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projeto letramento alfabetização

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[INSERIR NOME DA UNIVERSIDADE]
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 (
Cristiane Pereira pedrosa Anacleto
) (
Projeto de Alfabtetização e Letramento na educação infantil
)
Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade
Querência 
MT
 (
Cristiane Pereira Pedrosa Anacleto
)
 (
Projeto de Alfabetização e letramento na educação infantil
)
 (
Projeto
 Educativo
 apresentado à 
[inserir nome da universidade]
, como requisito parcial à conclusão do Curso de 
[Licenciatura em pedagogia
]
.
Docente supervisor: Prof. 
[Inserir nome do tutor a distância] 
)
 (
Querência 
MT
)
INTRODUÇÃO 
Este projeto é o resultado de uma pesquisa sobre Alfabetização e Letramento nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Como futura educadora, tenho interesse, vontade e a necessidade de me aprofundar nesse tema, por compreender que a Alfabetização e o Letramento são temas imprescindíveis na minha formação docente e em minha atuação como pedagoga. Meu interesse na educação, é posteriormente, nos processos alfabetizadores surgiu quando me relacionei com meu companheiro, Passei quatro anos inserida no universo da educação escolar dele meu companheiro é professor e gestor da Educação Básica, mais precisamente nos anos iniciais do Ensino Fundamental, e ensino médio, vivencio sua experiência profissional todos os dias com seus relatos e sua filosofia sobre a educação nos dias atuais.Com isso participo ativamente do ambiente educacional e acompanhando de perto todo esse processo, tive a vontade ser professora através do incentivo de meu companheiro que me abriu os olhos para o mundo da educação básica. A Alfabetização e o Letramento são temas imprescindíveis para a o desenvolvimento pleno do indivíduo na nossa sociedade. A presente pesquisa teve por objetivo geral investigar a origem do termo letramento. Constata-se que muitas pesquisas tratam conceitos e metodologias sobre o trabalho pedagógico com o letramento. Acredita-se que formar leitores letrados é uma tarefa árdua que começa antes mesmo da alfabetização e principalmente nas séries iniciais e se estende por toda vida. Espera-se com este estudo oferecer aos professores subsídios para trabalhar o letramento no processo de alfabetização das crianças nas séries iniciais, o interesse pela temática surgiu do meu envolvimento na escola onde meu companheiro atua. Assim trataremos da aquisição da aprendizagem da leitura e escrita, tendo em vista que muitas crianças chegam à escola com grandes dificuldades e às vezes não alcançam sucesso em sua trajetória escolar, por não ter acesso ao mundo letrado. Nos dias atuais, observamos o quanto à sociedade vem mudando para atender a emergência de um mundo que se atualiza cada vez mais. Diante destas mudanças, se faz necessário que os nossos educandos tenham acesso a práticas de leitura inovadoras, que assim chamamos de letradas, dotadas de mecanismo que possam buscar da criança pequena o seu universo imaginário, dentro de seu contexto sócio histórico, pois enquanto a alfabetização ocupa-se da aquisição da escrita, o letramento concentra-se nos aspectos sócio histórico da aquisição de um sistema de escrita por uma sociedade. (TFOUNI, 2006) A alfabetização tem sido um tema bastante discutido nos últimos anos e gera preocupação, pois a habilidade de ler e escrever precisa ser desenvolvida por um bom educador, que consiga burlar as atuais dificuldades, ou seja, ele precisa estar totalmente capacitado e atualizado no contexto que se encontra a educação. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN (1996) afirma que “a primeira etapa da Educação Infantil, se dá nos primeiros seis anos de vida e tem por finalidade o desenvolvimento integral das crianças”. Muitas escolas têm procurado unir forças na busca de uma qualidade para o ensino desta faixa etária, com instituições voltadas para tal prática, porém ainda há muito que se fazer para de fato alcançarem uma educação de qualidade. Lembrando que a criança é fortemente marcada pelo meio social que está a sua volta, e que tem a família como seu fator de referência, se faz necessário trabalhar num espaço infantil que priorize suas histórias promovendo assim a troca de saberes. Os pequeninos constroem sua realidade a partir da observação que fazem com o meio e com as experiências que trocam com outras pessoas. Deste modo, o educador é apenas um ser mais experiente que abre as possibilidades da criança aprender de forma mais lúdica. (PALANGANA, 1994) De acordo com Giraldi (2003), a formação crítica do educando na condição de elemento transformador e transformado passa pela questão da leitura e o hábito de praticá-la. Ou seja, a influência e a motivação que a criança recebe do ambiente ao seu redor nas séries iniciais é um dos caminhos que lhe levará ao mundo letrado. Quanto mais cedo histórias orais e escritas entrarem na vida da criança, maiores são as chances delas aprenderem a apreciar uma boa leitura e desenvolver uma boa escrita. A criança precisa está envolta de uma roda de leitura estimulada pelo seu educador que por sua vez deve criar um ambiente prazeroso para este feito. Identificamos que em diferentes situações o letramento se faz presente na vida das crianças, faz parte do cotidiano da educação e do processo de socialização, sendo uma linguagem que se traduz na maneira de decodificar as palavras, o letramento está presente em todas as culturas. A alfabetização e o letramento são processos distintos, mas indissociáveis, que devem se complementar (SOARES, 2004), sendo indispensável que a alfabetização ocorra num contexto do letramento (MORTATTI, 2010), para que os alunos tenham uma participação efetiva e qualitativa nas práticas sociais e profissionais que abarquem a língua escrita, possibilitando a inserção e inclusão social e cultural e uma formação para a vida. Desta feita, no processo de alfabetização deve se articular os eventos de leitura e escrita (patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico) com as experiências, os saberes e a subjetividade dos alunos, buscando promover o desenvolvimento integral e uma formação para a cidadania, conforme prevê a Constituição Federal de 1988 e as normatizações educacionais subsequentes. Assim, a escola deve propor práticas pedagógicas adequadas para tanto, respeitando as dimensões familiares e culturais dos alunos, e os professores devem reconhecer a capacidade de criação e imaginação dos alunos, valorizar os conhecimentos deles e garantir a aquisição de novos conhecimentos e que estes sejam incorporados em sua vida cotidiana, para que estes alunos sejam capazes de usar a língua escrita na realização das tarefas cotidianas características da sociedade em que vivem. Conforme Corsino (2003, p.23), é necessário se ter “o espaço da experiência do sujeito, do brincar, do encantamento”. Como bem lembra Soares (1998), Soares (1998), Soares (2002) afirma que o aprender a ler e a escrever deve propiciar não somente o conhecimento das letras e de como decodificá-las, mas sim apresentar a possibilidade de dilatação dos modos de expressão e de comunicação possíveis, reconhecidas, indispensáveis e legítimas em um dado contexto cultural. Segundo Corsino (2005, p. 11), “diferentes tipos de textos só fazem sentido em contexto de uso, em práticas sociais em que as crianças [os alunos] participam”. Assim, a organização da escola no que tange às ações pedagógicas devem ser realizadas a fim de produzir um ambiente cultural rico de possibilidades, que acolha os alunos; que os motivem; que os tornem parte do seu processo de aprendizagem e que possibilite que eles tenham o sentimento de pertencimento ao grupo e no espaço escolar; e na sociedade em que estão inseridas. Ambas devem tomar os alunos como ponto de partida para trilhar o caminho educacional destes. Vygotsky (1998) ressalta que para ocorrer a aprendizagem é preciso o contato do indivíduo (aluno) com o ambiente e com outras pessoas, pois mesmo que o indivíduo possua os fatores inatos (aqueles que já nascem como indivíduo), este seria impossibilitado de aprender e se desenvolver se os fatores externos não fossem propícios ao aprendizado, ou seja, se não houvesse interação tanto com o ambiente quanto para com outros indivíduos. Desta forma, cabe ao professor o papel de mediador na construção do conhecimento, oportunizando aos alunos, o contato com diferentes práticas de letramento, bem como atividades diversificadas que criem situações que os levem a refletir, questionar, criar hipóteses e participar ativamente de forma autônoma, compreendendo o funcionamento da língua escrita. Faz-se necessário uma relação específica de ensino-aprendizagem entre os alunos e o professor em sala de aula que motive a aprendizagem destes. A alfabetização é um processo essencial para a formação educacional das crianças e deve se dar no contexto do letramento, sendo um processo de ensino/aprendizagem de habilidades indispensáveis aos atos da escrita e da leitura, que deve levar em consideração ações estritamente políticas e humanas para a inserção e inclusão dos alunos no mundo da cultura escrita de modo a proporcionar que estes façam uso dessa em todas as práticas sociais e em todos os aspectos de sua vida. A alfabetização deve ter o aluno como ponto de partida, levando em consideração as experiências, os saberes e subjetividades dos alunos em consonância com os eventos de leitura e escrita (patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico), de modo a proporcionar a eles uma participação efetiva e qualitativa nas práticas sociais e profissionais que abrangem a língua escrita, proporcionando a inserção e inclusão social e cultural e uma formação para a vida para esses alunos. Para tanto, a gestão democrática tem um papel imprescindível no processo de alfabetização dos alunos ao possibilitar que a escola se torne um espaço de ensino e aprendizagem que respeite as diferentes visões e propicie a participação da comunidade escolar e local na construção do projeto educacional da escola conforme os seus anseios, que o aluno aprenda na escola e apesar dela, e esteja preparado para a vida. Ela proporciona uma ambiência favorável à aprendizagem; trabalho coletivo, com autonomia, liberdade de expressão, de criação e de organização da escola e da sala de aula, respeitando diferentes visões de mundo, a fim de promover uma educação de qualidade, voltada para a formação humana, de cidadãos críticos e criativos, e uma sociedade mais justa e igualitária. Contudo, no momento histórico em que vivemos, nos deparamos com ações educacionais materializadas em escolas brasileiras que não têm o aluno como ponto de partida, que não leva em consideração os anseios da comunidade escolar e local, uma formação voltada para a formação de cidadãos críticos, criativos, já que tem como foco principal apenas ações voltadas para bons resultados no desempenho dos alunos em avaliações externa, sendo este um problema educacional crucial e que deve ser superado. Portanto, a alfabetização e letramento começa bem antes que as crianças saibam ler e escrever formalmente, uma vez que se trata de um processo que se faz presente antes mesmo da criança vir ao mundo e se integrar na sociedade. É preciso ter em mente que, alfabetizar na Educação Infantil somente afasta o momento de brincar e descobrir-se no tempo e no espaço no qual as crianças estão inseridas. Cabe aos educadores e às escolas refletir sobre o currículo desta etapa, definindo metas e objetivos de modo que proporcionem o letramento e instiguem as crianças a inserirem-se no mundo da leitura e escrita. Ela também pode estar presente no cotidiano de todos seres humanos e conforme se desenvolvem percebem que saber ler e escrever é uma necessidade para que possam interpretar o mundo a sua volta.
OBJETIVOS
Objetivo geral
● Possibilitar aos alunos do ensino fundamental por meio de uma sequência de atividades o reconhecimento das unidades fonoaudiologias com sílabas, rimas, terminações de palavras, etc.;
● Escreve o próprio nome;
● Ler em voz alta, com fluência, em diferentes situações;
● Garantir ainda uma relação mais afetiva entre professora e alunos e facilitar uma melhor integração no ambiente escolar;
● Reconhecer e nomear as letras do alfabeto, conhecendo a ordem alfabética e seu uso
● Diferenciar letras de números e outros símbolos;
● Compreender que palavras diferentes compartilham certas letras; 
● Perceber que palavras diferentes variam quanto ao número, repertório e ordem de letras Segmentar oralmente as palavras, comparando-as quanto ao tamanho;
● Perceber que as vogais estão presentes em todas as sílabas, reconhecendo que as mesmas variam quanto as suas composições; 
● Identificar semelhanças sonoras em sílabas e rimas; 
● Dominar as correspondências entre letras ou grupos de letras e seu valor sonoro, de modo a ler e escrever palavras e textos; 
● Ler ajustando a pauta sonora ao escrito, na exploração de textos conhecidos de memória; 
● Analisar se um texto (lido, escrito ou escutado), é adequado aos seus destinatários quanto à sua formalidade;
● Conhecer e usar diferentes suportes textuais (jornais, revistas, livro de receitas,), tendo em vista suas características, finalidades, e esfera de circulação, tema, forma de composição, estilo, etc.;
Conhecer e usar diferentes suportes textuais (jornais, revistas, livro de receitas...), tendo em vista suas características, finalidades, e esfera de circulação, tema, forma de composição, estilo, etc.;
● Conhecer e fazer uso das grafias de palavras com correspondências regulares diretas entre letras e fonemas (P, B, T, D, F, V); 
● Conhecer e fazer uso das grafias de palavras com correspondências regulares contextuais entre letras ou grupos de letras e seu valor sonoro (C/QU; G/GU; R/RR; AS/SO/SU em início de palavra; JÁ/JO/JU; Z inicial; O ou U/E ou I em sílaba final; M e N nasalizando final de sílaba; NH; Â e ÃO em final de substantivos e adjetivos);
●Relacionar textos verbais e não verbais, construindo sentidos
Objetivos específicos
 ● Oferecer aos alunos oportunidade diversas de ouvir com frequência a leitura de textos;  
 ● Incentivar o aluno ao prazer da leitura;
 ● Proporcionar possibilidades de compreensão com o mundo da escrita;
 ● Proporcionar um ambiente escolar com inúmeras interações com a língua escrita;
 ● Organizar ideias do texto, passando da forma oral para escrita;
 ● Compreender unidades fonoaudiologias; ● Conhecer o alfabeto; ● Aprender conceito de fonema;
● Estabelecer relação entre grafemas e fonemas; ● Despertar a criatividade e imaginação; ● Vivenciar a cultura local. ● 
● Compreender o desenvolvimento de linguagem como fonte para o processo de
Alfabetização.
● Aprimorar a leitura e a escrita, de modo a dominar uma interpretação e produzir texto.
● Utilização de uma aula de aula de textos variados, oriundos de fontes diversificadas.
● Trabalhar em produção de texto de gêneros variados focalizando uma comunicação comunicativa.
● Desenvolvendo atividades de conto e reconto dramatização
● Trabalhar com a organização/estruturação conceitual de alguns gêneros textuais. ▪ ● Realizar atividades baseadas na análise linguística de textos escolhidos. 
● Conduzir o aluno a pensar o seu texto como forma de comunicação.
 
PROBLEMATIZAÇÃO
No decorrer do curso de Pedagogia esta eu como acadêmica percebi que o maior problema de aprendizagem dos anos iniciais do ensino fundamental, estava centrado na dificuldade do processo de alfabetização, principalmente nas atividades de leitura e escrita. Observei também, os problemas de repetência dos alunos, que agravam ainda mais a falta de interesse pela a leitura e a escrita, devido à defasagem idade-série. Portanto, este projeto propôs-se a compreender as dificuldades manifestadas pelos alunos no processo de alfabetização em relação à leitura e à escrita, com um estudo na classe de aceleração.
REFERENCIAL TEÓRICO
. Assim compreende-se a importância de estudá-los profundamente, através de teóricos como Magda Soares (1998), a qual afirma que o Brasil despertou para o fenômeno do Letramentoa partir do momento em que percebeu que o problema do analfabetismo, não é apenas ensinar a ler e escrever, mas sim, proporcionar as crianças e adultos que façam uso da leitura e da escrita, envolvendo-se em práticas sociais. Soares (2003) ao conceituar os dois processos nos diz que, enquanto alfabetizar significa 12 orientar a criança para o domínio da tecnologia da escrita, letrar significa levá-la ao exercício das práticas sociais de leitura e escrita. Uma criança alfabetizada sabe ler e escrever; já uma criança letrada é tem o hábito, as habilidades e até mesmo o prazer de leitura e de escrita de diferentes gêneros de textos, em diferentes suportes ou portadores, em diferentes contextos e circunstâncias. Tfouni (2010), mostra que enquanto a Alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupo de indivíduos, o Letramento focaliza os aspectos sócio históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade. Kleiman (2005), enfatiza ainda que a Alfabetização tem características especificas diferentes das do Letramento, mas é parte integrante dele, como prática escolar ela é essencial: todos, crianças jovens ou adultos precisam ser alfabetizados para poder participar, de forma autônoma, das muitas práticas de Letramento das diferentes instituições. Portanto, as autoras mostram esses processos como diferentes, mas enfatizam a integração de ambos como processos interligados, trazendo a importância de se alfabetizar letrando, para assim, adquirir uma prática educativa satisfatória. Dentro dessa discussão, considero interessante apresentar alguns dados referentes a uma pesquisa sobre Alfabetização e Letramento, feita pelo Instituto Paulo Montenegro, referente ao Indicador de Alfabetismo Funcional – INAF (2016). Nesta pesquisa constatou-se que em todas as regiões brasileiras tem como resultados os seguintes percentuais, 27% das pessoas pesquisadas foram classificadas como analfabetas funcionais, que inclui (Analfabeto e Rudimentar) sendo apenas 4% correspondente ao grupo de pessoas consideradas analfabetas, já que não conseguem realizar tarefas simples que envolvam leitura de palavras e frases, e 73% da população investigada, são pessoas classificadas como alfabetizadas funcionalmente, que inclui (Elementar Intermediário e Proficiente), onde apenas 8% dos respondentes estão no último grupo de alfabetismo Proficiente, revelando domínio de habilidades que praticamente não mais impõem restrições para compreender e interpretar textos em situações usuais e resolvem problemas envolvendo múltiplas etapas, operações e informações. Esses índices são de pessoas acima de 15 anos, que são frutos de um processo de escolarização que não consegue alfabetizar de maneira satisfatória. Ou seja, um percentual muito baixo da população brasileira tem pleno domínio da leitura e da escrita. O papel da escola neste contexto educacional não é uma simples aprendizagem mecânica, de codificar e decodificar os códigos de linguagem, vai além do ler e escrever, por isso a importância de se alfabetizar letrando, trazendo a criança para o processo de Alfabetização através de vários gêneros textuais, através da leitura da palavra e do mundo. Na década de 1980 surgiu no Brasil o termo Letramento, uma versão da palavra da língua inglesa literacy, um termo até então pouco conhecido e estudado por teóricos e pesquisadores brasileiros. Na época, as primeiras divulgações da expressão Letramento foram nos livros. No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística da autora Mary Kato (1986) e Adultos não alfabetizados: o avesso do avesso tendo como a autora Leda Verdiani Tfouni (1988). A partir de então tornou-se mais conhecido o Letramento e passou a ser estudado por alguns teóricos que discutem os processos de aprendizagem da leitura e da escrita. Entende-se que “o Letramento por sua vez, focaliza os aspectos sócio históricos da aquisição da escrita, desse modo, o Letramento tem por objetivo investigar não somente quem é alfabetizado, mas também quem não é alfabetizado, e, nesse sentido, desliga-se de verificar o indivíduo e centraliza-se no social” Tfouni (2010, p.12) Com o reconhecido do Letramento no Brasil em meados dos anos de 1980, houve uma adesão por parte de educadores e até mesmo no próprio ambiente acadêmico em utilizar esse termo, e adaptá-lo às suas práticas pedagógicas. Diante disso Soares (2016) conceitua como Letramento, O Letramento surgiu então no contexto da Alfabetização, para o complemento desta prática no seu processo educacional, propondo reflexões sobre as práticas e usos da leitura e da escrita. Porém, ele começa antes do processo de Alfabetização, pois a criança já nasce em uma sociedade letrada e desde cedo, mesmo sem saber ler e escrever vão conhecendo e se familiarizando com as práticas de leitura e escrita no seu meio social e cultural, familiarizando-se com a leitura de mundo. Moratatti (2004) nos mostra que, Portanto, Alfabetização e Letramento são práticas educacionais que devem ser trabalhados de maneira conjunta e equilibrada. É importante salientar também que são processos distintos, mas não indissociáveis, pois entende-se que “Alfabetização nomeia aquele 20 que apenas aprendeu a ler e a escrever, e o Letramento aquele que adquiriu o estado ou a condição de quem se apropriou da leitura e da escrita, incorporando as práticas sócias que a demandam” (SOARES, 2016, p.19). O Letramento é uma prática que vai além dos muros da escola, ou do âmbito escolar, podemos perceber que se trata de aprendizados que pode acontecer no ambiente escolar, no entanto, está associado a diversas práticas sociais, em que há a necessidade de fazer uso desses aprendizados, para viver plenamente em sociedade. Com isso, todo e qualquer indivíduo já é introduzido ao Letramento desde o nascimento, pois são habilidades são passadas instantaneamente através do seu meio social e cultural, por isso, a importância de o ambiente escolar compreender que o educando já entra no seu processo de escolarização trazendo a leitura de mundo (Letramento). Daí a importância de valorizá-la e utilizá-la no processo de ensino/aprendizagem. Conforme afirma Soares (2016): Não obstante, apenas a codificação e decodificação da linguagem escrita no sistema educacional, não é mais suficiente para atender as demandas sociais. O indivíduo precisa de uma compreensão maior, no que se refere fazer o uso da escrita e da leitura na sociedade, com isso deve incorporar de fato na educação uma Alfabetização crítica, como cita Paulo Freire (1987, p.36) “Não basta saber ler, Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho”. Essa reflexão de Freire já nos aproxima do que hoje conceituamos como Letramento. Portanto, o sistema educacional deve reconhecer que através da educação (Alfabetização e Letramento), o indivíduo poderá refletir e intervir nos seus contextos de atuação. O processo de Alfabetização vai muito além da sala de aula, não é apenas o saber ler e escrever, é necessário fazer o uso significativo da leitura e da escrita (Letramento), despertar nos educandos uma consciência crítica e autônoma, para que eles tenham possibilidade de intervir em questões, sociais, políticas e culturais da sociedade. Sendo assim tanto a escola quanto o professor e alunos, precisam caminhar juntos no acompanhamento dessas informações. Diante desse panorama, gestores e principalmente professores assumem um papel fundamental no sentido de favorecer o ensino colaborativo no qual seja atribuído também ao aluno autonomia no processo de aprendizagem. Um educador consciente de seu papel no processo de alfabetização realiza um trabalho de ação pedagógica que enfoca o desenvolvimento e a construção da linguagem. Segundo Luiz Carlos Cagliari “de tudo o que a escola pode oferecer aos alunos é a leitura, sem dúvida, o melhor, a grande herança da educação”. (Cagliari, 2009, p.160) Paulo Freire destaca que a atividade de leitura/ escrita deve ter como base a leiturado mundo feita pelo educando e não apenas uma transmissão de conhecimentos. Portanto, é necessário que esta atividade de leitura e escrita seja dinâmica e realizada com a integração do sujeito no seu mundo social. Ele atribui à alfabetização a capacidade de levar o analfabeto a organizar reflexivamente seu pensamento, desenvolver a consciência crítica, introduzi-lo num processo real de democratização da cultura e de libertação. (Freire, 2000, p.25). É possível também notarmos, no dia a dia, quantas pessoas, embora alfabetizadas, sentem profunda dificuldade em expressar-se de forma escrita. Da mesma maneira há pessoas não tiveram oportunidade de adquirir a prática da leitura e escrita, porém demonstram grande facilidade em expressar-se. É sabido, portanto, que o letramento ocorre sempre na formação de todo ser humano, tenha ele frequentado uma escola ou não. É comum que as pessoas associem o letramento à escolarização, mas as pessoas analfabetas poderão ser letradas. O processo de alfabetização comporta a aprendizagem coletiva e simultânea dos rendimentos da leitura e da escrita. Entretanto, a leitura e a escrita no passado eram concebidas como aprendizagem individual e distinta. Somente as crianças cujos pais pudessem custear um preceptor eram iniciadas na arte de traçar as letras no papel, e isso, depois de longos anos de aprendizagem da leitura. Existiam os mestres especializado, uns que ensinavam a ler e outros que ensinavam a escrever e a contar. Nas classes que o mestre ensinava as três habilidades, o ensino era individualizado (BARBOSA, 1990). Dessa forma, é importante que as práticas alfabetizadoras sejam significativas para os educandos (as) no seu processo de aprendizagem, e as metodologias escolhidas pelo alfabetizador são fundamentais para que a Alfabetização aconteça de maneira satisfatória. A escolarização se dá quando foi possível o acesso à escola, já o letramento ocorre a partir das necessidades e experiências vivenciais do dia-a-dia. Há, assim, uma diferença entre saber ler e escrever, ser alfabetizado, e viver na condição ou estado de quem sabe ler e escrever, ser letrado. (Soares – 1999, p.36). Assim, conforme mostra Santos e Albuquerque (2007). Com isso, uma educação significativa, visa a emancipação e libertação dos sujeitos, que conscientize estes a pensar, criticar, lutar por uma sociedade igualitária para todos, possibilitando a esses indivíduos a se tornarem cidadãos do mundo, no mundo. Não obstante, conforme trazem as autoras Santos e Albuquerque, alfabetizar na perspectiva no Letramento é, portanto, “oportunizar situações de aprendizagem da língua escrita nas quais o aprendiz tenha acesso aos textos e a situações de uso deles, mas que seja levado a construir a compreensão acerca do sistema de escrita alfabética” (SANTOS E ALBUQUERQUE, 2007, p.98). A escola deve instrumentalizar seus alunos através de trabalhos de leituras que vão além do trabalho mecânico de decodificação de letra por letra, palavra por palavra. (BRASÍL. MEC, 2007). O trabalho da escola com a leitura deve fazer sentido para o aluno, isto é, a atividade de leitura deve responder, do seu ponto de vista, a objetivos de realização imediata. Trata-se de uma prática social complexa, a escola deve preservar sua natureza e sua complexidade, sem descaracterizá-la. (BRASÍL. MEC, 2001) Portanto, compreende-se que os métodos de alfabetização é o caminho que será conduzido o trabalho de ensino aprendizagem, como se viu é necessário ter cautela, pois dependendo da maneira que ele é encaminhado pode fazer o inverso de um ensino significativo, que torna a criança crítica e reflexiva, e não apenas, um ensino mecânico, onde o indivíduo reproduz o aprendizado. Assim, consideram-se as crianças como seres que a partir da interação e estimulação constroem seu conhecimento, assim o professor precisa apresentar significado ao que ensina para os alunos. Então, as práticas devem prazerosas e o professor deve transmitir confiança, e o método deve ser adequado, atendendo as especificidades de cada turma. Foi tratada neste trabalho a importância de alfabetizar letramento, o quanto é essencial oferecer o ensino com textos que fazem parte do contexto das crianças para favorecer assim o aprendizado além de incentivar o uso da leitura e da escrita nas práticas sociais. O professor precisa escolher a maneira adequada de conduzir o trabalho no processo de alfabetização. Ele deve ser observador, incentivar a criança a expressar-se, sem represarias e castigos, propondo atividades prazerosas, que façam parte do contexto em que a criança está inserida, estimulando assim um diálogo entre sujeito e conhecimento, numa ação conjunta na construção do conhecimento.
MÉTODO
 Iremos trabalhar da seguinte forma, leitura e escrita com ajuda de um variado material, painel de sílabas; tabuleiro de figuras/sílabas/palavras; bingo de sílabas/figura/palavras; dominó de sílabas/figuras/palavras; baralhinho de sílabas/palavras; varal de leitura; bolsinho de sílabas; caça-palavras; fichas de leituras de frases, livrinho das sílabas, montagem de palavras, entre outros métodos todos praticados e vivenciados com a mediação do professor. Também com Soletração: baseando-se na associação de estímulos visuais e auditivos, valendo-se apenas da memorização como recurso didático, cujo objetivo é ensinar a combinatória de letras e sons. Parte do ensino das letras, mostrando em seguida que, quando estas se juntam, representam sons, as sílabas, que, por sua vez, formam palavras. Nesse método, o aprendizado da leitura como compreensão fica para um segundo plano. Silabação: consiste em apresentar, primeiro, as vogais e os ditongos, depois as famílias silábicas, começando pelas consoantes cujo som é sempre o mesmo (v, p, b, f, d, t), passando em seguida para aquelas que apresentam dificuldades ortográficas. Nesse método, tal como na soletração, a compreensão da leitura vem depois da aprendizagem do processo de decodificação. Será trabalhado também em conjunto o Método fônico: ênfase em ensinar a decodificar os sons da língua, na leitura, e a codificá-los, na escrita. O professor dirige a atenção da criança para a dimensão sonora da língua para que ela perceba que as palavras, além de terem mais de um significado, são formadas por sons. Alguns desses métodos adiam o ensino do nome das letras até que a criança tenha dominado as relações letras-fonemas para que ela focalize primeiro o som da letra e só depois o seu nome. Quanto aos métodos analíticos, poderão ser trabalhados parta das unidades significativas da linguagem – palavras, frases ou pequenos textos, para depois chegar à análise das partes menores que as constituem - sílabas e letras. Vai ser aplicado também Método dos contos: consiste em iniciar o ensino da leitura a partir de pequenas histórias adaptadas ou elaboradas pelo professor, buscando explorar o prazer da criança em ouvir histórias e, assim, introduzi-la ao conhecimento de base alfabética. Depois, o texto é desmembrado em frases que a criança aprende a reconhecer globalmente e repeti-la; em 51 seguida, aprende a reconhecer certas palavras, as quais são posteriormente divididas em sílabas; e, por fim, a composição de novas palavras com as sílabas estudadas. Essas são as etapas a serem seguidas na adoção desse método. Baseando se no Método da palavração: propõe o ensino das primeiras letras a partir de uma palavra-chave destacada de uma frase ou texto; essa palavra é desmembrada em sílabas, as quais são recombinadas para formar novas palavras.
CRONOGRAMA
O projeto será desenvolvido em etapas com duração de cincos mês.
	FASES
	1º MÊS
	2º MÊS
	3º MÊS
	4º MÊS
	5º MÊS
	1.Acolher as crianças para dar início ao projeto apresentado no planejamento.
2.Apresentação de massinha de modelar, confecção da receita da massinha, trabalhando letras com massinha, alfabetizando com jogos. 
	
	
	
	
	
	3.Formando palavras, construindo arte.
Construindo texto com palavras.
Pintando apresentando sentidos.
Conhecendo o alfabeto silábico.
	
	
	
	
	
	4. Alfabetizando compalavras.
Alfabetizando com músicas.
Trabalhando a escrita.
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RECURSOS
● Livros literários e informativos, fantoches, malas de histórias, álbuns de figurinhas, cartazes, desenhos, filmes, folders, gráficos, revistas de histórias em quadrinhos, ilustrações, jornais, quadro de giz, revistas, televisão, vários gêneros textuais, varal didático, etc.
●Livros didáticos e paradidáticos
● contos, fábulas, letras de músicas...;
● Textos diversos; Alfabeto móvel;  Atividades impressas;
● Atividades fotocopiadas, caderno de anotações;
● Aparelhos áudio- visuais (som, TV e DVD, projetor de imagem, not book, caixa de som, microfone...);
● Material de expediente (Cola, tesoura, fita gomada, durex, lápis piloto, quadro branco, TNT, E.V. A, etc.);
● Cartazes (cartolinas, lápis de cor, giz de cera, folha sulfite)
AVALIAÇÃO
Avaliação será diagnóstica e processual, para que as professores possam rearticular sua prática de acordo com as necessidades de cada turma. A avaliação pode ser feita através do entendimento do aluno sobre o assunto, o desenvolvimento em cima dos temas propostos e da execução das atividades. Esse processo de avaliação também servirá para que o professor analise o grau de leitura, escrita e oralidade dos alunos. Serão observados os seguintes aspectos: participação, interesse, desempenho, engajamento e colaboração. Optamos por um trabalho avaliativo que ocorra de forma contínua durante todo o desenvolvimento das atividades grupais e individuais, através das quais poderemos observar o nível de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos individual mente e coletivamente. Observaremos pontos tais como: o desenvolvimento e o relacionamento nas atividades desenvolvidas diariamente em sala de aula como também fora de sala. Por tanto desenvolveremos a avaliação respeitando as etapas de desenvolvimento do projeto: → Atividades lúdicas, dinâmicas, contextualizadas e que possibilite o desenvolvimento lógico do aluno - Observação e anotações do desenvolvimento (individual e coletivo) da aprendizagem dos alunos - Atividades escritas de interpretação, leitura e escrita (diariamente/cumulativas) - Atividades orais. 
REFERÊNCIAS
FERREIRO, Emília. Com Todas as Letras. São Paulo: Cortez, 1999. vol. 2.
FERREIRO, Emília. Alfabetização em Processo. São Paulo: Cortez, 1996. 
SOARES, Magda. Alfabetização e Letramento. São Paulo: Contexto, 2008
SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. 6 ed. São Paulo: Contexto, 2011.
FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. Tradução Horácio Gonzalez (et. al.). 24 ed. São Paulo: Cortez. 1995
FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Artmed,1985. 
SOARES, Magda. Letramento: um tema e três gêneros. Belo Horizonte: Autentica, 1998.
MOREIRA, Antônio Flavio. CONHECIMENTO EDUCACIONAL E FORMAÇÃO DO PROFESSOR. Campinas. 
STREET, Brian. Letramentos sociais: abordagens críticas do letramento no desenvolvimento, na etnografia e na educação. São Paulo: Parábola, 2014.

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