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Gestão de Bibliotecas Digitais e Virtuais

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Prévia do material em texto

Indaial – 2020
Gestão de BiBliotecas 
diGitais e Virtuais
Prof.a Patricia Simone Broch
Prof.a Raffaela Dayane Afonso
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof.a Patricia Simone Broch
Prof.a Raffaela Dayane Afonso
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
B863g
Broch, Patricia Simone
Gestão de bibliotecas digitais e virtuais. / Patricia Simone Broch; 
Raffaela Dayane Afonso. – Indaial: UNIASSELVI, 2020.
189 p.; il.
ISBN 978-65-5663-210-0
ISBN Digital 978-65-5663-206-3
1. Bibliotecas. - Brasil. I. Afonso, Raffaela Dayane. II. Centro 
Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 025.1
apresentação
Seja bem-vindo ao Livro Didático Gestão de Bibliotecas Digitais e 
Virtuais. Neste material, abordaremos a evolução das bibliotecas a partir 
das bibliotecas da Antiguidade, passando pelas bibliotecas mediáveis até 
chegarmos às bibliotecas digitais e virtuais. Como você já sabe, as bibliotecas 
tiveram sua origem com a escrita. Os seus acervos eram formados por 
diferentes suportes informacionais e características distintas. 
Para uma melhor compreensão do conteúdo, dividimos o nosso 
estudo em três unidades. Na Unidade 1, conheceremos como surgiram as 
bibliotecas e como foi a evolução das bibliotecas da Antiguidade até as atuais. 
Além disso, distinguiremos os conceitos de digital e virtual, e estudaremos 
os principais conceitos de bibliotecas digitais e virtuais, bem como suas 
diferenças de forma concisa. 
Na Unidade 2, discutiremos os conceitos de bibliotecas digitais, suas 
vantagens, bem como a sua estrutura. Além disso, identificaremos os tipos 
de licenciamento de softwares e os principais softwares para a construção 
das bibliotecas digitais. 
A Unidade 3 apresenta a biblioteca virtual, conceitos, características, 
estrutura, e identifica os principais agentes de deterioração de documentos. 
Apresenta os portais, vortais e repositórios institucionais, bem como 
protocolos de interoperabilidade.
Portanto, esperamos que os conteúdos abordados e os materiais 
selecionados estimulem a sua leitura, e que o livro de estudos seja útil e 
relevante em sua aprendizagem e formação profissional.
A cada unidade, você será convidado a praticar exercícios que 
ajudarão no processo de ensino e aprendizagem.
Boa leitura e bons estudos!
Profª Patricia Simone Broch
Profª Raffaela Dayane Afonso
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação 
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir a 
extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro que 
está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você terá 
contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementares, entre 
outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
sumário
UNIDADE 1 — EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS ......................................................................... 1
TÓPICO 1 — CONTEXTO HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS ........................ 3
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 3
2 CONTEXTO HISTÓRICO ................................................................................................................. 4
3 BIBLIOTECAS DA ANTIGUIDADE ............................................................................................... 6
3.1 BIBLIOTECAS DE NIPPUR .......................................................................................................... 6
3.2 BIBLIOTECAS DE NÍNIVE ........................................................................................................... 7
3.3 BIBLIOTECAS DE PÉRGAMO ..................................................................................................... 8
3.4 BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA ................................................................................................. 8
4 BIBLIOTECAS NA IDADE MÉDIA ................................................................................................ 9
4.1 BIBLIOTECAS MONACAIS ........................................................................................................ 10
4.2 BIBLIOTECAS BIZANTINAS E PARTICULARES .................................................................. 10
4.3 BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS ............................................................................................ 11
5 EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS ................................................................................................. 11
5.1 BIBLIOTECA TRADICIONAL MODERNA ............................................................................. 14
5.2 BIBLIOTECA AUTOMATIZADA ............................................................................................. 15
5.3 BIBLIOTECA ELETRÔNICA ...................................................................................................... 22
5.4 BIBLIOTECA HÍBRIDA ............................................................................................................... 26
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 29
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 32
TÓPICO 2 — BIBLIOTECAS DIGITAIS E VIRTUAIS: CONCEITOS ...................................... 35
1 INTRODUÇÂO .................................................................................................................................. 35
2 BIBLIOTECAS DIGITAIS: BREVE INTRODUÇÃO .................................................................. 36
2.1 VOLTANDO UM POUCO À HISTÓRIA .................................................................................. 38
3 BIBLIOTECAS VIRTUAIS: BREVE INTRODUÇÃO ................................................................ 40
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 45
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 52
AUTOATIVIDADE ..............................................................................................................................53
UNIDADE 2 — BIBLIOTECAS DIGITAIS ..................................................................................... 55
TÓPICO 1 — FUNDAMENTOS E CONCEITOS DE BIBLIOTECAS DIGITAIS ................... 57
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 57
2 CONCEITOS ...................................................................................................................................... 57
2.1 BIBLIOTECAS DIGITAIS NO BRASIL ...................................................................................... 61
2.2 VANTAGENS E BENEFÍCIOS A BIBLIOTECA DIGITAL ...................................................... 75
3 ORGANIZAÇÃO DE DE BIBLIOTECAS DIGITAIS ................................................................ 79
3.1 RECURSOS DA BIBLIOTECA DIGITAL................................................................................... 82
3.2 CATALOGAÇÃO EM BIBLIOTECAS DIGITAIS ..................................................................... 86
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 89
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 90
TÓPICO 2 — FERRAMENTAS PARA CONSTRUÇÃO DE BIBLIOTECAS DIGITAIS ....... 91
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 91
2 LICENCIAMENTO DE SOFTWARE ............................................................................................. 93
2.1 FORMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE SOFTWARES .................................................................... 96
2.2 LICENÇAS ..................................................................................................................................... 97
2.2.1 Software proprietário .......................................................................................................... 98
2.2.2 Software livre ....................................................................................................................... 99
2.2.3 BSD ...................................................................................................................................... 101
2.3.4 MIT ....................................................................................................................................... 101
2.2.5 Apache ................................................................................................................................ 102
2.2.6 GPL ...................................................................................................................................... 102
2.2.7 AGPL ................................................................................................................................... 102
2.2.8 LGPL .................................................................................................................................... 102
2.2.9 Mozilla ................................................................................................................................. 103
3 A LEGISLAÇÃO .............................................................................................................................. 103
4 FERRAMENTAS PARA CONSTRUÇÃO DE BIBLIOTECAS DIGITAIS .......................... 105
4.1 SOFTWARE OMEKA ................................................................................................................. 105
4.2 SOFTWARE DSPACE ................................................................................................................. 108
4.3 SOFTWARE TEDE ...................................................................................................................... 110
4.4 SOFTWARE E-PRINTS .............................................................................................................. 112
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 114
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 121
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 122
UNIDADE 3 — BIBLIOTECAS VIRTUAIS .................................................................................. 123
TÓPICO 1 — CONTEXTOS, CONCEITOS E CARATERÍSTICAS DAS 
BIBLIOTECAS VIRTUAIS ...................................................................................... 125
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 125
2 CONCEITOS .................................................................................................................................... 127
3 CARACTERÍSTICAS DA BIBLIOTECAS VIRTUAIS............................................................. 133
RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 138
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 139
TÓPICO 2 — ESTRUTURAS DAS BIBLIOTECAS VIRTUAIS ................................................ 141
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 141
2 TECNOLOGIAS APLICADAS A BIBLIOTECAS VIRTUAIS ............................................... 142
2.1 CONSTRUÇÃO DE UMA BIBLIOTECA VIRTUAL ............................................................. 147
3 ESTRUTURA ................................................................................................................................... 150
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 154
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 155
TÓPICO 3 — TÓPICOS ESPECIAIS EM BIBLIOTECAS DIGITAIS E VIRTUAIS ............. 157
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 157
2 VORTAIS ........................................................................................................................................... 161
3 PORTAIS ........................................................................................................................................... 164
4 REPOSITÓRIO INSTITUCIONAL .............................................................................................. 168
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 176
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 182
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 183
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 185
1
UNIDADE 1 — 
EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de: 
• conhecer como surgiram as bibliotecas;
•	 identificar	 quais	 são	 as	 principais	 bibliotecas	 da	 antiguidade	 e	 da	
Idade Média;
•	 compreender	a	evolução	das	bibliotecas;
•	 conhecer	os	principais	conceitos	de	bibliotecas	digitais	e	virtuais.
Esta	 unidade	 está	 dividida	 em	 dois	 tópicos.	 Nodecorrer	 da	 unidade,	
você	 encontrará	 autoatividades	 com	 o	 objetivo	 de	 reforçar	 o	 conteúdo	
apresentado.
TÓPICO	1	–	CONTEXTO	HISTÓRICO	E	EVOLUÇÃO	DAS	BIBLIOTECAS
TÓPICO	2	–	BIBLIOTECAS	DIGITAIS	E	VIRTUAIS:	CONCEITOS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
2
3
TÓPICO 1 — 
UNIDADE 1
CONTEXTO HISTÓRICO E EVOLUÇÃO 
DAS BIBLIOTECAS
1 INTRODUÇÃO 
Neste	tópico,	iniciaremos	pela	perspectiva	histórica	das	bibliotecas	para	
podermos	 compreender	 a	 relação	 entre	 aquelas	 digitalizadas	 e	 respectivos	
usuários.	 O	 nosso	 intuito	 aqui,	 não	 é	 fazer	 uma	 revisão	 exaustiva	 sobre	 o	
surgimento	da	escrita,	nem	traçar	toda	a	evolução	das	bibliotecas,	mas	sim	fornecer	
subsídios	para	você,	acadêmico,	entender	esta	passagem	desde	a	antiguidade	até	
a	modernidade.
Ao	 pensarmos	 sobre	 o	 surgimento	 das	 bibliotecas,	 percebemos	 estar	
relacionado	à	origem	da	escrita	e	aos	suportes	informacionais.	Ao	longo	do	tempo,	
as	bibliotecas	foram	evoluindo	com	as	tecnologias	disponíveis	da	época,	ou	seja,	
quando	 a	 sociedade	 evoluía,	 a	 forma	 de	 escrita	 e	 o	meio	 de	 armazenamento	
também	caminhavam	lado	a	lado.
 
Nessa	 direção,	 é	 importante	 você,	 futuro	 bibliotecário,	 refletir	 sobre	 a	
importância	das	bibliotecas,	mas	principalmente	sobre	as	mudanças	dos	suportes	
informacionais.	Hoje	em	dia,	com	o	avanço	tecnológico	cada	vez	mais	presente	
em	 nossas	 vidas,	 presenciamos	 um	 aumento	 de	 recursos	 tecnológicos,	 mas,	
ao	mesmo	 tempo,	 temos	 a	 obsolescência	 daqueles	 e	 nós,	 como	 bibliotecários,	
precisamos	 estar	 atentos	 a	 essas	questões	 e,	 também,	proporcionar	 aos	nossos	
usuários	acesso	às	informações.
Com	as	mudanças	tecnológicas,	culturais	e	sociais,	a	sociedade	passou	
por	 transformações	 que,	 também,	 refletiram	nas	 bibliotecas,	 não	 somente	 no	
suporte	à	informação,	mas	na	preservação	e	nos	serviços	oferecidos	aos	usuários.	
O	que	antes	era	encontrado	somente	no	meio	 físico,	 atualmente	é	achado	no	
meio	digital.	
 
E	é	nessa	perspectiva	de	mudança	de	hábitos	que	as	bibliotecas	passaram	
a	 incorporar,	 nas	 suas	 rotinas,	 as	 tecnologias	 que	 surgiam	 em	 cada	 época,	
proporcionando	o	que	chamamos	de	evolução	das	bibliotecas	da	era	tradicional	
à	era	digital.	
UNIDADE 1 — EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
4
2 CONTEXTO HISTÓRICO
O	 homem	 sempre	 se	 preocupou	 em	 registrar	 todo	 o	 conhecimento	
produzido	 desde	 a	 pré-história,	 utilizando	 as	 paredes	 das	 cavernas	 para	
representar	as	atividades	do	seu	dia	a	dia	até	os	dias	atuais.	Esta	forma	de	registro	
e	suporte	informacional	se	modificou	ao	longo	do	tempo,	passando	das	cavernas	
à	argila,	ao	papiro,	ao	pergaminho,	ao	papel	e	ao	armazenamento	de	dados	em	
uma	rede	digital.
FIGURA 1 – SUPORTE INFORMACIONAIS
FONTE: <https://image.slidesharecdn.com/ss-ainformaoeabibliotecauniversitria-130508224606-
phpapp01/95/a-informao-e-a-biblioteca-universitria-16-638.jpg?cb=1371218970>. Acesso em: 20 set. 2019.
A	 história	 das	 bibliotecas	 está	 vinculada	 à	 escrita.	 O	 surgimento	 da	
escrita	possibilitou	o	registro	de	transações	econômicas	e	administrativas,	o	qual	
proporcionou	 a	 constituição	das	primeiras	 bibliotecas	 ainda	na	 antiguidade,	 e	
seus	 acervos	 eram	 compostos	 de	 tabuinhas	 de	 argila,	 papiro	 e	 pergaminho	
(TANUS	et al..,	2017).
A	 etimologia	 da	 palavra	 Biblioteca	 tem	origem	do	 grego	 biblíon	 (livro)	
e teke	 (caixa,	 depósito),	 sendo	 então	 um	depósito	 de	 livros	 (MARTINS,	 2002),	
porém	 nem	 sempre	 seus	 acervos	 foram	 constituídos	 somente	 de	 livros,	 havia	
outros	tipos	de	suportes	armazenados.	
TÓPICO 1 — CONTEXTO HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
5
Desde	a	origem	das	bibliotecas	na	Antiguidade	Clássica,	sua	função	era	a	
de	preservação	do	conhecimento	produzido	pela	humanidade.	Segundo	Oliveira	
(2011,	p.	31),	a	origem	exata	do	surgimento	da	escrita	como	das	bibliotecas	são	
desconhecidas,	 no	 entanto	 “as	 bibliotecas	 aparecem	 na	 era	 histórica,	 ou	 seja,	
quando	se	tem	início	a	preservação	de	registros	escritos	de	conhecimento”.
O surgimento das bibliotecas está relacionado ao surgimento da escrita.
IMPORTANT
E
A	 inferência	 de	 que	 a	 produção	 de	 conhecimento	 está	 relacionada	 ao	
surgimento	das	bibliotecas	vem	do	pressuposto	de	que	onde	há	muita	produção	
do	conhecimento	existem	bibliotecas,	arquivos	e	museus.	Há	alguns	pré-requisitos	
para	o	surgimento	das	bibliotecas:
• Condições econômicas:	 há	 existência	 de	 riqueza	 no	 país,	 aumenta	 a	
disponibilização	de	recursos	no	incentivo	da	cultura,	produção	de	conhecimento	
e	de	bibliotecas.	
• Condições sociais:	surgimento	de	grandes	centros	urbanos,	consequentemente	
havendo	 a	 produção	 de	 registro	 que	 necessita	 de	 sistemas	 de	 informação,	
bem	 como	um	 sistema	 e	 de	 educação	 formal,	 como	 também,	 impondo-se	 a	
necessidade	de	registros	de	conhecimentos	e	sua	conservação	em	bibliotecas	
ao	suporte	educacional.
• Condições políticas: uma	nação	que	tem	sua	estrutura	política	bem	estruturada	
e	 organizada,	 sem	 conflitos,	 possibilita	 o	 surgimento	 das	 bibliotecas	 e	 o	
seu	 crescimento,	 entretanto	 em	 países	 onde	 há	 conflitos	 e	 crises	 políticas,	
as	 bibliotecas,	 assim	 como	 outros	 centros	 culturais	 sofrem	 riscos	 de	 serem	
destruídos	(OLIVEIRA,	2011).
Portanto,	 na	 maioria	 das	 vezes,	 as	 bibliotecas	 surgem	 em	 sociedades	
prósperas,	em	que	a	população	é	instruída,	tendo	o	comércio	livreiro	estruturado	e	
organizado.	A	elaboração	de	conhecimento	e	seu	desenvolvimento,	seus	produtos,	
bem	como	o	seu	armazenamento	e	organização	podem	ser	observados	desde	a	
Antiguidade.	As	primeiras	bibliotecas	de	que	se	tem	notícias	foram	construídas	
por	grandes	conquistadores	e	se	 localizavam	em	cidades	que	desempenhavam	
poder	político	e	econômico.		Ao	longo	dos	séculos,	as	bibliotecas	passaram	por	
modificações,	assim	como	a	sociedade	em	que	estavam	situadas.	
UNIDADE 1 — EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
6
FIGURA 2 – EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS CONFORME O SUPORTE
FONTE: Santa-Anna (2015, s.p.)
As	 etapas	 de	 desenvolvimento	 foram	 acentuadas	 por	 características	
próprias	e	determinadas	pelas	tecnologias	existentes	na	época.	
3 BIBLIOTECAS DA ANTIGUIDADE
Há	 indícios	 e	 comprovações	 de	 que	 as	 bibliotecas	 da	Antiguidade	
eram	 bastante	 distintas	 entre	 si;	 essas	 distinções	 estavam	 relacionadas	 de	
acordo	com	o	tipo	de	suporte	que	compunha	o	seu	acervo,	sendo	constituídas	
de	 locais	 de	 armazenamento	 de	 documentos	 e	 acessadas	 por	 sistemas	 de	
recuperação	precários.
	 	 Seus	 acervos	 eram	 compostos,	 normalmente,	 de	 rolo	 de	 papiro	 e	
pergaminho.	Nessa	época,	as	bibliotecas	não	detinham	caráter	público	e	serviam	
apenas	 como	 depósito	 e	 sua	 construção	 arquitetônica	 dificultava	 o	 acesso	 ao	
acervo	(MARTINS,	2002).
Dentre	as	principais	bibliotecas	da	Antiguidade	podem	ser	citadas	a	de	
Nippur,	Nínive,	Pérgamo	e,	principalmente,	a	Biblioteca	de	Alexandria.	
3.1 BIBLIOTECAS DE NIPPUR
A	 biblioteca	 de	 Nippur,	 localizada	 na	 Babilônia,	 foi	 descoberta	 pela	
equipe	arqueológica	da	Universidade	da	Pensilvânia	em	1889,	 entre	os	quais	
estava	o	epigrafista	alemão	Hermann	Hilprecht.	A	biblioteca	ficava	no	templo	
El	Ekur	e,	até	os	dias	atuais,	é	a	maior	e	mais	relevante	para	o	conhecimento	de	
literaturas	literárias.	
Pré-história
Antiguidade
Idade Média Idade Moderna Contemporaneidade
Tabletes argila Papiro/Pergaminho
Papel Papel e internet
Memória Preservação/Conservação Laicização
Democrati-
zação
Especiali-
zação
Socialização.....
TÓPICO 1 — CONTEXTO HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
7
FIGURA 3 – RUÍNAS DA BIBLIOTECA DE NIPPUR
FONTE: <https://i1.wp.com/historiaeweb.com/wp-content/uploads/2018/09/Trabajadores-en-el-
yacimiento-arqueol%C3%B3gico-de-Nippur.jpg?w=640&ssl=1>. Acesso em: 13 jul. 2020.
3.2 BIBLIOTECAS DE NÍNIVE
De	 acordo	 com	 dadosde	 estudo,	 Nínive	 foi	 a	 primeira	 biblioteca	 da	
antiguidade	de	que	se	tem	notícia;	também	é	conhecida	como	a	Biblioteca	do	rei	
da	Síria,	Assurbanipal,	que	viveu	no	século	VII	a.C.	e	estava	situada	no	palácio	de	
Nínive	na	Mesopotâmia,	atualmente	Iraque	(incluindo,	ainda,	a	Síria	oriental	e	o	
Sudeste	da	Turquia).
FIGURA 4 – PLANTA BIBLIOTECA DE NÍNIVE
FONTE: <http://twixar.me/DLvm>. Acesso em: 13 jul. 2020.
UNIDADE 1 — EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
8
	 A	 biblioteca	 de	 Nínive	 foi	 um	 dos	 mais	 importantes	 legados	 da	
Mesopotâmia;	 descoberta	 pelos	 arqueólogos	 ingleses	 no	 século	 XIX,	 tinha	 o	
acervo	 composto	de	 tábulas	de	 argila	 e	 texto	 sobre	 os	mais	 variados	 assuntos	
coletados	pelo	rei	em	outros	templos	do	reino;	entre	elas,	a	tábula	de	argila	com	a	
"Epopeia	de	Gilgamesh"	(LEICK,	2003).
3.3 BIBLIOTECAS DE PÉRGAMO
Átalo	I,	no	século	II	a.C.,	fundou	a	Biblioteca	Pérgamo	que	era	localizada	na	
cidade	de	Pérgamo,	atual	Bergama,	cidade	da	província	de	Esmira	da	República	
da	Turquia.	Alguns	especialistas	ressaltam	que	essa	biblioteca	surgiu	do	interesse	
do	rei	pela	cultura	e,	também,	por	rivalidade	à	Biblioteca	de	Alexandria.	
Quando	Pérgamo	fundou	uma	biblioteca	concorrente	de	Alexandria,	
alguns	 decênios	 depois,	 copiou	 logicamente	 também	 a	 arquitetura.	
Conhece-se	hoje	o	plano	da	construção	de	Pérgamo:	salas	enfileiradas,	
abertas	 numa	 colunata	 luminosa	 que	 serve	 de	 galeria	 de	 leitura	
(POLASTRON,	2013,	p.	29).
A	biblioteca	de	Pérgamo	ficava	 localizada	perto	do	 templo	em	honra	à	
Atena,	possuindo	aproximadamente	200.000	volumes	de	pergaminhos	(LOPEZ,	
2012).		O	seu	fim	foi	ocasionado	por	Marco	Antônio;	o	imperador	presenteou	a	
sua	amada,	Cleópatra	e,	também,	por	ocorrência	de	rivalidades	políticas,	ocasião	
em	que	houve	saques,	o	que	levou	à	perda	do	seu	acervo	(BATTLES,	2003).
A biblioteca de Pergamum teve grande relevância histórica, que foi a criação 
do pergaminho, suporte informacional preferido pela escrita durante os mil anos seguintes 
(BATTLES, 2003).
DICAS
3.4 BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA
A	 biblioteca	 de	 Alexandria,	 conhecida	 como	 a	 mais	 importante	 da	
Antiguidade,	situava-se	na	cidade	de	Alexandria	ao	Norte	do	Egito,	no	continente	
Africano	na	costa	Mediterrânica	(BATTLES,	2003).
Seu	 objetivo	 era	 reunir	 a	 ciência	 e	 literatura	 grega	 num	 único	 espaço.	
Polastron	(2013,	p.	27)	comenta	que	o	
TÓPICO 1 — CONTEXTO HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
9
objetivo	confessado	era	reconstituir	toda	a	ciência	e	toda	a	literatura	
gregas	 e	 depois	 coroar	 o	 conjunto	 com	 um	 verdadeiro	 segmento	
da	 biblioteca	 de	Aristóteles.	A	 hipótese	 atual	 bem	 instigante	 é	 que	
Ptolomeu	Filadelfo	pôde	comprar	os	"livros	de	Aristóteles",	sim,	mas	
não	necessariamente	aqueles	que	o	filósofo	escreveu.
A	Biblioteca	de	Alexandria	não	era	igual	às	bibliotecas	que	conhecemos	
atualmente;	sua	principal	finalidade	era	a	de	acumular	todos	os	escritos	da	terra	
e	não	os	difundir	(BARATIN;	JACOB,	2000).	A	Biblioteca	de	Alexandria	era	bem	
organizada,	tendo	estantes	arejadas	(onde	os	rolos	de	papiros	eram	arrumados),	
as	quais	formavam	corredores	onde	ficavam	os	estudiosos	(BATTLES,	2003).	O	
espaço	 era	 usado	 para	 estudo	 e	 discussão.	 "Quanto	 à	 organização	 do	 acervo,	
dispunha-se	da	 seguinte	 forma:	 os	 rolos	 tinham	 etiquetas	 presas	 aos	Umbilici	
com	os	nomes	dos	 autores	 e	 títulos	das	 obras	 e	 eram	 colocados	dispostos	 em	
pilhas"	(SANTOS,	2012,	p.	181).
“Na Biblioteca de Alexandria, os bibliotecários-chefes, por seu turno, eram 
escolhidos pelos próprios reis. Segundo dados de uma das listas (página oficial da 
Biblioteca), não absolutamente a definitiva nem completa, acrescida de informações dadas 
por Fonseca (1992, p. 104), chefiaram a Biblioteca: Zenódoto de Éfeso, “notável gramático, 
responsável pela primeira edição crítica de Homero e pela Teogonia de Hesíodo”; Apolônio 
de Rodes; Eratóstenes de Cirene; Aristófanes de Bizâncio, que “organizou edições de 
Homero, Hesíodo, Píndaro, Eurípedes, Aristófanes, Anacreonte”; Apolônio; Kidas e Aristarco 
de Samotrácia, discípulo de Aristófanes de Bizâncio, que “com ele colaborou na edição de 
autores gregos.” Há controvérsia se o substituto de Zenódoto teria sido Calímaco de Cirene. 
De qualquer modo, Calímaco foi seu mais importante bibliotecário e lhe cabe um lugar 
particular neste esboço”.
FONTE: MEY, E. S. A. Bibliotheca Alexandrina. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência 
da Informação, Campinas, v . 1, n. 2, p.71-91, jan./jun. 2004.
INTERESSA
NTE
4 BIBLIOTECAS NA IDADE MÉDIA
Na	 Idade	 Média	 existiram	 três	 tipos	 de	 bibliotecas:	 as	 Monocais,	 as	
particulares	 e	 bizantinas,	 e	 as	 Universitárias.	 As	 Monacais	 ficavam	 situadas	
dentro	 de	 mosteiros	 e	 abadias,	 ocorridas	 no	 início	 da	 Idade	 Média;	 já,	 as	
bibliotecas	particulares,	Bizantinas	e	Universitárias	se	deram	no	final	da	Idade	
Média	(MARTINS,	2002).
Os	 usuários	 das	 bibliotecas	 medievais	 eram	 específicos,	 ao	 menos	 no	
início.	Santos	(2012,	p.	183)	explica	que	“as	bibliotecas	medievais,	ao	menos	no	
início,	eram	apenas	um	prolongamento	das	bibliotecas	da	Antiguidade	uma	vez	
que,	seu	usuário,	era	específico	e	seu	acervo	era	fechado	ao	público	em	geral.”.	
UNIDADE 1 — EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
10
A	 biblioteca,	 então,	 era	 vista	 e	 definida	 de	 “guardiã	 dos	 livros”	 e	
não	 como	 a	 conhecemos	 atualmente	 em	 que	 uma	 das	 finalidades	 é	 a	 de	
disseminar	a	informação.
4.1 BIBLIOTECAS MONACAIS
As	 Bibliotecas	 Monacais	 eram	 encontradas	 dentro	 de	 mosteiros	 e	
conventos,tendo	acesso	restrito.	Segundo	Martins	(2002),	 	os	documentos	eram	
organizados	em	armários	embutidos	nas	paredes	e,	também,	havia	nelas	diversas	
estantes	à	leitura,	permitindo	o	manuseio	dos	grossos	infólios medievais.	
Exitiram	várias	Bibliotecas	Monocais,	mas	as	principais	são:	a	biblioteca	
de	Cassiodoro	e	a	biblioteca	de	Mosteiro	Sírio,	 liderado	por	Moisés	de	Nisibis.	
Ainda	 como	 importantes	 bibliotecas	Monacais,	 pode-se	 citar:	 a	de	Monte Atos, 
a de Saint Gall (na	 Suíça),	 as	 de	Corbie, Cluny e de Fleury-sur-Loire (na	 França)	
(MARTINS,	2002).
4.2 BIBLIOTECAS BIZANTINAS E PARTICULARES
As	 Bibliotecas	 Bizantinas	 são	 de	 importância	maior	 que	 as	 ocidentais,	
pois,	de	certa	forma,	seria	impossível	imaginar	que	os	monges	ocidentais	sozinhos	
fossem	capazes	de	provocar	ou	permitir	o	Renascimento	(SANTOS,	2012).
De	acordo	com	Martins	(2002,	p.	86)	[...],	“a	fuga	desses	monges	e	desses	
sábios	 de	 Bizâncio	 para	 o	 Ocidente,	 trazendo	 os	 seus	 manuscritos	 e	 os	 seus	
conhecimentos	por	ocasião	da	tomada	de	Constantinopla	pelos	turcos,	em	1453,	
é	que	provocará	a	Renascença	e,	por	consequência,	o	fim	da	Idade	Média	[...]”.
Os	mais	importantes	conventos	bizantinos	foram:	o	Studion,	com	sua	oficina	
de	copistas	e	a	sua	biblioteca	e	o	Claustro	de	Santa	Catarina,	junto	ao	Monte	Sinai.
Já,	entre	as	coleções	particulares	que	merecem	destaque,	cita-se	a	do	Fócio	
I	 que	 era	 composta	de	 280	obras	de	valor	 inestimável.	Muitas	dessas	 coleções	
contavam	 com	 copistas	 e	 um	 bibliotecário	 principal,	 tendo	 por	 finalidade	 a	
organização	do	acervo.	Outro	grande	proprietário	particular	foi	o	Rei	Carlos	V	
da	França	que	chegou	a	reunir	cerca	de	mil	e	duzentos	volumes.
TÓPICO 1 — CONTEXTO HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
11
4.3 BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
As	 mudanças	 intelectuais	 e	 sociais	 afetaram	 o	 desenvolvimento	 das	
bibliotecas	europeias	entre	os	séculos	XIII	e	XV;	a	primeira	delas	foi	a	criação	das	
universidades,	junto	as	suas	bibliotecas.
Um	 grande	 avanço	 das	 Bibliotecas	 Universitárias	 foi	 a	 criação	 do	
primeiro	catálogo	unificado	que	continha	o	nome	dos	autores	e	obras,	
bem	como	a	 indicação	das	bibliotecas	monacais,	onde	poderiam	ser	
encontradas	 tais	obras.	Sua	autoria	coube	a	 franciscanos	 ingleses	na	
segunda	metade	do	século	XIII	(SANTOS,	2012,	p.	185).
No	 final	 do	 século	 XIII,	 as	 Universidades	 começarama	 fundar	 suas	
próprias	bibliotecas.	A	Universidade	de	Sorbonne em Paris iniciou sua biblioteca 
com	a	doação	dos	livros	de	Robert	de	Sorbon.
Outro	fator	que	influenciou	o	crescimento	das	bibliotecas	foi	a	inserção	de	
leigos	ricos	e	instruídos,	nobres	e	mercadores	para	quem	o	patrocínio	do	saber	e	a	
posse	de	belos	livros	eram	manifestação	de	status	social	o	que,	no	Renascimento,	
seria	uma	característica	primordial	(BATTLES,	2003).
As	importantes	Bibliotecas	Universitárias	foram:	a	Biblioteca	Jurídica	de	
Órleans,	a	Biblioteca	Médica	de	Paris,	a	Biblioteca	de	Oxford	(fundada	em	1334,	
na	Inglaterra)	e	a	de	Cambridge	(fundada	em	1444).
Tendo	compreendido	como	as	bibliotecas	surgiram,	daremos	continuidade	
a	sua	evolução.	No	próximo	tópico,	serão	exploradas	as	bibliotecas	tradicionais	
modernas,	bibliotecas	automatizadas	e	bibliotecas	eletrônicas.
5 EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
As	bibliotecas	 foram	sendo	adaptadas	ao	 longo	dos	séculos	e	sempre	à	
frente	das	 evoluções	 tecnológicas,	desde	os	primeiros	documentos	que	 faziam	
parte	do	seu	acervo	(as	tábuas	de	argila,	pergaminho,	papiro,	os	livros,	CDs	a	até	
os e-books)	(LEVY,	2010).
UNIDADE 1 — EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
12
FIGURA 5 – PERGAMINHO
FONTE: <http://1.bp.blogspot.com/-yT_l1VdDZ1A/ThXG-9FI3dI/AAAAAAAAAFI/0uXJduFdb90/
s1600/ht_prhind.jpg>. Acesso em: 13 jul. 2020.
Segundo	Castro	(2009,	p.	338),	
[...]	a	biblioteca	era	considerada	como	um	depósito	de	 livros,	com	o	
objetivo	apenas	de	preservação	dos	documentos;	ao	passar	o	tempo,	
teve	 sua	 função	 transformada	de	 simples	 guardiã	 do	 conhecimento	
para	assumir	um	papel	social	e	cultural	mais	amplo,	sendo	ponto	de	
acesso	à	socialização	do	conhecimento	da	humanidade.
Essa	mudança	de	função	fez	com	que	o	acesso	à	informação,	por	meio	das	
redes	de	computadores,	mais	especificamente	a	internet,	alterasse	a	definição	de	
bibliotecas.	“A	biblioteca	deixa	de	ser	um	tranquilo	depósito	de	livros	para	tornar-
se	 o	 ponto	 focal	 de	 pesquisa	 variada,	 acessada	 a	 qualquer	 hora	 por	 usuários	
virtuais	de	vários	lugares	do	mundo”	(LEVACOV,	1997,	p.	126).
A biblioteca tradicional vai de Aristóteles até o início da automação das bibliotecas.
NOTA
Nesse	sentido,	percebemos	que	a	evolução	das	bibliotecas	aconteceu	em	
três	momentos,	de	acordo	com	Cunha	(2000,	p.	75)	“a	evolução	das	bibliotecas,	
agrupando-as	 em:	 Era	 I	 –	 Tradicional	 Moderna;	 Era	 II	 –	 Automatizada;	 Era	
III	–	Eletrônica;	Era	IV	–	Digital	e	Virtual.	Destaca	que,	em	todas	as	épocas,	as	
bibliotecas	sempre	foram	dependentes	da	tecnologia	da	informação”.
TÓPICO 1 — CONTEXTO HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
13
FIGURA 6 – EVOLUÇÃO DA BIBLIOTECA
FONTE: Cunha (2000, p. 75)
A	biblioteca	como	a	conhecíamos,	antes	do	surgimento	da	internet,	sofreu	
com	o	sistema	automático,	“desde	bases	de	dados	de	livros	e	periódicos,	sistemas	
automatizados	de	busca,	 repositórios	e	bibliotecas	digitais,	até	outros	 recursos	
disponíveis,	 cada	 vez	mais	 autônomos	 ao	 público	 da	 biblioteca,	 os	 usuários”	
(SILVA	FILHO;	MAGAN,	2016,	p.	63).
Com	essas	mudanças	de	suporte	e	do	acesso	à	informação,	as	bibliotecas	
começaram	 a	 se	 adaptar	 ao	 contexto	 tecnológico,	 não	 apenas	 modificando	 o	
suporte	informacional,	mas	na	reestruturação	de	serviços	informacionais	e	isso	
passa	a	afetar	o	modelo	tradicional	de	bibliotecas.
A evolução das bibliotecas se deu em três momentos: tradicional, moderna e 
automatizada e eletrônica.
IMPORTANT
E
A evolução das bibliotecas é marcada pelas características determinadas pela 
tecnologia existente em cada época.
NOTA
UNIDADE 1 — EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
14
5.1 BIBLIOTECA TRADICIONAL MODERNA
Na	biblioteca	tradicional,	o	acervo	é	constituído	na	sua	maioria	em	papel.	
Desde	a	 invenção	da	escrita	há	esse	tipo	de	biblioteca	e	bem	antes	do	advento	
da	imprensa,	em	1440,	o	acervo	era	formado	por	outros	tipos	de	materiais	como:	
tablete	de	argila,	o	papiro	e	o	pergaminho	(CUNHA,	1999).
Tem-se,	como	uma	das	características	principais	desse	tipo	de	biblioteca,	a	
utilização	do	papel,	sendo	suporte	de	registro	de	informação;	o	seu	espaço	físico	
era	delimitado	e	os	seus	serviços	e	produtos	eram	feitos	de	forma	mecânica.	
De	acordo	com	Cunha	(1999),	Ohira	e	Prado	(2002)	houve	uma	revolução	
na	biblioteca	com	a	introdução	do	catálogo	em	fichas	e	o	abandono	do	catálogo	em	
forma	de	livro.	“Esta	etapa	compreende	de	Aristóteles	até	o	início	da	automação	
das	bibliotecas”	(OHIRA,	PRADO,	2002,	p.	1).
As	 mutações	 dos	 suportes	 informação	 acabaram	 por	 influenciar,	
também,	 as	 atribuições	 e	 funções	 da	 biblioteca	 tradicional,	 que	
foram	 substituídas	 progressivamente	 por	 novas	 formas	 midiáticas	
de	armazenar	e	disponibilizar	texto,	havendo	a	possibilidade	de	criar	
ligações	 hipertextuais	 em	 itens	 documentais	 (LIMA;	 ROCHA,	 2010	
apud	LIMA,	2015,	p.	24).
A	biblioteca	tradicional	tem	como	função	organizar	e	manter	as	obras	de	
valor	cultural	e	educacional	à	disposição	dos	usuários.	O	sistema	de	empréstimo	
era	feito	por	meio	de	anotações	em	fichas	apropriadas	que	serviam	de	controle	de	
retirada	e	devolução	dos	materiais.	
Uma característica da biblioteca tradicional é que tanto a coleção quanto os 
seus catálogos utilizam o papel como suporte de registro de informação.
NOTA
Antes	 do	 surgimento	 da	 impressa	 por	 Gutemberg,	 os	 suportes	
informacionais	 eram	 tablete	 de	 argila,	 o	 papiro	 e	 o	 pergaminho;	 pós	 1440,	 o	
acervo	 das	 bibliotecas	 tradicionais	 foi	 sendo	 alterado	 pelos	 novos	 suportes	
informacionais	como	livros,	índices/bibliografias,	obras	de	referência,	periódicos.
TÓPICO 1 — CONTEXTO HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
15
Nesse	tipo	de	biblioteca,	os	serviços	bibliotecários	são:	
•	 Gestão	e	desenvolvimento	de	coleções.
•	 Catalogação	e	análise	de	conteúdo.
•	 Criação	de	índices	e	catálogos.
•	 Promoção	do	acesso	à	informação.
•	 Serviço	de	referência.
•	 Suportes	 informacionais	 variados	 em	 setores	 específicos,	 distribuídos	 no	
organograma	 da	 biblioteca	 como,	 por	 exemplo,	 o	 setor	 de	 periódicos,	 a	
mapoteca	e	as	outras	obras	de	referência.
5.2 BIBLIOTECA AUTOMATIZADA 
O	homem	sempre	pensou	em	automatizar	as	atividades	do	nosso	dia	a	
dia;	podemos	dizer	que	as	primeiras	 tentativas	na	mecanização	das	atividades	
foram	na	pré-história.	As	invenções	como	a	roda,	o	moinho	–	movimentado	pelo	
vento	ou	força	animal	–	demonstram	a	capacidade	do	homem	para	diminuir	o	
esforço	físico	e	de	se	adaptar	às	novas	tecnologias	da	época.
A	 palavra	 automação	 tem	 sua	 origem	 no	 grego	autómatos	que	
significa mover-se	por	si	ou que	se	move	sozinho. Consideramos	que	a	automação	
é	um	sistema	que	usa	técnicas	computadorizadas	ou	mecânicas,	com	a	finalidade	
de	 dinamizar	 e	 otimizar	 os	 processos	 desenvolvidos	 pelo	 homem.	 “Em	geral,	
automatizar	significa	a	utilização	de	máquinas	na	execução	de	tarefas	que	antes	
eram	executadas	pelo	homem”	(RODRIGUES;	PRUDÊNCIO,	2009,	p.	2).
Na	 biblioteconomia	não	 é	 diferente;	 faz-se	 uso	da	 automação	para	 facilitar	
e	reduzir	o	tempo	de	trabalho,	bem	como	atender	às	necessidades	dos	usuários	de	
maneira	mais	rápida	e	eficiente.	Com	a	implementação	de	ferramentas	tecnológicas	nas	
bibliotecas	tradicionais,	passamos	a	ter	as	Bibliotecas	Automatizadas	e,	com	a	utilização	
das	 tecnologias	nesse	 ambiente,	 houve	grande	 avanço	na	 área	da	Biblioteconomia.	
Podemos	 dizer	 que	 com	 o	 emprego	 de	 programas	 especializados	 à	 gestão	 das	
bibliotecas,	o	avanço	da	área	foi	possibilitado.
A utilização de softwares especializados para gestão de centros de informação 
foi o que possibilitou esse avanço.
NOTA
UNIDADE 1 — EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
16
Então,	 a	 evolução	 das	 bibliotecas	 tradicionais	 à	 automatizada	 se	 deu	
por	meio	do	uso	de	computadores	para	gerir	 seus	acervos.	Para	Rodrigues	e	
Prudêncio	(2009,	p.	2),	a	automatização	das	bibliotecas	e	centros	de	informação	
surgiu	 “para	 oferecer	 um	 atendimento	 eficaz	 e	 eficiente	 ao	 usuário,	 poupar	
tempo,otimizar	os	processos,	atender	a	demanda,	auxiliar	a	aquisição,	tornar	
a	 organização	 mais	 precisa	 e,	 principalmente,	 satisfazer	 as	 necessidades	 do	
usuário	em	curto	espaço	e	tempo”.
As	 coleções	 dessas	 bibliotecas	 ainda	 são,	 exclusivamente,	 constituídas	
de	 itens	 bibliográficos	 em	 papel,	 (livros,	 periódicos),	 porém	 as	 atividades	 de	
processamento	 técnico	 (catalogação,	 indexação	 e	 classificação)	 são	 realizadas	
com	bases	nos	aparatos	 tecnológicos,	ou	seja,	com	o	auxílio	dos	programas	de	
gestão	de	bibliotecas.	
FIGURA 7 – PROGRAMA DE GESTÃO DE BIBLIOTECAS DA UNIASSELVI – SÁBIO
FONTE: <https://www.uniasselvi.com.br/sabio/>. Acesso em: 13 jul. 2020.
Atualmente,	a	maioria	das	bibliotecas	possui	um	sistema	de	gerenciamento	
e	 controle	 do	 acervo.	 Antes	 dos	 sistemas	 informatizados,	 elas	 mantinham	 as	
fichas	catalográficas	armazenadas	em	fichários,	que	eram	usados	para	recuperar	
o	livro	na	estante.
TÓPICO 1 — CONTEXTO HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
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FIGURA 8 – FICHÁRIO 
FONTE: <http://twixar.me/Zchm>. Acesso em: 13 jul. 2020.
No	Instituto	Brasileiro	de	Informação	em	Ciência	e	Tecnologia	(IBICT)	(s.d.	
apud	DUTRA;	OHIRA,	2004,	p.	3),	“o	método	de	automação	das	bibliotecas	versa	
nas	diferentes	formas	de	utilizar	os	equipamentos	de	processamento	eletrônico	
de	dados	 nas	 atividades	 relacionadas	 à	 gestão	das	 bibliotecas	 nos	 serviços	de	
informação,	oferecidos	aos	usuários”.
A	 tecnologia	 possibilitou	 que	 as	 bibliotecas	 se	 informatizassem,	 a	 fim	
de	melhorar	o	atendimento	aos	usuários,	proporcionando,	assim,	a	melhora	na	
recuperação	de	informações	das	bases	de	dados.	Figueiredo	(1996,	p.	245)	comenta	
que	“para	os	usuários,	essas	 tecnologias	 tornaram	acessíveis	maior	número	de	
bases	de	dados	para	a	realização	de	pesquisas,	além	de	terem	proporcionado	a	
possibilidade	de	comunicação	entre	elas”.
A	 biblioteca	 do	 Congresso	 dos	 Estados	 Unidos	 (Library of Congress)	
foi	 a	 pioneira	 no	 processo	 de	 automatizar	 os	 procedimentos	 técnicos	 das	
suas	bibliotecas	na	década	de	1960.	Como	em	 todo	o	mundo,	o	problema	das	
bibliotecas	 americanas	 residia	 no	 controle	 de	 empréstimos	 e	 devoluções	 dos	
livros.	O	empréstimo	era	 feito	por	meio	de	cartões	perfurados,	e	 toda	vez	que	
o	 bibliotecário	 efetuava	 o	 empréstimo	 de	 uma	 obra,	 era	 necessário	 perfurá-
los;	além	de	ser	um	processo	demorado,	estava	sujeito	a	erros	(SANTOS,	2012;	
FIGUIREDO,	1986).	
Por	esse	motivo,	o	setor	de	empréstimo	foi	o	primeiro	a	ser	modernizado.	
Logo	após,	foi	adotada	a	tecnologia	em	outros	setores	para	facilitar	o	trabalho,	
tal	qual	o	setor	de	confecção	de	catálogos.	E	com	essa	automatização	das	fichas	
catalográficas	do	papel	ao	computador,	surgiu	o	MARC,	um	padrão	que	permitia	
a	 troca	de	 informação	entre	bibliotecas.	O	Marc	continha	todas	as	 informações	
bibliográficas	necessárias	de	um	documento	catalogado	(CORRÊA,	2001).
Segundo	 Hübner	 (2005),	 o	 MARC	 se	 disseminou	 rapidamente,	 pois	
permitia	que	outras	bibliotecas	pudessem	ter	os	registros	Library of Congress,	por	
meio	de	importação	bibliográfica,	isto	é,	como	esses	registros	estavam	em	suporte	
eletrônico,	as	bibliotecas	conseguiam	criar	seu	próprio	catálogo.
UNIDADE 1 — EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
18
O artigo elaborado por Moreno e Bracher em 2007 aborda as relações entre 
o MARC, MARCXML E FRBR. Este formato, elaborado pela Library of Congress (LC), na 
década de 1960 do século passado, persiste com o formato de intercâmbio para registros 
bibliográficos de catálogos, compondo hoje uma família de formatos para distintos usos. 
As atualizações são de responsabilidade da Machine Readable Bibliographic Information 
(MARBI). O modelo, elaborado pela International Federation of Library Association and 
Institutions (IFLA), com auxílio de consultores e desenvolvedores de softwares bibliográficos, 
foi publicado na forma de um relatório final em 1998. 
 Os FRBR baseiam-se no modelo computacional Entidade-Relacionamento, 
que visa à modelagem de bancos de dados, capturando a semântica dos dados e não a 
implementação. Ambos, o formato e modelo guardam relações com a representação de 
recursos de informação de maneira distinta. O MARC foi criado com campos, subcampos 
e notações à padronização na entrada de dados dos registros para posterior intercâmbio 
na era pré-Internet. O modelo surgiu como uma proposta de reestruturação dos registros, 
propondo requisitos mínimos num índice conceitual. 
Após a publicação dos FRBR, diversos seminários, congressos e estudos de diversos graus 
buscaram cobrir a ampla gama de assuntos ligados ao modelo, como o impacto na revisão 
das Anglo American Cataloguing Rules (AACR) e International Standard Bibliographic 
Descriptions (ISBDs) e a relação com demais modelos, entre outros estudos.
FONTE: MORENO, F. P.; BRASCHER, M. MARC, MARCXML E FRBR: relações encontradas na 
literatura. Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v. 17, n. 3, p. 13-25, set./dez. 2007.
IMPORTANT
E
Os	programas	de	gestão	de	bases	de	dados	 surgiram	na	década	de	 1970;	
através	desses	sistemas	de	gerenciamento	da	informação,	houve	maior	presteza	no	
tratamento	e	recuperação	da	informação,	porém	eram	sistemas	caros,	muitas	vezes	
elaborados	para	bibliotecas	particulares	e	com	características	próprias.	
Posteriormente,	surgiram	programas	que	atendiam	a	todas	as	necessidades	
gerenciais	 de	 uma	 biblioteca,	 tendo	 custo	 relativamente	 baixo	 se	 comparado	
ao	 início	 da	 automação	 de	 bibliotecas;	 assim,	 as	 bibliotecas	 que	 desejassem	
seu	acervo	automatizado,	dispunham	das	novas	 tecnologias	para	atender	suas	
demandas	internas	e	externas.
O	 Brasil	 não	 ficou	 na	 contramão	 dos	 outros	 países;	 nos	 anos	 1980,	
iniciou-se	o	processo	de	automação	das	bibliotecas	no	país.	Segundo	Dutra	
e	Ohira	(2004,	p.	5),	
Os	 fatores	 que	 impulsionaram	 o	 desenvolvimento	 foram:	 o	
estabelecimento	 de	 redes	 com	 a	 Bibliodata/CALCO	 da	 Fundação	
Getúlio	 Vargas,	 a	 utilização	 do	 computador	 no	 ensino	 da	
Biblioteconomia	e	a	educação	continuada	de	profissionais,	a	partir	da	
criação	de	grupos	de	usuários	de	softwares	aplicativos.
TÓPICO 1 — CONTEXTO HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
19
A Tecnologia da Informação (TI) é a reunião de recursos responsáveis pela 
coleta, armazenamento e distribuição da informação. Estas tecnologias utilizam o 
computador e as telecomunicações para melhorar a realização de sua função. Com as 
tecnologias da automação, que surgem por volta da década de 1950, já no século XX, 
as bibliotecas começaram a automatizar seus acervos e criar suas bases de dados. A 
informação agora é processada em novo formato – o formato eletrônico – e o acesso a 
ela é realizado por vários instrumentos ligados à tecnologia do computador (RODRIGUES; 
PRUDÊNCIO, 2009).
IMPORTANT
E
A	relevância	e	importância	de	uma	biblioteca	não	se	resume	ao	seu	acervo,	
mas	na	sua	habilidade	de	disponibilizar	acesso	à	informação	além	dos	documentos	
bibliográficos	 (KRZYZANOWSKI,	 1997).	 As	 TICs	 melhoram	 os	 serviços	 de	
informação,	 os	 processos	 técnicos	 tornaram-se	mais	 rápidos	 e	 o	 atendimento	 ao	
usuário	também.	Do	mesmo	modo,	as	bibliotecas	puderam	disponibilizar	suas	bases	
de	dados	on-line,	começando	a	comunicação	e	difusão	entre	bibliotecas	e	tornando	
mais	fácil	o	acesso	à	informação.	
Há três tipos básicos de software: 
a) Sistemas de gerenciamento de bibliotecas – são sistemas projetados para controlar as 
atividades essenciais de uma biblioteca. 
b) Sistemas gerenciadores de bases de dados bibliográficas – necessitam de 
microcomputadores para executá-los, apresentam facilidades e vantagens na sua 
utilização devido as suas interfaces amigáveis. São destinados a uma clientela que inclui 
bibliotecários, professores e pesquisadores acadêmicos. 
c) Gerenciadores de banco de dados – de aspecto comercial mais amplo, suportam 
grande quantidade de informação. Possuem habilidades na recuperação de informação, 
utilizando diferentes critériosde cruzamento (LIMA, 1999, p. 311).
IMPORTANT
E
No	Brasil,	há	diversos	tipos	de	programas	para	automatizar	e	disponibilizar	
o	acesso	ao	acervo	das	bibliotecas,	que	vão	de	softwares	proprietários	que	são	
aqueles	pagos,	open soure,	gratuitos.
UNIDADE 1 — EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
20
Acadêmico, caso você tenha interesse sobre as diferenças entre os softwares, 
pode realizar a leitura do seguinte artigo Sistema de automação de bibliotecas: um estudo 
investigativo-literário das autoras Ribeiro e Silva de 2019. 
 Investigação que apresenta sistemas de automação de bibliotecas de acordo com 
um levantamento de conceitos, paradigmas e exemplos de recursos de software. Utiliza-
se de uma metodologia ocorrida pela adoção da pesquisa bibliográfica e das abordagens 
de coleta de dados quanti-qualitativa, especificamente em periódicos de Qualis A1, A2 
e B1. Resulta em 13 expressões de busca sobre sistemas de automação de bibliotecas, 
sendo que apenas uma não foi contemplada pelo periódico de Qualis B1; nove sistemas 
foram identificados, sendo cinco de paradigma proprietário e quatro de paradigma livre, 
fragmentando este último entre sistemas do tipo freeware e open source; os sistemas 
proprietários possuem como características o pagamento de licença de uso e o código 
fonte como privado etc.; enquanto que os sistemas freeware permitem o uso sem 
pagamento de licença, mas de código fonte também privado etc., ao passo que os sistemas 
open source podem ou não exigir o pagamento de licença, mas ofertam o código fonte de 
maneira editável etc. Concluiu-se que os sistemas de automação de bibliotecas podem ser 
apresentados entre proprietários e livres, variando entre o pagamento ou não de licença 
para uso e distribuição, a disponibilidade na edição do código fonte, a melhoria/atualização 
do sistema, a interoperabilidade entre sistemas que fazem parte da rede e o tributo donativo 
à distribuição do sistema.
FONTE: RIBEIRO, M. A.; SILVA, M. B. Sistemas de automação de bibliotecas: um estudo 
investigativo-literário. ConCI: Conv. Ciênc. Inform., v. 2, n. 1, p. 42-65, jan./abr. 2019.
DICAS
Deixamos	aqui	um	breve	resumo:
• Sistemas proprietários:	 aqueles	 que	 são	 pagos,	 cujo	 código	 fonte	 não	 é	
livremente	disponibilizado	(Windows,	Hp-ux,	Mac	Os).	
• Sistemas gratuitos:	aqueles	que	não	são	pagos,	cujo	código	fonte	também	não	
é	de	livre	acesso	(Beos,	vários	antivírus,	Freeware).
• Sistemas Open source	(código	aberto):	aqueles	cujo	código	fonte	é	aberto	(Unix).	
• Sistemas livres:	 aqueles	 que	 são	 open source,	 cujo	 código	 fonte	 pode	 ser	
livremente	alterado	(GNU/Linux,	Bsd).
Como	exemplo	de	software,	cito	o	Pergamum	que	é	uma	ferramenta	de	
gestão	da	 informação,	 presente	 no	mercado	há	mais	de	 20	 anos,	 utilizado	 em	
bibliotecas,	 arquivos	 e	museus.	 Esse	 programa	 foi	 desenvolvido	 na	 Pontifícia	
Universidade	Católica	do	Paraná;	é	um	programa	proprietário.
TÓPICO 1 — CONTEXTO HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
21
FIGURA 9 – SOFTWARE PERGAMUM
FONTE: <http://www.pergamum.pucpr.br/produtos/pergamum>. Acesso em: 13 jul. 2020.
A	Biblioteca	Nacional	juntamente	com	a	Universidade	Federal	do	Rio	de	
Janeiro	possui	um	programa	livre,	o	Biblivre.	Este	programa	tem	as	funções	de	
gerenciamento	de	bibliotecas	e	de	acervos	gratuito	e	possibilita	a	catalogação	de	
recursos	informacionais	variados	e	sua	disponibilização	em	um	catálogo.
FIGURA 10 – BIBLIVRE
FONTE: <http://www.biblivre.org.br/index.php>. Acesso em: 12 dez. 2019.
A	automação	nas	bibliotecas	trouxe	vários	benefícios,	entre	eles	a	rapidez,	
agilidade	e	eficiência	no	atendimento	e	prestação	de	serviços	(FIGUEIREDO,	1996).	
Esses	benefícios	não	 afetaram	 somente	os	usuários,	mas	 também	o	 serviço	do	
bibliotecário	na	formação	do	acervo,	levantamentos	bibliográficos,	empréstimos,	
comutação,	reclamação	de	obras	em	atraso	e	processamento	técnico.
UNIDADE 1 — EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
22
5.3 BIBLIOTECA ELETRÔNICA
A	biblioteca	eletrônica	utiliza	a	informação	no	suporte	digital	com	o	apoio	
de	CD-ROM.	Podemos	dizer	que	a	biblioteca	eletrônica	é	o	início	da	Era	Digital	e	
Virtual,	ou	seja,	a	biblioteca	do	futuro,	que	é	pensada	como	uma	nova	estratégia	
para	o	 resgate	de	 informações	onde	os	documentos	 estão	disponíveis	na	web.	
Com	o	advento	da	Internet,	a	biblioteca	ganhou	uma	nova	dimensão,	passando	
do	espaço	físico	ao	ciberespaço	(OHIRA;	PADRO,	2002).
Segundo	Blattmann	(2001),	no	final	da	década	de	1980	o	termo	Biblioteca	
Eletrônica	começou	a	ser	utilizado	quando	as	fontes	de	informação,	catálogos	e	
serviços	tornaram-se	disponíveis	eletronicamente.	
O surgimento da Internet como uma rede mundial de computadores veio 
confirmar essas expectativas ao ser criado um espaço para a expressão, conhecimento e 
comunicação humana. No entanto, trata-se de um espaço que não existe fisicamente, mas 
virtualmente: o ciberespaço. Termo que foi idealizado por William Gibson, em 1984, no livro 
Neuromancer, referindo-se a um espaço virtual composto por computadores e usuários 
conectados a uma rede mundial.
 É inegável que a revolução cibernética-tecnológica afeta os mais variados 
aspectos da vida cotidiana, tendo a inserção de contextos virtuais como círculos 
eletrônicos de amizade, por meio de comunidades virtuais e da possibilidade de “navegar” 
pelo mundo, tornando o presente cada vez mais próximo da ideia de aldeia global. Assim, 
foi na última metade do século XX, com o surgimento da rede digital e do ciberespaço 
que foi explicitada a possibilidade de virtualização, e o virtual passou a ser um traço 
inquestionável nas práticas sociais.
 Pode afirmar-se que o ciberespaço diz respeito a uma forma de virtualização 
informacional em rede. Por meio da tecnologia, os homens, mediados pelos 
computadores, passam a criar conexões e relacionamentos capazes de fundar um espaço 
de sociabilidade virtual. 
FONTE: <https://www.infoescola.com/internet/ciberespaco/>. Acesso em: 17 jul. 2020.
NOTA
A	 biblioteca	 eletrônica	 foi	 definida	 como	 a	 biblioteca	 informatizada,	
a	qual	emprega	 todos	os	 tipos	de	equipamentos	eletrônicos	necessários	ao	seu	
funcionamento.	Segundo	Ohira	e	Prado	 (2002),	a	biblioteca	eletrônica	adentra-
se	em	novo	espaço,	o	ciberespaço,	pois	o	acesso	ao	texto	não	é	disponibilizado	
somente	no	papel,	mas,	também,	de	forma	on-line.	
TÓPICO 1 — CONTEXTO HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
23
[...]	a	biblioteca	contemporânea	utiliza	a	informação	no	suporte	digital	
com	 o	 advento	 do	 suporte	 em	 CD-ROM.	 A	 biblioteca	 eletrônica,	
a	 biblioteca	 do	 futuro,	 pensada	 como	 uma	 nova	 estratégia	 para	 o	
resgate	 de	 informações,	 onde	 o	 texto	 completo	de	documentos	 está	
disponível	on-line.	Com	o	surgimento	da	Internet,	a	biblioteca	ganha	
nova	dimensão:	deixa	de	 ter	 somente	um	espaço	 físico	 e	ganha	um	
novo	espaço	–	o	ciberespaço	(OHIRA;	PRADO,	2002,	p.	61).
A	 biblioteca	 eletrônica	 define-se	 pela	 utilização	 do	 equipamento	
“empregado	na	leitura	dos	dados	e	não	pela	característica	dos	dados	utilizados”	
(TAMMARO;	SALARELLI,	2008,	p.	116).
FIGURA 11 – BIBLIOTECA ELETRÔNICA
FONTE: <https://image.freepik.com/vetores-gratis/modelo-de-plano-de-pagina-de-destino-de-
educacao-de-biblioteca-eletronica_81522-2777.jpg>. Acesso em: 13 jul. 2020.
Segundo	Marchiori	(1997),	a	biblioteca	eletrônica	“é	o	termo	que	se	refere	
ao	sistema	no	qual	os	processos	básicos	da	biblioteca	são	de	natureza	eletrônica,	o	
que	implica	ampla	utilização	de	computadores	e	de	suas	facilidades	na	construção	
de	índices	on-line,	busca	de	textos	completos	e	na	recuperação	e	armazenagem	
de	registros”.
UNIDADE 1 — EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
24
 O livro – A Biblioteca Eletrônica – está na sua quarta edição; até a terceira edição 
era originalmente intitulada Computers for Libraries 1980, 1985 e 1993; a primeira edição 
em português foi uma tradução da terceira edição inglesa e recebeu o título de Informática 
para Bibliotecas; a segunda edição brasileira, por sua vez, é tradução da quarta edição 
inglesa,publicada em 1998. 
 Ao apresentar a nova obra, a autora comenta que “ao longo dos anos decorridos” 
desde 1993, quando a edição anterior deste livro foi publicada, havia estado envolvida 
de modo menos intenso do que antes com as especificações da operação de sistemas 
de informação, em particular com aqueles que são vistos como componentes de uma 
biblioteca eletrônica.
 Por outro lado, concentrei-me mais no ambiente em que esses sistemas 
funcionam. Essa visão contextual se tornou cada vez mais importante. [...] Este livro trata 
das funções, técnicas e gerenciamento desses sistemas. [...] “A presente edição adotou um 
título novo em reconhecimento, talvez, de mais uma fase do desenvolvimento do impacto 
da tecnologia da informação nas bibliotecas” (Prefácio, p. ix). Parece que os leitores lucraram 
com o novo enfoque da obra. Isto pode ser visualizado pela comparação feita na Tabela 1.2 
(p. 10) onde são mostrados os sumários da primeira e da terceira edições, respectivamente, 
de 1980 e 1993. Novos itens foram incluídos e a obra passou de 159 para 307 páginas; a 
edição atual atingiu 399 páginas!
FONTE: CUNHA, M. B. Recensão do livro Biblioteca Eletrônica. Revista Digital de 
Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas, v. 1, n. 2, p. 92-94, jan./jun. 2004.
DICAS
De	acordo	com	Machado	et al.	(1999),	“a	biblioteca	eletrônica	é	aquela	que	
está	 totalmente	automatizada,	disponibilizando	os	seus	serviços	aos	usuários	
de	 forma	 on-line”.	 Ainda,	 os	 mesmos	 autores	 fazem	 referência	 à	 biblioteca	
eletrônica	como	‘aquela	que	o	seu	acervo,	catálogo	e	serviços	são	desenvolvidos	
em	suporte	eletrônico.	
TÓPICO 1 — CONTEXTO HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
25
[...]	 uma	 biblioteca	 eletrônica	 compreende	 tanto	 materiais	 quanto	
serviços	 que	 empregam	 eletricidade	 para	 que	 sejam	 usados.	 Neste	
sentido,	 segundo	 o	 autor,	 a	 biblioteca	 eletrônica	 inclui	 a	 biblioteca	
digital,	 mas	 a	 expressão	 ‘biblioteca	 digital’	 é	 empregada	 mais	
correntemente	 e,	 portanto,	 é	 preferível	 (TAMMARO,	 2007	 apud 
TAMMARO;	SALARELLI,	2008,	p.	116).
A	 biblioteca	 eletrônica	 e	 a	 biblioteca	 tradicional	 possuem	
características distintas:
•	 Biblioteca	Tradicional:	espaço	físico	bem	delimitado,	com	serviços	e	produtos	
de	forma	mecânica.	A	revolução	acontece	com	a	introdução	dos	catálogos	em	
fichas	e	abandono	do	catálogo	sob	forma	de	livro.
•	 Biblioteca	Eletrônica:	utiliza	a	tecnologia	dos	computadores	nos	seus	serviços	
meios	 e	 fins,	 considerados	 os	 primeiros	 passos	 rumo	 ao	 acesso	 on-line,	 aos	
bancos	de	dados	por	meio	de	redes	de	telecomunicações	(MARCHIORI,	1998).
A biblioteca eletrônica utiliza tecnologia nos seus serviços, aperfeiçoando-
os para o acesso on-line de bancos de dados por meio da rede de telecomunicações 
(MARCHIORI, 1998).
NOTA
 Em 2011, no aeroporto internacional Taoyuan, em Taiwan, foi inaugurada a 
primeira biblioteca de livros eletrônicos no mundo. A intenção era a de oferecer um novo 
tipo de entretenimento aos passageiros em trânsito no local.
 A biblioteca de livros eletrônicos (chamada em inglês de e-library) possui 400 
títulos em inglês e em chinês na sua coleção e custou mais de US$ 100 mil para ser criada. 
Os livros podem ser acessados apenas no aeroporto, não podendo ser baixados em outros 
tablets ou leitores digitais.
 Os livros podiam ser acessados no free shop do aeroporto em 30 dispositivos 
disponíveis aos passageiros. De acordo com o governo de Taiwan, este número deve 
aumentar nos próximos meses, já que o aeroporto recebe 17 milhões de viajantes por ano.
FONTE: <http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2011/03/aeroporto-de-taiwan-abre-
primeira-biblioteca-de-livros-eletronicos.html>. Acesso em: 29 dez. 2019.
INTERESSA
NTE
UNIDADE 1 — EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
26
5.4 BIBLIOTECA HÍBRIDA
Com	a	transição	das	tecnologias	à	informação,	as	bibliotecas	tradicionais	
incorporam	em	seu	acervo	documentos	de	caráter	digitais	e	eletrônicos,	passando	
o	seu	acervo	a	ser	denominado	de	híbrido.	
Segundo	 Prakasan,	 Swarna	 e	 Kumar	 (2000),	 as	 bibliotecas	 foram	
submetidas	 a	 fases	 de	 desenvolvimento	 em	 relação	 às	 mudanças	 sociais	 e	
tecnológicas:	 bibliotecas	 tradicionais,	 bibliotecas	 automatizadas,	 bibliotecas	
híbridas	 e,	 posteriormente,	 bibliotecas	 digitais	 que	 serão	 estudadas	 na	
próxima	unidade.
Garcez	 e	 Rados	 (2002,	 p.	 45)	 mencionam	 que	 “os	 usuários,	 na	 lógica	
do	 desenvolvimento	 atual,	 precisam	do	 tipo	 de	 integração	 de	 serviços	 que	 as	
bibliotecas	híbridas	proporcionam”.
O nome Biblioteca Híbrida deve refletir o estado transacional da biblioteca que, 
atualmente, não pode ser completamente impressa nem completamente digital (GARCEZ; 
RADOS, 2002).
NOTA
De	 acordo	 com	 Silva	 e	 Caldas	 (2015),	 A	 Biblioteca	 Híbrida	 é	 a	 ponte	
entre	as	bibliotecas	 tradicionais	 e	digitais,	utilizando	 fontes	de	 informação	em	
diferentes	formatos	e	em	localizações	remotas	ou	locais,	apresentadas	de	forma	
integrada.	Nesse	sentido	Garcez	e	Rodas	(2002)	ressaltam	que	a	biblioteca	híbrida	
deve	unificar	o	acesso	a	diferentes	tecnologias	para	o	mundo	da	biblioteca	digital	
e	por	meio	de	diferentes	mídias.	
Para	 Silva	 e	 Caldas	 (2015),	 “a	 biblioteca	 híbrida	 deve	 ser	 um	 espaço	
cultural	que	propicie	a	promoção	de	diálogos,	onde	população	e	tecnologias	se	
relacionem	de	forma	que	as	 informações	registradas	no	 local	passem	a	ganhar	
vida	à	medida	que	são	utilizadas”.
As	 bibliotecas	 híbridas	 permitem	 a	 convergência	 de	 imagens,	 textos	
e	 sons,	 um	mesmo	 local	 ou	 plataforma;	 assim,	 possibilitam	 aos	 usuários	 que	
ultrapassem	 o	 processo	 de	 criação	 de	 significados	 dentro	 das	 bibliotecas.	 	As	
bibliotecas	híbridas	oferecem	os	serviços	que	estão	“[...]	à	disposição	do	usuário	
tanto	de	forma	presencial	[...]	como	remota,	através	da	internet	ou	de	redes	de	
área	local”	(PRÓSPER,	2004,	p.	126).
TÓPICO 1 — CONTEXTO HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
27
FIGURA 12 – COMPARTILHAMENTO DE RECURSOS NO PROCESSO DE PRESTAÇÃO DE 
SERVIÇOS EM BIBLIOTECAS HÍBRIDAS
FONTE: Garcez e Rados (2002, p. 46)
As	bibliotecas	híbridas	devem	proporcionar	acesso	a	diferentes	tipos	de	
mídias	aos	seus	usuários,	desde	o	impresso	ao	digital.
a)	 CD-ROMs	de	redes;	
b)	 Serviços	completos	de	textos;	
c)	 Sistemas	de	reservas	eletrônicas;	
d)	 Grupos	de	dados	remotos	nos	centros	de	dados	comunitários;	
e)	 Grupos	de	dados	remotos	em	outras	universidades;	
f)	 Grupos	de	dados	remotos	comerciais;	
g)	 Grupos	de	dados	locais,	por	exemplo,	bibliografias,	coleções	de	panfletos	
e	arquivos;	
h)	 Documentos	locais,	baseados	na	Web,	de	bibliotecas	e	instituições;	
i)	 Portais	locais	de	recursos	da	Web;	
j)	 Portais	remotos	da	Web	de	matérias/recursos;	ka)	
k)	Recursos	remotos	da	Web;	
l)	 Jornais	eletrônicos	remotos;	
m)	Livros	eletrônicos,	locais	e	remotos;
n)	 Livros:	para	emprestar,	para	referências	e	disponíveis	aos	empréstimos	entre	
bibliotecas; 
o)	 Jornais	impressos;
p)	 Coleções	especiais,	mapas,	slides,	gravações	de	áudio	e	vídeo;
q)	 Catálogo	regional	virtual	unificado	(web);	
r)	 CD-ROMs	e	disquetes	off-line;
s)	 On-line	Public	Access	Catalogue	–	OPAC	local	(telnet/	web);	(GARCEZ;	RADOS,	
2002,	p.	46).
Este	 tipo	 de	 biblioteca	 detém	 muitas	 vantagens	 por	 ter	 vários	 tipos	
de	 suportes	 informacionais	 e	 tecnologias	 empregados	 no	 seu	 ambiente,	
proporcionando	ao	usuário	uma	gama	maior	de	acesso	à	 informação.	Vejamos	
algumas	dessas	vantagens:
ARMAZENAGEM/
BUSCA
DISTRIBUIÇÃO/
ACESSO
USO
DIGITAL
IMPRESSO
ACESSO FÍSICO
ACESSO VIA REDE
ENVIADO DIGITAL
FÍSICO
DIGITAL
UNIDADE 1 — EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
28
a)	 acesso	fácil,	pois	disponibilizam	a	informação	específica	em	suas	bases;
b)	 disponibilizam	e	selecionam	os	melhores	sites	da	internet	sob	a	ótica	do	usuário;
c)	 agilizam	as	operações,	ficando	a	critério	do	usuário	o	tempo	de	recebimento	das	
informações,	graças	às	facilidades	apresentadas	pela	tecnologia	da	informação;	
d)	 porsua	cobertura	nacional,	 regional,	 local	e	 internacional,	elas	oferecem	na	
hora	 a	 informação,	 tanto	 por	meio	 de	 citações,	 que	 podem	 ser	 sinaléticas,	
analíticas	ou	texto	na	íntegra	nos	formatos	eletrônicos	e	impressos;	
e)	 associam-se	 às	 bibliotecas,	 centros	 de	 informações,	 arquivos,	 museus	
etc.,	para	disponibilizar	acervos	tanto	virtuais,	quanto	ao	atendimento	de	
usuários	residentes	proximamente	àquelas,	agregando	maior	abrangência	
de	 sua	 área	 de	 competência,	 diferenciando	 seus	 serviços,	 ampliando-os,	
importando	as	tecnologias	desses	centros,	angariando,	assim,	maior	valor	
na	prestação	dos	serviços;	
f)	 formam	 alianças,	 por	meio	 de	 redes	 e	 consórcios	 interbibliotecas;	 também	
propiciam	a	ampliação	do	grau	de	abrangência	e	maior	acesso	à	variedade	de	
bens	e	serviços;	
g)	 personalizam	 atendimento,	 por	meio	 de	 perfis	 de	 usuários	 que	 podem	 ser	
tanto	manuais	como	eletrônicos	(knowbot);	
h)	 passam	 a	 ter	 vantagens	 competitivas	 por	 seu	 pioneirismo	 no	 mercado,	
difusoras	de	novas	tecnologias;
i)	 tornam-se	 mais	 eficazes,	 porque	 objetivam	 adequar	 seus	 produtos	 às	
necessidades	e	expectativas	dos	usuários;
j)	 são	 mais	 eficientes,	 uma	 vez	 que	 flexibilizam	 suas	 operações,	 utilizando	
recursos	 internos	 e	 externos	 na	 produção	 de	 informações	 adequadas	 às	
necessidades	e	expectativas	de	sua	clientela;
k)	 são	 prestadoras	 de	 serviços,	 porque	 em	 sua	 função	 primordial	 está	 a	 de	
armazenar	e	disponibilizar	a	informação,	visando	ao	atendimento	de	público	
específico,	de	forma	precisa	e	rápida,	já	que	a	informação	só	tem	valor	quando	
absorvida	em	tempo	hábil	(GARCEZ;	RADO,	2002,	p.	51).
O artigo – A oferta diversificada de produtos e serviços bibliotecários na 
contemporaneidade: a biblioteca híbrida em evidência de Jorge Santa Anna, publicado 
em 2015, demonstra o que vem sendo publicado sobre as Bibliotecas Híbridas, 
delineando desafios, perspectivas, produtos e serviços oferecidos nessas instituições. 
Discutindo aspectos relacionados às transformações que as tecnologias da informação e 
comunicação proporcionam às bibliotecas nos últimos anos e reflete acerca dos principais 
produtos, serviços e práticas bibliotecárias oferecidas a partir do uso dos recursos da 
realidade virtual. Confira!
FONTE: SANTA ANNA, J. A oferta diversificada de produtos e serviços bibliotecários na 
contemporaneidade: a biblioteca híbrida em evidência. Revista Brasileira de Biblioteconomia e 
Documentação. São Paulo, v. 11, n. especial, p. 275-294, 2015.
DICAS
29
Neste tópico você aprendeu que: 
•	 O	homem	sempre	se	preocupou	em	registrar	todo	o	conhecimento	produzido	
desde	a	Pré-história,	utilizando	as	paredes	das	cavernas	para	representar	as	
atividades	do	seu	dia	a	dia	até	os	dias	atuais.
•	 A	história	das	bibliotecas	está	vinculada	à	escrita,	cujo	surgimento	possibilitou	
o	 registro	 de	 transações	 econômicas	 e	 administrativas	 e	 esses	 registros	
proporcionaram	a	formação	das	primeiras	bibliotecas	ainda	na	Antiguidade.
•	 O	surgimento	das	bibliotecas	está	relacionado	ao	surgimento	da	escrita.
•	 A	 inferência	 de	 que	 a	 produção	 de	 conhecimento	 está	 relacionada	 ao	
surgimento	 das	 bibliotecas	 vem	 do	 pressuposto	 de	 que	 onde	 há	 muita	
produção	do	conhecimento	existem	bibliotecas,	arquivos	e	museus.
•	 Você	viu	algumas	das	mais	importantes	bibliotecas	da	Antiguidade,	como	a	de	
Alexandria,	bem	como	na	Idade	Média.
•	 Foi	na	Idade	Média	que	surgiram	as	primeiras	bibliotecas	universitárias.
•	 A	 biblioteca	 era	 considerada	 um	depósito	 de	 livros,	 com	 o	 objetivo	 apenas	
de	 preservação	 dos	 documentos;	 com	 o	 passar	 do	 tempo,	 teve	 sua	 função	
transformada	 em	guardiã	do	 conhecimento	para	 assumir	um	papel	 social	 e	
cultural	na	sociedade.
•	 A	biblioteca	deixa	de	ser	um	tranquilo	depósito	de	livros	para	se	tornar	o	ponto	
focal	de	pesquisa	variada,	acessada	a	qualquer	hora	por	usuários	virtuais	de	
vários	lugares	do	mundo.
•	 A	evolução	das	bibliotecas,	agrupando-as	em:	Era	I	–	Tradicional	Moderna;	
Era	II	–	Automatizada;	Era	III	–	Eletrônica;	Era	IV	–	Digital	e	Virtual.	Destaca-
se	 que,	 em	 todas	 as	 épocas,	 as	 bibliotecas	 sempre	 foram	 dependentes	 da	
tecnologia	da	informação.
•	 Na	biblioteca	tradicional,	o	acervo	é	constituído	na	sua	maioria	por	papel,	ou	
seja,	o	papel	é	utilizado	como	suporte	de	registro	de	informação,	o	espaço	físico	
era	delimitado	e	os	serviços	e	produtos	eram	feitos	de	forma	mecânica.	
•	 As	mutações	dos	suportes	informação	acabaram	por	influenciar,	também,	as	
atribuições	e	funções	da	biblioteca	tradicional.
RESUMO DO TÓPICO 1
30
•	 Com	a	implementação	de	ferramentas	tecnológicas	nas	bibliotecas	tradicionais,	
passamos	 a	 ter	 as	 Bibliotecas	 Automatizadas	 e,	 havendo	 a	 utilização	 das	
tecnologias	nesse	ambiente,	ocorreu	grande	avanço	na	área	da	Biblioteconomia.
•	 A	evolução	das	bibliotecas	tradicionais	às	automatizadas	se	deu	por	meio	do	
uso	de	computadores,	a	fim	de	gerir	os	acervos.
•	 A	maioria	das	bibliotecas	possui	um	sistema	de	gerenciamento	e	controle	do	
acervo.	Antes	dos	sistemas	informatizados,	as	bibliotecas	mantinham	as	fichas	
catalográficas	armazenadas	em	fichários,	que	eram	utilizados	para	recuperar	o	
livro	na	estante.
•	 A	biblioteca	do	Congresso	dos	Estados	Unidos	(Library of Congress)	foi	a	pioneira	
no	processo	de	automatizar	os	procedimentos	técnicos	das	suas	bibliotecas	na	
década	de	1960.
•	 O	Brasil,	nos	anos	1980,	iniciou	o	processo	de	automação	das	bibliotecas	no	país.	
E	os	fatores	que	impulsionaram	o	desenvolvimento	foram:	o	estabelecimento	
de	redes	com	a	Bibliodata/CALCO	da	Fundação	Getúlio	Vargas,	a	utilização	do	
computador	no	ensino	da	Biblioteconomia	e	a	educação	continuada.
•	 A	 automação	 nas	 bibliotecas	 trouxe	 vários	 benefícios,	 entre	 eles	 a	 rapidez,	
agilidade	 e	 eficiência	 no	 atendimento	 e	 prestação	 de	 serviços,	 tais	 como	 a	
formação	do	acervo,	 levantamentos	bibliográficos,	 empréstimos,	 comutação,	
reclamação	de	obras	em	atraso	e	processamento	técnico.
 
•	 A	biblioteca	eletrônica	utiliza	a	informação	no	suporte	digital,	tendo	o	auxílio	
de	CD-ROM.	Podemos	dizer	que	a	biblioteca	eletrônica	é	o	início	da	Era	Digital	
e	Virtual,	ou	seja,	a	biblioteca	do	futuro.	
•	 A	 biblioteca	 eletrônica	 foi	 definida	 como	 a	 biblioteca	 informatizada,	 a	
qual	emprega	todos	os	tipos	de	equipamentos	eletrônicos	necessários	ao	
seu	funcionamento.
•	 A	biblioteca	eletrônica	define-se	pela	utilização	do	equipamento	empregado	na	
leitura	dos	dados	e	não	pela	característica	dos	dados	utilizados.	
•	 A	 biblioteca	 eletrônica	 é	 vista	 por	 deter	 o	 seu	 acervo,	 catálogo	 e	 serviços	
desenvolvidos	em	suporte	eletrônico.
•	 As	bibliotecas	tradicionais	incorporam	em	seu	acervo	documentos	de	caráter	
digitais	e	eletrônicos,	passando,	assim,	a	ser	chamadas	de	híbridas.	
•	 O	nome	Biblioteca	Híbrida	deve	refletir	o	estado	transacional	da	biblioteca,	que	
hoje	não	pode	ser	completamente	impressa	nem	completamente	digital.
31
•	 A	 biblioteca	 híbrida	 é	 a	 ponte	 entre	 as	 bibliotecas	 tradicionais	 e	 digitais,	
utilizando	 fontes	 de	 informação	 em	 diferentes	 formatos	 e	 em	 localizações	
remotas	ou	locais,	apresentadas	de	forma	integrada.
•	 As	 bibliotecas	 híbridas	 permitem	 a	 convergência	 de	 imagens,	 textos	 e	 sons	
num	mesmo	local	ou	plataforma,	assim	permitindo	aos	usuários	ultrapassar	o	
processo	de	criação	de	significados	dentro	delas.
32
1	 A	origem	das	bibliotecas	está	relacionada	ao	surgimento	da	escrita	e	com	o	
passar	do	tempo	e	do	surgimento	de	novas	tecnologias	as	bibliotecas	foram	
se	expandindo.	Sobre	a	origem	das	bibliotecas,	analise	as	assertivas	a	seguir	
e	classifique	V	para	as	sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	falsas.	
(			)	 O	 homem	 sempre	 se	 preocupou	 em	 registrar	 todo	 o	 conhecimento	
produzido	desde	a	Pré-História.
(			)	 O	surgimento	das	bibliotecas	está	relacionado	à	evolução	das	espécies.	
(			)	 A	biblioteca	deAlexandria	pertencia	ao	período	da	Antiguidade.	
(			)	 No	 final	 do	 século	 XIII,	 as	 Universidades	 começaram	 a	 fundar	 suas	
próprias	bibliotecas.	A	Universidade	de	Sorbonne	em	Paris	 iniciou	sua	
biblioteca	com	a	doação	dos	livros	de	Robert	de	Sorbon.
(			)	 As	bibliotecas	Monacais	existiram	dentro	de	mosteiros	e	conventos,	tendo	
acesso	livre.		
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)	(			)	V	–	F	–	V	–	V	–	F.	
b)	(			)	F	–	V	–	V	–	F	–	F.
c)	 (			)	F	–	F	–	V	–	F	–	V.
d)	(			)	V	–	V	–	V	–	F	–	V.
2	 Considerando	o	surgimento	das	bibliotecas,	analise	as	afirmativas	a	seguir	
e	classifique	V	para	sentenças	verdadeiras	e	F	às	sentenças	falsas.
(			)	 A	idade	média	foi	um	período	em	que	predominaram	as	bibliotecas	ligadas	
às	ordens	 religiosas.	 “Os	mosteiros	 e	 conventos	 foram	os	 responsáveis	
pela	 preservação	 da	 antiga	 cultura	 greco-romana	 e	 definiam-se	 como	
bibliotecas”.
(			)	 A	biblioteca	de	Alexandria,	uma	das	maiores	já	conhecidas,	sobreviveu	a	
muitos	saques	e	catástrofes	naturais,	e	parte	do	seu	acervo	‘foi	constituído	
[...]	a	partir	de	um	decreto	de	Ptolomeu	III	em	que	todos	os	navios	que	
parassem	 em	Alexandria	 tinham	 que	 entregar	 seus	 livros	 para	 serem	
copiados’.
(			)	 A	mais	antiga	biblioteca	de	que	se	 tem	notícia,	considerada	a	primeira	
biblioteca	da	história,	pertenceu	ao	Rei	Assurbanípal.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)	(			)	V	–	F	–	F.
b)	(			)	F	–	V	–	V.
c)	 (			)	F	–	V	–	F.
d)	(			)	V	–	F	–	V.
AUTOATIVIDADE
33
3	 As	tecnologias	de	informação	e	comunicação	contribuíram	para	a	evolução	
das	bibliotecas.		Diante	disso,	analise	as	afirmativas	a	seguir	e	classifique	V	
para	sentenças	verdadeiras	e	F	às	sentenças	falsas.
(			)	 Dizemos	que	as	bibliotecas	ao	 longo	dos	 séculos	evoluíram.	E	as	 fases	
ou	 eras	 das	 Bibliotecas	 foram:	 Tradicional	 Moderna;	 Automatizada;	
Eletrônica;	Digital	e	Virtual.	
(			)	 A	biblioteca	 tradicional	 tem	o	seu	acervo	 formado,	na	sua	maioria,	
em	papel.
(			)	 A	biblioteca	híbrida	não	possui	em	suas	coleções	o	papel	como	um	dos	
seus	suportes	informacionais.
(			)	 A	 biblioteca	 automatizada	 teve	 início	 na	 Biblioteca	 do	 Congresso	 na	
década	de	1980.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:	
a)	 (			)	V	–	F	–	V	–	V.	
b)	(			)	F	–	F	–	V	–	F.
c)	 (			)	F	–	F	–	V	–	V.
d)	(			)	V	–	V	–	F	–	F.
4	 A	Biblioteca	Híbrida	possui	uma	gama	de	vantagens.	Sobre	as	vantagens	
da	biblioteca	híbrida,	analise	as	afirmativas	a	 seguir	e	 classifique	V	para	
verdadeiro	e	F	para	falso:
(			)	 As	bibliotecas	 tradicionais	não	 incorporam	em	seu	acervo	documentos	
de	 caráter	 digitais	 e	 eletrônicos,	 com	 isso	 o	 seu	 acervo	 passou	 a	 ser	
denominado	de	híbrido.	
(			)	 O	 nome	 Biblioteca	 Híbrida	 deve	 refletir	 o	 estado	 transacional	 da	
biblioteca,	 que	 hoje	 não	 pode	 ser	 completamente	 impressa	 nem	
completamente	digital.
(			)	 A	biblioteca	híbrida	é	a	ponte	entre	as	bibliotecas	tradicionais	e	digitais,	
utilizando	fontes	de	informação	em	diferentes	formatos	e	em	localizações	
remotas	ou	locais,	apresentadas	de	forma	integrada.
(			)	 As	 bibliotecas	 híbridas	 permitem	 a	 convergência	 de	 imagens,	 textos	 e	
sons	 num	mesmo	 local	 ou	 plataforma,	 assim	 permitindo	 aos	 usuários	
ultrapassar	o	processo	de	criação	de	significados	dentro	delas.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)	(				)	V	–	F	–	V	–	V.	
b)	(				)	F	–	V	–	V	–	V.
c)	(				)	F	–	F	–	F	–	V.
d)	(				)	V	–	V	–	F	–	V.
34
35
TÓPICO 2 — 
UNIDADE 1
BIBLIOTECAS DIGITAIS E VIRTUAIS: CONCEITOS
1 INTRODUÇÂO
Antes	de	adentrarmos	no	que	seriam	as	bibliotecas	digitais	e	virtuais,	
é	 necessário	 conceituar	 digital	 e	 virtual.	 Sempre	 que	 pensamos	 em	 digital,	
pensamos	 em	 computadores,	 internet	 e	 tecnologia,	 entretanto,	 a	 área	 da	
informática	o	digital	é	“uma	codificação	em	linguagem	binária,	0	e	1,	aberto	e	
fechado”	(BRANDÃO,	2005,	p.	16).	Também	é	considerada	a	ligação	e	a	criação	
dos	dados	em	formato	digital	que	são	oriundos	de	hardwares.
Ao	 pesquisarmos	 o	 termo	 digital	 no	 dicionário	 de	 língua	 portuguesa	
vamos	 ter	 o	 seguinte	 significado:	 digital	 é	 a	 “quantidades	 numéricas	 ou	
informações	expressas	por	algarismos”	(HOUAISS;	VILLAR,	2009).	No	entanto,	
nem	todas	as	informações	são	criadas	no	meio	digital,	mas	passam	pelo	processo	
de	transformação,	do	físico	para	o	digital.		De	acordo	com	Tammaro	e	Salarelli	
(2008)	 o	 a	 digitalização	 da	 informação	 “é	 um	 processo	 que	 diz	 respeito,	 em	
primeiro	lugar,	à	natureza	da	relação	existente	entre	o	‘texto’	e	o	suporte	material	
no	qual	ele	está	registrado”.	
Outro	 conceito	 importante	é	o	virtual,	visto	que	muitas	vezes	virtual	 e	
digital	são	usados	como	sinônimo,	entretanto	não	são.	O	Virtual	segundo	Lévy	
(1996,	p.	15-16)	é	o	que	“potencialmente	pode	ser	tornar	algo.	Diferente	do	que	
pensamos	o	virtual	não	é	disparidade	do	real,	e	sim	do	atual”.	O	mesmo	autor	
ainda	definiu	o	virtual	como	afirmando	que	“a	diferença	entre	possível	e	real	é	
[...]	puramente	lógico”.	Podemos	compreender	que	o	virtual	não	é	real,	porém	
simula	a	realidade	eletronicamente.	
É	baseado	nesses	conceitos	de	digital	e	virtual	que	surgem	as	primeiras	
bibliotecas	 digitais	 e	 virtuais.	 É	 nessa	 perspectiva,	 que	 neste	 último	 tópico,	
abordaremos	a	introdução	desses	tipos	de	bibliotecas.
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UNIDADE 1 — EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
2 BIBLIOTECAS DIGITAIS: BREVE INTRODUÇÃO
Quando	pensamos	em	bibliotecas	digitais,	imaginamos	estruturas	digitais	
vinculadas	à	web.	Contudo,	existe	uma	complexidade	no	conceito	de	digital,	esse	
conceito	“deriva	do	que	venha	a	ser	digitalizado,	ou	seja,	transformado	da	forma	
impressa	 (concreta)	 para	 a	 forma	magnética	 ou	 eletrônica,	 pelo	 computador”	
(LIMA,	2015,	p.	27).
Digitalização: “processo pelo qual um sinal analógico é transformado em sinal 
digital, abrange a amostragem do sinal analógico ou sua transformação em uma série de 
valores discretos tomados a intervalos regulares, e a quantização que leva a geração do 
code-word” (FLUCKING apud TAMMARO; SALARELLI, 2008, p. 52).
NOTA
Ao	 nos	 referirmos	 ao	 processo	 de	 digitalização,	 é	 necessário	 pensar	
sempre	no	planejamento	desse	processo,	pois	é	 importante	que	o	bibliotecário	
ou	 gestor	 da	 unidade	 informação	 conheça	 seu	 público	 alvo.	 As	 informações	
coletadas	 influenciarão	as	decisões	que	 serão	 tomadas	 em	 relação	ao	processo	
de	digitalização,	como:	“os	 itens	que	serão	digitalizados,	a	 tecnologia	que	será	
utilizada,	os	mecanismos	para	acesso,	e	a	forma	de	apresentação	do	material	para	
os	usuários”	(NASCIMENTO	et al..,	2006,	p.	13).
O artigo Digitalização de obras raras: algumas considerações de Raphael Diego 
Greenhalgh, publicado em 2011, aborda a digitalização de acervos bibliográficos de obras 
raras como uma alternativa de preservação e facilidade no acesso à informação. As obras 
raras são constituídas de valor histórico cultural e devem ser analisadas e tomadas medidas 
para as variáveis ligadas a sua digitalização, pensando em sua conservação e divulgação, 
em todas as etapas do processo de digitalização. 
Confira em: GREENHALGH, R. D. Digitalização de obras raras: algumas considerações. 
Perspectivas em Ciência da Informação, v. 16, n. 3, p. 159-167, jul./set. 2011.
DICAS
TÓPICO 2 — BIBLIOTECAS DIGITAIS E VIRTUAIS: CONCEITOS
37
Bem,	 agora	 que	 compreendemos	 a	 importância	 do	 planejamento	 do	
processo	de	digitalização,	vamos	retornar	ao	conceito	de	biblioteca	digital.	Para	
Sayão	o	conceito	de	biblioteca	digital	é	“meramente	equivalente	a	uma	coleção	
de	objetos	digitalizados,	assistida	por	uma	ferramenta	de	gestão	de	informação,	
torna-se	 tosco	 e	 já	 não	 cabe	 nas	 utopias	 desses	 inúmeros	 setores”	 (SAYÃO,	
2008-2009,	p.	6).	
Nesse	sentido,	a	Biblioteca	digital	é	uma	coleção	de	documentos	digitais	
estruturados,	podendo	ser	 tantos	os	produzidos	digitalmente	ou	que	passam	
pelo	processo	de	digitalização.	Esses	documentos

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