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Microbiologia da cárie

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Mic����ol���a �� c�e:
● A desmineralização do esmalte é causada por ácidos, particularmente o ácido láctico, produzido a partir
da fermentação microbiana dos carboidratos da dieta.
● A formação da lesão envolve a dissolução do esmalte.
● As fases iniciais da cárie são reversíveis e pode ocorrer a remineralização, particularmente na presença
de flúor.
➔ Mic����ot�:
● Streptococcus mutans; cocos gram +; quando cultivados em presença de sacarose, produzem
polissacarídeos extracelulares insolúveis; desenvolve-se bem em pH ácido (acidúrica).
● O meio seletivo mais utilizado para estreptococos do grupo mutans é o ágar mitis salivarius com 20%
de sacarose e bacitracina.
● Streptococcus mutans é a principal espécie em biofilme dentário humano relacionado com a
etiopatologia da cárie.
● Streptococcus sobrinus isolado a partir da microbiota bucal humana e tem provável participação no
processo da cárie dentária.
➔ St�e�t����cu� ��t���:
● Sintetizar polissacarídeos insolúveis no metabolismo da sacarose.
● Formar ácido lático por meio da fermentação de carboidratos (acidogenicidade).
● Colonizar superfícies dentárias.
● Apresenta maior potencial acidúrico em relação aos outros estreptococos.
➔ Lac����ci��� � cá�i�:
● Correlacionados com a alta frequente ingestão de carboidratos.
● As espécies lactobacillus casei e lactobacillus fermentum são as mais comuns; lactobacillus acidophilus
é mais encontrado na saliva, enquanto lactobacillus casei predomina no biofilme dentário e dentina
cariada.
● Estão correlacionados com progressão de cárie em dentina e cárie radicular. entretanto, quando
presentes no biofilme podem auxiliar na acidificação do meio ambiente, favorecendo a
desmineralização.
➔ Ac�i��m���s e �á���:
● O maior interesse está centrado no A.naeslundii devido a sua habilidade para induzir cárie radicular e
destruição periodontal.
● Actinomyces são bons fornecedores de biofilme, apresentando firmes depósitos sobre as superfícies
dentárias em animais infectados.
● É o grupo de microrganismos mais isolado da microbiota subgengival e da placa em indivíduos com
cárie de superfície de raiz.
➔ Bi�fil��:
● Microrganismos cariogênicos: streptococcus mutans e lactobacilos.
● A alta frequência de exposição a carboidratos fermentáveis resulta em mudanças no ambiente do
biofilme - seleciona microrganismos mais adaptados ao ambiente ácido.
● Acidogênicos (produzem ácidos) e acidúricos (sobrevivem em um ambiente ácido).
● Cálcio, fosfato e hidroxila (formam a hidroxiapatita).
● A concentração de íons no fluido do biofilme reflete sua concentração na saliva, porém no fluido do
biofilme é superior.
● Com o consumo da sacarose os íons são liberados para o fluido do biofilme (o dente será
desmineralizado para doar íons para o biofilme).
● pH diminui - perda de mineral do esmalte.
● Equilíbrio: íons na hidroxiapatita do dente e íons dissolvidos no fluido no biofilme.
● Concentração de H+ por conta do ambiente ácido e por conta da metabolização da sacarose, ocorre
uma combinação do H+ com a hidroxila e com o fosfato e isso diminuirá a quantidade de íons no
biofilme.
➔ In�e��çã� açúc�� - ��ofil��:
● rápida velocidade de produção de ácidos, rápida fermentação de substratos oriundos da dieta; o
aumento do fluxo salivar durante a alimentação dilui os substratos fermentáveis.
● Efeitos imediatos: efeitos na ecologia do biofilme; efeitos na estrutura da matriz do biofilme.
● Efeitos imediatos: curva de Sthepan - pH crítico para a dissolução de esmalte: 5,5; pH crítico para a
dissolução da dentina: 6,3.
● Efeito mais rápido - exposição a carboidratos simples e rapidamente fermentáveis: glicose, frutose e
sacarose.
● Curva de Sthepan: 1° fase - drástica queda do pH (mínimo em 5 a 10 min); aumento na produção de
ácidos (100x); saliva tem efeito durante essa fase de queda de pH. 2° fase - região de pH mínimo;
raramente abaixo de 4; geralmente dura entre 5 e 10 min. 3° fase - elevação do pH; lavagem dos
açúcares e ácidos e pelo tamponamento desses; papel da saliva é crucial para elevar o pH.
● Produção de ácidos: O ácido láctico é mais cariogênico (menos volátil e libera íons H+ em pH mais
baixo).
● Hipótese da placa ecológica: a alta frequência de exposição a carboidratos fermentáveis resulta em
mudanças no ambiente do biofilme, e seleciona microrganismos acidúricos aumentando a tendência à
desmineralização.
➔ Pol����ca�í���s �e ��s���a:
● Intracelulares (glicogênio): sintetizados a partir de açúcares que são captados pelas bactérias; não
foram quebrados para a produção de ácidos (e energia).
● Extracelulares: produzidos por enzimas produzidas por alguns microrganismos - S.mutans
(glicosiltransferase e frutosiltransferase).
● glicosiltransferase - sacarose - glucano: glucano alfa 1-3 mutano (B e C) e alfa 1-6 dextrano (D).
➔ Açúca��� d� �i��� e p����ci�� ��ri��ê��co:
● Frequência de exposição a carboidratos fermentáveis.
● Efeito direto na dissolução de minerais.
● Modifica a ecologia do biofilme tornando metabolicamente mais ativo.
● Modifica a estrutura do biofilme.
● A sacarose é o tipo de açúcar mais cariogênico (por ser fermentável, único substrato para síntese de
polissacarídeos extracelulares.)
● A lactose é um dissacarídeo formado por glicose + galactose (potencial de baixar o pH menor, consumo
a partir do leite não é considerado cariogênico, porém o uso do leite é excipiente.
● O amido tem capacidade de fermentação muito menor do que açúcares mais simples (polissacarídeo de
glicose, hidrolisado pela amilase salivar, considerado cariogênico para dentina).
● AMIDO + SACAROSE: torna o biofilme mais cariogênico (potencializam a produção de polissacarídeos
extracelulares a partir da sacarose; matriz mais cariogênica.
➔ Pro���s�ã� �e l��õ�� de �á���s:
● Acesso ao flúor: modifica o processo de desmineralização/remineralização.
● Medidas de remoção mecânica do biofilme (saliva, escovação).
● Modificação bioquímica do processo des-re.
● O flúor tem ação preventiva em relação à cárie dentária.
● Formação de fluoreto de cálcio, que funcionará como um reservatório de liberação lenta do flúor nos
ciclos des-re.
● Reparo dos estágios iniciais da lesão de cárie.
● Ex: dentifrícios fluoretados, enxaguantes com flúor, géis e vernizes de flúor.
➔ Re�çã� do ��ú�r ��� o m����al ���t��:
● Fluoreto firmemente ligado: fluorapatita.
● Fluoreto fracamente ligado: fluoreto de cálcio.
● pH da fluorapatita: 4,5.
● pH da hidroxiapatita: 5,5.
➔ Uso �� ��n�i�rí����:
● Utilizado na prevenção e no controle de cárie dentária e na doença periodontal.
● Eliminar ou reduzir a formação de placa e/ou interferir na formação de cálculo dental.
● A ingestão de flúor em decorrência do uso inadequado de suplementos e de dentifrícios fluoretados é
considerado o principal responsável pela fluorose.
➔ En�a���n�e� b���i� (c����óri��):
● Os colutórios ou enxaguantes bucais são produtos para bochechos que devem ser utilizados como
tratamento complementar.
● Pacientes com dificuldades motoras de higienização, problemas periodontais, aparelho ortodôntico.
● Propriedades bactericidas ou bacteriostáticas, odor agradável e remoção dinâmica dos alimentos soltos
após as refeições.
● Prevenção da formação da placa bacteriana e suas consequências indesejáveis, como cárie e gengivite.

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