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Apostila de miologia veterinária

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04/05/2021 
MIOLOGIA 
Parte da anatomia que estuda os músculos 
– órgãos capazes de contração mediante um 
estímulo do sistema nervoso central (SNC). Cada 
músculo possui um nervo que se ramifica 
internamente. 
Origem de termo “miologia” 
“Mio” = músculo; “logia” = estudo. 
Origem embrionária 
Deriva do folheto embrionário mesoderme. 
 
 
Funções do tecido muscular 
a) Produção de movimento; 
b) Produção de calor por tremores (contração 
muscular); 
c) Continência vesical e intestinal; 
d) Contração cardíaca; 
e) Auxiliar na respiração; 
f) Sustentar vísceras (no abdômen); 
g) Proteção de órgãos delimitando 
cavidades1; 
h) Demonstração o estado emocional. 
 
Classificação histológica do tecido muscular 
(tipos de musculatura) 
a) Músculo liso 
 Células fusiformes. 
 Localização: parede de órgãos ocos, vasos 
sanguíneos e glândulas. 
 Contrações lentas e rítmicas. 
 Ação involuntária. 
 
 
 
1 O diafragma separa as cavidades torácica de abdominal, ajuda na sustentação dos órgãos no local onde pertencem. 
b) Músculo estriado cardíaco 
 Exclusivo do coração, formando a 
parede muscular. 
 Estriações transversais (evita a 
fadiga). 
 Contrações rápidas. 
 Ação involuntária. 
 
c) Músculo estriado esquelético 
 Corresponde a cerca de 50% da 
carcaça. 
 Forma e tamanho fusiforme, 
alongadas e em sentido de cordões. 
 Polinucleadas com núcleos 
celulares periféricos. 
 Contrações rápidas/imediata. 
 Estriações transversais. 
 Miofibrilas (miofilamentos) que tem 
contato com o SNC. 
 Ação voluntária. 
 
Fibras musculares 
Os músculos são um conjunto de fibras 
musculares, as quais são um conjunto de várias 
miofibrilas unidas por tecido conjuntivo. 
a) Revestimentos do músculo: 
 Epimísio: tecido conjuntivo que envolve 
todo o músculo esquelético (ventre); 
 Perimísio: tecido conjuntivo que envolve 
um feixe de fibras musculares; 
 Endomísio: tecido conjuntivo que envolve 
cada fibra muscular. 
 
b) Características das fibras: 
 Contratilidade; 
 Extensibilidade; 
 Elasticidade; 
 Condutividade. 
 
Músculo estriado esquelético 
 
Volume Extremamente variável. 
Peso Cerca de 50% do peso 
corporal. 
Número Varia de acordo com a 
espécie. Equino tem 
aproximadamente 500 
músculos. 
Situação Quase todos pares, exceto 
diafragma e esfíncter anal. 
Constituição 75%: água; 
18%: proteína; 
7%: carboidratos, gorduras 
e sais minerais. 
 
Partes do músculo 
a) Porção carnosa: ativa 
b) Porção tendinosa: passiva 
 Tendão: forma cilíndrica 
 Aponeurose: forma de lâmina presente nas 
paredes torácica e abdominal. 
c) Porção óssea: passiva. É a parte fixada ao osso 
para concluir o movimento. 
 
Componentes 
 Cabeça: porção inicial, geralmente com um 
tendão proximal de origem que fixa ao osso 
(passivo); 
 Porção média: ventre muscular (ativa, 
contrátil). É o que define a contração 
muscular. 
 Cauda: porção final, que termina por tendão ou 
aponeurose distal de inserção (passivo). 
OBS.: Origem é fixa; inserção é móvel. Nos 
membros, a origem é proximal e a inserção é distal. 
 
Anexos do sistema muscular 
 Fáscias: membranas de tecido conjuntivo que 
separam os músculos uns dos outros e os fixam 
em sua posição. Seus tipos são: 
o Fáscia propriamente dita: pode ser 
superficial (junto à pele) ou profunda 
(entre os músculos); 
o Fáscia muscular: tendão (formado de 
tecido colágeno) ou aponeurose de 
inserção. 
o Ligamentos anulares/retináculos: 
prendem os tendões. 
 Bainhas dos tendões: são estruturas de forma 
tubular de parede dupla, que revestem e 
protegem o tendão, evitando seu desgaste pelo 
atrito. 
o Porção sinovial (interna): lubrifica os 
tendões. 
o Porção fibrosa (externa): fixa no osso. 
 
 Bolsas sinoviais/bursa: cápsulas de tecido 
conjuntivo cheias de liquido sinovial que 
interpõe duas superfícies que deslizam uma 
sobre a outra, diminuindo o atrito entre elas. 
Localizada nos locais onde músculos, tendões 
ou ligamentos deslizam sobre os ossos; 
algumas sob a pele em pontos sujeitos a 
pressão mecânica constante. 
 
Vascularização e inervação 
Há uma vasta rede vascular e nervosa 
(originada na medula óssea, de onde partem os 
feixes nervosos), sendo que cada músculo tem 
inervação e vascularização própria. 
Para que haja contração, é necessário o 
suprimento de oxigênio e nutrientes 
(vascularização) que são as fontes de energia a ser 
consumida na mudança de posição da actina e 
miosina. 
Como órgãos ativos no movimento, os 
músculos precisam de estímulos provenientes do 
SNC, que chegam através dos nervos do SCP. As 
atividades também implicam consumo de energia, 
produzida pela queima de nutrientes e oxigênio, 
que chegam às células pelo sistema vascular. 
Disposição das fibras em relação ao tendão 
a) Paralelas 
b) Fusiforme 
c) Unipenada (diagonal em relação à origem e 
à inserção) 
d) Bipenada (1 origem e 2 inserções) 
e) Multipenada (mais de 1 tendão de origem 
e mais de 1 de inserção) 
 
 
Forma dos músculos 
 Em relação à direção das fibras: 
o Músculos fusiformes 
o Músculos planos 
o Músculos orbiculares 
o Músculos esfinctéricos2 
 Número de cabeças: 
o Bíceps – duas cabeças 
o Tríceps – três cabeças 
o Quadríceps – quatro cabeças 
 Número de ventres: 
o Músculos de dois ventres (digástrico = 1 
tendão e 2 ventres) 
 Ação funcional do músculo: 
o Extensor 
o Flexor 
o Adutor 
o Abdutor 
o Rotator 
o Esfinctérico 
o Dilatador 
o Elevador 
o Depressor 
 
2 Tanto o orbicular quanto o esfinctérico têm direção de fibra circular. A diferença é que o esfinctérico é responsável por abertura 
e fechamento de cavidades. 
 
Ação em conjunto 
Dependendo da ação, podem ser: 
 Agonistas: um músculo ou grupo muscular 
que produz o movimento de uma 
articulação. 
 Antagonistas: músculos que atuam em 
sentidos opostos, produzindo movimentos 
inversos. 
 Sinergistas: músculos que atuam em 
conjunto, com ação simultânea, 
produzindo o mesmo movimento. 
 
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Músculos da cabeça 
 Dividem-se em: músculos faciais e da 
mastigação. 
Músculos faciais 
Responsáveis pelas expressões faciais. 
Inervados pelos ramos do nervo facial. 
1) Elevador nasolabial 
Origem: osso frontal próximo ao olho como 
aponeurose. 
Inserção: nariz e lábio superior. 
Ações: eleva a narina e lábio; dilata a narina. 
2) Cutâneo da face 
Ação: contração da pele. 
3) Zigomático 
Origem: arco zigomático. 
Inserção: comissura labial. 
Ação: auxilia a retração da comissura da boca 
(sorriso). 
4) Elevador do lábio superior 
Origem: margem inferior da órbita. 
Inserção: músculo orbicular do lábio. 
Ação: atua juntamente com o músculo 
elevador nasolabial. 
5) Bucinador – parte molar e parte bucal 
Encontra-se encoberto pelo cutâneo da face. 
Origem: borda alveolar do osso maxila e do 
osso mandibular. 
Inserção: ângulo da boca. 
Ação: coloca os alimentos entre as arcadas 
dentárias na mastigação. 
Inervação: nervo maxilar e nervo infraorbital. 
6) Canino 
Origem: abaixo do orifício infraorbitário do 
maxilar superior. 
Inserção: na pele e mucosa das comissuras 
labiais (carnívoros); extremidade rostral da crista 
facial e a parede lateral da narina (equino). 
Ação: dilatação da narina. 
7) Orbicular do olho 
Origem: parte nasal do osso frontal (porção 
orbital), processo frontal da maxila, crista lacrimal 
posterior (porção lacrimal) e da superfície anterior 
e bordas do ligamento palpebral medial (porção 
palpebral). 
Inserção: circunda a órbita, como um esfíncter. 
Ação: fechamento ativo das pálpebras. 
 
Músculos da mastigação3 
Inervados pelo nervo trigêmeo. 
8) Masseter – plano superficial e profundo 
 Plano superficial: 
Origem: ossos maxilar e zigomático. 
 Inserção: ângulo externo da mandíbula. 
 Plano profundo: 
 Origem: crista facial e arco zigomático. 
 Inserção: fossa massetérica. 
Ação: aproxima a mandíbula do maxilar. 
Inervação: nervo mandibular
e nervo 
auricopalpebral4. 
Vascularização: artéria transversa da face, 
artéria facial, artéria facial massetérica e artéria 
temporal profunda. 
9) Temporal 
Origem: margem da cavidade temporal 
Inserção: processo coronoide e borda rostral 
do ramo da mandíbula 
Ação: eleva a mandíbula e auxilia a sua 
retração. 
 
3 Músculos que fecham a boca em amarelo; que abrem a boca em azul. 
4 Oriundos do trigêmeo. 
5 Paramastoide = paracondilar 
6 Músculo de ventre único em animais domésticos, exceto no equino, em que ele apresenta um ventre caudal e outro rostral. 
10) Pterigoideo medial/masseter interno/falso 
masseter 
É paralelo ao masseter pela face medial da 
mandíbula. 
Origem: crista esfeno-palatina e 
pterigopalatina. 
Inserção: ângulo externo da mandíbula. 
Ação: aproxima a mandíbula do maxilar. 
11) Occipitomandibular 
Origem: processo paramastoide5 do occipital. 
Inserção: ângulo externo da mandíbula. 
Ação: rebaixa e retrai a mandíbula, afastando 
do maxilar. 
12) Digástrico/biventre mandibular6 
Origem: bordo anterior do processo 
paramastoide acima do occiptomandibular. 
Inserção: face medial do ramo horizontal da 
mandíbula 
Ação: rebaixa e retrai a mandíbula. 
13) Pterigoideo lateral 
Origem: crista pterigoide do esfenoide. 
Inserção: colo da mandíbula. 
Ação: propulsão da mandíbula ou lateralidade, 
promovendo maceração. 
 
Músculos da orelha 
 São delgados, superficiais, situados sobre o 
músculo temporal. 
 Inserção: cartilagens articulares. 
 Ação: diferentes movimentos da concha 
acústica. 
 
 
 
Músculos do hioide 
 Atuam no hioide. Ações no aparelho 
faríngeo-laríngeo e língua. Importantes na 
mastigação e deglutição. 
 
a) Músculos intrínsecos7 
 Estilo-hioideo 
Ação: eleva a laringe, rebaixa a língua 
(respiração). 
Origem: estilo-hioide. 
Inserção: tireo-hioide. No equino, seu 
tendão de inserção forma um espaço através 
da qual passa o tendão intermediário do 
músculo digástrico. 
 Querato-hioideo8 
Formato triangular. 
Ação: eleva a laringe, rebaixa a língua 
(respiração). 
Origem: tireo-hioide. 
Inserção: cerato-hioide. 
 Hioideo transverso9 
Ação: eleva a base da língua auxiliando na 
deglutição. 
Situado entre as hastes curtes, por baixo da 
língua. 
 
 
7 Origem e inserção no hioide. 
8 O nome certo é “cerato-hióideo”. 
9 Inexistente no cão, no gato e no suíno. 
10 Empurrar para frente. 
11 Constitui o assoalho da boca. 
12 Manúbrio = cartilagem cariniforme. 
13 Inexistente em carnívoros. 
b) Músculos extrínsecos com origem na cabeça 
 Occipito-hioideo 
Ação: flexão da art. temporo-hioidea. 
Origem: processo paramastoide do occipital. 
Inserção: estilo-hioide. 
 Gênio-hioideo 
Ação: promove a propulsão do hioide e, em 
consequência, a protrusão10 da língua. 
Passa dorsalmente (por cima) ao músculo milo-
hióideo e se insere no processo lingual da 
mandíbula. 
 Milo-hioideo11 
Ação: eleva o assoalho da boca (palato mole) 
para a deglutição. 
Prolonga-se subcutaneamente desde a linha 
milo-hióidea na face medial da mandíbula até 
encontrar seu oposto contralateral e fixar-se ao 
corpo e processo lingual do osso hioide. 
c) Músculos extrínsecos com origem no peito 
 Esterno-hioideo 
Origem: cartilagem cariniforme12 do 
esterno. 
Inserção: face ventral do processo lingual. 
Ação: rebaixa a língua e deprime a laringe, 
facilitando a deglutição. 
 Esterno-tireóideo 
Origem: cartilagem cariniforme do esterno. 
*Separa-se do músculo esterno-hióideo na 
metade do pescoço. 
Inserção: cartilagem tireoide da laringe. 
Ação: = m. esterno-hioideo. 
 Omo-hioideo13 
Origem: fáscias do ombro. 
Inserção: se insere juntamente com o m. 
esterno-hióideo no processo lingual do osso 
hioide. 
Ação: rebaixa o hioide e deprime a laringe. 
 
 
 
20/04/2021 
Músculos do pescoço 
Dividem-se em: músculos que atuam da 
metade para baixo do pescoço; músculos que 
atuam da metade para cima do pescoço; e 
músculos que atuam em todo pescoço. 
1) Músculos que atuam da metade para 
baixo do pescoço 
a) Cervical ascendente 
Origem: cranial à 1ª costela14. 
Inserção: processos transversos da 5ª, 6ª e 7ª 
cervicais. 
Ação: flexão da porção baixa do pescoço. 
b) Escaleno 
Origem: bordo cranial lateral da 1ª costela. 
Abaixo do músculo cervical ascendente. 
Inserção: 
 Parte dorsal: processo transverso da 7ª VC. 
 Parte ventral: processos transversos C4-C7. 
Ação: no pescoço, faz a flexão da porção baixa 
do pescoço; no tórax, elevação da 1ª costela na 
inspiração. 
 
 
2) Músculos que atuam da metade para cima 
do pescoço 
a) Pequeno reto ventral da cabeça 
Origem: face ventrolateral do arco ventral do 
atlas. 
Inserção: tubérculos basilares do occipital, por 
fora do m. grande reto ventral da cabeça. 
Ação: flexão da articulação atlanto-occipital. 
 
 
14 Acima do escaleno. 
15 Fica por baixo do m. oblíquo cranial da cabeça 
 
b) Grande reto ventral da cabeça 
Origem: processos transversos das C3-C5. 
Inserção: tubérculos basilares do occipital. 
Ação: flexão da cabeça e porção alta do 
pescoço. 
c) Reto lateral15 
Origem: arco ventral do atlas. 
Inserção: bordo posterior do processo 
paramastoide. 
Ação: flexão da articulação atlanto-occipital. 
 
3) Músculos que atuam em todo pescoço. 
a) Intertransversos cervicais 
Dividem-se em 2 feixes: 
 Feixe ventral: parte de um processo 
transverso e insere-se no processo 
transverso da vértebra anterior; 
 Feixe dorsal: parte do processo transverso 
e insere-se no processo articular cranial da 
vértebra anterior. 
Ação: flexão e semigiro do pescoço. 
 
b) Longo da cabeça 
Estende-se da 6ª vértebra torácica até a 1ª 
cervical, no sentido craniomedial. 
 Porção torácica: 
Origem: cristas ventrais das 6 primeiras 
vértebras torácicas (T1-T6). 
 Inserção: processos transversos das 2 
últimas vértebras cervicais (C6-C7). 
 Porção cervical: 
Origem: face ventral dos processos 
transversos das C3-C7 cervicais. 
Inserção: cristas ventrais das primeiras 
vértebras cervicais. 
Ação: flexão do pescoço. 
 
c) Esterno-mandibular/esterno-cefálico 
Constitui a parede ventral da goteira da jugular. 
Origem: esterno 
Inserção: ângulo externo da mandíbula 
Ação: flexão do pescoço e rebaixamento da 
mandíbula. 
d) Cutâneo do pescoço 
Constitui a parede lateral da goteira da jugular. 
Origem: esterno 
Inserção: bipeniforme, irradia-se do centro 
para as áreas laterais do pescoço, aderindo-se às 
fáscias do pescoço. 
Ação: fixa os músculos da região ventral do 
pescoço. 
e) Braquiocefálico 
Constitui a parede dorsal da goteira da jugular. 
Origem: fáscias do ombro e braço, 
tuberosidade e crista deltoide do úmero. 
Inserção: 
 Cleidomastoidea: processo paramastoide e 
crista nucal. 
 Cleidocervical: asa do atlas e processo 
transverso das 2ª, 3ª e 4ª cervicais. 
Ação: flexão do pescoço e cabeça. 
f) Esterno-hioideo + esterno-tireóideo 
Entre esterno e ganacha, cruzando pela frente 
da traqueia. 
Origem: esterno 
Inserções: 
 Esterno-hioideo: face ventral do 
processo lingual do hioide. 
 Esterno-tireoideo: cartilagem tireoide 
da laringe. 
Ação: rebaixam a língua e deprimem a laringe 
facilitando a deglutição. 
g) Omo-hioideo 
Constitui a parede medial da goteira jugular. 
Origem: fáscia do ombro (por baixo do m. 
bráquio-cefálico) 
Inserção: corpo e processo retrossal do hioide 
Ação: rebaixa o hioide e deprime a laringe. 
 
 
 
 
 
 
Músculos do tórax 
a) Serrato dorsal cranial 
Origem: ligamento dorso-escapular. 
Inserção: entre a 5ª e 10ª costelas. 
Ação: dilata a parede do tórax, ajudando na 
inspiração. 
b) Serrato dorsal caudal 
Origem: fáscia lombodorsal ou tóracolombar. 
Inserção: face lateral das últimas 8 costelas. 
Ação: retrai a parede torácica, ajudando na 
expiração. 
 
c) Serrato ventral 
Origem: 
 Cervical: processos transversos
C2-C7; 
 Torácico: entre as primeiras 7 ou 10 
costelas. 
Inserção: fáscia serrata da escápula. 
Ação: suporte do tronco, elevador do pescoço, 
participa da inspiração. 
 
d) Peitoral superficial 
 Porção descendente 
Origem: manúbrio. 
Inserção: tuberosidade deltoide do úmero. 
Ação: adução e movimentos craniais do 
membro torácico. 
 Porção transversa 
Origem: bordo ventral do esterno. 
Inserção: fáscia braquial e crista do úmero. 
Ação: adução do membro torácico. 
 
e) Peitoral profundo cranial 
Origem: face lateral do esterno e primeiras 
4 cartilagens costais. 
Inserção: aponeurose do m. 
supraespinhoso e fáscia escapular. 
Ação: adução e movimentos craniais do 
membro torácico. 
f) Peitoral profundo caudal 
Origem: cartilagem xifoide. 
Inserção: tubérculo menor do úmero. 
Ação: 
o Membro avançado e fixo: puxa o 
tronco cranialmente e estende a 
articulação do ombro. 
o Membro livre de peso: puxa o 
membro caudalmente e flexiona a 
articulação do ombro. 
g) Reto do tórax 
Origem: 1ª costela. 
Inserção: entre 2ª e 4ª cartilagem da 
costela e fáscia profunda do tronco. 
Ação: participa da inspiração (projeta as 
primeiras três costelas; amplia o tórax). 
 
h) Escaleno 
* ver em “m. do pescoço”. 
i) Intercostal externo 
Origem: bordo caudal das costelas. 
Inserção: superfície lateral das costelas. 
Ação: dirige as costelas cranialmente durante a 
inspiração (projeta as costelas e amplia o tórax). 
j) Intercostal interno 
Origem: borda cranial das costelas e 
cartilagens. 
Inserção: margem caudal da costela anterior. 
Ação: participa da expiração (retrai as costelas 
e contrai o tórax). 
 
k) Cutâneo do tronco 
Origem: região axilar recobrindo paredes 
laterais. 
Inserção: pele. 
Ação: movimento da pele do tórax. 
 
l) Trapézio (porção cervical e torácica) 
Origem: meio do pescoço e ligamento 
supraespinhoso de T1 a T10 
Inserção: espinha da escápula. 
Ação: dirige a escápula dorsal e caudalmente, 
manutenção da posição da escápula; abdução. 
 
m) Grande dorsal/latíssimo do dorso 
(Latissimus Dorsi) 
Origem: ligamento supraespinhal das vértebras 
torácicas e lombares, fáscia toracolombar. 
Inserção: face medial do úmero 
Ação: flexão do ombro. 
 
n) Dorsal longo (longissimus dorsi) 
Origem: processos transversos das vértebras 
lombares e aponeurose lombocostal. 
Inserção: processos transversos das vértebras 
torácicas e das 10 últimas costelas; nervos 
espinhais (ramos dorsais), 
Ação: extensão e inclinação homolateral da 
coluna vertebral. 
 
 
 
 
 
 
Músculos do abdômen 
a) Iliocostal 
Origem: crista do íleo. 
Inserção: processos transversos das vértebras. 
Ação: eleva e inclina lateralmente a coluna. 
 
 
a) Transverso abdominal 
Origem: Processos transversos das vértebras 
lombares, parte ventral das cartilagens costais 
esternais. 
Inserção: cartilagem xifoide e linha alba. 
Ação: atua na expiração, manutenção da 
posição das vísceras abdominais, movimenta o 
tronco ventral e lateralmente. 
 
 
b) Obliquo menor interno do abdome 
Origem: tuberosidade costal e ligamento 
inguinal. 
Inserção: cartilagem das últimas 5 costelas, 
tendão pré-púbico e linha alba. 
Ação: atua na expiração, manutenção da 
posição das vísceras abdominais, movimenta o 
tronco ventral e lateralmente. 
c) Obliquo maior externo do abdome 
Origem: face externa das costelas 
Inserção: tuberosidade coxal, fáscia femoral 
interna, tendão pré-púbico e linha alba. 
Ação: atua na expiração, manutenção da 
posição das vísceras abdominais, movimenta o 
tronco ventral e lateralmente. 
d) Reto anterior do abdome 
Origem: cartilagem de 4ª e 9ª costela e esterno. 
Inserção: tendão pré-púbico. 
Ação: atua na expiração, manutenção da 
posição das vísceras abdominais, movimenta o 
tronco ventral e lateralmente. 
 
 
 
16 Ou “sacrococcígeo” 
17 Músculo sacrococcígeo ventral medial 
Músculos da cauda 
a) Sacrocaudal16 dorsal medial 
Origem: processos espinhosos das vértebras 
sacras e caudais. 
Inserção: última vértebra caudal. 
Ação: extensão da cauda e flexão lateral (eleva 
a cauda). 
b) Sacrocaudal ventral medial 
Origem: superfície ventral das vértebras 
caudais. 
Inserção: última vértebra caudal. 
Ação: flexão ventral e lateral da cauda (abaixa a 
cauda). 
 
c) Intertransverso ventral caudal17 
Origem: processos transversos das vértebras 
sacras e caudais. 
Inserção: processos transversos das últimas 
vértebras caudais. 
Ação: movimento lateral da cauda. 
d) Intertransverso dorsal caudal 
Origem: processos transversos das vértebras 
caudais, ligamento sacroilíaco e crista sacral lateral. 
Inserção: processos transversos das últimas 
vertebras caudais. 
Ação: movimento lateral da cauda. 
 
Músculos do membro torácico
Músculo Origem Inserção Ação 
1. Subclávio Cartilagem da 1ª 
à 4ª costela 
Epimísio do 
músculo 
supraespinal 
Fixa a escápula 
2. Supraespinal Fossa 
supraespinal 
Tubérculo maior 
e menor 
Extensão do ombro 
3. Infraespinal Fossa 
infraespinal 
Proximal no 
úmero 
Flexão do ombro 
4. Redondo menor Margem caudal 
da escápula 
Tuberosidade 
redonda menor 
Flexão do ombro 
5. Deltoide Espinha da 
escápula e 
margem caudal 
da escápula 
Tuberosidade 
deltoide 
Flexão do ombro; abdução do 
braço superior 
6. Tríceps braquial Margem caudal 
da escápula, 
porção medial e 
lateral do úmero. 
Olécrano Flexão do ombro e extensão 
do cotovelo 
7. Bíceps braquial Tubérculo 
supraglenoidal. 
Tuberosidade 
radial 
Extensão do ombro; flexão do 
cotovelo 
8. Braquial Caudal no colo 
do úmero 
Medial no rádio 
e na ulna 
Flexão do cotovelo 
9. Extensor radial do carpo Epicôndilo lateral 
do úmero 
Proximal no osso 
metacarpal III 
Extensão do carpo 
10. Extensor comum dos dedos Epicôndilo lateral 
do úmero 
Processo 
extensor da 
falange distal 
Extensão do carpo; extensão 
das articulações digitais. 
11. Extensor lateral dos dedos Epicôndilo lateral 
do úmero 
Falange média Extensão das articulações 
digitais 
12. Flexor profundo dos dedos Epicôndilo 
medial do 
úmero, rádio e 
ulna 
Face flexora da 
falange distal 
Flexão da mão 
13. Flexor superficial dos dedos Epicôndilo 
medial do úmero 
Proximal na 
falange média 
Flexão dos dedos e da mão. 
14. Extensor ulnar do carpo Epicôndilo lateral 
do úmero 
Sesamoide 
proximal e 
metacarpal IV 
Flexão do carpo 
15. Abdutor longo do primeiro 
dedo 
Margem lateral 
do rádio e da 
ulna 
Metacarpal II Extensão do carpo18 
16. Tensor da fáscia do antebraço Margem caudal 
da escápula 
Fáscia do 
antebraço 
Tensor da fáscia do 
antebraço; extensão do 
cotovelo 
17. Redondo maior Margem caudal 
da escápula 
Tuberosidade 
redonda maior 
Flexão do ombro. 
18. Subescapular Fossa 
subescapular 
Tubérculo 
menor 
Extensão do ombro 
 
18 Extensão do dedo ao qual se insere e a abdução do primeiro dedo em carnívoros. 
19. Peitoral profundo (cranial e 
caudal) 
*ver em “m. do 
tórax” 
 
20. Coracobraquial Processo 
coracoide da 
escápula 
Face medial do 
úmero 
Flexão do ombro e adutor do 
braço. 
21. Flexor radial do carpo Epicôndilo 
medial do úmero 
Metacarpal II Flexão do carpo 
22. Flexor ulnar do carpo Epicôndilo 
medial do úmero 
e olécrano 
Sesamoide 
proximal 
Flexão do carpo 
 
Músculos do ombro Músculos do cotovelo 
▸Extensores 
do ombro 
M. bíceps braquial 
M. supraespinal 
▸Extensores do cotovelo M. tríceps braquial 
M. ancôneo 
M. tensor da fáscia do antebraço 
▸Flexores do 
ombro 
M. redondo maior 
M. grande dorsal 
M. infraespinal 
M. redondo menor 
M. deltoide 
▸Flexores do cotovelo M. bíceps braquial 
M. braquial 
M. redondo menor 
▸ Adutores 
do ombro 
M. peitoral superficial 
M. peitoral profundo 
M. subclávio 
M. coracobraquial 
M. subescapular 
 
Músculos do carpo19 Músculos dos dedos 
▸Extensores M. extensor radial do carpo 
M.
extensor oblíquo do 
carpo 
M. extensor ulnar do carpo 
 M. extensor digital comum 
M. extensor digital lateral 
▸Flexores M. flexor radial do carpo 
M. flexor ulnar do carpo 
 M. flexores digitais superficial e profundo 
M. interósseos 
 
19 Os músculos extensores do carpo e dos dedos, originários do epicôndilo lateral do úmero, podem auxiliar a flexão do cotovelo 
como uma função secundária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Músculos do membro pélvico
 
Músculo Origem Inserção Ação 
1. Glúteo superficial Fáscia glútea e 
sacro 
Trocânter 
maior e 3º 
trocânter 
Extensão da coxofemoral; 
abdução. 
2. Glúteo médio Asa ilíaca, sacro e 
1ª vértebra 
lombar 
Trocânter 
maior 
Extensão da articulação 
coxofemoral. 
3. Glúteo profundo Espinha do ísquio Trocânter 
maior 
Abdução do membro. 
4. Tensor da fáscia lata Tuberosidade 
coxal 
Fáscia lata Flexão da coxofemoral, 
abdução do membro e tensão 
da fáscia, extensão do joelho. 
 
5. Bíceps femoral Sacro e pélvis Patela, fáscia 
profunda da 
perna 
Extensão e abdução do 
membro. 
Extensão do quadril e do 
joelho (parte cranial do 
músculo); flexão do joelho e 
extensão do jarrete (parte 
caudal). 
6. Semitendíneo Tuberosidade 
isquiática, sacro, 
1a vértebra caudal 
e ligamento 
sacrotuberal largo 
Margem 
cranial da tíbia, 
tendão 
calcanear 
comum 
Posição de sustentação de 
peso: extensão da 
coxofemoral, do joelho e do 
tarso. 
Livre de peso: flexão do 
joelho, giro para fora e a 
movimentação para trás 
7. Semimembranáceo Face ventral do 
ísquio 
Côndilo medial 
do fêmur e 
tíbia 
Posição de sustentação de 
peso: extensão da 
coxofemoral, do joelho. 
Livre de peso: adução e flexão 
do joelho. 
8. Sóleo Fíbula Tendão 
calcanear 
comum 
Extensão do tarso 
9. Gastrocnêmio Distal no fêmur Tendão 
calcanear 
comum 
Flexão do joelho; extensão do 
tarso. 
10. Extensor longo dos dedos Côndilo lateral do 
fêmur 
Falange distal Extensão dos dedos; flexão do 
tarso 
11. Tibial cranial Côndilo lateral da 
tíbia 
Tarso e 
metatarso 
Flexão do tarso 
12. Extensor lateral dos dedos Fíbula e côndilo 
lateral da tíbia 
Falange distal Extensão dos dedos 
13. Flexor profundo dos dedos Fíbula e tíbia Tendão flexor 
profundo dos 
Flexão dos dedos. 
dedos, falange 
distal 
14. Extensor curto dos dedos Face dorsal do 
metatarso 
Tendão 
extensor longo 
dos dedos 
Extensão dos dedos 
15. Reto femoral Corpo do ílio Patela Extensão do joelho, flexão da 
coxofemoral. 
16. Vasto lateral Face lateral do 
fêmur 
Patela Extensão do joelho 
17. Vasto medial Face medial do 
fêmur 
Patela Extensão do joelho 
18. Obturador interno Face interna do 
forame obturado 
Fossa 
trocantérica 
Extensão do quadril e 
supinação do fêmur20 
19. Obturador externo Face externa do 
forame obturado 
Fossa 
trocantérica 
Adução do membro, 
supinação do fêmur 
20. Psoas menor Últimas VT e 
primeiras VL 
Linha arqueada 
do ílio 
Flexão da coluna lombar 
21. Psoas maior Últimas VT e 
primeiras VL 
Trocânter 
menor do 
fêmur 
Flexão da coxofemoral, 
projeção do membro para a 
frente, supinação do fêmur; 
Flexão da coluna lombar 
(membro fixo). 
22. Ilíaco Fáscia ilíaca, asa 
do ílio 
Trocânter 
menor do 
fêmur 
23. Sartório Ílio Fáscia 
profunda da 
perna 
Flexão do quadril, adução e 
projeção do membro pélvico 
para a frente, extensão do 
joelho. 
24. Pectíneo Eminência 
iliopúbica 
Margem 
medial do 
fêmur 
Adução do membro 
25. Grácil Sínfise pélvica Fáscia 
profunda da 
perna 
Adução do membro; flexão do 
quadril. 
26. Adutor Face ventral da 
pelve e no tendão 
do músculo grácil 
Margem 
medial do 
fêmur 
Adução do membro; extensão 
do quadril. 
27. Flexor superficial dos dedos Fossa 
supracondilar, 
tuberosidade 
supracondilar 
lateral 
Falange 
proximal e 
falange média 
Flexão do joelho e dos dedos, 
extensão do tarso 
28. Poplíteo Côndilo lateral do 
fêmur 
Margem 
medial da tíbia 
Flexão do joelho 
29. Flexor profundo dos dedos Tíbia (e fíbula?) Plantar na 
falange distal, 
tendão flexor 
profundo dos 
dedos 
Flexão dos dedos 
30. Tibial caudal Fíbula e tíbia Plantar na 
falange distal 
Flexão dos dedos 
 
20 Rotação externa do membro. 
31. Tibial cranial Côndilo lateral da 
tíbia 
Ossos do tarso 
e do metatarso 
Flexão do tarso 
32. Extensor longo dos dedos Fossa extensora 
do fêmur 
Porção dorsal 
da falange 
distal 
Extensão do joelho, extensão 
dos dedos 
 
33. Quadrado femoral Ísquio Fossa 
trocantérica 
Rotação externa e extensão do 
quadril; adução. 
 
 
Músculos do quadril Músculos do joelho 
▸Extensores 
São caudais ao 
quadril 
M. bíceps femoral 
M. semitendíneo 
M. semimembranáceo 
M. glúteo médio 
M. quadríceps femoral (M. reto femoral + M. vasto medial 
+ M. vasto intermediário + M. vasto lateral) 
▸Flexores 
São craniais ao 
fêmur 
M. iliopsoas (M. ilíaco + M. psoas 
maior) 
M. sartório 
M. reto femoral 
M. tensor da fáscia lata 
M. isquiotibiais (M. bíceps femoral + M. semitendíneo 
+ M. semimembranáceo). 
M. gastrocnêmio 
M. flexor digital superficial 
M. poplíteo 
▸ Abdutores 
São laterais ao 
quadril 
M. glúteo profundo 
M. glúteo superficial 
M. tensor da fáscia lata 
 
▸ Adutores 
São mediais à coxa 
M. grácil 
M. pectíneo 
M. adutor 
M. quadrado femoral 
 
▸ Rotação M. obturadores internos e externa 
Músculos do tarso Músculos dos dedos 
▸Extensores 
Se inserem 
principalmente no 
calcâneo 
M. gastrocnêmio 
M. flexor digital superficial 
M. bíceps femoral 
M. grácil 
M. semitendíneo 
M. flexor digital profundo 
M. extensor digital longo 
M. extensor digital lateral 
▸Flexores M. tibial cranial 
M. fibular terceiro 
(Os extensores dos dedos também 
flexionam o jarrete, porque seus 
tendões passam sobre sua superfície 
flexora). 
M. flexores digitais superficial e profundo

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