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2- Classificar o TCE 1- Identificar o TCE TCE leve: glasgow 13 a 15 pontos TCE moder: glasgow 9 a 12 pontos TCE grave: glasgow < 8 pontos Sintomas comuns: confusão mental, amnésia anterógrada ou retrógrada, cefaleia, tontura Anterógrada: o paciente não lembra das coisas após o TCE; Retrograda: antes do TCE Sinais que podem ser observados: olhar vago, expressão verbal lentificada, incapacidade de focar a atenção, discurso arrastado ou incoerente, incoordenação grosseira observável, emocionalidade desproporcional às circunstâncias, qualquer período de perda de consciência. Obs: nem todo trauma na região da cabeça é um TCE. O TCE requer que tenha alguma manifestação neurológica ou um trauma mais intenso. TCE leve (ECG 13 a 15 ) Canadian TC head (TCE leve com qualquer um dos seguintes): - Mecanismo de trauma perigoso: atropelamento por veículo motorizado, ejeção de veículo, queda > 3 pés (1,5m) ou > 5 lances de escada. - > 65 anos de idade - Glasgow < 15 2 horas após o trauma. - Suspeita de fratura de crânio aberta ou deprimida. - Qualquer sinal de fratura de base de crânio: hemotímpano, olhos de guaxinim, sinal de Battle ou vazamento de LCR (oto ou rinorreia) (sinal do duplo halo) - > 2 episódios de vômitos. - Amnésia antes do impacto de > 30 minutos. - Convulsão. - Presença de diátese hemorrágica ou uso de anticoagulante oral. - Déficit neurológico Critérios de New Orleans (Glasgow 15 com qualquer um dos seguintes): - Cefaleia ou vômitos. - Idade > 60 anos - Intoxicação por drogas ou álcool - Amnésia anterógrada persistente. - Trauma visível acima da clavícula. Necessidade de TC crânio? Obs: Se tiver em uma UBS ou UPA, é necessário encaminhar para outro local que tenha TC História clínica Exame físico Triagem neurológica Nenhum sinal que indica TC Qualquer um dos critérios presentes TC crânio TC normal TC alterada Considerar avaliação de neurocirurgião - Glasgow < 15 - Diátese hemorrágica (compromentimento da coagulação/hemofílicos) ou uso de anticoagulante oral - Crise convulsiva em qualquer momento da evolução. - Ausência de cuidador responsável Nenhum presente Qualquer um presente Internar e observar por 24 horas (Obs: idosos podem ser necessário mais tempo de internação por risco de desenvolver sintomas neurológicos mais tardiamente) Alta e acompanhamento ambulatorial (apenas se presença de acompanhante para observar) Sinais de alerta a ser observado pelo acompanhante - indica TC: - lncapacidade de acordar o paciente - Cefaleias graves ou em piora. - Sonolência ou confusão - lnquietação ou convulsões - Dificuldades com a visão. - Vômitos, febre ou rigidez de nuca - lncontinência urinária ou fecal - Fraqueza ou dormência envolvendo qualquer parte do corpo. TCE grave (ECG < 8 ) Meta= PAS > 90; PaO2 > 60; PAM entre 50-150 mmHg (obs: PAM<50 = perfusão diminuida, sonolencia/torpor/coma; PAM>150 = aumenta perfusão cerebral, edema cerebral e encefalopatia hipertensiva).PPC = PAM - PIC 8- Internação e manejo intensivo: - Manejar traumas extracranianos - Monitorar e corrigir distúrbios eletrolíticos. - Profilaxia de TVP com compressão pneumática intermitente - Suporte nutricional 2- A (VIAS AÉREAS): TCE + Glasgow < 8 = IOT (Se contraindicação: cricotireoidostomia por punção) Obs: hipernatremias discretas podem ser toleradas sem corrigir para evitar edema cerebral; apenas evitar que piore. Obs: oxigenar com ambu 100% como pré oxigenação para a intubação. 3- B (VENTILAÇÃO): oxímetro (sat > 94%), inspeção torácica, palpação, ausculta pulmonar (buscar congestão e excluir pneumotórax; confirmar posicionamento do tubo) 4- C (CIRCULAÇÃO): acesso venoso (+ exames: hemograma, eletrólitos, coagulograma, etc), PIC, PA, corrigir hipotensão (SF 0,9% se não congesto; amino vasoativa se congesto), controlar outros sangramentos Medicações: lidocaína (atenua aumento da PIC), etomidato (menos risco de hipotensão) ou propofol, rocuronio (preferido) ou succinilcolina 1- MOV (Oxigenio, Monitorização, Veia) 5- D (DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA): reavaliar glasgow, glicemia (meta 140-180; Se > 180 - insulina EV infusão contínua; Se hipoglicemia - SG 50% hipertônica + glicose de manutenção) 6- E (EXPOSIÇÃO): controle da temperatura com antipiréticos, resfriamento ou termômetro central intraesofágico (não permitir hipertermia) Manejo da PIC (Se PIC > 20) Medidas para redução da PIC: - Drenagem ventricular externa (DVE) do LCR: idealmente o primeiro passo a ser feito. Com cateter ventricular conectado a um transdutor (monitora PIC + drena LCR) - Terapia osmotica: manitol (mais utilizado porque também melhora fluxo cerebral) ou solução hipertônica (se instabilidade ou risco de instabilizar). - Hiperventilação (evitar na fase aguda <48h) ou sedação (propofol -cuidado com hipotensão). - Craniectomia descompressiva: não é medida inicial. Usada após as outras medidas não serem efetivas. Condutas menos usadas (menos evidências): - Coma barbitúrico (pentobarbital se HIC refratária a outras medidas. Tomar cuidado com hipotensão; + monitorizar com EEG) - Hiportermia induzida Medidas específicas para manejo da PIC que devem ser instituídas assim que possível: - Elevar cabeceira em 30 ° para otimizar o retorno venoso, com pescoço em posição neutra e afrouxado o colar cervical; - Evitar excesso de volume (hipervolemia) principalmente se disfunção renal. Manejo da PAM (Minima para manter perfusão cerebral) Alvo da PPC: 60 mmHg; Em crianças 40-65mmHg Obs: O LCR é removido a taxa de 1 a 2 ml/min por 2 a 3 minutos por vez, com intervalos de 2-3 min até uma PIC < 20 mmHg ou até que LCR não seja mais facilmente obtido. TCE grave (sem avaliar o glasgow): - Assimetria de pupilas (diferença no tamanho pupilar >1mm): está associada a hérnia de uncus - Assimetria motora (lado normal e outro hemiplégico) - Fratura craniana que tenha saída de Líquor (rinorreia, otorreia, pela própria lesão), - Cérebro saindo para fora, - Afundamento do crânio Obs: se não for feito o coma barbitúrico, deixar droga antiepiléptica (fenitoína ou ácido valpróico) por 7 dias. Considerar EEG para diagnóstico de crises epiléticas subclínicas. Justificativa: 35% dos pacientes com TCE grave apresentam estado epiléptico não convulsivo e 8% convulsão. Obs: o uso de glicocorticoide no TCE grave piora o prognóstico, sendo proscrito! 7- TC (quando estabilizar) - diagnóstico do TCE primário, identificar lesões em massa e sinais de aumento da PIC Hematoma epidural: princ. <2anos, rompimento da art meningea média--> perda de consciencia imediata com intervalo luvido (~6h) seguido por deteriorização neurologica. Cirurgia se assitomatico + desvio da linha média>5mm ou assintomatico e hematoma >1,5cm Hematoma subdural: formato de banana , prnc em idosos, rompimento de V. pontinas, rebaixamento de consciencia imediato. Triade de cushing: HAS , hipertensão intracraniana, bradicardia e bradipneia. Cirurgia: Tc com desvio da linha média >5mm não necessitando ter sintomas TCE Page 1
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