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18
 (
Sistema de Ensino Presencial Conectado
ciências contábeis
)
 (
gelci brum martins strieder
)
 (
produção textual interdisciplinar 
INDIVIDUAL
GESTÃO INDUSTRIAL
)
 (
Pelotas
201
3
)
 (
gelci brum martins strieder
)
 (
produção textual interdisciplinar INDIVIDUAL
GESTÃO INDUSTRIAL
)
 (
Trabalho apresentado ao Curso de Ciências Contábeis da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, Produção Textual em Grupo do 
5
º Semestre.
Orientador: Equipe de Professores do 
5
º Semestre.
)
 (
Pelotas
2013
)
SUMÁRIO
1 definições conceituais...........................................................................................4
 a) Critérios de rateios dos custos indiretos.......................................................................4 
 b) Custeio por absorção.....................................................................................................6
 c) Produtos em processo...................................................................................................7
 d) Produtos acabados........................................................................................................8
2 UNIDADES EQUIVALENTES DE PRODUÇÃO...............................................................9
3 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA............................................................................12
4 ANÁLISE CUSTO/VOLUME/LUCRO.............................................................................15
 a) Margem de contribuição..............................................................................................15 
 b) Ponto de equilíbrio.......................................................................................................15
5 IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA INTEGRADO PARA GERAR INFORMAÇÕES......16
 A importância do sistema integrado para a gestão industrial........................................16 
6 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.................................................................................17
 a) BP – Balanço patrimonial............................................................................................17 
 b) DRE - Demonstrativo do resultado do exercício.........................................................17
 c) DMPL - Demonstrações da mutação do patrimônio líquido........................................17
 d) DFC - Demonstração dos fluxos de caixa...................................................................17
 e) DVA - Demonstração dos valores adicionais..............................................................17
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................18
1 definições conceituais
a) Critérios de rateios dos custos indiretos
O primeiro passo para elaborar o mapa de custos indiretos de fabricação é ordenar os departamentos auxiliares, iniciando pelo que presta mais serviços aos demais departamentos; no casso, é a administração geral da fábrica, que, no mapa, aparece em primeiro lugar. O almoxarifado é o segundo departamento que mais presta serviços, pois atende todos os outros. O controle de qualidade atua somente nos departamentos produtivos; neste caso, é o departamento auxiliar posicionado mais próximo dos departamentos produtivos.
As bases de rateio são obtidas de diversas fontes: folha de pagamentos, engenharia, almoxarifado, apontamentos de horas, etc. Os custos próprios indiretos de fabricação.
Os custos próprios ou identificados considerados nesse exemplo são:
 - Mão-de-obra indireta: refere-se aos salários e encargos dos funcionários classificados como indiretos. Aos salários obtidos na folha de pagamentos são acrescidos os encargos sociais e trabalhistas. Na administração geral da fabrica, o custo dessa mão-de-obra é composta de gerentes, secretárias, planejadores e engenheiros; no almoxarifado, de almoxarifes e auxiliares; no controle de qualidade, de inspetores e técnicos, na usinagem, de mestres e ajudantes; na montagem, de mestres e ajudantes; na pintura, de mestres e ajudantes.
 - Materiais diversos: são as requisições de matérias de escritório, de higiene, de limpeza e auxiliares de produção emitidas pelos departamentos.
 - Depreciação: corresponde à depreciação do ativo imobilizado, conforme registro na contabilidade.
Os custos comuns considerado foram:
 - Energia elétrica: é um custo comum a todos os departamentos da empresa. No exemplo, seu rateio será feito com base na potência instalada de cada departamento.
 - Água: também é um custo comum, cujo rateio, neste exemplo, será feito com base no numero de funcionários de cada departamento (consideraremos aqui que a água não é utilizada no processo de fabricação, na limpeza de peças ou no resfriamento de equipamentos, por exemplo).
 - Telefone: no exemplo, o rateio será feito em função do número de aparelhos instalados (consideraremos uma única central telefônica para a empresa toda).
 - Aluguel: o rateio será feito em função da área ocupada pelos departamentos.
O próximo passo será efetuar o rateio dos departamentos auxiliares, e para isso algumas regras deverão ser seguidas. O departamento auxiliar que já teve seus custos rateados não recebe custos de outros departamentos, mesmo que preste serviço a eles. Do contrário, teremos de voltar a ratear seus custos, entrando em um processo sucessivo de rateios de valores cada vez menos representativos, que na prática não traria nenhum benefício.
Sazonalidade dos custos indiretos e de produção
Até agora descrevemos a apropriação dos custos indiretos sempre utilizando dados reais, ou seja, custos realmente incorridos e produção realizada de fato. Por exemplo: “A empresa Alfa, fabricante dos produtos P, Q e R, tiveram no mês de Outubro de 19XXa seguinte produção... e os seguintes custos indiretos...”. 
No exemplo anterior, não são considerados algumas situações particulares quanto à ocorrência dos custos. Por exemplo, no mês de Outubro pode ter havido custos que não se repetiram em outros meses,ou podem ter ocorrido certos custos nos outros meses que não se repetiram em Outubro, tornando os produtos fabricados nesse mês mais caros ou mais baratos, conforme o caso, comparativamente a outros meses.
Outro problema a ser resolvido pela contabilidade de custos é conhecer o custo de um produto no momento em que ele é concluído - no dia 15 de determinado mês, por exemplo. Entretanto, os custos só são conhecidos com o fechamento contábil, após o encerramento do mês; portanto, determinar o custo desse produto no dia 15 não seria possível. No entanto, se houvesse a necessidade de conhecer o custo para decidir se é viável aceitar um pedido especial por um preço abaixo de normalmente praticado, deixaríamos de atender a uma importante finalidade da contabilidade custos.
Assim, a necessidade dos gestores da empresa de conhecer custos antes do encerramento contábil e o fato de os custos e os volumes de produção não se comportarem uniformemente por todos os meses do ano demandar a aplicação dos mecanismos que resolvam essas situações. Atender a essa necessidade é uma das funções da contabilidade de custos.
Vejamos almas hipóteses:
1 – Empresas que concedem férias coletivas em certas épocas do ano. Nesse período há uma redução na produção, em conseqüência do menor número de dias trabalhados. Os custos indiretos fixos serão os mesmos do período em que não há férias coletivas. Somente os custos indiretos variáveis sofreriam redução, em função do menor volume de produção.
2 – Empresas que fazem à manutenção das instalações em certas épocas do ano. O ritmo de trabalho é interrompido ou reduzido, fazendo com que a produção fique em situação semelhante à descrita no item anterior.
3 – Nos meses em que vários funcionários saem de férias há redução da produção, e os gastos com pagamentos das férias e da primeira parcela do 13º salário são maiores do que nos outros meses. Isso produz uma situação semelhante às já descritas.
4 – quando há cortesno quadro de funcionários, os gastos com rescisões são mais elevados do que nos demais meses, quando a rotatividade de pessoal é normal.
Apuração dos custos de produção após o rateio
Utilizamos, neste estudo, o rateio dos custos indiretos aos produtos sem a departamentalização. Neste rateio utilizaram-se as seguintes bases de rateio:
 - O valor da matéria-prima para materiais intermediários;
 - O valor da matéria-prima para materiais de consumo;
 - A quantidade de horas diretas para mão-de-obra indireta;
 - A quantidade de horas diretas para aluguel;
 - A quantidade de horas diretas para depreciação;
 - A quantidade de horas diretas para manutenção;
 - A quantidade de horas diretas de uso de energia elétrica.
Importante ressaltar que a empresa deve aplicar a base de rateio com a qual o custo indireto mais se identifique; as bases aqui utilizadas não são padrões. O valor total dos custos no período continua o mesmo, mas agora estão alocados aos produtos.
b) Custeio por absorção
Também é denominado sistema de alocação de custo de dois estágios. No primeiro, os custos do overhead são designados para os centros produtivos; segundo, são alocados dos centros produtivos para os produtos. Por exemplo, o custo de manutenção de maquinas pode ser alocado com base no valor delas nos centos produtivos; a programação da produção pode se feita com base nas horas-máquina realizadas em cada centro produtivo.
Esse sistema foi desenhado para valorizar os estoques e o custo das vendas e, assim, atender às necessidades dos relatórios financeiros. Algumas empresas experimentam outras bases de alocação dos custos de overhead no primeiro estágio como hora-máquina, número de partes produzido e número de pedidos de clientes. (veja a seguir o exemplo da Komatsu). Outras empresas tentam desenvolver novos tipos de medidas não-financeiras - como percepção da qualidade pelo cliente ou satisfação do serviço, tempo de lançamento de novos produtos ou tempo de processo – e novas formas de combiná-las (Kaplan, 1983).
No entanto, muitas dessas medidas pecam na utilidade e contribuição ao negocio; elas não focam nos objetivos - chave do negócio para atingir resultados; não conseguem responder rapidamente às mudanças do mercado; e não atendem às necessidades dos gerentes na tomada de decisão.
Pode-se questionar qual é a utilidade, para efeitos de decisão, dos custos dos produtos relutantes desse sistema de custos. O maior problema reside na exatidão com que os custos indiretos são atribuídos aos produtos. É evidente que os produtos consomem o overhead da fabrica de formas deferentes, porem essas diferenças não são capturadas pelo sistema tradicional. (veja a seguir como o sistema ABC resolve essa distorção.) Talvez a maior crítica, em relação a esse sistema de custeio seja quanto aos critérios de rateio. Com o advento da Lei das Sociedades Anônimas, a contabilidade de custos teve de ser formalmente integrada à contabilidade geral da empresa, registrando as contas de custo de mercadorias vendidas no demonstrativo de resultados e as de estoques (matéria-prima, produtos em processo e produtos) no balanço patrimonial.
A contabilidade mais moderna vem criando sistemas de invocações que permitem melhor gerenciamento de custos, com base no enfoque descrito. Métodos recentes, como o Activity Based Costing, procuram atingir tal objetivo.
c) Produtos em processo
Pode-se conceituar fabricação como elaboração de produtos, ou seja, a transformação de matéria-prima em produtos acabado.
Produtos prontos – depois de encerrada a produção as unidades prontas deverão ser transferidas para estoques de produtos prontos, de onde sairão por ocasião das vendas, quando então irão para custo das vendas nas contas de resultado. Optamos aqui também por ter uma conta para cada produto.
d) Produtos acabados
Produtos prontos – depois de encerrada a produção as unidades prontas deverão ser transferidas para estoques de produtos prontos, de onde sairão por ocasião das vendas, quando então irão para custo das vendas nas contas de resultado. Optamos aqui também por ter uma conta para cada produto.
2 UNIDADES EQUIVALENTES DE PRODUÇÃO
Cálculo do custo unitário com o uso de unidades equivalentes
Vamos rever sobre unidades equivalentes antes de prosseguirmos.
Na produção por processo, os custos que foram acumulados durante o período serão atribuídos aos produtos produzidos no período. Dentre esses produtos, algumas unidades foram iniciadas no período anterior e terminadas neste, outras são iniciadas e terminadas e outras iniciadas e não terminadas. Isso é característico de produção continua. Como sabe qual o custo unitário?
Equivalente de produção é definido por Martins (2003) como:
Um artifício para se poder calcular o custo médio por unidade quando existem produtos em elaboração nos finais de cada período; significa o número de unidades que seriam totalmente iniciadas e acabadas se todo um ceto custo fosse aplicado só a elas, ao invés de ter sido usado para começar e terminar umas e apenas elaborar parcialmente outras. (MARTINS, 2003, p. 156)
Veja ou reveja os exemplos de calculo de unidades equivalentes nos materiais da contabilidade de custos.
	Cálculo do custo unitário com uso de unidades equivalentes
	
	Cadeira R
	Mesa R
	Cadeira RI
	Mesa RI
	Quantidade da Produção
	
	
	
	
	Unidades parcialmente prontas ___ início
	
	
	
	
	Unidades iniciadas e não terminadas
	20,00
	3,00
	10,00
	4,00
	Unidades iniciadas e terminadas
	380,00
	97,00
	154,00
	38,00
	Fase do Processo Produtivo
	
	
	
	
	Unidades parcialmente prontas ___ início
	-
	-
	-
	-
	Unidades iniciadas e não terminadas
	30%
	30%
	30%
	30%
	Unidades iniciadas e terminadas
	100%
	100%
	100%
	100%
	Quantidade Equivalente
	
	
	
	
	Unidades parcialmente prontas ___ início
	-
	-
	-
	-
	Unidades iniciadas e não terminadas
	6,00
	0,90
	3,00
	1,20
	Unidades iniciadas e terminadas
	380,00
	97,00
	154,00
	38,00
	Total das Unidades Equivalentes
	386,00
	97,90
	157,00
	39,20
	Custo Unitário
	141,0777
	270,4629
	101,3292
	252,9565
	
	
	
	
	
	Unidades em Processo
	
	
	
	
	Quantidade
	20,00
	3,00
	10,00
	4,00
	Valor
	846,47
	243,42
	303,99
	303,55
	
	
	
	
	
	Unidades Prontas
	
	
	
	
	Quantidade
	380,00
	97,00
	154,00
	38,00
	Valor
	53.609,53
	26.234,90
	15.604,70
	9.612,35
Em algumas empresas as unidades equivalentes são consideradas utilizando múltiplos equivalentes de produção, em que um mesmo produto que ficou em processo recebe diferentes proporções de custos em cada item de produção.
Exemplo: se os materiais são colocados no processo de fabricação desde a primeira etapa de produção, podemos afirmar que, quanto ao item materiais, aquelas unidades que ainda não foram terminadas já receberam 100% dos custos, mas quanto à mão-de-obra, podemos dizer que foram aplicados apenas 20%.
Neste material, utilizaremos o equivalente de produção simples, um percentual único para as unidades iniciada e não terminadas.
Partindo então dos valores mensais por produto já apurados, vamos agora calcular o custo unitário e o valor total que será contabilizado nos estoques de produtos de produtos em processo e nos estoques de produtos prontos.
Agora, temos o valor dos estoques em processo e produtos prontos. Podemos então fazer o lançamento contábil da apuração dos custos, que na verdade é a transferência dos valores que estão nas contas auxiliares de custos industriais para as contas de estoques no ativo. Vamos lá?
	Cidade – UF, 30 de Janeiro de 20X1
	DATA
	Conta e Histórico
	VALOR A DÉBITO
	VALOR A CRÉDITO
	
	30/01/20x1
	1.1.3.2.1 Cadeira R
	846,47
	
	
	
	1.1.3.2.2 Mesa R
	243,42
	
	
	
	1.1.3.2.3 Cadeira RI
	303,99
	
	
	
	1.1.3.2.4 Mesa RI
	303,55
	
	
	
	 8.2.9 (-) Transf. Custos Industriais
Alocação dos custos de estoque em 
Processo
	1.697,43
	
	30/01/20x1
	1.1.3.2.1 Cadeira R
	53.609,53
	
	
	
	1.1.3.2.2 Mesa R
	26.234,90
	
	
	
	1.1.3.2.3 Cadeira RI
	15.604,70
	
	
	
	1.1.3.2.4 Mesa RI
	9.612,35
	
	
	
	 8.2.9 (-) Transf. Custos Industriais
Alocação doscustos de estoque em 
Processo
	105.061,48
	
Com este lançamento, as contas auxiliares têm a sua conta sintética “8.2” zerada, pois têm diversos valores a débito e um a crédito, mas o somatório dos saldos devedores é igual ao valor credor; portanto, o grupo de contas está zerada e serviu para controle dos custos.
Antes de irmos para a contabilização das vendas, é importante aprofundarmos o conhecimento sobre formação do preço de venda e seus reflexos no resultado da empresa. Para isso, leia os dois textos a seguir, extraídos de Megliorini (2006, p. 178-186) e Stark (2007 p. 305-317).
3 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
Formação de preços a partir dos custos
Uma das importantes perspectivas da contabilidade gerencial é o auxilio às corretas decisões sobre a elaboração do preço de venda ideal das empresas. Dentre os métodos de formação de preços, destaca-se a baseada nos custos de produtos, mercadorias ou serviços. Ou seja, o ponto de partida, inicialmente é a correta apuração dos custos para, na seqüência, os gestores conseguirem calcular a atribuir o correto preço de venda.
Padoveze (2000, p. 310) relaciona algumas situações que podem exigir a utilização dos procedimentos de formação de preços de venda baseados nos custos:
a) Estudos de engenharia e mercadologia para introdução de novos produtos;
b) Acompanhamento dos preços e custos dos produtos atuais;
c) Novas oportunidades de negócios;
d) Negócio ou pedidos especiais;
e) Faturamento de produtos por encomenda;
f) Análise de preços de produtos de concorrentes;
Assim, verifica-se que formar preços com base nos efetivos custos de fabricação de um produto, aquisição de uma mercadoria ou prestação de um serviço dá mais segurança sobre os valores que estão sendo atribuídos pelos gestores.
Mark-up
O mark-up representa a diferença percentual (%) entre o preço de venda de determinado produto ou serviço em relação ao seu custo de produção ou consecução. O ponto de partida é o custo de produção do bem, conforme abordado no item anterior. Sobre esse custo se agrega uma margem bruta, ou seja, uma margem a qual a empresa defina obter o lucro desejado por unidade comercializada.
Formação de preços a partir do custeio por absorção
Em linhas gerais, sabe-se que o sistema de custeio por absorção considera tanto custos diretos quanto indiretos aos produtos, sendo que esses terão o custo total de fabricação (custos fabris). Ressalte-se que enquanto permanecerem em estoques, todos os custos estarão no ativo da empresa e, quando forem vendidos, todos os custos serão considerados no resultado da empresa como custo dos produtos vendidos. Para Wernke (2005, p. 19, grifo do autor):
[...] o conjunto de procedimentos realizados para atribuir todos os custos fabris, quer fixos ou variáveis, diretos ou indiretos, aos produtos fabricados em um período. Com isso, os produtos “absorvem” todos os gastos classificáveis como custos – matérias-prima, salários e encargos sociais, depreciação das máquinas, aluguel do prédio industrial etc. – independentemente de sua natureza, se custos fixos ou não, se custos diretos ou não.
Logo, umas das possibilidades de formação de preços com base nos custos é a utilização do custeio por absorção. Inicialmente, apura-se o custo unitário dos produtos, mercadorias ou serviços pelo método de custeio por absorção para, posteriormente calcular o preço de venda.
Formação de preços a partir do custeio direto ou variável
Conforme a própria contabilidade de custos sabe-se que, ao contrario do custeio por absorção, o sistema de custeio direto ou variável considera como custos dos produtos apenas os classificados como variáveis, ou seja, os que variam de acordo com o volume de produção. Neste método, os custos fixos sofrem o mesmo tratamento das despesas, sendo levados diretamente ao resultado da empresa no período específico.
.Padoveze (2000) pondera que na formação de preços por este critério toma-se como referencia os custos diretos ou variáveis, incluindo as despesas variáveis do produto que possam ser identificadas. Logo, o autor afirma que “após isso, a margem a ser aplicada deverá cobrir, além da rentabilidade mínima almejada, também os custos e despesas fixas, que não foram alçados aos produtos” (PADOVEZE, 2000, p. 310).
Formação de preços pelo mix de produtos
Na formação dos preços com base no mix de produtos, ressalte-se que, dentro de um mesmo grupo de mercadorias, na maioria das vezes, não é possível aplicar a mesma margem de comercialização em todos os produtos de grupo (NASCIMENTO; ANDRADE, 2003). Portanto, é necessário efetuar um mix de preços aos diferentes produtos de uma mesma empresa, ou seja, diferentes mark-ups para os itens comercializados.
Formação de preços com base no mercado
Para as empresas obterem vantagem competitiva, nem sempre formar preços com base na margem de lucro esperada e dos custos e despesas envolvidas no processo produtivo dos bens ou consecução dos serviços são suficientes. Além dessas informações, a formação do preço de venda envolve o ambiente e mercado onde a organização esta inserida.
Formar preços baseados no mercado direciona a necessidade das empresas em obterem conhecimentos sobre seus concorrentes, estratégias de marketing adotadas, elasticidade da demanda dos produtos ou serviços, bem como a média de preço de determinado bem junto ao ambiente externo (tudo que ocorre fora da empresa).
Padoveze (2000, p.311) afirma que “a teoria econômica indica que quem faz o preço de venda dos produtos é o mercado , basicamente através da oferta e procura, fazendo as devidas considerações para situações de monopólio”. Ou seja, pela afirmação, nem sempre calcular pecos depende única e exclusivamente dos custos, mas de uma completa análise do ambiente no qual a empresa esta inserida.
4 ANÁLISE CUSTO/VOLUME/LUCRO
a) Margem de contribuição
A margem de contribuição corresponde à diferença entre a receita liquida de vendas e o montante de custos variáveis somando às despesas variáveis. Tecnicamente, representa a contribuição dos produtos vendidos para a cobertura dos custos fixos mais as despesas fixas da empresa. Após essa cobertura, o que sobrar será a contribuição ao lucro da empresa.
b) Ponto de equilíbrio
Ponto de equilíbrio é a situação na qual o somatório dos custos da empresa equivale à sua receita; é o ponto de lucro zero. Aqui não consideramos as despesas financeiras como parte dos custos da empresa, só levamos em conta as despesas operacionais. Despesas financeiras são conseqüência do empréstimo que a empresa toma quando começa a ter prejuízo, a enfrentar falta de caixa para suas operações, e se vê obrigada a cobrir essa falta. É importante que as empresas saibam qual é o valor mínimo das vendas pra cobrir seus casos – seu ponto de equilíbrio – e, a partir daí, quanto obtêm de lucro a cada valor incrementa de receitas.
Como o ponto de equilíbrio se altera? Em função de qualquer uma das três variáveis ou da combinação entre elas: preço de venda, custo variável unitário e custo fixo total. Algumas possíveis combinações dessas variáveis e seu efeito no ponto de equilíbrio são mostrados a seguir.
5 IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA INTEGRADO PARA GERAR INFORMAÇÕES
A importância do sistema integrado para a gestão industrial
Os sistemas de informação são parte integrante das organizações. E, embora nossa tendência seja pensar que a tecnologia da informação está alternada as organizações e empresas, trata-se, na verdade, de uma via de mão dupla: a história e a cultura das empresas também determinam como a tecnologia está sendo e como deveria ser usada. A fim de entender como uma empresa específica usa sistemas de informação, você precisa saber algo sobre a estrutura, história e cultura da empresa.
As organizações têm uma estrutura composta por diferentes níveis e especializações. Essa estrutura revela uma clara divisão de trabalho. A autoridade e a responsabilidade em uma empresa são organizadas na forma de uma hierarquia, ou uma estrutura piramidal, de responsabilidadee autoridade crescentes. Os níveis superiores da hierarquia são compostos de pessoal administrativo, profissional e técnico, ao passo que os níveis inferiores são ocupados pelo pessoal operacional. Especialistas são empregados e treinados para diferentes funções organizacionais, tais como vendas e marketing, manufatura e produção, finanças e contabilidade, e recursos humanos.
6 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
a) BP - Balanço Patrimonial
O balanço patrimonial representa o ativo, o passivo e o patrimônio líquido da entidade.
b) DRE – Demonstrativo do Resultado do Exercício
É uma demonstração contábil dinâmica que se destina a evidenciar a formação do resultado liquido de um exercício, através do confronto entre receitas, custos e resultados.
c) DMPL – Demonstrações da Mutação do Patrimônio Líquido
Demonstra as variações das contas do patrimônio líquido da entidade em um determinado período.
d) DFC – Demonstração dos Fluxos de Caixas
Fornece informação acerca das alterações no caixa e equivalentes de caixa da entidade para um período contábil.
Somente devem constar no fluxo de caixa operações relativas do caixa ou equivalência.
e) DVA – Demonstração dos Valores Adicionados
A demonstração do valor adicionado representa um dos elementos componentes do balanço social e tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela entidade e sua distribuição durante determinado período.
BIBLIOGRAFIA
Nogueira, Daniel Ramos, Contabilidade de Custos 2009, Pearson Education do Brasil
Tarifa, Marcelo Resquetti, Contabilidade Gerencial, Marcelo Resquetti Tarifa, Luiz Fernando Soares da Silva. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
Costa, Jose Manoel da Costa Contabilidade Industrial, São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
Carocia,Marcelo, Sistemas de Informação Marcelo Carocia , São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009
Comitê de Pronunciamentos Contábeis.

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