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Bioinformática Aula 3: Conceitos moleculares importantes para a Bioinformática Apresentação Nesta aula, abordaremos o dogma central que estabelece o paradigma da Biologia Molecular: A informação é conservada através da replicação do DNA, que converte a informação contida no RNA em proteínas. Além disso, destacaremos a expressão gênica através de diversos mecanismos, dentre os quais, como um transcrito primário de RNA sofre splicing ou é processado. Objetivos Reconhecer o dogma central da Biologia Molecular; Identi�car a in�uência da expressão dos genes na �siologia; Esclarecer o aparecimento de doenças. A Biologia Molecular aplicada à Bioinformática O dogma central da Biologia Molecular foi proposto por Francis Crick , biólogo molecular, biofísico e neurocientista britânico, em 1958. A partir de então estabelece-se o paradigma da Biologia Molecular, no qual a informação é conservada através da replicação do DNA e é traduzida através dos processos de transcrição. Tais processos, por sua vez, convertem a informação do DNA em uma forma mais acessível, representada por uma �ta de RNA complementar e de tradução, que converte a informação contida no RNA em proteínas Francis Crick (Fonte: Unknown - [1], CC BY 4.0 / Wikimedia https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Expressão gênica O termo expressão gênica diz respeito ao processo em que a informação codi�cada por um determinado gene é traduzida e, portanto, decifrada, em uma proteína. Em teoria, o controle, em qualquer uma das fases desse processo, pode ocasionar uma expressão gênica diferencial. Em organismos multicelulares, a expressão gênica controlada regula um programa genético imprescindível para o desenvolvimento embrionário e sua diferenciação. Nesse sentido, uma célula é capaz de regular a expressão gênica através de diversos mecanismos, dentre os quais, como um transcrito primário de RNA sofre splicing ou é processado. (Fonte: Nathan Devery / Shutterstock) A ausência e/ou desequilíbrio de mecanismos da regulação gênica pode, inclusive, determinar o estabelecimento de doenças. É esta temática que será abordada na aula de hoje. Fluxo de informações do código genético O dogma central da biologia molecular descreve como ocorre o �uxo de informações do código genético. Segundo esse dogma, o �uxo da informação genética segue o seguinte sentido: DNA → RNA → PROTEÍNAS (Fonte: Antonov Maxim / Shutterstock). Observa-se, portanto, que esse dogma demonstra todos os processos pelos quais os ácidos nucleicos podem passar. Dessa forma, temos o DNA, onde está contida a informação genética, que pode ser transcrito em moléculas de RNA. É nessa molécula de RNA que é encontrado o código usado para organizar a sequência de aminoácidos e formar as proteínas no processo de tradução, o qual consiste na união de aminoácidos, obedecendo à ordem de códons presentes em uma molécula de RNA mensageiro. Observamos que o DNA de um organismo codi�ca todas as moléculas de RNA e de proteínas necessárias para a construção e perfeito funcionamento de suas células. (Fonte: Natali_ Mis / Shutterstock) Constituição do DNA Embora possamos ter uma descrição completa da sequência de DNA de um organismo, isso não nos possibilita reconstruir esse organismo. Vocês podem se questionar: Por que não? Porque o problema não é conhecer como os elementos funcionam em uma sequência de DNA, mas em quais condições cada produto gênico é produzido. Uma vez produzido, o que ele faz? Os diferentes tipos celulares em um organismo multicelular diferem drasticamente, tanto em estrutura como em função. Se compararmos um neurônio com uma célula do fígado, por exemplo, as diferenças são tão extremas que é difícil imaginar que as duas células contenham o mesmo genoma. Por essa razão e porque a diferenciação celular com frequência parecesse irreversível, os biólogos originalmente suspeitaram que genes deveriam ser seletivamente perdidos quando uma célula se diferencia. Agora sabemos, entretanto, que a diferenciação celular geralmente ocorre sem alterações na sequência de nucleotídeos do genoma da célula. Os tipos de células em um organismo multicelular tornam- se diferentes uns dos outros porque eles sintetizam diversas moléculas de RNA e proteínas. (Fonte: cigdem / Shutterstock) Para explicar isto, existem algumas a�rmativas importantes: Muitos processos são comuns a todas as células e, dessa forma, possuem muitos produtos gênicos em comum. Esses produtos incluem proteínas estruturais dos cromossomos, RNA e DNA-polimerases, enzimas de reparo do DNA, proteínas ribossômicas e RNAs, entre outros. Algumas proteínas e RNAs são abundantes nas células especializadas nas quais elas atuam e não podem ser detectadas em nenhum outro local. Por exemplo, a hemoglobina é expressa especi�camente nas hemácias, assim como a enzima tirosina aminotransferase é expressa no fígado, não sendo sintetizada na maioria dos outros tecidos. Estudos sugerem que uma célula humana expressa cerca de 30% a 60% dos seus quase 30 mil genes. Quando os padrões de expressão de RNA em diferentes linhagens celulares humanas são comparados, observa-se que o nível de expressão de praticamente todos os genes varia de acordo com o tipo de célula. Ainda que existam diferenças marcantes nos níveis de RNAs codi�cadores (RNAs mensageiros— RNAm) em tipos de células especializados, observa-se uma gama complexa de diferenças no padrão �nal de produção de proteínas. Como veremos nesta aula, existem muitos passos após a produção do RNA nos quais a expressão gênica pode ser regulada. Controle das proteínas Uma célula pode controlar as proteínas que produz de seis formas. 1 Regulando quando e como um determinado gene é transcrito, o que chamamos de controle transcricional. 2 Controlando como o transcrito de RNA é processado (controle do processamento de RNA). 3 Selecionando quais RNAs mensageiros completos serão exportados do núcleo para o citoplasma e onde �carão localizados (controle do transporte e da localização de RNA). 4 Selecionando quais RNAs mensageiros no citoplasma serão traduzidos pelos ribossomos (controle traducional). 5 Desestabilizando, de forma seletiva, algumas moléculas de RNA mensageiro no citoplasma (controle da degradação do RNAm). 6 Ativando, inativando, degradando ou compartimentalizando moléculas de proteínas especí�cas após sua produção (controle da atividade proteica). Controles transcricionais Para a maioria dos genes, os controles transcricionais são os mais importantes. Isso porque, de todos os pontos possíveis de controle, somente o controle transcricional garante que a célula não sintetizará intermediários desnecessários. A transcrição de genes individuais é ativada e desativada nas células por reguladores transcricionais. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Em organismos procariontes, essas proteínas normalmente ligam-se às sequências de DNA especí�cas próximas do sítio de início da RNA-polimerase e, dependendo da natureza da proteína reguladora e da localização do seu sítio de ligação em relação ao sítio de início, pode tanto ativar como reprimir a transcrição do gene. A �exibilidade da dupla-hélice do DNA pode permitir que proteínas ligadas em sítios distantes afetem a RNA- polimerase na sequência promotora do gene. (Fonte: Sergey Nivens / Shutterstock) Atenção Lembrem-se que promotores ou sequências promotoras são sequências de DNA especí�cas importantes para o início da transcrição. Tais sequências são reconhecidas por algumas proteínas especí�cas, chamadas de fatores de transcrição, que trazem a RNA-polimerase para realizar a montagem dos RNAs. Um único gene eucariótico normalmente é controlado por muitos reguladores transcricionais ligados a sequências que podem estar localizadas a dezenas ou até a centenas de milhares de pares de nucleotídeos do promotor que direciona a transcrição do gene. (Fonte: urfin / Shutterstock)Os ativadores e os repressores eucarióticos atuam por meio de vários mecanismos — geralmente alterando a estrutura local da cromatina e controlando a associação dos fatores gerais de transcrição e da RNA-polimerase no promotor. Eles fazem isso atraindo coativadores e correpressores, que são complexos proteicos que desempenham as reações bioquímicas necessárias. O momento e o local no qual cada gene é transcrito, assim como suas taxas de transcrição sob diferentes condições, são determinadas por um conjunto particular de reguladores transcricionais que se ligam à região reguladora do gene. Controles pós-transcricionais Conforme dito anteriormente, para a maioria dos genes, os controles transcricionais são os mais importantes. Porém, outros controles podem atuar mais tarde, na via do DNA para a proteína, a �m de modular a quantidade de produto gênico que é produzida — e em alguns casos, para determinar a sequência de aminoácidos do produto proteico. Esses controles pós-transcricionais, que operam após a RNA-polimerase ter se ligado ao promotor do gene e iniciado a síntese do RNA, são cruciais para a regulação de muitos genes. Splicing Um dos mecanismos do controle pós-transcricional que abordaremos nesta aula é denominado splicing. Mas, para falarmos sobre isto, precisamos compreender o mecanismo de processamento do RNA. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online (Fonte: AuntSpray / Shutterstock) Importante observar, inclusive, que a transcrição é apenas a primeira de diversos passos necessários para a síntese de uma molécula de RNAm madura. Outras etapas essenciais incluem a modi�cação covalente de ambas as extremidades do RNA e a remoção de sequências de íntrons que são retiradas do transcrito pelo processo de splicing do RNA. Lembremos que a sequência codi�cante de um gene é a série de códons, compostos por três nucleotídeos (trincas), que especi�ca a sequência linear dos aminoácidos no produto polipeptídico. Nos genes eucarióticos, a sequência codi�cante é periodicamente interrompida por segmentos com sequências não codi�cantes. Muitos genes eucarióticos são, portanto, mosaicos, compostos por blocos com sequências codi�cantes, os éxons, separadas entre si por blocos com sequências não codi�cantes, os íntrons. (Fonte: Gio.tto / Shutterstock) Vocês devem estar se perguntando, por que em organismos procariotas não ocorre este processamento do RNA mensageiro. Nos organismos procariotas, a transcrição e a tradução são simultâneas e, deste modo, o RNA não sofre qualquer processamento. Já em eucariotas, existe uma compartimentalização, de modo que a transcrição ocorre no núcleo e a tradução no citoplasma. O RNA recém-obtido pela ação da RNA-polimerase, é um transcrito primário (pré-RNA), que sofrerá processamento para originar o RNA mensageiro �nal (RNAm maduro). Veja, agora as etapas do processamento. Clique nos botões para ver as informações. A primeira etapa do processamento é caracterizada pela adição do CAP 5’. E o que seria o CAP 5’ e por que é adicionado? Pois bem, na extremidade 5’ do transcrito inicial, um dos três fosfatos é removido e é adicionada a base nitrogenada guanina. Em seguida, essa base é metilada na posição 7, assim como o segundo e terceiro nucleotídeos, entretanto, para estes dois últimos, a metilação ocorre na posição 2’ do açúcar. A adição do CAP 5’ confere ao RNA uma maior estabilidade, pois protege-o da ação de fosfatases e nucleases. Adição do CAP 5’ A segunda etapa do processamento do RNA é adição da cauda poli-A. E o que seria isto? A cauda poli-A é uma estrutura localizada na extremidade 3' da maioria dos RNAm de eucariotas, sendo composta pela ligação de 80 a 250 resíduos de adenina. Essa cauda tem a função de atuar como acentuadora da tradução, proteger o RNAm da digestão por nucleases presentes no meio e proporcionar uma maior estabilidade à molécula. Especula-se, ainda, que ela também tenha um papel importante no transporte do RNAm para o citoplasma. Adição da cauda poli-A A última etapa do processamento é o que chamamos de splicing, onde serão removidos os íntrons e unidos os éxons. Vamos entender como este processo ocorre a seguir. Splicing Detalhamento do drocesso de splicing Clique no botão acima. Para o processo de splicing ocorrer, é necessária a formação de grandes arranjos compostos por snRNPs e precursores de RNAm, denominados spliceossomos. Serão tais complexos que farão a excisão dos íntrons do RNAm, processo que requer alta precisão das enzimas envolvidas. A falta ou acréscimo de um único nucleotídeo em um éxon pode promover uma alteração de fase de leitura e levar à produção de uma proteína totalmente diferente da original. Como o splicing é um mecanismo complexo, altamente regulado, uma mutação em um local de reconhecimento na junção íntron e éxon, ou mesmo em um elemento regulador, pode ocasionar uma falha no processo, gerando um produto anômalo, que pode, diversas vezes, inativar um gene, com sérias consequências. Atenção Primeiro, é importante saber que além dos RNAs conhecidos por nós (RNAm, RNA transportador e RNA ribossômico), existem outros RNAs compostos por menos de 300 nucleotídeos. Tais RNAs são chamados de snRNAs (small nuclear RNAs) e scRNAs (small cytoplasmatic RNAs). Os RNAs são importantes porque se associam a proteínas formando complexos chamados de snRNPs (pequenas partículas de ribonucleoproteínas nucleares, do inglês small nuclear ribonucleoprotein particles) e scRNPs (pequenas partículas de ribonucleoproteínas citoplasmáticas, do inglês small cytoplasmatic ribonucleoprotein particles). (Fonte: Syda Productions / Shutterstock) O processamento alternativo pode acontecer de diversas formas, podendo-se observar a extensão de éxons ou mesmo omissão. Em alguns, os íntrons são mantidos ao invés de serem eliminados, elevando a diversidade de proteínas produzidas. Considera-se que cerca de 10% das doenças genéticas são causadas por equívocos no processo de splicing. Entretanto, pesquisas envolvendo ferramentas de Bioinformática e Biologia Molecular podem suscitar estratégias capazes de reti�car sequências que abalam padrões de splicing, como também expressar, silenciar ou alterar as concentrações de reguladores, a �m de reparar genes afetados por deleções, a exemplo do que ocorre na distro�a muscular progressiva. (Fonte: Kjpargeter / Shutterstock) (Fonte: udaix / Shutterstock) Segundo o �uxo da informação genética DNA—RNA— proteínas, a sequência de nucleotídeos presentes em um gene será transcrita em uma molécula de RNAm, a qual será traduzida em proteína. Esta sequência origina a ideia de que, para cada gene, uma proteína é produzida. Entretanto, como veremos, existem alguns pré-RNAs que podem ser processados por mais de uma forma, dando origem a RNAm alternativos. Esse processo denomina-se processamento ou splicing alternativo . Assim, podemos concluir que a partir de um gene, mais de uma proteína pode ser formada. Estudos apontam que cerca de 60% dos genes presentes no genoma humano podem ser processados de forma alternativa, gerando, portanto, mais de uma proteína por gene. Como a regulação da expressão gênica pode ter impacto na etiologia de doenças? https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html Diagnósticos moleculares de distúrbios aparentemente devidos a defeitos genéticos ou genômicos ainda necessitam de maior número de casos investigados, apesar do grande número de estudos projetados para descobrir defeitos nas regiões codi�cadoras de proteínas do genoma. Existe um aumento crescente de estudos para pesquisar defeitos em regiões do genoma não codi�cadoras e alterações na expressão gênica. Terapia gênica Antes de prosseguirmos, é importante esclarecer o que signi�ca o termo terapia gênica. A terapia gênica consiste, basicamente, na manipulação ou correção da expressão gênica em células-alvo ou, ainda, a transferência de genes para células com �nalidade terapêutica. (Fonte: CI Photos / Shutterstock) Comentário Em 1990, ouso da terapia gênica em seres humanos foi iniciado. Àquela época, o objetivo foi o tratamento de uma paciente com imunode�ciência letal, causada pela de�ciência da enzima adenosina deaminase, cujo papel está envolvido no metabolismo de purinas, existindo, em grande quantidade, em linfócitos e monócitos ativados, sobretudo linfócitos T helper. Nesse caso, a paciente recebeu uma transfusão de linfócitos geneticamente corrigidos e cuja expressão do transgene foi de longa duração. (Fonte: CI Photos / Shutterstock) Sem dúvida alguma, os avanços da Biologia Molecular associados às ferramentas de Bioinformática, nas últimas duas décadas, contribuíram muito para o desenvolvimento de técnicas de transferência de genes visando corrigir ou repor a expressão de determinado gene defeituoso. Na próxima aula, veremos como elaborar um desenho experimental destinado à análise de amostras de DNA e RNA, de forma a obter resultados con�áveis para análises de Bioinformática. Atividade 1. Pensando na importância do conceito do dogma central da Biologia Molecular, assinale a opção que retrata a relação entre tal dogma e a in�uência sobre a expressão gênica: a) Segundo o dogma central da Biologia Molecular, o fluxo da informação genética pode ocorrer de forma independente em relação às moléculas envolvidas— DNA, RNA e proteínas. b) As condições em que cada produto gênico é produzido não impacta no conhecimento sobre determinado organismo. c) Existem diversos passos após a produção do RNA nos quais a expressão gênica pode ser regulada. d) De acordo com o fluxo da informação genética, cada pré-RNAm obtido será processado por uma única forma. e) Nenhuma das respostas anteriores. 2. Assinale a alternativa correta sobre a relação entre regulação da expressão gênica e o surgimento de doenças: a) O controle transcricional está relacionado ao processamento do pré-RNAm. b) A última etapa do processamento do pré-RNAm é chamada de splicing, onde são removidos os íntrons e unidos os éxons. c) Erros no splicing não apresentam consequências para a obtenção de proteínas funcionais. d) Não há relação entre erros nos processos de regulação gênica e o surgimento de doenças. e) A última etapa do processamento do pré-DNA é chamada de splicing. 3. As técnicas modernas de sequenciamento e análise de proteínas proporcionaram a identi�cação e a análise de genomas completos, além dos per�s de expressão de genes sob determinada condição. Nesse contexto, é incorreto a�rmar que: a) Genômica é o nome dado a um ramo da Bioquímica ou Biologia Molecular que estuda o genoma completo de um organismo. b) A análise do perfil global de expressão gênica é conhecida como transcriptoma. c) A análise sistemática das proteínas presentes em determinada situação recebe o nome de Proteômica. d) A genômica funcional é um ramo da Biologia Molecular cujo objetivo principal é entender a relação entre o genoma de um organismo e seu fenótipo. e) Entende-se por genômica o ramo da genética que aplica a tecnologia do DNA recombinante e os métodos de sequenciamento de DNA sem utilizar a Bioinformática, para sequenciar, montar e analisar a função e a estrutura dos genomas dos diferentes organismos. Notas Francis Crick Importante lembrar que Crick, ao lado de James Watson, biólogo molecular, geneticista e zoologista americano, propuseram o modelo de dupla hélice para a estrutura da molécula de DNA, em 1953. splicing alternativo Para exempli�carmos como o splicing alternativo ocorre, falaremos sobre o gene da troponina T, uma proteína muscular de mamíferos. O pré-RNA obtido a partir do gene da troponina T apresenta cinco éxons. Esse pré-RNA é processado, originando dois RNAm maduros, cada um contendo quatro éxons. Observamos que em cada um dos RNAs maduros, um éxon diferente é eliminado, de forma que ambas as mensagens apresentam três éxons em comum e um exclusivo Outro exemplo de processamento alternativo é o que ocorre no gene que codi�ca para o antígeno T do vírus SV40 de macacos. Esse gene codi�ca duas proteínas— grande antígeno T (T-Ag) e pequeno antígeno t (t-ag). Ambas as proteínas resultam do processamento alternativo do pré-RNAm do mesmo gene. Referências WATSON, James D.; BAKER, Tania A.; BELL, Stephen. Biologia Molecular do Gene. Porto Alegre: Artmed, 2015. ZAHA, Arnaldo; FERREIRA, Henrique Bunselmeyer; PASSAGLIA, Luciane M. P. Biologia Molecular Básica. Porto Alegre: Artmed, 2014. 0 . Próxima aula Pesquisa, material genético e a Bioinformática; Desenho experimental; Transporte e armazenamento de amostras biológicas para extração de ácidos nucleicos. Explore mais Assista ao vídeo: A descoberta da estrutura de dupla hélice do DNA | DNA como o material genérico. javascript:void(0);
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