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Coleção Fábulas Bíblicas Volume 19 - Deus Não Existe


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Coleção Fábulas Bíblicas volume 19 
 
DEUS 
NÃO 
EXISTE 
Mitologia e Superstição Judaico-cristã 
 
 
 
JL 
jairoluis@inbox.lv 
 
 
https://www.sugarsync.com/pf/D0297736_62674168_661294
mailto:jairoluis@inbox.lv
3 
 
 
 
Todo crente é enganado desonestamente pelos parasitas religiosos com 
mentiras e fábulas bobas. 
 
 
http://es.scribd.com/doc/69932072/DEUS-E-IMAGINARIO-50-PROVAS
4 
 
Sumário 
1 - Características básicas de Deus ................................................. 6 
1 - Onipotência ...................................................................... 7 
2 - Onisciência ...................................................................... 11 
3 - Onipresença .................................................................... 13 
4 - Imutabilidade .................................................................. 15 
5 - Sabedoria infinita ............................................................. 17 
6 - Justiça infinita .................................................................. 20 
7 - Verdade Infinita ............................................................... 22 
8 - Amor Infinito. .................................................................. 25 
9 - Perfeição Absoluta. ........................................................... 28 
2 - Paradoxos e contradições >>> ................................................ 31 
1 - Onipotência ..................................................................... 32 
2 – Onibenevolencia .............................................................. 35 
3 - Onipresença .................................................................... 37 
4 – Onisciência ..................................................................... 38 
5 - Perfeição absoluta ............................................................ 42 
3 - Doze provas contra a existência de deus ................................... 45 
PRIMEIRA PARTE - CONTRA O DEUS CRIADOR ............................. 45 
Prova 1: A ação de criar é inadmissível .................................... 45 
Prova 2: O Espírito puro não pode determinar o Universo ........... 51 
Prova 3: O perfeito não produz o imperfeito ............................. 59 
Prova 4: Se Deus existe é eterno, ativo e necessário. ................ 67 
Prova 5: O ser imutável nunca criou. ....................................... 71 
Prova 6: Deus não pode ter criado sem motivo ......................... 75 
SEGUNDA PARTE – CONTRA O DEUS GOVERNADOR ..................... 86 
Prova 7: O Deus-Governador nega a perfeição do Deus-Criador .. 86 
Prova 8: A multiplicidade dos deuses prova que não existe 
nenhum ............................................................................... 88 
Prova 9: Deus não é infinitamente bom. O inferno é a prova ...... 94 
Prova 10: O problema do mal ............................................... 102 
TERCEIRA PARTE – CONTRA O DEUS JUSTICEIRO ...................... 112 
5 
 
Prova 11: O homem não pode ser castigado nem 
recompensado .................................................................... 112 
Prova 12: Deus viola as regras fundamentais de equidade ....... 120 
Sobre Sébastien Faure ......................................................... 128 
4 - Mais bobagens do Cristianismo >>> ....................................... 134 
Mais conteúdo recomendado ................................................. 135 
Livros recomendados ........................................................... 136 
Fontes: .............................................................................. 145 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1 - Características básicas de Deus 
 
Antes que o crente da superstição judaico-cristã nos acuse de 
ofender ao seu deus, chamando-o de incompetente, satânico ou 
coisas do tipo, repetimos aqui as características básicas de Deus 
para que o próprio crente julgue se as ações de Deus DESCRITAS 
NA BÍBLIA são compatíveis com tais características fundamentais 
como a onisciência, a onipresença e a onipotência. Já adianto que 
não, não são nada compatíveis, mas absurdamente contraditórias 
e é muito fácil perceber através de uma leitura bem superficial da 
Bíblia. 
 
É importante tratar de entender “O que é e como é esse Deus”, já 
que o conceito de Deus varia muito entre as pessoas. Para muitos 
Deus é somente uma espécie de “Energia Universal”, para outros, 
Deus somos nós mesmos e inclusive para muitos outros Deus 
poderia ser definido como a natureza que nos rodeia. Todas essas 
definições não são de nosso interesse; no Ocidente, quando 
alguém diz que é ateu e que não acredita em Deus se refere ao 
Deus Judaico-cristão, o Deus que nos descreve a Bíblia e que é 
adorado pela maioria da civilização ocidental. É sobre este Deus 
que tratamos no presente trabalho. Ainda que em essência a 
argumentação contra Deus se possa transferir ao resto dos 
Deuses que existem e existiram no mundo, não são de nosso 
interesse aqui e agora. Sei que a muitos cristãos não lhes agrada 
a ideia de “conceptualizar” o seu Deus, já que segundo eles a 
essência divina está acima disso e Deus é indefinível. Sem dúvida 
a melhor maneira de conhecer Deus é através do que a Bíblia nos 
diz sobre ele. Por sorte a Bíblia descreve em numerosas ocasiões 
como é Deus e que características possui o que deixa 
relativamente simples a nossa tarefa de defini-lo. Essas 
qualidades divinas são por todos conhecidas, mas é importante 
7 
 
defini-las e estabelecer os limites correspondentes. Segundo a 
Bíblia algumas das características de Deus são: 
 
1 - Onipotência 
Começaremos agora a analisar as diferentes características ou 
qualidades que possui Deus com o objetivo de delimitar e 
conhecer de maneira mais clara como se apresenta este ser 
divino. Além disso, argumentaremos porque não acredito que 
Deus seja um ser onipotente nem acredito que Deus seja o criador 
de todas as coisas. Imagino que nenhum crente cristão se 
atreveria a duvidar desta qualidade divina, já que é uma das mais 
abundantes e claras em toda a Bíblia. Nomear todos os versículos 
bíblicos que afirmam que Deus é todo poderoso seria uma tarefa 
titânica. Todos os cristãos creem sem nenhuma dúvida que Deus 
é todo poderoso e que é o criador de todas as coisas. Só citaremos 
um versículo Bíblico para estarmos seguros desta qualidade: 
Genesis 17:1 
1 - Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o 
SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em 
minha presença e sê perfeito. 
 
Não há nenhuma razão para acreditar que do ponto de vista 
racional e lógico Deus seja um ser “todo poderoso” e “criador de 
todas as coisas”: 
 
1 - A criação do mal 
 
Se for verdade o que diz a Bíblia, que Deus criou todas as coisas, 
então Deus também criou o mal e as calamidades humanas. Se 
http://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/17/1+
http://es.scribd.com/doc/76896728/Colecao-Fabulas-Biblicas-Volume-6-Deus-e-a-Fonte-do-Mal
8 
 
pararmos para pensar, isto é contraditório porque se pode dizer 
que tudo o que Deus criou é bom e de suas criações não pode sair 
o mal. Ainda que não acreditem, na Bíblia se diz em várias 
ocasiões que Deus criou o mal e as calamidades: 
Isaías 45:6-7 
6.Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que 
fora de mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro. 7.Eu 
formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu sou o 
Senhor, que faço todas estas coisas. 
Jó 42:11 
11. Então vieram ter com ele todos os seus irmãos, e todas as suas 
irmãs, e todos quantos dantes o conheceram, e comeram com ele pão 
em sua casa; condoeram-se dele, e o consolaram de todo o mal que 
o Senhor lhe havia enviado; e cada um deles lhe deu uma peça de 
dinheiro e um pendente de ouro. 
Jó 5:18 
18. Pois ele fere, mas dela vem tratar; ele machuca, mas suas mãos 
também curam. 
Gênesis 2:16 
16 - E oSenhor Deus ordenou ao homem: "Coma livremente de 
qualquer árvore do jardim, 17 - Mas não coma da árvore do 
conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, 
certamente você morrerá". 
 
Como podem ver nestes exemplos, sem dúvida Deus criou o mal 
e as enfermidades. Também é conhecido o ditado popular “o mal 
não existe, é só a ausência do bem”, isto não tem sentido, já que 
a Bíblia trata e nomeia o mal como algo bem definido e não como 
a ausência do bem. 
 
2 - Literalidade 
 
http://www.bibliaonline.com.br/aa/is/45/6-7+
http://www.bibliaonline.com.br/aa/j%C3%B3/42/11+
http://www.bibliaonline.com.br/aa/j%C3%B3/42/11+
http://www.bibliaonline.com.br/nvi/j%C3%B3/5/18+
http://www.bibliaonline.com.br/nvi/gn/2/16-17+
9 
 
Deus não pode “literalmente” ser o criador de todas as cosas. Há 
coisas que por definição Deus não as criou, o homem as criou. Por 
exemplo: Deus não criou o aço que não existe na natureza, pois 
é a combinação de ferro, carbono e outros tantos elementos. O 
homem criou o aço, não Deus. Claro que o crente dirá: “Mas Deus 
criou o ferro, o carbono e também o homem, portanto Deus é o 
criador indireto do aço e de todas as coisas que o homem inventa 
e fabrica”, aqui temos a palavra clave: “indireto”. Se a premissa 
acima é correta: então Deus é o “Criador indireto de todas as 
coisas”, o que deixa a sua perfeição muito limitada. 
 
3 - Lógica 
 
Um argumento que os nós ateus usamos com frequência para 
demostrar à falta de lógica ao afirmar que Deus é todo poderoso 
é o famoso argumento da “pedra pesada”. Se Deus é todo 
poderoso e pode criar o que deseje, Poderia Deus criar uma pedra 
tão pesada que nem ele mesmo pudesse levantá-la? Por simples 
lógica, Deus não pode fazê-lo. Isto seria o mesmo que afirmar que 
“Deus não pode evitar que a soma de uma unidade mais outra 
unidade de como resultado duas unidades”, esta é uma 
abordagem matemática básica e não pode ser quebrada nem 
mesmo por Deus. Diante disso os crentes responderão: “Deus só 
pode fazer coisas dentro da lógica”. Isso que dizer que Deus tem 
um limitante “A Lógica”, convertendo-se assim em um ser limitado 
a algo superior a ele e perderia sua essência perfeita. A 
característica divina ficaria assim: “Deus é o criador de todas as 
coisas logicamente possíveis”. 
4 - Leis naturais 
 
10 
 
Este é um argumento levantado por Bertrand Russell: “as leis 
naturais são independentes da criação divina” Deus deve acatar 
as leis naturais, portanto estão acima de Deus. Vejamos um par 
de exemplos: A lei da gravidade (9,8 mts/seg2) é a velocidade 
com que a terra atrai os objetos para o seu centro; e o oxigênio 
que forma o ar que respiramos (O2). A pergunta é a seguinte: 
Porque Deus criou as leis naturais assim e não de outra forma? 
Deus poderia ter feito a gravidade com valores mais baixos, desta 
forma poderia evitar milhões de mortes por quedas, fraturas, 
acidentes etc. Também Deus poderia fazer-nos respirar nitrogênio 
e não oxigênio, já que o nitrogênio é mais abundante no ar que o 
oxigênio, assim evitaria milhares de mortes por asfixia. O crente 
cristão tem três possíveis respostas a isto: 
 “Deus fez dessa maneira por que era o melhor para o 
mundo”: O melhor? Tantas mortes por culpa da gravidade 
e tantas asfixias são o melhor que Deus poderia fazer? 
 “Deus fez assim porque ele faz o que deseja”: isto equivale 
a dizer que “Deus faz o que lhe dá na cabeça” Que sentido 
tem adorar um Deus caprichoso que faz as coisas só porque 
lhe dá na telha? 
 “Deus fez dessa maneira porque tinha que fazer assim”: 
Deus está submetido às leis naturais. Esta é a única 
maneira de que Deus poderia fazê-lo. Deus não poderia 
criar a gravidade com um valor menor ou nos fazer respirar 
nitrogênio porque as leis naturais o impediam. Ou seja, 
Deus deve cumprir e acatar essas leis naturais. Um Deus 
que está submetido a leis superiores a ele, perde sua 
essência de perfeição absoluta. 
Existem inumeráveis razões que nos indicam que a onipotência de 
Deus está muito comprometida. Mas acredito que estas 
abordagens são suficientes para abrir uma base de opiniões a 
11 
 
respeito com o crente cristão que deseje aprender mais sobre o 
Deus que adora. 
 
2 - Onisciência 
Seguindo com a análise das qualidades de Deus veremos agora a 
característica mais polêmica e controversa de Deus: sua 
onisciência ou a capacidade de saber tudo. Tampouco acredito que 
algum crente seja capaz de pôr em dúvida esta qualidade. Deus 
sabe tudo. Sabe nosso passado, conhece nosso presente e sabe o 
que nos acontecerá no futuro. Deus conhece tudo sobre todos nós 
e sobre o mundo. O problema desta característica celestial é que 
em muitas das minhas conversas com crentes cristãos parece que 
não entendem muito bem o que significa e tendem a mal 
interpretá-la. A melhor maneira de eliminar as dúvidas sobre isso 
é investigar o que diz a Bíblia a respeito. Existem vários versículos 
que esclarecem sobremaneira este ponto: 
Jó 14:16 
16.Mas agora contas os meus passos; porventura não vigias sobre o 
meu pecado? 
Jó 23:10 
10.Porém ele sabe o meu caminho; provando-me ele, sairei como o 
ouro. 
Jó 42:2 
2.Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode 
ser impedido. 
Salmos 44:21 
21.Porventura não esquadrinhará Deus isso? Pois ele sabe os segredos 
do coração. 
Isaías 46:10 
10.Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as 
coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será 
firme, e farei toda a minha vontade. 
http://www.bibliaonline.com.br/acf/j%C3%B3/14/16+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/j%C3%B3/23/10+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/j%C3%B3/42/2+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/sl/44/21+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/is/46/10+
12 
 
Jó 23:14 
14.Porque cumprirá o que está ordenado a meu respeito, e muitas 
coisas como estas ainda têm consigo. 
Lucas 12:7 
7.E até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, 
pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos. 
 
Como podem ver há muitíssimos versículos que asseguram que 
Deus sabe tudo. O problema começa quando se afirma que o 
homem tem “Livre arbítrio”, ou seja, que o homem tem liberdade 
para escolher o que deseja. Este é um dos pontos mais quentes 
da conversação Ateu-Cristã. É muito difícil harmonizar a ideia de 
que podemos escolher livremente e que Deus já sabe todo nosso 
futuro e que nossa história está escrita de antemão. Sem dúvida, 
amigo crente, para você Deus já sabe quem será salvo e quem 
não será. Isso Deus sabe, já que sabe tudo. Mas como posso eu 
escolher se o meu destino já está escrito? Segundo essa premissa, 
não importa o que eu decida, sempre terminarei cumprindo o que 
Deus escreveu para mim. Não tenho saída. Muitos crentes tentam 
responder a isso dizendo: “Deus pode saber o nosso futuro, mas 
nós não sabemos”, saiba ele ou não isso não tem absolutamente 
nenhuma influência nos acontecimentos futuros, já que 
irremediavelmente acabarei cumprindo o que Deus quer. Além 
disso, existem também vários versículos que negam que Deus 
seja onisciente e que saiba tudo. É um tema espinhoso e 
controverso que se levará várias linhas para debatê-lo e o 
trataremos em numerosas oportunidades. Eu, por ser ateu não 
acredito que o meu destino esteja escrito nem em nada do tipo. 
Ninguém sabe o meu futuro. O futuro não existe, o vamos criando 
dia após dia através de nossas decisões. Considero-me um ser 
livre e não estou nesta vida para cumprir nenhum livro. Sei que 
você, amigo crente, se considera livre para escolher o que deseja, 
http://www.bibliaonline.com.br/acf/j%C3%B3/23/14+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/lc/12/7+
13 
 
porém isso não contradiz tudo que existe na sua Bíblia sobre Deus 
e sua onisciência? Sim. 
 
3 - Onipresença 
Deus está em toda parte, o tempo todo. Isto sabe qualquer crente. 
Mas lamentavelmente a Bíblianão é muito clara a respeito e 
existem poucos versículos que nos indicam isto de forma pontual. 
Ao dizer que Deus se encontra em todo lugar se assume outra 
característica divina: a Invisibilidade. Deus é em essência um ser 
invisível e etéreo. Claro, tem que ser; nada que seja visível está 
em todo lugar ao mesmo tempo. A imaterialidade é um requisito 
obrigatório para cumprir esta premissa. As qualidades de 
onipresença e invisibilidade trazem consigo vários problemas ao 
tentar entender isto de forma racional. Apesar de que Deus está 
em todo lugar, a Bíblia nos diz que Deus foi visto de maneira 
precisa em várias oportunidades; inclusive até falou com várias 
pessoas em determinadas ocasiões; isto significa que para ser 
visto e escutado em um momento e lugar preciso deveria estar ali 
e não em todos os lugares. Também, fazer-se visível para várias 
pessoas sem dúvida deixou de ser invisível, já que as coisas 
invisíveis não se podem ver. É impossível dizer com toda 
segurança que Deus é invisível, já que foi visto em várias 
oportunidades: 
Gênesis 32:30 
30.E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho 
visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva. 
Êxodo 24:10-11 
10.E viram o Deus de Israel, e debaixo de seus pés havia como que 
uma pavimentação de pedra de safira, que se parecia com o céu na 
sua claridade. 11.Porém não estendeu a sua mão sobre os escolhidos 
dos filhos de Israel, mas viram a Deus, e comeram e beberam. 
http://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/32/30+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/ex/24/10-11+
14 
 
Êxodo 31:18 
18.E deu a Moisés (quando acabou de falar com ele no monte Sinai) 
as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo 
de Deus. 
Êxodo 33:11 
11.E falava o SENHOR a Moisés face a face, como qualquer fala com 
o seu amigo; depois se tornava ao arraial; mas o seu servidor, o jovem 
Josué, filho de Num, nunca se apartava do meio da tenda. 
Êxodo 33:23 
23 - E, havendo eu tirado a minha mão, me verás pelas costas; mas 
a minha face não se verá. 
 
1. Então, Deus é invisível ou não? 
2. Ou só é invisível às vezes? 
Há outra coisa que atenta contra a invisibilidade e o caráter etéreo 
de Deus, é que Deus tem dedos, cara e costas (Gênesis 32:30; 
Êxodo 31:18; Êxodo 33:23) isto equivaleria a dizer que Deus está 
composto por algo físico que se pode ver o que atentaria contra a 
sua condição de ser espiritual o imaterial. 
 É muito difícil sustentar que Deus é um ser espiritual e 
invisível quando a própria Bíblia nos diz o contrário. 
Como ponto final, quero fazer uma observação à maneira de 
piada: 
1. Por que quando o crente quer referir-se a Deus sempre olha 
ou aponta para cima, para o céu? 
2. Se Deus está em todo lugar, não tem sentido buscá-lo no 
céu nem entre as nuvens – ELE ESTÁ EM TODO LUGAR. Ou 
não? 
3. Curioso, não? 
 
http://www.bibliaonline.com.br/acf/ex/31/18+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/ex/33/11+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/ex/33/23+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/32/30+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/ex/31/18+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/ex/31/18+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/ex/33/23+
15 
 
4 - Imutabilidade 
Uma qualidade divina que parece estar muito claramente 
estabelecida nas “Santas Escrituras”, mas que por sua vez a 
própria Bíblia se contradiz é a: Imutabilidade. Isto em poucas 
palavras é: “Deus é o mesmo desde sempre, ele não muda.”. Ser 
imutável significa ser sempre o mesmo, sem experimentar 
nenhum tipo de mudança ou alteração. Não mudam nem Deus, 
nem seus desígnios. A Bíblia nos diz em várias oportunidades que 
isto é correto, Deus não muda: 
Salmos 102:27 
27.Porém tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim. 
Salmos 33:11 
11.O conselho do SENHOR permanece para sempre; os intentos do 
seu coração de geração em geração. 
Tiago 1:17 
17.Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do 
Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. 
1 Samuel 15:29 
29.E também aquele que é a Força de Israel não mente nem se 
arrepende; porquanto não é um homem para que se arrependa. 
Malaquias 3:6 
6.Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não 
sois consumidos. 
Hebreus 13:8 
8.Mas, do Filho, diz: O Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos 
séculos; Cetro de equidade é o cetro do teu reino. 
 
E muitos outros. 
Apesar de todos estes versículos que sem dúvida afirmam que 
Deus é Imutável, também em várias ocasiões a própria Bíblia 
http://www.bibliaonline.com.br/acf/sl/102/27+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/sl/33/11+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/tg/1/17+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/1sm/15/29+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/ml/3/6+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/hb/13/8+
16 
 
parece afirmar o contrário que Deus muda de opinião e não é o 
mesmo desde sempre: 
Gênesis 6:6-7 
6.Então se arrependeu o SENHOR de haver feito o homem sobre a 
terra e pesou-lhe em seu coração. 7.E disse o SENHOR: Destruirei o 
homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao 
animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de 
havê-los feito. 
Êxodo 32:14 
14.Então o SENHOR arrependeu-se do mal que dissera que havia de 
fazer ao seu povo. 
Jonas 3:10 
10.E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau 
caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha anunciado lhes faria, 
e não o fez. 
2 Samuel 24:16 
16.Estendendo, pois, o anjo a sua mão sobre Jerusalém, para destruí-
la, o SENHOR se arrependeu daquele mal; e disse ao anjo que fazia a 
destruição entre o povo: Basta, agora retira a tua mão. E o anjo do 
SENHOR estava junto à eira de Araúna, o jebuseu. 
 
Podemos ver claramente duas coisas aqui: 
1. Ou a Bíblia se contradiz em várias ocasiões, 
2. Ou isso da “Imutabilidade Divina” é algo ambíguo e não 
deve ser levado muito a sério. 
3. Em qualquer dos casos Deus parece meio fora da casinha. 
Outro fator que compromete a Imutabilidade de Deus é o fato que 
no passado ele mesmo cometeu atos reprováveis e logo depois 
mudou de caráter com respeito às suas ações. Por exemplo, todos 
nós recordamos os fatos ocorridos durante o diluvio universal ou 
na destruição das cidades de Sodoma e Gomorra, ambos os fatos 
narrados no Gênesis. Nestas duas situações houve uma destruição 
http://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/6/6-7+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/ex/32/14+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/jn/3/10+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/2sm/24/16+
17 
 
total dos seres humanos incluindo crianças e animais inocentes, 
ao que parece foram realizados diretamente por Deus para 
erradicar o mal de ambos os lugares. Imagino que o crente estará 
de acordo comigo de que em ambos os fatos morreram crianças 
completamente inocentes dos pecados de seus pais. Claro, você 
também dirá que Deus teve suas razões para fazê-lo. Em todos 
os casos em várias oportunidades Deus no Antigo Testamento se 
nos apresenta como um Deus combativo e vingativo, que 
promoveu múltiplas guerras e inclusive assassinou em várias 
ocasiões pessoas por sua própria conta. Já no Novo Testamento 
vemos um Deus completamente diferente, um Deus que é todo 
amor e ternura e que parece esquecer seu passado quando era 
chamado “Deus dos Exércitos”. 
 Se isto não é mudar, não sei o que seria! 
 
5 - Sabedoria infinita 
A sabedoria de Deus é uma das características divinas mais 
conhecidas pelo crente. Deus é infinitamente sábio e nunca se 
equivoca. A Bíblia é bem específica em centenas de versículos. 
Jó 9:4 
4.Ele é sábio de coração, e forte em poder; quem se endureceu contra 
ele, e teve paz? 
Jó 12:13 
13.Com ele está a sabedoria e a força; conselho e entendimento têm. 
Isaías 40:28 
28.Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador 
dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu 
entendimento.Daniel 2:20 
http://www.bibliaonline.com.br/acf/j%C3%B3/9/4+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/j%C3%B3/12/13+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/is/40/28+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/dn/2/20+
18 
 
20.Falou Daniel, dizendo: Seja bendito o nome de Deus de eternidade 
a eternidade, porque dele são a sabedoria e a força; 
 
Como é lógico pensar, a Bíblia ao ser totalmente inspirada por 
Deus, não tem erros; nem Jesus, a materialização física de Deus, 
tampouco se equivoca ou jamais se equivocou. Bom, descrever 
todos os erros e contradições da Bíblia levaria muito tempo, já 
que são muitos, descrever os erros de Jesus também, assim para 
não fazer um cansativo trabalho de análise citaremos apenas uns 
“pequenos equívocos” de Jesus tal como se encontra na Bíblia: 
Mateus 16:28 
28 - Em verdade vos digo que alguns há dos que aqui estão que não 
provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino. 
 
Isto, tomado de forma literal é um erro, pois morreram todos os 
dessa geração e Jesus ainda não voltou. Morreram várias gerações 
e o esperado regresso de Jesus não aconteceu. Claro, você como 
crente dirá: “não se deve entender isso de modo literal”, sim, é 
fato que Jesus usava parábolas para exemplificar algumas partes 
de sua doutrina; porém quando fazia isso ele declarava 
antecipadamente. Em nenhuma parte se assume que isto é uma 
parábola. Outros crentes afirmam que a geração a que se refere 
o versículo não é literal e logo começam a procurar cálculos de 
anos e a fazer estranhas explicações do que poderia ser uma 
“geração”. Os próprios crentes tratam logo de consertar esse 
equívoco evidente, sem sucesso é claro. 
Mateus 12:40 
40 - Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da 
baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio 
da terra. 
 
http://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/16/28+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/12/40+
19 
 
Este é um dos equívocos mais claros e evidentes de Jesus-Deus. 
Neste versículo profetizou que ressuscitaria depois de três dias e 
três noites. Todos nós sabemos que Jesus esteve no túmulo no 
máximo por um dia e meio, morreu em uma tarde de sexta-feira 
e já na manhã de domingo foi ressuscitado. Para cumprir o que o 
verso diz ele tinha que ter saído do túmulo na manhã de segunda-
feira. Não há praticamente nenhuma explicação razoável para 
isso, a menos que você amigo cristão comece de novo a fazer 
cálculos para dar aos "três dias e três noites” significados 
diferentes. 
Marcos 7:14-15 
14.E, chamando outra vez a multidão, disse-lhes: Ouvi-me vós, todos, 
e compreendei. 15.Nada há, fora do homem, que, entrando nele, o 
possa contaminar; mas o que sai dele isso é que contamina o homem. 
 
Eu sei que os crentes cristãos têm dado milhares de interpretações 
a estas palavras de Jesus, alguns dizem que se refere ao pecado, 
à palavra ou a centenas de outras coisas. Mas a verdade é que 
Jesus quis fazer uma comparação de qualquer uma destas 
interpretações possíveis com o que entra literalmente no homem 
(comida, por exemplo) e o que sai (fezes). Certamente, Jesus ao 
possuir sabedoria infinita deveria saber que existem milhões de 
coisas que, quando ingeridas podem contaminar o corpo causando 
doenças e até a morte. Portanto, esta besteira de que "Nada 
existe fora do homem e que ao entrar nele o possa contaminar” é 
um erro gigantesco para um ser que se denomina Deus. 
Estes são apenas três exemplos e como dissemos anteriormente, 
citar todos seria tarefa impossível. Em muitas oportunidades 
analisaremos outros tantos erros com mais calma e atenção. 
Certamente que o leitor crente cristão deve ter muitas respostas 
premeditadas para poder a duras penas justificar todos estes 
http://www.bibliaonline.com.br/acf/mc/7/14-15+
20 
 
erros, a desculpa mais comum utilizada nesses casos é: “a Bíblia 
necessita ser interpretada”, claro, com esta resposta podem 
responder a todos os erros que aparecem nas santas escrituras. 
Você amigo crente já usou esta desculpa alguma vez? 
 
6 - Justiça infinita 
Agora comentaremos brevemente sobre uma característica divina 
que a meu modo de ver é uma das mais citadas na Bíblia, mas 
por sua vez é uma das que menos atenção recebe, “A Justiça 
eterna de Deus”. A “santa palavra” afirma em numerosas ocasiões 
que Deus é infinitamente justo e que dará a cada um, o que 
merece. 
Deuteronômio 10:17 
17.Pois o SENHOR vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos 
senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de 
pessoas, nem aceita recompensas; 
1 Pedro 1:17 
17 - E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga 
segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da 
vossa peregrinação, 
Gálatas 2:6 
6 - E, quanto àqueles que pareciam ser alguma coisa (quais tenham 
sido noutro tempo, não se me dá; Deus não aceita a aparência do 
homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me 
comunicaram; 
1 João 3:7 
7 - Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim 
como ele é justo. 
 
… e muitos outros. 
 
http://www.bibliaonline.com.br/acf/dt/10/17+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/1pe/1/17+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/gl/2/6+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/1jo/3/7+
21 
 
Apesar de todos estes inumeráveis versículos que avaliam a 
justiça divina, às vezes paramos para pensar se isso tem algum 
fundamento. É verdade que deus é um ser justo e que sua criação 
é justa? Certamente é necessário muita ingenuidade para pensar 
que o mundo é ou alguma vez foi um lugar justo. Praticamente 
tudo o que nos rodeia está cheio de injustiças: vemos dia a dia 
como gente desonesta progride na vida enquanto gente honesta 
sofre desgraças não merecidas. Observamos como os desastres 
naturais tiram a vida de milhões de pessoas inocentes; sobretudo 
as maiores vítimas da injustiça humana, as crianças, são elas que 
normalmente sofrem as maiores consequências da falta de justiça 
a cada momento. Se o crente leitor ainda acredita que a história 
bíblica do dilúvio é correta, terá que admitir que neste caso 
tivessem que morrer crianças inocentes sem absolutamente 
nenhuma culpa dos erros de seus progenitores. Dessa história 
absurda surge uma grande dúvida, uma dúvida que deve corroer 
até o cérebro de muitos crentes: Por que se Deus é justo, tiveram 
que morrer crianças inocentes nesse dilúvio? Jamais se obteve 
uma resposta convincente de qualquer crente, mas certamente 
muitos se consolam com o conhecido autoengano de que “Deus é 
misterioso e sabe o que faz”, mas lá no fundo sabem não é uma 
resposta para nada. 
Amigo crente, vejamos um exemplo clássico, que certamente 
você acredita que pode ocorrer: Vamos supor que um ateu 
qualquer, por exemplo, da Suécia (utilizo este país como exemplo 
porque é um dos países com maior porcentagem de ateus e menos 
crimes), esta pessoa ateia tem uma ficha de vida inatacável, 
nunca cometeu um crime nem qualquer coisa reprovável, bom 
esposo e grande pai, um bom amigo; com problemas e defeitos, 
claro, como todos nós, mas em termos gerais e diante da 
sociedade é um cidadão íntegro. Coloquemos no outro extremo, 
um assassino em série, violador e pedófilo (esta classe de 
22 
 
criminosos lamentavelmente é comum) cuja vida é uma desgraça, 
tanto para ele como para os que o rodeiam e que por seus atos 
destruiu a vida de muitas pessoas. Imaginemos que ambos 
morrem. Coisa que certamente ocorrerá algum dia, mas o ateu 
morre sem aceitar Jesus como seu salvador e morre sendo ateu, 
apesar de ter sido bom em toda a sua vida; o assassino momento 
antes de morrer se arrepende e aceita Jesus em seu coração, 
claro, me refiro a uma conversão real, sincera e totalmente 
honesta, este assassino se arrepende de verdade de seus 
pecados. Segundo a crença cristã (e você como crente cristão 
estará de acordo) o ateu irá quase sem nenhumadúvida ao 
inferno, ou ao lugar de condenação que exista, pela simples razão 
de que rompeu nada mais nada menos que o mandamento mais 
importante, “Amar a Deus sobre todas as coisas”. E no segundo 
caso, o do assassino arrependido, irá ao paraíso ou a seu 
equivalente de recompensa divina, por ele apenas ter tido a sorte 
de haver se arrependido a tempo. Estou certo de que o leitor 
cristão dirá: "Bem, cada um teve a oportunidade de escolher e 
escolheu”; concordamos, mas essa não é a discussão, o que se 
discute é se isto é justo ou não. 
Sejamos sinceros, parece-lhe justa a condenação do ateu decente 
e o prêmio do assassino arrependido? Sua resposta deveria 
oferecê-la aos familiares e seres queridos das vítimas do 
assassino. 
 
7 - Verdade Infinita 
De fato, Deus não mente, ele é completamente verdadeiro e 
preciso em suas palavras. Sobre isso concordam todos os crentes, 
este é, sem dúvida, um atributo essencial de Deus. Vamos 
examinar brevemente alguns versos que dizem isso para ficarmos 
mais seguros: 
23 
 
 
Tito 1:2 
2.Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, 
prometeu antes dos tempos dos séculos; 
Romanos 3:4 
4.De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo o 
homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em 
tuas palavras, E venças quando fores julgado. 
 
1. OK, este ponto está claro agora. Deus não mente. 
2. Correto? 
Sem levar em conta as numerosas contradições e erros que 
poderia ter a Bíblia, as quais podem ser interpretadas como 
mentiras ou erros, há dois versículos que de fato confundem o 
leitor e parece que Deus mentiu de forma descarada, inclusive ele 
mesmo descobrindo o engano. 
Jeremias 7:22 
22.Porque nunca falei a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do 
Egito, nem lhes ordenei coisa alguma acerca de holocaustos ou 
sacrifícios. 
 
Este é um versículo bastante comprometedor para Deus, porque 
afirma que não decretou algumas ordens, das quais há milhares 
que confirmam que essas ordens foram dadas. Citar aqui todos os 
versículos onde Deus ordenou fazer holocaustos e sacrifícios seria 
um trabalho realmente esgotador devido à enorme quantidade 
deles. Mas isso não é necessário, pois o próprio Deus responde a 
si mesmo confessando que mentiu cinicamente. 
Ezequiel 20:25-26 
http://www.bibliaonline.com.br/acf/tt/1/2+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/rm/3/4+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/jr/7/22+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/ez/20/25-26+
24 
 
25.Por isso também lhes dei estatutos que não eram bons, juízos pelos 
quais não haviam de viver; 26.E os contaminei em seus próprios dons, 
nos quais faziam passar pelo fogo tudo o que abre a madre; para 
assolá-los para que soubessem que eu sou o SENHOR. 
 
 Aqui o mesmíssimo Deus reconhece que havia ordenado 
holocaustos e sacrifícios, contradizendo o dito em Jeremias 
7:22. 
Mas uma das coisas mais curiosas sobre as “mentirinhas” de Deus 
é a famosa “primeira mentira”. Este é um argumento muito usado 
pelos ateus porque é interessante e sugestivo. Se perguntarmos 
a um crente medianamente informado sobre o Gênesis e a origem 
do homem segundo a Bíblia: 
 
Qual foi a primeira mentira? 
Acredito que depois de pensar um pouco responderia: 
“A primeira Mentira foi dita por Satanás a Eva”, e neste caso o 
crente estaria se referindo a Gênesis 3:4-5 (4.Então a serpente 
disse à mulher: Certamente não morrereis. 5.Porque Deus sabe 
que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e 
sereis como Deus, sabendo o bem e o mal ...), 
Mas esta é a primeira mentira? Não, a primeira mentira é esta: 
Gênesis 2:16-17 (16.E ordenou o SENHOR Deus ao homem, 
dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, 17.Mas 
da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; 
porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.), 
obviamente isto é mentira, no dia em que Adão comeu deste fruto 
não morreu. A prova está em Gênesis 5:3-5 (3.E Adão viveu 
novecentos e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, 
http://www.bibliaonline.com.br/acf/jr/7/22+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/jr/7/22+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/3/4-5+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/2/16-17+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/5/3-5+
25 
 
conforme a sua imagem, e lhe pôs o nome de Sete. 4.E foram os 
dias de Adão, depois que gerou a Sete, oitocentos anos, e gerou 
filhos e filhas. 5.E foram todos os dias que Adão viveu novecentos 
e trinta anos, e morreu.), ou seja, ele viveu muito tempo depois 
que comeu o fruto da árvore. 
Como se pode ver, a primeira mentira foi dita pelo próprio Deus e 
não por Satanás como geralmente se costuma crer. Também 
sabemos que os crentes possuem milhares de desculpas para 
justificar isto, sejamos sinceros, não é algo muito suspeito? 
 Deus é o pai da mentira? 
 Sim, sem dúvida! 
 
8 - Amor Infinito. 
Se existe uma frase que resume todos os sentimentos e 
pensamentos do cristão sincero, esta frase é: “Deus é amor.” 
Palavras retiradas de 1 João 4:8 (8.Aquele que não ama não 
conhece a Deus; porque Deus é amor.). Tenho absoluta certeza 
de que o cristão acredita nesta frase. O cristão devoto, leal e 
convencido possui Deus e Jesus como primeiro pensamento ao 
acordar e último ao dormir. Jamais duvida de sua existência por 
um momento sequer e nem ao menos por um momento passa por 
sua cabeça o pensamento de que Deus e Jesus não sejam puro 
amor e bondade. Ele “sabe” que Deus é bom e que os maus somos 
nós e nossas decisões. Deus jamais tem culpa de nosso 
comportamento. 
 Esse comportamento não muda até que o crente passe a 
ler a bíblia de forma imparcial e crítica, coisa que a grande 
maioria evita por medo de perder a fé, pois é cada vez mais 
comum a frase “Deixei de ser cristão depois de ler a Bíblia”. 
http://es.scribd.com/doc/38936580/Colecao-Fabulas-Biblicas-Volume-28-Profecias-Falsas-da-Biblia
http://www.bibliaonline.com.br/acf/1jo/4/8+
26 
 
Isso assusta os devotos, para eles perder a fé seria como perder 
o chão. Ele perceberá e será obrigado a admitir que haja no 
mundo muitos males dos quais o homem não tem culpa e terá que 
atribuir isso a Deus, o que é motivo de verdadeiro pânico em sua 
estreita forma bíblica de pensar. Serão obrigadas a usar as 
famosas desculpas: “Minha mente é limitada para entender a 
mente de Deus.” E a grande pérola, “Os caminhos de Deus são 
misteriosos”. 
A Bíblia diz em numerosas ocasiões que Deus é bondade, amor e 
misericórdia: 
João 3:16 
16.Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho 
unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha 
a vida eterna. 
Tito 3:4 
4.Mas quando apareceu a benignidade e amor de Deus, nosso 
Salvador, para com os homens, 
1 Timóteo 4:4 
4.Porque toda a criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, 
sendo recebido com ações de graças. 
 
Se pensarmos um pouco notaremos de que esta concepção de “O 
Deus bom” vem basicamente do Novo testamento, pois no Antigo 
Testamento Deus é um deus guerreiro e na maioria dos casos 
assassino e sanguinário. 
Números 31:17-18 
17.Agora, pois, matai todo o homem entre as crianças, e matai toda 
a mulher que conheceu algum homem, deitando-se com ele. 
18.Porém, todas as meninas que não conheceram algum homem, 
deitando-se com ele, deixai-as viver para vós. 
Deuteronomio 7:23 
http://es.scribd.com/doc/47745456/Colecao-Fabulas-Biblicas-Volume-1-Argumentos-Religiosos-Idiotas
http://es.scribd.com/doc/47745456/Colecao-Fabulas-Biblicas-Volume-1-Argumentos-Religiosos-Idiotas
http://www.bibliaonline.com.br/acf/jo/3/16+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/tt/3/4+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/1tm/4/4+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/nm/31/17-18+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/dt/7/23+
27 
 
23.E o SENHOR teu Deus as entregará a ti, e lhes infligirá uma grande 
confusão até que sejam destruídas. 
Deuteronomio28:63 
63.E será que, assim como o SENHOR se deleitava em vós, em fazer-
vos bem e multiplicar-vos, assim o SENHOR se deleitará em destruir-
vos e arruiná-los; e arrancados sereis da terra a qual passais a possuir. 
1 Samuel 15:2-3 
2.Assim fala o Senhor dos exércitos: Vou pedir contas a Amalec do 
que ele fez a Israel, opondo-se lhe no caminho, quando saiu do Egito. 
3.Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o 
que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à 
mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às 
ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos. 
Isaías 37:36 
36.O anjo do Senhor apareceu no campo dos assírios e feriu cento e 
oitenta e cinco mil homens. No dia seguinte, de manhã, ao despertar, 
só havia lá cadáveres. 
 
Vemos com assombro como Deus ordena fazer coisas 
verdadeiramente abomináveis e ele próprio assassinou com suas 
próprias mãos a muitas pessoas, assim como matanças onde 
morreram crianças inocentes (Sodoma, Gomorra e o Dilúvio 
Universal) O verdadeiramente surpreendente disso é que se Deus 
é imutável, como afirmam as escrituras (Salmos 102:27 – Salmos 
33:11 – Tiago 1:17 – 1 Samuel 15:29 – Malaquias 3:6 – Hebreus 
13:8 etc.), porque muda de um Deus de guerra e assassino para 
um Deus de amor e bondade? Se Deus é imutável porque mudou? 
O que fez Deus mudar de opinião? 
 Sempre que perguntarmos sobre isso a um cristão devoto 
ouviremos pérolas como “Deus não é responsável pelo mal, são 
os homens os culpados pelas tragédias do mundo.” Hoje até 
mesmo a grande maioria dos cristãos sabe que isso não é correto. 
A própria Bíblia nos diz que Deus é o criador do mal (Isaías 45:6-
7 - Jeremias 18:11– Amós 3:6) e que os homens não causam 
http://www.bibliaonline.com.br/acf/dt/28/63+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/1sm/15/2-3+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/is/37/36+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/sl/102/27+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/sl/33/11+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/sl/33/11+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/tg/1/17+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/1sm/15/29+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/ml/3/6+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/hb/13/8+
http://www.bibliaonline.com.br/acf/hb/13/8+
http://www.bibliaonline.com.br/aa/is/45/6-7+
http://www.bibliaonline.com.br/aa/is/45/6-7+
http://www.bibliaonline.com.br/nvi/jr/18/11+
http://www.bibliaonline.com.br/nvi/am/3/6+
28 
 
todas as tragédias, como os desastres naturais (vulcões, 
terremotos e tsunamis), que são independentes da ação humana 
e têm ocorrido desde sempre e, claro, as vítimas inocentes desses 
desastres são inumeráveis. “Deus é amor” … pode ser… mas 
também, segundo a Bíblia, é um ser que cometeu muitos 
assassinatos, injustiças e abusos. Ao que parece se pode ser bom 
e mau ao mesmo tempo. Isso não é surpresa, assim somos todos 
nós, às vezes bons, às vezes maus, mas sempre tentando inclinar 
a balança para a bondade. Será que Deus é exatamente igual a 
nós? Pois a Bíblia afirma que “Fomos criados à sua imagem e 
semelhança”. 
 
Será que o correto não seria: “E criou o homem, deus à sua 
imagem e semelhança”. Tudo leva a crer que sim! 
 
9 - Perfeição Absoluta. 
A “Perfeição” é a característica de Deus que resume todas as 
qualidades anteriores. Ao dizer que Deus é perfeito, se assume 
que é um ser isento de falhas e erros. Um estudo crítico da Bíblia 
vai nos dar dúvidas bastante sensatas sobre cada uma destas 
qualidades, pelo que o termo “Perfeição Divina” se faz bastante 
débil, suscetível e duvidoso. A Bíblia nos diz em várias 
oportunidades que Deus é perfeito: 
Mateus 5:48 
48.Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito. 
2 Samuel 22:31 
31.Os caminhos de Deus são perfeitos; a palavra do Senhor é pura. 
Ele é o escudo de todos os que nele se refugiam. 
Salmos 18:30 
http://www.bibliaonline.com.br/vc/mt/5/48+
http://www.bibliaonline.com.br/vc/2sm/22/31+
http://www.bibliaonline.com.br/vc/sl/18/30+
29 
 
30.Os caminhos de Deus são perfeitos, a palavra do Senhor é pura. 
Ele é o escudo de todos os que nele se refugiam. 
 
Se levarmos em conta todas as características e qualidades 
divinas se observa dramaticamente que Deus é tudo menos um 
ser perfeito, vejamos este assunto desde outra perspectiva: 
1. Algo que seja “Perfeito” significa que está livre de erros, é 
algo que não necessita de nada devido ao seu grau de 
perfeição. 
2. Deus, por ser uma criatura absolutamente perfeita não 
deveria precisar de nada, é um ser pleno e perfeito, sem 
mancha, portanto não necessita de absolutamente nada. 
3. Sabemos que não é assim, Deus necessita 
desesperadamente de nós, deseja muitas coisas de nossa 
parte e temos a obrigação de dar-lhe ou pagaremos as 
consequências. 
Esta é uma pergunta que faço aos crentes: 
1. Porque um ser que, em essência, é a perfeição absoluta 
necessita tantas coisas de nós? 
2. Deus necessita que o adoremos, necessita que o 
veneremos, necessita de nossas orações, de nosso tempo, 
de nossas obras, enfim… Para um ser totalmente perfeito, 
necessita de muitas coisas! 
Comentar todos os versículos bíblicos que indicam coisas que 
Deus quer e necessita, como rezas, orações, tributos, sacrifícios, 
holocaustos, mandamentos, estatutos, atividades e tantos mais, 
seria muito extenso e a maioria os crentes os conhece. Só 
comentaremos um que mostra como Deus deseja 
exasperadamente nossa humilhação 
1 Pedro 5:6 
http://www.bibliaonline.com.br/vc/1pe/5/6+
30 
 
6.Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele 
vos exalte no tempo oportuno. 
 
De fato, se você é um cristão devoto e trata de ser uma “pessoa 
em Cristo”, é muito provável que desperdice grande parte de sua 
energia, tempo e inclusive dinheiro para agradar esse Deus tão 
perfeito que não necessita de nada, porém deseja 
desesperadamente um monte de coisas. Imaginemos Deus antes 
da criação do mundo. Um Deus totalmente perfeito que de repente 
necessita criar um mundo e enchê-lo de criaturas para que o 
adorem. É muito estranho isso! Já que em seu estado de perfeição 
não deveria querer ou necessitar de nada. O que levou Deus a 
criar este mundo e seus moradores se ele era perfeito? Além 
disso, recordemos que Deus é onisciente e que Deus já devia 
saber sobre as consequências deste mundo que criaria. Falando 
sério, amigo crente, Nunca havias pensado nisso? Nunca lhe 
passou pela cabeça estas coisas? Existem várias outras 
características sobre Deus, porém guiando-nos pela palavra da 
Bíblia, estas resumem muito bem o que queremos dizer quando 
falamos de Deus. Quando digo que “Não creio em Deus” digo 
implicitamente que não creio que Deus seja onipotente, nem que 
seja imutável, nem que seja amor ou perfeito, nem qualquer 
dessas características. Obviamente o amigo crente não estará de 
acordo, mas terá que conviver com o fato de que a Bíblia está a 
meu favor e contra as ideias do crente acerca de seu próprio Deus. 
 
 
 
31 
 
2 - Paradoxos e contradições >>> 
 
Ao deus bíblico (e a qualquer outra deidade criada pela a mente 
humana) foi adicionada uma série de paradoxos que torna 
impossível a sua existência. Quando os autores destes seres 
mitológicos os criaram século após século, relato após relato, não 
perceberam que estavam compondo um personagem tão carente 
de lógica, que o crente teve que imaginar um ramo acadêmico 
que tentasse explica-lo; com raciocínios filosóficos obtusos e 
enredados com o objetivo de demostrar a si mesmo e ao resto 
das pessoas, que esse personagem que lhes haviam vendido não 
podia ser una mera fantasia (teologia). 
Se usarmos as qualidades do deus bíblico em particular: 
onipresença, onibenevolência, onisciência, onipotência, etc., 
podemos observar facilmente a impossibilidade de um ser com 
tais características. Este subproduto de divindades anteriores, 
chamado Deus (do grego Zeus) e composto por duas deidades 
distintas(El e Yavé) é um personagem impossível e 
autocontraditório. Ao crente religioso judaico-cristão atual só lhe 
resta como desculpa em defesa de suas crenças afirmarem que 
estas contradições são “mistérios” e o comportamento deste ser 
literário “um caminho misterioso” e “inescrutável”. (Já 
conhecemos a facilidade que possui esse tipo de pessoa para usar 
“tapa-furos” quando algo contraria suas crenças absurdas). 
Para comprovar se esse “ser” pode existir ou não, o que faremos 
é presumir que esse personagem literário existe e possui as 
qualidades que os autores que o compuseram lhe atribuem. 
 
http://www.ateoyagnostico.com/2011/05/30/paradojas-y-contradicciones-dios-no-existe/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teologia
32 
 
1 - Onipotência 
 
1 - Paradoxo da onipotência (M. H. Swan): 
1. Poderia deus criar uma pedra que nem ele mesmo poderia 
levantar? 
2. Deus em sua infinita onipotência pode criar tal pedra, mas 
se o faz, deixará de ser onipotente, já que não poderá 
levantá-la. 
2 - Adição ao paradoxo da onipotência (J. L. Cowan): 
1. Ou Deus pode criar uma pedra que ele não pode levantar, 
ou ele não pode criar uma pedra que não possa levantar. 
2. Se Deus pode criar uma pedra que não é capaz de levantar, 
então Deus não é onipotente (Já que ele não pode levantar 
a pedra em questão). 
3. Se Deus não pode criar uma pedra que ele não possa 
levantar, então Deus não é onipotente (Já que ele não pode 
criar a pedra em questão). 
4. Portanto Deus não é onipotente. 
5. Se Deus não é onipotente, não é Deus. 
3 - Contradição da onipotência com a Onibenevolência: 
1. Se o mal é a ausência do bem e devido a isso Deus não 
pode atuar contra o mal, não é onipotente. 
2. Se puder atuar, mas não quer fazê-lo, não é 
onibenevolente. 
4 - Tentativas de solução 
 
33 
 
Para que o problema fosse resolvido, diversas tentativas foram 
elaboradas. Por exemplo, poder-se-ia assumir que o deus 
onipotente também é capaz de aprender e progredir, logo Ele 
criaria a pedra inamovível e em seguida já teria poder suficiente 
para levantá-la, sendo assim omnipotente. Contudo este 
problema ainda não pode ser resolvido desta maneira, pois com 
uma pequena alteração do questionamento, a onipotência é 
colocada novamente em cheque: Deus poderia criar uma pedra 
que nunca poderia mover? 
Uma tentativa de solução relacionada ao problema, dentro dos 
padrões teológicos, é arbitrariamente decretar que "Deus está 
acima da lógica humana, não estando submisso a esta". Dessa 
forma, seria hipoteticamente possível que Deus fosse onipotente 
e sua existência poderia ser cabível com o paradoxo da 
onipotência. Mas tal afirmação é considerada uma variação da 
falácia argumento da ignorância. 
Tomás de Aquino tentou responder esta questão de forma 
elaboradamente complexa. Ele diz que a onipotência de Deus não 
está em fazer atos impossíveis, e sim poder fazer todos os atos 
possíveis (Quem criou as coisas impossíveis até para Deus?). 
Logo, há coisas que Ele mesmo não pode fazer, sem que com isso 
perca sua onipotência, segundo a definição dada pelo filósofo. 
Poder-se-ia citar outras capacidades impossíveis para Deus: 
1. Deus não pode fazer eu alguém parado e correndo ao 
mesmo tempo (mesmo corpo) 
2. Deus não pode fazer um círculo ser ao mesmo tempo um 
triângulo. 
3. Deus não pode fazer alguém mais poderoso que Ele (dizer 
que pode é o mesmo que afirmar que Ele não tem poder 
extremo e que alguém pode ser superior a Ele) 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Argumentum_ad_ignorantiam
34 
 
4. Deus não pode fazer o passado deixar de ter existido. Já 
era, se aconteceu, não pode deixar de ter acontecido. 
São Tomás de Aquino se expressa nas seguintes palavras: Deus, 
pela perfeição do seu poder, pode tudo, mas lhe escapa à potência 
o que não tem natureza de possível. (Quem criou a natureza do 
impossível?) Assim também, se atendermos à imutabilidade do 
seu poder, Deus pode tudo o que pôde; porém, certas coisas que, 
antes quando eram factíveis, tinham a natureza de possível, já 
não a têm quando feitas. E, então dizemos que não as pode, por 
não poderem elas ser feitas. Pode-se concluir que Tomás de 
Aquino afirma que a onipotência não existe, e que Deus não é 
onipotente. 
São Jerônimo diz: Deus, que pode tudo, não pode fazer que uma 
mulher violada seja não-violada. Para o caso do passado deixar 
de ter acontecido diz: "O poder de Deus, como dissemos, não 
abrange o que implica contradição. Ora, o passado não ter sido 
implica contradição. Pois, assim como a implica dizer que Sócrates 
está e não está sentado, assim também que esteve e não esteve 
sentado. Porque, se dizer que esteve sentado é enunciar um 
passado, dizer que não o esteve é enunciar o que não se deu. Por 
onde, não está no poder divino tornar inexistente o passado. E é 
o que diz Agostinho: Quem diz: se Deus é onipotente torne o feito 
não feito, não vê que diz: se é onipotente torne falso o que em si 
é verdadeiro. E o Filósofo: Deus só está privado de tornar o feito 
não feito". Ou seja, São Jerônimo afirma que Deus está submisso 
ao tempo e, portanto não tem poder sobre ele, então não sendo 
onipotente. 
Santo Agostinho diz: “Aquele que diz: ‘Se Deus é onipotente, faça 
que o que foi feito não tenha sido feito’, não percebe o que está 
dizendo: ‘Se Deus é onipotente que ele faça que o que é 
verdadeiro, enquanto tal, seja falso’.” “A Deus só lhe falta isso: 
35 
 
tornar não feito o que foi feito”. Afirmação que recorre ao mesmo 
erro de São Jerônimo. 
 
2 – Onibenevolencia 
 
1 - Paradoxo do mal (Epicuro): 
1. Ou Deus quer evitar o mal e não pode; 
2. Ou Deus pode e não quer; 
3. Ou Deus não quer e não pode; 
4. Ou Deus pode e quer. 
2 - Adição ao paradoxo do mal (Lactâncio): 
1. Se Deus quer [evitar o mal] e não pode, então é impotente, 
e isto contraria a condição de Deus. 
2. Se Deus pode e não quer, então é mau, e isto é igualmente 
incompatível com Deus. 
3. Se Deus não quer e não pode, então é mau e impotente, e, 
portanto, não é Deus. 
4. Se Deus quer e pode… Então de onde vêm os males? E por 
que não acaba com eles? 
3 - Paradoxo relativo à onisciência: 
 Deus poderia eliminar sua onisciência? 
 Se puder eliminar sua onisciência isto contraria sua 
condição de Deus, já que uma das qualidades intrínsecas 
de Deus é sua onisciência. Se um deus não é onisciente não 
pode ser deus. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Epicuro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lact%C3%A2ncio
36 
 
4 - Paradoxo relativo à sua eternidade e existência: 
1. Deus poderia eliminar sua eternidade ou eliminar sua 
existência? 
2. Se puder, então não seria eterno. 
3. Se não puder, então não seria onipotente. 
4. Se Deus pode eliminar sua eternidade não é Deus. 
5. Se Deus não pode eliminar sua eternidade não é 
onipotente. 
5 - Paradoxo da autocontradição: 
1. Deus poderia eliminar sua onipotência? 
2. Se puder eliminar sua onipotência deixa de ser deus, já que 
uma das qualidades para ser deus é ser onipotente. Um 
deus que pode NÃO ser onipotente não pode ser deus. 
3. Se não puder eliminar sua onipotência não é onipotente. 
Um deus que não é onipotente não é deus. 
6 - Contradição entre a Onibenevolência e a onipotência: 
1. Se o mal é a ausência do bem e deus não atua contra o 
mal, 
2. Ou deus não pode atuar contra o mal porque não pode ter 
acesso (já que está ausente), então não é onipresente e 
tampouco é onipotente. 
3. Ou deus não pode atuar contra o mal porque não quer, 
então não é onipotente e nem onibenevolente. 
7 - Adição como contradição entre Onibenevolência e onipresença: 
 Ou deus não pode ter acesso ao mal porque não é 
onipresente. 
37 
 
 Ou deus não quer ter acesso ao mal porque não é 
onibenevolente (puro amor). 
 
3 - Onipresença 
 
1 - Paradoxo e contradição entre onipresença e onipotência: 
1. Deus poderia NÃO estar em todas as partes? 
2. Se puder NÃO estar em todas as partes, não é onipresente.3. Se NÃO puder NÃO estar em todas as partes, é onipresente, 
mas NÃO é onipotente. 
4. Se, ao ser onipresente não puder ser onipotente, para que 
chama-lo deus? 
2 - Resposta à desculpa teológica sobre o paradoxo da 
onipresença: 
1. Se o mal é a ausência do bem e o mesmo acontece com a 
onipresença, Deus está ausente em certas partes. 
2. Se existem certas partes onde esse deus está ausente, esse 
deus NÃO é onipresente. 
3 - Contradição com a Onibenevolência: 
1. Poderia um ser onipresente e onibenevolente não atuar 
contra o mal? 
2. Se deus é onipresente (está em todas as partes) e não atua 
contra o mal, não é um deus onibenevolente. 
3. Se deus é onipresente e não pode atuar contra o mal, não 
é onipotente. 
38 
 
4. Se deus é onipresente e não quer atuar contra o mal, não 
é onibenevolente. 
5. Se não pode detectar o mal, não é onipresente nem 
onisciente. 
6. Um deus com falta de alguma destas qualidades não é 
deus. 
4 - Extensão: 
1. Se deus observa o mal e não atua, não é onibenevolente. 
2. Se observar o mal e não puder atuar, não é onipotente. 
3. Se observar o mal e for indiferente a ele, não é onisciente. 
(Já que se fosse onisciente saberia que é o mal e também 
saberia todas as suas implicações) 
 
4 – Onisciência 
 
1 - Paradoxo da onisciência: 
1. Se deus criou todo o conhecimento e ele tinha 
conhecimento de antemão, isto implicaria em uma 
contradição circular: Deus não poderia ter sabido tudo 
antes que existisse nenhum conhecimento para saber. 
2 - Paradoxo da predestinação (contradição com o arbítrio): 
1. Se Deus pudesse saber tudo de antemão, seria necessário 
crer que todos os acontecimentos possíveis de acontecer 
estariam predestinados. 
39 
 
3 - Contradição com a Onibenevolência e a onipresença: 
1. Se deus sabe que vai acontecer algo ruim e não o evita, 
não é onibenevolente. 
2. Se deus sabe que vai acontecer algo ruim e o evita, o livre 
arbítrio não existe. 
3. Se deus sabe que vai acontecer algo ruim e não pode evitá-
lo, não é onipotente. 
4. Se deus não sabe que vai acontecer algo ruim, não é 
onisciente. 
Atuação 
 
4 - Contradição de sua onisciência com o livre arbítrio: 
1. Se Deus atua de determinada forma para conseguir um fim 
predeterminado (já que Deus sabe de antemão que 
consequências terão), o livre arbítrio não existe. 
2. Se Deus não atua e com isso se consegue um fim 
predeterminado (que Deus sabe que acontecerá ao não 
atuar), o livre arbítrio não existe. 
5 - Contradição com sua equidade: 
1. Se deus atua em determinado momento (sabendo, devido 
à sua onisciência, o que acontecerá), mas não atua em 
outro, não é equitativo. 
2. Se deus atua para conseguir uma determinada causa 
(sabendo, devido à sua onisciência, qual será o fim), não é 
equitativo e contradiz o livre arbítrio. 
3. Se existe um deus e este não pode atuar, não é onipotente. 
4. Se existe um deus e não quer atuar, não é onibenevolente. 
40 
 
 
 Justiça e equidade 
 
6 - Contradições com sua onisciência: 
1. Se deus é onisciente e sabe o que vai acontecer de 
antemão, pode ser justo e equitativo? 
2. Se deus é eterno (está além do tempo e do espaço), não 
pode ser justo e equitativo e ao mesmo tempo onisciente 
já que, se ao atuar de determinada forma beneficiasse a 
uns prejudicando a outros, não poderia ser justo e 
equitativo. 
3. Se escolher a quem ajudar e a quem não ajudar, não é 
justo, nem equitativo, nem onibenevolente. 
4. Se não escolhe a quem ajudar (não ajudando ninguém), é 
justo e equitativo, mas não é onibenevolente. 
5. Se não pode escolher, não é onipotente. 
6. Se puder escolher, não é justo e nem equitativo. 
7. Se não pode ser justo e equitativo, não é onipotente. 
8. Se carecer de alguma destas qualidades, não é deus. 
7 - Referência aos castigos: 
 Se deus dá o livre arbítrio, não pode realizar nenhum tipo 
de justiça. 
 Se deus realiza qualquer tipo de justiça, não existe o livre 
arbítrio. Já que se existe o livre arbítrio, não existem causas 
negativas que o condicionem. 
 Se deus não atua castigando, não existe justiça em seu 
comportamento. 
 Se deus não pode realizar justiça, não é onipotente. 
41 
 
 Se deus não quer castigar (usando sua misericórdia - 
algunos alegam que esta é infinita) não é justo. 
 Se deus não é justo, não é deus. 
 Se deus não pode ser justo, não é onipotente. 
 Se deus usa sua onipotência para castigar, não é justo, nem 
equitativo e nem misericordioso. 
 Se deus castiga, não é onibenevolente. 
 Se deus castiga sabendo de antemão que o faria 
(onisciência), não existe livre arbítrio. 
8 - Relativo à sua misericórdia: 
1. A misericórdia é a suspensão da justiça. Se a justiça é 
suspensa em determinadas ocasiões, não existe equidade. 
9 - Paradoxo teológico do bem e do mal: 
1. Se o mal é a ausência do bem, o bem é a ausência do mal. 
Se o mal está ausente só existe o bem, se o bem está 
ausente, só existe o mal. 
2. Se deus existe e é onibenevolente, por que existe o mal? 
Se deus é onibenevolente e está em todas as partes 
(onipresença), por que nem tudo é bom? 
3. Se nem tudo é bom, deus é mau? 
4. Se for mau, não é onibenevolente? 
5. Se deus está em todas as partes (onipresença), também 
está no mal? 
6. Se deus está no mal, não é onibenevolente. 
10 - Contradição com a relatividade: 
 Se o bem e o mal são relativos, deus também é relativo. Se 
deus é relativo, não pode ser equitativo. 
42 
 
 Se deus não pode ser relativo, não é onipotente. 
 Se deus não é equitativo, é injusto. 
 Se deus é injusto, não pode ser onibenevolente. 
 Se deus não pode ser onibenevolente, não é onipotente. 
 A Onibenevolência (amor infinito) é uma qualidade de 
Deus. Se este carece dela, não é Deus. 
 
5 - Perfeição absoluta 
1. Se deus existe, seu grau de perfeição deve medir-se (ou 
comparar-se) com respeito a coisas que são tangíveis. 
2. Se não existe nada para medir a perfeição desse deus, não 
se pode saber se é absolutamente perfeito ou se poderia 
existir algo mais perfeito ainda. 
3. Deus poderia ser absolutamente perfeito? Se a perfeição é 
um ideal (um estado inalcançável, mas infinitamente 
aproximável) significa que deus jamais poderá alcança-la. 
4. Se não pode alcança-la não é onipotente. 
5. Se existe a perfeição absoluta, não existe o ideal de 
perfeição. 
6. Se não podemos saber se existe a perfeição absoluta, não 
podemos definir deus com essa qualidade. 
1 - Relativo à criação: 
1. A perfeição absoluta não pode existir, já que a sua 
existência é autocontraditória com o ideal de perfeição. 
2. Algo absolutamente perfeito pode criar algo imperfeito? 
3. Se algo absolutamente perfeito cria algo imperfeito, 
significa que esse algo absolutamente perfeito falhou, 
logo não é absolutamente perfeito. 
43 
 
4. Se deus cria algo imperfeito, deus não é absolutamente 
perfeito. 
5. Se deus não é absolutamente perfeito, não é deus. 
6. Se deus é absolutamente perfeito, não é possível 
produzir nenhum tipo de paradoxo ou contradição 
relativa à sua existência. 
2 - Conclusão 
A simples ausência ou contradição de uma só destas qualidades 
faz com que este personagem literário e imaginário (que segundo 
seus autores existe e as possui) seja uma impossibilidade. Não 
são apenas qualidades contraditórias entre si, mas, além disso, 
são qualidades autocontraditórias. Dito de outra forma, 
qualidades impossíveis de ter. 
1. Qualidades inventadas pelas mentes que as imaginaram. 
2. Apenas mentiras exageradas que se tornaram impossíveis 
de explicar. 
Um exemplo simples à sua existência seria imaginar a 
possibilidade de existência de um quadrado redondo. Podemos 
criar o conceito, mas não podemos imaginar nem criar e nem 
demonstrar sua existência. E o conceito não deixa de existir como 
tal, talvez porque “é um mistério” ou “nossa mente é limitada e 
finita”. É bem mais sensato afirmar que são simples contradições, 
ainda que existampessoas que prefiram acreditar em sua 
existência e, por essa razão, deveríamos então criar um ramo 
acadêmico para explicar porque devem existir quadrados 
redondos ou círculos quadrados? Bem, pasmem, já existe! 
Chama-se teologia! 
44 
 
Bem, então vamos ver se Deus se comporta de acordo com suas 
características divinas e superlativas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
3 - Doze provas contra a existência de deus 
 
PRIMEIRA PARTE - CONTRA O DEUS CRIADOR 
 
Prova 1: A ação de criar é inadmissível 
Sébastien Fauré (Saint-Etienne, França, 6 de janeiro de 1858 - Royan, 
14 de julho de 1942) 
Embora do ponto de vista da lógica simples seja impossível provar 
a inexistência de algo, vemos com satisfação que nos argumentos 
apresentados por Fauré se demonstra de forma total e 
contundente que a possibilidade da existência de um ser com a 
característica de Deus é praticamente zero. Que é criar? É valer-
se de materiais diferentes e utilizando certos princípios 
experimentais, aplicando certas regras conhecidas, aproximar, 
agrupar, associar, ajustar esses materiais, a fim de fazer qualquer 
cosa? Não! Isso não é criar. Exemplos: Pode dizer-se de uma casa 
que há sido criada? Não! Há sido construída. Pode dizer-se de um 
móvel que há sido criado? Não! Há sido fabricado. Pode dizer-se 
de um livro que há sido criado? Não! Há sido composto e logo 
impresso. Assim, tomar materiais existentes e fazer com eles 
alguma coisa não é criar... Que é, pois, criar? 
Criar... A verdade é que eu estou hesitante em explicar o 
inexplicável, definir o indefinível. Tentarei, no entanto, me fazer 
entender. É criar algo do nada, é formar o existente do não 
existente. Por tanto, eu imagino que você não encontrará nem ao 
menos uma só pessoa dotada capacidade média de raciocínio que 
acredite como se possa fazer alguma coisa com nada. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9bastien_Faure
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9bastien_Faure
46 
 
Suponha um matemático. Procure o mais competente e ponha-o 
diante de um quadro negro; peça-lhe para escrever zeros e mais 
zeros, e quando a operação terminar, você pode multiplicar o que 
quiser dividir até cansar, fazer todos os tipos de operações 
matemáticas, e jamais será extraída a partir do acúmulo de zeros 
uma única unidade. Com nada, nada pode ser feito e de nada, 
nada pode ser obtido. O famoso aforismo de Lucrécio, "ex nihilo 
nihil" é uma certeza e evidência óbvia. O gesto criador é um gesto 
impossível de admitir, é um absurdo. Criar é, portanto, uma 
expressão místico-religiosa, que pode ser de algum valor aos 
olhos de pessoas que acreditam a quem a fé se impõe tanto mais 
quanto menos compreende. É, contudo, uma contradição para 
todo indivíduo culto e sensato, para quem as palavras não têm 
mais valor do que o que adquirem ao contato com a realidade ou 
uma possibilidade. 
 
Por conseguinte, a hipótese de um Ser verdadeiramente criador é 
uma hipótese que a razão rejeita. O Ser criador não existe, não 
pode existir. 
Como indicado pelo primeiro argumento, é impossível criar 
alguma coisa, a não ser começando com materiais pré-existentes. 
A ação de "Criar" só é concebível em qualquer caso, aos 
componentes primários do universo. Os átomos primordiais. Se 
Deus "criou" algo, seriam esses átomos, o resto de sua atividade 
seria uma mera construção ou a montagem de um “quebra-
cabeça” atômico. 
 O que seria correto dizer: "Deus criou os átomos, e depois 
construiu o universo”. 
Seria esta premissa aceitável a qualquer crente? Duvido muito. É 
difícil que o crente veja Deus apenas como um montador de 
“maquetes”. As desculpas e argumentações contra essa prova são 
47 
 
abundantes, ainda que quase sempre erradas e distorcidas. 
Leiamos uma que é clássica: 
Notaram a falácia? A "primeira prova" de Fauré se pode reduzir 
ao seguinte: "Não se pode criar algo de nada; portanto, Deus não 
pode criar algo de nada”.Naturalmente, sua premissa "não se 
pode criar algo do nada" assume muitas coisas, inclusive que Deus 
não exista. Ou seja, todo cristão admitirá que naturalmente não 
seja possível criar algo do nada, no entanto, afirmará que Deus 
sim, pode fazê-lo sobrenaturalmente. 
No entanto, o ateu não quererá aceitar a possibilidade do 
sobrenatural, porém ao fazer isso, tampouco aceita a 
possibilidade de que Deus exista. 
É claro que, do ponto de vista ateu, não há nada por sobre o 
natural... Mas é o que eles dizem. No entanto, o cristão não tem 
nem por um segundo porque considerar isso como um requisito 
válido. Muito menos necessidade permitir que um ateu redefina o 
que ele acredita, ou que dite as orientações sobre como um cristão 
deve pensar ou discutir. 
Assim, vemos que Fauré cria um espantalho, tem que inventar 
que o cristão afirma que Deus cria coisas do nada naturalmente 
(o que é falso, já que o cristão afirma que Deus o faz 
sobrenaturalmente), em seguida pretende negar que algo 
sobrenatural possa sair do natural (com o que, portanto, o cristão 
comum concordaria). 
Diante disso, o ateu poderia dizer: "se o sobrenatural existe, 
mostre-nos uma evidência!". Em sua loucura, é claro, o ateu pede 
uma evidência natural, empiricamente verificável, para algo 
sobrenatural e não comprovável pelos cinco sentidos (embora 
seus efeitos sejam verificáveis). O cristão jamais deveria perder 
tempo com requisitos ilógicos como esse, você só precisa lembrá-
48 
 
lo novamente e mais uma vez que suas exigências só mostram a 
intenção de negar as evidências encontradas. É como o que diz: 
mostra-me uma gota de água de uma polegada. Ao não poder 
mostrar isso, pois a água não é medida em distância, dirá a pessoa 
que as gotas de água não existem? 
Mas vamos mais além e analisemos a premissa do ateu sob seus 
próprios méritos. O ateu afirma que não se pode tirar algo do 
nada. Por extensão lógica, coerente, deve também dizer que a 
matéria é eterna, sempre existiu, porque como você não pode 
obter algo do nada, tudo tem que ter sempre existido. 
E se nós pedíssemos ao ateu uma evidência natural e 
empiricamente VERIFICÁVEL de que a matéria sempre existiu, o 
que nos apresentaria? Dizer que simplesmente sabemos isso, é 
falso, já que eu, por exemplo, não sei. (ainda não me 
apresentaram evidências para apoiar essa afirmação... Por favor, 
leia o parágrafo abaixo para entender o que quero dizer.) Dizer 
que tem que ser simplesmente assim até que se prove o contrário 
(de novo) é absurdo no próprio sistema ateu. Não é isto "fé cega"? 
Por acaso, no sistema ateu, não teríamos que verificar todas as 
proposições naturalmente? 
O ateu tem de nos mostrar, aos nossos olhos, em um laboratório, 
utilizando o método científico, utilizando todos os requisitos que 
ele aceita como válidos e que exige de outros, que a matéria 
sempre existiu e nunca teve uma origem. Se não pode fazer isso, 
dentro doa mesmas exigências do ateísmo, sua premissa é 
inválida. 
Um último que gostaria de ressaltar: O ateu tenta manipular-nos 
a aceitar a ideia de que algo não pode vir do nada, e que o faz 
com base no que é observado empiricamente. No entanto, 
observa-se também na ciência que um ser vivo nunca parte de 
49 
 
um objeto animado, mas sempre, em todos os casos, sem 
exceção, o faz a partir de outro ser vivo. O que nos dirá o ateu? 
Mais uma vez, pela fé cega, nos dirá que a vida simplesmente 
tinha que ter começado há milhões de anos e, se é honesto, vai 
admitir que ele acreditasse que começou a partir de objetos sem 
vida. 
Em resposta a isto, o cristão só tem que usar a mesma exigência 
do ateu. Mudando as palavras de Fauré: "Isso, claro, imagino que 
não há uma única pessoa dotada de razão possa conceber e 
admitir que de [um objeto inanimado, morto] se possa conseguir 
alguma coisa [com vida]." 
O que nos dirá o ateu? É compatível com as suas exigências, e 
aceitará que seu mesmo sistema e requisitos negam a 
possibilidadede que ele esteja vivo hoje? Ou dirá: "Olha, o fato é 
que sim, estamos vivos? Bem, se ele diz isso em resposta 
poderíamos dizer: "veja, o fato é que sim, fomos criados!" O ateu 
não aceitaria essa resposta de nós, e nós também não temos que 
aceitar isso de sua parte. 
Esta abordagem por parte do crente é muito interessante, já que 
nos demonstra como desviando o assunto e cometendo falsidades 
e usando dados errados (e muito falta senso comum) se pode 
fazer crer que a balança se inclina para o lado cristão. 
1. A base essencial de toda a argumentação de crente é muito 
simples: 
2. “Deus pode criar do nada, já que Deus é Onipotente e seus 
atos são SOBRENATURAIS”. 
Claro! ... Com o argumento de que tudo o que entendemos por 
parte de Deus é simplesmente um ato sobrenatural de sua parte 
e assim se solucionam todos os problemas. Esse raciocínio pode 
ser aplicado a quase todos os aspectos obscuros ou controversos 
50 
 
de Deus e da Bíblia. Lembra-me de uma desculpa usada 
frequentemente pelos crentes, dizendo que todos os 
acontecimentos descritos na Bíblia que simplesmente não tinha 
testemunhas foram " inspirados pelo Espírito Santo ", de modo 
que não importa o quão absurdo ou improvável seja o que nos diz 
a Bíblia, sempre será um fenômeno sobrenatural (a onipotência 
de Deus) ou a ação do Espírito Santo por trás dele. Círculo 
fechado. 
O Crente levanta uma questão interessante: 
“E se nós pedíssemos ao ateu uma evidência natural e 
empiricamente VERIFICÁVEL de que a matéria sempre existiu, o 
que nos apresentaria”? 
1. Então, alude que isso é impossível sem a intervenção de 
um evento sobrenatural. 
2. Este é um argumento muito falacioso, pois para responder 
isto devemos saber de maneira científica e exata que 
ocorreu na origem do universo, algo que ainda é objeto de 
estudo da ciência moderna. 
Sabemos que as antigas experiências de Miller e Oparin já deram 
alguns resultados interessantes de como a matéria inerte e sob 
condições de laboratório, pode, sob certas condições similares à 
atmosfera primitiva, comportar-se como um proto-ser vivo 
(possibilidade de se criar vida a partir de materiais inertes). 
Além disso, há indícios de que a matéria sempre existiu. A 
primeira lei da termodinâmica, também conhecida como a "Lei da 
conservação da energia" entre suas muitas implicações, diz: 
 "A massa total de energia no universo é constante" 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Experi%C3%AAncia_de_Urey-Miller
51 
 
Isso, em palavras simples é: toda a energia e massa do Universo 
sempre existiram e sempre existirão e simplesmente se 
transformam. Se isto é verdade (na verdade é), não há lugar para 
um criador, porque não haveria o que criar (a matéria e a energia 
sempre existiram), um "deus criador" estaria fora do lugar. Seria 
sempre um "Deus organizador" e não criador. 
A réplica comum dos crentes a esta LEI é: se a matéria sempre 
existiu, então não houve Big Bang. 
Embora nos custe a entender, a evidência sugere que houve um 
Big Bang a partir de um ponto primordial fundamental chamado 
"Singularidade", mas de acordo com a 1ª lei da termodinâmica, 
esta singularidade e todas as características físicas associadas a 
ela sempre existiram. Eu entendo que isso é muito difícil de 
entender (na verdade eu não entendo muito bem) porque o nosso 
conhecimento do espaço-tempo é linear e contínuo. Estão 
intrinsecamente incorporados na singularidade de maneira muito 
diferente da forma que conhecemos o tempo e espaço. E falar de 
“inicio” não tem sentido a este nível. Sem dúvida, enquanto mais 
avançam os estudos da astrofísica moderna, irão surgindo 
respostas para isso. 
 
Prova 2: O Espírito puro não pode determinar o Universo 
Aos crentes que, a despeito de toda racionalidade se obstinam em 
admitir a possibilidade de criação, lhes direi que, em último caso, 
é impossível poder atribuir esta criação a seu Deus. Seu Deus é o 
Espírito puro. Portanto, é impossível sustentar que o espírito puro, 
o imaterial, haja determinado o Universo: o material. Veja aqui 
por que: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Big_Bang
52 
 
O espírito puro não está separado do universo por uma diferença 
de grau, de quantidade, mas por uma diferença de natureza, de 
qualidade. De modo que o espírito puro não é, não pode ser uma 
amplificação do universo, tampouco o universo poder ser uma 
redução do espírito puro. A diferença aqui não é apenas uma 
distinção, é uma oposição, oposição de natureza, essencial, 
fundamental, irredutível, absoluta. Entre o espírito puro e o 
universo não existe apenas um fosso mais ou menos largo ou mais 
ou menos profundo, e que, a rigor, se poderia encher ou 
atravessar, NÃO, existe um verdadeiro abismo, de uma 
profundidade tão imensa que por maior que seja o esforço que se 
realize Ninguém NEM nada poderia encher ou atravessar”. 
Seguindo ao meu raciocínio desafio o filósofo mais sutil, como o 
matemático mais competente, a que estabeleça uma relação (seja 
qual for, e a melhor relação direta de causa e efeito) entre o 
espírito puro e o universo. 
O espírito puro não admite nenhuma relação material; não tem 
forma, nem corpo, nem matéria, nem proporção, nem 
profundidade, nem extensão, nem volume, nem cor, nem som, 
nem densidade, todas essas qualidades inerentes ao Universo e 
que não poderiam ser determinadas pela abstração metafísica. 
Chegando a este ponto de minha demonstração, estabeleço 
solidamente, nos argumentos precedentes, a conclusão seguinte: 
Temos visto que a hipótese de um poder verdadeiramente criador 
é inadmissível; que mesmo persistindo essa crença, não pode 
admitir-se que o Universo, essencialmente material, tenha sido 
criado pelo Espírito puro, essencialmente imaterial. 
Mas se, como crentes, você persistir alegando que foi seu deus 
que criou o universo, uma questão se impõe; na suposição de que 
foi Deus, onde estava a matéria em sua origem, seu princípio? 
53 
 
E bem: de duas coisas uma: ou a matéria estava fora de Deus, ou 
era Deus mesmo (não creio que você poderia colocar deus em 
terceiro lugar). Desta forma, no primeiro caso, se estava fora de 
Deus, não teve este a necessidade de criá-la, posto que já 
existisse, e se coexistia com Deus, não cabe a menor dúvida que 
estavam em concomitância, do que se deduz que vosso Deus não 
é criador. 
No segundo caso, ou seja, se não estava fora de Deus, é porque 
estava em Deus mesmo, e neste caso, tenho a seguinte 
conclusão: 
1. Que Deus não é o espírito puro, já que levava em si uma 
partícula de matéria; E que partícula! A totalidade dos 
mundos materiais! 
2. Que Deus, levando matéria em si mesmo, não teria a 
necessidade de criá-la, dado que já existia e que existindo 
não fez mais que fazê-la sair, e neste caso a criação deixa 
de ser um ato de verdadeira criação e se reduz a um ato de 
exteriorização. 
3. A criação não existe em nenhum dos dois casos. 
Ainda sobre o artigo anterior, presume-se pela definição de suas 
características básicas, que Deus é algo imaterial, intangível e 
invisível e, portanto, não pode e nem deve ter em sua essência 
nada material ou físico. Como bem esclarece o argumento: Como 
pode Deus, ao carecer de elementos materiais, formar algo 
material como o Universo? Deus e o Universo são essencial e 
intrinsecamente diferentes e não relacionados. 
Vejamos algumas desculpas e pretextos utilizados pelos cristãos 
para contestar esta segunda prova da inexistência de Deus: 
É irônico que sendo ateu, Faure começa seu segundo argumento 
oferecendo-nos uma lição sobre ontologia (essência ou natureza) 
54 
 
do Espírito. No entanto, note que, de fato deu uma boa 
compreensão da diferença entre o espiritual e o material. Eu 
concordo totalmente com a última frase deste parágrafo, que eu 
repito: 
“O espírito puro não está separado do universo por uma 
diferença de grau, de quantidade, mas por uma diferença de 
natureza, de qualidade.” 
Se