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SAP 02 Rec Parecer Técnico NR 15

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PARECER TECNICO Nº002
RELATORIO DA ANÁLISE DE TRABALHADORAS EXPOSTAS A AMBIENTE DE TEMPERATURA ELEVADA.
O presente parecer, a ser solicitado pela empresa FrigoBem, foi realizado no dia 30 de abril de 2022. O local de trabalho base para esse estudo foi o setor da padaria. Ele tem por objetivo analisar informações recebidas sobre a exposição ocupacional ao calor pelas colaboradoras da empresa FrigoBem. A necessidade de tal documento se dá em virtude da comprovação da exposição ao risco iminente e a tomada de medidas de controle pela empresa. As atividades desenvolvidas pelas reclamantes são: Preparação dos pães e todo seu processo de produção. Para a construção legal deste documento, foram utilizadas as normas: A norma regulamentadora de Nº15 e a NHO 06.
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
1.1) OBJETIVO
O presente parecer técnico tem por finalidade realizar uma averiguação e análise referente as atividades exercidas pelas colaboradoras da empresa FrigoBem. Onde se encontram expostas aos riscos relacionados a sua atividade e ao ambiente de trabalho.
1.2) AVERIGUAÇÃO PRESENCIAL
Durante processo de visita foi constatado a necessidade de análise dos seguintes documentos: Ficha de recebimento e registro de treinamento do uso correto dos EPI’s e Laudo ambiental da empresa (Laudo técnico das condições ambientais de trabalho).
Tornou-se necessário a verificação das características construtivas do ambiente de trabalho, a inspeção dos locais onde as trabalhadoras realizam suas atividades e uma entrevista com gestor responsável pela administração do local.
2. DESCRIÇÃO DO LOCAL DE TRABALHO
A rede FrigoBem possuem diversos estabelecimento, no qual cada um deles tem uma padaria interna com três colaboradoras que são divididas em dois turnos com jornada de trabalho de oito horas. O espaço possui 20m², com balcão de atendimento na área externa da padaria. As colaboradoras realizam diversas atividades que necessitam atenção, força física, energia e paciência. Durante a produção do produto acabado as trabalhadoras precisam pesar os materiais, mistura, sovar a massa, fermentação e assar as massas. 
Devido ao pequeno espaço de trabalho, as mulheres são expostas ao calor dos fornos industriais que podem atingir até 211°C, onde sua bancada de trabalho fica ao lado dos fornos. Nos dias mais quentes do ano a temperatura interna fica bastante elevada devido a falta de ventilação adequada ao local, onde apenas possuem quatro janelas tipo ventarola.
Durante toda a jornada de trabalho, as empregadas permanecem de pé e se movimentando com constância, utilizando de seus membros superiores para sovarem a massa e executar a movimentação dos insumos nas bancadas, assim como o deslocamento constante em todo o espaço da padaria.
3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
As trabalhadoras, na função de padeiras, exercem as seguintes atividades:
a) Pesar os ingredientes;
b) Colocar os ingredientes na amassadeira;
c) Ligar a amassadeira para que os ingredientes sejam misturados e amassados;
d) Retirar a massa da amassadeira;
e) Colocar a massa sobre a bancada para descansar;
f) Cilindrar a massa;
g) Modelar a massar, passando-a pelo modelador;
h) Formatar a massa;
i) Abrir o forno para colocar a massa para assar;
j) Retirar do forno os pães, biscoitos ou bolos.
4. APARALEHO UTILIZADO PARA AVALIAÇÃO DO AMBIENTE
Para avaliação do Calor foi utilizado um termômetro de globo modelo TGD-200, composto de indicador e módulo-sensor com 3 sondas, indica a temperatura de globo, bulbo seco, bulbo úmido e efetua o cálculo de IBUTG interno e externo. Sonda de globo com sensor central em PT-100 - classe A, norma DIN 43760. Sonda de bulbo seco e úmido com haste em PT – 100 – Classe A, norma DIN 43760. Temperatura de operação 0 a 100°C, precisão de +- 0,1°C.
5. AVALIAÇÃO DO RISCO
Risco Físico: Sobrecarga Térmica.
A avaliação a exposição ao calor foi feita utilizando-se do “índice de bulbo úmido – termômetro globo” (IBUTG), previsto na norma regulamentadora n°15 (atividades e operações insalubres) – Anexo nº 3(Limites de tolerância para exposição ao calor) da portaria 3214 de 8 de junho de 1978.
O IBUTG, é um índice de sobrecarga térmica definido por uma equação matemática que correlaciona todos os parâmetros ambientais, ou seja, temperatura, umidade do ar, velocidade do ar, calor radiante e o tipo de atividade desenvolvida pelo trabalhador. 
De acordo com o quadro nº 3 do anexo nº 3 da NR 15 (portaria 3214 do MTE de 8 de junho de 1978), o tipo de atividade desenvolvida pelo trabalhador é moderado (De pé, trabalho moderado em máquinas ou bancadas, com alguma movimentação e em movimento (trabalho moderado de levantar ou empurrar).
Com isso, com base no quadro nº 1 do anexo nº 3 da NR 15, o limite de tolerância para exposição ao calor em regime de trabalho contínuo num tipo de atividade moderada é de 26,7 IBUTG.
O levantamento quantitativo do IBUTG foi realizado durante o momento mais quente do dia próximo ao forno, na bancada trabalho. Durante a medição foi colocado massa no forno. O IBUTG obtido foi de 29. Fora dos limites estabelecidos.
6. CONCLUSÃO
Diante do exposto deste parecer técnico e de conformidade com a portaria 3.214 de 08 de junho de 1978 do ministério do trabalho e emprego – norma regulamentadora n° 15, conclui-se que as trabalhadoras se encontram em ambientes insalubres. A empresa FrigoBem, na qual solicitou parecer técnico, terá de adequar o ambiente de trabalho tornando-o salubre por aplicar o que propõe a NH 06 tópico 10.2 página 43, onde se ler:
“As medidas corretivas visam reduzir a exposição a valores abaixo do limite considerado, devendo ser adotadas conforme as recomendações estabelecidas no critério de julgamento e na tomada de decisão apresentadas no subitem 9.1. Entre as diversas medidas corretivas, podem ser citadas:
• modificação do processo ou da operação de trabalho, tais como, redução da temperatura ou da emissividade das fontes de calor, mecanização ou automatização do processo;
• utilização de barreiras refletoras ou absorventes;
• adequação da ventilação;
• redução da umidade relativa do ar;
• alternância de operações que geram exposições a níveis mais elevados de calor com outras que não apresentem exposições ou impliquem exposições a menores níveis, resultando na redução da exposição horária;
• reorganização de bancadas e postos de trabalho;
• alteração das rotinas ou dos procedimentos de trabalho;
• introdução de pausas;
• disponibilização de locais climatizados ou termicamente mais
amenos para recuperação térmica.”
Com base na visita técnica, identificou-se também a necessidade de adequação de bancadas, locais de assentos, espaço para almoço e a necessária adaptação do ambiente ao perfil das empregadas, conforme disposto na Norma regulamentadora de N° 17, que diz:
“17.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR visa estabelecer as diretrizes e os requisitos que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar conforto, segurança, saúde e desempenho eficiente no trabalho.”
Após adequação do ambiente, tornar-se-á necessário uma nova análise IBUTG, onde verificará se os novos ajustes reduziram os riscos eminentes de moderado a leve, tornando-o seguro e confortável. 
Alagoinhas - Bahia, 03 de maio de 2022
Natanael do Nascimento Pereira Neto
Técnico em segurança do Trabalho
ALAGOINHAS
2022
INSPEÇÃO DE SEGURANÇA E SUAS ANÁLISES
A avaliação de risco é primordial para se identificar os passivos e ativos capazes de causar danos ao trabalhador dentro do seu ambiente de trabalho. Essa avaliação precisa ser baseada em conceitos técnicos e práticos, seguida do conhecimento das normas trabalhistas contidas nas leis federais, estaduais e municipais. Tendo em vista que a existência delas tem como objetivo principal garantir um ambiente de trabalho seguro e confortável para o colaborador mediante a atividade e condições apresentadas.
Com isso a contratação de pessoas treinadas e qualificadas para avaliar as atividades é crucial, tornando obrigatório a existênciado técnico de segurança, conforme expressa na NR4:
“4.4 - Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho devem ser compostos por Médico do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho e Auxiliar ou Técnico em Enfermagem do Trabalho, obedecido o Quadro II desta NR.”
Entendendo isso, foi contratado um profissional técnico de segurança do trabalho para avaliar a condição e os riscos existentes no ambiente trabalho, pela empresa FrigoBem S/A com o objetivo de eliminar os riscos de acidentes ou em suas circunstâncias preveni-los.
Tendo em vista suas atribuições e para qual objetivo foi contratado o técnico em segurança do trabalho realizou suas analisas aplicando os procedimentos encontrado na PPRA, segundo portaria Mtb 3.214 de 08 junho de 1978 contidas na NR 9, levantando todos os riscos de cada atividade. Porém, por motivos não relatado, não foi identificado durante análise os possíveis ruídos existentes no local, obrigando a realizar uma nova com a obra em andamento.
Para seguir com o levantamento dos riscos foi realizado pelo próprio técnico uma análise de ruído utilizando um dosímetro, aparelho esse que mede com precisão os ruídos existentes dentro de uma área específica. Contudo, os testes foram realizados de forma errônea, podendo trazer resultados imprecisos, embora durante testes o técnico em segurança do trabalho tenha demonstrado conhecimento na utilização do equipamento e das normas regulamentadoras. Porém, ficou evidente, que o mesmo desconhecia sua aplicabilidade prática no ambiente de trabalho. Tais erro encontrados no processo de perícia foram:
· Medição incorreta do ambiente mediante tempo x exposição, não cobrindo totalmente jornada de trabalho.
· Necessidade de cálculo de tempo de permanência do trabalhador x dB para averiguar jornada de trabalho
· Não se observou durante medidas que os trabalhadores se alimentavam no mesmo ambiente de trabalho continuando exposto aos riscos.
Conforme expressa na NR 15 sobre a avaliação de ruídos é preciso avaliar as seguintes circunstâncias:
”1. Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de aplicação de Limites de Tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto.
2. Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação “A” e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.
3. Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância fixados no Quadro deste anexo.”
Logo, com base na norma regulamentadora, o tempo do empregado em exposição ao ruído é o limite exigido na norma. Podendo indicar para fins de cobertura maior da aplicabilidade da lei e da segurança do trabalhador um protetor tipo plug, que atenderia a necessidade e causaria menos impacto financeiro a empresa. 
Com isso, existem de fato alguns desvios na primeira análise realizada, que não a invalida, porém torna necessários ajustes e uma nova avaliação, tendo em vista que a obra esta em andamento e precisará ser concluída em 30 dias cumprindo normas trabalhistas que salvaguardem os empregados, que em sua totalidade, representam o elo mais frágil dessa cadeia.
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