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1 PATOLOGIA DOS REVESTIMENTOS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL PATOLOGIA E RECUPERAÇÃO DE ESTRUTURAS Prof. Fábio Henrique de Melo Ribeiro Eng. Civil E Eng. Seg. Trab. Juntas de movimentação e dessolidarização � Estas juntas visam permitir a movimentação do pano cerâmico como um todo � Devem ser projetadas em pisos e paredes revestidos: � em todo o perímetro do piso; � em todo encontro de paredes com o forro; � no encontro do revestimento com pilares e vigas � no encontro com outros tipos de revestimentos � onde ocorrem mudanças de materiais que compõem a base � Posicionamento das juntas: � Juntas de movimentação � paredes (NBR 13754) e pisos internos (NBR 13753): a cada 32 m2 ou 8 m � parede externa (NBR 13755): a cada 3 m na horizontal e a cada 6 na vertical � piso externo (NBR 13753): a cada 20 m2 ou 4 m Juntas de movimentação e dessolidarização 2 � Juntas de dessolidarização � paredes internas (NBR 13754): encontro com o piso, perímetro das áreas, mudança de material � parede externa (NBR 13755): bordas de mudança de direção, mudança de material � piso interno e externo (NBR 13753): perímetro das áreas revestidas, mudança de direção e mudança de material Juntas de movimentação e dessolidarização 3 Manchas �Bolor, limo �Eflorescência �Espectros de juntas Bolor Limo �São vegetais microscópicos, que não atacam diretamente o substrato �Possuem a coloração verde �Podem desagregar lentamente as argamassas pela pressão de suas raízes entre grãos e poros 4 Espectros de juntas � É o nome que se dá ao desenho de juntas horizontais e verticais no revestimento � Causa mais freqüente: termoforese � Termoforese: depósitos diferenciais de poeiras na superfície as poeiras da atmosfera se depositam sobre as paredes com uma intensidade que é função da temperatura superficial destas paredes, sendo o depósito tão mais intenso à medida que a temperatura é mais baixa 5 Espectros de juntas Espectros de juntas Espectros de juntas 6 Trincas e fissuras Perda de aderência ou desagregação � Processo em que ocorrem falhas ou ruptura na interface das camadas que constituem o revestimento ou na interface com a base ou substrato, devido às tensões surgidas ultrapassarem a capacidade de aderência das ligações � A perda de aderência geralmente ocorre das seguintes maneiras: por empolamento, em placas ou com pulverulência � Descolamento por empolamento � o fenômeno ocorre devido às expansões na argamassa em função da hidratação posterior de óxidos � Causas mais comuns: � cal parcialmente hidratada que, ao se extinguir depois de aplicada, aumenta de volume expansão � cal contendo óxido de magnésio hidratação lenta (ocorre muito tempo após a execução do revestimento) expansão e empolamento � nas argamassas mistas (cimento e cal) com excesso de cal Perda de aderência ou desagregação 7 � Descolamento em placas � Ocorre quando há deficiência de aderência entre camadas do revestimento ou das mesmas com a base � Causas mais prováveis: � preparação inadequada da base � ausência de chapisco � chapisco preparado com areia fina � argamassa com espessura excessiva geração de tensões elevadas de tração (retração natural) entre a base o chapisco Perda de aderência ou desagregação � Descolamento por pulverulência � Observam-se desagregação e conseqüente esfarelamento da argamassa ao ser pressionada pela mãos e a película de tinta destaca juntamente com a argamassa que se desagrega com facilidade � Causas: � proporcionamento inadequado de aglomerante/agregado � excesso de materiais pulverulentos e/ou torrões de argila na areia empregada na argamassa � pintura executada antes de ocorrer a carbonatação da cal � infiltração de umidade pela outra face da parede � Uso de argila (saibro) em substituição à areia Perda de aderência ou desagregação Perda de aderência ou desagregação 8 Perda de aderência ou desagregação Desagregação causada pelo uso de argila (saibro) na argamassa de assentamento Desagregação causada pela umidade advinda do ambiente externo deve-se usar rufos (proteção para a água não infiltrar) Perda de aderência ou desagregação Desagregação causada por umidade ascensional quando não há impermeabilização eficiente entre a fundação e o tijolo, a água que vem do solo é absorvida pela parede (podendo chegar a 1 m de altura) e esta água vai para o revestimento Perda de aderência ou desagregação Desagregação no revestimento da laje causada por infiltração de água Desagregação causada pelo uso de argamassa fraca 9 FALTA DE ADERÊNCIA � imperícia ou negligência da mão-de-obra � utilização de adesivo com prazo de validade vencido � fixação dos componentes cerâmicos após o vencimento do tempo de abertura da argamassa colante � presença de pulverulência ou de materiais deletérios nas superfícies de contato (base-regularização-componente cerâmico) � A combinação destes fatores com a variação de umidade a que o suporte está sujeito produz esforços locais de elevada intensidade tensões ultrapassam o limite da resistência perda de aderência Perda de aderência ou desagregação 10 � O concreto tem coeficiente de dilatação térmica bem maior que o da cerâmica � Ele também muda de volume mais rapidamente que a cerâmica � Sempre que houver variação de temperatura, se não for colocadas juntas de assentamento no revestimento cerâmico descolamento Perda de aderência ou desagregação 11 FALTA DE ADERÊNCIA Patologias das pinturas �Manchas em pinturas �Esfarinhamento, gretamento e descolamento Manchas � As manchas podem ser causadas quando uma parte da superfície recebe diariamente a luz solar e outra parte não recebe a área ensolarada fica mais clara que a outra depois de algum tempo, devido à ação das radiações � As manchas podem ter também origem química: � eflorescências � saponificação 12 Manchas � Saponificação � saponificação é a reação entre uma substância alcalina (cal, soda) com uma graxa ou óleo. � gorduras, óleos e resinas nas superfícies podem causar uma reação química com manchas esbranquiçadas � forma-se um sabão, a tinta perde o brilho, amolece, esfarinha e cai sempre acompanhado de manchas Manchas Manchas 13 Manchas Esfarinhamento, gretamento e descolamento � Esfarinhamento é a queda da tinta na forma de pó � Descolamento é a queda da tinta na forma de escamas ou placas � O esfarinhamento e o descolamento dão origem a manchas � Gretamento é a quebra da película de tinta, formando desenhos semelhantes ao do couro do crocodilo quase sempre é seguido de descolamento � Uma das causas destes defeitos é a umidade da superfície, durante ou depois da pintura � tinta insolúvel em água: se a pintura é aplicada sobre superfície úmida, a película de água pode isolar a tinta, impedindo-a de aderir à parede a água fica retida e pressiona a pintura, formando inicialmente bolhas e depois sucessivamente gretamento e descolamento Esfarinhamento, gretamento e descolamento 14 Esfarinhamento, gretamento e descolamento Descolamento da pintura causado pela umidade Esfarinhamento, gretamento e descolamento Descolamento causado pela umidade 15
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