Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MICROBIOLOGIA – RODRIGO MORAES – 24/08 e 25/08 AULA 07 – STREPTOCOCCUS STREPTOCOCCUS: • Grupo heterogêneo - 20 espécies. • Classificação: o PROPRIEDADES SOROLÓGICAS (LANCEFIELD): ▪ Composição antigênica de substâncias grupo-específicas da parede celular (carboidratos). ▪ o PADRÕES HEMOLÍTICOS EM ÁGAR-SANGUE: ▪ HEMÓLISE COMPLETA (BETA-BETA) = classificados por Lancefield: → → → STREPTOCOCCUS PYOGENES. ▪ HEMÓLISE INCOMPLETA (ALFA-ALFA): → ▪ AUSÊNCIA DE HEMÓLISE (GAMA-GAMA): → Cresce no ágar sangue, mas não causa hemólise, absorve o que está fora. → o PROPRIEDADES BIOQUÍMICAS (FISIOLÓGICAS): ▪ STEPTOCOCCUS PNEUMONIAE – PNEUMOCOCO • FISIOLOGIA E ESTRUTURA: o DIPLOCOCOS G+ alongados ou lanceolados - é patognomônico (característica suficiente para diagnóstico) para PNEUMONIAE. o Sempre vistos aos PARES (dois). o ENCAPSULADOS (polissacarídica: classificação sorológica dos isolados – 94 tipos): ▪ Apenas com cápsula causa doenças em humanos. ▪ Pode fazer parte da microbiota transitória. ▪ Tem pouca variabilidade na cápsula (94 tipos), de forma que foi possível criar a vacina. ▪ A vacina ofertada pelo SUS protege contra 10 sorotipos – os mais comuns. o Anaeróbios facultativos = CAPNOFÍLICAS (gostam de mais CO2 e menos O2) o Com requerimentos nutricionais complexos = FASTIDIOSAS (exigente). ▪ o ALFA-HEMOLÍTICOS o o Pode ser prevenido com uso de VACINA (98% das doenças respiratórias graves são evitadas). o Causa: pneumonia, meningite, infecção sistêmica, etc. o São CATALASE NEGATIVOS: ▪ ▪ Em H2O2 não produz oxigênio. • FATORES DE VIRULÊNCIA: o Cápsula o Proteínas de superfície (adesinas) o Protease IgA: mucosa bucal. o PNEUMOLISINA: destruição de células epiteliais ciliadas e fagocíticas. • EPIDEMIOLOGIA - FATOR DE VIRULÊNCIA: o HABITANTE AUTÓCTONE da orofarínge e nasofarínge em indivíduos hígidos (sadíos). o A colonização é maior em crianças (a partir do 6 mês - quando começa a alimentação e para a amamentação). o IMUNIDADE PROTETORA: contra os polissacarídeos capsulares dos pneumococos. o A maioria das infecções são causadas pela DISSEMINAÇÃO ENDÓGENA a partir dos sítios colonizados para o local distante (pulmões, seios paranasais, ouvido, sangue, meninges). • EPIDEMIOLOGIA – FATORES PREDISPONENTES (PARA QUALQUER MICRORGANISMO): o ANORMALIDADES DO TRATO RESPIRATÓRIO: infecções virais ou outras que lesam as células superficiais, acúmulo anormal de muco (alergia) que protegem o pneumococo da fagocitose, lesão do trato respiratório por substâncias IRRITANTES que comprometem a função mucociliar. o INTOXICAÇÃO POR ÁLCOOL OU FÁRMACOS: deprime a atividade FAGOCÍTICA e o reflexo da TOSSE. o IDADE (crianças e idosos): risco maior de meningite. o DESNUTRIÇÃO E DEBILIDADE GERAL. • DOENÇAS CLÍNICAS: o Pneumonia, sinusite, otite média. o BACTEREMIA = tríade de complicações: meningite, endocardite e artrite séptica. o • DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: o AMOSTRAS (ESPÉCIME CLÍNICO): ▪ Escarro, amostra de sangue, LCR, aspirado dos seios paranasais e ouvido médio. ▪ Escolher o melhor espécime clínico de acordo com o local da lesão. o MICROSCOPIA: ▪ DIPLOCOCOS G+ lanceolados e capsulados. o CULTURA: ▪ Meios enriquecidos: ágar sangue. ▪ Identificação ▪ Alfa-hemolíticos. ▪ • VACINAÇÃO: o STEPTOCOCCUS PYOGENES: • Fisiologia e estrutura: o COCOS GRAM + o Dispostos aos pares e em cadeia. o BETA-HEMOLÍTICOS, alguns isolados capsulados. o Anaeróbios facultativos. o Carboidrato grupo-específico (ANTÍGENO A) e antígenos tipo-específicos (PROTEÍNAS M e T) = utilizados para identificação. o o • Fatores de virulência: o Cápsula (ácido hialurônico): por ser um componente do corpo, ele se recobre com ela para se disfarçar. o Ácido lipoteicóico (adesão) o Proteína M: ▪ Funções de adesina antifagocítica, invasão celular, inflamatória. ▪ - Indução de resposta inflamatória. ▪ Estimula os leucócitos a degranular e destruir os tecidos a sua volta (é como se ele explodisse como uma bomba). o C5a peptidase: evita quimiotaxia de neutrófilos e fagócitos - por clivar a C5a e impedir a continuação da cascata do complemento (que faria defesa). o EXOTOXINAS PIROGÊNICAS = IL, TNF, IFN (produz essas toxinas e joga para fora, de forma que causem febre e inflamação) - levam a síntese incontrolada de citocinas que causarão inflamação. o ESTREPTOLISINA S e O: lise de leucócitos, plaquetas e eritrócitos. o Produz DNASE: função de diminuir a viscosidade do tecido = disseminação. o - O médico vai procurar ANTI-ESTREPTOLISINA A e ANTI-DNASE no corpo do doente, por meio de pesquisa de anticorpo, para fazer a identificação da bactéria. • Epidemiologia: o Colonização assintomática TRANSIETE do trato respiratório superior e pele. o Disseminação pessoa-pessoa por PERDIGOTOS ou através de abertura na pele após contato com indivíduos contaminado ou fômites. o Indivíduos susceptíveis: ▪ Crianças entre 2-5 anos com pouca higiene = PIODERMA ▪ Crianças entre 5-15 anos = FARINGITE ▪ Prematuros e idosos com infecções pré-existentes do trato respiratório/pele = ERISIPELAS, CELULITE. ▪ Crianças com infecções estreptocócicas de repetição = FEBRE REUMÁTICA, GLOMERULONEFRITE. • Doenças clínicas: o INFECÇÕES SUPURATIVAS: ▪ Faringite ▪ Impetigo ▪ Erisipela ▪ Celulite ▪ Fascilite necrotizante ▪ Bacteremia o INFECÇÕES NÃO-SUPURATIVAS: causadas pela presença de anticorpos e não da bactéria em si. ▪ Febre reumática ▪ Glomerulonefrite • Diagnóstico laboratorial: o AMOSTRAS (ESPÉCIME CLÍNICO) o MICROSCOPIA o CULTURA o IDENTIFICAÇÃO: ▪ BETA-HEMÓLISE ▪ CATALASE-NEGATIVOS ▪ Detecção de anticorpos: testes enzimáticos. ▪ Teste ASO/
Compartilhar