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Aula 020 1 CAPÍTULO 12 – Sistemas de partículas L Qual é a posição do CM do sistema de 3 barras uniformes abaixo, com relação à origem indicada? M m m ¾L 0 d y x Como cada barra é uniforme, o CM de cada uma delas é seu centro geométrico Calculo do CM do sistema: Usamos a posição do CM de cada barra!! (representando a barra como se fosse uma partícula localizada ali e com massa igual àquela da barra correspondente) Exemplo 12.1 CM3 CM2 CM1 Aula 020 2 CAPÍTULO 12 – Sistemas de partículas 𝒙𝑪𝑴 = 𝒙𝟏 ∙ 𝒎𝟏 + 𝒙𝟐 ∙ 𝒎𝟐 + 𝒙𝟑 ∙ 𝒎𝟑 𝒎𝟏 +𝒎𝟐 +𝒎𝟑 𝒙𝑪𝑴 = 𝟎 ∙ 𝒎 + 𝒅 𝟐 ∙ 𝑴 + 𝒅 ∙ 𝒎 𝒎+𝑴+𝒎 𝒙𝑪𝑴 = 𝒅 ∙ 𝑴 𝟐 +𝒎 𝟐𝒎+𝑴 L M m m ¾L 0 d y x CM3 CM2 CM1 𝒙𝑪𝑴 = 𝒅 ∙ 𝑴 𝟐 +𝒎 𝟐 ∙ 𝒎 +𝑴 𝟐 𝒙𝑪𝑴 = 𝒅 𝟐 Aula 020 3 CAPÍTULO 12 – Sistemas de partículas 𝒚𝑪𝑴 = −𝟑𝑳 𝟖 ∙ 𝒎 + 𝟎 ∙ 𝑴 − 𝑳 𝟐 ∙ 𝒎 𝒎+𝑴+𝒎 𝒚𝑪𝑴 = 𝑳 ∙ 𝒎 ∙ −𝟕 𝟖 𝟐𝒎 +𝑴 L M m m ¾L 0 d y x CM3 CM2 CM1 Aula 020 4 CAPÍTULO 12 – Sistemas de partículas Sendo: L = 1,0 m d = 0,80 m m = 0,60 kg M = 1,2 kg 𝒙𝑪𝑴 = 𝒅 𝟐 𝒙𝑪𝑴 = 𝟎, 𝟖 𝟐 𝒙𝑪𝑴 = 𝟎, 𝟒𝟎 m 𝒚𝑪𝑴 = 𝑳 ∙ 𝒎 ∙ −𝟕 𝟖 𝟐𝒎 +𝑴 = 𝟎, 𝟔. −𝟕 𝟖 𝟐 ∙ 𝟎, 𝟔 + 𝟏, 𝟐 𝒚𝑪𝑴 = −𝟎, 𝟐𝟐 m CM L M m m ¾L 0 d y x Aula 020 5 Um disco metálico de raio 2R tem um orifício de raio R, como mostra a figura. Localize as coordenadas do centro de massa do disco, sabendo-se que sua massa está uniformemente distribuída com densidade superficial s . 2R R O disco com orifício pode ser pensado como uma superposição de dois discos: CAPÍTULO 12 – Sistemas de partículas Exemplo 12.2 1 – Um disco uniforme completo (sem furo) de raio 2R com massa M, sendo 𝝈 = 𝑴 𝑨 ⟹ 𝑴 = 𝝈 ∙ 𝑨 ⟹ 𝑴 = 𝝈 ∙ 𝝅 ∙ 𝟐𝑹 𝟐 2 – Um disco de “falta de material” (um furo) de raio R com “falta de massa” igual a m, sendo 𝝈 = −𝒎 𝑨 ⟹ 𝒎 = −𝝈 ∙ 𝑨 ⟹ 𝒎 = −𝝈 ∙ 𝝅 ∙ 𝑹 𝟐 Com isso teremos 𝒚𝑪𝑴 = 𝟎 pois a distribuição de massa é simétrica acima e abaixo da origem. 2R R Aula 020 6 Tomamos como origem o centro do disco de raio 2R. CAPÍTULO 12 – Sistemas de partículas CM O centro de massa do sistema formado pelo disco cheio M e o disco “de falta de material” –m deve ser o mesmo centro de massa do objeto que queremos determinar. x y Calculando 𝒙𝑪𝑴: 𝒙𝑪𝑴 = 𝑴 ∙ 𝟎 +𝒎 ∙ −𝑹 𝑴+𝒎 = 𝟎 + −𝝈 ∙ 𝝅 ∙ 𝑹𝟐 ∙ −𝑹 𝝈 ∙ 𝝅 ∙ 𝟒 ∙ 𝑹𝟐 − 𝝈 ∙ 𝝅 ∙ 𝑹𝟐 = 𝝈 ∙ 𝝅 ∙ 𝑹𝟑 𝟑 ∙ 𝝈 ∙ 𝝅 ∙ 𝑹𝟐 𝒙𝑪𝑴 = 𝑹 𝟑 Aula 020 7 CAPÍTULO 12 – Sistemas de partículas O movimento dos sistemas acima é muito complicado, mas o centro de massa descreve uma parábola, como uma partícula. 12.2 – 2ª lei de Newton para um sistema de partículas: Considere duas partículas de massas m1 e m2 sob as quais atuam forças em uma dimensão: É importante identificar e distinguir as forças que são internas ao sistema (𝑭𝟐→𝟏 e 𝑭𝟏→𝟐) e as forças que são externas ao sistema (𝑭𝟏 𝒆𝒙𝒕 e 𝑭𝟐 𝒆𝒙𝒕). F1 ext F2 ext CAPÍTULO 12 – Sistemas de partículas 𝒎𝟏 ∙ 𝒂𝟏 = 𝑭𝟐→𝟏 + 𝑭𝟏 𝒆𝒙𝒕 𝒎𝟐 ∙ 𝒂𝟐 = 𝑭𝟏→𝟐 + 𝑭𝟐 𝒆𝒙𝒕 Aula 020 8 Somando-se as equações termo a termo: 𝒎𝟏 ∙ 𝒂𝟏 +𝒎𝟐 ∙ 𝒂𝟐 = 𝑭𝟐→𝟏 + 𝑭𝟏→𝟐 + 𝑭𝟏 𝒆𝒙𝒕 + 𝑭𝟐 𝒆𝒙𝒕 1 2 Aula 020 9 CAPÍTULO 12 – Sistemas de partículas Considerando o sentido positivo para a direita: −𝒎𝟏 ∙ 𝒂𝟏 +𝒎𝟐 ∙ 𝒂𝟐 = 𝑭𝟐→𝟏 − 𝑭𝟏→𝟐 − 𝑭𝟏 𝒆𝒙𝒕 + 𝑭𝟐 𝒆𝒙𝒕 Como as partículas estão ligadas pela mesma mola, as forças internas se cancelam −𝒎𝟏 ∙ 𝒂𝟏 +𝒎𝟐 ∙ 𝒂𝟐 = 𝑭 𝒆𝒙𝒕 E a resultante é dada pela soma das forças externas apenas 𝑭𝒆𝒙𝒕 = 𝑭𝑹𝒆𝒔 𝒆𝒙𝒕 = −𝒎𝟏 ∙ 𝒂𝟏 +𝒎𝟐 ∙ 𝒂𝟐 Aula 020 10 CAPÍTULO 12 – Sistemas de partículas Em particular, se 𝑭𝑹𝒆𝒔 𝒆𝒙𝒕 = 𝟎 teremos sempre a velocidade do centro de massa constante (o CM continuará em MRU se estava em movimento, ou continuará na mesma posição se estava em repouso) 2a Lei de Newton para um sistema de partículas 𝒂𝑪𝑴 = 𝟏 𝑴 ∙ 𝒎𝒊 ∙ 𝒂𝒊 𝒏 𝒊=𝟏 Pela definição da aceleração do centro de massa: 𝑴.𝒂𝑪𝑴 = −𝒎𝟏 ∙ 𝒂𝟏 +𝒎𝟐 ∙ 𝒂𝟐 O que finalmente nos leva a: 𝑭𝑹𝒆𝒔 𝒆𝒙𝒕 = 𝑴 ∙ 𝒂𝑪𝑴 Aula 020 11 M CAPÍTULO 12 – Sistemas de partículas Usando a 2ª lei de Newton, podemos determinar o movimento do sistema de duas massas representando-o por uma partícula de massa M localizada no CM sobre a qual atua apenas uma força, que é a soma de todas as forças externas agindo sobre o sistema F1 ext F2 ext 𝑭𝑹𝒆𝒔 𝒆𝒙𝒕 Aula 020 CAPÍTULO 12 – Sistemas de partículas Só há forças internas ao sistema o centro de massa tem velocidade constante. Como estava inicialmente em repouso, permanecerá na mesma posição. Não importam as forças exercidas pelos patinadores (internas). Dois patinadores no gelo (sem atrito) encontram-se inicialmente em repouso a uma distância de 12 m. Eles puxam as extremidades de uma corda até se encontrarem. Em que ponto eles se encontram? O resultado depende das forças exercidas por eles? m1=80 kg m2=60 kg Os patinadores se encontrarão a 5,1 m da posição inicial do patinador da esquerda. Exemplo 12.3 𝒙𝑪𝑴 = 𝟖𝟎 ∙ 𝟎 + 𝟔𝟎 ∙ 𝟏𝟐 𝟖𝟎 + 𝟔𝟎 = 𝟓, 𝟏 𝒎 12 Aula 020 13 CAPÍTULO 12 – Sistemas de partículas Exemplo 12.4 A mulher caminha até a outra extremidade da jangada. Qual será a distância da borda direita da jangada (onde estará a mulher) ao trapiche agora? Aula 020 14 Como só há forças internas ao sistema na direção de movimento (horizontal), o centro de massa tem velocidade constante. Como estava inicialmente em repouso, permanecerá na mesma posição, mesmo que a mulher avance para a outra extremidade da jangada. As posições do CM da jangada e da mulher vão variando de forma correlacionada, de modo que o CM do sistema permanece sempre na mesma posição. CAPÍTULO 12 – Sistemas de partículas Sem atrito com a água 𝑭𝒋→𝒎 𝑭𝒎→𝒋 Aula 020 15 CAPÍTULO 12 – Sistemas de partículas No início: 𝑪𝑴𝒔𝒊𝒔 𝑪𝑴𝒎 𝑪𝑴𝒋 0,5 m 𝒙𝒎𝒊 𝒙𝒋𝒊 No final: 𝑪𝑴𝒔𝒊𝒔 𝑪𝑴𝒎 𝑪𝑴𝒋 𝒙𝒋𝒇 𝒙𝒎𝒇 𝒙𝑪𝑴𝒊 𝒙𝑪𝑴𝒇 𝒙 𝒚 3 m Aula 020 16 CAPÍTULO 12 – Sistemas de partículas 𝒙𝑪𝑴𝒊 = 𝒙𝑪𝑴𝒇 𝒎𝒎 ∙ 𝒙𝒎𝒊 +𝒎𝒋 ∙ 𝒙𝒋𝒊 𝒎𝒎 +𝒎𝒋 = 𝒎𝒎 ∙ 𝒙𝒎𝒇 +𝒎𝒋 ∙ 𝒙𝒇 𝒎𝒎 +𝒎𝒋 𝟔𝟎 ∙ 𝟔, 𝟓 + 𝟏𝟐𝟎 ∙ 𝟑, 𝟓 = 𝟔𝟎 ∙ 𝒙𝒎𝒇 + 𝟏𝟐𝟎 ∙ 𝒙𝒋𝒇 𝟏𝟑, 𝟓 = 𝒙𝒎𝒇 + 𝟐 ∙ 𝒙𝒋𝒇 A distância entre 𝒙𝒎𝒇 e 𝒙𝒋𝒇 é a mesma entre 𝒙𝒎𝒊 e 𝒙𝒋𝒊, que é a distância da ponta ao centro da jangada. Logo, 𝒙𝒋𝒇 = 𝒙𝒎𝒇 + 𝟑 𝟏𝟑, 𝟓 = 𝒙𝒎𝒇 + 𝟐 ∙ 𝒙𝒎𝒇 + 𝟔 𝒙𝒎𝒇 = 𝟐, 𝟓 m
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