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FÁRMACOS ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS - RESUMO

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Fármacos
 
Resumo
P R O D U Ç Ã O : V I T O R D A N T A S
P R O D U T O R V E R I F I C A D O D O P A S S E I D I R E T O
 Vitor Dantas – FARMACOLOGIA 
 
ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS 
ANSIOLÍTICOS 
 O que é atividade ansiolítica? Atividade relacionada 
com a redução da ansiedade. 
 Qual a finalidade do uso clínico desses fármacos? 
Diminuir a ansiedade em pacientes. 
HIPNÓTICOS 
 O que é atividade hipnótica? são fármacos que causam 
sonolência e facilitam o início e manutenção do sono. 
Em pequenas doses, causam sedação. 
 Qual a finalidade do uso clínico desses fármacos? 
Promover o efeito hipnótico (induzir e ajudar na 
manutenção no estado do sono). 
 
Obs.: Os benzodiazepínicos, ansiolíticos e hipnóticos, devem ser 
prescritos em B1, a receita dura 30 dias e o fármaco dura 60 dias 
(máximo de 02 caixas – 30 cp cada). 
PRINCIPAIS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE 
▪ Transtorno da ansiedade generalizada 
Estado constante de ansiedade excessiva que não possui 
razão ou foco claro 
▪ Transtorno do pânico 
Crises súbitas de medo incontrolável que ocorrem 
associadamente a sintomas somáticos acentuados, como 
sudorese, taquicardia, dores no peito, tremores e sensação 
de asfixia. 
▪ Fobias 
Medos intensos de objetos ou situações específicos (cobras, 
espaço aberto, voar, espaço fechado). 
▪ Transtorno do estresse pós-traumático 
Ansiedade desencadeada por lembrança de experiências 
estressantes passadas. 
▪ Transtorno obsessivo-compulsivo 
Comportamento com rituais compulsivos dominado por 
ansiedade irracional (medo de contaminação). 
Tratamento: Abordagens psicológicas x tratamento 
medicamentoso. 
 
CURVA DOSE–RESPOSTA 
 
A: Barbitúricos – primeiros medicamentos utilizados para 
essa função, não muito seguros (induzem a tolerância e a 
dependência física e estão associados a sintomas de 
abstinência graves). Esses fármacos aumentam a 
intensidade da abertura dos canais de cloreto. 
B: Benzodiazepínicos – pela curva é possível perceber que 
eles são mais seguros, ou seja, dificilmente vão induzir ao 
coma. Esses fármacos aumentam a frequência da abertura 
dos canais de cloreto. 
 
 Obs.: São exemplos de BZDs → Alprazolam, Clonazepam 
Clorazepate, Clordiazepóxido, Diazepam, Estazolam, Flurazepam, 
Lorazepam. 
RELAÇÃO ENTRE A DOSE LETAL E A DOSE EFICAZ 
 
Diante do quadro é possível perceber a segurança dos BZDs, 
evidenciado pelo Diazepam (dose letal é 1000 vezes maior 
que a dose terapêutica). 
 
 
 Vitor Dantas – FARMACOLOGIA 
 
ANSIOLÍTICOS 
▪ Antidepressivos 
Classes: Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina 
(Fluoexitina, Sertralina, Citalopram). Além disso, possuem 
uma vantagem adicional de reduzir qualquer depressão que 
possa estar associada à ansiedade. 
▪ Benzodiazepínicos 
Em doses baixas, os benzodiazepínicos são ansiolíticos. 
Nesse caso, o tempo de ½ vida tem que ser intermediário ou 
longo, assim, sua ação vai ser mais demorada. 
 Obs.: Esses são medicamentos de faixa preta 
▪ Buspirona (agonista do receptor 5-HT) 
Eficaz transtorno de ansiedade generalizada, entretanto, é 
ineficaz fobias e transtorno da ansiedade social. 
▪ Gabapentina, pregabalina e valproato (antiepiléticos) 
Esses não são fármacos de primeira escolha, porém são 
eficazes no transtorno ansiedade generalizada. 
▪ Antagonistas dos receptores β-adrenérgicos 
(propranolol) 
Usados em algumas formas de ansiedade. Nesse caso, sua 
eficácia depende do bloqueio das respostas simpáticas 
periféricas e não de qualquer efeito central. 
Com o uso desses medicamentos, prevalecem sintomas 
físicos: sudorese, tremor, taquicardia 
 Obs.: é reversível → efeito rebote 
HIPNÓTICOS 
▪ Benzodiazepínicos 
Todos os benzodiazepínicos têm propriedades sedativa e 
calmante, e alguns podem produzir hipnose (sono produzido 
“artificialmente”) em doses mais elevadas. Assim, é 
necessário uma ½ vida curta e altas doses (Ex: Lorazepam). 
▪ Zolpidem e zopiclone 
Mais recentes e modulam abertura dos canais de cloreto. 
Esses fármacos atuam em um local diferente dos BZDs, mas 
tem uma ação semelhante. 
▪ Anti-histamínicos 
Alguns anti-histamínicos com propriedades sedativas, como 
difenidramina, hidroxizina e doxilamina, são eficazes no 
tratamento dos tipos leves de insônia situacional. Contudo, 
eles têm efeitos indesejados (como os efeitos 
anticolinérgicos) que os tornam menos úteis do que os 
benzodiazepínicos e os não benzodiazepínicos. 
 Obs.: Nesse caso o efeito hipnótico é mais um efeito colateral. 
BENZODIAZEPÍNICOS (BZDs) 
Quando a atividade é predominantemente ansiolítica ou 
hipnótica? Vai depender do tempo de ½ vida e dosagem! 
Assim, se a dosagem de um fármaco ansiolítica for 
aumentada ele vai produzir um efeito hipnótico. Diante 
disso, se utilizarmos fármaco com ação majoritariamente 
hipnótica, em pequenas doses, ele vai promover um efeito 
ansiolítico. 
 
 Existem mais de 15 tipos de BZD na clínica brasileira: 
 Alprazolam (Frontal®) 
 Clorazepato (Tranxilene®) 
 Clonazepam (Rivotril®) 
 Diazepam (Valium®) 
 Flurazepam (Dalmadorm®) 
 Lorazepam (Lorax®) 
 Midazolam (Dormonid®) 
 Flunitrazepam (Rohypnol®) – “boa noite cinderela” – 
forte efeito hipnótico em pequenas doses 
 Bromazepam (Lexotan®) 
 
Verde: pró – fármacos, só tem ação após sofrer biotransformação. 
Obs.: Na imagem, se compararmos o Clordiazepóxido com 
Lorazepam, é possível perceber que o primeiro fármaco citado 
possui um maior tempo de ½ vida, assim, tendo um efeito mais 
ansiolítico. Já o segundo fármaco citado possui um menor tempo 
de ½ vida, assim, tem um efeito mais hipnótico. 
▪ Tempo de ação 
 
 Vitor Dantas – FARMACOLOGIA 
 
MECANISMO DE AÇÃO 
▪ Fisiologia 
Os alvos para as ações dos benzodiazepínicos são os 
receptores do ácido γ-aminobutírico tipo A GABAA. O GABA 
é o principal neurotransmissor inibitório no sistema nervoso 
central. Os receptores do GABAA são compostos de uma 
combinação, no somatório de cinco subunidades α, β e γ 
inseridas na membrana pós-sináptica. 
Para cada subunidade existem vários subtipos (p. ex., há seis 
subtipos da subunidade α). A fixação do GABA ao seu 
receptor inicia a abertura do canal iônico central, permitindo 
a entrada de cloro através do poro. O influxo do íon cloreto 
causa hiperpolarização do neurônio e diminui a 
neurotransmissão, inibindo a formação de potenciais de 
ação. 
▪ Ação dos benzodiazepínicos 
Os benzodiazepínicos modulam os efeitos do GABA ligando-
se a um local específico de alta afinidade (distinto do local de 
ligação do GABA), situado na interface da subunidade α e da 
subunidade γ no receptor GABAA (esses locais de ligação 
podem ser denominados de receptores benzodiazepínicos). 
Os benzodiazepínicos aumentam a frequência da abertura 
dos canais produzida pelo GABA. (a ligação do 
benzodiazepínico ao seu receptor aumentará a afinidade do 
GABA por seus locais de ligação, e vice-versa). Os efeitos 
clínicos dos vários benzodiazepínicos se correlacionam bem 
com a afinidade de ligação de cada fármaco pelo complexo 
receptor GABA-canal de íon cloreto. 
 
Obs.: Em resumo, os BZDs se ligam a subunidade γ no receptor 
GABAA e assim, agem potencializando a ação do GABA (aumento 
da quantidade da abertura dos canais de cloreto) que vai gerar 
uma hiperpolarização e consequentemente, inibir a ação de 
neurotransmissores excitatórios (ocorrendo um efeito ansiolítico 
ou hipnótico de forma mais potente). 
 
USO CLÍNICO 
▪ Redução da ansiedade 
Em doses baixas, os benzodiazepínicos são ansiolíticos. A 
redução da ansiedade é atribuída à potenciação seletiva da 
transmissão gabaérgica em neurônios que têm a subunidade 
α2 em seus receptores GABAA, inibindo, assim, os circuitos 
neuronais no sistema límbico do cérebro. 
▪ Efeito hipnótico/sedativo 
Todos os benzodiazepínicos têm propriedades sedativa e 
calmante, e alguns podem produzir hipnose (sono produzido 
“artificialmente”) em doses mais elevadas. O efeito 
hipnótico émediado pelos receptores α1-GABAA. 
▪ Amnésia anterógrada 
A perda temporária da memória com o uso de 
benzodiazepínicos também é mediada pelos receptores α1-
GABAA. A capacidade de aprender e formar novas memórias 
também é reduzida. 
▪ Efeito anticonvulsivante 
Vários benzodiazepínicos têm atividade anticonvulsivante. 
Esse efeito é parcialmente mediado pelos receptores α1-
GABAA. 
▪ Relaxamento muscular 
Em doses elevadas, os benzodiazepínicos diminuem a 
espasticidade do músculo esquelético, provavelmente 
aumentando a inibição pré-sináptica na medula espinal, 
onde predominam os receptores α2-GABAA. O baclofeno é 
um relaxante muscular que parece atuar nos receptores 
GABA na medula espinal. 
 Obs.: Os BZDs são usados para EDA – Midazolam (Via IV) 
RESUMO 
 
EFEITOS COLATERAIS 
▪ Causam dependência 
Pode-se desenvolver dependência física e psicológica aos 
benzodiazepínicos se doses elevadas forem administradas 
por longos períodos. Dessa forma, a interrupção abrupta 
resulta em sintomas de abstinência, incluindo confusão, 
ansiedade, agitação, intranquilidade, insônia, tensão e 
(raramente) convulsões. 
 Vitor Dantas – FARMACOLOGIA 
 
Obs.: Os benzodiazepínicos com meia-vida de eliminação curta, 
como o triazolam, induzem reações de abstinência mais abruptas 
e graves do que as observadas com os de eliminação mais lenta, 
como o flurazepam. 
▪ Causam tolerância 
Com o uso dos BZDs contínuo é necessário ajustar a dose 
com o tempo. 
 Obs.: A dependência e tolerância nos BZDs são menos 
acentuadas que com barbitúricos. 
EFEITOS ADVERSOS 
 Sedação e queda de produtividade 
 Redução dos reflexos: motoristas; atividade física 
perigosa; uso de maquinário pesado, etc 
 Amnésia: relacionada a dose 
 Síndrome de abstinência com a interrupção abrupta do 
fármaco (ansiedade e insônia de rebote) 
 Pacientes idosos são mais sensíveis aos efeitos sedativos 
e confusão mental 
 Risco aumentado de quedas e fraturas de quadril 
(idosos) 
 Atenção: Quando os benzodiazepínicos são administrados 
juntamente com outros depressores do SNC (álcool e 
anticonvulsivantes) o resultado consiste em aumento dos efeitos 
sedativos e depressores do SNC, incluindo perda da consciência, 
diminuição da coordenação muscular, depressão respiratória e 
morte. 
INTOXICAÇÃO POR BZDs 
 
▪ Antídoto 
O flumazenil é um antagonista competitivo do receptor 
GABA que pode rapidamente reverter os efeitos dos 
benzodiazepínicos (usado em intoxicação ou procedimento 
cirúrgico). O fármaco está disponível apenas para 
administração intravenosa (IV). O início de ação é rápido, 
mas a duração é curta, com meia-vida de cerca de uma hora. 
Administrações frequentes podem ser necessárias para 
manter a reversão dos benzodiazepínicos de longa ação. A 
administração de flumazenil pode precipitar abstinência em 
pacientes dependentes, ou causar convulsões se um 
benzodiazepínico está sendo usado para controlar atividade 
convulsiva. Convulsões também podem ocorrer se o 
paciente ingere junto com antidepressivo tricíclico ou 
antipsicótico. Os efeitos adversos mais comuns são tonturas, 
náusea, êmese e agitação. 
FONTES 
 Aula do Prof. André Cruz 
 Livro: Farmacologia Ilustrada

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