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Anatomia e Funções do Bulbo

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Macroscopia Bulbo 
 
 
 
OBJETIVOS: 
1) Analisar a anatomia microscópica e macroscópica do bulbo 
2) Compreender as vias ascendentes e descendentes do bulbo 
3) Analisar os nervos cranianos do bulbo 
4) Analisar os sinais e sintomas decorrentes de lesões no bulbo 
5) Descrever a síndrome de Horner. 
ANA LUIZA A. PAIVA – T XXV 
❖ O bulbo é originado do mielencéfalo embrionário e possui um formato meio que de um cone e ele compõe o tronco 
encefálico junto com a ponte e o mesencéfalo. Das três estruturas do TE, o bulbo é o menor e fica localizado na porção 
mais caudal desse TE, e ele pode ser dividido em uma porção caudal (porção fechada) e uma porção rostral (porção 
aberta), levando em consideração a ausência ou presença do quarto ventrículo. 
 
❖ O bulbo é meio que uma zona de transição que conecta a medula espinal com as regiões do encéfalo, mas não existe 
uma linha de demarcação que seja nítida, então, considera que o limite inferior entre o bulbo e a medula espinhal, um 
plano horizontal que passa acima do filamento radicular mais cranial do primeiro nervo cervical, que corresponde ao 
nível do forame magno. Já o limite superior do bulbo é determinado por um sulco horizontal, o sulco bulbopontino ou 
pontino inferior, que forma a margem inferior da ponte. 
 
 
 
 
❖ A organização interna das porções caudais do bulbo parece muito com a organização da medula espinal. Os sulcos, as 
fissuras e as vias de fibras presentes na superfície da medula espinal cervical se prolongam até o bulbo. À medida que o 
bulbo vai se distanciando da medula, ali na parte mais rostral, ele vai se diferenciando cada vez mais dessa medula 
espinal. Na superfície do bulbo possui vários sulcos, que dão continuidade com os sulcos da medula espinal. Esses sulcos 
é que vão delimitar as áreas anterior (ventral), lateral e posterior (dorsal) do bulbo. 
 
❖ A fissura mediana anterior termina na porção mais cranial, em uma depressão chamada de forame cego, e de cada lado 
dessa fissura mediana anterior, têm uma coluna longitudinal que é mais proeminente, chamada de pirâmide bulbar. 
Essa pirâmide é limitada lateralmente pelo sulco lateral anterior, e ela é formada por um feixe de fibras nervosas que 
liga as áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da medula espinhal (trato piramidal ou corticoespinhal), 
formados por fibras descendentes que se originam no córtex cerebral ipsilateral. Na porção caudal do bulbo, a maior 
parte dessas fibras cruzam de forma obliqua o plano mediano, formando a decussação das pirâmides. As fibras desse 
cruzamento cobrem parcialmente a fissura mediana anterior, passando a formar o trato corticoespinal lateral da 
medula espinal. 
 
❖ Do lado das pirâmides até mais ou menos 2 cm abaixo da ponte, existem 2 proeminências com um formato ovoide, que 
se chamam olivas bulbares, e elas são constituídas por uma grande massa de substância cinzenta, onde ficam localizados 
os núcleos olivares inferiores. 
 
❖ Já na parte anterior à essa oliva bulbar, vão ter filamentos radiculares do nervo hipoglosso (XII par craniano) emergindo 
do sulco lateral anterior. Já no sulco lateral posterior, vão sair as radículas que se unem para formar os nervos 
glossofaríngeo (IX par) e vago (X par). As radículas que constituem a raiz craniana ou bulbar do nervo acessório (XI par) 
encontram-se caudalmente às radículas do nervo vago. No entanto, elas situam-se ao longo de uma linha contínua com 
essas radículas, estendendo-se até a medula espinal cervical superior, onde irão unir-se à raiz espinal. 
 
 
❖ A porção fechada do bulbo, possui um estreito canal, que é uma continuação do canal central da medula espinal. Esse 
canal abre-se posteriormente para formar o quarto ventrículo, cujo assoalho é, em parte, constituído pela metade 
rostral, ou porção aberta do bulbo. A margem inferior do quarto ventrículo é chamada de óbex e nesse local, o sulco 
mediano posterior se divide e forma os limites inferiores desse ventrículo. 
 
❖ A área posterior do bulbo, fica localizada entre os sulcos mediano posterior e lateral posterior, e é uma continuação do 
funículo posterior da medula espinal, também dividida em fascículos grácil e cuneiforme pelo sulco intermédio 
posterior. Esses fascículos são constituídos por fibras nervosas ascendentes, que vem da medula espinal. Com a abertura 
do quarto ventrículo, os fascículos grácil e cuneiforme são deslocados lateralmente. 
 
 
❖ Os núcleos grácil e cuneiforme, situados na parte mais cranial dos respectivos fascículos, formam pequenas 
proeminências na superfície dorsolateral do bulbo, denominadas tubérculo grácil, situado medialmente, e tubérculo 
cuneiforme, lateralmente. Com o surgimento do quarto ventrículo, os tubérculos dos núcleos grácil e cuneiforme 
afastam-se como os 2 ramos de um "V". Acima, encontram-se os pedúnculos cerebelares inferiores, que contêm os 
corpos restiformes nas superfícies dorsolaterais do bulbo, formados, em grande parte, pela confluência de fibras do 
trato espinocerebelar posterior, de fibras olivocerebelares e fibras reticulocerebelares, juntamente às fibras cuneo-
cerebelares, originadas do núcleo cuneiforme acessório. Essas fibras voltam em direção posterior, chegando às partes 
centrais do cerebelo. O corpo restiforme recebe um contingente de fibras vestibulocerebelares e fibras 
cerebelovestibulares, o corpo justarrestiforme, na base do cerebelo para formar o pedúnculo cerebelar inferior. No 
entanto, muitas vezes o termo "pedúnculo cerebelar inferior" é utilizado como sinônimo de corpo restiforme 
 
ESTRUTURA DO BULBO 
 
 
SUBSTANCIA CINZENTA DO BULBO 
SUBSTÂNCIA CINZENTA HOMÓLOGA (NÚCLEOS DE NERVOS CRANIANOS) 
 
OBS: MEMORIZAÇÃO DOS NOMES E FUNÇÕES DOS NÚCLEOS DE NERVOS CRANIANOS DO BULBO 
Inicialmente põe-se a língua para fora para lamber o sorvete (núcleo do hipoglosso). A seguir é necessário verificar se o 
sorvete está mesmo frio (núcleo do trato espinhal do trigêmeo). Feito isso, é conveniente verificar o gosto do sorvete. 
(núcleo do trato solitário). Nessa etapa o indivíduo já deve estar com a "boca cheia d'água (núcleos salivatório - no caso 
do bulbo, somente o inferior). Nessa fase já há condições de se engolir o sorvete (núcleo ambíguo). Finalmente o sorvete 
chega ao estômago e sofre a ação do suco gástrico (núcleo dorsal do vago). E como o indivíduo tomou o sorvete de pé, 
sempre mantendo o equilíbrio (núcleos vestibulares inferior e medial) 
SUBSTÂNCIA CINZENTA PRÓPRIA DO BULBO 
 
❖ Os núcleos grácil e cuneiforme são grandes massas nucleares que ficam localizadas acima dos funículos posteriores. Esses 
núcleos é o lugar onde acontece a primeira sinapse das vias sensoriais que percorrem os fascículos grácil e cuneiforme na 
medula espinhal e porção caudal do bulbo. Ambos núcleos são responsáveis por transmitem as sensibilidades tátil, 
propriocepção consciente e vibratória para o córtex cerebral passando pelo tálamo. Além disso, eles dão origem a fibras 
arqueadas internas que cruzam o plano mediano para formar o lemnisco medial 
 
❖ O núcleo cuneiforme acessório também pertence à substância cinzenta própria do bulbo e situa-se lateralmente à porção 
cranial do núcleo cuneiforme. Esse núcleo liga-se ao cerebelo pelo trato cuneocerebelar, que, em uma parte de seu 
trajeto, constitui as fibras arqueadas externas dorsais. 
 
 
❖ O núcleo olivar inferior principal é uma grande massa de substância cinzenta que corresponde à oliva. 
 
❖ O núcleo olivar acessório medial localiza-se ao longo da borda lateral do lemnisco medial. 
❖ O núcleo olivar acessório dorsal localiza-se dorsalmente ao núcleo olivar inferior principal. 
❖ Esses 3 núcleos olivares formam o complexo olivar inferior e eles recebem fibras do córtex cerebral, da medula espinal e 
do núcleo rubro. Os axônios desse complexo se cruzam na rafe mediana, curvam-se posterolateralmente e entram no 
cerebelo via pedúnculo cerebelar inferior contralateral.As fibras olivocerebelares cruzadas, projetam-se para todas as 
partes do córtex cerebelar e para os núcleos cerebelares profundos. As conexões olivocerebelares são responsáveis pela 
aprendizagem motora (permite que a gente realize uma determinada tarefa com velocidade e eficiência cada vez maiores 
quando ela, se repete várias vezes) 
 
SUBSTÂNCIA BRANCA DO BULBO 
 
Fibras Transversais 
As fibras transversais do bulbo são chamadas também de fibras arqueadas e podem ser divididas em internas e externas: 
a) fibras arqueadas internas: há dois tipos de fibras: algumas são constituídas pelos axônios dos neurônios dos núcleos 
grácil e cuneiforme no trajeto entre esses núcleos e o lemnisco medial; outras são formadas pelas fibras olivo-cerebelares, 
que saindo do complexo olivar inferior cruzam o plano mediano, e entram, passando pelo pedúnculo cerebelar inferior, 
no lado oposto do cerebelo. 
b) fibras arqueadas externas: têm trajeto próximo á superfície do bulbo e penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar 
inferior. 
Fibras Longitudinais 
As fibras longitudinais formam as vias ascendentes, descendentes e de associação do bulbo. 
Vias Ascendentes 
São constituídas pelos tractos e fascículos ascendentes oriundos da medula, que terminam no bulbo ou passam por ele 
em direção ao cerebelo ou ao tálamo. A eles acrescenta-se o lemnisco mediai, originado no próprio bulbo. Estas vias estão 
relacionadas a seguir. 
a) fascículos grácil e cuneiforme: visíveis na porção fechada do bulbo; 
b) lemnisco medial: são um par de tratos de fibras verticais mielinizadas, localizadas próximas à linha média, entre os 
núcleos olivares inferiores e ventralmente ao trato teto-espinhal. São responsáveis por conduzir impulsos de pressão, tato 
protopático, dor e temperatura dos membros, tronco e pescoço. 
c) tracto espino-talâmico lateral: fica localizado na área lateral do bulbo, medialmente ao tracto espino-cerebelar 
anterior. Ele é responsável pela sensibilidade térmica e dolorosa, e se une ao trato espinotalâmico anterior para formar 
o lemnisco espinal. 
d) tracto espino-talâmico anterior: a sua localização no bulbo ainda não está bem definida. Mas, acredita-se que fibras 
sobem entre a oliva bulhar e o pedúnculo cerebelar inferior até o tálamo, levando impulsos de pressão e tato grosseiro 
ou protopático. 
e) tracto espino-cerebelar anterior: fica localizado bem superficialmente na área lateral do bulbo, entre o núcleo olivar e 
o tracto espino-cerebelar posterior. Através desse trato, o cerebelo recebe informações por impulsos da medula espinal 
para controle da motricidade somática. 
f) tracto espino-cerebelar posterior: fica localizado bem superficialmente na área lateral do bulbo, entre o tracto 
espinocerebelar anterior e o pedúnculo cerebelar inferior. Leva impulsos de propriocepção inconsciente originados em 
fusos neuromusculares e órgãos neurotendinosos. 
g) pedúnculo cerebelar inferior (ou corpo restiforme): é uma região proeminente de feixe de fibras ascendentes que 
passam pelas bordas laterais da metade inferior do IV ventrículo até o nível dos recessos laterais, e depois penetra no 
cerebelo. As fibras que entram nesse pedúnculo (fibras olivo-cerebelares; fibras do tracto espino-cerebelar posterior: e 
fibras arqueadas externas) ficam localizadas na margem posterior do bulbo, dorsalmente ao trato espinal do trigêmeo e 
lateralmente ao núcleo cuneiforme acessório. Esse feixe rapidamente cresce em volume e penetra no cerebelo. 
Vias Descendentes 
As principais vias descendentes do bulbo são as seguintes: 
a) tracto córtico-espinhal —formado por fibras que são originadas no córtex cerebral, e que passam no bulbo em direção 
aos neurônios motores da medula, ocupando as pirâmides bulbares. É também denominado trato piramidal. No trajeto 
do córtex até o bulbo, as fibras vão constituir um só feixe, o trato corticoespinal. No nível da decussação das pirâmides, 
uma parte desse trato cruza a linha mediana para constituir o trato corticoespinal lateral no lado oposto da medula 
espinal. Algumas das fibras não se cruzam, continuando em sua posição anterior e constituindo o trato corticoespinal 
anterior. 
b) tracto córtico-nuclear— é formado por fibras originadas nas áreas motoras do córtex cerebral e que terminam em 
núcleos motores do tronco encefálico. No caso do bulbo estas fibras terminam nos núcleos ambíguo e do hipoglosso, 
permitindo o controle voluntário dos músculos da laringe, da faringe e da língua 
 
c) tractos extrapiramidais: são o trato teto-espinhal (controla a musculatura axial), trato rubro-espinhal (controla os 
músculos intrínsecos e extrínsecos da mão e pé), trato vestíbuloespinhal (controla a musculatura axial) e tracto retículo-
espinhal (controla a musculatura axial). Todos eles são constituídos por fibras originadas em várias áreas do tronco 
encefálico e que se dirigem à medula. 
d) trato espinhal do nervo trigêmeo — constituído por fibras sensitivas que penetram na ponte pelo nervo trigêmeo e 
tomam trajeto descendente ao longo do núcleo do tracto espinhal do nervo trigêmeo, onde terminam. Dispõe-se 
lateralmente a este núcleo, e o número, de suas fibras diminui à medida que, em níveis progressivamente mais caudais, 
elas vão terminando no mícleo do tracto espinhal; 
e) tracto solitário — formado por fibras aferentes viscerais e por fibras gustativas, que penetram no tronco encefálico 
pelos nervos facial (VII), glossofaríngeo (IX) e vago (X) e tomam trajeto descendente ao longo do núcleo do tracto solitário 
do bulbo, no qual vão terminando progressivamente. 
 
Vias de Associação 
São formadas por fibras que constituem o fascículo longitudinal medial, que ficam localizadas em todo o tronco encefálico 
e níveis mais altos da medula (corresponde ao fascículo próprio, que é a via de associação da medula). Esse fascículo 
longitudinal medial liga todos os núcleos motores dos nervos cranianos, sendo especialmente importantes suas conexões 
com os núcleos dos nervos relacionados com o movimento do bulbo ocular (III, IV, VI) e da cabeça (núcleo de origem da 
raiz espinhal do nervo acessório que inerva os músculos trapézio e esternocieidomastóideo). Recebe, ainda, um 
importante contingente de fibras dos núcleos vestibulares, trazendo impulsos que informam sobre a posição da cabeça. 
Deste modo, o fascículo longitudinal medial é importante para a realização de reflexos que coordenam os movimentos 
da cabeça com os do olho, além de vários outros reflexos envolvendo estruturas situadas em níveis diferentes do tronco 
encefálico. 
NERVOS CRANIANOS DO BULBO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NERVO GLOSSOFARÍNGEO 
 Funções Motora: Inervação do musculo 
constritor superior da faringe, estilofaríngeo e 
glândula parótida 
 Funções sensitivas: sensibilidade geral 1/3 
posterior da língua, faringe, úvula, tuba auditiva, 
seio e corpo carotídeos/ gustação 1/3 posterior 
da língua 
 Origem aparente no encéfalo: sulco lateral 
posterior do bulbo 
 Origem aparente no crânio: forame jugular 
 Patologias: Disfagia, algesia 1/3 posterior da 
língua 
 
NERVO VAGO 
 Funções: inerva a musculatura da faringe e 
laringe 
-Inerva vísceras torácicas e abdominais 
-Sensibilidade geral da faringe, laringe, 
traqueia, esôfago, vísceras torácicas e 
abdominais 
-Gustação da epiglote 
 Origem aparente no encéfalo: sulco lateral 
posterior do bulbo (caudamente ao IX) 
 Origem aparente no crânio: forame jugular 
 Patologias: disfagia, disfonia 
 
XI-ACESSÓRIO 
 Possui 2 raizes (raiz bulbar e raiz espinhal). A raiz 
bulbar é formada no bulbo e a raiz espinhal tem 
origem na medula e que penetra no crânio pelo 
forame magno 
 Função da raiz bulbar: Inervar musculo 
esternocleidomastóideo e trapézio: rotação da 
cabeça para lado contrário e contorno do ombro 
 Origem aparente no encéfalo: sulco lateral 
posterior do bulbo (raiz craniana) e medula (raiz 
espinhal) 
 Origemaparente no crânio: forame jugular 
 
 
 
 
LESÕES DO BULBO 
 
Porém, os sintomas podem variar dependendo da extensão da lesão. Quando a lesão for no pedúnculo cerebelar inferior, 
o paciente vai ter dificuldade na coordenação de movimentos na metade do corpo do lado lesado. Quando a lesão for do 
trato espinhal do trigêmeo e seu núcleo, o paciente vai perder a sensibilidade térmica e dolorosa na metade da face do 
lado que foi lesionado. Já quando a lesão for no trato espino-talâmico lateral, também vai ocorre a perda da sensibilidade 
térmica e dolorosa na metade do corpo (assim como no trato espinhal do trigêmeo), porém, vai ser do lado oposto ao da 
lesão. Por fim, se a lesão for do núcleo ambíguo, o paciente vai ter dificuldade na deglutição e na fonação porque provoca 
uma paralisia dos músculos da faringe e da laringe. 
 
Pode aparecer uma SÍNDROME DE HORNER, por lesão das vias 
descendentes que, do hipotálamo, dirigem-se aos neurônios 
pré-ganglionares relacionados com a inervação da pupila. Essa 
síndrome é caracterizada por sinais homólogos à lesão, os quais 
são: 
- Miose 
- Ptose palpebral, por paralisia do músculo tarsal, que auxilia no 
levantamento da pálpebra. 
- Vasodilatação cutânea e deficiência de sudorese na face, por 
interrupção da 
inervação simpática para a pele. 
XII-HIPOGLOSSO 
 Função: inervação dos músculos 
extrínsecos (exceto o palatoglosso) e 
intrínsecos da língua, permitindo a 
motricidade da língua 
 Origem aparente no encéfalo: sulco 
lateral anterior do bulbo, entre a 
pirâmide e a oliva 
 Origem aparente no crânio: canal 
hipoglosso 
 
SÍNDROME DA ARTÉRIA CEREBELAR INFERIOR POSTERIOR 
(SÍNDROME DE WALLEMBERG) 
A síndrome da artéria cerebelar inferior geralmente ocorre 
quando há uma oclusão da artéria cerebelar inferior, que é 
um ramo da artéria vertebral que irriga a parte dorsolateral 
do bulbo, na maioria das vezes devido a uma trombose da 
artéria, podendo afetas várias estruturas isolada ou em 
conjunto. Os sintomas mais comuns são vertigens, 
nistagmo, náuseas e vômitos, disartria, disfonia e, soluços. 
 
Quando essa lesão se prolonga, ela pode atingir outros tratos motores descendentes, causando um quadro de 
hemiplegia. Já quando a lesão afeta também o nervo hipoglosso, provoca uma paralisia dos músculos da metade da 
língua do lado lesado, com sinais de síndrome de neurônio motor interior, como hipotrofia destes músculos. Nesse tipo 
de lesão, quando o paciente faz a protrusão da língua, a musculatura do lado normal desvia a língua para o lado lesado, 
e isso pode ser visível no exame clínico neurológico dos pares de nervos cranianos. 
 
REFERÊNCIAS 
❖ Neuroanatomia Aplicada (Murilo Meneses) -3ª ed 
❖ Neuroanatomia Funcional (Ângelo Machado) 
 
 
LESÕES DA BASE DO BULBO (HEMIPLEGIA CRUZADA 
COM LESÃO DO HIPOGLOSSO) 
Lesões na base do bulbo (síndrome de Déjérine) 
geralmente vão comprometer a pirâmide e o nervo 
hipoglosso. Então, quando a lesão for da pirâmide, vai 
afetar ali, o tracto córtico-espinhal, e um detalhe 
importante, é que esse trato se cruza abaixo do nível 
da lesão, ou seja, abaixo da base do bulbo, então a 
manifestação clínica do paciente vai ser uma 
hemiparesia do lado oposto ao lesado.

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