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Patologia clínica - Esôfago

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ESÔFAGO 
o Arcada dental superior até a JEG – 25cm; 
o Acesso endoscópico; 
o Sempre colabado; 
o Esfíncter esofágico superior (junto da epiglote) 
– importante para não entrar ar; 
o Esfíncter esofágico inferior (diafragma – 
separa o esôfago torácico do abdominal); 
o 3 porções – superior (cervical), médio e inferior 
(abdominal); 
o Plexos de Meissner (secreção - submucoso) e 
Auerbach (mioentérico - muscular); 
o Condução do alimento por peristaltismo; 
o Esfíncteres para evitar refluxo esofagogástrico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTOLOGIA 
o Mucosa; 
o Submucosa; 
o Muscular; 
o Adventícia/serosa. 
 
 
 
 
Sistema 
digestório
Cavidade oral
Esôfago
Estômago
Intestino delgado e grosso
Glândulas acessórias 
(salivares, fígado e pâncreas)
Trato gastrointestinal 
(TGI)
Esôfago
Estômago
Intestino delgado
Intestino grosso
Canal anal
Fígado
Vias biliares extra-hepáticas
Pâncreas
Trato gastrointestinal (TGI) Gabrieli Flesch 
ATM 25/2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JEG 
 
 
 
 
•Epitélio escamoso estratificado não queratinizado
•Camada basal
•Lâmina própria: Vasos, células inflamatórias, glândulas produtoras de muco e 
papilas
•Muscular: Bandas de músculo liso (maior espessura na JEG). 
Mucosa
•Tecido conjuntivo fruxo
•Vasos sanguíneos e linfáticos, fibras nervosas (plexo submucoso de Meissner) e 
glândulas
Submucosa
•Terço superior - músculo estriado esquelético (deglutição)
•Terço médio
•Terço inferior - músculo liso (peristaltismo)
Muscular
•Revestimento externo (tecido conjuntivo)
•Adventícia (reveste maior parte do esôfago - torácico)
•Serosa somente no segmento intra-abdominal - mesotélio
Adventícia/serosa
•Junção escamo-colunar
•Linha ZJunção esôfago-gástrica
PATOLOGIAS 
OBSTRUÇÃO 
Espasmos difusos: 
o Distúrbio neurogênico; 
o Intensas contrações não-propulsivas; 
Clínica: Cólica esofagiana (dor retroesternal) e 
disfagia. 
Diagnóstico diferencial: Doença arterial coronariana 
(DAC). 
 
Divertículos: Evaginação produzida em um órgão 
tubular – promovem regurgitação e halitose. 
o De Zenker (faringoesofágico) – acima do EES; 
o De tração – região medial; 
o Epifrênico – imediatamente acima do EEI. 
 
 
 
 
 
Estenose Benigna: 
o Espessamento fibroso da submucosa; 
o Congênita; 
o Adquirida – inflamação/cicatrização (DRGE, 
irradiação ou injúria cáustica). 
 
Membranas: 
o Protrusão da mucosa para a luz; 
o Patogênese desconhecida; 
o Hipofaringe (mais alto); 
o Síndrome de Plummer-Vinson – membrana, 
anemia, glossite e queilite. 
 
Aneis esofágicos (de Schatzki): 
o Similares às membranas – mais espessos 
(mucosa e submucosa); 
o Etiologia desconhecida; 
o Esôfago terminal (mais baixo). 
 
 
 
Acalásia: Distúrbio de motilidade, com falta de 
relaxamento do esfíncter. 
o 1º idiopática; 2º doença de chagas; 
o Perda de células ganglionares do plexo de 
Auerbach; 
Clínica: Disfagia, regurgitação e perda de peso. 
Diagnóstico: Esofagomanometria, esofagografia e 
EDA. 
Maior complicação: Megaesôfago. 
OBS.: Alimento retido → esofagite irritativa → risco 
de carcinoma. 
 
 
 
VARIZES ESOFÁGICAS 
Veias submucosas esofágicas dilatadas devido 
hipertensão portal. 
o Normalmente em pacientes cirróticos; 
o Shunts venosos portossistemicos; 
o Ruptura: URGÊNCIA! 
 
 
HÉRNIA DE HIATO 
Protrusão do estômago para dentro do tórax, através 
do hiato esofágico. 
o Sintomas similares à DRGE; 
o Por deslizamento: JEG também sobe para o 
mediastino; 
o Paraesofágica: Sobe apenas o fundo gástrico. 
 
 
 
ESOFAGITE 
Química: Álcool, ácidos, medicamentos etc. 
Infecciosa: 
o Imunossuprimidos; 
o Infiltrados densos de neutrófilos; 
o Exsudato ou úlcera → pensar em causa 
infecciosa; 
Causas: Cândida, herpes e citomegalovírus. 
 
Cândida/monilíase: 
o EDA: Placas amarelo-esbranquiçadasa; 
o Microscopia: Hifas e leveduras; 
o Coloração especial: Grocott (GMS). 
Diagnóstico: Esofagite crônica com presença de 
filamentos fúngicos compatíveis com Candida sp. 
Pesquisa de fungos (Grocott): Positiva. 
 
 
 
Herpética (HSV): 
o EDA: Vesículas e ulcerações com bordas 
elevadas (“em vulcão”); 
o Biópsia das bordas da lesão é mais sensível; 
o Microscopia: Células epoiteliais gigantes 
multinucleadas contendo inclusões nucleares de 
Herpesvírus. 
 
 
 
Citomegalovírus (CMV): 
o EDA: Geralmente úlcera única, plana e 
profunda; 
o Biópsia do centro da lesão é mais sensível; 
o Microscopia: Corpúsculo de inclusão em “olho 
de coruja”. 
 
 
 
Eosinofílica: 
o História de atopia (rinite alérgica, asma etc.) e 
disfagia; 
o Microscopia: Grande número de eosinófilos 
intraepiteliais (cerca de 30 ou mais por campo de 
grande aumento), particularmente na superfície. 
 
 
De refluxo: 
o Causa mais frequente de esofagite; 
o Refluxo de conteúdo gástrico (DRGE); 
o Sintomas e/ou lesões de refluxo anormal; 
Patogênese: ↓ tônus EEI ou ↑ pressão abdominal; 
FR: Álcool, tabaco, obesidade, gravidez, hérnia de 
hiato etc. 
Clínica: Pirose e regurgitação. 
Diagnóstico: 
o Prova terapêutica de supressão ácida 
(omeprazol); 
o Paciente sem resposta ou sinais de alarme – 
endoscopia. 
Sinais de alarme: Histórico familiar de Ca de esôfago, 
disfagia, hematêmese (sangue no vômito), odinofagia 
(dor ao comer), emagrecimento etc. 
OBS.: É fator de risco para adenocarcinoma! 
 
Endoscopia digestiva alta (EDA): 
o Documenta a lesão da mucosa; 
o Afasta neoplasia; 
o Investiga possíveis complicações da DRGE. 
Complicações da DRGE: 
o Estenose péptica do esôfago; 
o Úlcera esofágica; 
o Esôfago de Barrett; 
o Esofagite de refluxo (50% dos casos). 
 
 
Esofagite de refluxo: 
o Não é proporcional aos sintomas; 
o Grau das alterações: intensidade e tempo de 
exposição ao ácido; 
Achados histológicos característicos: 
o Presença de eosinófilos, neutrófilos e 
linfócitos; 
o Hiperplasia da basilar: >20% do epitélio; 
o Prolongamento das papilas até 1/3 superior. 
 
 
 
Laudo: Esofagite crônica com acantose, 
prolongamento de papilas e alguns eosinófilos 
intraepiteliais, compatível com esofagite de refluxo. 
ESÔFAGO DE BARRETT 
Substituição do epitélio escamoso estratificado do 
esôfago por epitélio colunar, contendo células 
intestinais (células caliciformes). 
o Complicações da DRGA; 
o 10% dos pacientes com esofagite de refluxo; 
o Presença de metaplasia intestinal; 
o Pode ↓ sintomas de refluxo. 
Diagnóstico: Evidências endoscópicas e histológicas. 
OBS.: Risco de adenocarcinoma de esôfago. 
 
 
 
Endoscopia: 
o Visualização de epitélio colunar acima da JEG; 
o Epitélio “vermelho-salmão”. 
 
Biópsia: 
o Metaplasia intestinal (células caliciformes) – 
em caso de dúvida → coloração PAS alcian blue; 
o Pesquisa de displasia (lesão pré-invasiva) – 
anormalidades arquiteturais ou celulares: displasia de 
baixo grau x alto grau. 
 
 
 
 
Esofagite Metaplasia intestinal
Displasia 
(baixo - alto 
grau)
Adenocarcinoma
ALTO GRAU
- Orientação nuclear basal atípica;
- Mínima distorção das glândulas;
- Aglomeração nuclear;
- Núcleoas irregulares;
- Hipercromasia variada;
- Depleção de muco;
- Citoplasma basofílico.
BAIXO GRAU
- Orientação nuclear apical atípica;
- Estratificação até a superfície luminal;
- Arquitetura mais complexa;
- Glândula dentro de glândula;
- Atipias mais severas;
- Configuração mais viliforme;
- Maior pleomorfirmo e hipercromasia;
- Citoplasma basofílico.
 
 
 
Diagnóstico: Mucosa de transição esôfago-gástrica e 
mucosa de tipo gástrico com área de metaplasia 
intestinal em epitélio colunar. Aspecto compatível 
com esôfago de Barrett. Presença de displasia de 
baixo grau. 
 
TUMORES 
Tumor: ↑ volume (efeito de massa) – 
inflamação/edema, ploriferação celular etc.; 
Neoplasia: Novo crescimento – ↑ taxa de 
crescimento celular de um tecido. 
o Perda dos controles de crescimento – agentes 
carcinogênicos, vírus, irradiações, genética etc.; 
o Células com autonomia de crescimento; 
o Benigna ou maligna. 
Câncer: Neoplasia maligna – do latim “caranguejo” = 
aderência. 
 
 
 
Malignos: 
o Carcinomaescamoso/epidermoide; 
o Adenocarcinoma; 
o Raros: Carcinoide, melanoma, linfoma, 
sarcoma etc. 
Benignos: 
o Leiomioma; 
o Papiloma escamoso; 
o Outros: Fibroma, lipoma, hemangioma, 
neurofibroma, linfangioma etc. 
Câncer de esôfago: 
Epidemiologia: Predomínio em homens, entre 50-60 
anos. 
Clínica: Disfagia (sólidos → líquidos), perda ponderal. 
Diagnóstico: Tardio. 
o Ausência de serosa – não ocorre retração; 
o Esofagografia baritada; 
o Confirmado por EDA + biópsia. 
Metástases: Fígado, ossos, pulmão etc. 
Prognóstico: 
o Óbito em 1 ano – somente 10% têm sobrevida 
de 5 anos; 
o Disseminação tumoral – estadiamento; 
o Grau de diferenciação histológica. 
Estadiamento: TC toracoabdominal + eco endoscopia 
Sistema TNM de classificação dos tumores malignos: 
o T: Extensão do tumor primário; 
o N: Presença ou ausência de metástases 
linfonodais regionais; 
o M: Presença ou ausência de metástases à 
distância. 
 
 
 
 
ALTO GRAU BAIXO GRAU 
Carcinoma escamoso/epidermoide: Tumor epitelial 
maligno com diferenciação escamosa. 
 
 
 
 
 
 
 
Adenocarcinoma: Tumor formador de glândulas 
malignas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tumores benignos: 
Leiomioma – leio + myo + oma = liso + músculo + 
tumor. 
o Tumor benigno mais comum no esôfago; 
o Origem na camada muscular interna; 
Microscopia: Lesão circunscrita muscular composta 
por células fusiformes com abundante citoplasma. 
 
 
 
Papiloma escamoso – condiloma (HPV). 
Normalmente raro, achado acidental. 
Macroscopia: Pequeno pólipo rosa-esbranquiçado. 
Microscopia: Mucosa escamosa papiliforme e 
hiperplásica cobrindo um eixo central fibrovascular. 
Displasia Carcinoma intraepitelial (in situ) Carcinoma invasivo
Esofagite de 
refluxo Barrett Metaplasia Adenocarcinoma
Carcinoma 
epidermoide
Terço médio e proximal
Fumo, álcool, bebidas 
quentes e HPV
Displasia
Lesão polipoide ou 
ulcerativa
Células queratinócito-like com 
pontes intercelulares ou 
queratinização
Pouco diferenciado a bem 
diferenciado
Adenocarcinoma
Terço distal
Esôfago de Barrett
DRGE
Manchas planas - massas 
nodulares
Focos de diferenciação escamosa 
- células caliciformes
Moderado a bem 
diferenciado
POLIPOIDE ULCERADO 
BEM DIFERENCIADO MODERADAMENTE 
POUCO DIFERENCIADO 
 
 
ANOMALIAS CONGÊNITAS 
Atresia do esôfago: 
o Estreitamento significativo do lúmen do órgão, 
a ponto de interromper a sua continuidade; 
o Pode ter fístula traqueo-esofágica; 
o 1/3 possui outros defeitos congênitos. 
Clínica: RN com salivação abundante, cianose e 
asfixia. 
 
 
 
Ectopia: 
Tecidos ectópicos (restos do desenvolvimento são 
comuns no TGI. 
o 1/3 superior do esôfago é o local mais 
frequente. 
 
 
ECTOPIA PANCREÁTICA

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