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TCC Influência do Marketing Digital na vida dos jovens

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1 
 
CENTRO PAULA SOUZA 
ETEC DE SÃO ROQUE 
ENSINO TÉCNICO INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO EM ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
ANA VITÓRIA MORAES XAVIER 
ANNA BEATRIZ ZANOLLA CAMARGO 
MARCOS VINÍCIUS NEGRÃO SILVA 
PEDRO HENRIQUE SILVESTRE 
VÍTOR FLORIANO SHINODA 
 
 
A INFLUÊNCIA DO MARKETING DIGITAL NA VIDA DOS JOVENS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Roque - SP 
2020 
2 
 
ANA VITÓRIA MORAES XAVIER 
ANNA BEATRIZ ZANOLLA CAMARGO 
MARCOS VINÍCIUS NEGRÃO SILVA 
PEDRO HENRIQUE SILVESTRE 
VÍTOR FLORIANO SHINODA 
 
 
 
 A INFLUÊNCIA DO MARKETING DIGITAL NA VIDA DOS JOVENS 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Curso Técnico em 
Administração integrado ao Ensino Médio 
da ETEC de São Roque, orientado pela 
Prof.ªEsp. Marina Nabuco e Prof. Esp. 
Thomas Junqueira Braz, como requisito 
parcial para obtenção do título de Técnico 
em Administração. 
 
 
 
 
São Roque - SP 
2020 
3 
 
DEDICATÓRIA 
Nós dedicamos este trabalho a nós mesmos por não desistirmos, às nossas 
famílias e aos nossos amigos que nos auxiliaram durante todo processo. Dedicamos 
também aos jovens que foram parte inspiradora na realização desse trabalho. 
 
4 
 
AGRADECIMENTOS 
Agradecemos a internet, ao Google Acadêmico e a nós mesmos por não 
desistirmos e continuarmos com a nossa saúde mental. Também gostaríamos de 
agradecer especialmente a Lúcia Batista por estar sempre nos dando o suporte 
necessário e aos nossos orientadores Thomas Junqueira Braz e Marina Nabuco por 
toda dedicação e paciência. Somos gratos aos funcionários da escola pelo cuidado, 
aos professores que contribuíram para enriquecer nosso conhecimento tanto 
empírico quanto acadêmico ao passar desses três anos, e ao Centro Paula Souza 
pela oportunidade de crescimento pessoal e profissional. 
 
 
5 
 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Continue a nadar..." 
(Dory - Procurando Nemo 2003) 
 
6 
 
RESUMO 
Presentemente a internet se tornou essencial na vida das pessoas – principalmente 
dos jovens - e com isso os meios de propaganda e divulgação tiveram a necessidade 
de se adaptar e evoluir, assim surgiu o Marketing Digital. 
A produção do presente trabalho visa explorar o mundo do marketing digital, com foco 
em expor principalmente o impacto que essa ferramenta detém no cotidiano dos 
jovens. O desejo de propor um debate acerca desse tema surgiu da curiosidade em 
compreender sobre essa ferramenta que está tão presente em nosso cotidiano e que 
nos influência diretamente. 
Foram feitas pesquisas com o propósito de estudar a hipótese levantada a respeito 
dos impactos do marketing digital, para que assim os indivíduos em questão consigam 
obter mais informação a respeito do sistema que utilizam. 
Palavras-chave: Marketing digital, jovens, ferramentas, impacto e influência. 
 
7 
 
ABSTRACT 
Nowadays, internet has become essencial in most people’s lives, particularly amogst 
the youth, therefore advertising and divulgation had to adapt and evolve, thus creating 
Digital Marketing. 
Our work intends to explore the digital marketing world, mainly focusing in exhibiting 
the impact such appliance has on the youth’s everyday life. The will to propose this 
debate comes from our curiosity and desire to understand such instrument so present 
in our daily lives that constantly affects our decisions. 
Studies were made with the sole purpose of studying the hypothesis broght up 
regarding the impact of digital marketing so the individuals concerned may find 
information about the system they so often use. 
Keywords: Digital Marketing; youthful; tools; impact; influence. 
 
8 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
Figura 1: Conectividade e integração dos objetos inteligentes..................................27 
Figura 2: Volume de pesquisas dos termos “IoT” e “Wireless Sensor Networks” no 
Google........................................................................................................................28 
Gráfico 1: “Qual a sua idade?”...................................................................................36 
Gráfico 2: “Quais redes sociais você mais utiliza?”....................................................36 
Gráfico 3: “Você já se sentiu influenciado por alguma dessas redes?”.....................37 
Gráfico 4: “Em quais âmbitos você se sente mais influenciado?”..............................38 
Gráfico 5: “Você acha que essa influência te trouxe consequências?“......................39 
Gráfico 6: “Que tipo de criador de conteúdo você acompanha?”...............................41 
Gráfico 7: “Você já foi influenciado por meio de alguma rede social, influencer, ou 
propaganda a consumir um produto ou serviço?”......................................................41 
Gráfico 8: “Você se considera dependente das mídias sociais?”..............................42 
Gráfico 9: “Em quais aspectos você acha que essa influência é positiva?”...............43 
Gráfico 10: “De acordo com suas respostas, você considera essa influência 
majoritariamente?”......................................................................................................44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1:Cronologia dos Principais eventos dos primórdios da Administração.14 e 15 
 
10 
 
LISTA DE SIGLAS 
TIC Tecnologias de Informação e Comunicação 
RH Relações Humanas 
BBS Bulletin Board System 
IRC Internet Relaty Chat 
ICQ i seek you 
TCP Protocolo de Controle de Transmissão 
IoT Internet of Things 
TDAH: Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade 
11 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 12 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................... 13 
2.1 ADMINISTRAÇÃO ............................................................................... 13 
2.1.1 Contexto histórico da palavra .............................................................................................. 13 
2.1.2 Contexto histórico da administração como ciência e profissão ........................................... 13 
2.2 ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING .................................................. 15 
2.3 MARKETING: CONTEXTUALIZAÇÃO E EVOLUÇÃO ..................... 16 
2.4 TIPOS DE MARKETING ...................................................................... 17 
2.4.1 Marketing direto ................................................................................................................... 17 
2.4.2 Marketing indireto ................................................................................................................. 17 
2.4.3 Marketing de relacionamento ............................................................................................... 18 
2.4.4 Marketing social ................................................................................................................... 18 
2.4.5 Endomarketing ..................................................................................................................... 18 
2.5 SURGIMENTO DAS MÍDiAS SOCIAIS ............................................... 19 
2.6 MARKETING DIGITAL......................................................................... 21 
2.7 TECNOLOGIA ...................................................................................... 22 
2.8 INTERNET ............................................................................................ 24 
2.8.1 Internet das coisas ............................................................................................................... 25 
2.9 GERAÇÕES..........................................................................................29 
2.10 CONCEITO DE JOVEM NA ATUALIDADE ........................................ 30 
2.11 INFLUENCIADORES ........................................................................... 31 
2.11.1 O que é influência ................................................................................................................ 31 
2.11.2 Eras da influência ................................................................................................................. 31 
2.11.3 Influenciadores digitais......................................................................................................... 33 
3 Estudo de caso .......................................................................................... 36 
4 Conclusão ................................................................................................... 45 
Referências bibliográficas ................................................................................ 46 
12 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
É inegável que a origem da comunicação e seus meios surgiram por conta da 
necessidade humana de se expressar. Na pré-história, por exemplo, era utilizada a 
arte rupestre, representações artísticas que eram realizadas no interior das cavernas, 
para espelhar o que ocorria no cotidiano deles. 
Desde então os modos de exercer a comunicação foram evoluindo de acordo 
com as necessidades da humanidade. O desenvolvimento e a popularização do uso 
da internet penetraram severamente o modo como a sociedade se comunica tanto no 
meio profissional quanto no cotidiano e um dos principais informativos dessa 
transformação é o surgimento de novas ferramentas de comunicações digitais. 
Quando falamos sobre tecnologias de comunicação e de informação (TIC), o 
que vem em mente são as mídias sociais como: Instagram, Facebook, Twitter, 
WhatsApp, entre outras plataformas virtuais. Assim, os meios utilizados antes deste 
surgimento como por exemplo; revistas, jornais, televisão, cinema e rádio, passaram 
a ser taxados de métodos de comunicação tradicionais. 
Juntamente com a evolução dos meios de difusão de informação e a 
implantação das empresas no ambiente virtual o marketing definido como “a arte de 
descobrir oportunidades, desenvolvê-las e lucrar com elas” (KOTLER 1999 p.54)1 
Desse modo houve um grande processo de evolução para enfim chegarmos à 
era do marketing digital que será o objeto principal desse estudo. Baseado em 
pesquisas, artigos científicos e experiências pessoais nasce como problemática a 
seguinte questão “até onde a influência do marketing digital é positiva na vida dos 
jovens?”. 
Tendo em vista que é um tema que possuí cada vez mais relevância no mundo 
globalizado em que vivemos, até mesmo pelo surgimento de novas oportunidades 
onde o conteúdo acaba se tornando um dos principais mecanismos utilizados no 
planejamento de marketing do ambiente virtual. 
Portanto acredita-se que ao término desse trabalho seja possível identificar os 
benefícios e malefícios dessa influência, já que com o mundo globalizado e em 
 
1Philip Kotler é um professor universitário estadunidense, obteve seu mestrado na Universidade de 
Chicago, PhD no Instituto tecnológico de Massachusetts ambos em economia e pós-doutorado em 
matemática na Harvard e em ciências comportamentais na Universidade de Chicago. 
13 
 
constante mutação, o jovem utiliza a internet como um instrumento de busca e 
compressão, e assim encontra-se suscetível a influência de terceiros. 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1 ADMINISTRAÇÃO 
2.1.1 Contexto histórico da palavra 
Segundo Chiavenato2 (2003), a palavra administração tem sua origem no latim, 
dos termos ad e minister que eram usados respectivamente para se referir à direção 
e a “servos” ou “criados”, e posteriormente a “sacerdotes”, “servos de Deus” ou “servos 
religiosos”. 
Com a modernização do conceito de administração, a palavra entrou no 
dicionário da língua portuguesa através do latim administratio, posteriormente 
evoluindo para amenistraçom ou aministraçon no século XIV. Chegando à grafia atual, 
administração, somente no século XV. 
 
2.1.2 Contexto histórico da administração como ciência e profissão 
 
 
“A administração é o aspecto mais evidente do governo, é o próprio governo 
em ação; é o ramo executivo, aquele que realiza a parte mais visível do 
governo; e, certamente, é tão antiga quanto o próprio governo.” (WILSON, 
1946, O estudo da Administração)3 
 
 
Segundo Wilson, a ciência da administração, é o fruto mais recente do estudo 
da ciência política que foi iniciada há mais ou menos dois mil e duzentos anos atrás. 
Com base em pesquisas feitas por Chiavenato em 2006, pode-se destacar uma série 
de eventos cronológicos que explicam o surgimento da administração: 
 
 
2 Doutor e Mestre em administração pela City University of Los Angeles-CA, o autor Idalberto Chiavenato. 
Também é graduado em Filosofia/Pedagogia, além da especialização em psicologia educacional pela 
universidade de São Paulo e em direito pela universidade Mackenzie. 
3Thomas Woodrow Wilson foi um político e acadêmico americano que serviu como o 28º Presidente dos Estados 
Unidos de 1913 a 1921. 
 
14 
 
Cronologia dos Principais eventos dos primórdios da Administração 
Anos Autores Eventos 
4.000 a.C. Egípcios 
Necessidade de Planejar, Organizar e 
Controlar 
2.600 a.C. Egípcios Descentralização da organização 
2.000 a.C. Egípcios 
Necessidade de ordens escritas. Uso de 
consultorias. 
1.800 a.C. Hamurabi (Babilônia) Uso de controle escrito e documental. 
1.491 a.C. Hebreus 
Conceito de Organização. Princípio 
escolar. 
600 a.C. 
Nabucodonosor 
(Babilônia) 
Controle de produção. Incentivo 
salariais. 
400 a.C. 
Sócrates (Grécia) 
Platão (Grécia) 
Universidade da administração 
Enunciado do princípio da 
especialização. 
175 a.C. Cato (Roma) Uso de descrição de funções 
284 Dioclécio (Roma) Delegação da autoridade 
1436 Arsenal de Veneza 
Contabilidade de custos, inventários, 
padronização 
1525 Niccoló Machiavelli 
Princípio do consenso, lideranças, 
táticas políticas 
1767 Sir James Stuart 
Teoria da fonte de autoridade, 
automação, especialização 
1776 Adam Smith 
Princípio de especialização dos 
operários, conceito de controle 
1799 Eli Whitney 
Método científico, controle de qualidade, 
amplitude de comando 
1800 Mathew Boulton 
Padronização da produção, 
especializações, métodos de trabalho 
1810 Robert Owen 
Práticas de RH, Treinamento para 
operários, casas para operários 
1832 Charles Babbage 
Abordagem científica, divisão do 
trabalho, estudo do tempo 
15 
 
1856 Daniel C. McCallum 
Organograma, administração em 
ferrovias 
1886 Henry Matcalfe Arte e Ciência da administração 
1900 Frederick W. Taylor 
Princípios da administração científica 
Tabela 1: “Cronologia dos Principais eventos dos primórdios da Administração”. 
 
 
2.2 ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING 
A administração de marketing é o processo de planejamento e execução das 
estratégias de marketing que potencializam os resultados para a fidelização de 
clientes, assim criando um elo entre empresa e mercado, segundo Kotler (2000): 
 
 
“Vemos a administração de marketing como a arte e a ciência da escolha de 
mercados-alvo e da captação, manutenção e fidelização de clientes por meio 
da criação, da entrega e da comunicação de um valor superior para o cliente.” 
(KOTLER, 2000, p.30) 
 
 
Sendo assim, o objetivo da administração de marketing é basicamente gerir os 
processos de marketing para entender e atender as necessidades do mercado 
gerando confiança para o seu público-alvo. Existem várias tarefas de administração 
de marketing para determinar o sucesso de uma empresa no mercado. Nesse sentido 
Kotler (2014), define seu propósito com as seguintes palavras; 
“Selecionar mercados-alvo e captar, manter e fidelizar clientes por meio da 
criação, entrega e comunicação de um valor superior para o cliente.” 
A partir dos objetivos definidospor Kotler (2014), pode-se listar as principais 
tarefas da administração de marketing para atingir o seu público-alvo, que são: 
 
• Analisar a concorrência e realizar o benchmarking (Benchmarking é tomar 
como referência uma empresa ou várias e analisar com profundidade suas 
técnicas de marketing); 
• Criar e identificar valor em produtos, processos e modelos de negócio; 
• Desenvolver estratégias e planos de marketing; 
16 
 
• Desenvolver relacionamentos de longo prazo com clientes e stakeholders 
(pessoa ou grupo que tem interesse em determinado negócio); 
• Identificar forças e fraquezas da empresa e suas ofertas; 
• Investigar a fundo o perfil e demandas do público-alvo; 
• Mapear ameaças e oportunidades no mercado-alvo. 
 
2.3 MARKETING: CONTEXTUALIZAÇÃO E EVOLUÇÃO 
Ao longo do tempo o conceito de Marketing vem se construindo e essa 
ferramenta vai ganhando cada vez mais espaço no mercado e desenvolvendo suas 
vertentes. Para Kotler (1998) o marketing pode ser descrito “como um processo social 
e gerencial através do qual indivíduos e grupos obtêm aquilo que desejam e de que 
necessitam, criando e trocando produtos e valores uns com os outros”. Nesse sentido 
Casas4 (2007) menciona que: 
 
 
“Marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividades 
concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos 
e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos 
da organização ou indivíduo e considerando sempre o meio ambiente de 
atuação e o impacto que estas relações causam no bem-estar da sociedade.” 
(CASAS, 2007 p.15). 
 
 
Como essa ferramenta é utilizada para suprir as necessidades e desejos do 
mercado, o cliente é fundamental no processo, e para Kotler (2000): 
 
 
“Os clientes estão exigindo cada vez mais qualidade e serviço superiores, 
além de alguma customização. Eles percebem menos diferenças reais entre 
produtos e mostram menos fidelidade a marcas. Eles também podem obter 
muitas informações sobre produtos por meio da Internet e de outras fontes, o 
que permite que comprem de maneira mais racional. Os clientes estão 
mostrando maior sensibilidade em relação ao preço em sua busca por valor.” 
(KOTLER, 2000, p.48) 
 
 
4Alexandre LuzziLas Casas é professor titular da PUC‑SP em cursos de graduação e pós-graduação. Atuou como 
professor em instituições internacionais. Casas é graduado em Administração de empresas, pela Universidade 
de Maryland, e em Administração Mercadológica, pela Price Georges College, todas nos EUA. Mestre em 
Administração de Empresas em Marketing, pela PUC-SP, e doutor em Administração Mercadológica pela FGV-
SP. Autor de vários livros sobre marketing, vendas, varejo e serviços. 
17 
 
 
Sendo assim, não é possível deixar todos os tipos de consumidores satisfeitos 
no mesmo nível e é necessária de acordo com Churchill5 & Peter6 (2000), a 
segmentação do mercado em grupos de compradores potenciais que tenham 
semelhantes necessidades e desejos, percepções de valores ou comportamentos de 
compra. 
2.4 TIPOS DE MARKETING 
É de conhecimento geral, que o marketing tem várias vertentes, como o 
marketing direto, indireto, de relacionamento, social e o endomarketing. Cada um tem 
suas respectivas características, tipos de aplicação e público-alvo. 
2.4.1 Marketing direto 
De acordo com Philip Kotler, marketing direto é feito a partir do uso de canais 
diretos para chegar até os clientes como TV, sites, tele marketing, etc. Seu objetivo é 
conhecer cada vez mais seu público, personalizando o atendimento e tendo em vista 
sempre satisfazer as necessidades do cliente. 
 
 
“Consiste em comunicações diretas dirigidas a consumidores individuais 
cuidadosamente selecionados e destinadas não somente a obter deles uma 
resposta imediata, mas também a cultivar relacionamentos duradouros.” 
(KOTLER, Princípios de marketing, 1980). 
 
 
2.4.2 Marketing indireto 
De acordo com R. d Franz, o marketing indireto, também conhecido como 
marketing invisível, o marketing indireto é a forma de colocar uma mensagem sutil em 
programas de TV, marcando nos olhos do telespectador como se esse não fosse o 
objetivo. 
 
 
 
5Doctor of Business Administration – pela Indiana University em 1966. Foi nomeado Distinguished Marketing 
Educator pela Associação Americana de Marketing, sendo o segundo a receber essa honra. Além desse título, 
coleciona inúmeros outros como o prêmio pela obra em vida da Academy of Marketing – 1993 – e o prêmio 
Paul D. Converse – 1996. 
6 J. Paul Peter é um professor associado de Marketing na Indiana State University, Terre Haute, Indiana. 
 
18 
 
“Disfarçada dentro do conteúdo, essa estratégia tem ganhando muita força, 
pois é apresentar um produto ou serviço, sem que pareça uma publicidade, 
em forma de conteúdo ou dentro dele.” (R. d. Franz,2020)7 
 
 
2.4.3 Marketing de relacionamento 
Para Philip Kotler, o marketing de relacionamento consiste em usar todas as 
ações da empresa para construir um relacionamento positivo e estável com os seus 
clientes, criando assim uma relação de fidelidade entre cliente e empresa. Para Kotler 
(1998, pag 30); “Marketing de relacionamento é a prática da construção de relações 
satisfatórias de longo prazo com partes-chave [...], para reter sua preferência e 
negócios a longo prazo.” 
2.4.4 Marketing social 
Segundo Philip Kotler, o objetivo é ajudar a resolver questões sociais, 
trabalhando em campanhas para conscientização, gerando assim, uma imagem 
positiva da empresa para os consumidores. Para Kotler (1999, pag 128): 
 
 
“Marketing social é uma estratégia de mudança de comportamento que 
combina elementos e abordagens tradicionais da mudança social, que pode 
ser considerado planejamento e ação, e pode aproveitar os avanços na 
tecnologia das comunicações e na capacidade do marketing.” (Kotler,1999). 
 
 
2.4.5 Endomarketing 
De acordo com Saul Bekin, é usado nas ações internas da empresa para ajudar 
a criar uma imagem de bom lugar para se trabalhar, unindo o setor de marketing com 
o de RH, visando melhorar as relações dentro da empresa. Segundo Bekin (2004): 
 
 
“O endomarketing consiste em ações de marketing dirigidas ao público 
interno da empresa ou organização. Sua finalidade é promover entre os 
funcionários e os departamentos os valores destinados a servir cliente ou, 
dependendo do caso, o consumidor. Essa noção de cliente, por sua vez, 
transfere-se para o tratamento dado aos funcionários comprometidos de 
modo integral com os objetivos da empresa” (BEKIN, 2004, p.03)8 
 
7 Escritor independente, filósofo autodidata, empresário, formado em Ciência da Computação pela 
UFRJ. 
8Saul Faingaus Bekin, consultor de empresas brasileiro, palestrante, conferencista e professor de pós-
graduação e MBA. Criador do termo endomarketing escreveu o livro “Endomarketing – como praticá-lo 
19 
 
 
 
2.5 SURGIMENTO DAS MÍDIAS SOCIAIS 
De acordo com Cláudio Torres (2009)9, as mídias sociais são sites na internet 
que permitem a criação e o compartilhamento de informações e conteúdos pelas 
pessoas e para as pessoas. 
 
 
Ӄ um sistema de nodos e elos; uma estrutura sem fronteiras; uma 
comunidade não geográfica, […] um conjunto de participantes autônomos, 
unindo ideias e recursos em torno de valores e interesses compartilhados.” 
(Marteleto, 2001)10. 
 
 
Para Charu Aggarwal (2011)11, o conhecimento acerca das mídias sociais 
permite assimilar a evolução dos meios de comunicação juntamente com as 
dinâmicas de consumo de cada época vivida. É possível entender melhor o 
comportamento dos usuários para planejar campanhas que sejam mais atrativas ao 
público. 
 
 
“Nos dias atuais, as redes sociais se tornaram uma mina de ouro para os mais 
variados setores. O volume de mensagens que circula nesses ambientes 
permite observar como o público expressa opiniões sobre eventos, produtos, 
serviços, opiniões políticas, estado emocional e humor do seu autor, alémde 
oferecer oportunidades sem precedentes para resolver problemas em uma 
grande variedade de campos, com as chamadas técnicas de informação” 
(Aggarwal, 2011).11 
 
 
com sucesso”. Também dirige seu escritório de consultoria e treinamento especializado em marketing 
e endomarketing, em São Paulo. 
 
9Cláudio Torres é graduado em Engenharia Eletrônica pelo ITA, tem mestrado em Sistemas pela USP e cursou 
pós-graduação em Marketing na Suécia. Atua como consultor, palestrante e professor em marketing digital e 
mídias sociais, e desenvolve campanhas publicitárias na Internet para várias agências de publicidade. 
 
10Doutorado em Comunicação e Cultura (ECO/UFRJ), Mestrado em Sciences de l´Information et de la 
Communication (EHESS/França), Graduação em Letras (PUC/MG) e Biblioteconomia (UFMG). Faz parte do corpo 
docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação do Ibict/Eco/UFRJ. 
 
11 Charu Aggarwal é um Distinguished Research Staff Member (DRSM) no Centro de Pesquisa IBM TJ Watson em 
Yorktown Heights, Nova York. Ele completou seu Bacharelado em Tecnologia em Ciência da Computação pelo 
IndianInstituteof Technology em Kanpur em 1993 e seu Ph.D. em Pesquisa Operacional (foco: otimização 
matemática) do Instituto de Tecnologia de Massachusetts em 1996. 
20 
 
 
Nos anos setenta aproximadamente, surgiu a ideia de requerer uma plataforma 
para criação de fóruns com os sistemas BBS (BulletinBoard system), que segundo 
Martha Gabriel12 (2010), é um computador ou aplicativo dedicado ao 
compartilhamento ou troca de mensagens ou outros arquivos em uma rede. Perdeu 
espaço com a chegada do IRC (Internet Relay Chat), um servidor de troca objetos de 
mensagem com um gateway de Internet sem fio usando um protocolo IRC. 
O servidor mantém uma conexão proxy em tempo real com um servidor IRC 
convencional para cada dispositivo móvel, do ICQ (“I seek you”), também citado por 
Martha Gabriel (2010) - Um sistema de rede de computadores estabelece uma sessão 
de mensagens instantâneas entre dois usuários instantaneamente e do Web 2.0 que 
de acordo com Alex Primo (2007),é a segunda geração de serviços online e 
caracteriza-se por potencializar as formas de publicação, compartilhamento e 
organização de informações, além de ampliar os espaços para a interação entre os 
participantes do processo. 
Refere-se não apenas a uma combinação de técnicas informáticas, mas 
também a um determinado período tecnológico, um conjunto de novas estratégias 
mercadológicas e processos de comunicação mediados pelo computador. Essas 
foram muito atrativas ao público pois entregavam uma nova proposta, a de troca de 
mensagens em tempo real. 
O modelo de redes sociais conhecidas e utilizadas hodiernamente, surgiu em 
1997 e foi público até o ano de 2001 com o SixDegrees (seis graus) que segundo a 
Koninklijke Philips NV13, empresa detentora da patente, era uma plataforma online que 
tinha como objetivo o estabelecimento de contatos, onde era possível adicionar 
amigos, enviar mensagens e ampliar suas conexões. 
 
12Martha Gabriel-Apresentadora do Mundo Online da Rádio Jovem Pan e da websérie “Caminhos da Inovação”, 
da Desenvolve SP. CEO da Martha Gabriel Consulting & Education, é também professora de MBA e pós-
graduação em instituições como PUC-SP, Insper, ESPM, entre outras. 
 
13Royal Philips (NYSE: PHG, AEX: PHIA) é uma empresa líder em tecnologia de saúde com foco em melhorar a 
saúde das pessoas e possibilitar melhores resultados em todo o processo de saúde, desde uma vida saudável e 
prevenção a diagnóstico, tratamento e atendimento domiciliar. A Philips utiliza tecnologia avançada e 
percepções clínicas e do consumidor profundas para oferecer soluções integradas. 
 
21 
 
Para João Paulo Ciribelli14, são diversos os tipos de mídias sociais existentes, 
com diferentes finalidades e público-alvo, que têm foco em contatos profissionais, 
amizades, relacionamentos amorosos, pesquisas, dentre outros. Essas mídias 
dispõem de ferramentas que facilitam a comunicação entre os usuários, inteirando-os 
do conteúdo gerado por eles mesmos, com postagem de mensagens instantâneas e 
textos, compartilhamento de vídeos, áudios e imagens. 
Segundo Ciribelli13, as mídias sociais entraram em ascensão nos anos 2000, a 
partir de então é notável a presença da mesma em tudo e em todos os lugares, 
podendo ser formadas por pessoas ou organizações que partilham valores e objetivos 
comuns. Não são limitadas a uma estrutura hierárquica ou meio e podem estar na 
escola, no trabalho, na música, na política e até mesmo na família. 
 
2.6 MARKETING DIGITAL 
 
 
“[...] o conjunto de estratégias de marketing e publicidade, aplicadas à Internet 
e ao novo comportamento do consumidor quando está navegando. Não se 
trata de uma ou outra ação, mas de um conjunto coerente e eficaz de ações 
que criam um contato permanente de sua empresa com seus clientes. O 
marketing digital faz com que seus clientes conheçam seu negócio, confiem 
nele, e tomem a decisão de comprar a seu favor.” Torres (2009, p. 45) 
 
 
De acordo com Limeira (2000)15, o marketing digital, também conhecido como 
marketing eletrônico ou e-marketing surgiu com a evolução da tecnologia da 
informação e da comunicação, como conceito que expressa o conjunto de ações de 
marketing intermediadas por canais eletrônicos como por exemplo a internet, onde o 
cliente controla, mesmo que em parte, a quantidade e o tipo da informação recebida 
 
14Mestre em Gestão de Empresas pela Universidade de Évora, Portugal. Especialista em Gestão da Informação 
no Agronegócio pela UFJF. Graduado em Administração com Habilitação em Adm. de Cooperativas pela UFV. 
Doutorando em Administração pela Universidade Nacional de Misiones, Argentina. Atualmente é professor da 
Faculdade Governador Ozanam Coelho (FAGOC) e Secretário Municipal de Administração. 
 
15 Possui graduação em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas - SP (1982), mestrado em 
Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas - SP (1985) e doutorado em Administração de 
Empresas pela Fundação Getúlio Vargas - SP (1987). 
 
22 
 
Vaz (2011)16 afirma que o marketing digital é o próprio marketing, porém com 
ferramentas interativas e que, o ambiente online apenas multiplica o espaço-tempo, 
pois permite que pessoas em diferentes lugares estejam conectadas e interagindo ao 
mesmo tempo. Ainda para o mesmo autor, o melhor alvo é a mente do consumidor, já 
que todo o processo de venda está dividido em duas partes: o pré-venda, também 
conhecido como a conquista da confiança do consumidor, e a venda em si. 
Para Torres (2009), investir em marketing na internet não quer dizer apenas 
criar um site, um blog ou realizar anúncios com banners; o investimento precário e 
sem coordenação acarretará somente em desperdício de recursos e de energia. A 
recomendação do autor é primeiramente entender de forma geral como o marketing 
digital funciona e afeta seu público-alvo, e posteriormente planejar ações coordenadas 
e eficientes. 
 
 
“O marketing digital propõe um modelo em que o consumidor seja o centro 
de suas atenções, estudando seu comportamento e colocando-o como 
princípio. Uma vez que as empresas dependem de consumidores para sua 
sobrevivência e geração de lucros, há a necessidade de trabalhar com 
marketing, comunicação, publicidade, entre outros meios, que possam 
expressar a importância que os consumidores têm.” (OLIVEIRA, 2014). 
 
 
2.7 TECNOLOGIA 
Segundo o livro “Como a Tecnologia Muda o Meu Mundo” de Jacqueline de 
Oliveira Moreira17 e Vanina Costa Dias 18(2017), a palavra “tecnologia” (variação do 
grego “téchne” que pode significar “arte”, “fabricar”, “produzir” ou “coisa”; e “logia”, uma 
 
16 Conrado Adolpho é o criador do Método 8Ps, escritor, empresário, consultor, especialista em Aceleração 
Comercial e palestrante de marketing digital brasileiro. 
 
17Doutora em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católicade São Paulo (2002), com foco em estudos 
sobre o problema da alteridade na teoria freudiana. Realizou um estágio Pós-Doutoral na Faculdade Jesuíta de 
Teologia e Filosofia (2007), estudando, com Ulpiano Vazquez, o problema da subjetividade e alteridade em 
Lévinas. Mestre me filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1996) e graduada em psicologia pela 
UFMG (1992). Atualmente é professora adjunto IV da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, 
integrando o corpo docente do mestrado e doutorado em Psicologia desta instituição. 
 
18Doutora em Psicologia pelo PPG em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2015), com 
período de Doutorado Sanduíche na FCSH da Universidade Nova de Lisboa, PT. Pós-doutoranda em Psicologia no 
PPG em Psicologia da UFMG. Mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2003). 
Psicóloga e Diretora no Espaço Consultórios Terapêuticos Ltda desde 1990. 
 
23 
 
derivação do termo “logos” que pode ser traduzido por “discurso”, ou de forma mais 
comum “estudo”) refere-se ao vínculo entre o aspecto de criação e realização de 
determinada coisa e a interpretação e reflexão sobre tal ação. 
 
 
“Não se refere apenas e tão somente à habilidade ou destreza de um 
especialista qualificado capaz de produzir com maestria algum artefato, mas 
também a uma dimensão teórica explicativa. Em outras palavras, a téchne, 
portanto, é para os gregos uma forma de conhecimento.” (Puente19, 1998 p. 
129) 
 
 
Para Fabiano Veliq20 (2017), a tecnologia é uma forma do indivíduo interagir 
com o ambiente visando transformá-lo. A tecnologia não é neutra, assim como a 
ciência e as ações humanas, sempre visa um objetivo. Uma busca por soluções de 
problemas cotidianos que podem ser criados pela própria tecnologia, por exemplo, a 
transformação de um objeto de uso manual em um objeto de uso automatizado. Desse 
modo, a tecnologia pode ser interpretada como “estudo sobre a produção de algo”. 
Porém, é necessário desconstruir a ideia de que tecnologia seria sinônimo de 
“progresso”. 
Parafraseando Lipovetsky21 (2004), a realidade é marcada por rápidas 
mudanças em todos os âmbitos da vida do homem enquanto sociedade, fruto do fazer 
tecnológico. Frente à modernização vertiginosa e o ímpeto técnico-científico 
alcançando níveis antes não imaginados, trazem o mesmo nível de benefícios, perigos 
e promessas. A hipermodernidade acaba por aumentar exponencialmente os 
impactos e as alterações na rotina, desde o consumo, viagens, alimentação e estilo 
de vida. 
 
19Graduado em Psicologia pela Universidade São Marcos; Graduado e Mestrado em Filosofia, História da Arte e 
Etnologia realizados nas universidades de Münster e Berlim - título obtido junto a Freie Universität Berlin. 
Doutorado em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas. 
20 Graduado em Filosofia pela UFMG (2008). Mestre em Filosofia da Religião pela FAJE (2011). Especialista em 
Teologia Sistemática pela Faculdade Batista de Belo Horizonte (2012). Doutor em Psicologia pela PUC Minas 
(2015). Pós-doutorado em Psicanálise pela PUC Minas (2016). É professor do departamento de Filosofia da PUC 
Minas. Atualmente desenvolve pesquisa de pós-doutorado em Filosofia da Religião na FAJE. 
 
21 Filósofo francês graduado em Filosofia pela Universidade de Grenoble, recebeu o título de doutor honoris 
causa de universidades do Canadá, Bulgária, Portugal, México, Colômbia e Brasil. Teórico da hipermodernidade 
e da pós-modernidade, é considerado um intelectual de referência para os temas da moda e do consumo. 
 
24 
 
2.8 INTERNET 
 
 
“A história da criação e do desenvolvimento da Internet é a história de uma 
aventura humana extraordinária. Ela põe em relevo a capacidade que tem as 
pessoas de transcender metas institucionais, superar barreiras burocráticas 
e subverter valores estabelecidos no processo de inaugurar um mundo novo. 
Reforça também a ideia de que no processo de que a cooperação e a 
liberdade de informação podem ser mais propícias à inovação do que a 
competição e os direitos de propriedade.” (CASTELLS, 2003, pág. 13) 22 
 
 
Segundo Cícero Junior23 (2007) em seu livro “Informática, internet e 
aplicativos”, as décadas de 1960 e 1970 foram marcadas pela Guerra Fria entre os 
Estados Unidos da América (EUA) e a União Soviética. Nesse período, a informação 
era um dos bens mais valiosos e uma das variáveis estratégicas na disputa entre os 
dois países. 
De acordo com EwarystTkacz24 (2009), em setembro de 1969 foi desenvolvida 
a Arpanet, uma rede de comunicação montada pela Advanced Research Projects 
Agency (ARPA) que tinha como intuito compartilhar pesquisas militares. Quatro 
universidades norte-americanas se ofereceram para participar do experimento, dentre 
elas; o Instituto de Pesquisa de Stanford (SRI), Universidade da Califórnia em Los 
Angeles (Ucla), Universidade de Santa Bárbara e a Universidade de Utah. 
Essas, foram interligadas através de seus servidores e os resultados foram tão 
bem-sucedidos que o projeto rapidamente cresceu e outras universidades passaram 
a usar a rede para compartilhar suas pesquisas. Aproximadamente três anos após a 
criação da Arpanet, Gerard Lelann, do grupo francês Cyclades, o cientista da 
 
22Manuel Castells Oliván é doutor em sociologia pela Universidade de Paris, é professor nas áreas de sociologia, 
comunicação e planejamento urbano e regional e pesquisador dos efeitos da informação sobre a economia, a 
cultura e a sociedade em geral. Principal analista da era da informação e das sociedades conectadas em rede, 
sua obra virou referência obrigatória na discussão das transformações sociais do final do século XX. 
 
23 Cicero Caiçara Junior é mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2002) 
e Graduado em Ciência da Computação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (1992). Especialista em 
Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos pela PUC-PR (1998). 
 
24 Ewaryst Tkacz é graduado pela Faculdade de Controle Automático, Eletrônica e Ciência da Computação da 
Universidade de Tecnologia da Silésia em Gliwice (1982) e estudos de doutorado no Instituto de Engenharia 
Biomédica da Universidade de Tecnologia de Brno (1987). Habilitação no Instituto de Biocibernética e Engenharia 
Biomédica da Academia Polonesa de Ciências em Varsóvia (1998). 
 
25 
 
computação Vincent Cerf, e o engenheiro Robert Metcalfe criaram o primeiro protocolo 
de controle de transmissão (TCP). O primeiro uso da palavra “Internet” se deu no TCP 
em 1974. 
No final dos anos 70, a Arpanet desmembrou-se em duas partes, a nova 
Arpanet que seria utilizada somente para pesquisas, e a Milnet que seria 
exclusivamente voltada para fins militares e de defesa. Após o crescente e incessante 
crescimento de participantes, o tráfego da rede passou a não os suportar mais. Para 
solucionar esse problema dividiram o TCP em dois, acrescentando o protocolo intra-
rede (IP), que é usado até os dias de hoje. (Cicero Caiçara Junior, Informática, internet 
e aplicativos, 2007). 
Como foi citado anteriormente, a palavra “internet” foi usada a primeira vez em 
1974, mas esse termo ganhou força somente no ano de 1985, a partir da 
popularização de tecnologias associados, entre elas podemos citar o correio 
eletrônico, mais conhecido como e-mail. E assim, uma das mais importantes 
invenções ganha o mundo, a internet. (Cicero Caiçara Junior, Informática, internet e 
aplicativos, 2007). 
 
2.8.1 Internet das coisas 
Segundo Kevin Ashton25 (2009), a Internet das Coisas é uma inovação 
tecnológica, apoiada em elementos já arraigados como a Internet e objetos 
inteligentes. Um tipo de conexão e interação entre humanos, máquinas e 
instrumentos, onde o mundo material e informacional são fundidos. 
Em 1991, Bill Joy, cientista da computação estadunidense, inventor da 
linguagem de programação de computadores Java e cofundador da Sun 
Microsystems, após idealizara conexão “Device to Device” (D2D), denominou a 
conexão entre objetos por meio da internet de “Multiple Webs”. Anos depois, Kevin 
Ashton propõe a expressão “Internet das Coisas” (originado do inglês “Internet of 
Things” (IoT)) que surge como um termo comum e de referência para a evolução de 
diversos segmentos como: sistemas de computadores independentes, 
microeletrônica, comunicação e sensoriamento. 
 
25 Pesquisador britânico do Massachusetts Institute of Technology (MIT), começou sua carreira na P&G, onde 
comandou um trabalho pioneiro sobre identificação de produtos por radiofrequência e inventou a expressão 
“internet das coisas” (IoT, na sigla em inglês). 
26 
 
Em entrevista para o “RFiD Journal” (2009), Ashton afirma que a “IoT” vem 
ganhando importância e consideração tanto do setor acadêmico quanto industrial, em 
razão de sua capacidade de uso nos mais variados ramos da atividade humana e, a 
viabilização da conexão com a rede mundial de computadores que proporcionará 
comandar de forma remota os objetos e, possibilitará que os próprios objetos sejam 
acessados como provedores de serviço. 
Kevin Ashinton1 em junho de 2009 alegou que, historicamente, o termo “Internet 
of Things” foi pioneiramente empregado em seu trabalho intitulado “I madeat Procter 
& Gamble” em 1999. Na época, a sigla “IoT” era relacionada a utilização da tecnologia 
de Identificação por Radiofrequência (RFID, do inglês "Radio-Frequency 
Identification"). 
 
 
“I could be wrong, but I'm fairly sure the phrase "Internet of Things" started life 
as the title of a presentation I made at Procter & Gamble (P&G) in 1999. 
Linking the new idea of RFID in P&G's supply chain to the then-red-hot topic 
of the Internet was more than just a good way to get executive attention. [...] 
The fact that I was probably the first person to say "Internet of Things" doesn't 
give me any right to control how others use the phrase”. (Ashton, 2009)26 
 
 
Para Lucia Santaella27 (2013), a capacidade de comunicação e processamento 
associados a sensores, transformam o aproveitamento e serventia dos objetos 
inteligentes. Estes objetos dispõem parte fundamental na evolução da relação entre 
humanos e máquinas, e hodiernamente, não são apenas computadores de uso 
convencional que estão acoplados à grande rede, mas sim uma inomogeneidade de 
dispositivos, tais como: televisores, laptops, automóveis, smartphones, consoles de 
jogos, eletrodomésticos e assim, a lista aumenta exponencialmente a cada dia. 
 
 
26 Tradução dos autores: “Eu posso estar errado, mas tenho certeza de que a frase "Internet das Coisas" começou 
a vida como o título de uma apresentação que fiz na Procter & Gamble (P&G) em 1999. Vinculando a nova ideia 
de RFID na cadeia de suprimentos da P&G ao tópico então incandescente da Internet era mais do que apenas 
uma boa maneira de obter atenção executiva. [...]O fato de eu ter sido provavelmente a primeira pessoa a dizer 
"Internet das Coisas" não me dá o direito de controlar como outras pessoas usam a frase”. 
 
27Pesquisadora 1 A do CNPq, professora titular na pós-graduação em Comunicação e Semiótica e na pós-
graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (PUC-SP). Doutora em Teoria Literária pela PUC-SP e 
Livre-docente em Ciências da Comunicação pela USP. Publicou 39 livros, entre os quais: Matrizes da linguagem 
e pensamento. Sonora, visual, verbal (Iluminuras/Fapesp, Prêmio Jabuti 2002), Mapa do jogo. 
27 
 
Segundo a revista “Tecnologias em Projeção” (2017), o primeiro 
“eletrodoméstico inteligente” surge em junho de 2000. A LG apresenta sua geladeira 
inteligente durante um evento na Coreia do Sul28. O produto prometia interação com 
outros dispositivos conectados à internet, controlados por meio de um sistema 
exclusivo da marca (LG). Na circunstância, o então presidente da LG nos Estados 
Unidos da América, Simon Kang, declarou que o aparelho não somente resfriava 
mantimentos, assim como “Consumers can use the Internet refrigerator as a TV, radio, 
Web appliance, videophone, bulletin board, calendar and digital camera".29 
 
 
 
Imagem 1: “Conectividade e integração dos objetos inteligentes”. (Fonte: ITU - International 
Telecommunication Union. ITU Internet Reports 2005: The Internet of Things. Geneva, 2005. 
Disponível em http://www.itu.int/osg/spu/publications/internetofthings/) 
 
 
Em uma pesquisa realizada pela revista Forbes no ano de 2016, em 2004, 
o termo “Internet das Coisas” teve abundante procura na Web, mostrando que o 
interesse não era apenas da academia e indústria e sim de um público mais 
abrangente e convencional. Devido ao crescimento e amadurecimento das RSSF’s 
(Redes de sensores sem fio) e aumento das expectativas sobre o “IoT”, em 2016 foi 
 
28 Mais informações em <http://www.beststuff.com/fromthewire/lg-internet-refrigerator-is-at-the-heart-of-
thedigital-home-network.html>. 
 
29Tradução dos autores: Os consumidores podem usar a geladeira com internet como uma TV, rádio, 
para chamadas com vídeo, quadro de avisos, agenda e câmera digital. 
http://www.itu.int/osg/spu/publications/internetofthings/
http://www.beststuff.com/fromthewire/lg-internet-refrigerator-is-at-the-heart-of-thedigital-home-network.html
http://www.beststuff.com/fromthewire/lg-internet-refrigerator-is-at-the-heart-of-thedigital-home-network.html
28 
 
alcançado o pico de pesquisas sobre o termo e quantidade aumenta de forma 
extraordinária a cada dia. 
 
 
 
Imagem 2: “Volume de pesquisas dos termos “IoT” e “Wireless Sensor Networks” no Google” (Fonte: 
Google Trends. Disponível em https://trends.google.com.br/trends/explore?date=all&q=IoT) 
 
 
Parafraseando Santaella5, Gala30, Policarpo31 e Gazoni32 (2013), como 
consequência uma série de novas ideias e possibilidades são criadas e sua utilização 
é viabilizada. Dentre as ideias mais ousadas e futuristas, algumas delas já fazem parte 
da realidade, estão as cidades inteligentes, medicina de padrão mundial, casas 
inteligentes, carros com piloto automático, inteligência artificial etc. 
Dessa forma, a pluralidade de significados e óticas diferentes atribuídas ao 
termo “Internet das Coisas”, indica a importância e amplitude da revolução 
tecnológica, evidenciando a incerteza sobre o futuro que a mesma traz, afinal as 
consequências de tal fenômeno ainda não podem ser mensuradas. É possível apontar 
 
30Doutorando e mestre (2012) em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, PUC-SP. Possui graduação em 
Administração de Empresas pela FAAP (2003) e fez MBA Executivo da Construção Civil na FGV-SP (2006). Atual 
pesquisa acadêmica está concentrada em internet das coisas, ciências da computação, redes, semiótica e 
realismo especulativo. Atuou como professor convidado das Faculdades Integradas Rio Branco de 2009 a 2012. 
31Mestrando em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, PUC-SP e especialista em Estéticas Tecnológicas, 
pela mesma instituição. Graduado em Arquitetura e Urbanismo, PUC-MG, atua na concepção e 
desenvolvimento de sistemas hipermidiáticos e material de comunicação visual. 
32Mestrando em Tecnologias da Inteligência e Design Digital. Possui graduação em Engenharia Química pela 
Escola Politécnica – USP (1989). 
 
https://trends.google.com.br/trends/explore?date=all&q=IoT
29 
 
apenas que a conectividade será de alta abrangência em todos os sentidos em relação 
a sociedade. 
 
2.9 GERAÇÕES 
Assim como diz Karl Mannheim (1928), fundador do método moderno do estudo 
de gerações, cada geração se refere aos indivíduos que experenciam os mesmos 
eventos e contexto histórico, e levaremos em conta apenas aquelas ainda presentes 
na grande massa populacional, ou seja, as cinco mais recentes. 
“Jovens que experienciam os mesmos problemas históricos concretos, pode-
se dizer, fazem parte da mesma geração.” Karl Mannheim (1928). 
Carles Feixae Carmem Leccardi (2010) confirmam que não existe um consenso 
sobre a divisão de tais gerações,logo, essas datas são aproximadas e não levam em 
conta contexto socioeconômico ou geográfico, fatores que influenciam no 
comportamento individual e que alguém nascido no início de um geração é 
influenciada por aqueles da geração anterior o que pode causar similaridades 
comportamentais até mesmo em mais pontos com a geração anterior ou posterior que 
àquela que faz parte. 
Enfim, a classificação das gerações se baseia em similaridades da maior parte 
do grupo, mas não devem ser generalizadas e essas datas foram utilizadas por Natália 
Marinho do Nascimento, Juliana Cardoso dos Santos, Marta Lígia Pomim Valentim e 
María Manuela Moro Cabero em “O estudo das gerações e a inteligência competitiva 
em ambiente organizacionais” (2016). 
Baby boomers: São aqueles nascidos entre 1941 e 1965, ou seja, têm entre 
55 a 79 anos hoje em dia. Recebem esse nome por conta do “boom” de natalidade 
que ocorreu na época pós-Segunda Guerra Mundial nos países envolvidos. Também 
coincide com o desenvolvimentismo de Juscelino Kubitschek na história brasileira. 
Geração X: Atualmente com 40 a 55 anos de idade, são aqueles nascidos entre 
1965 e 1980, época na qual ocorria a Guerra Fria e, no Brasil, a Ditadura Militar. 
Também conhecida como “Geração MTV”. 
Geração Y (Millenials): Nascidos entre 1980 e 1995, o que significa que terão 
entre 40 e 25 anos. Recebem o nome de millenials por serem a primeira geração a 
atingir maturidade no século XXI. Foram os últimos a ver um mundo sem internet. A 
época também coincide com uma crise financeira global e grande revolução 
30 
 
tecnológica e mais especificamente no Brasil a redemocratização, instabilidade 
político-econômica, mas pelo menos os primeiros passos rumo à estabilidade com o 
Plano Real 
Geração Z: Nascidos entre 1995 e 2010, são os “jovens” da atualidade, com 
entre 10 e 25 anos de idade. É a geração que mais instiga pesquisas na área de 
marketing, afinal está começando a entrar no mercado de trabalho. Nasceram em um 
mundo conectado, são comumente chamados de “nativos digitais”. 
Geração Alpha: A mais nova geração conta com aqueles nascidos depois de 
2010. É sabido que estes crescem em um Brasil polarizado e extremista, agora a 
repercussão disso em sua mentalidade é incerta. Ainda não são alvos do marketing, 
mas não são deixados de lado, afinal, logo serão consumidores. 
 
2.10 CONCEITO DE JOVEM NA ATUALIDADE 
De acordo com o dicionário Michaelis a palavra “jovem” tem origem do latim 
“Juvenem” e se refere ao momento da vida entre a infância e a fase adulta. Enquanto 
o Estatuto da Juventude brasileiro (2003)33 dita como jovem aqueles entre 15 e 29 
anos, a Organização das Nações Unidas (ONU) usa de parâmetro as idades entre 15 
e 24 anos. 
Assim como é dito no artigo “Novos desafios dos jovens na atualidade: 
Trabalho, educação e família” (2008), juventude é frequentemente classificada 
somente como um período de mudanças, mas não se deve utilizar somente o ponto 
de vista biológico, psicológico ou pedagógico, caso o propósito seja a compreensão 
geral é necessário levar em conta a imensidão de fatores culturais, sociais e 
econômicos presentes nesse importante processo de maturação humana. 
Segundo com Dayrell34 (2009) no parágrafo a seguir, muitas vezes comparam 
os jovens com seus antecessores, o que os tornam incapazes de compreendê-los, 
afinal as características de sociabilidade estão em constante evolução, assim como a 
sociedade adulta. 
 
 
33 LEI Nº 12.852, DE 5 DE AGOSTO DE 2013. 
§ 1º Para os efeitos desta Lei, são consideradas jovens as pessoas com idade entre 15 (quinze) e 29 (vinte e 
nove) anos de idade. 
34Doutor em Educação e professor adjunto da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais 
(UFMG). 
 
31 
 
 
“É comum também entre os professores o estereótipo das gerações atuais 
como sendo desinteressadas pelo contexto social, individualistas e alienadas, 
numa tendência a compará-las com às gerações anteriores, mitificadas como 
gerações mais comprometidas e generosas” (DAYRELL, 2009, p.16). 
 
 
Angelina Peralva35 (1997) afirma que a difusão da internet e o processo de 
globalização são essenciais na hora de compreender essa nova juventude, afinal o 
acesso a diferentes formas de ser e se identificar geram novas possibilidades àqueles 
nessa fase de descobrimento e assim a única constante na juventude atual é 
heterogeneidade. 
 
2.11 INFLUENCIADORES 
2.11.1 O que é influência 
Segundo as definições que são encontradas em dicionários como o Michaelis, 
a influência é o poder ou ação que alguém exerce sobre pessoas ou coisas, o que em 
outras palavras pode ser caracterizado como a capacidade de induzir ou convencer 
alguém sobre algo. 
2.11.2 Eras da influência 
2.11.2.1 Meios de comunicação tradicionais 
Mesmo antes do surgimento desse universo digital em que vivemos a influência 
já fazia parte da vida do ser humano, pois como pesquisado pelos sociólogos Paul 
Lazarsfeld36 e Elihu Katz37 (1995) no trabalho “Personalinfluence: 
thepartplayedbypeople in theflowofmass communications”, as pessoas podem ser 
influenciadas por formadores de opinião, que naquele período possuíam destaque nas 
mídias de massa, como rádios, jornais e televisão. 
 
 
 
35Professora emérita de sociologia, Universidade Toulouse Jean Jaurès. 
 
 
36Paul Felix Lazarsfeld foi um sociólogo austríaco-americano, fundador da Universidade de Columbia 's Bureau, 
exerceu influência sobre as técnicas e a organização de pesquisa social. 
 
37Elihu Katz é um sociólogo americano que contribuiu significativamente para o estudo da comunicação de massa 
e efeitos da mídia. 
32 
 
“Os meios de comunicação eram vistos como um novo tipo de força 
unificadora - um simplificado sistema nervoso - chegando a todos os olhos e 
ouvidos, em uma sociedade caracterizada por uma organização social 
amórfica e uma pobreza de relações interpessoais." (LAZERSFELD; KATZ, 
1955, p. 18). 
 
 
2.11.2.1.1 Blogs 
Com a popularização da internet e a chegada da web 2.0 no início do século 
XXI, surgiram os blogs, que segundo Schmidt (2007) são: 
 
 
“Websites freqüentemente atualizados onde o conteúdo (texto, fotos, 
arquivos de som, etc.) são postados em uma base regular e posicionados em 
ordem cronológica reversa. Os leitores quase sempre possuem a opção de 
comentar em qualquer postagem individual, que são identificados com uma 
URL única”. (Schmidt, 2007) 
 
 
Esse sistema logo foi ganhando fama e começaram a surgir páginas 
personalizadas voltadas para diversos segmentos, desde blogs institucionais a blogs 
sobre celebridades, como é exposto por Prada38 (2018): 
 
 
“Aqueles mundos imaginados de virtualidade sofisticada, de avatares em 3D, 
de corpos pós-humanos e simulações digitais deram lugar a esse retorno a 
pessoas e vidas específicas, à singularidade de alguém, com nome e nome, 
com biografia, que ele compartilha, que fala de sua vida em aberto; um 
retorno, em suma, a um <eu> que se expressa, que pensa em voz alta, que 
compartilha tudo, suas ideias, suas opiniões, suas confissões.” (PRADA, 
2018, p. 71). 
 
 
2.11.2.1.2 Vlogs 
Os vlogs surgiram próximo ao período de popularização dos blogs, porém 
ganharam força em fevereiro de 2005, com a chegada do Youtube, ferramenta que 
tinha a intenção de “[...] criar um meio de acesso público no qual os usuários 
pudessem hospedar seus vídeos” (Carlón, 2013, p. 109). 
 
38Juan Prada é professor da Universidade de Cádiz, onde dirige o grupo de pesquisa "Teorias estéticas 
contemporâneas HUM-1012". Autor de numerosos artigos e ensaios sobre Estética e Teoria da Arte 
Contemporânea. 
 
33 
 
 
 
“O vlog (abreviação para ‘videolog’) é uma forma predominante do vídeo 
“amador” no Youtube, tipicamente estruturada sobre o conceito do monólogo 
feito diretamente para a câmera, cujos vídeos são caracteristicamente 
produzidos com pouco mais que uma webcam e pouca habilidade em edição. 
Os assuntos abordadosvão de debates políticos racionais a arroubos 
exacerbados sobre o próprio Youtube e detalhes triviais da vida cotidiana.” 
(Burgess39 e Green40, 2009, p. 192). 
 
 
Esse meio se tornou muito popular, pois de acordo com Herschmann41 e 
Kischinhevsky42 (2009): 
O espetáculo amplamente divulgado como os vídeo blogs não tem 
necessariamente a função única de entreter, mas dependendo da abordagem e da 
abrangência pode reiterar e legitimar ideias, valores e códigos sociais, proporcionando 
ao público novos sentidos e sentimentos. (HERSCHMANN e KISCHINHEVSKY, 
2009). 
 
2.11.3 Influenciadores digitais 
Segundo Costa43 (2005) “estamos em rede, interconectados por um número 
cada vez maior de pontos e com uma frequência que só faz crescer”, o que permite 
uma maior interação entre indivíduos com os mesmos interesses sem as barreiras 
geográficas e de tempo. 
 
39 Jean Burgess é professora da Faculdade de Indústrias Criativas e diretora do Centro de Pesquisa em Mídia 
Digital da Queensland University of technology. 
 
40Joshua Green é um pesquisador acadêmico australiano de televisão e mídia participativa. Ele foi pesquisador 
associado do Centro de Excelência para Indústrias Criativas e Inovação da Queensland University of technology, 
então associado de pós-doutorado e gerente do Convergence Culture Consortium no programa de Estudos 
Comparativos de Mídia do Massachusetts Institute of Technology (MIT). 
 
41 Micael Herschmann possui graduação em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e 
formação pós-graduada (mestrado e doutorado) em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. 
 
42Marcelo Kischinhevskyé diretor do Núcleo de Rádio e TV da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 
professor dos cursos de Jornalismo e de Rádio e TV da Escola de Comunicação da UFRJ e também do Programa de 
Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da Faculdade de Comunicação Social da Universidade do Estado do Rio 
de Janeiro (FCS/UERJ). 
 
43Rogério da Costa é Professor, fez o Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica, Pontifícia 
Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), além de assessor de Políticas Tecnológicas. 
 
34 
 
Nesse contexto nasce o que chamamos de “Influenciador digital”, termo 
utilizado para se referir a pessoas que possuem certo destaque nas redes sociais, que 
criam conteúdos de nichos de seu interesse ou conhecimento e tem o poder de 
influenciar pessoas em relação a pensamentos, comportamentos e opiniões. O que é 
definido mais claramente por Eric Messa44 como: 
 
 
“O fato é que todo influenciador digital não deixa de ser um formador de 
opinião, mas gostaria de reservar esse novo termo para destacar 
determinadas pessoas que mereciam mais atenção daqueles que trabalham 
com comunicação. Penso que influenciador digital é um termo que caberia 
melhor para identificar aquelas pessoas que fazem parte de um nicho muito 
específico e, dentro deste grupo, possuem um volume de conexões superior 
à média das pessoas que pertencem a esse nicho.” (MESSA, 2016) 
 
 
Para Jenkins45 (2009), “a convergência altera a relação entre tecnologias 
existentes, indústrias, mercados, gêneros e públicos (...) refere-se a um processo, não 
a um ponto final (...). Prontos ou não, já estamos vivendo numa cultura da 
convergência”, e nesse processo de adaptação constante as tecnologias e formas de 
consumo, que o público deu início a uma participação mais ativa nas ações 
relacionadas ao consumo. 
Segundo AMOR46: 
 
 
“Um ciclo de vendas e marketing típico para lojas on-line exige que a empresa 
olhe para os clientes-alvo e suas necessidades e ofereça um serviço capaz 
de responder às perguntas deles de forma rápida, segura, e que ajude a 
resolver os problemas de forma imediata. “(AMOR, 2000, n.p.) 
 
 
 
44 Eric Messa é professor e coordenador do curso de comunicação social com habilitação em publicidade e 
propaganda na FAAP e coordenador do Núcleo de Inovação em Mídia Digital na instituição. 
45Henry Jenkins é um norte-americano estudioso dos meios de comunicação. Ele é considerado “um 
dos pesquisadores da mídia mais influentes da atualidade” 
 
46 Daniel Amor é um consultor Suíço de e-business da Hewlett-Packard na Alemanha. Além disso, 
Amor esta envolvido em vários grandes projetos relacionados a essa temática em toda Europa. 
 
35 
 
Logo com a ascensão das mídias e dos influenciadores, surgiu o marketing de 
influência, ramificação do marketing digital que é definida por Vieira47 (2016) como "a 
maneira pela qual as empresas recompensam celebridades e estrelas das mídias 
sociais para criar conteúdo em prol das marcas, gerando endosso – e, assim, 
influenciando pessoas." 
De acordo com Claudio Torres: 
 
 
“A todo momento são criadas novas empresas, novos anúncios, novas 
promoções. O consumidor passou a ser bombardeado por publicidade e 
possibilidades, o que faz com que a escolha seja difícil. Sendo assim, ele 
acaba por recorrer a um site de confiança em que já tenha comprado ou que 
tenha sido indicado por alguém próximo. Como a internet é um meio de 
comunicação bidirecional e interativo, não somente as marcas e as 
instituições produzem conteúdo para a rede como os indivíduos também 
contam com essa possibilidade por meio de blogs, fóruns, perfis nas redes 
sociais etc.” (TORRES, 2009). 
 
 
Sendo assim, essa estratégia de marketing faz muito sucesso, já que de acordo 
com Karhawi48 (2016), quando uma empresa busca por um influenciador, ela está 
procurando dialogar com o público deles, que usualmente está interessado em um 
certo nicho de mercado que é representado por meio desses youtubers e blogueiros. 
 
 
47 Eduardo Vieira é um especialista em reputação corporativa, relações públicas e mídia. Atualmente 
ele é membro do Global LeadershipCouncil da Hill+KnowltonStrategies. 
 
48Issaaf Karhawi é estrategista digital e professora universitária. É doutora em Ciências da 
Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) onde 
desenvolveu uma pesquisa sobre a profissionalização dos blogs de moda no Brasil. 
36 
 
3 ESTUDO DE CASO 
 
Fonte: Elaborada pelos autores. (2020) 
 
 
O gráfico acima apresenta a faixa etária das pessoas que responderam o 
questionário e se enquadram na definição de jovem – entre 15 e 29 anos - segundo o 
Estatuto do Jovem brasileiro (2003). 
 
 
 
Fonte: Elaborada pelos autores. (2020) 
77%
20%
3%
Qual a sua idade?
Entre 15 a 18 anos Entre 19 e 24 anos Entre 25 e 29 anos
113
79
38
122
10
2
1
1
1
1
1
0 20 40 60 80 100 120 140
Redes sociais
Quais redes sociais você mais utiliza?
Pinterest Linkedin Discord Omelet Arcade Twitch You Tube
Tik Tok Whats App Twitter Facebook Instagram
37 
 
 
 
O gráfico acima mostra todas as redes utilizadas pelas pessoas que 
responderam ao questionário, sendo possível observar que as cinco redes sociais 
mais utilizadas são;WhatsApp, Instagram, Facebook, Twitter e o YouTube.E são 
semelhantes com as respostar obtidas pela We Are Social em parceria com a 
Hootsuite.De acordo com pesquisa realizada pela GfK (2011), 4ª maior empresa de 
pesquisa de mercado no Brasil e 4º maior grupo mundial do setor, o uso de redes 
sociais está diretamente relacionado à idade, ou seja, quanto mais jovem maior, a 
porcentagem de usuários. 
 
 
 
Fonte: Elaborada pelos autores. (2020) 
 
 
A partir do gráfico apresentado, é possível perceber que a maioria das pessoas 
que responderam o questionário concluíram que sim, se sentem influenciadas. 
Uma rede, assim, é uma metáfora para observar os padrões de conexão de um 
grupo social, a partir das conexões estabelecidas entre os diversos atores. A 
abordagem de rede tem, assim, seu foco na estrutura social, onde não é possível 
isolar os atores sociais e nem suas conexões. O estudo das redes sociais na internet, 
87%
13%
Já se sentiu influenciado por alguma dessas 
redes ?
Sim Não
38 
 
assim, focao problema de como as estruturas sociais surgem, de que tipo são, como 
são compostas através da comunicação mediada pelo computador e como essas 
interações mediadas são capazes de gerar fluxos de informação e trocas sociais que 
impactam suas estruturas. (RECUERO49, 2009, p. 24) 
 
 
 
Fonte: Elaborada pelos autores. (2020) 
 
 
É possível observar nesse gráfico, que os jovens sentem que as redes sociais 
influenciam mais nos quesitos: consumo, autoestima e estilo de vida, 
respectivamente. Como as mídias sociais estão amplamente disseminadas, é 
interessante observar o modo como os usuários se relacionam dentro delas e com 
elas. Assim, é possível identificar como esse tipo de relacionamento afetou a 
configuração de identidade pessoal e a rotina dessas pessoas. 
 
 
 
49 Jornalista, professora e pesquisadora do PPGL e do Curso de Comunicação Social da UCPel. 
20
52
73
83
39
1
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Nichos de influência
Em quais âmbitos você se sente 
influenciado?
Moda Formulação de opiniões Consumo Auto estima Estilo de vida Não me sinto influenciado
39 
 
 
Fonte: Elaborada pelos autores. (2020) 
 
 
É notório a partir da interpretação do gráfico que essa influência 
majoritariamente não trouxe consequências, porém, entre os participantes que se 
sentiram influenciados desenvolveram como consequência baixa autoestima, 
ansiedade, distanciamento da vida real, isolamento, depressão, entre outros. 
Um artigo de opinião publicado pela revista The Atlantic, Twenge afirma que o 
uso de redes sociais pode ter relação direta com o aumento de ansiedade e 
depressão. Essa conclusão de Twenge encontra-se na pesquisa sobre o tema 
publicada pela Royal Society for Public Health. 
Pesquisas apontam a relação entre a dependência de Internet e algumas 
comorbidades psiquiátricas, como: a depressão, o transtorno do humor bipolar, a 
ansiedade e TDAH. 
O estudo em questão foi realizado pela Royal Society for Public Health, uma 
organização inglesa sem fins lucrativos que se dedica ao estudo de melhorias na 
saúde pública, ouviu 1.500 jovens britânicos e reportou dados importantes sobre 
impacto das redes sociais em suas vidas. De maneira geral, a maioria desses jovens 
acredita que o uso de mídias sociais e outras redes faz mal a seu bem-estar, no 
entanto também contribua positivamente em suas vidas. 
0 10 20 30 40 50 60 70
Consequências
Você acha que essa influência te trouxe 
consequências?
Mudanças de hábitos Comer demais
Conhecimento de mercado Maneiras diferentes
Cosequencias positivas Distanciamento da vida real
Ansiedade Baixa autoestima
Isolamento Depressão
Não trouxe Consequências
40 
 
A internet compromete o funcionamento da vida diária de maneira geral. Os 
prejuízos físicos relatados se estendem a problemas de visão, privações de sono, 
fadiga, problemas com alimentação e dor no corpo. 
Em um estudo realizado com 1.078 indivíduos com o objetivo de compreender 
como o uso de Internet resultava em problemas na vida acadêmica, social e no estilo 
de vida de estudantes, verificou-se que os sujeitos que a utilizavam por mais de 400 
minutos por dia, responderam que percebiam apenas alteração no tempo de sono. 
O autor, pode assim concluiu que 9,8% dessa população se encaixavam nos 
critérios para dependência de Internet e que isso afeta negativamente a vida social 
em termos de conhecer novas pessoas, vida acadêmica e tempo de sono. 
Os impactos psicológicos relacionados ao uso excessivo de Internet referem-
se à depressão, problemas de comunicação social, solidão e ansiedade. O anonimato 
da internet pode parecer proporcionar o sentimento de segurança aos usuários, no 
entanto, essa estratégia que pode parecer inicialmente um método bastante eficaz de 
socialização, com o decorrer do tempo pode resultar em um declínio da vida social. 
É notório a partir da interpretação do gráfico que essa influência 
majoritariamente não trouxe consequências, porém, entre os participantes que se 
sentiram influenciados desenvolveram como consequência baixa autoestima, 
ansiedade, distanciamento da vida real, isolamento, depressão, entre outros. No 
entanto, essa resposta pode ser justificada pelo fato dessas consequências estarem 
inseridas constantemente na vida dos participantes, a tornando-as imperceptível na 
maioria dos casos. 
 
 
41 
 
 
Fonte: Elaborada pelos autores. (2020) 
 
 
As pessoas que responderam ao questionário, em sua maioria acompanham 
em suas redes sociais: youtubers, celebridades, marcas, gamers, moda e maquiagem, 
saúde e bem estar. 
 
 
 
Fonte: Elaborada pelos autores. (2020) 
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Criadores
Que tipo de criador de conteúdo você 
acompanha?
Professores e páginas acadêmicas Entreterimento Paginas religiosas
Paginas geeks Streamers, podcasts Artistas
Culinária Esportes Humor
Automobilismo Saúde e bem estar Marcas
Coachs Youtubers Jornalistas
Gamers Ativistas Autoridades
Influenciadores locais Moda e maquiagem Fitness
Celebridades
42 
 
 
 
No gráfico acima, é possível observar que a quantidade de pessoas das quais 
já foram influenciadas a consumir um produto ou serviço prevalece em relação as que 
não foram. Em sua maioria, as pessoas consomem esses produtos ou serviços 
indicados por um criador de conteúdo pois os consideram mais confiáveis e possuem 
uma relação próxima deles por meio da identificação pessoal. 
O cliente passou a ser bombardeado por publicidade e possibilidades, o que 
faz com que a escolha do produto ou serviço se torne difícil. Sendo assim, o mesmo 
geralmente acaba por recorrer a um recurso de confiança, como um site ou um 
influenciador, devido ao sentimento de identificação pessoal e proximidade 
desenvolvido com esse criador para formulação de opinião e tomada de decisão. 
 
 
 
Fonte: Elaborada pelos autores. (2020) 
 
 
Na figura acima é notório que, em sua maioria, os participantes não se 
consideram dependente das mídias sociais. O que contraria a pesquisa orientada por 
Denise De Micheli50, intitulada “O Impacto do Uso de Mídias Digitais na Qualidade de 
 
50chefe da disciplina de Medicina e Sociologia do Abuso de Drogas (Dimesad) do departamento de Psicobiologia 
da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) 
43 
 
Vida de Adolescentes”, apresentada em 2014 por Fernanda Davidoff, que tinha como 
objetivo identificar o perfil dos usuários de internet e mídias digitais e as 
consequências do comportamento à sua qualidade de vida. Ela revelou que 68% 
sofriam de dependência moderada em relação às tecnologias atuais, enquanto 20% 
enquadravam-se como dependentes graves. 
Fatos que poderiam justificar essas respostas seriam, o vício estar inserido 
constantemente em suas vidas comportando-se como sua condição de realidade 
dificultando assim o desenvolvimento da autocritica ou o fenômeno psicológico de 
autoafirmação, quando os indivíduos veem aquilo que é considerado importante ou 
querido por si mesmo de forma distorcida por estar intimamente envolvido e assim 
julga melhor do que geralmente faria criticamente para proteger sua autoestima. 
 
 
 
Fonte: Elaborada pelos autores. (2020) 
 
 
É possível constatar a partir do gráfico acima, que a maior parte dos 
participantes acredita que essa influência é positiva devido à praticidade, 
comunicação e o rápido acesso à informação. Como descrito por Recuero: 
 
 
44 
 
“Nas últimas décadas surgiram novas formas de comunicação social, lazer e 
entretenimento onde a participação de pessoas do mundo inteiro dá origem 
a uma nova geração, a geração C. C de conhecimento, colaboração e 
conectividade. Através de um computador ligado à rede, as tecnologias da 
informação deixam ao alcance de todos um mundo ilimitado, recheado de 
ambientes (reais ou virtuais) extremamente rico em informações.” 
(RECUERO, 2009, p. 19). 
 
 
 
Fonte: Elaborada pelos autores. (2020) 
 
 
De acordo com as respostas obtidas anteriormente,os participantes julgaram 
que a influência advinda do uso contínuo das redes sociais é equilibrada. Como foi 
exposto por um dos participantes não identificados do questionário: “As mídias digitais 
são ferramentas, que podem ser aprimoradas para te fazer sentir melhor consigo 
mesmo ou pior, depende da forma que você usa. Dessa forma, você pode aprimorar 
essas ferramentas para ter acesso à serviços/conteúdos de forma mais fácil.” 
Os gráficos possuem números arredondados. 
 
45 
 
4 CONCLUSÃO 
O desenvolvimento do presente estudo foi realizado através de pesquisas e 
questionário, visando identificar os impactos da influência do marketing digital na vida 
dos jovens, levando em conta que os avanços tecnológicos permitiram que a 
sociedade receba informações em massa de forma rápida e contínua, impactando na 
maneira como interpretamos esses conteúdos. 
Inicialmente foi possível compreender através de pesquisas bibliográficas como 
as necessidades do mundo globalizado levaram ao surgimento do marketing digital, 
ferramenta essa que juntamente as mídias sociais facilitou e tornou mais econômica 
a produção de publicidades e propagandas; além de permitir com que essas sejam 
cada vez mais personalizadas e direcionadas ao seu público-alvo. 
Com o mundo cada vez mais globalizado no qual estamos inseridos é 
altamente improvável encontrar jovens que não utilizem ferramentas como Google, 
Facebook, Twitter, WhatsApp, YouTube e ou Instagram. Logo, é seguro afirmar que 
todo jovem com acesso à internet está em constante contato com o marketing digital 
por meio de anúncios, sites e ou criadores de conteúdo. 
Com as informações coletadas sobre o assunto por meio do estudo de caso, a 
compreensão dos aspectos positivos e negativos dessa influência foi facilitada de 
acordo com as visões dos participantes e assim constatamos que tal influência quando 
não gerenciada causa uma série de prejuízos aos jovens, geralmente doenças 
psicológicas como: depressão, ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo, entre 
outras. Em vista disso, é quase palpável a carência de debates e, por consequência, 
de informações, tais essas que deveriam partir de uma iniciativa ou forma normativa 
por parte das empresas de mídia social. 
Em suma, o modo de epílogo de TCC abre espaço para possibilidade de 
inovações e investigações futuras. As gerações, tecnologias, e as formas como o 
marketing digital é implementado, são em nossa visão, os objetos de estudo mais 
promissores dentro do trabalho, podendo esses serem relacionados e complementar 
essa pesquisa, buscando entender não só os impactos e consequências do marketing 
digital em seu todo, mas em cada uma de suas segmentações formadoras. 
 
46 
 
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