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Estudo Dirigido Citologia 2

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IV
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE - UFCSPA
DISCIPLINA: Citologia				CURSO: Farmácia
ESTUDO DIRIGIDO II				DATA: 21/06/2018
ALUNOS(AS): Pedro Branco. TURMA: A.
1) Os componentes do citoesqueleto são os microtubulos, filamentos de actina, filamentos de miosina, filamentos intermediários e macromoléculas proteicas diversas. Esses elementos estruturais constituem um conjunto dinâmico que assumem aspectos diferentes de acordo com cada tipo celular. Além desses, os deslocamentos intracelulares de organelas se devem a proteínas motoras, divididas em dineinas, cinesinas e miosina. 
2) As drogas antimitóticas são inibidoras da polimerização e despolarização dos microtubulos do fuso mitótico. Tais drogas se ligam a diferentes sítios na tubulina e sua combinação pode ser terapeuticamente mais eficaz. O fármaco utilizado é a colchicina que paralisa a mitose na metáfase, sendo utilizado no estudo sobre os cromossomos e a divisão celular.
3) Cada centríolo é constituído por um material amorfo, no qual estão colocados 27 microtubulos. Os corpúsculos basais na qual se inserem os cílios e os flagelos tem a mesma estrutura dos centríolos. Formados por um arranjo especial de microtúbulos denominado axonema. O axonema é formado por 9 duplas de microtúbulos que com o auxílio de proteínas acessórias chamadas nexinas se unem formando uma estrutura anelar ao redor de uma dupla de microtúbulos. Essa estrutura também é conhecida como 9+2. 
4) Os filamentos intermediários podem ser encontrados na laminas nucleares, em qualquer célula animal. Sua função é reforçar a estrutura interna do envoltório nuclear.
5) O transporte anterógrado é o movimento do corpo celular em direção à zona sináptica ou membrana plasmática.Nesse movimento, cada carregamento (em vesículas de transporte) tanto dos componentes de transporte rápido, quanto lento ao longo de microtúbulos é mediado por proteínas cinesinas. No transporte lento estão envolvidas as cinesinas. 
O transporte retrógrado é o movimento de moléculas para o interior do corpo celular, procedentes da zona de sinapse ou da membrana plasmática. Esse transporte é mediado pela proteína dineína, e utilizado para enviar mensagens químicas e produtos de endocitose dirigidos aos endolisosomas. 
6) Envoltório Nuclear: separa núcleo do citoplasma, sendo responsável pela manutenção do núcleo como um compartimento distinto permitindo que a célula controle o acesso ao seu material genético.
Cromatina: é toda a poção do núcleo que se cora e é visível no microscópio. Em células eucariontes, o DNA se complexa com proteínas especificas, constituindo a cromatina.
Nucléolo: são estruturas nucleares esféricas não envolvidas por membrana, presentes em todas as células eucariontes nucleadas. Seu tamanho é relacionado com a intensidade da síntese proteica.
7) O nucleossomo, também chamado de nucleossoma, trata-se da unidade fundamental da cromatina dos seres eucarióticos. Consiste em uma unidade de DNA dividida em duas espirais, que se enrosca em torno de um disco proteico, composto por proteínas, as histonas e as não-histonas.
8) Regiões nas quais a cromatina encontra-se desespiralada na Interfase constituem a eucromatina. Já heterocromatina é a parte da cromatina condensada. São regiões de sequências de bases não codificantes, portanto, inativos. Na divisão celular, as regiões de eucromatina também se condensam, juntamente com a heterocromatina dando um aspecto uniforme, de bastões cromossómicos à cromatina como um todo.
9) O ciclo celular se divide em mitose e meiose. Na mitose, a célula já está com seus cromossomos duplicados e esse processo se divide em:
Interfase: dividida em 3 estágios, a primeira sendo chamada de G1, na qual ocorre o aumento de metabolismo celular. Na fase S, há duplicação de DNA e centríolos. A última etapa é denominada G2, nela há pontos de checagem que verificam se a duplicação ocorreu corretamente.
Prófase: Há o inicio da espiralização dos cromossomos; desorganização do nucléolo e carioteca; início da formação do fuso mitótico.
Metáfase: Máximo desenvolvimento do fuso, assim como a máxima espiralização dos cromossomos; alinhamento dos cromossomos na placa equatorial; as fibras do fuso se unem aos cinetócoros do centrômero.
Anáfase: Encurtamento das fibras do fuso; divisão dos centrômeros; separação das cromátides; migração dos cromossomos para os polos celulares.
Telófase: descondensação dos cromossomos; desaparecimento das fibras do fuso; reorganização da carioteca e nucléolo; citocinese e surgimentos de duas células-filhas iguais.
MEIOSE é dividida em dois processos: I ou reducional, II ou equacional – cada uma com suas subdivisões. 
Prófase I: os cromossomos se associam, formando dessa forma pares e realizando crossing-over – permuta – de material genético entre eles. Existem cinco estágios nessa fase:
Leptóteno: nessa fase, os cromossomos tornam-se visíveis como fios delgados que se condensam, mas que ainda formam um emaranhado. As duas cromátides-irmãs de cada cromossomo estão alinhadas muito próximas, de forma que não são distinguíveis.
Zigóteno: inicia-se a combinação estreita ao longo de toda a extensão entre os cromossomos homólogos. Nessa etapa, o processo de pareamento – sinapse – é preciso.
Paquíteno: nessa fase, os braços, curtos e longos, tonam-se mais evidentes e definidos e, dois deles, em respectivos homólogos, ligam-se e formam estruturas que podem ser chamadas bivalentes ou tétrades. Nisso, ocorre o crossing-over.
Diplóteno: inicia-se a separação dos cromossomos homólogos constituintes dos bivalentes. No entanto, mesmo que estejam separados, seus centrômeros continuam intactos, permanecendo ligados inicialmente. Em seguida, os dois homólogos de cada bivalente passam a manter-se unidos apenas nos quiasmas, que são pontos que formam cruzes entre eles.
Diacinese: nessa etapa, os cromossomos atingem a condensação máxima.
Metáfase I: Máximo desenvolvimento do fuso; cromossomos homólogos emparelhados dispostos no plano equatorial e máxima esperilizacao dos cromossomos.
Anafase I: Encurtamento das fibras do fuso; separação dos cromossomos homólogos em direção aos polos celulares.
Telófase I: descondensação dos cromossomos; desaparecimento das fibras do fuso; reorganização da carioteca e nucléolo; citocinese e formação de duas células-filhas haploides com cromossomos duplos. 
Na fase II, os fenômenos que ocorrem são idênticos aos da fase da mitose. Ao termino da divisão II, são formados quatro células filhas haploides, com cromossomos simples. 
10) A meiose I é reducional, pois há a formação de células com ploidia diferente da célula mãe. 
11) Fibras: são agregados proteicos, divididos em colágenas, reticulares ou elásticas. As fibras colágenas tem como principal constituinte o colágeno tipo I, são inelásticas e resistentes, conferindo resistência a tração nos tendões, pele e ossos. Já as fibras reticulares são constituidas, principalmente, por colágeno do tipo III. Formam uma rede nos órgãos linfoides, ao redor de vasos sanguíneos e glândulas endócrinas. As fibras elásticas tem como constituinte a elastina que confere elasticidade ao tecido e está presente na derme, no mesentério, nos ligamentos elásticos, nas grandes artérias e na parede dos alvéolos pulmonares.
Substância Fundamental Amorfa: é um gel viscoso que preenche os espaços entre as células e fibras do tecido conjuntivo. Atua como lubrificante e barreira a penetração de microorganismos invasores. Seus constituintes são as glicosaminoglicanas (polímeros lineares de dissacarídeos que auxiliam no preenchimento do espaço), proteoglicanas (moléculas formadas por um eixo proteico ao qual se ligam cadeias laterais de glicosaminoglicanas), glicoproteínas (relacionadas com a adesão dos componentes da matriz extracelular entre si e com as células) e água de solvatação.
12) Leonard Hayflick descobriu que as células se dividiam em torno de 50 vezes antes de morrer e, a medidas que se aproximam desse limite, apresentam mais sinais de envelhecimento.Esse Limite de Hayflick varia de acordo com o tipo celular e está associado ao tamanho dos telômeros. 
13) A telomerase é uma enzima que possui uma fita de RNA que serve de molde para a extensão dos telômeros. Sem sua atividade, os cromossomos tornam-se menores, a cada ciclo de replicação, por perda de parte da região telomérica. Assim, os telomeros são totalmente perdidos e as delações passam a ocorrer sobre regiões codificantes, limitando ou impossibilitando a divisão celular contínua, gerando um processo normal de envelhecimento.
14) A apoptose é um processo caracterizado por uma compactação da célula inteira, incluindo o núcleo, que, junto com o citoplasma, diminui de tamanho. Durante esse processo, a superfície celular se modifica tornando mais rápida a fagocitose. É um mecanismo regulado de morte. Já na necrose, há a promoção de uma resposta inflamatória nos tecidos adjacentes. A célula se mostra com volume aumentado, assim como suas organelas, o que causa seu rompimento e extravasamento do conteúdo no meio extracelular, ao contrário da apoptose em que a célula se mantém com a membrana plasmática intacta. 
15) Via Mitocondrial/Intrínseca: iniciada pela perda dos sinais de sobrevivência, lesões no DNA e acumulo de proteínas mal enoveladas; está associada ao extravasamento de proteínas pró-apoptóticas da membrana da mitocondria para o citoplasma.
Via do receptor de morte/Extrínseca: responsável pela eliminação de linfóctos autorreativos e lesão por linfócitos T citotóxicos, é iniciada pela participação dos receptores de morte pelos ligantes nas células adjacentes.
16) Totipotência: é o estágio mais indiferenciado da célula, na qual ela tem potencial, inclusive, de desenvolver um organismo completo.
Pluripotência: Nesse estágio, a célula é capaz de originar todos os tipos celulares, mas não estruturas de suporte, como o âmnion, o córion e a placenta.
Multipotência: é a capacidade celular em dar origem para poucos tipos celulares distintos
Unipotência: são células com a menor capacidade de diferenciação, no qual ele origina apenas um tipo celular
17) Tumor é qualquer aumento de volume localizado em um órgão (edema), independente da causa. Em um tumor benigno, as células permanecem localizadas prejudicando apenas o órgão em que se originou o tumor e seus tecidos adjacentes. Quando um tumor é maligno, as células perdem essa capacidade de aderência e suas enzimas atacam a matriz extracelular, invadindo o tecido sanguíneo e linfático, se espalhando pelo organismo e estimulando a angiogênese.
18) Uma das características de uma célula tumoral é o polimorfismo que consiste na sua diferenciação de forma e tamanho (volume). Outra característica é a frequente alteração no número de cromossomos, no entanto essa modificação pode ser pequena de modo a não ser detectada no cariótipo. Seu retículo endoplasmático e seu complexo de golgi são pouco desenvolvidos, e as mitocôndrias e lisossomos poucos numerosos. Já o citoesqueleto é reduzido ou completamente desorganizado, com a concentração de microtúbulos e filamentos intermediários se localizando na região cortical do citoplasma. Além disso, na superfície celular surgem novas moléculas, principalmente proteínas. 
19) Proto-oncogene: é a nomenclatura atribuída para o gene normal - que atua nos momentos certo e de modo controlado - que codificada uma proteína que controla o ciclo celular, regula a diferenciação ou uma via de sinalização celular.
Oncogene: são genes que estão alterados e entram em atividade codificando suas proteínas nas ocasiões em que não são necessárias, ou quando formam proteínas modificadas originando tumores. Os oncogenes são dominantes e resultam de mutações somáticas.
Gene supressor de tumor: São genes recessivos, ou seja, apenas se manifestam quando estão ausentes ou são defeituosos nos dois cromossomos do genoma. Sua perda resulta na ativação constitutiva do crescimento celular. Dentre eles, o gene P53 representa 50% da totalidade de tumores.
20) Ao atingirem os tecidos e depois se proliferarem para formar um pequeno tumor, as metásteses estimulam a formação de capilares sanguíneos, para garantir o suprimento de nutrientes, fatores de crescimento e oxigênio, e ter uma via de eliminação dos refugos do metabolismo, que são levados para os órgãos de excreção. Não se formam metásteses nos tecidos que não oferecem condições para o estabelecimento de uma circulação sanguínea - como a cartilagem. Sabe-se que muitos tumores originam metásteses em determinados tecidos, o que indica que esse processo não ocorre ao acaso.

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