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Resumo P R O D U Ç Ã O : V I T O R D A N T A S P R O D U T O R V E R I F I C A D O D O P A S S E I D I R E T O Analgésicos Analgésicos - Vitor Dantas 1 💊 Analgésicos - Vitor Dantas A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável Associada a uma lesão real, potencial ou descrita A dor é um mecanismo de defesa Classificação Aguda: duração previsível, autolimitada, facilmente diagnosticada Crônica: doenças indeterminada, não autolimitada, inflamação tecidual persistente, oncológica Classificação fisiopatológica Analgésicos - Vitor Dantas 2 Nociceptiva - vias preservadas, dor somática ou visceral Neuropática - vias lesadas, dor central, dor periférica, dor fantasma Mista - dor oncológica (tem nocicpetiva e neuropática) Fisiopatologia Nociceptores → tratos nociceptivos ascendentes → centro mais elevados no SNC → sistemas inibitórios descendentes da dor Mecanismo de controle da dor Analgésicos - Vitor Dantas 3 Intervenções não-farmacológicas: cirúrgicas, acupuntura, musicoterapia, eletroterapia Intervenções farmacológicas: anestésicos locais, opioides, antidepressivos, anticonvulsivantes, corticoides, AINEs A escolha do tratamento depende de: Tipo de dor envolvida Intensidade da dor Duração do estímulo doloroso Analgésicos - Vitor Dantas 4 🚨 Não se deve associar dois analgésicos não-opióides pelo risco de soma de efeitos indesejáveis sem benefício analgésico Analgésicos não opióides Derivados do Ácido Salicílico - AAS, Diflunisal Efeito analgésico, antitérmico, anti-inflmatórios, antiadesivo plaquetário Efeito varia com a dose - anti-inflamatória (80-100 mg/kg/dia), anti-plaquetária (3mg/kg/dia) Ácidos fracos → facilmente absorvido Efeitos adversos: gastrite, úlcera, hipersensibilidade, síndrome de Reye (IVAS - Varicela), alterações do equilíbrio ácido-básico, broncoespasmo reflexo (evitar em asmáticos) Contraindicação: úlcera, hemofilia, deficiência de vitamina K, doenças hepáticas graves Posologia adulto: 500 mg/6hr Derivados do para-aminofenol - paracetamol/acetaminofen Efeito analgésico e antipirético Sem efeito anti-inflamatória Absorção rápido por VO Praticamente sem efeitos colaterais em doses habituais Efeitos adversos: hepatoxicidade (superdosagem), discrasias sanguíneas Posologia adulto: 500 mg/6hr (Podendo ser usado 750 mg a cada 5 horas por no máximo 2 dias) 🚨 A acetilcisteína pode ser usada em casos de intoxicação Derivados da pirazolona - dipirona Efeito analgésico e antitérmico Analgésicos - Vitor Dantas 5 Sem efeito anti-inflamatório em doses usuais Uso abolido em diversos países devido aos efeitos colaterais → agranulocitose Diversas apresentações Posologia adulto: 500 a 1000 mg/6hr Posologia crianças: 15 mg/Kg (0,6 gotas/kg) AINEs Fenoprofeno, ibuprofeno, cetoprofeno, naproxeno, flurbiprofeno, oxaprozina Ação: inibição sistema enzimático da cicloxigenase Alternativas intermediárias entre o AAS e analgésicos opióides Efeitos colaterais: problemas gástricos, renais Analgésicos opióides Todas as substância naturais, semi-sintéticas ou sintética que reagem com os receptores opioides, quer como agonista quer como antagonista Origem: ópio → extraído da papoula, nome popular da Papaver somniferum Analgésicos - Vitor Dantas 6 Opiodies endógenos Encefalinas → ampla distribuição Endorfinas → SNC Dinorfinas → ampla distribuição Receptores opioides Os efeitos mais importantes dos opioides são mediados por três famílias de receptores, designadas comumente µ (mi), κ (capa) e δ (delta). Os receptores são acoplados a proteína G → inibição da adenilato ciclase → facilitam a abertura de canais de potássio (hiperpolarização) e inibem a abertura do canais de cálcio → (↓ da liberação de NT) → inibe a condução da informação dolorosa 🚨 Os principais fármacos opioides são agonistas de receptores μ. Tem uma alta afinidade Classificações dos opioides Analgésicos - Vitor Dantas 7 Agonistas-antagonistas - buprenorfina, nalbufina, pentazocina Antagonistas puros - naltrexona, naloxona → Intoxicação Efeitos farmacológicos Analgésicos - Vitor Dantas 8 Analgesia (µ) → dor aguda e crônica Euforia (µ)* → pode gerar disforia (κ) Náuseas e vômitos* → agem na zona de gatilho Constrição pupilar (µ e κ)* → importante na identificação intoxicação Depressão respiratória (µ)* → reduz a sensibilidade dos quimiorreceptores em relação a pCO2 → dose dependente Supressão da tosse → baixas doses de codeína e folcodina (usado em CA de pulmão ou pós-cirúrgico) Constipação → morfina Diminui a força de contração uterina Retarda o esvaziamento gástrico Afeta vias biliares Libera histamina de mastócitos (morfina) → pode ocorrer broncoespasmo (evitar em asma e DPOC), urticária, imunossupressão, ACV (venodilatação → hipotensão postural, redução da pré-carga) Principais opioides Analgésicos - Vitor Dantas 9 Morfina Natural Efeito pouco previsível por VO, geralmente parenteral Hidrossolúvel → menos efeitos de euforia Efeitos terapêutica na IC (reduz edema agudo de pulmão) Diacetilmorfina (heroína) Natural Obtida à partir da morfina → 2 a 4x mais forte Mais lipossolúvel → mais efeitos de euforia Menor duração Maior dependência Codeína Natural Eficaz por VO Pouco metabolismo de 1° passagem Mais leve Em geral é usada associada a outro analgésico (paracetamol) Tramadol Sintético Agonista fraco do receptor µ - menos efeitos colaterais Estimula a serotonina no SNC e reduz a captação de nora → estimula vias descentes do controle da dor Meperidina 1° sintético a ser feito Causa muita dependência Possui um metabólico tóxico → normeperidina que causa excitações no SNC = alucinação, tremor, crise epilética Metadona Analgésicos - Vitor Dantas 10 Sintético Ação prolongada, devido a forte ligação proteíca Diminui a síndrome de abstinência Fentanil 100 vezes mais potente que a morfina Alto lipossolubilidade → entra rápido no SNC Forte analgesia, alto risco de depressão respiratória Uso em cirurgia → anestesia Naloxona Antagonista puro µ, ¶ , k. para todos agonistas Isoladamente efeito insignificante = hiperalgesia em condições de liberação de opióides endógenos Reverte depressão respiratória por opióides Efeito curto (i.v. 1-2hs.) Naltrexona similar ao Naloxona, porém com duração mais longa atenua ou bloqueia completamente, reversivelmente, os efeitos subjetivos dos opioides. Tolerância e dependência Tolerância Analgésicos - Vitor Dantas 11 Necessidade do aumento da dose para se alcançar os mesmos efeitos analgésicos Desenvolve-se rapidamente (12 a 24 hrs) Esse efeito ocorre devido a fosforilação dos receptores opioides ativados (dessensibilização) A tolerância não tem correlação com constipação e miose, ou seja, o aumento da dose visando analgesia pode causar constipação grave Dependência responsável : receptores µ Física - síndrome da abstinência, dura alguns dias Psicológica - desejo, dura meses ou até anos Abstinência Disforia Agitação Dor Midríase Cólica e diarreia 🚨 Para tratamento deve-se usar a metadona com retirada gradual da dose. Ela em geral é reservada para os casos de dependência física moderada a grave Intoxicação Euforia Sedação Analgesia Miose Depressão respiratória Analgésicos - Vitor Dantas 12 🚨 Para tratamento deve-se usar a naloxa
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