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POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA (PNAB)

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Anna Beatriz de Moraes - MED 104
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA (PNAB)
Diretrizes para organização da Atenção Básica na RAS
O que é Atenção Básica: é o conjunto de ações individuais, familiares e coletivas. Contemplam ações de
promoção à saúde, prevenção de doenças, diagnóstico, recuperação, reabilitação, redução de danos,
cuidados paliativos e vigilância em saúde. Utiliza-se as tecnologias leve e leve-dura.
PNAB: política que irá nortear o funcionamento da AB e o processo de trabalho neste nível de atenção à
saúde.
Na base da pirâmide temos a Atenção Básica/Atenção
Primária, resolve 80% dos problemas. Médicos que
não são resolutivos ou que não cumprem seu horário
tendem a abaixar esse percentual.
15% dos pacientes precisam ser encaminhados ao
especialista para avaliação na atenção secundária.
Municípios que ainda não possuem 100% de
cobertura da saúde da família, geralmente possuem
di�iculdades em achar médicos para atuarem 40h.
APS = AB (são termos equivalentes)
CARACTERÍSTICAS DA AB
● É desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade, próxima das pessoas,
com intuito de conhecer o modo de vida daquela população
● Deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro de
comunicação da RAS
● Orienta-se: pelo princípio da universalidade, da integralidade da atenção, da equidade, da
participação social e também pela acessibilidade, vínculo, continuidade do cuidado,
responsabilização, humanização
● Considera o sujeito em sua singularidade e inserção sociocultural, buscando produzir a atenção
integral
● Possui um complexo processo de trabalho, com baixa densidade tecnológica
“Utiliza tecnologias de cuidado complexas e variadas que devem auxiliar no manejo das
demandas e necessidades de saúde de maior frequência e relevância em seu território,
observando critérios de risco, vulnerabilidade, resiliência e o imperativo ético de que toda
demanda, necessidade de saúde ou sofrimento devem ser acolhidos”. PNAB
Anna Beatriz de Moraes - MED 104
❖ ATRIBUTOS DA APS
➢ Atributos essenciais
■ Acesso/primeiro contato
■ Longitudinalidade (longa duração):
cuidar do paciente ao longo da vida
■ Coordenação do cuidado
■ Integralidade (é tanto um princípio
doutrinário, como atributo da APS)
➢ Atributos derivados
■ Orientação familiar (foco família)
(prontuário família): devemos
identi�icar quando a família é um fator
protetor, podendo servir como rede de
apoio; e quando a família é um fator de
adoecimento do paciente. A família
deve ser considerada no momento de fechar diagnóstico e fazer um plano terapêutico
■ Orientação comunitária: é o capital social, o quanto a comunidade se ajuda e pode servir como
fator de apoio para ser considerada no plano terapêutico
■ Competência cultural: devemos respeitar a cultura e os valores da comunidade
❖ Barreiras ao acesso aos serviços de saúde:
➢ Geográ�icas: o local da APS deve ser de fácil acesso para todos
➢ Econômicas
➢ Funcionais: deve ser �lexível para que todos consigam acessar
➢ Culturais
➢ Comunicacionais
➢ Atitudinais
➢ Arquitetônicas
Anna Beatriz de Moraes - MED 104
❖ SOBRE A LONGITUDINALIDADE
➢ É lidar com o crescimento e as mudanças do indivíduo e grupos no decorrer de um tempo (por
anos)
➢ APS: longa duração da relação médico-paciente e cuidado em saúde
➢ Fortalece as relações
➢ Conhece-se a hstória das pessoas
➢ Aumenta a resolutividade do cuidado e fortalece os vínculos
➢ Resulta em menor número de internações (ICSAP = Internações por Condições Sensíveis à Atenção
Primária)
➢ Facilita observação à adesão ao tratamento, uso de medicamento, diagnóstico
❖ O MÉDICO NA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
➢ Realiza consultas agendadas e de urgência na unidade e no domicílio
➢ Supervisiona a equipe que realiza escuta inicial, dando retaguarda através da discussão de casos e
de interconsultas
➢ Presta cuidado aos usuários que �icam em observação até estabilização ou remoção para outro
serviço
➢ Realiza monitoramento das condições que exigem vigilância
❖ A resolutividade da organização do acesso depende de alguns elementos, como por exemplo: do
estabelecimento de um trabalho cooperado, a garantia de retaguarda para quem realiza a escuta inicial
e a ampliação da prática clínica do enfermeiro (através da aprovação de protocolos, diretrizes clínicas
claras e da parceria do trabalho do médico e enfermeiro
❖ Devem ser privilegiadas as consultas na agenda do médico, enfermeiro e cirurgião-dentista, dividindo
atividades não assistenciais com os demais pro�issionais da equipe
❖ ORGANIZAÇÃO DO ACESSO E AGENDA DOS PROFISSIONAIS
➢ Sistema com vagas: neste sistema, são destinadas algumas vagas para atendimentos de demandas
urgentes no dia e o restante para agendamento com antecedência
➢ Acesso avançado: neste sistema, 65% a 75% das vagas de atendimento estão abertas quando o
serviço abre suas portas. Ele elimina a distinção entre consultas de urgência e de rotina, ofertando
atendimento no mesmo dia para todos. O mote desse sistema é “faça o trabalho de hoje, hoje”. A
ideia desse sistema é marcar a consulta do paciente para o mesmo dia ou atendê-lo na mesma hora,
pois se marcar para dias depois: 1) o problema vai se resolver sozinho; 2) paciente vai esquecer da
consulta; 3) paciente vai procurar uma unidade de urgência e emergência
TIPOS DE EQUIPES E UNIDADES
❖ Unidade Básica de Saúde (UBS): estabelecimento que não possui equipe de Saúde da Família, possui
apenas equipe de Atenção Primária (eAP),
❖ Unidade de Saúde da Família (USF): estabelecimento com pelo menos 1 equipe de Saúde da Família
(eSF).
❖ Composição mínima de uma eSF
➢ 1 médico, preferencialmente especialista em MFC
Anna Beatriz de Moraes - MED 104
➢ 1 enfermeiro, preferencialmente especialista em SF
➢ 1 auxiliar ou técnico de enfermagem
➢ Agentes Comunitários de Saúde (obrigatório pelo menos 1)
➢ Todos esses pro�issionais devem trabalhar 40h semanais.
➢ Existe a opção de ter uma equipe ampliada, contendo:
■ Equipe de Saúde Bucal (ESB): pode trabalhar 20h semanais
■ Agente de Combate a Endemia (ACE): pode trabalhar 20h semanais
❖ Composição mínima de uma eAP
➢ 1 médico, preferencialmente especialista em MFC (pode trabalhar 20h ou 30h semanais)
➢ 1 enfermeiro, preferencialmente especialista em SF
➢ Opcional: 1 auxiliar ou técnico de enfermagem, ACE, ESB, ACS
❖ Especialidades básicas: podem estar presentes nas UBSs nos dias que o médico generalista possuir
outra atividade e o consultório �icar livre (ou então se a unidade for grande e tiver espaço)
➢ Médico ginecologista
➢ Médico pediatra
➢ Médico clínico geral
❖ Funcionamento da Atenção Básica
➢ CH mínima: 40 horas (5 dias por semana)
➢ Horários de funcionamento podem ser alternativos
➢ População Adscrita: população vinculada e previamente cadastrada à unidade
❖ Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB)
➢ Não é �ixa em uma unidade
➢ Fornece suporte técnico e pedagógico, eles operam quando são solicitados por algum integrante da
UBS. Esse apoio é chamado de Matriciamento / Apoio Matricial.
➢ Participam da PTS: Plano Terapêutico Simulado.
➢ Não tem espaço �ísico, não são unidades independentes. Eles vão até a unidade atuar junto com a
equipe e também fazem visita domiciliar
➢ Não são de "acesso aberto”
➢ Atuação conjunta com equipe APS: não atua de forma independente
➢ O gestor em saúde tem a liberdade para incluir o pro�issional que ele quiser para compor a equipe
do NASF: médicos especialistas, psicólogos, �isioterapeutas, fonoaudiólogos
❖ AMBIÊNCIA
➢ Espaço �ísico, entendido como lugar social, pro�issional e de relações interpessoais
➢ Deve proporcionar uma atenção acolhedora e humana para as pessoas
➢ Ambiente saudável para o trabalho dos pro�issionais de saúde
➢ Recepção sem grades
➢ Identi�icação visível dos serviços existentes
➢ Escala dos pro�issionais
➢ Horários de funcionamento e sinalização de �luxos
➢ Conforto térmico e acústico
➢ Espaços adaptados para as pessoas com de�iciência
Anna Beatriz de Moraes - MED 104
❖ Toda unidade deve monitorara satisfação de seus usuários, oferecendo o registro de elogios, críticas ou
reclamações, por meio de livros, caixas de sugestões ou canais eletrônicos.
❖ Gerente de Atenção Básica
➢ Pro�issional preferencialmente com nível superior
➢ Garantir o planejamento em saúde, a organização do processo de trabalho, coordenação e
integração das ações
➢ Não pode ser pro�issional integrante das equipes vinculadas à UBS
❖ Agente Comunitário de Saúde (ACS): possibilidade de realização de alguns procedimentos
➢ Aferição de PA
➢ Medir temperatura axilar
➢ Dosagem de glicemia capilar
➢ Realizar curativo
➢ ORientação administração de medicamento
❖ Deverão estar a�ixados em local visível, próximo à entrada da unidade de saúde:
➢ Identi�icação e horário de atendimento;
➢ Mapa de abrangência, com a cobertura de cada equipe;
➢ Identi�icação do Gerente da Atenção Básica e dos integrantes da equipe;
➢ Relação de serviços disponíveis;
➢ Escalas de atendimento de cada equipe.
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
Paciente sexo feminino, 41 anos, portadora de artrite reumatóide, foi vítima recente de um
infarto agudo do miocárdio. Passou por uma angioplastia com colocação de um Stent Cardíaco
(endoprótese). Retorna à Unidade Saúde da Família para seguimento e acompanhamento. Ao
conhecer todo seu histórico de saúde, o médico de família, que assumiu a função há uma
semana, substitui o anticoncepcional oral hormonal pelo DIU de cobre e encaminha a paciente
para a reumatologia. O médico enfatiza a importância de ter acesso à contrarreferência com as
recomendações do especialista. O caso relatado ilustra que atributo da APS?
a) do acesso de primeiro contato.
b) da coordenação do cuidado.
c) da competência cultural.
d) da longitudinalidade
Na avaliação de uma Unidade Básica de Saúde com três equipes de saúde da família, observou-se
um grande percentual de pacientes internados por doenças cardiovasculares. Foi solicitado o
apoio do Núcleo de Assistência à Saúde da Família (NASF), que diagnosticou fragmentação da
Anna Beatriz de Moraes - MED 104
atenção realizada, tendo em vista que pacientes com síndrome metabólica, hipertensão e
diabetes mellito eram atendidos a cada visita e/ou consulta por um pro�issional diferente, sem
comunicação entre eles. A partir do diagnóstico do NASF, como deve ser a relação entre as
equipes para a construção de uma ação de saúde visando reverter essa realidade no território?
a) A equipe do NASF deve substituir, a partir do diagnóstico, a equipe de saúde da família, por
ser mais especializada do ponto de vista técnico.
b) Deve existir uma ação compartilhada entre as equipes de saúde da família e o NASF, para uma
atenção integrada e coordenada.
c) A equipe do NASF deve fazer o planejamento e a Equipe da Estratégia de Saúde da Família
deve executar as ações.
d) As ações devem ser compartilhadas entre as equipes, com hierarquização e priorização da
equipe do NASF
No que concerne à infraestrutura, ambiência e funcionamento da atenção básica, de acordo
com a portaria 2.436 de 2017, é correto a�irmar:
a) Refere-se ao conjunto de procedimentos que objetiva adequar a estrutura �ísica, tecnológica
e de recursos humanos das UBS às necessidades de saúde da população de cada território.
b) A infraestrutura de uma UBS não deve estar adequada ao quantitativo de população adscrita
e suas especi�icidades, mas sim, aos processos de trabalho das equipes e à atenção à saúde dos
usuários.
c) Para um ambiente adequado em uma UBS recomenda-se contemplar: recepção com grades
(para garantir privacidade à pessoa), identi�icação dos serviços existentes, cronograma de
atendimento, conforto térmico e acústico, e espaços adaptados para as pessoas com
de�iciência.
d) Ambiência relaciona-se ao espaço como ferramenta facilitadora do processo de trabalho,
favorecendo a otimização de recursos, o atendimento humanizado, acolhedor e pouco
resolutivo.
GABARITO: B-B-A

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