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ECLA- Estudo dirigido prova 2

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Estudo Clínico Laboratorial de Doenças Humanas 
Estudo Dirigido – Parasitologia - Ensino remoto emergencial - 2020 
1. O exame parasitológico de fezes é composto por etapas que envolvem coleta, processamento/análise e emissão do laudo.    Supondo que você vá orientar um paciente para realizar a coleta de fezes A FRESCO, que informações são importantes de repassar?
O ideal é que o material seja levado ao laboratório no mesmo dia da evacuação
das fezes. Quantidade de material não precisa passar da metade do frasco, e se as fezes estiverem diarreicas deve-se atentar a realizar a evacuação em um recipiente e só então transferir a quantidade necessária para o frasco de coleta.
O material biológico deve ser apresentado sem urina e sem ter entrado em contato com o solo, é importante ainda não fazer o uso de laxativos. Se caso o paciente fizer o uso de fraldas a coleta pode ser realizada diretamente da mesma.
2. Por que é importante, no caso de suspeita de protozooses (amebíase, giardíase) realizar a coleta seriada (3 coletas em dias alternados)?
Devido ao período negativo das protozoozes intestinais. Acontece por que a produção do cisto é intermitente e não homogênea, neste caso a coleta seriada se mostra importante pois abrange um maior intervalo de tempo e confere maior sensibilidade ao exame.
3. Na coleta seriada, o fornecimento de frasco com conservante (MIF ou formol 10%), facilita a realização do exame para o paciente. Explique a afirmação e cite uma importante recomendação ao se fornecer o frasco com conservante ao paciente.
A quantidade do material coletado deve ser igual a 1/4 do frasco, totalizando 3 partes de conservante e 1 parte de fezes, exige homogeneização do material com o conservante, não precisa de manter sob refrigeração e o líquido conservante não deve ser ingerido.
4. Enterobius vermicularis, conhecido como oxiurus, é um enteroparasito que afeta com frequência crianças. Os medicamentos albendazol, ivermectina e pamoato de pirantel são indicados para tratamento da enterobíase, porém é muito comum que o esquema terapêutico sofra falhas, resultando em queixas do paciente quanto à persistência dos sintomas.  Explique por que isso ocorre e o que pode ser feito para evitar a situação.  
A persistência dos sintomas é causada pela autoinfecção onde o paciente é reinfectado pelo parasita. O Tratamento consiste na medicação e a prevenção da reinfecção. Os cuidados consistem basicamente melhorar a higiene: Lavar os lençóis, roupa íntima e o pijama frequentemente em água quente, trocar diariamente a roupa intima, limpar diariamente o vaso sanitário, fazer o uso de pano úmido ou aspirador de pó na limpeza de casa.
5. Algumas enteroparasitoses, como a estrongiloidíase, podem se cronificar, apresentando períodos de sintomatologia e outros, de funcionamento normal do intestino. Muitas vezes, isso dificulta uma suspeita clínica específica, e na solicitação de exame parasitológico de fezes, o pedido é feito de forma genérica (“Pede-se EPF”). A amostra obtida é analisada na rotina por um método geral, comumente com base em princípio de sedimentação. É comum que esses métodos resultem em resultados falso-negativo para a estrongiloidíase. Por que isso ocorre? 
Na infecção crônica observa-se uma quantidade muito baixa de larvas nas fezes, o exame mais indicado seria o de baermann-moraes, um método específico.
6. Sabendo da informação anterior e que a estrongiloidíase é uma infecção OPORTUNISTA, que métodos devem ser realizados para avaliar a doença, no caso de paciente que irá passar por tratamento que envolva queda da imunidade, como transplantes, quimioterapia ou outros?
Quando o paciente tem baixa imunidade há a proliferação de larvas pelo organismo causando uma disseminação. Para avaliar a doença um método de exame específico deve ser empregado, no caso da estrongiloidíase o método de baermann-moraes é o mais indicado devido a sua maior capacidade de detecção do parasita causador da doença.
7. O diagnóstico de malária no Brasil, em especial nas regiões endêmicas, é feito predominantemente por exame de detecção do parasito. Lembrando que o ciclo de Plasmodium tem uma fase pré-eritrocítica (ocorre nos hepatócitos) e outra eritrocítica (ocorre nas hemácias), as formas diagnósticas são detectadas em qual fase e por qual método ou técnica?
As formas diagnósticas são detectadas na fase eritrocítica e o método mais utilizado é o exame de gota espessa pela visualização dos parasitas.
8. No diagnóstico da malária, é importante reconhecer as formas parasitárias de cada espécie, para que o laudo contenha a espécie (ou espécies) responsável(is) pela infecção. Explique por que o laudo específico é necessário no contexto do tratamento da malária por Plasmodium vivax.
No tratamento da malária por Plasmodium vivax são empregados medicamentos que tratam a forma hepática (ou tecidual) pois o P. vivax pode ficar latente no fígado, ocasionando recaídas tardias.
9. Qual espécie é responsável pelo quadro de malária grave, que pode ocorrer especialmente em pessoas adultas não imunes, crianças e gestantes? Explique o mecanismo de citoaderência envolvido no quadro.
Plasmodium falciparum. Podem ocorrer, fenômenos trombo-embólicos decorrentes da marginação eritrocitária. Devido a infecção, protuberâncias surgem na superfície da hemácia o que aumenta a sua adesão com outras hemácias e também com a parede endotelial o que pode ocasionar lesões que ativam a cascata de coagulação formando um trombo (cascata de coagulação + adesão causada pelas protuberâncias).
10. A toxoplasmose, causada por Toxoplasma gondii, é uma zoonose de ampla distribuição, sendo o ser humano apenas uma das espécies de hospedeiros. O hospedeiro completo ou definitivo, são os gatos domésticos e outros felinos, que quando infectados, eliminam os oocistos em suas fezes. Os oocistos são formas de resistência que podem contaminar o solo e a água, permitindo a infecção de outros hospedeiros, como aves e mamíferos, inclusive o ser humano, que são hospedeiros intermediários ou incompletos. O ser humano elimina oocistos nas fezes?
Não o oocisto é proveniente da reprodução sexuada que ocorre somente nos felídeos.  
11. Quais os mecanismos de infecção mais comuns na toxoplasmose humana?
Ingestão de oocistos (jardins, caixas de areias, latas de lixo, etc.) ou cistos (carne crua ou mal cozida), transmissão transplacentária.
12. Na toxoplasmose humana, são definidas duas fases clínicas: a fase aguda, que ocorre após a infecção e quando os parasitos estão se multiplicando dentro de células e disseminando pelos líquidos orgânicos, e a fase crônica, quando as defesas do organismo atuam e os parasitos se transformam e bradizoítos, dentro de cistos teciduais. Qual o perfil de produção de anticorpos da classe IgG e IgM em cada uma dessas fases?
Fase aguda: IgM 
O IgM é o primeiro anticorpo a ser produzido quando há uma infecção, sendo considerado um marcador de fase aguda da infecção. Essa imunoglobulina é responsável por ativar o sistema complemento, que é um sistema formado por proteínas, sinalizando que há uma infecção e favorecendo a eliminação do agente infeccioso invasor.
Fase crônica: IgG
O IgG é produzido um pouco mais tardiamente, mas ainda na fase aguda da infecção, porém é produzido de acordo com o microrganismo invasor, sendo considerado mais específico, além de permanecer circulante no sangue, protegendo a pessoa contra possíveis infecções futuras pelo mesmo microrganismo.
13.  O diagnóstico da toxoplasmose é essencialmente sorológico, pois na fase aguda, nem sempre há sintomatologia aparente que indique suspeita da doença para que seja feita a demonstração do parasito por métodos diretos. A sorologia de IgG e IgM são as mais frequentemente realizadas. Na gestante, a sorologia para toxoplasmose está incluída na lista dos exames pré-natais. Considere uma gestante com o seguinte resultado: “IgM reativa acima do valor de referência, IgG reativa acima do valor de referência.” Explique se existe o risco de transmissão congênita nesse caso.
A sorologiadetermina que a fase é de transição, é necessário fazer o teste de avidez de IgG. Se a avidez de IgG for baixa a fase da infeção ainda não se tornou crônica e há risco de transmissão congênita, se a IgG estiver mais avida a infeção está na fase crônica onde não há risco de transmissão congênita.
14. Que conduta é adotada em gestantes soronegativas para toxoplasmose? 
Orientação de medidas preventivas e repetir o teste no 2º e 3º trimestre
15. Além da transmissão congênita, um outro aspecto de preocupação na toxoplasmose e sua possibilidade de reativação. Em que situação isso pode ocorrer?
Uma vez infectado o parasita pode ficar latente na forma de cistos com bradizoítos nos tecidos e em caso de baixa da imunidade pode ocorrer a reativação da doença.

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