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Origem da filosofia (Será que a filosofia surgiu mesmo na Grécia?)

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Será que a filosofia surgiu mesmo na Grécia? 
 É comum nos livros didáticos de filosofia encontra-se a informação de 
que a filosofia tem “certidão de nascimento” grega, mas será que essa 
afirmação é verdadeira? Como a própria filosofia sugere, é importante 
questionar e analisar as teses até então elaboradas. 
 Em primeiro lugar, é necessário entender o porquê de a filosofia ser 
considerada por muitos grega. De acordo com a filósofa Marilena Chauí, a 
filosofia é considerada um fato grego por possuir características (técnicas, 
ações e pensamentos) completamente diferentes das desenvolvidas por 
outras civilizações. Sob essa perspectiva, constata-se que os gregos possuíam 
particularidades, como por exemplo sua cultura pluralista composta 
principalmente pelos Jônios, Eólios e os Dórios, possuíam uma liberdade de 
pensar, devido a democracia e poder descentralizado, o que não era possível 
em outras regiões devido a forte influência da religião. Essas evidências 
pautam a tese de surgimento da filosofia na Grécia. 
 Contudo, é fundamental compreender sobre as outras teses de origem 
da filosofia, como por exemplo a africana. Segundo o historiador George G. 
M. James, os ensinamentos dos mistérios egípcios alcançaram outras terras 
muitos séculos antes de alcançar Atenas. Desse modo, os filósofos gregos 
foram influenciados pelo pensamento egípcio, já que existem evidências que 
alguns dos filósofos pré-socráticos (Tales de Mileto e Pitágoras) passaram 
um tempo no Egito. Sendo assim, os filósofos pré-socráticos tiveram como 
professores, os pensadores nas escolas de mistérios. 
 Portanto, é preciso levar em consideração todas essas questões, 
trazendo à tona a questão da filosofia sem originalidade (pluriversal). O 
filósofo Renato Noguera assume uma visão que a filosofia não é africana e 
tampouco grega, a filosofia é pluriversal. O ensino da filosofia precisa incluir 
versões diferentes sobre sua origem, modificando os seus livros didáticos 
para validar todas as teses, quebrando esse grande tabu da filosofia.

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