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Tutoria problema 2 UC 3 - GERAL

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ABERTURA PROBLEMA 02 / UC 03
Unifan, Aparecida de Goiânia , 06/05/2021 
TUTORIA PARTE GERAL PROBLEMA 02 / UC 03
TERMOS DESCONHECIDOS:
 SI-PNI – Sistema de informação nominal do programa nacional de imunização
PATOGENICIDADE – Grau de capacidade patogênica.
AUTÓCTONE – Que ou quem é natural do país ou da região em que habita descende das raças que ali sem viveram.
VIRULÊNCIA – Gravidade da doença / Grau de letalidade
IDEIA CENTRAL : Vigilância epidemiológica
CHUVA DE IDEIAS : 
-IMUNIZAÇÃO
-VIRULÊNCIA 
-TRATAMENTO
-MORBIDADE
-VIGILÂNCIA SANITÁRIA
-SECRETARIA DE SAÚDE 
-DOENÇAS VEICULADAS POR VETOR 
-CONTROLE DE VETORES
-MICRO-ORGANISMOS
-CICLO EVOLUTIVO
-CAMPANHAS
-SI-PNI
-FEBRE AMARELA
-PROCESSO DE VACINAÇÃO
-DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
-AGENTE ETIOLÓGICO; CICLO EVOLUTIVO, FORMAS DE TRANSMISSÃO, VETOR, HOSPEDEIRO, RESERVATÓRIO,FORMAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE.
OBJETIVOS:
1-DISCORRER SOBRE OS TIPOS DE VIGILÂNCIA (EPIDEMIOLÓGICA, SANITÁRIA, SAÚDE)
Vigilância Epidemiológica: é o conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças e agravos.
Vigilância Sanitária: é o conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde
Vigilância à Saúde: é o conjunto de ações com o objetivo de conhecer, prever, prevenir e enfrentar os problemas de saúde. É como uma “mistura” de vigilância epidemiológica com vigilância sanitária.
O objetivo principal é fornecer orientação técnica permanente para os profissionais de saúde, que têm a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos, tornando disponíveis, para esse fim, informações atualizadas sobre a ocorrência dessas doenças e agravos, bem como dos fatores que a condicionam, numa área geográfica ou população definida. E ainda, constitui-se importante instrumento para o planejamento, a organização e a operacionalização dos serviços de saúde, como também para a normatização de atividades técnicas afins. 
2-DESCREVER O PAPEL DO SI-PNI E OS OUTROS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO.
Os Sistemas de Informação da Saúde (SIS) são compostos por uma estrutura capaz de garantir a obtenção e a transformação de dados em informação, em que há profissionais envolvidos em processos de seleção, coleta, classificação, armazenamento, análise, divulgação e recuperação de dados.
SI-PNI
Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações
O SI-PNI, implantado em todos os municípios brasileiros, objetiva orientar as ações do Programa Nacional de Imunizações (PNI). É constituído por sete módulos:
• Avaliação do Programa de Imunizações (API); 
• Estoque e Distribuição de Imunobiológicos (EDI); 
• Apuração dos Imunobiológicos Utilizados (AIU); 
• Eventos Adversos Pós-Vacinação (EAPV); 
• Programa de Avaliação do Instrumento de Supervisão (PAIS);
Programa de Avaliação do Instrumento de Supervisão em Sala 
de Vacinação (PAIS-SV); 
• Sistema de Informações dos Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais (Sicrie)
Os dados coletados referem-se ao número de indivíduos vacinados, à movimentação dos imunobiológicos (estoque, distribuição, utilização, perdas técnicas e físicas) e à notificação de eventos adversos. Na Internet, estão disponíveis dados sobre o número de doses aplicadas, desagregados por tipo de vacina, por dose recebida, por faixa etária e por município, além de dados referentes à cobertura da população de menores de um ano de idade e de outras faixas etárias.
SIM: Sistema de informação sobre mortalidade, o instrumento de coleta utilizado nesse sistema é a declaração de óbito e sua aplicação será nos estudos de mortalidade e vigilância de óbitos.
SINASC: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, o instrumento de coleta é a declaração de nascidos vivos e sua aplicação é na monitoração da saúde da criança e da mulher
SINAN: Sistema de Informação de Agravos de Notificação. O instrumento de coleta desse sistema é a ficha de notificação e investigação e sua aplicação é na monitoração de agravos sob notificação, surtos, epidemias etc.
SIH: Sistema de Informações Hospitalares, o instrumento de coleta é a autorização de internação hospitalar (AIH), sua aplicação é importante no que se refere a morbidade hospitalar, gestão hospitalar, custeio da atenção hospitalar.
3-RELATAR AS FORMAS DE INVESTIGAÇÃO E ANALISE DOS DADOS EPIDEMIOLÓGICOS.
A investigação epidemiológica deve seguir um roteiro básico: a construção da questão e formulação das hipóteses de pesquisa, a definição da estratégia de investigação, a seleção de técnicas de produção de dados, o trabalho de campo e a sistematização e análise dos dados coletados. 
A formulação da hipótese resulta inicialmente da construção de um quadro teórico baseado em um estudo cuidadoso da literatura científica específica sobre um dado assunto. Sua formulação propriamente dita deverá ser feita em termos probabilísticos, de modo à antecipadamente indicar com precisão e objetividade a natureza das medidas e a direção das associações em estudo. 
Em relação à definição da estratégia de investigação, o instrumental da Epidemiologia engloba quatro estratégias básicas de pesquisa: estudos ecológicos, estudos do caso controle, estudos de coorte, e estudos seccionais (ou de prevalência). 
Posteriormente, o trabalho de campo constitui-se no processo de produção de dados referentes às variáveis estudadas, através do emprego criterioso das técnicas de coleta dentro da estratégia de investigação selecionada. Na última fase realiza-se a sistematização e análise dos dados coletados de modo a abordar de forma efetiva o problema da investigação, transformando os dados em informação útil, por meio do teste das hipóteses da investigação.
4-CONCEITUAR VIRULÊNCIA, PATOGENICIDADE, VETOR, HOSPEDEIRO, RESERVATÓRIO E INFECTIVIDADE (RELACIONADO COM A FEBRE AMARELA).
Infectividade – é a capacidade do patógeno de ser transmitido horizontalmente e multiplicado no novo hospedeiro, gerando a infecção.
 Patogenicidade – é a capacidade do patógeno de, uma vez instalado no organismo (após infecção), fazer o hospedeiro apresentar os sinais e sintomas da doença. Refere-se à capacidade do patógeno de vencer as barreiras internas do hospedeiro, iniciando seus efeitos sistêmicos característicos. 
Virulência – é a capacidade de uma doença de produzir casos graves ou fatais.
Vetor: Os vetores são organismos que podem transmitir doenças infecciosas entre os seres humanos ou de animais para humanos.
Hospedeiro: é um organismo que abriga outro em seu interior ou carrega sobre si, seja este um parasita ou um mutualista. O hospedeiro, é o organismo que habita um parasita em seu corpo, este parasita pode ou não causar doença no hospedeiro. Há o hospedeiro definitivo, que apresenta o parasita em sua fase de maturidade ou na sua forma sexuada, o hospedeiro intermediário que apresenta o parasita em sua fase larvária e assexuada e, por fim, o hospedeiro paratênico ou de transporte, que é o ser vivo que serve de refúgio temporário e de veículo até que o parasita atinja o hospedeiro definitivo, sendo que, neste caso, o parasita não evolui no hospedeiro.
O ciclo evolutivo deste mosquito tem início no momento em que uma fêmea adulta deposita seus ovos nas paredes dos reservatórios com água limpa, parada e normalmente após sete dias, a larva cresce e vira pupa e, dois dias depois, o mosquito está completamente formado e pronto para picar. 
Os ovos do mosquito são muito resistentes e sobrevivem até mesmo por um ano num local seco e quando este local recebe água limpa, em cerca de meia hora de submersão este ovo pode se desenvolver. Este mosquito leva em média 10 dias para se desenvolver e vive durante 30 dias. Uma única fêmea produz e 60 a 120 ovos em cada ciclo reprodutivoe pode ter mais de três ciclos durante sua vida. 
A febre amarela é um arbovírus do gênero Flavivirus que possui dois ciclos: urbano e silvestre. No urbano, o vetor, mosquito Aedes aegypti, transmite através da picada o vírus para o seu hospedeiro único, o ser humano. Seu reservatório são locais com água parada. O silvestre possui três vetores diferentes: Aedes, na África, Haemagogus, na América, e Sabethes, também na América. Seus hospedeiros são os macacos, classificados como amplificadores, e o ser humano, como o definitivo. Somente o vetor atua como reservatório, pois permanece infectado para sempre, enquanto os hospedeiros adoecem e morrem.
5- DEFINIR A IMPORTÂNCIA DA COBERTURA E DA HOMOGENIZAÇÃO VACINAL.
As vacinas são de extrema importância para a prevenção das doenças e controle de patologias, estudos apontam que elas são capazes de evitar quatro mortes por minuto. As imunizações são muito importantes para a saúde pública. Alguns exemplos da importância podem ser citados: 
 Estimular a resposta da nossa imunidade; 
 Permitir que a memória imunológica possa desenvolver uma resposta rápida e controlar a infecção natural;
 Prevenir a manifestação da doença na pessoa vacinada; 
 Proteger a população de doenças causadas por vírus e bactérias; 
 Reduzir drasticamente o risco de morte e de epidemias. 
No Brasil, enfrentamos desafios de baixas coberturas vacinais em muitas regiões, o que representa a maior ameaça para o ressurgimento de doenças atualmente controladas. Todas as doenças controladas por vacinas têm chance de ressurgir caso as coberturas vacinais voltem a cair. As vacinas estimulam o sistema imunológico a desenvolver anticorpos e células que combatem as infecções e impedem que a pessoa vacinada venha a contrair essas doenças, se expostas em algum momento da vida. 
As vacinas também são essenciais para proteger as crianças contra doenças infecciosas, como sarampo, caxumba, rubéola e coqueluche, que podem levar à morte. Crianças, principalmente menores de cinco anos, possuem o sistema imunológico mais frágil. Inúmeras doenças contra as quais as crianças são imunizadas no Brasil são raras devido aos programas de vacinação em massa. 
Algumas vacinas são obrigatórias, como é o caso dos imunizantes indicados no Plano Nacional de Vacinação (PNI). Essas imunizações são consideradas obrigatórias para crianças e adolescentes, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) A vacinação de crianças, adolescentes, adultos e idosos é importante tanto para a prevenção de doenças infecciosas para o grupo específico, quanto para a proteção coletiva. Hoje as vacinas devem ser uma prioridade para a saúde pública. 
Atingir altas coberturas vacinais é um desafio para todos e exige pesquisas sobre estratégias que possam permitir a superação dos obstáculos e o alcance de melhores resultados. Ao se vacinar, não estamos protegendo só a nós mesmos ou a nossa família e sim toda uma comunidade.
6-DIFERENCIAR CASOS AUTÓCTONES E CASOS IMPORTADOS E SUA IMPORTÂNCIA NO INQUÉRITO EPIDEMIOLÓGICO.
- Caso autóctone: caso contraído pelo enfermo na zona de sua residência.
- Caso importado: caso contraído fora da zona onde se fez o diagnóstico. O emprego dessa expressão dá a ideia de que é possível situar, com certeza, a origem da infecção numa zona malárica conhecida.
O INQUÉRITO EPIDEMIOLÓGICO é um estudo seccional, geralmente realizado em amostras da população, levado a efeito quando as informações existentes são inadequadas ou insuficientes, em virtude de diversos fatores, dentre os quais se podem destacar:
· notificação imprópria ou deficiente;
· mudança no comportamento epidemiológico de uma determinada doença;
· dificuldade na avaliação de coberturas vacinais ou eficácia de vacinas;
· necessidade de se avaliar eficácia das medidas de controle de um programa;
· descoberta de agravos inusitados.
 
Em outras palavras, o INQUÉRITO EPIDEMIOLÓGICO é levantamento epidemiológico feito por coleta ocasional de dados, quase sempre por amostragem, que fornece dados sobre a prevalência de casos clínicos ou portadores em determinada comunidade.
Dentre os diversos tipos de casos utilizados para fins de vigilância epidemiológica, utilizam-se as seguintes categorias:
Caso suspeito: o indivíduo que apresenta alguns sinais e sintomas sugestivos de um grupo de agravos que compartilha a mesma sintomatologia. Exemplo: pessoa que apresenta quadro agudo de infecção, independente da situação vacinal.
Caso suspeito de rubéola é aquele que, independentemente do estado vacinal, apresenta quadro agudo de exantema máculo-papular e febre baixa.
Caso provável: um caso clinicamente compatível, sem identificação de vínculo epidemiológico ou confirmação laboratorial.
Exemplo: Na rubéola, é todo caso suspeito que apresente exantema máculo-papular de início agudo, febre, se medida, maior que 37 graus Celsius, e um ou mais dos seguintes sintomas: artralgia, artrite ou linfoadenopatia ou conjuntivite.
Caso confirmado: um caso que é classificado como confirmado para os propósitos de notificação e segundo os seguintes critérios:
Clínico: é o caso que apresenta somente os achados clínicos compatíveis com a doença, cujas medidas de controle foram efetuadas.
Exemplo: Na difteria, a confirmação clínica se dá quando houver placas comprometendo pilares ou úvula, além das amígdalas; ou placas nas amígdalas, toxemia importante, febre baixa desde o início do quadro e evolução, em geral, arrastada.
Laboratorial: é o caso que apresentou teste laboratorial reativo para detecção de vírus, bactérias, fungos ou qualquer outro microrganismo. Por exemplo, provas bacterioscópicas (identificação do bacilo de Köch no escarro), bacteriológicas, isolamento de bactéria por CIE, imunológicas (sorologia para detecção de anticorpos da hepatite viral B).
Exemplo: No sarampo, os casos confirmados laboratorialmente são todos aqueles cujos exames apresentarem IgM positivo para sarampo em amostras coletadas do 1o ao 28o dia do início do exantema.
Vínculo epidemiológico: um caso no qual a) o paciente tem tido contato com um ou mais pessoas que têm/tiveram a doença ou tem sido exposto a uma fonte pontual de infecção (i.e., uma única fonte de infecção, tal como um evento que leva a um surto de toxinfecção alimentar, para a qual todos os casos confirmados foram expostos) e b) história de transmissão do agente pelos modos usuais é plausível. Um caso pode ser considerado vinculado epidemiologicamente a outro caso confirmado se pelo menos um caso na cadeia de transmissão é confirmado laboratorialmente.
Exemplo: No sarampo, os casos confirmados por vínculo epidemiológico são aqueles que apresentam quadro clínico sugestivo de sarampo, tendo como fonte de infecção comprovada um ou mais casos de sarampo com confirmação laboratorial, diagnosticado no período de 21 dias, precedendo o caso atual. Na raiva, é todo paciente com quadro compatível de encefalite rábica, sem possibilidade de diagnóstico laboratorial, mas com antecedente de exposição a uma provável fonte de infecção, em região com comprovada circulação de vírus rábico.
Descartado: aquele caso que não atende aos requisitos necessários à sua confirmação como uma determinada doença.
Durante períodos de surto, os casos que estão epidemiologicamente associados ao surto podem ser aceitos como casos, enquanto que nos períodos não-epidêmicos, informação sorológica ou outros dados mais específicos podem ser necessários.
http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-16731999000400005

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