros. 
•Reconhecer os diferentes objetos de custos que integram a organização. 
Nesta aula iremos avançar nos estudos sobre os custos empresariais e como 
podemos melhor entender como os custos finais, de um produto ou serviço, se 
formam ao longo do processo produtivo. 
• Você irá perceber que, ao longo do processo produtivo, a empresa irá 
adquirindo insumos ou serviços, e estes poderão ser apropriados pelo bem ( ou 
serviço ) final, de forma Direta ou Indireta. Esta distinção é mais um item 
importante no sistema de custeamento necessário a excelência organizacional. 
• Cabe ao gestor de uma organização planejar e principalmente monitorar 
todo o processo de agregação de valor inerente a atividade produtiva a fim de 
garantir o melhor resultado no que tange a especificação de qualidade e preço. 
Desta forma o terá já percorrido meio caminho na direção do êxito empresarial 
e a consequente lucratividade. 
PRINCIPAIS TÓPICOS A SEREM ABORDADOS: 
• - Tópico 1. Características e Diferenças entre custos diretos e indiretos 
• - Tópico 2. Distinção entre Custos e Despesas 
• - Tópico 3. Significado dos Gastos gerais de Fabricação ( GGF ) 
• Além dos conceitos de Custos já aqui apresentados é necessário 
estabelecermos outros que nos auxiliarão na gestão dos custos de uma 
organização: 
• Objeto de custo: é qualquer bem, serviços, processo ou mesmo atividade, 
para a qual uma medida de custos é desejada. 
• Custo Direto: É facilmente identificado no produto. Não necessita de rateios. 
Ex.: matéria prima; embalagem; mão de obra direta. 
• Custo Indireto: Não é identificado no produto. Necessita de critério de rateio. 
Ex.: depreciação; mão de obra indireta; seguros; aluguel. 
Custo Semi Variável (ou Semi Fixo): Varia com o nível de atividade, porém não 
direta ou proporcionalmente. Ex.: luz; força; em certos casos o próprio 
combustível. 
• Despesas: é todo gasto relativo a administração, ao processo comercial e 
financeiro da organização. 
• Gastos Gerais de Fabricação (GGF) – Engloba a depreciação, energia 
elétrica de produção, manutenção fabril, gastos com o escritório para fábrica, 
etc... 
Exemplo: iremos correlacionar os gastos incorridosna produção de uma 
empresa com o conceitos até agora apresentados 
Coluna A Coluna B 
DEPRECIAÇÃO DESPESAS DO PERÍODO 
MÃO DE OBRA DIRETA CUSTO INDIRETO 
SALÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO GGF (GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO) 
MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS CUSTO DIRETO 
 
 
 
 
 
Coluna A Coluna B 
DEPRECIAÇÃO DESPESAS DO PERÍODO 
MÃO DE OBRA DIRETA CUSTO INDIRETO 
SALÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO GGF (GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO) 
MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS CUSTO DIRETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coluna A Coluna B 
DEPRECIAÇÃO DESPESAS DO PERÍODO 
MÃO DE OBRA DIRETA CUSTO INDIRETO 
SALÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO GGF (GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO) 
MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS CUSTO DIRETO 
 
• Você poderá perceber que ao rastrearmos os custos que a organização 
incorre ao longo do processo produtivo, ela poderá confrontar entre o valor 
planejado e o efetivamente gasto, além disso, será um instrumento poderoso 
para evitar o desperdício de gastos ou inadequação na estrutura de custos, 
vale dizer que poderá inclusive impactar na escolha dos fornecedores, o 
estabelecimento de novos processos de produção/distribuição, além de permitir 
um melhor posicionamento do produto (ou serviço ) no mercado e que, 
atualmente, se apresenta cada vez mais competitivo. 
• Note que além dos custos diretos, que em grande medida decorrem dos valores 
agregados diretamente a produção, vimos que os demais gastos da empresa 
impactam na formação do preço final do bem ou serviço. 
• Portanto o sistema de custos irá auxiliar o gestor de uma organização, na 
tomada de decisão sobre volume, qualidade, processo e canal de distribuição. 
 
 
 
 
Exercício 1 : Ligue os retângulos da primeira coluna aos da segunda 
Coluna A Coluna B 
Aluguel Despesas 
Energia Custo Indireto 
Distribuição Custo Direto 
Matéria Prima GGF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercício 1 : Ligue os retângulos da primeira coluna aos da segunda 
Coluna A Coluna B 
Aluguel Despesas 
Energia Custo Indireto 
Distribuição Custo Direto 
Matéria Prima GGF 
 
EXERCÍCIO 2: 
Com base nos valores apresentados abaixo, calcule os Custo da Produção, as 
Despesas no Período, os Custos Diretos e os Custos Indiretos da empresa 
XPTO. 
 R$ 
• Mão de Obra Direta 1.000,00 
• Mão de Obra Indireta 2.000,00 
• Salários da Administração 5.000,00 
• Material Direto 10.000,00 
• Depreciação da Fábrica 5.000,00 
• Despesa de Distribuição 5.000,00 
• Manutenção de Máquinas 1.000,00 
SOLUÇÃO: 
Custo da Produção: 
• Mão de Obra Direta 1.000,00 
• Mão de Obra Indireta 2.000,00 
• Material Direto 10.000,00 
• Depreciação da Fábrica 5.000,00 
• Manutenção de Máquinas 1.000,00 
• Total 19.000,00 
 
DESPESAS NO PERÍODO: 
• Despesas de Distribuição 5.000,00 
• Salários da Administração 5.000,00 
• Total 10.000,00 
 
CUSTO DIRETO: 
• Mão de Obra Direta 1.000,00 
• Material Direto 10.000,00 
• Total 11.000,00 
 
CUSTO INDIRETO: 
• Mão de Obra Indireta 2.000,00 
• Depreciação na Fábrica 5.000,00 
• Manutenção de Máquinas 1.000,00 
• Total 8.000,00 
• Desta forma vimos que os custos podem ser tanto Fixos quanto 
Variáveis e também podem ser classificados em diretos e indiretos 
• Além disso, o gerenciamento de custos deverá observar SEMPRE os 
ramos de atividade da organização. De maneira geral podemos categorizá-los 
em atividades: 
• Industriais 
• Comerciais e 
• de Serviços 
• Atividades Produtivas compram insumos e componentes e os 
transformam em produtos acabados. 
• Atividades Comerciais compram e, em seguida, vendem produtos 
tangíveis, sem significativas alterações em suas características. 
• Prestadores de Serviços fornecem serviços ou produtos intangíveis para 
seus clientes. 
 
NESTA AULA, VOCÊ: 
• -Entendeu de que forma os administradores gerenciam os custos 
empresariais, diferenciando os custos diretos e indiretos. 
• - Aprendeu a distinguir Despesas dos Custos de Produção 
• 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUSTOS EMPRESARIAIS 
PROFESSOR LUIZ BELMIRO 
 AULA 3 
OBJETIVOS DA AULA 
• Refletir sobre os impactos que o sistema de custos de materiais estocáveis 
tem sobre o resultado da empresa 
• Conhecer os métodos utilizados para custeio dos materiais estocáveis e 
inventariáveis mais utilizados. 
• Reconhecer nos diferentes cenários econômicos os métodos mais adequados 
de custeio e seus impactos no resultado das organizações. 
• Os estoques de uma empresa são necessariamente geridos e tem seus 
custos de aquisição, formalmente registrados. Estes valores são ao final do 
processo produtivo apropriado sob a forma de custo e terão papel relevante 
na apuração dos resultados do empreendimento. 
• A Gestão das empresas comumente se utiliza de três métodos de apropriação 
dos custos dos materiais de estoque: PEPS, UEPS e CMP. 
• Estes mecanismos de apropriação, juntamente com um maior ou menor 
cenário de estabilidade econômica, integra um complexo processo decisório 
que deve ter do Administrador a maior atenção a fim de gerir de maneira 
sólida a organização. 
• Tópico 1. Características e Diferenças os diferentes métodos de custeio 
• - Tópico 2. Impactos do uso de cada um nos resultados da organização 
• - Tópico 3. Correlação entre os métodos e o ambiente econômico e 
concorrencial 
• Para melhor compreendermos a relevância da gestão de custos em uma 
organização, imagine que todo o empreendimento, não importa se é do setor 
industrial, comercial ou de prestação de serviços, é de fato uma atividade 
intermediadora, entre fornecedores e consumidores, e que ao longo de um 
período agregar valor ao bem e atende as necessidades de clientes. 
• Assim podemos ver o enxergar o valor agregado em uma confecção ao 
transformar poucos metros de tecido em uma calça ou camisa. Perceba que o 
uso e o valor percebido pelo consumidor de imediata salta aos olhos ao 
compararmos o tecido ( insumo ) com a calça ( bem final). 
• Desta forma é possível pensarmos nas inúmeras atividades que são 
necessárias para a elaboração do produto final, tanto em termos diretos de 
produção quanto no tocante as atividades empresariais propriamente ditas, 
que vai da locação de espaço físico até o plano de vendas, passando 
naturalmente por um significativo esforço financeiro requerido. 
• Neste sentido iremos focar nosso estudos para o gerenciamento e correta 
apropriação dos custos dos itens estocáveis e de que forma alocamos estes 
valores ao custo final dos bens produzidos e/ou comercializados. 
• Perceba que de maneira geral podemos afirmar que em setores de prestação 
de serviços Não temos estoques tangíveis e inventariáveis. 
• Na atividade comercial estes estoques pouco sofrem alterações físicas 
durante o processo de aquisição > venda 
• No entanto na atividade industrial são inúmeros os itens adquiridos de um 
sem número de fornecedores e a todo instante a fim de darmos conta do 
processo contínuo de produção. E como vimos desde a nossa primeira aula o 
tempo atual é de grandes mudanças no mundo corporativo. 
• Nós mesmos, Brasileiros, que há muito estávamos acostumados a perceber 
somente aumento no preços dos bens e serviços, estamos há poucos anos 
nos acostumando com a idéia de que quanto maior é o desenvolvimento 
econômico, tecnológico e a inserção do país no mundo global, mais 
instabilidades iremos verificar no mundo dos negócios. Assim o que até então 
tinha uma só direção, subida de preços, verificamos que os preços sobem, e 
descem com a mesma desenvoltura. 
• Estas oscilações nos permite avaliarmos que para as organizações, a inflação 
( aumento contínuo e generalizado de preços) é tão ruim quanto a Deflação ( 
redução de preços). Estes fenômenos econômicos que se apresentamde 
forma geral, também acontecem de forma pontual. Assim imagine uma 
empresa que comercializa um determinado bem, e para isso conta com 
parceiros fornecedores de mercadorias e corretamente está administrada e 
possui um sistema de custos atento e eficiente, porém o surgimento de novas 
empresas ou a entrada de produtos semelhantes importados, levam a uma 
queda de preços no mercado consumidor. 
• É bem possível que a receita obtida pela venda não só comprometa o 
resultado esperado – LUCRO, como até mesmo poderá inviabilizar a 
reposição do seu estoque. 
• Portanto iremos nesta aula aprofundarmos o sistema de custeamento dos 
estoques, e são três os métodos de apropriação dos custos das mercadorias 
que integrarão o bem final: 
• PEPS – Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair 
• UEPS - Último a Entrar , Primeiro a Sair 
• CMP - Custo Médio Ponderado. Estes termos nos explicam a metodologia de 
apropriação dinâmica dos custos dos itens estocáveis a medida que a 
organização vende seus produtos. 
• O dia adia de uma empresa se dá com vendas de produtos e com a compra 
de estoques, e diante e cada vez mais complexa rede de fornecedores e 
concorrentes, momentos de escassez ou de abundância, o Administrador se 
depara com flutuações dos preços da matéria prima. Podemos portanto 
termos situações que em um determinado dia compramos insumos a R$ 
10,00 a unidade e na semana seguinte este mesmo item custe R$ 12,00 e na 
terceira semana esteja a R$ 12,50. Ou se preferirem o contrário também 
poderá estar ocorrendo, na primeira semana a R$12, 50; na segunda R$ 
12,00 e na terceira R$10,00. 
• Caso venhamos a vender durante este período um produto final que utilizou 
um item desta matéria prima estocada, quanto custou este item requisitado do 
estoque? R$ 10,00? R$ 12,00? ou R$ 12,50? 
• Mais ainda como a empresa deve ser preparar para a reposição destes itens 
a que preço? Veja que a metodologia de custo inadequada poderá 
comprometer os lucros e a capacidade de reposição do estoque. 
• Dando seqüencia ao nosso exemplo: se o preço de venda for de R$ 15,00 por 
unidade de produto final, qual (de forma bem simplificada) será o lucro? A 
resposta nos parece clara, depende! 
• Depende do método de custeio dos estoques, se a empresa utiliza PEPS, o 
primeiro item de nosso estoque custou R$10,00 e portanto o lucro obtido foi 
de R$ 5,00 ( R$ 15,00 – R$ 10,00). No entanto se foi utilizado o método 
UEPS, o lucro obtido foi de R$ 2,50 ( R$ 15,00 – R$ 12,50) já que foi R$12,50 
o valor pago pelo último item que deu entrada no nosso estoque. 
• Já no método de custo médio ponderado, o sistema de custo irá de forma 
contínua calculado a média ponderada dos valores pagos pelos itens de 
estoques. 
• Veja, portanto que dependendo do método o resultado financeiro se altera e 
impacta de forma significativa o valor a ser recolhido sob a forma de impostos 
os valores a serem reservados para a reposição dos estoques e até mesmo a 
parcela a ser distribuída aos acionistas da empresa ( dividendos ) . 
• De maneira geral em ambiente inflacionário ou de percepção crescente de 
preços no setor, o método PEPS irá impactar numa subavaliação dos valores 
dos itens estocados e ao mesmo tempo levará a um Lucro de maior 
magnitude, entretanto a empresa poderá pagar maior valor de IR e ao mesmo 
tempo poderá ter dificuldade de repor estoques. 
• Já em um cenário de queda de preços o UEPS poderia ser utilizado ( 
entretanto legislações tributárias por vezes impedem a sua utilização, uma 
vez que reduz o valor devido de impostos ) 
• Mesmo se usarmos o CMP, estaremos em última análise calculando um valor 
médio, o que por si só minimiza, mas não exonera a Empresa de refletir sobre 
os impactos das escolhas em seu processo decisório. 
• Lembrando sempre que a Equação de estaques é definida por 
• Estoque Inicial + Compras – Vendas = Estoque Final 
• Exercício: 
• Observando as características e dados abaixo, a empresa “Produtos de 
Beleza Rose” apresentou os seguintes movimentos de estoque e de vendas 
no período, adotando-se os critérios de custeio de materiais inventariáveis - 
PEPS e UEPS , complete o Quadro nos itens em branco ( Custo de Venda, 
Estoque Final e Lucro Bruto, para cada um dos métodos: 
• Inventário Inicial – 300u. a $10 $3000 
• Dia 1 – compra de 20u. a $15 $300 
• Dia 3 – venda de 50u. a $20 $1000 
• Dia 9 – compra de 100u. a $25 $2500 
• Dia 17 – venda de 150u. a $20 $3000 
• Dia 20 – compra de 50u. a $28 $1400 
• Dia 29 – venda de 100u. a $30 $3000 
• Inventário final – 170u. 
No exercício temos como dados consolidados 
• Estoques iniciais de 300 unidades e com valor de R$ 3.000 
• As Vendas somaram a 7.000,00 ( que derivaram de 50, 150 e 100 
unidades, totalizando 300 unidades cujos valores foram respectivamente 
20,00 , 20,00 e 30,00 
 reais ) 
• Percebemos que o total de vendas ( 300 unidades ) é o mesmo valor do 
estoque inicial, assim pelo método PEPS é mais simples o custo de 
venda é igual ao valor inicial de estoque : 300 unidades x 10,00 = 
3000,00 reais 
 que subtraído da venda 7.000 resulta no lucro de 4000,00 
• Se for utilizados o método UEPS, vimos que o custo de vendas será a 
soma de todos os itens adquiridos ( 20 + 100 + 50 = 170 ) e mais 130 
unidades oriundas do estoque inicial, totalizando os 300 itens vendidos. 
Quanto ao custo de venda, vimos que: 
• No dia 20 50 unidades a 28 1400,00 
• No dia 09 100 unidades a 25 2500,00 
• No dia 01 20 unidades a 15 300,00 
• E ainda 
• 130 unidades do estoque inicial a 10 1300,00 
• Total 5.500,00 que subtraído da venda 7.000 resulta no lucro de 
1500,00 
• Quanto aos estoques finais no PEPS resultou no total das compras ao 
longo do período 4200,00 
• E no caso do UEPS remanesceram as 170 unidades iniciais a 100,00 
 
NESTA AULA, VOCÊ 
• -Entendeu de que forma os administradores gerenciam os custos dos 
materiais estocáveis e inventariáveis . 
• - Aprendeu a distinguir os diferentes métodos de apropriação de custos 
de estoques 
• - Relacionou os custos de estoques aos resultados operacionais das 
empresas 
 
 
 
 
 
 
 
Curso: Administração 
Disciplina: Custos Empresariais 
Módulo: 4 
Eixo: 1 
Aula 04: Análise de Custos, Volume e Lucro 
 
 
 
 
*Nesta aula, você irá: 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução da Aula 04 
 
O cotidiano de um Administrador é o lidar incessantemente como a 
incerteza. Portanto o que se busca nesta Aula é oferecer o instrumental 
necessário para reduzir os riscos de decisão quanto ao volume de 
produção, seus custos e calcular o ponto de equilíbrio, a partir do qual a 
organização passa a auferir lucros. 
 
A idéia que basta um bom Plano de Negócios, uma correta pesquisa de 
mercado e uma consistente avaliaçào do ambiente interno e externo da 
organização é Falsa. O Gestor tem permanentemente acompanhar a 
evolução dos custos de seu produto, que são incorporador ao longo da 
cadeia de valor, e ao mesmo tempo compara-los com os do mercado a 
fim de se manter competitivo. 
 
Como vimos nas aulas anteriores, cada unidade do produto contem 
parcelas de custos fixos e dos custos variáveis, tanto diretos quanto 
indiretos, assim um dos pontos focais desta aula é estabelecer a Margem 
de Contribuição das Vendas, o volume de produção e o consequente 
resultado final. 
 
 
• Entender como é calculado o Ponto de Equilíbrio e de que forma os custos fixos 
e variáveis o influenciam 
• Conhecer o cálculo de margem de contribução geral e unitáriuas de cada 
compnente ofertado de forma a melhor gerenciar os custos fixos da 
organização. 
• Reconhecer os métodos de determinação do ponto de equílíbrio pelo método 
de Margem de Contribuição e pelo Método Gráfico. 
 
 
 
 
* Assista à aula teletransmitida04 que aborda os seguintes tópicos: 
 
 
Tomemos como exemplo uma Pizzaria, ela está localizada em uma rua de 
grande movimentação e desta forma não é difícil atrair seus clientes. 
 
O proprietário deste estabelecimento aluga a loja e o valor mensal é de R$ 
5.000,00. 
 
A capacidade máxima de produção é de 2.000 pizzas mensais e cada pizza 
é vendida por R$ 20,00 e seu custo variável (direto e indireto) é de 
R$12,00. 
 
Portanto devemos calcular o volume de vendas ( e naturalmente de 
produção ) de pizzas a fim de sabermos quantas unidades mensais do 
produto devem ser vendidas a fim de encontrarmos o ponto de equilíbrio 
desta empresa? 
 
Se mensalmente a Pizzaria consegue inicialmente vender 500 unidades, 
por exemplo, a receita total será: 
 
RT = Valor unitário de venda x Quantidade vendida 
 
RT = R$ 20,00 x 500 unidades = R$ 10.000,00 / mês 
 
Por sua vez os custos que irá incorrer são: 
 
Custo Total ( CT ) = Custo Fixo ( CF ) + (Custos Variáveis x Quantidade 
produzida ) 
 
CT = R$ 5.000,00 ( aluguel ) + R$ 12,00 ( custo variável unitário ) x 500 ( 
quantidade vendida de pizza mensalmente ) 
 
CT = R$ 5.000,00 + R$ 6.000,00 = R$ 11.000,00 
 
Resultado Financeiro ao final do Mês = RT – CT = Lucro ( ou prejuízo ) 
 
Neste caso, a Receita Total ( R$ 10.000,00 ) foi inferior ao Custo Total ( 
R$ 11.000,00 ), resultado em um prejuízo de R$ 1.000,00 
 
- Tópico 1.Definição do conceito de Custo, Volume e Lucro 
- Tópico2.Apresentar as metodologias de cálculo do ponto de 
equilíbrio: Método de Margem de Contribuição e Método Gráfico. 
- Tópico 3. Obter o Lucro Operacional Alvo 
 
 
 
Um dos instrumentos mais eficazes de avaliação dos resultados 
empresariais ao final de um período é utilizar o conceito de 
Margem de Contribuição: 
 
A Margem de contribuição é definida pela diferença entre o Custo Variável 
Total das mercadorias vendidas ( no nosso exemplo, as Pizzas ) e o 
Volume de Vendas Total 
 
 
MC da nossa Pizzaria foi = CV x Quantidade = R$ 12,00 x 500 = R$ 
6.000,00 
Menos 
RT da nossa Pizzaria > 500 unidades a R$ 20,00 por unidade = R$ 
10.000,00 
 
MC = R$10.000,00 – R$ 6.000,00 = R$ 4.000,00 
 
 
Observe que a margem de contribuição alcançada nas vendas mensais da 
pizzaria não foi suficiente para cobrir os custos fixos mensais ( aluguel de 
R$ 5.000,00 ) 
Mas quanto seria necessário vender mensalmente a fim de encontrarmos o 
ponto de equilíbrio: 
 
Método da Equação 
 
 
Podemos calcular através da igualdade entre a Margem de Contribuição 
e o Custo Fixo da Pizzaria. Assim MC teria de alcançar R$ 5.000,00 que é 
igual ao valor dos custos fixos totais de nosso exemplo. 
 
E para conseguirmos uma MC de R$ 5.000,00 mensais, quantas pizzas 
deveriam ser vendidas ao preço de R$ 20,00? 
 
Um bom caminho é calcularmos a Margem de Contribuição Unitária de 
cada Pizza vendida 
 
MC Unitária = Preço Unitário de Venda – Custo Variável Unitário 
 
MCU = R$ 20,00 – R$ 12,00 = R$ 8,00 por pizza 
 
Assim para encontrarmos o Ponto de Equilíbrio, basta dividir o Custo Fixo 
Total pela MCU 
 
R$ 5.000,00 : R$ 8,00 = 625 pizzas mensais serão necessárias serem 
vendidas a R$ 20,00 cada, a fim de cobrir, tanto os custos variáveis 
unitários R$ 12,00 bem como o Custo Fixo total R$ 5.000,00 
 
Outro forma de calcularmos o ponto de equilíbrio é igualarmos o Lucro a 
zero na equação abaixo: 
 
Lucro = Receita Total – Custo Total 
 
 
 
 
Receita Total = R$ 20,00 x Quantidade 
 
Custo Total = Custo Fixo total + Custo Variável total 
 
Custo Total = R$ 5.000,00 + R$ 12,00 x Quantidade 
 
Igualando Lucro a Zero teremos: 
 
0 = Receita Total – Custo Total 
0 = 20 Q – ( 5.000 + 12 Q ) 
0 = 20 Q – 5.000 – 12 Q 
0 = 8 Q – 5.000 
5.000 = 8 Q 
Q = 5.000 / 8 
Q = 625 Pizzas 
 
Desta forma ao vendermos 625 pizzas mensais levaria a empresa a ter RT 
= R$ 20,00 x 625 pizzas = R$ 12.500,00 mensais 
E o Custo Total seria : R$ 5.000,00 + R$ 12,00 x 625 
CT = R$ 5.000,00 + R$ 7.500,00 = R$ 12.500,00 
RT – CT = Lucro 
R$ 12.500,00 – R$ 12.500,00 = 0 
 
Portanto 625 pizzas é a quantidade de Pizzas que leva ao ponto de 
equilíbrio, assim a empresa vender mais de 625 pizzas para entrar na zona 
de produção e venda lucrativa. 
 
 
Método Gráfico de determinação do Ponto de Equilíbrio 
 
Curvas de custo variável e fixo 
 
 
 
 
 
 
 
 
Podemos perceber no Gráfico que no eixo Vertical ( ordenadas ) 
temos os valores observados nos custos fixos, variáveis 
 
No Eixo horizontal (abscissas) temos os sucessivos volumes de 
vendas e/ou produção 
 
A Curva de Custos Fixos é uma horizontal por se tratar de uma 
constante de R$ 5.000,00 mensais relativos ao aluguel da Pizzaria. 
 
Já a curva de custo variável é uma função crescente em razão do 
valor de R$ 12,00 a cada pizza produzida, e parte da origem uma 
vez que quando nada se produz nada se gasta com os custos 
variáveis. 
 
No par ordenado ( 500 , 6.000,00 ) nos dá o custo variável mensal 
na produção e venda de 500 pizzas. 
Se fizermos em um só diagrama a apresentação da Função Custo 
Total e a Função Receita Total teremos o seguinte gráfico: 
 
 
 
 
 
 
Perceba que na interseção das duas retas encontramos o ponto de 
equilíbrio, onde a receita total é de R$ 12.500,00 que se iguala ao 
Custo Total e que corresponde a vendas de 625 pizzas mensais. E 
na área azul encontramos os pontos de ´produção e venda que 
resultarão em lucros e se encontram acima e a direita do ponto de 
equilíbrio, já os que se encontram abaixo e a esquerda do 
 
 
 
equilíbrio representam a zona ( em amarelo ) de prejuízo do 
empreendimento 
 
 
 
Vimos que a margem de contribuição alcançada nas vendas mensais da 
pizzaria não foi suficiente para cobrir os custos fixos mensais ( aluguel de 
R$ 5.000,00 ) assim cabe ao gestor decidir entre algumas alternativas: 
 
1. Renegociar o Valor do Aluguel 
2. Aumentar o Preço de Venda das Pizzas 
3. Buscar ampliar as vendas 
 
Pode ser que as duas primeiras alternativas sejam possíveis, mas pouco 
prováveis, tanto por aspectos contratuais ( no primeiro caso de revisão do 
aluguel ) ou por aspectos mercadológicos ( supondo que o valor de R$ 
20,00 por pizza, seja o valor que o mercado, onde está inserida a pizzaria, 
pratica) 
 
Vimos em Economia Empresarial que os Custos Fixos não são passíveis de 
serem alterados no Curto Prazo; e no caso do nosso exemplo desta aula, 
percebemos os esforços de produção e vendas requeridos para cobrir os 
custos fixos. 
 
Da mesma forma ressaltamos na nossa primeira aula a questão do preço 
de mercado como determinante do limite máximo em níveis de 
concorrência perfeita, como nos parece ser o caso de uma pizzaria. 
 
Resta, portanto ao Administrador identificar as oportunidades do próprio 
negócio, aquelas variáveis empresariais que estão ao alcance de suas 
decisões. 
 
Buscar ampliar suas vendas quer através das ferramentas de marketing, 
ou ainda avaliando a elasticidade preço da demanda de seu produto. 
 
 
 
 
Observe ainda a relevância dos Custos Fixos para as Organizações, eles 
são inicialmente determinados pela escala empresarial definida no início do 
empreendimento. 
. 
 
No mundo corporativo de hoje, o grande desafio é gerenciar, não somente 
os custos dos componentes produzidos e ofertados, mas também 
acompanhar de perto a natureza e a evolução dos custos fixos, diretos ou 
indiretos, e sempre que possível buscar tornar variável ( e com isso se 
alinharão ao volume de produção e vendas ) o que hoje se apresenta como 
Custos Fixos. 
 
 
Na próxima aula iremos debater o uso do Modelo Custo Volume e 
Lucro para a tomada de decisão nas organizações. 
 
Estudo Dirigido 
 
 
Curso: Administração 
Disciplina: Custos Empresariais 
Módulo: 
Eixo: 
Aula 05: Análise de Custos, Volume e Lucro – Decisões 
Empresariais. 
 
OBJETIVOS DA AULA 
• Entender como a Análise de Custos Volume de Produção e Lucro 
permite uma melhoria das estimativas sobre a rentabilidade dos 
negócios. 
• Conhecer os impactos nos custos e no preço final de bens e 
serviços ao adotar estratégiascompetitivas 
• Reconhecer os riscos a priori sobre decisões que impactam custos 
e volumes de produção. 
 
INTRODUÇÃO DA AULA 
Em nossa última aula, vimos que o empresário de nosso exemplo 
(pizzaria) se deparou, após um período de vendas, com o insucesso 
momentâneo no que diz respeito à lucratividade de seu empreendimento. 
 
O volume de vendas, e a consequente margem de contribuição, não eram 
compatíveis com a estrutura de custos observada, até então. 
 
Terminamos a última aula, com indagações sobre qual caminho tomar, a 
fim de elevar as receitas e/ou reduzir as despesas na Pizzaria. 
 
Nesta aula iremos avaliar os impactos e a análise de decisões 
estratégicas que poderiam ser implementadas a fim de alcançar melhores 
resultados. 
 
TÓPICOS 
- Tópico 1. A Dinâmica das Estratégias Empresariais 
- Tópico2. Explicar como o CVL pode ser utilizado em Organizações 
Lucrativas ou Sem Fins Lucrativos. 
- Tópico 3. Obter o Lucro Operacional Alvo 
 
CONTEÚDO 
Em nosso exemplo da aula passada, a questão apresentada obrigava a 
uma decisão empresarial que permitisse elevar as vendas de pizzas 
mensais a fim de cobrir os custos 
 
Vimos que a alternativa de elevação de preço poderia certamente fazer 
com que o empreendimento fracasse de vez, pois o mercado de pizzas 
naquela localidade não aceitaria valores superiores aos R$ 20,00, por 
pizza, cobrados. 
 
 
Da mesma forma obrigações contratuais estabelecidas na ocasião do 
contrato de aluguel, impediria a sua revisão (para baixo) a fim de reduzir 
os custos fixos incorridos pela pizzaria. 
 
Após uma analise mais aprofundada do mercado, nosso empreendedor 
percebeu que apesar de boa localização, os potenciais consumidores de 
suas pizzas, ainda não estavam corretamente informados sobre a sua 
loja, seus preços, qualidades diferenciadas de atendimento, etc... 
 
O Empreendedor estimou que caso houvesse uma campanha publicitária, 
baseada na distribuição de folhetos pela redondeza, poderia haver um 
incremento de vendas na ordem de 25% nas vendas mensais. Assim 
passaria das 500 pizzas vendidas para 625 que é o volume de vendas 
onde se dava o ponto de equilíbrio em nossa aula anterior. 
 
Estima-se que para a confecção dos folhetos e sua distribuição seriam 
gastos R$ R$ 1.000,00 e assim foi decidida a ação de divulgação. 
 
Imaginando que tudo tenha ocorrido conforme o planejado e de fato as 
vendas reagiram a divulgação e foram vendidas no mês subsequente as 
625 pizzas planejadas, como ficou o resultado deste novo período: 
RT = Valor unitário de venda x Quantidade vendida 
 
RT = R$ 20,00 x 625 unidades = R$ 12.500,00 / mês 
 
Por sua vez os custos que irá incorrer são: 
 
Custo Total ( CT ) = Custo Fixo ( CF ) + (Custos Variáveis x Quantidade 
produzida ) 
 
CF = R$ 5.000,00 ( aluguel ) + R$ 1.000,00 ( divulgação ) = R$ 6.000,00 
 
CV= R$12,00 ( custo variável unitário ) x 625 ( quantidade vendida de 
pizza mensalmente ) = R$ 7500,00 
 
CT = R$ 6.000,00 + R$ 7500,00 = R$ 13.500,00 
 
Resultado Financeiro ao final do Mês = RT – CT = Lucro ( ou prejuízo ) 
Prejuízo de R$ 1.0000,00 
 
Neste caso, a Receita Total (R$ 12.500,00) apesar de crescer, ainda 
assim não foi possível cobrir os custos totais, pois com a decisão de 
divulgação e seu gasto de R$ 1.000,00, a distribuição de folhetos 
impactou nos custos fixos e onde antes foi calculado o ponto de equilíbrio 
em 625 pizzas mensais, e mesmo que atingindo este objetivo, temos 
agora um novo ponto de equilíbrio superior, decorrente da nova estrutura 
de custos (ainda que momentânea dos custos da pizzaria) 
 
 
O fim desta história ainda está por ser contada. Cada um de nós, 
podemos imaginar outras soluções encontradas pelo nosso 
empreendedor a fim de obter o sucesso desejado na sua pizzaria. 
 
De pronto, deixemos uma reflexão: caso nosso empreendedor consiga 
reter seus clientes, nos meses subsequentes, a pizzaria não mais 
incorrerá nos gastos de divulgação, assim os custos fixos poderão 
retornar aos patamares anteriores e atingir o ponto de equilíbrio. 
 
O objetivo deste exemplo é ilustrar que a cada momento no dia a dia das 
organizações, decisões são tomadas, e todas devam ser precedidas de 
análises e consequências, não era preciso esperar encerrar o mês para 
saber que os custos se elevariam por conta da divulgação, o que não se 
sabia, a priori, era o incremento de vendas decorrente da campanha. 
 
Assim o Administrador mesmo em organizações mais complexas está 
sempre se defrontando com questões assemelhadas a esta apresentada, 
e caberá a ele assumir os riscos, naturais em uma empresa, mas 
utilizando seu instrumental de gestão a fim de reduzir as incertezas e 
melhor trilhar o caminho do sucesso. 
 
Ao gestor cabe buscar a maior eficiência na alocação de recursos, e as 
alterações efetuadas quer na gestão das pessoas, no processo produtivo, 
na forma como posiciona a sua organização no mercado, ou ainda como 
se relaciona com clientes e fornecedores. 
Todas essas alternativas, juntas ou isoladas, certamente trarão impactos 
no volume de vendas e mais ainda, alterarão os padrões na estrutura de 
custos da empresa. Assim a Gestão Estratégica de Custos, permite o que 
aqui já sublinhamos, a capacidade de antecipar os resultados a fim de 
embasar corretamente o processo decisório empresarial. 
 
 
Outra abordagem que esta aula pode nos oferecer é utilizarmos os 
conceitos e técnicas até aqui apresentadas de forma a estabelecer o 
volume de vendas a fim de atender um Lucro Operacional Alvo. Este 
objetivo pode ser traduzido da seguinte forma: 
 
Qual o volume de vendas necessário para obter-se um determinado valor 
de lucro operacional, ao final de um período. 
 
Da mesma forma que calculamos o ponto de equilíbrio, podemos calcular 
o volume que suportaria um valor do lucro alvo, a diferença será que 
neste caso as receitas superarão os custos totais. 
 
 
Ainda utilizando o nosso exemplo da Pizzaria, se o objetivo é auferir R$ 
6.000,00 mensais de Lucro Operacional Alvo, 
 
E os Custos Totais são definidos por CT = R$ 5.000,00 + ( R$ 12,00 x 
Quantidade) 
 
Teremos 
 
 
Lucro Operacional Alvo = Receita Total – Custo total 
 
R$ 6.000,00 = R$ 20,00 x Q – R$ 5.000,00 – R$ 12,00 x Q 
 
 6.000+ 5.000 = 20 Q - 12 Q 
 
1000 / 8 = Q 
 
 Q = 1.375 
 
Será necessário vender mensalmente 1.375 pizza a R$ 20,00 cada a fim 
de se obter uma receita total de R$ 27.500,00, e pagar R$ 5.000,00 de 
custos fixos e ainda R$ 16.500,00 de custos variáveis, levando a um lucro 
operacional de R$ 6.000,00 
 
 
Podemos ainda aplicar o Modelo de Custo – Volume – Lucro em 
empresas sem fins lucrativos, assim ONG´s ou ainda Organismos 
Governamentais irão focar não no preço de venda, mas 
fundamentalmente na composição dos custos. A eficiência neste caso 
será medida pelo maior alcance possível dos recursos alocados em um 
determinado empreendimento. 
 
Os indicadores podem ser: 
• Custo do metro cúbico de água tratada e distribuída 
• Custo por aluno matriculado no primeiro Grau ou na Pré-Escola 
• Custo por atendimento médico de urgência, 
 
Via de regra as receitas para fazer frente a estes empreendimentos do 
setor público , são fixadas, ou possuem uma estreita margem de 
manobra. Desta forma cabe ao gestor buscar a maximização dos 
serviços, e para tanto a melhor forma é a busca da eficiência nos custos. 
 
Em todos estes processos teremos custos fixos e variáveis, e terão de ser 
geridos da mesma forma que são em empreendimentos privados, o que 
os diferenciam, a princípio, é o destino que se dá aos resultados positivos. 
No empreendimento privado, remuneram o capital investido; e no setor 
público ou não governamental serão utilizados para ampliar mais ainda 
os serviços oferecidos, conferindo um caráter de maior resolubilidade às 
demandas da sociedade. 
 
 
 
 
 
 
Curso: Administração 
Disciplina: Custos Empresariais 
Módulo: 
Eixo: 
Aula 06: Custeio por Ordem de Produção. 
 
 
 
 
OBJETIVOS DESTA AULAAté aqui trabalhamos com o gerenciamento de custos de uma organização simples, 
ode o produto oferecido era uniforme e simplificamos a alocação de custos, tanto os 
variáveis ( custo direto de fabricação ) quanto os fixos ( aluguel ) 
 
Entretanto no mundo real as operações de produção ou de prestação de serviços, 
são infinitamente mais complexas. 
 
O que mais iremos observar nas unidades produtivas, são um rol de produtos, 
semelhantes ou não, ou ainda empresas que possuem no seu portfolio produtivo um 
único tipo de bem ou serviços que por sua vez são adaptados às características de 
cada cliente. 
 
Assim, cada vez mais o processo de produção, irá exigir do administrador um maior 
grau de análise e gerenciamento das atividades que integram a cadeia de valor da 
organização, capaz de aproximar os resultados auferidos da realidade corporativa. 
 
 INTRODUÇÃO DA AULA 
 
• Custeio por Ordem de Produção 
• Distinção ente custeio por ordem de produção e custeio por processo 
• Alocação de custos indiretos 
 
 
 
A ciência administrativa está em constante evolução e novas metodologias e 
abordagens são experimentadas e quando eficazes são incorporadas ao leque de 
ferramentas de Gestão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aspectos a serem considerados ao introduzir Sistemas de Custeio nas Organizações. 
 
Qualquer que seja o sistema de Custeio adotado pela organização o gestor deve ter 
me mente que o essencial, ao se lançar na construção e gerenciamento de custos, é 
observar: 
 
 
Relação Custo x Benefício na introdução do sistema, o sistema de custo deve 
respeitar a velocidade e a capacidade de absorção dos atores organizacionais para 
esta nova abordagem na empresa. Além disso, ter em conta que Gestão de Custos, 
assim como o compromisso com a Qualidade ou com a Sustentabilidade, é mais do 
que uma função organizacional, ou uma simples técnica, é antes de mais nada uma 
cultura a ser desenvolvida e que deve perpassar por toda a estrutura organizacional, 
e não segregada ou isolada em um único departamento. 
 
 
O Sistema deve respeitar a cadeia de valor das organizações e como o produto 
ou serviço é elaborado. Sempre é possível e deve ser frequentemente observada as 
oportunidades de melhorias na produção e gestão das companhias, mas o que não 
pode ser desejado é fazer com que o processo correto de produção se adapte ao 
sistema de custeio. Esta seria uma inversão de prioridade que pode as vezes 
desestruturar a empresa. 
 
 
O Sistema de Custos está a serviço da decisão, ele é adotado para aumentar a 
inteligência competitiva da organização e alavancar a velocidade e reduzir as 
incertezas no gerenciamento estratégico das empresas. 
 
 
O sistema de Custeio não é a única base de informação da qual se vale o 
Administrador na tomada de decisão, por mais importante que seja hoje e cada 
vez mais, a competição por custo não é o único componente ou variável a ser 
observada pelos gestores, fatores como gosto do cliente, qualidade requerida, prazo 
 AULA ONLINE 
- Tópico 1. A introdução de Sistemas de Custos e o que se deve observar 
nas organizações 
- Tópico2. Definir as semelhanças e as diferenças entre custeio por ordem e 
por processo 
- Tópico 3. Apresentar a metodologia de rateio de custos indiretos 
 
 
 
e conformidade, são elementos tão importantes quanto o resultado do custeio de 
produtos ou serviços. Observe que já há consumidores dispostos a pagar mais por 
produtos que comprovadamente não agridam o meio ambiente, para este grupo de 
clientes ou este nicho de mercado, a organização certamente possui um qualificado 
sistema de custeio, mas nem por isso suas informações se sobrepõem as demais 
dimensões do produto. 
 
 
 
 
De maneira geral podemos eleger dois grandes vetores de Objetos de Custos: 
 
� Produtos/ Serviços 
 
� Departamentos ou Centros de Responsabilidade 
 
O custeio de produtos/serviços já foi aqui introduzido, e neste momento, queremos 
apresentar o uso de custeio de departamentos ou de centros de responsabilidade. 
 
Esta abordagem favorece a gestão empresarial no acompanhamento e avaliação de 
unidades organizacionais, formais ou não. Assim podemos levantar os custos de 
cada uma das unidades, funcionais, regionais ou ainda atividades específicas que 
por sua relevância são merecedoras de acompanhamento. 
 
 
As organizações para conquistarem a excelência na gestão de custos desenvolvem 
ainda os sistemas de custeio que podem ser classificados como: 
 
� Custeio por ordem de Produção/Serviço 
 
� Custeio por Processo 
 
Como exemplo podemos destacar: 
 
Construção de casas Custeio por Ordem 
Comercialização de Commodities Custeio por Processo 
Consultoria na Área de Gestão Custeio por Ordem 
Envio de correspondência Custeio por Processo 
 
 
Note que estes dois tipos de sistemas de custeio são extremos de um continuum 
E que podemos verificar em uma só organização, o implemento de ambos ou de u 
sistema que mais se aproxime de um tipo ou de outro. 
 
 
 
Em um sistema de custeio por ordem de serviços observam-se as seguintes etapas 
para a atribuição dos custos: 
 
� Identificar a ordem de produção com o Objeto de Custo, por exemplo o 
contrato de construção de casas populares em um determinado bairro 
 
� Identificar os custos diretos que serão apropriados àquela ordem de 
produção, mão de obra direta, materiais diretos, etc... 
 
 
 
 
� Selecionar as possíveis bases de alocação para rateio dos custos 
indiretos. Alocar custos indiretos de fabricação é uma das tarefas mais 
desafiadoras em um sistema de custeio. 
Máquinas, equipamentos, equipes de supervisores, departamentos de pesquisa, 
manutenção, são custos incorridos para diversos objetos e sua apropriação requer 
uma dose de arbitragem calcada em técnicas desenvolvidas ao longo das 
experimentações nos sistemas de custeio. 
As empresas no mundo elegem alguns itens que podem ser utilizados como base de 
alocação de custos indiretos 
Horas de mão-de-obra direta 
Valor da mão-de-obra direta 
Horas-máquina utilizada 
Valor dos materiais diretos 
Unidades produzidas 
 
� Identificar os custos indiretos associados a cada uma das bases de 
alocação de custos 
 
Por exemplo: um empresa produz dois itens, A e B, em ambos é possível calcular o 
valor dos custos diretos, no entanto como fazer a apropriação dos custos indiretos 
em cada um destes itens? 
 
Custo Direto Custo Indireto Total 
Item A (1.000 unidades) Item B (3.000 unidades) 
Mão de Obra 5.000,00 10.000,00 15.000,00 
Materiais 30.000,00 20.000,00 50.000,00 
Uso de Máquinas (2.500 horas) 75.000,00 75.000,00 
Materiais Indiretos 24.000,00 24.000,00 
Total 35.000,00 30.000,00 99.000,00 164.000,00 
 
 
 
� Calcular a taxa por unidade de cada base de alocação de custos 
utilizada para alocação dos custos indiretos 
 
Caso a base de apropriação seja pelo valor de mão de obra empregada em cada 
uma dos itens teríamos : 
O item A é responsável por 33,3% do gasto com mão de obra direta e o item B por 
66,6 % 
 
A apropriação de custos seria 
 
 
Custo Direto Custo Indireto Total 
 
Item A (1.000 
unidades) 
Item B (3.000 
unidades) 
Item A Item B 
Mão de Obra 5.000,00 10.000,00 15.000,00 
Materiais 30.000,00 20.000,00 50.000,00 
Uso de Máquinas (2.500 horas) 25.000,00 50.000,00 75.000,00 
Materiais Indiretos 8.000,00 16.000,00 24.000,00 
Total 35.000,00 30.000,00 33.000,00 66.000,00 164.000,00 
 
 
 
� Calcular os custos indiretos alocados 
 
 
 
 
 
 
Desta forma o custo total do item A seria 
 
Mão de Obra 5.000,00 
Materiais 30.000,00 
Uso de Máquinas 25.000,00 
Materiais Indiretos 8.000,00 
Total 68.000,00 
 
E o custo total do item B 
 
Mão de Obra 10.000,00 
Materiais 20.000,00 
Uso de Máquinas 50.000,00 
Materiais Indiretos 16.000,00 
Total 96.000,00 
 
 
 
� Calcular os custos totais somando-se os Diretos e Indiretos 
 
 
68.000,00 ( item A ) + 96.000,00 ( item B ) = 164.000,00Nesta aula, você: 
-Entendeu como são estruturas os sistemas de custos. 
- Aprendeu a distinguir os custos por ordem e por processo 
- Compreendeu como se dá a alocação de custos indiretos em diferentes tipos 
de itens 
 
 
 
 
Estudo Dirigido 
 
 
Curso: Administração 
Disciplina: Custos Empresariais 
Módulo: 
Eixo: 
Aula 07: Custeio Baseado em Atividades - ABC. 
 
 
*Nesta aula, você irá: 
 
 
 
 
Como já foi visto uma das principais dificuldades na alocação de custos, 
recai no que tange aos Custos Indiretos. Por melhor que sejam as técnicas 
de alocação dos custos indiretos sempre poderão ocorrer distorções 
indesejadas. 
 
Desta forma as organizações buscam aprimorar seus sistemas de custeio, 
principalmente nas últimas décadas onde a complexidade e a variedade de 
produtos exigem um esforço muito grande por parte dos gestores a fim de 
melhor precificar seus produtos e serviços. 
 
O Sistema de Custeio Baseado em Atividades – ABS, reorienta o foco de 
alocação, passado do produto ou processo para as atividades que 
encontramos no todo organizacional. 
 
Ele permite inclusive, dentre outras possibilidades, um gerenciamento 
mais próximo das funções e áreas atuantes nas empresas, podendo serem 
acompanhadas no que diz respeito a performance, metas e custos de cada 
uma destas atividades. 
 
 
 
A INTRODUÇÃO DA AULA 
 
OS OBJETIVOS DA AULA 
 
• Apresentar a dinâmica das Tecnologias de Custeio 
• Distinção ente custeio por ordem de produção e custeio baseado em atividades 
• Explicar o custeio a menor e a maior 
 
 
 
 
 
 
 
Conteúdo Online 
 
 
 
O Mundo Organizacional tem cada vez mais evoluído em diversas atividades que não 
se situam diretamente no “Chão de Fábrica”, a competição e as novas técnicas e 
tecnologias impõe novas dinâmicas empresariais, que por outro lado desafiam em 
muito os sistemas tradicionais de custeio. 
 
 
Logística, Marketing, Administração Financeira, Programas de Qualidade, 
Responsabilidade social, Pesquisa e Desenvolvimento, Just in Time, Kanbam, uso da 
robótica na produção, são funções importantes e que devem ter seus custos 
alocados em cada bem ou serviço ofertado pela empresa. 
 
 
Ainda que algumas empresas optem por renunciar no acompanhamento custeio 
destas atividades, agregando-as como despesas, as mais sofisticadas e por isso 
mesmo mais competitivas, entendem que alocar estes valores, tendo por princípio 
um ou dois itens de rateio ( mão de obra direta, tempo de utilização de máquinas, 
etc...) mascaram os verdadeiros custos que cada um dos itens ou lote de produção 
incorrem. 
 
A recente revolução que a Gestão por Processo trouxe, permitiu um novo olhar sobre 
a organização, o organograma tradicional representativo da empresa, não mais dava 
conta para entendermos a forma com que cada bem ou serviço era produzido, e 
talvez por isso, quais eram os pontos de melhoria incremental ou mesmo quais as 
mudanças radicais necessárias para a reinvenção dos processos e a racionalização 
de custos e eliminação de desperdícios. 
 
 
Neste ambiente surge o Sistema de Custeio por Atividade, a lógica do ABC se dá na 
direção de que as Atividades integrantes na produção consomem recursos e os Bens 
e Serviço consomem Atividades. 
 
 
Os tradicionais sistemas de custeio por volume, via de regra absorvem os custos 
indiretos utilizando os critérios que vimos nas aulas passadas e que por sua vez 
podem induzir a um custo maior ou menor daquele realmente incorrido durante o 
processo produtivo. 
- Assunto 1. Aprofundamento do Custeio Baseados em Atividades 
- Assunto 2. ABC e os Processos Gerenciais 
- Assunto 3. Sistema de Custeio Baseado e Sistemas de Custeio em Departamentos 
O TEXTO DE APRESENTAÇÃO DA AULA ONLINE 
 
 
 
 
 
Define-se o Custeio a Maior de um Produto ou Serviço quando o custo relatado é 
mais alto do que o realmente incorre. 
 
 
Por sua vez o Custeio a Menor um Produto ou Serviço surge quando o custo relatado 
é menor do que de fato foi gasto. 
 
 
Os processos de rateio de custos indiretos, ainda que ponderados por um ou mais 
indicadores, são sempre repartidos por uma média (simples ou complexa, mas 
sempre uma média) e no dia a dia verificamos que o uso destas medidas ainda que 
nos traga uma noção numérica, seu resultado pode estar bem distante da realidade. 
 
 
No livro do Professor Horngren tem um exemplo eficaz destes casos, ele utiliza a 
conta dividida igualmente entre amigos, onde cada um deles consumiu itens 
diferentes, o que aconteceu é que para alguns o valor pago estava superior ao que 
efetivamente consumiu e para outros estava inferior. Este é um típico caso de 
subsídio cruzado, que pode e deve ser tolerado em relações pessoais como a 
confraternização de amigos, mas que no mundo corporativo pode comprometer 
preços e margens de lucros. 
 
 
O aprimoramento do sistema de custeio busca reduzir o uso das médias gerais para 
atribuição de custos aos objetos. O incremento da tecnologia da informação, ao ser 
utilizada na melhoria do processo produtivo, permitiu alavancar e conquistar maior 
precisão nos custos. 
 
 
Aconselha-se ainda, uma análise profunda na organização onde seja possível 
identificar exaustivamente Custos Diretos em cada objeto de Custo, a fim de reduzir a 
necessidade de rateio dos custos anteriormente classificados como indiretos. 
 
 
Buscar agrupar gastos indiretos em conjuntos mais homogêneos e com a mesma 
relação de causa e efeito com a base de alocação. 
 
 
Esquema gráfico do Custeio ABC 
 
 
As atividades individualizadas tornam-se objetos de custo. Uma atividade é um 
evento, uma tarefa, ou unidade de trabalho com um propósito específico. O Sistema 
ABC, irá calcular o custos destas atividades e alocar e irá atribuir aos produtos e 
serviços seus valores na medida de seu uso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Sistema ABC foca nos custos indiretos aprimorando sua atribuição aos 
departamentos, processos, produtos e demais objetos de custos. Portanto os 
gestores ao adotarem o Sistema de Custeio ABC necessitam preliminarmente 
mapear as atividades e quando possível avaliar e retificarem os processo de 
produção. 
 
 
Com esta metodologia poderão ocorrer a revelação de atividades ou mesmo grupos 
de trabalham que efetivamente não agregam valor ao produto e portanto são 
passíveis de serem descontinuadas. 
 
Outro fator importante como diferenciador de uma gestão que utilize o sistema ABC, 
é o estabelecimento de metas e valores para cada uma das atividades, uma vez que 
amplia o foco de custeio na empresa e os gerentes diretos passam a incorporar a 
função custos dentro de suas atribuições. 
 
 
OS desperdícios observados no decorrer do processo produtivo também são mais 
fáceis de serem observados ao estabelecermos o custeio das atividades, desta forma 
não só a atividade ficará melhor desempenhada, como também a organização 
eliminará a perda de recursos. 
 
 
Em síntese o sistema ABC possui objetivos organizacionais que impactam 
diretamente na gestão das empresas que o adota, e tem como objetivo: 
 
 
• Identificar os recursos consumidos nas atividades chave das empresas 
 
• Estabelecer metas de desempenho para cada uma destas atividades 
 
• Permitir um planejamento melhor na adoção de novas práticas 
organizacionais, contrapondo de forma mais precisa os custos e os benefícios 
da inovação 
 
• Por fim as empresas que adotam o sistema ABC necessitam uma fluência 
permanente com as novas tecnologias de informação sem as quais a 
evolução organizacional torna-se mais lenta e insegura para os gestores. 
Atividade Custo da Atividade 
Custo do Produto ou Serviço 
Objeto de custo fundamental 
Atribuição para outros objetos de custo 
 
 
 
Estudo Dirigido 
 
 
Curso: Administração 
Disciplina: Custos Empresariais 
Módulo: 
Eixo: 
Aula 08: Custeio Baseado em Atividades - ABC. 
 
 
 
*Nesta aula, você irá: 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Sistema de CusteioBaseado em Atividades veio ao socorro das 
organizações que se deparam com um crescente e complexo portfólio de 
produção de bens e serviços. 
 
Da mesma forma as atividades empresariais de apoio ao processo de 
oferta quer de bens ou de serviços, também passaram a conhecer novos 
níveis de complexidade. Porém sabemos que mesmo não integrantes 
diretamente do processo produtivo, são atividades e/ou funções que 
requerem técnicas e especialistas com alto grau de conhecimento, mas 
nem por isso não podem ser excluídas de um estreito acompanhamento de 
seus custos. 
 
Ao dar maior relevo a estas atividades e incorporarem nos sistemas de 
custeio, o ABC elevou a inteligência competitiva facilitando o 
estabelecimento de metas qualitativas e quantitativas das organizações. 
 
 
 
INTRODUÇÃO DA AULA 
 
OBJETIVOS DA AULA 
 
• - Assunto 1. Aprofundamento do Custeio Baseados em Atividades 
• - Assunto 2. ABC e os Processos Gerenciais 
 
 
 
 
 
Conteúdo Online 
 
Os tradicionais sistemas de custeio legaram as organizações complexos 
problemas principalmente no rateio dos custos indiretos. 
 
Estes sistemas forma concebidos em um mundo mais estável e com alto grau 
de padronização, típicos do que chamamos a Era Industrial. 
 
Entretanto com o desenvolvimento dos mercados mundiais, o acirramento da 
competição global levou ao adensamento dos processos de gestão 
corporativa que por sua vez elevaram os gastos das organizações. Desta 
forma seria natural que houvesse a contrapartida de um maior controle. 
 
O Sistema ABC veio ao encontro destas novas dimensões organizacionais ao 
aprimorar a metodologia de custeio e lançando um olhar mais amplo no todo 
organizacional. 
 
Normalmente estes eram os problemas vivenciados pelos gestores de custos 
nas organizações que empregavam os métodos tradicionais de custeio: 
 
• Rateios Arbitrários geralmente utilizando a mão-de-obra direta ou 
horas-máquina 
 
• Elevação dos custos indiretos de produção aumentando os riscos de 
não conformidade nos custos apurados 
 
• A metodologia tradicional de custeio não favorecia a constante e por 
vezes necessidade de revisão dos processo organizacionais, percebia-
se atividades invisíveis sob o enfoque do custeio 
 
• As perdas ou desperdícios advindos de um maior rigor com a qualidade 
tão pouco eram mapeados 
 
• O custeio tradicional dificilmente permitia perseguir o custo meta tão 
importante no mundo competitivo 
 
• As informações extraídas dos sistemas não emprestavam segurança 
necessária para a mudança na organização 
 
• A introdução de alta tecnologia fabril superava a metodologia 
tradicional de rastreio de custos 
 
 
Ao ser introduzida a nova metodologia de custeio – ABC, de imediato a 
organização passa a enxergar o seu processo produtivo desde o recebimento 
de uma ordem de venda até a distribuição e entrega, além naturalmente das 
atividades gerenciais e de suporte ao negócio da empresa. 
 
 
 
 
As atividades agrupadas em departamentos, formalizadas ou não no 
organograma, passar a ser acompanhadas no tocante a seus custos e são 
percebidas como “ fornecedoras “ de insumos a cada produto ou serviço 
vendido pela empresa. 
 
De imediato, este passeio pela organização já colocará em evidência as 
atividades que mesmo indiretamente não contribuem para agregar valor na 
produção e por isso mesmo devem ser objeto de uma cuidadosa análise 
quanto a pertinência de sua continuidade. 
 
Da mesma forma cada gestor da atividade será acompanhado sobre os 
gastos que impõem a organização e a capacidade de atendimento as 
demandas das demais áreas da empresa. 
 
No ABC relacionamos o recursos consumido (o que foi gasto ), com a 
Atividade realizada (onde foi gasto) e o Objeto de Custo (para quem foi 
gasto). 
 
Porém para que consigamos repassar para os produtos ou para as demais 
áreas “ clientes “ da empresa cada atividade deverá eleger seu direcionador 
de custo. 
O direcionador de custo – Cost Driver, é a expressão mais direta sobre a 
razão de ser de uma atividade e como ela se processa. 
 
Assim para uma atividade de 
 
logística teremos o os itens transportados 
 
manutenção, número de atendimentos 
 
marketing, campanhas para os produtos 
 
 
Para melhor implementar o sistema ABC a metodologia sugere que as 
atividades sejam categorizadas em um dos seguintes conjuntos de custos: 
 
Custo ao nível de Unidade de Produção: São os custos incorridos nas 
unidades produtoras de bens ou serviços como energia, manutenção de 
máquinas etc.. 
 
Custo ao Nível de Lote: São os custos incorridos pelas atividades que em 
geral se referem a grandes volumes. Por exemplo são preparação das 
máquinas para produção, Requisições de insumos, Pagamento de 
fornecedores, etc... 
 
Custo de Sustentação do Produto: Agrupam as atividades realizadas 
produzidas. Como exemplo, temos os departamentos de projetos, engenharia, 
modelagem etc... 
 
 
 
 
Custo de Sustentação da Empresa: São as atividades que pouco se 
relacionam diretamente com a produção mas que são vitais no gerenciamento 
da organização como um todo. Os administradores frequentemente entendem 
que todo gasto incorrido na organização será apropriado aos custos 
principalmente visando o estabelecimento real dos custos para serem 
confrontados com o preço de venda de mercado. 
 
 
 
Ao permitir um custeio mais criterioso o sistema ABC auxilia as empresas a 
tomarem decisões importantes, quer na precificação de seus produtos, 
principalmente quando possuem um grande número de itens em seu portfólio, 
quer na constante melhoria de processo e redução de custos, próprios das 
organizações que necessitam melhorar sua competitividade 
 
Os administradores de posse das informações estabelecem melhor as metas 
e custos de cada uma das atividades e detectam as oportunidades de 
redução de custos nas atividades ineficientes ou mesmo revisando a forma 
com que a cadeia de valor é composta. 
 
Ao implementar um sistema ABC de custeio os administradores também irão 
se defrontar com o desafio de estabelecer o nível do detalhamento que traga 
melhor resultado para a empresa. Em geral as empresas ao adotarem o ABC 
alcançam: 
 
Redução significativa de custos indiretos a serem rateados 
 
A maior parte dos custos indiretos é alocada ao nível da Unidade de Produção 
 
Percebem que os produtos diferentes demandam quantidades bem 
diferenciadas devido aos distintos volumes ou complexidade de produção 
 
O ABC permite ainda aumentar a inteligência competitiva pois incrementa as 
informações sobre: 
 
O Produto 
 
O Cliente 
 
O Processo 
 
O Departamento 
 
 
Nesta aula, você: 
-Entendeu como Custear atividades na Organização 
- Conheceu a relevância dos direcionadores de custos das atividades 
organizacionais 
 
 
 
 
Estudo Dirigido 
 
 
Curso: Administração 
Disciplina: Custos Empresariais 
Módulo: 
Eixo: 
Aula 09: Custos sob a Ótica da Economia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os custos vistos sob a ótica da economia apresentam nuances diferentes 
quando comparamos com os critérios mais simplificados da realidade. 
 
Como foi visto ao longo do nosso curso, a economia de mercado está em 
constante movimento, quer seja pela natural e desejável oscilação de 
preços dos bens e serviços, quer seja pela inexorável lei da oferta e da 
procura. 
 
Desta forma não podemos admitir como verdade absoluta a existência de 
custos variáveis, ainda que no horizonte do custo prazo, como um valor 
homogêneo. 
 
 A INTRODUÇÃO DA AULA 
 
OS OBJETIVOS DA AULA 
 
- Assunto 1. Comportamento dos Custos no Curto e no Longo Prazo 
- Assunto 2. Complexidade da Função Custo 
 
 
 
 
 
Vimos ainda que mesmo em operações básicas dos sistemas de custeio, 
como por exemplo, a metodologia de cálculo do valor dos materiais 
estocáveis, Peps ou Ueps, os valores dos insumos a serem transformados 
no processo produtivo, apresentam variações de preços. Então como 
podemos afirmar que custos variáveis são lineares? 
 
Outro ponto aser destacado é o horizonte de tempo em relação aos custos 
fixos. Custos Fixos só são fixos se forem observados no curto prazo. 
 
No longo prazo todos os custos podem variar. Sempre poderemos alterar a 
escala do empreendimento ou ainda as bases de um contrato, porém estas 
mudanças possuem um tempo de mutação e quando ele se completa, e a 
organização transposta para este novo patamar, o que antes era fixo, 
variou, confirmando a hipóteses de que só há custos fixos no curto prazo e 
que no longo prazo, tudo é variável. 
 
 
 
 
Revisando os conceitos microeconômicos dos custos empresariais, iremos mais uma 
veza nos defrontar com os custos Fixos, Variáveis, Médios, Totais e Marginais. 
 
Como já abordamos a questão do tempo, iremos num primeiro momento analisa-los 
no Curto Prazo: 
 
Custos Fixos são os que não variam de acordo com a quantidade produzida , e são 
fixos apenas no curto prazo. 
 
Custos Variáveis são aqueles que se alteram toda vez que se altera a quantidade 
produzida 
 
 
Os Custos Médios podem ser: 
 
Custos Fixos Médios, são aqueles que decrescem a todo instante em que aumenta a 
quantidade produzida, sendo que o inverso também pode ser observado. 
 
Custos Variáveis Médios são calculados a partir da soma do total dos custos 
variáveis em um determinado ponto de produção e é divido pela quantidade 
produzida. 
 
Seu comportamento obedece a Lei dos rendimentos decrescentes, que nos diz que a 
princípio a organização irá aumentando o seu grau de eficiência na combinação entre 
o aparato produtivo fixo e a capacidade de produção refletida pelos custos variáveis. 
 
Desta forma iremos notar que no início ele diminui, se estabiliza e cresce dando 
consecução a determinação teórica da Lei dos Custos Crescentes. 
 
 O TEXTO DE APRESENTAÇÃO DA AULA ONLINE 
 
 
 
Os Custos Totais Médios possui um comportamento semelhante aos custos variáveis 
mas deslocado pela influencia dos custos variáveis que o integra. 
 
Para melhor visualização observe o tabela abaixo: 
 
Produção Custo Fixo 
Custo 
Variável 
Custo Total 
Custo Fixo 
Médio 
Custo 
Variável 
Médio 
Custo 
Médio 
Custo 
Marginal 
0 15,00 0 15,00 
1 15,00 7,50 22,50 15,00 7,50 22,50 7,50 
2 15,00 12,00 27,00 7,50 6,00 13,50 4,50 
 3 15,00 15,00 30,00 5,00 5,00 10,00 3,00 
4 15,00 16,50 31,50 3,75 4,13 7,88 1,50 
5 15,00 18,00 33,00 3,00 3,60 6,60 1,50 
6 15,00 24,00 39,00 2,50 4,00 6,50 6,00 
7 15,00 30,00 45,00 2,14 4,29 6,43 6,00 
8 15,00 37,50 52,50 1,88 4,69 6,56 7,50 
9 15,00 46,50 61,50 1,67 5,17 6,83 9,00 
10 15,00 57,00 72,00 1,50 5,70 7,20 10,50 
11 15,00 69,00 84,00 1,36 6,27 7,64 12,00 
 
 
Podemos observar no exemplo que quanto maior for os valores da coluna de 
produção menores serão os custos fixos médios. 
 
Da mesma forma visualizamos uma redução inicial nos custos variáveis médios que 
em seguida inicia uma trajetória de crescimento mostrando um esgotamento da 
relação eficiente entre os fatores de produção fixos e os variáveis. 
 
Também podemos observar que o mesmo ocorre com os Custos Médios ( totais 
médios) só que em patamares produtivos mais altos. 
 
Outra explicação que podemos dar para o comportamento desta variação nos custos 
médios diz respeito ao aumento de procura dos fatores de produção variáveis e que 
podem vir a sofrer aumentos de seu preço devido ao aumento da sua demanda. 
 
Esta tabela também poderá de forma amis clara explicar o conceito dos Custos 
Marginais. Observe que quando adicionamos uma unidade no volume produzido 
podemos calcular quanto custo de fato produzir esta unidade adicional ( Marginal ) 
 
Assim para o nível de produção de 8 unidades o custo total foi de 52,50 e ao mudar o 
volume de produção para 9 unidades o custo total passa a ser de 61,50. Desta forma 
se subtrairmos esses dois valores chegaremos a conclusão que a Nona Unidade 
Produzida custou 9,00. 
 
O uso do Custo Marginal é relevante aos Gestores das Organizações a fim de 
calcularem o ponto ótimo de produção. 
 
Tomemos por exemplo uma empresa que objetiva Maximizar seus Lucros 
Mais ainda que o preço de mercado de venda para o seu produto é de R$ 10,00 por 
unidade. 
 
 
 
 
Se esta empresa estiver produzindo 9 unidades, a sua receita será de 9 vezes 10,00 
= R$ 90,00 
Por outro lado seu custo total será de R$ 61,50 como informa a nossa tabela. 
 
Por conseguinte o Lucro obtido será igual a Receita – Custo Total = 90,00 – 61,50 = 
R$ 28,50 
 
Se os gestores decidirem aumentar o nível de produção para 10 unidades, e não 
mais 9 unidades, o custo total observado na tabela passará de 61,50 para 72,00 e 
por sua vez ( admitindo-se naturalmente que há comprador para esta unidade 
adicional ) a Receita passará dos 90,00 anteriores para 100,00, logo obtendo um 
lucro de R$ 28,00 
 
Percebemos que apesar do esforço produtivo adicional, o lucro apurado ao final 
deste movimento de incremento da produção foi menor ( R$ 28,00 < R$ 28,50 ) o que 
nos faz pensar que na estratégia de Maximização de Lucro nenhuma unidade 
adicional será produzida se seu custo marginal for inferior ao preço de mercado de 
venda do bem ou serviço. 
 
Genericamente podemos estabelecer: 
 
Receita Marginal > Custo Marginal 
 
 
No entanto percebemos ainda que o custo médio para produzir 10 unidades foi de R$ 
7,20 que é inferior ao preço de venda indicando claramente que ainda estamos na 
faixa de lucratividade, mas não na de Maximização de Lucros 
 
Entretanto, caso a organização tenha por estratégia o aumento de sua participação 
no mercado e não de maximização de lucros, ela poderá e deverá sim aumentar a 
sua produção. 
 
Assim demonstramos uma visão econômica dos custos que inclui as variáveis 
microeconômicas e o ambiente externo do mercado. 
 
Outro ponto a ser destacado nesta visão é a do Custo de Oportunidade, que são os 
custos não percebidos sobre as oportunidades de investimento. Por exemplo, caso a 
organização possua um prédio próprio naturalmente não pagara aluguel, por outro 
lado o não recebimento deste aluguel significa um custo implícito não calculado. 
 
Também não é comum as empresas calcularem as Externalidades, devido a sua 
existência a organização pode trazer benefícios ou malefícios a Sociedade ou a 
comunidade do seu entorno. Um bom exemplo são os rejeitos produtivos poluidores 
ou por outro lado ações de responsabilidade social e/ou desenvolvimento 
socioeconômico do ambiente próximo ao empreendimento. 
 
 
Métodos de Estimativa dos Custos 
 
A maioria das empresas que utilizam sistemas mais complexos de custeio, se valem 
de métodos de estimativa dos Custos. Por serem importantes e por fim definidores 
da competitividade e lucratividade das organizações, diversos métodos tem sido 
empregados para avaliar as funções de custeio. 
 
São quatro os métodos mais comumente utilizados: 
 
 
 
 
Método de Engenharia Industrial: também chamado método de mensuração do 
trabalho, este método consiste em observação dos insumos que entram no processo 
produtivo ( input ) e compara-se com os itens de saída ( output ) . Em seguida mede-
se o resultado do Objeto de Custo eleito e o direcionador adequado e a partir dai 
estima-se os fatores de produção relevantes e o direcionador de custos, derivando-se 
uma função de custos que espelhe os esforços e o valores envolvidos na produção. 
 
 
Método de Conferência: Estima-se as funções de custo com base em análise e 
opiniões sobre os custos e seus direcionadores, observados pelos diversos 
departamentos envolvidos no processo produtivos 
 
 
Método de Análise de Contas: Estima-se as funções de custo através da análise e 
classificação das contas de custos. Os administradores se valem mais de análises 
qualitativas do que quantitativas no uso deste método. 
 
 
Método da Análise Quantitativa: o Uso deste método impõe o desafio do uso de 
instrumental matemático formal a fim de estabelecer uma relação matemática entre a 
produção e os recursos necessários. 
 
 
Avaliação On-Line
Avaliação:AV1-2011.1EAD - CUSTOS EMPRESARIAIS - COF0440
Disciplina: COF0440 - CUSTOS EMPRESARIAIS
Tipo de Avaliação: AV1
Aluno: 200902010381 - JULIO CESAR DE SOUZA
Nota da Prova: 8 Nota do Trabalho: Nota da Participação: Total: 8
Prova On-Line
Questão: COF0440AV120111001 (130709)
1 - Uma Organização do setor industrial possui a seguinte estrutura de custos:
CT = 3 Q2 + 2 Q + 30. Calcule o custo variável médio para Q=10 : Pontos da Questão: 1
 52
 62
 32 
 20
Questão: COF0440AV120111056 (132044)
2 - Um dos principais pontos de decisão empresarial se dá no cálculo do ponto de equilíbrio, este
indicador estabelece uma estreita relação com o volume de vendas e, portanto a capacidade da
organização em conquistar mercado. Também é utilizado para buscar a harmonia entre o capital
investido sob a forma de infraestrutura física (custo fixo) e os recursos a serem empregados na
produção de bens ou serviços (variáveis). Assim se Uma empresa com custo fixo de 12.000 , custo
variavel unitário de R$ 15 e um preço de $27, seu ponto de equilibrio será de R$... Pontos da
Questão: 1
 333,33
 500
 1000 
 666,66
Questão: COF0440AV120111068 (132286)
3 - As organizações possuem como objetivo, mais imediato, alcançar lucros. No entanto este
superávit se dará a partir do preço de mercado de venda confrontado com os custos incorridos para
a ´produção de bens ou serviços. O Lucro Total de uma empresa que produz 3.500 unidades de uma
mercadoria a um preço de R$ 24, um custo variável unitário de R$ 6 e um custo fixo de R$ 60.000
será de : Pontos da Questão: 1
 R$ 6.000
 R$ 24.000
 R$ 12.000
 R$ 3.000 
Questão: COF0440AV120111027 (131619)
4 - Considere as seguintes afirmações sobre os itens constatntes dos sistemas de custeio
normalmente adotados nas organizações:
I – O Custo Direto é facilmente identificado no produto, porém precisa de rateios para ser
identificado.
II – O custo semivariável varia com o nível de atividade, porém não direta ou proporcionalmente
Estão corretos : Pontos da Questão: 1
 Apenas I
 Apenas II 
Visualização de Prova https://sia.estacio.br/portal/prt0010a.asp?p1=1390030&p2=5790&p3...
1 de 3 7/4/2011 22:13
 Nenhum dos itens são corretos 
 os Itens I e II
Questão: COF0440AV120111080 (132368)
5 - Considere os seguintes itens a respeito de Margem de Contribuição e Ponto de Equilíbrio:
I – O ponto de equilíbrio nunca pode ser Zero.
II – A margem de contribuição total é a diferença entre receita e custo variável.
Estão corretos : Pontos da Questão: 1
 Apenas II
 Nenhum dos itens são corretos
 Os itens I e II 
 Apenas I
Questão: COF0440AV120111034 (131654)
6 - Nos sistemas de custeio podem ser utilizados diferentes técnicas de apuração de custos de
mercadorias estocáveis
Dadas as informações
01/02 – Estoque Inicial de 10 mercadorias a R$ 10 cada
08/02 – Compra de 20 mercadorias a R$ 15 cada
22/02 – Venda de 10 mercadorias a R$ 20 cada
O Custo de Mercadoria Vendida pelo critério PEPS é de : Pontos da Questão: 1
 R$ 150,00
 R$ 100,00 
 R$ 175,00
 R$ 225,00
Questão: COF0440AV120111017 (131486)
7 - Nas Organizações que possuem sistemas de custos os Gastos com aluguéis, salários dos
funcionários do escritório e gastos com seguros das instalações prediais são exemplos de
despesas: Pontos da Questão: 1
 Variáveis
 Marginais
 Medias
 Fixas 
Questão: COF0440AV120111052 (132034)
8 - Um dos principais pontos de decisão empresarial se dá no cálculo do ponto de equilíbrio, este
indicador estabelece uma estreita relação com o volume de vendas e, portanto a capacidade da
organização em conquistar mercado. Também é utilizado para buscar a harmonia entre o capital
investido sob a forma de infraestrutura física (custo fixo) e os recursos a serem empregados na
produção de bens ou serviços (variáveis). Assim se Uma empresa com custo fixo de 12.000 , custo
variavel unitário de R$ 14 e um preço de $26, seu ponto de equilibrio será de R$... Pontos da
Questão: 1
 666,66
 1000 
 333,33
 500
Visualização de Prova https://sia.estacio.br/portal/prt0010a.asp?p1=1390030&p2=5790&p3...
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Questão: COF0440AV120111047 (131773)
9 -
O Ambiente Macroeconômico por vezes induz aos gestores das organizações o uso de um
determinado critério para o sistema de custos de mercadorias estocáveis. Desta forma Considere os
seguintes itens :
I – O critério PEPS apura um lucro maior em economia inflacionária
II – O critério UEPS é o que paga mais impostos sobre o lucro, em uma economia inflacionária
Estão corretos : Pontos da Questão: 1
 Apenas I 
 Apenas II
 Nenhum dos itens são corretos
 Os itens I e II 
Questão: COF0440AV120111031 (131640)
10 - Nos sistemas de custeio podem ser utilizados diferentes técnicas de apuração de custos de
mercadorias estocáveis
Dadas as informações
01/02 – Estoque Inicial de 10 mercadorias a R$ 10 cada
08/02 – Compra de 20 mercadorias a R$ 15 cada
22/02 – Venda de 15 mercadorias a R$ 20 cada
O Custo de Mercadoria Vendida pelo critério PEPS é de : Pontos da Questão: 1
 R$ 175,00 
 R$ 150,00
 R$ 100,00
 R$ 225,00
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