Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Bruna Barreto Porto João Luiz Coimbra Engenharia Agronômica 21/08/2021 História da Fitopatologia no Brasil Qualquer fator ambiental que altere as condições naturais do desenvolvimento da planta afeta na produção e qualidade, como, por exemplo, temperatura, umidade, luz e nutrientes. Outro fator que ocasiona grandes perdas na lavoura são as doenças, essas perdas são tão significativas e constantes que podem ser encontradas na história, como a doença que ocasionou a requeima da batata em 1861. As doenças tornaram-se cada vez mais presente em grandes plantações, com o intuito de controlar sua incidência, fez necessário criar uma ciência para estudar esse fator de perda na colheita. A fitopatologia (phyton = planta; pathos = doença; logos = estudo), é uma ciência que estuda os agentes causadores, a doença, os sintomas e seu manejo adequado. Essa vertente considera conhecimentos da microbiologia, pois os agentes causadores são: fungos, bactérias, vírus, nematoides e fito plasmas, bioquímica, fisiologia vegetal e outras áreas da agronomia. No Brasil, não consegue traçar um histórico cronológico e certo, pois há uma carência de dados escritos. Em uma revisão realizada por COSTA (1975), cita Arséne Puthemans um alemão como um dos primeiros fitopatologistas do Brasil, com sua pesquisa sobre a bacteriose na cana-de-açúcar na Bahia em 1869. O começo da fitopatologia no Brasil tem início com participação de cientistas estrangeiros especializados em patologias relacionadas as plantas, principalmente as culturas mais importantes do século XVIII e início do século passado, como o café, batata, cana-de- açúcar, videiro e coqueiro. Esses pesquisadores trabalhavam em cooperação com alguns pesquisadores brasileiros, museus, jardins botânicos e universidades de agricultura, que posteriormente, mais precisamente no século XX começaram a lecionar a fitopatologia nos cursos de agronomia. Diferente dos outros países, no Brasil a patologia ligada as plantas, começou em duas linhas paralelas, uma em que micologistas estudavam fungos que estavam associados ao adoecimento de plantas efetuando o reconhecimento e catalogação sem se preocupar com a importância da doença e seus prejuízos. A segunda linha do início a fitopatologia no Brasil, tinha grupos de cientistas preocupados com o lado econômico, propunha concentrar em estudar doenças e formas de amenizar seus efeitos. Após a fase introdutória dessa área no país, acontecimentos marcantes foram registrados, a exemplo da Primeira Reunião de Fitopatologistas do Brasil, em 1936 e seu ensino formal na graduação e pós-graduação em 1964. A primeira pôs-graduação das ciências agronômicas foi oferecida pela ESALQ-USP. Para as divulgações de resultados, pesquisas e novas doenças, obtêm-se três periódicos especializados, são eles, fitopatologia brasileira, Summa Phytopathologica e a Revista Anual de Patologia de Plantas. Além dos periódicos, tem grupos de pesquisas nas universidades, pois já alertava COSTA (1975) o Brasil é um país vasto, de biomas diferentes e com as mais variadas culturas o tornando assim propicio a muitas doenças a ser estudadas.
Compartilhar