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INTRODUÇÃO À QUESTÃO SOCIAL AULA 02

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INTRODUÇÃO À QUESTÃO SOCIAL
REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO DE 
CLASSES SOCIAIS
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Definir o conceito de Classes Sociais;
2- Compreender a luta de classes na lógica capitalista;
3- Entender a organização social, trabalho, natureza e ser social.
O assunto “classe social” é um objeto próprio da economia política (e secundariamente da sociologia ou da
ciência política). O conceito de classe social em sentido pleno é definido, dentro do discurso de Marx, pelas
relações de distribuição que são expressão imediata das relações de produção. Isso significa que, quando Marx se
refere às três grandes classes: a dos trabalhadores assalariados, a dos capitalistas e a dos proprietários
fundiários, ele não está querendo dizer que existam outras “pequenas camadas” dignas do nome “classe”.
A concepção de organização social de Karl Marx e Friedrich Engels baseia-se nas relações de produção. Nesse
sentido, em toda sociedade, seja pré-capitalista ou capitalista, haverá sempre uma classe dominante, que direta
ou indiretamente controla ou influencia o Estado; e uma classe dominada, que reproduz a estrutura social
ordenada pela classe dominante e assim perpetua a exploração. Numa sociedade organizada, não basta a
constatação da consciência social para a manutenção da ordem, pois a existência social é que determina a
consciência. Em outras palavras, os valores, o modo de pensar e de agir em uma sociedade são reflexos das
relações entre os homens para conseguir meios de sobreviver.
Assim, as relações de produção entre os homens dependem de suas relações com os meios de produção e, desta
forma, elas podem ser de proprietário/não proprietário, capitalista/operário, patrão/empregado. Os homens
são diferenciados em classes sociais. Os que detêm a posse dos meios de produção apropriam-se do trabalho
daqueles que não têm esses meios, sendo que os últimos vendem a força de trabalho para conseguir sobreviver.
A luta de classes nada mais é do que o confronto dessas classes antagônicas.
Embora os romanos já denominassem as "classes" de diferentes grupos de contribuintes de impostos, só na
segunda metade do século XVIII, a palavra adquiriu seu significado moderno, tornando-se conceito primordial da
sociologia e da ciência política.
Denominam-se classes sociais os grupos econômica e politicamente distintos em que se divide cada sociedade.
Sua diferenciação depende, pois, das relações que mantêm dentro do sistema produtivo vigente e de sua
respectiva divisão de trabalho.
- -3
Do fim do Império Romano até as revoluções burguesas dos séculos XVII e XVIII, o sistema feudal imperou na
maior parte da Europa, com rígida divisão em três classes sociais:
Não havia em sua estrutura nada do que os sociólogos viriam a chamar de "mobilidade social", isto é, a
possibilidade de que membros de uma classe se deslocassem para outra: a diferença era legitimada pela lei dos
homens e pela lei de Deus, determinada pelo nascimento e pela herança familiar,,,,
Com o desenvolvimento do sistema capitalista e a ascensão da burguesia, politicamente consumada na Inglaterra
e na França dos séculos XVII e XVIII, a estratificação social alterou-se, adquirindo uma mobilidade que se
consagrará nas constituições parlamentaristas e republicanas
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Essa mudança ocorreu no quadro socioeconômico, que se estendeu do início da revolução comercial, em que a
burguesia emergiu e se organizou como classe, até a primeira etapa da revolução industrial, em que tiveram
origem tanto a classe operária como as classes médias das modernas sociedades industriais.
A diferenciação social só passou a ser objeto de estudos sistemáticos com Thomas Hobbes, John Locke e Jean-
Jacques Rousseau.
Inspirados na insurreição burguesa contra a aristocracia monárquica, esses filósofos defenderam, cada um a seu
modo, os direitos naturais do homem e o contrato social, mesmo nos casos em que o monarca acumulasse todo o
poder, o que Hobbes preconizou em seu Leviathan (1651).
Também os economistas ingleses Adam Smith e David Ricardo, que já usavam a expressão "classe trabalhadora",
destacaram em suas análises do capitalismo que o conflito entre os fatores de produção (terra, trabalho e
capital) acarretaria por si mesmo o antagonismo entre os grupos sociais correspondentes.
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Os franceses François Fourier e Pierre Proudhon ocuparam-se igualmente do problema e tentaram resolvê-lo
com as soluções ditas utópicas.
Coube, porém, ao marxismo aprofundar o conceito de classe social, embora seus teóricos iniciais, os alemães Karl
Marx e Friedrich Engels, não tenham desenvolvido o estudo específico da questão.
Para Marx e Engels, a história demonstra que a determinado estado de desenvolvimento das forças produtivas
corresponde um tipo concreto de relações de produção, criadas pelos homens para prover a satisfação de suas
necessidades e que envolvem a propriedade, a interação entre exploradores e explorados, e entre classe
dominante e classe dominada.
Segundo o marxismo, tais relações não são determinadas pela vontade dos indivíduos, nem por um contrato
social - como afirmara Rousseau - mas impostas pelas condições materiais do processo produtivo.
Para Marx, a luta de classes desempenha papel essencial na evolução histórica. A classe capitalista, detentora dos
bens de produção, domina a sociedade e apropria-se da força de trabalho da classe operária, autêntica criadora
da riqueza.
Figura 1 - Quadro de Tarsila do Amaral, com o título “Operários”
Atenção
Como consequência e reflexo dessa dominação econômica, a classe capitalista controla também o estado e a
produção dos valores espirituais (ideias, artes, religião) e, nessa perspectiva, o próprio sistema conteria em si o
germe de sua destruição, ou seja, tornaria inevitável a rebelião dos trabalhadores e a criação de uma sociedade
sem classes, em que desaparece a ideologia, representação do mundo forjada pela classe dominante, de acordo
com sua posição e seus interesses vitais.
Para Marx, até o advento da sociedade comunista, a história da humanidade não seria mais do que a história da
luta de classes.
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Apoiado nesses alicerces da teoria marxista da estratificação social, Lenin mais tarde definiu as classes sociais
como os grandes grupos de pessoas que, dentro de uma sociedade, diferenciam-se:
Pelas relações em que se encontram no que se refere aos meios de produção existentes (relações que, em grande
parte, são estabelecidas e formalizadas mediante leis);
Pelo papel que desempenham na organização social do trabalho; e,
Consequentemente, pelo modo e proporção segundo os quais desfrutam de parte da riqueza social de que
dispõem.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Conceito de Classes Sociais;
• Lutas de Classes;
• Capitalismo e o determinado modo de produção;
• Organização Social;
• Caráter explorador;
• Trabalho, natureza e ser social.
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