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LAUDO TÉCNICO AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO AO CALOR EM AMBIENTE DE TRABALHO 1 – INTRODUÇÃO Elaborar um laudo de avaliação de calor para uma determinada atividade, levantar dados da empresa bem como o ramo de atividade da mesma, a fim de aplicar conhecimentos técnicos para uma melhor elaboração do laudo e suas devidas recomendações caso seja necessário. 1.1 DADOS DA EMPRESA RAZÃO SOCIAL: PRIMO´S FOOD SERVICE LTDA ENDEREÇO: RUA WALDIR AMORIM , Nº 90 BAIRRO: RESIDENCIAL JACARAÍPE, SERRA / ES CNPJ: 17.529.830/5432-00 2. OBJETIVO Este laudo objetiva avaliar a exposição ocupacional ao calor conforme NR 15 anexo no 3 da Portortaria 3214/78 do Ministério do Trabalho nas atividades da Empresa PRIMO´S FOOD SERVICE LTDA. Identificando os limites de tolerância de cada tarefa. O laudo classifica em salubres e/ou insalubres. 3 – JUSTIFICATIVA Através de analise ao local houve a necessidade de realizar um laudo, afim de adequar a empresa nas normas vigentes, e assegurando que a empresa esteja em conformidade com as leis sem colocar em risco e expor ao risco seus funcionários no que tange os itens da norma. LAUDO TÉCNICO AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO AO CALOR EM AMBIENTE DE TRABALHO 4 – ASPECTOS LEGAIS Efetuaram-se o levantamento ambiental, conforme prevê a NR-15, da portaria SEPRT n.º 1.359/2019 e normas de higiene ocupacional da FUNDACENTRO. 5 – FUNDAMENTOS LEGAIS Conforme Lei nº 6.514, de 22/12/1977 – Normas regulamentadoras ( NR´S) de Portaria 3.214 de 08 de junho de 1978 – Capitulo V, Título II, CLT – Consolidações das Leis do Trabalho. Legislação específica da previdência Social: Lei nº. 9.528, de 10/12/1977 e Instrução Normativa de 16/07/2002. 6 – ANÁLISE QUANTITATIVA Fase que compreende as avaliações quantitativas dos riscos, através de medições dos riscos ambientais, após a confirmação, na fase de reconhecimento de que o tempo de exposição ao mesmo configura intermitente ou contínua. O instrumento, as técnicas adotadas e o método de amostragem serão descritos no corpo do laudo. 7 – AVALIÇÃO DE RISCO 2.3 O reconhecimento da exposição ocupacional ao calor deve considerar os seguintes aspectos, quando aplicáveis: a) a sua identificação; b) a caracterização das fontes geradoras; c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho; LAUDO TÉCNICO AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO AO CALOR EM AMBIENTE DE TRABALHO d) identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos; e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição, considerando a organização do trabalho; f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho; g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica; h) a descrição das medidas de controle já existentes; i) características dos fatores ambientais e demais riscos que possam influenciar na exposição ao calor e no mecanismo de trocas térmicas entre o trabalhador e o ambiente; j) estimativas do tempo de permanência em cada atividade e situação térmica as quais o trabalhador permanece exposto ao longo da sua jornada de trabalho; k) taxa metabólica para execução das atividades com exposição ao calor; e l) registros disponíveis sobre a exposição ocupacional ao calor. 8 – NR 15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES Segundo a NR 15, entende-se por Limite de Tolerância, a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará danos à saúde do trabalhador durante sua vida laboral. O exercício de trabalho em condições de insalubridade assegura ao trabalhador, a percepção de adicional, incide sobre o salário mínimo da região, equivalente a: LAUDO TÉCNICO AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO AO CALOR EM AMBIENTE DE TRABALHO * 40% (QUARENTA POR CENTO), PARA INSALUBRIDADE DE GRAU MÁXIMO; * 20% (VINTE POR CENTO), PARA INSALUBRIDADE DE GRAU MÉDIO; * 10% (DEZ POR CENTO), PARA INSALUBRIDADE EM GRAU MÍNIMO; Caso haja atividades consideradas periculosas, o trabalhador exposto fará jus ao adicional de 30% sobre seu salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa. No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa. Considera-se risco grave e eminente toda condição ambiental de trabalho que possa causar acidente de trabalho ou doença profissional com lesão grave à integridade física do trabalhador. Com a finalidade de avaliar os agentes a que os trabalhadores estão expostos, foram efetuadas as avaliações quantitativas descritas a seguir. 9 - DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE / ATENDIMENTO RÁPIDO DE SELFSELVICE Ambiente característico de cozinha industrial conforme FIGURA 1 e 2, em modelo de engenharia com estrutura de alvenaria, com cobertura de laje, paredes revestidas em cerâmica e piso em azulejo, instalações hidráulicas e elétricas, etc., padrões convencionais, iluminação natural e artificial, ventilação natural, ambientes esses equipados com forno, fogão tipo industrial, bancadas, e demais materiais e utensílios necessários a preparação de marmitas e atendimento a clientes. Figura 01 – Ambiente de Trabalho Figura 02 – Ambiente de Trabalho LAUDO TÉCNICO AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO AO CALOR EM AMBIENTE DE TRABALHO Serão analisados três postos diferentes de trabalho para os seguintes funcionários cozinheiro, auxiliar de cozinha e nutricionista. Ambos os funcionários trabalham na área conforme a FIGURA 2 (a) e (b) descritas no croqui abaixo. Figura 02 (A) – Croqui da Cozinha Industrial Fonte: Cartilha de Projeto logico Restaurante Popular Figura 02 (B) – Croqui da Cozinha Industrial Fonte: Cartilha de Projeto logico Restaurante Popular LAUDO TÉCNICO AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO AO CALOR EM AMBIENTE DE TRABALHO 9.1 - TAREFAS REALIZADAS - DURAÇÃO DAS ATIVIDADES A SEREM EXECUTADAS adair santos fernandes, figura 03 (cozinheiro): exerce tarefas de típicas de um cozinheiro. preparando alimentos e frios, de acordo com o cardápio solicitado pela nutricionista, dando credibilidade a qualidade, higiene, sabor, e ao aroma e apresentação da refeição a ser servida; inspecionando a higienização de equipamentos e utensílios; auxiliando na requisição do material necessário para a preparação dos alimentos; coordenando atividades da cozinha; participando da execução da faxina da área interna da cozinha, limpeza de máquinas, utensílios e outros equipamentos, utilizando-se de materiais adequados, para assegurar sua utilização no preparo dos alimentos; participando da distribuição da refeição no balcão; realizando corte de hortaliças, carnes vermelhas e brancas, executa outras funções inerentes ao cargo. sua duração em média ao posto de trabalho e de aproximadamente 60 minutos. Almeida Rosângela Rosário, FIGURA 03 (Auxiliar de cozinha): Exerce tarefas de típicas de uma auxiliar de cozinha. Algumas de suas atividades são: Auxiliar o cozinheiro no preparo das refeições, sobremesas, lanches, etc; Manter a ordem e a limpeza da cozinha, procedendo a coleta e a lavagem das bandejas, talheres, etc; Auxiliar no serviço de copeiragem em geral e na montagem dos balcões térmicos; Realizar serviço de limpeza nas dependências em geral do restaurante, lanchonete e cozinhas; Auxiliar na seleção de verduras, carnes, peixes e cereais para preparação do alimento; Executar outras tarefas de mesma natureza e nível de complexidade associadas ao ambiente organizacional. Suaduração em média ao posto de trabalho e de aproximadamente 60 minutos. Elizabeth Soares Cunha, FIGURA 04 (Nutricionista de produção): Exerce tarefas de típicas de uma Nutricionista de produção : Prestando toda a assistência nutricional; Elaborando as fichas técnicas para confecção do cardápio; Verificação dos cardápios; Controle higiênico-sanitário; elaboração da programação mensal dos gêneros LAUDO TÉCNICO AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO AO CALOR EM AMBIENTE DE TRABALHO alimentícios, do gás e material de consumo; elaboram termo de referência dos gêneros alimentícios; de material de consumo e material permanente. Sua duração em média ao posto de trabalho e de aproximadamente 50 minutos. Figura 03 – Cozinheiro e Auxiliar de Cozinha Fonte : Site g1.globo.Bahia Figura 04 – Nutricionista Fonte : Site Nutri Mix Assessoria Figura 05 – Exposição Constante do Cozinheiro ao Fogo Fonte : Vídeo do Youtube - Profissão: cozinheira rebocador Figura 06 – Exposição Constante da Auxiliar de cozinha Cozinheiro Fonte : Vídeo do Youtube - Profissão: cozinheira rebocador LAUDO TÉCNICO AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO AO CALOR EM AMBIENTE DE TRABALHO 10- RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DE CALOR Equipamento utilizado: Aparelho Eletrônico Monitorador de Estresse Térmico marca INSTRUTHERM, Modelo TGD – 200. Metodologia: Aparelho posicionado no local/posto de trabalho, à altura da região do corpo mais atingida observou-se o tempo de estabilização do aparelho e passou-se a efetuar leituras. AVALIAÇÕES DE CALOR AVALIAÇÃO DE Nº 01 Data de Avaliação: 03/08/2020 Tipo de exposição: Habitual e Intermitente Local: Cozinha Tipo de Atividade: Preparo de Alimentos e Cozinha Condições Climáticas: Dia claro com sol Figura 07 – Aparelho medidor de calor Fonte : Vídeo do Youtube - Usando o medidor de Stress Térmico Figura 08 – Medição do calor no Ambiente Fonte : Vídeo do Youtube WP 20150327 14 35 41 Pro LAUDO TÉCNICO AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO AO CALOR EM AMBIENTE DE TRABALHO PRINCIPAIS FONTES DE AGENTES AMBIENTAIS Físico (Calor) proveniente do cozimento de alimentos. Físico (Umidade) proveniente da lavagem da cozinha, lavagem dos equipamentos e utensílios. Químico (Sabão, Detergente, Hipoclorito de Sódio) proveniente da limpeza da cozinha, lavagem e desinfecção dos equipamentos e utensílios. Posto de Trabalho Hora TBN TBS TG IBUTG Tempo Metabolismo Atividade Bancada 13h40min 25,6 29,5 26,8 20 220 Moderada Fogão 14h10min 26,1 30,2 27,3 20 220 Moderada CONCLUSÕES De acordo com os resultados obtidos e comparados, as funções/atividades das Merendeiras as expõem ao agente Calor, sem local de descanso acima de seu Limite de Tolerância (LT até 26,7 IBUTG) de modo habitual e intermitente, com atividade classificada como Moderada. Ficando assim as atividades exercidas na cozinha consideradas como INSALUBRES, fazendo jus ao Adicional de Insalubridade em grau médio de 20% incidentes sobre o salário. Relativo à exposição a Umidade de acordo com a Portaria nº 3.214/78 MTE”, NR-15, Anexo 10, a atividade faz jus ao adicional de Insalubridade em grau médio de 20% incidente sobre o salário. Posto de Trabalho Hora TBN TBS TG IBUTG Tempo Metabolismo Atividade Bancada 13h40min 25,6 29,5 26,8 20 220 Moderada Fogão 14h10min 26,1 30,2 27,3 20 220 Moderada AVALIAÇÃO DE Nº 02 Data de Avaliação: 05/08/2020 Tipo de exposição: Habitual e Intermitente Local: Cozinha Tipo de Atividade: Auxilio ao preparo de alimentos e cozinha Condições Climáticas: Dia claro com sol LAUDO TÉCNICO AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO AO CALOR EM AMBIENTE DE TRABALHO PRINCIPAIS FONTES DE AGENTES AMBIENTAIS Físico (Calor) proveniente do cozimento de alimentos. Físico (Umidade) proveniente da lavagem da cozinha, lavagem dos equipamentos e utensílios. Químico (Sabão, Detergente, Hipoclorito de Sódio) proveniente da limpeza da cozinha, lavagem e desinfecção dos equipamentos e utensílios. CONCLUSÕES De acordo com os resultados obtidos e comparados, as funções/atividades das Merendeiras as expõem ao agente Calor, sem local de descanso acima de seu Limite de Tolerância (LT até 26,7 IBUTG) de modo habitual e intermitente, com atividade classificada como Moderada. Ficando assim as atividades exercidas na cozinha consideradas como INSALUBRES, fazendo jus ao Adicional de Insalubridade em grau médio de 20% incidentes sobre o salário. Relativo à exposição a Umidade de acordo com a Portaria nº 3.214/78 MTE”, NR-15, Anexo 10, a atividade faz jus ao adicional de Insalubridade em grau médio de 20% incidente sobre o salário. AVALIAÇÃO DE Nº 03 Data de Avaliação: 07/08/2020 Tipo de exposição: Habitual Local: Sala de Cardápio Tipo de Atividade: Elaboração do Cardápio Condições Climáticas: Dia claro com sol Posto de Trabalho Hora TBN TBS TG IBUTG Tempo Metabolismo Atividade Bancada 07:40 22,4 25,0 23,4 20 150 Leve Fogão 08:00 24,0 27,7 25,3 20 150 Leve Distribuição 08:30 22,6 24,7 23,3 20 150 Leve Estoque 08:50 22,4 24,8 23,3 20 150 Leve LAUDO TÉCNICO AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO AO CALOR EM AMBIENTE DE TRABALHO PRINCIPAIS FONTES DE AGENTES AMBIENTAIS Físico (Calor) proveniente do cozimento de alimentos. Físico (Umidade) proveniente da lavagem da cozinha, lavagem dos equipamentos e utensílios. Químico (Sabão, Detergente, Hipoclorito de Sódio) proveniente da limpeza da cozinha, lavagem e desinfecção dos equipamentos e utensílios. CONCLUSÃO Relativo à exposição ao físico (Calor), a atividade/posto de trabalho mensurado teve o LT - Limite de Tolerância (LT) não ultrapassado se comparado ao Quadro nº 3 (Anexo 3 da NR-15), não faz jus ao adicional de Insalubridade. TBN = Temperatura de bulbo úmido natural TG = Temperatura de globo IBUTG = Índice de Bubo Úmido e Termômetro de Globo LAUDO TÉCNICO AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO AO CALOR EM AMBIENTE DE TRABALHO 11 - LIMITE DE TOLERÂNCIA Anexo n.º 3, da NR15, que define os limites de tolerância para ao calor. 1. Para os fins deste item, considera-se como local de descanso ambiente termicamente mais ameno, com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade leve. 2. Os limites de tolerância são dados segundo o Quadro nº 2. QUADRO N.° 2 Tipo de Atividade e a Taxa de Metabolismo são dados pelo Quadro nº 3 Anexo nº 3 da NR15 Limite de tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com período de descanso em outro local (local de descanso). Considera-se como local de descanso ambiente termicamente mais ameno, com trabalhador em repouso ou exercendo atividade leve. M é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora, determinada pela seguinte LAUDO TÉCNICO AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO AO CALOR EM AMBIENTE DE TRABALHO fórmula: Onde: Mt = Taxa de metabolismo no local de trabalho. Tt = Soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho. Md = Taxa de metabolismo no local de descanso. Td = Soma dos tempos, minutos, em que se permanece no local de descanso. IBUTG é o valor IBUTG médio ponderado para uma hora, determinando pela seguinte formula: Onde: IBUTGt = Valor do IBUTG no local do Trabalho. IBUTGd= Valor do IBUTG no local de descanso Tt e Td = Como anteriormente definido (Tt+Td) = 60 minutos 12 – PLANTA BAIXA DA COZINHA Figura 09 – Planta Baixa da Cozinha Industrial Fonte : Pinterest LAUDO TÉCNICO AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO AO CALOR EM AMBIENTE DE TRABALHO 13- CONSIDERAÇÕES COMPLEMENTARES A NR 9.3.5.c da Portortaria 3214/78, do Ministério do Trabalho com redação dada pela Portortaria 25/94 estabelece que: “Quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR 15 ou, na ausência destes, os valores de limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Hygienists, ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnicos- legais estabelecidos”. A legislação brasileira vigente, em sua Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho, NR 15, anexo 3, não estabelece valores corretivos. 14 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL OU COLETIVOS Gorro, Luva de PVC, Avental de PVC, Bota de PVC 15 – ELIMINAÇÃO OU NEUTRALIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE “Artigo 191 da CLT – A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: I) – Com a adoção de medidas de controle que conservem o ambiente de trabalho dento dos limites de tolerância; II – Com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador que diminuam a intensidade do agente agressivo a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância”. A análise das medidas para eliminação ou neutralização da insalubridade se baseia no subitem 15.4.1 da NR -15, Portaria 3214/78 do MTE que determina: LAUDO TÉCNICO AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO AO CALOR EM AMBIENTE DE TRABALHO A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer: a) com a adoção de medida de ordem geral que conserve o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; b) com utilização de equipamentos de proteção individual. Os procedimentos a serem adotados para fornecimento dos equipamentos de proteção individual (EPI) encontram-se regulamentados na norma regulamentadora nº 06, da portaria 3.214/78 do MTE. Sendo os mais importantes o que listo a seguir: 6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; c) para atender as situações de emergência. 6.4 Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no item 6.3 O empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto no ANEXO I da NR-06. 6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI: a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; b) exigir seu uso; c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; LAUDO TÉCNICO AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO AO CALOR EM AMBIENTE DE TRABALHO g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. 6.7 Cabe ao empregado 6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI: a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; b) responsabilizar-se pela guarda e conservação; c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. 6.9 Certificado de Aprovação – CA 6.9.3 Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA. O fluxograma abaixo demonstra com clareza de detalhes os procedimentos adotados por este profissional na elaboração dos Laudos: 16 – RECOMENDAÇÕES Com base nas medições e condições térmicas na qual o trabalhador está exposto, esta atividade se torna insalubre de grau médio 20%. Para que possamos descaracterizar a insalubridade, recomenda-se medidas preventivas na qual possam reduzir a exposição da temperatura para os limites aceitáveis conforme anexo III da NR 15, segue abaixo as recomendações: - Instalar mais janelas de visita de modo que se possa deixa-las abertas para a troca de calor do ambiente externo com o interno. LAUDO TÉCNICO AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO AO CALOR EM AMBIENTE DE TRABALHO - Utilizar o exaustor já existente do forno, mantendo o mesmo funcionando á uma rotação de 1000 rpm, para fazer a troca térmica amenizando a temperatura exposta. - Após implementação das ações acima, realizar nova medição para avaliar os resultados obtidos, caso ainda não tenha reduzido os valores da exposição térmica, recomenda-se fazer revezamento da equipe para a realização da atividade. 17 – TERMINOLOGIA - ACGIH – American Conference of Governamental Industrial Hygienists ( Conferência Americana Governamental de Higiene Industrial), associação profissional norte- americana, dedicada aos aspectos técnicos e administrativos da Saúde Ocupacional e Ambiental. - Avaliação Qualitativa – Avaliação de riscos ambientais realizada apenas através de inspeção nos locais de trabalho. - FUNDACENTRO – Fundação Jorge Duplat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, órgão de pesquisa e desenvolvimento em Segurança e Higiene do Trabalho, do Ministério do Trabalho. - Grau de Risco – Classificação de atividades econômicas, presente na Norma Regulamentadora NR-04, conforme o risco apresentado. A gradação vai de 1 à 4, em ordem crescente de potencial de risco. - Limites de Exposição – Os limites de exposição (TLV – Threshold Limit Values ), adotados pela ACGIH, referem-se às concentrações das substâncias químicas dispensas no ar e representam condições sob as quais acredita-se que a maioria dos trabalhadores possa estar exposta, repetidamente, dia após dia, sem sofrer efeitos adversos à saúde. - Limite de Tolerância – Entende-se por limite de tolerância, a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao LAUDO TÉCNICO AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO AO CALOR EM AMBIENTE DE TRABALHO agente insalubre, que não causará danos à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral. - NTH – Normas de Procedimentos em Higiene do Trabalho, normas criadas pela FUNDACENTRO, para estabelecer procedimentos de avaliação e análise de agentes físicos e químicos em ambientes de trabalho. - NIOSH – National Institute for Occupational Safety and Health (Instituto Nacional para Saúde Segurança Ocupacional) órgão do governo norte-americano, semelhante a FUNDACENTRO no Brasil. - Riscos Ambientais – São agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, por sua concentração ou intensidade, e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. - Risco Grave e Iminente – Considera-se risco grave e iminente toda condição ambiental de trabalho que possa causar acidente de trabalho ou doença profissional com lesão grave à integridade física do trabalhador. LAUDO TÉCNICO AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO AO CALOR EM AMBIENTE DE TRABALHO 18 - BIBLIOGRAFIA CANAL AQUAVIARIO. Profissão: Cozinheira rebocador. 10 de abr de 2017.Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=xj_mSk8Pu8M Acesso em 09 de agosto de 2020. CANAL ERGO DROPS. Usando o medidor de Stress Térmico. 16 de set. de 2016 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=tMNgaZSjV1k Acesso em 09 de agosto de 2020.CANAL AGENOR SILVEIRA. WP 20150327 14 35 41 Pro.08 de Jan. de 2016. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MtQW9JhpdTw Acesso em 09 de agosto de 2020. CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO ( CLT ). Normas regulamentadoras de relações individuais e coletivas de trabalho. Disponível em < https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-atualizada- 2019.pdf>. Acesso em 09 de Agosto de 2020. FUNDAÇÃO JORGE DUPRAT FIGUEIREDO DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO (FUNDACENTRO ). Norma de Higiene Ocupacional. NHO 06 Avaliação da exposição ocupacional ao calor. Disponível em < https://futurelegis.com.br/legislacao/34169/Nho-06-Norma-de-Higiene-Ocupacional- Fundacentro > . Acesso em 09 de Agosto de 2020. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO (MTE). Normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho. NR 15 Atividades e operações insalubres. Disponível em < https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-atualizada- 2019.pdf>. Acesso em 09 de Agosto de 2020. NORMAS REGULAMENTADORAS – NR – Portaria 3.214/78 e SEPRT n.º 1.359/2019 Vitória, 11 de agosto de 2020. https://www.youtube.com/watch?v=xj_mSk8Pu8M https://www.youtube.com/channel/UCK74oU_m-QIovdjieXdD3iw https://www.youtube.com/watch?v=tMNgaZSjV1k https://www.youtube.com/channel/UClWlO5vrwNWVmp7Wmv6ML2g https://www.youtube.com/watch?v=MtQW9JhpdTw https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-atualizada-2019.pdf https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-atualizada-2019.pdf https://futurelegis.com.br/legislacao/34169/Nho-06-Norma-de-Higiene-Ocupacional-Fundacentro https://futurelegis.com.br/legislacao/34169/Nho-06-Norma-de-Higiene-Ocupacional-Fundacentro https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-atualizada-2019.pdf https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-atualizada-2019.pdf
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