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SEMIOLOGIA DA CIRROSE E HIPERTENSÃO PORTA Definição: Processo difuso com fibrose e formação de nódulos no fígado Independente da etiologia (seja alcoólica, seja viral, gordurosa não alcoólica...) o padrão histológico é semelhante, a substituição de tecido hepático normal por tecido fibroso, e se eu tenho tecido fibroso eu tenho perda funcional, se eu tenho um fígado cirrótico, um fígado mais duro, o sangue tem maior dificuldade de passar por esse fígado, e aí nós vamos encontrar vários sinais sintomas. Para relembrar: O lóbulo hepático tem uma veia centro lobular, e tem o espaço portar (veia porta, artéria hepática e o colédoco). O que acontece? O sangue chega no fígado através da veia porta (70% do sangue q chega) e da artéria hepática ( 30% do sangue q chega)esse sangue passa pelos sinusóides hepáticos, onde existem as trocas metabólicas entre o sinusóide e os hepatócitos, chama-se sinusóide pq tem grandes fenestrações, as quais permitem a passagem de macromoléculas, diferentemente dos capilares, por isso o fígado é um órgão metabólico tão importante. Esse sangue depois de metabolizado chega a veia centro lobular, essa veia se une a outras veias centro lobulares e formam as veias hepáticas q vão deixar o fígado, chegar na veia cava, depois átrio direito, ventrículo direito, pulmão, onde esse sangue se oxigena, para depois chegar as câmaras esquerdas e ser distribuído. Essa é a grande e pequena circulação e a importância do fígado, por seu grande metabolismo, de estar dentro dessa hemodinâmica corporal e o sanguesó chega no pulmão para ser oxigenado depois de ser clareado, metabolizado no fígado. O que acontece quando temos uma doença hepática, um processo inflamatório crônico no fígado? Como vocês podem ver nessa primeira imagem, q é um fígado normal, vocês vêem os hepatócitos com borda em franja, aumentando a superfície de troca metabólica, temos o espaço de Disse, q é o espaço entre esse hepatócito e o endotélio + sinusoide. No espaço de Disse temos as células estreladas q são ativadas quando há uma doença inflamatória crônica, a ativação de células faz com q haja produção de colágeno de forma anormal q se deposita nas fenestrações do sinusóide ocorrendo o que chamamos de capilarização do sinusóide, se ocorre isso há uma perda metabolicamente falando, pq eu deixo de ter grandes fenestrações. Outra coisa observada, é q aquela borda em franja também é destruído no processo inflamatório crônico, os hepatócitos são comprometidos também, e, com isso, temos uma piora do nosso metabolismo. Então, na cirrose há perda da atividade metabólica, há perda da função, por isso na cirrose há uma disfunção hepática. Associado a isso, como existe uma capilarização do sinusóide e uma maior rigidez do parênquima hepático, nós temos uma maior dificuldade do sangue passar, portanto também iremos fazer uma hipertensão porta, o aumento da pressão na veia porta devido a dificuldade desse sangue de passar desse fígado q está comprometido, inclusive está morfologicamente distorcido. Na primeira figura vemos um fígado normal e na segunda um fígado cirrótico com fibrose, distorcido, que não só funcionalmente, mas, também, morfologicamente ele tá completamente comprometido. Está completamente alterado, portanto não só com sua função comprometida, como também, marcando, induzindo uma maior dificuldade do sangue passar por esse fígado levando a uma hipertensão porta. A veia porta é formada pela via esplênica e mesentérica superior e a mesentérica inferior ainda drena na esplênica, ou seja, toda a circulação esplâncnica drena para veia porta. Se eu tenho um fígado cirrótico como nessa imagem, existe uma maior dificuldade desse sangue passar pelo fígado e você vai ter então uma circulação colateral, subindo ao esôfago (demonstrado na imagem) q vai dar origem as varizes de esôfago, indo,também, em direção a cicatriz umbilical, fazendo o que chamamos de cabeça de medusa, indo para o reto originando as hemorroidas. Isso tudo em consequência de uma circulação colateral que se estabelece pela dificuldade desse sangue de passar pelo fígado, se ocorre essa dificuldade o sangue vai buscar/abrir outros caminhos para que ele chegue no coração direito e é isso que faz com que surja a circulação colateral e seja visualizada não só na endoscopia (como as varizes esofágicas) mas também no exame físico (como a circulação colateral do abdômen) Como visto nessa imagem, temos em consequência da circulação colateral: varizes de esôfago, varizes de fundo gástrico, varizes no estômago, no duodeno, pode se ter varizes em várias regiões do trato gastrointestinal alto, e vamos ter as hemorróidas que nada mas é do que a dilatação do plexo hemorroidário por dificuldade de drenagem desse plexo devido a um fígado completamente comprometido, distorcido e anatomicamente com sua morfologia completamente alterada. EXAME FÍSICO Existem vários sinais no exame físico q podem demonstrar ou podem nos dizer clinicamente q o paciente tem cirrose hepática sem q eu necessite fazer qualquer exame complementar, lógico q irá fazer em busca das complicações da cirrose, mas o diagnósticoda cirrose pode ser feito clinicamente com exame físico. Esse paciente pode ter: ascite, edema de membros inferiores, telangiectasia(ou aranhas vasculares, são shunts cutâneos), ginecomastia, atrofia testicular, eritema palmar (região tenar e hipotenar), esplenomegalia, fígado com borda romba, endurecido, nodular, pode haver equimoses se o paciente tiver distúrbio de coagulação (lembrar q o fígado produz os fatores de coagulação II, VII, IX e X), ele pode ter plaquetopenia pq faz esplenomegalia e faz hiperesplenismo isso pode fazer com que ele tenha uma queda de plaquetas podendo ter petéquias, por exemplo, pode ter varizes de esôfago, flapping por encefalopatia hepática, diminuição da pelificação, principalmente, se for homem, ele pode ter inúmeros sinais e sintomas q vão mostrar q o paciente tem uma hepatopatia crônica. Essa imagem mostra pra gente sinais e sintomas Icterícia: o paciente cirrótico nem sempre será ictérico, a não ser q ele tenha uma causa colestática como doença primeira q levou a cirrose, exemplo: paciente q tem colangiteesclerosante primária ou tem uma colangite biliar primária, se ele tiver uma doença colestática induzindo a cirrose ele estará ictérico. Se ele tiver cirrose por causa de álcool, por hepatite, ou doença hepática não gordurosa e não vai estar necessariamente ictérico, ele pode até estar, mas nos momentos de descompensação, ex: paciente cirrótico que está bem e faz uma pneumonia ou uma infecção urinária, ou seja, essa infecção descompensa a cirrose dele e ele fica ictérico, ou eu tenho um paciente com uma cirrose mais avançada ele estará ictérico, mas boa parte dos nossos pacientes não estarão ictéricos, então não espere a icterícia para dar o diagnóstico de cirrose. Então a icterícia pode estar presente, mas não é mandatória e não é habitual, exceto nas situações descritas anteriormente. Telangiectasias (aranha vasculares ou spiders): desaparece com digitopressão e são extremamente frequente em pacientes cirróticos. Pode parecer em qualquer parte do corpo mas mais frequente no tronco.Elas tem essa característica ela tem um centro, quando aperta com o dedo ou uma caneta desaparecem e ela reaparece quando deixa de pressionar, classicamente desaparece a digitopressão. Elas são shunts cutâneos. O .... (não consegui entender 16:55 min) hepático acontece quando ocorre encefalopatia hepática é um hálito amoníaco . Eritema palmar principalmente relacionados aregião tenar e hipotenar. Baqueteamento digital q pode estar relacionado ao ato de fumar, muitos pacientes q tem q tem cirrose fumam também, fazendo cirrose e DPOC, ou pode estar relacionado a uma complicação da cirrose a síndrome hepatopulmonar. Ginecomastiaqem homem pode ser dolorosa Hepatomegalia: Pode ter, mas a maioria dos pacientes cirróticos não tem o fígado palpávelpq esse fígado diminui de tamanho, ele atrofia, mas se eu tenho uma doença de depósito, exemplo, doença de Wilson , como causa da cirrose eu posso ter hepatomegalia mesmo num fígado cirrótico. Esplenomegalia Edema de membros inferiores Prurido: está mais relacionado com a colestase Ascite: Macicez móvel Piparote Semicículo de Skoda Atrofia testicular Hipocolia e acolia Colúria Esses são em geral sinais mais importantes e frequentes em pacientes com cirrose hepática, são sinais muito ricos, são vários os sinais q podem aparecer e faz o diagnóstico de cirrose, o diagnóstico de cirrose é clínico. Então nunca faço diagnóstico de cirrose por biópsia ? Faz, quando a cirrose é subclínica, quando ainda não há nenhum desses sinais e ai eu já tenho fígado cirrótico, mas ainda estou compensado e não apesento nenhum desses sinais. Síndrome de Cruveilhier-Baumgartenou circulação colateral tipo cabeça de medusa Essa é uma circulação colateral típica da hipertensão porta, por recanalização da veia umbilical. Circulação colateral do tipo cava Ascite É o líquido livre na cavidade abdominal, mas pqtemos isso? fisiopatologia da ascite: Existe uma maior dificuldade do sangue passa pelo fígado pq ele ta duro, existe uma maior capilarização dos sinusoides, o parênquima está enrijecido diminuindo a complacência dos vasos dentro desse fígado, então realmente há o aumento da pressão hidrostática. Pq existe o aumento da pressão hidrostática? Pois há uma maior dificuldade do sangue passar para o fígado. Esseaumento da pressão hidrostática está relacionado a veia porta, circulação portal, pq a veia porta é responsável por levar 70% do sangue ao fígado. Diminuição da pressão oncótica, o fígado produz albumina se eu tenho deficiência hepática eu tenho hipoalbuminemia, se tenho diminuição da produção de albumina eu tenho diminuição da pressão oncótica, a qual mantém esse fluido dentro do vaso, então fica mais fácil eu perder esse fluido para o terceiro espaço. Então eu tenho aumento da pressão hidrostática no sistema porta e tenho diminuição da pressão oncótica, a qual manteria esse liquido dentro do vaso. E temos também aumento de óxido nítrico, todo cirrótico possui aumento do óxido nítrico que é um potente vasodilatador, quando eu vasodilato o paciente há a diminuição da pressão arterial, por isso os pacientes cirróticos são hipotensos, esses pacientes se eram hipertensos ficam normotensos, com o tempo deixam de precisar usar anti-hipertensivos e se caso eram normotensos ficam hipotensos pq agora estão vasodilatados. Em relação a pressão arterial ótimo, mas quando eu fico hipotenso eu diminuo a minha taxa de filtração glomerular pq eu diminuo a cabeça de pressão, assim, diminuindo a cabeça de pressão diminuo a taxa de filtração glomerular e com isso o meu organismo entende, os barorreceptores entendem, q eu estou hipovolêmico, com isso o organismo vai liberar 3 mecanismo: Ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona Resposta do sistema nervoso simpático ADH/vasopressina Temos um paciente q tem aumento da pressão porta, então toda sua circulação esplâncnica está no regime de aumento de pressão hidrostática. Ele tem diminuição da pressão coloidosmótica. Tem também um hiperaldosteronismo secundário, a aldosteronaretém sódio e água, ele libera também ADH q retém água e o sistema nervoso simpático não consegue contrapor a vasodilatação imposta pelo óxido nítrico, e ainda sai um “tiro pela culatra”, pq ele consegue fazer vasoconstrição da arteríola aferente renal diminuindo ainda mais a taxa de filtração renal. Ou seja, eu tenho um paciente com aumento da pressão hidrostática no sistema porta, com diminuição da pressão coloidosmótica e que tá retendo um monte de água e sal, isso só pode dar um resultado ASCITE. Esse líquido vai pra barriga primeiro, pode haver edema de bolsa escrotal, edema de membros inferiores sendo esses geralmente por compressão de cava, mas oq se faz primeiro é a ascite. Então um paciente com ascite é um retentor de sódio, ele tem um hiperaldosteronismosecundário então ele vai ter aumento do volume abdominal e pode-se fazer hérnia, essa ascite pode ser tão densa q pode ulcerar e vasar líquido, o q é um caso extremamente grave. Então eu vou ter ascite e no exame físico da ascite oq eu vou buscar? Macicez móvel: coloca o paciente em decúbito e percute, se tiver líquido, aquela área vai estar maciça e quando virar o paciente para o outro lado e percutir novamente estará um som timpânico. Piparote: usado quando paciente tem mais de 5L de líquido. Semicículo de Skoda: através da percussão é possivel observar que vai passar do som timpânico das alças intestinais pro som maciço, nessa técnica o paciente deve estar de pé ou em decúbito dorsal. Outra coisa q pode se encontrar é a cicatriz do transplante hepático (imagem), os pacientes com cirrose hepática podem ser transplantados e ai o diagnóstico semiológico é feito pela cicatriz. Pergunta de aluno:pq há esse aumento no óxido nítrico? o óxido nítrico é produzido pela Óxido Nítrico Sintetase, a qual possui 3 principais origem/fontes: 1) Endotelial, e na cirrose temos a neovascularização, temos a formação de colaterais, abrindo novos caminhos e reabrindo antigos caminhos como a reabertura para a veia umbilical, então temos a de origem endotelial por neovascularização. 2) De origem inflamatória, em decorrência de atividade de células inflamatórias, no fígado cirrótico temos um processo inflamatório crônico. 3) Liberado pelo sistema nervoso central q para cirrose não tem grande importância. Mas eu tenho Óxido Nítrico Sintetase produzindo óxido nítrico estimulado pelas células endoteliais e pelas células inflamatórias. ENCEFALOPATIA HEPÁTICA Hoje em dia acredita-se q a grande vilã na encefalopatia hepática é a amônia, ela é produzida pelas bactérias colonicas é então absorvida e levada ao fígado, lá no fígado essa amônia, em quase sua totalidade, é transformada em uréia e é excretada através do rim. Como eu tenho um sangue q chega nesse fígado e não é muito bem metabolizado e tenhoum sangue q nem passa pelo fígado por causa das colaterais, há muita amônia no sangue e ela não é metabolizada tendo vários efeitos no sistema nervoso central, ela estimula o GABA, q é um neurotransmissor inibitório, ela diminui a liberação de glutamato na sinapse e ela causa edema dos astrócitos, isso tudo leva a encefalopatia hepática. Pergunta: tem q estar desidratado? É que geralmente existe um fator de desconpensação para q haja encefalopatia hepática a não ser q tenha uma cirrose tão grave, uma Child C, para q eu tenha uma encefalopatia hepática sem um fator de descompensação, oq importa q na maioria da vezes q tem um paciente com encefalopatia hepática nós temos q buscar um fator de descompensação, uma razão para q tenha desencadeado a encefalopatia hepática. Quais são as causa mais frequentes? Uma das causas mais frequetes é a infecção, então eu tenho um paciente cirrótico e ele faz uma erisipela, uma pneumonia, uma infecção urinária ou uma peritonite bacteriana espontânea e chega no pronto socorro em encefalopatia, ai você vai buscar e ele tem uma infecção. Além disso, ele pode fazer um distúrbio eletrolítico (pode estar desidratado), e essa ser a causa da descompensação, como ele pode ter outro distúrbio eletrolítico (hipercalemia ou hipernatremia), ter feito uso de benzodiazepínicos. Pode fazer também por uma ingesta muito grande de proteína (produz muita amônia), pode também ser por constipação, pois aumenta a flora intestinal e produz mais amônia e no paciente com cirrose, pode fazer encefalopatia. Quais são os sinais clássicos de peritonite? DB Rigidez/abdômen em tábua. Queda do estadogeral Paciente cirrótico geralmente esta em torno dos 50 anos, e cirrose é uma doença crônica. Vocês concordam que se ele não é mais jovem e tem uma doença crônica ele é imunocomprometido? Sim. Febre é algo que ele pode não ter, inclusive ele pode ter hipotermia. DB se da quando a gente aperta, e a gente ta nada mais nada menos do que juntando os folhetos parietais com os viscerais que estão inflamados e a gente fricciona um no outro, por isso dói mais quando solta. O que eu tenho entre esses dois folhetos peritoniais quando eu tenho ascite? Um monte de liquido, portanto eu não vou conseguir juntar os folhetos e não terei DB, da mesma forma que eu não vou ter abdômen em tábua. E esse paciente tem sinais inflamatórios sistêmicos e locais por ser imunodeprimido, menos expressivos, então se a gente não lembrar que pode ter peritonite bacteriana espontânea e não puncionar esse líquido ascitico para fazer o diagnostico e esse paciente morre de peritonite na nossa cara sem a gente fazer o diagnóstico de PBE. O que eu tenho no paciente com encefalopatia? Vou ter o FLAPPING (tremor vertical da mão) Fetor hepaticus Posso pedir para ele fazer testes psicométricos como assinar seu nome ( ele não vai conseguir nos momentos de encefalopatia), pode pedir para ligar números ou fazer uma estrela de 5 pontas e ele não vai conseguir fazer essas atividades. Graus da encefalopatia hepática, quanto as manifestações neurológicas. Grau 0 - Nenhuma alteração de consciência (lúcido,coerente,orientado no tempo e no espaço), função intelectual mantida, personalidade ou comportamento. Graus 1 - Falta de atenção, euforia ou ansiedade, a família pode falar para você que o paciente esta dormindo muito durante o dia e passa a noite andando pela casa. Isso acontece nos casos iniciais de encefalopatia hepática. Graus 2 - Letargia, sonolência, desorientado, alteração de personalidade, comportamento impróprio. E é geralmente nesse grau que surge o FLAPPING. Graus 3 - Estupor, resposta aos estímulos Grau 4 - Coma sem resposta aos estímulos Então esses são os graus e que fazem parte da história e do exame físico do paciente. No exame físico ainda, nós temos a inspeção do fígado, podemos observar um abaulamento seja relacionado ao hipocôndrio direito epigástrio ou o esquerdo quando eu tenho esplenomegalia, e quando eu tenho uma hepatomegalia volumosa ela pode se estender ate o outro lado. Então, eu tenho que perceber na inspeção do abdômen se eu tenho abaulamentos. Palpação do Fígado Temos que iniciar a palpação pela Fossa ilíaca direita. Ao perceber o fígado, eu tenho que identificar o seu tamanho através da hepatimetria que eu faço na linha hemiclavicular direita ( vou percutindo até encontrar a macicez do fígado), e ele termina até onde eu consigo palpar se ele for palpável, se ele não for vai ser até onde termina essa macicez. Temos que perceber a borda desse fígado, se ele é cortente, fina ou romba. A superfície se é lisa ou irregular. A consistência ( mole ou endurecido). A sensibilidade ( indolor ou doloroso). O fígado dói em duas situações principais, quando ele cresce muito rádio ( se eu tenho uma síndrome de Budd-Chiari por exemplo), ou se eu tenho um abscesso hepático. Eu começo lá na FID e vou subindo, posso palpar bi-manual ou em garra. O professor falou que ele começa palpando bi-manualmente e só passa para em garra se ele não conseguir com a bi-manualmente, mas falou para a gente escolher a que a gente se sentir mais a vontade. Inspeção do Baço Eu também posso ver se tem algum abaulamento no abdômen. Temos também várias formas de palpar e percutir o baço, uma das formas é o método de Castell ou Sinal da Percussão Esplênica. O paciente vai estar em DD, o examinador vai percutir ao longo da linha hemiclavicular anterior ao nível do oitavo e nono espaço intercostal, devendo observar um som atimpanico. O aparecimento de um som maciço, tanto na inspeção quando na expiração, sugere esplenomegalia. Você pode ter um baço não palpável mas percutível. Método de Nixon Paciente em DLD, baço sobre o colo esquerdo. O Examinador percute sobre a linha hemiclavicular posterior, logo abaixo onde cessa o timpanismo pulmonar, em diagonal, em direção ao gradil costal anterior. A macicez deve ser percebida por cerca de 6 a 8 cm da margem costal, sendo que áreas de macicez superiores a 8 cm, traçadas em uma linha perpendicular, sugerem baço aumentado. Percussão do Espaço de Traube. O espaço semilunar de Traube ocupa a área limitada superiormente pela borda da 6 costela esquerda, lateralmente pela linha axilar média esquerda e inferiormente pela margem costal inferior esquerda. Durante a respiração, percute-se esse espaço, de lateral para medial. O achado de macicez nessa área indica presença de baço aumentado. Palpação do Baço A gente pode fazer de preferência bi-manual: paciente em DD na inspiração. Manobra bimanual ou em garra (Mathieu - Cardarelli): posição de Shuster com paciente em DLD com MIE flexionado. O baço eu começo a palpar na FID ( Direita mesmo, é descrito semioticamente) e vou subindo em direção a cicatriz umbilical até chegar no rebordo costal esquerdo. Se eu percuto um Traube e esta timpânico, lógico eu não vou ter um baço palpável. Se ele esta maciço, eu tenho que buscar até onde ele esta indo. Existem doenças que causam grandes esplenomegalias. As 5 doenças que causam os maiores baços. Leucemia mieloide crônica (LMC) Malária Esquistossomose Leishmaniose Doença de Gaucher Se o baço estiver muito grande, lembre-se dessas doenças. Detecção do aumento do aumento do fígado e baço O que fala contra? Ausência de baço e fígado palpável (15%) Quantas vezes o baço tem que estar aumentado para passar a ser palpável? 3 vezes. Então o fato de ter um baço não palpável não quer dizer que ele não esteja aumentado. O que fala a favor? Um baço palpável (45%) Espaço de Traube maciço (15%) Percussão de Nixon (15%) Fígado palpável (15%) Sinal positivo de percussão esplênica (15%) Palpação de fígado e baço em varias doenças.
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