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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA CAMPUS ITAPORANGA CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO DISCIPLINA: FILOSOFIA IV TURMA: 4° ANO VESPERTINO ALUNO: FERNANDO GOMES EVANGELISTA PARALELO TEMÁTICO ENTRE O FILME “O PREÇO DO AMANHÔ E O PENSADOR KARL MARX ITAPORANGA – PB 2020 FERNANDO GOMES EVANGELISTA PARALELO TEMÁTICO ENTRE O FILME “O PREÇO DO AMANHÔ E O PENSADOR KARL MARX Paralelo temático entre o filme “o preço do amanhã” e o pensador Karl Marx apresentado o Prof. Anderson José de Oliveira da disciplina de Filosofia IV do Curso Técnico em Edificações Integrado ao Ensino Médio do Instituto Federal da Paraíba – Campus Itaporanga, como requisito para obtenção parcial da 1° nota referente ao 1º bimestre. Orientadora: Prof. Anderson José de Oliveira ITAPORANGA – PB 2020 O filme “O Preço do Amanhã” (EUA, 2011), dirigido por Andrew Nicool e elencado por Justin Timberlake, Amanda Seyfried, Cillian Murphy, Olivia Wilde, Alex Pettyfer, Matt Bomer, Johnny Galecki, Vincent Kartheiser e Elena Satine, conta a vida de Will Salas, que é um jovem trabalhador que perde sua mãe devido aos grandes aumentos das passagens de ônibus, que são pagos em “tempo”. No decorrer do filme, Will recebe mais de um século de um milionário que já não conseguia viver em tal condições, logo após, ele passa as diversas fronteiras (que custa muito caro para a população mais pobre) e conhece a filha de um ricão. No longa as pessoas crescem até os 25 anos, e após isso não envelhecem mais. Para isso, é necessário trabalhar dia após dia, pois sua vida esta diretamente ligado ao tempo que é recebido por horas trabalhadas. No braço dessas pessoas está presente seu tempo de vida, um tipo de relógio. Will é de família pobre, e para sua sobrevivência trabalha arduamente. Tudo muda quando ele recebe mais de século de tempo de um milionário. Por ter perdido sua mãe pelos súbitos aumentos das tarifas de ônibus, Will já não ver motivos para viver, então decide sair mundo a fora, pagando altas tarifas para atravessar fronteiras que chegarão as classes mais altas da sociedade. Chegando lá, Will conhece a filha de um ricão, que a sequestra e passam a viver vários momentos “incríveis” juntos. Por possuir um grande tempo de vida, Will chama a atenção dos guardiões do tempo, que é tipo de polícia que impede infrações das pessoas em relação ao tempo. Então, ele passa a ser procurado por esses policiais. Junto com a filha do ricão ele consegue escapar dos policiais. O longa traz a realidade em que vivemos, onde poucos tem muito e tantos tem pouco. Na realidade em que vivemos, podemos perceber a quantidade de pessoas que não possuem condições básicas de subsistência, como é o caso dos moradores de rua, que acordam e se deparam com nada para se alimentar, e não sabem o que será que vão comer, ou se vão ter algo para comer naquele dia. Partindo para o lado do filme, os pobres têm seus dias contados, e para mais um dia de vida é necessário trabalhar arduamente, mais eis a questão, e se não houver o trabalho para esse indivíduo?. Para que poucos sejam imortais, muitos precisam morrer, isso se passa no filme, no qual é um tipo de controle populacional, para evitar a superpopulação. No capítulo 2 – o processo de troca, para que acontecesse a troca, é necessário uma força maior, o homem, que segundo Karl Marx são os guardiões da mercadoria. Esse processo pode ser impactado quando um outro tentar agir de má- fé, se apropriando de forma passiva ou violenta da mercadoria alheia. Segundo Marx, “todas as mercadorias são não-valores de uso para seus possuidores e valores de uso para seus não-possuidores” (pag. 150). Por esse motivo é necessário a troca, para satisfazer ambas as partes. Portanto, para que ocorra esse processo, deve haver necessidade de uso de cada mercadoria. Esse processo de troca passa a acontecer de forma constante, devido à necessidade de cada um, com isso, certas mercadorias se tornam mais valorizadas, podendo se cristalizar também como forma de dinheiro, que na verdade também é um tipo de troca. Hoje em dia o processo de troca ocorre com menos frequência do que na antiguidade, quando nos referimos ao processo de troca dinheiro-mercadoria, percebe-se que vem aumentando cada vez mais, pois tudo basicamente é adquirido pelo dinheiro. No filme, o processo de troca ocorre basicamente no tempo de vida, no qual o homem troca um tempo de sua vida por um café, por exemplo. Tudo gira em torno do tempo, que é adquirido por horas de trabalho. Para que uma pessoa possa se tornar “rica” é muito difícil, pois as horas trabalhadas só dá pra escapar mais um dia. O capítulo 5 – o processo de trabalho e o processo de valorização, ressalta que o comprador adquire a força de trabalho para lucrar com isso, ou seja, o dono da fábrica paga uma quantia ao operário que dará um retorno para o seu patrão. Assim, o objetivo do trabalhador é manter o negócio do patrão de pé, trabalhando não só para ele, e para si mesmo. Buscando objetivamente metas para seu futuro. Fazendo um paralelo com o filme, o homem tem necessariamente que trabalhar, pois sem o tempo adquirido pelo trabalho ele morre. Ao contrário do trabalho tradicional, os operários participam apenas da produção de uma peça do material produzido, desse modo, não sabe-se ao menos o que será construído naquela fábrica. Todo o valor adquirido é direcionado ao capitalista, que por sua vez paga uma quantidade muito baixa em relação ao seu lucro. No filme, as pessoas trabalham para sobreviver, produzindo assim, capital para os donos das fábricas. Desse modo, os donos de fábricas tonam-se cada vez mais ricos (adquirem muitos anos de vida), e os pobres que querem usufruir desses produtos muitas vezes adquirem, restando poucos dias de vida. O capítulo 18 – o salário por tempo, ressalta que o a força de trabalho ocorre por determinados períodos de tempo. Analogamente, no filme isso ocorre forma “tempo por tempo”, ou seja, para que uma pessoa possa ter mais tempo de vida, ela precisa trabalhar para receber mais tempo Para que o homem possa viver em boas condições é preciso trabalhar arduamente. Neste capítulo do livro ressalta que quanto mais trabalha, mais o homem recebe uma quantidade de dinheiro não compatível para tais condições, já no filme, o homem trabalha para receber mais tempo de vida, que se quer dar para pagar as tarifas de ônibus para chegar vivo em casa ou trabalho.
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