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FUNDAMENTOS DE PLANEJAMENTO 
ESTRATÉGICO NAS ORGANIZAÇÕES 
Me. Nelson Speranza Filho 
GUIA DA 
DISCIPLINA 
 2021 
 
 
1 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
1. PLANEJAMENTO 
 
Objetivo 
A proposta deste texto é apresentar a você o que é planejamento e porque ele é 
importante no nosso dia a dia e na gestão de organizações. 
 
Palavras-chaves: Planejamento estratégico. Planejamento. Organizações. 
 
Introdução 
Planejar é central para obter-se o sucesso nos objetivos pretendidos. É com 
planejamento que conseguimos considerar todas as hipóteses e variáveis que afetam esses 
objetivos, e nos preparar melhor para lidar com elas. Não é à toa que o planejamento é 
estudado há muitos anos, tendo em vista que são inúmeros os casos de organizações que 
sucumbiram ou tiveram sucesso em virtude de um bom planejamento. Neste texto, você vai 
conhecer um pouco mais sobre essa teoria e sua aplicabilidade na prática, obtendo o 
conhecimento que é necessário. 
 
Nesse texto tratarei dos seguintes assuntos: 
1.1. Conceito de Planejamento; 
1.2. Princípios; 
1.3. Tipos de Planejamento. 
 
1.1. Conceito de Planejamento 
Podemos conceituar planejamento como um processo desenvolvido para o alcance 
de uma situação futura desejada, de um modo mais eficiente, eficaz e efetivo, e com a 
melhor concentração de esforços e recursos pela empresa. (Oliveira, 2007) 
Grifei uma palavra, não é? Sim, processo. 
 
É importante você aprender que, quando falamos de planejamento, ele é, antes de 
tudo, um processo. Com isso, quero dizer que ele não é, necessariamente, um produto 
único e pontual, mas sim um processo desenvolvido com começo, meio e fim, que se 
desenrola de forma contínua e com momentos próprios. Quando chega próximo ao seu 
prazo determinado o planejamento se renova e a um novo processo é dado continuidade. 
 
 
2 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Os acadêmicos dizem que o planejamento tem cinco dimensões e acho importante 
apresentá-las a vocês: 
 
• Assunto: diz respeito ao tema abordado no planejamento, que pode ser produção, 
pesquisa, finanças, marketing, etc. 
• Elementos: que compõe o planejamento – objetivos, estratégias, políticas, 
orçamentos, etc. 
• Tempo: a duração do planejamento, que pode ser de longo, médio ou curto prazo. 
• Unidades organizacionais: se é voltado para toda a organização, para alguns 
departamentos, subsidiárias, etc. 
• Características: de que tipo de planejamento estamos falando? Pode ser tático, 
operacional ou estratégico, sendo este último o foco da nossa disciplina no curso. 
 
Não confunda, porém, o planejamento com a previsão, a projeção, a predição, a 
resolução de problemas ou o plano. Enquanto o planejamento é um processo, a previsão é 
a tentativa de antecipar eventos futuros; a projeção é a busca de igualar o futuro ao 
presente; a predição é a falta de controle sobre o futuro; a resolução de problemas é um 
ponto imediato; e o plano é um documento formal, que muitas vezes vai incluir o 
planejamento, mas que se distingue dele. 
 
Todo planejamento, aliás, vai ser formalizado em um plano escrito, mas são produtos 
diferentes. 
 
1.2. Princípios 
Ainda que existam muitas metodologias para o planejamento estratégico, sendo que 
você conhecerá a mais tradicional delas neste curso, é importante ressaltar que o 
planejamento dentro de uma organização precisa respeitar alguns princípios para que os 
resultados de sua implementação sejam os esperados. Eles são divididos em gerais e 
específicos. 
 
1.2.1. Princípios Gerais: 
• Princípio da contribuição: o planejamento deve contribuir para os objetivos 
máximos da organização; 
 
 
3 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
• Princípio da precedência do planejamento: o planejamento vem antes da ação, 
está no início do processo administrativo. Não se começa uma atividade sem o 
devido planejamento antes; 
• Princípio das maiores influências e abrangência: o planejamento influencia a 
organização a ponto de provocar modificações nas suas características, em muitos 
casos. A partir do planejamento, que tem abrangência ampla, se alteram muitas 
configurações organizacionais, seja em RH, finanças, etc; 
• Princípio de maior eficiência, eficácia e efetividade: o planejamento deve levar a 
organização a uma situação de maior eficiência, eficácia e efetividade. 
 
Você sabe já o que é eficiência, eficácia e efetividade, não é mesmo? Bem, vou 
conceituá-los, de qualquer forma: 
 
• Eficiência é fazer as coisas da maneira adequada, é resolver os problemas da melhor 
e mais “eficiente” forma: rápido, baixos custos, etc. Em uma analogia com o futebol 
é o jogar bonito. 
• Eficácia é fazer as coisas certas, é conquistar o que se pretende. Em outra analogia, 
é ganhar o jogo. 
• Efetividade é apresentar resultados de longo prazo, manter-se na disputa, ganhar o 
campeonato no final. 
 
1.2.2. Princípios específicos: 
• Planejamento participativo: considera a inclusão de todas as áreas necessárias ao 
desenvolvimento de um bom planejamento. O Planejamento não é feito só de cima 
para baixo, mas envolvendo todos os que vão diretamente ser afetados por ele. Tem 
que ser, portanto, um processo compreensivo. 
• Planejamento coordenado: todo o planejamento deve seguir uma lógica clara de 
coordenação, pois não existe planejamento com áreas atuando de forma 
independente e sem uma liderança clara. 
• Planejamento integrado: os vários níveis da organização devem ter o seu 
planejamento integrado dentre eles. 
• Planejamento permanente: o planejamento deve ser permanente, uma vez que as 
condições do planejamento se alteram com o tempo e, por isso, o planejamento se 
renova. 
 
 
4 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Com isso você já aprendeu os princípios do planejamento, e posso passar para a 
próxima parte, dos tipos de planejamento existentes. 
 
1.3. Tipos de Planejamento 
Já me antecipei um pouco atrás sobre quais os três tipos de planejamento, você 
percebeu? E quais são eles? Bem, essa é simples: o planejamento estratégico, o tático e o 
operacional. 
 
O planejamento estratégico é o foco da nossa disciplina e tratarei dele nos demais 
textos desse guia, mas é importante distingui-lo dos demais tipos de planejamento, que 
também são importantes e têm funções diferenciadas. 
 
Assim, de forma sintética, pode-se dizer que o planejamento estratégico se relaciona 
com objetivos de longo prazo e com estratégias e ações para alcançá-los; o planejamento 
tático diz respeito a objetivos de mais curto prazo e o operacional apenas às decisões da 
atividade, de curtíssimo prazo. 
 
Confira a seguir dois quadros que resumem e conceituam os três tipos de 
planejamento. O primeiro apresenta os níveis de decisão e o segundo o ciclo básico dos 
três tipos de planejamento: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E aí, está pronto para uma tarefa, agora que você já conhece os três tipos de 
planejamento? 
 
 
Neste texto eu apresentei a você o conceito de planejamento nas 
organizações, reforçando a ideia de se tratar um processo continuado, e não 
como algo que se realiza e acaba. Falei também dos princípios do 
planejamento e dos seus três tipos, que são importantes para que você possa 
conhecer e diferenciá-los, já que no próximo texto começarei a tratar do 
planejamento estratégico de forma mais detalhada. 
 
 
 
 
OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e 
práticas. 24 ed. São Paulo: Atlas, 2007. 
 
 
 
6 Fundamentosde Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
2. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
 
Objetivo 
Este segundo texto do nosso guia da disciplina tem como objetivo falar sobre o 
planejamento estratégico e porque ele é importante nas organizações. 
 
Palavras-chaves: Planejamento estratégico. Planejamento. Organizações. 
 
Introdução 
Quando o planejamento estratégico é realizado e acompanhado de forma adequada, 
ele é responsável por garantir o alcance dos objetivos traçados e viabiliza o sucesso das 
metas estabelecidas. Sem planejamento – e sem planejamento estratégico – não há visão 
de longo prazo na organização ou empresa, e sim apenas ações continuadas, sendo 
realizadas uma atrás da outra. Com planejamento, há perspectiva de crescimento e 
ampliação, conseguindo-se efetivamente pensar em todas as possibilidades, diminuindo o 
personalismo na gestão e tornando-a mais profissionalizada. 
 
Teremos apenas duas seções nesse texto, mas isso não significa que ele contém 
menos conteúdo. Na verdade, tratarei aqui da razão de existência do planejamento 
estratégico, de como ele influencia as empresas e demais organizações e quais as suas 
fases de realização, as quais irei detalhar nos textos seguintes deste guia. 
 
Você concluirá esse texto conhecendo efetivamente o que é o planejamento 
estratégico e porque ele é importante. 
 
Assim, os tópicos que tratarei aqui são: 
2.1. Introdução; 
2.2. Fases metodológicas. 
 
2.1. Introdução 
Você sabe o que é planejamento estratégico? Planejamento estratégico é: 
 
[...] o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se 
estabelecer a melhor direção a ser seguida pela organização, visando ao otimizado 
 
 
7 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
grau de interação com os fatores externos – não controláveis – e atuando de forma 
inovadora e diferenciada. (Oliveira, 2007) 
 
Reparou que tem processo novamente aí? Pois é, planejar é sempre um processo! 
Quando estou ministrando um curso de planejamento estratégico, sempre destaco 
algumas habilidades com as quais um bom profissional liderando esse processo deve 
contar, que são: 
 
1. Analisar fatos para identificar oportunidades; 
2. Dimensionar de maneira rápida e acurada a situação apresentada; 
3. Identificar estratégias para cada situação; 
4. Recomendar cursos de ações específicos; 
5. Aprimorar conhecimentos analíticos adquiridos em áreas funcionais; 
6. Unir teoria e prática; 
7. Preparar análises por escrito e recomendações de ação. 
 
Esses mesmos profissionais (gestores) têm responsabilidades diretas no processo 
de planejamento das organizações, e dentre elas listo algumas: 
 
• Definir a missão (duradoura, em longo prazo); 
• Formular a filosofia da empresa (crenças, valores); 
• Estabelecer políticas (planos de ação); 
• Estabelecer objetivos (empreendimento-alvo); 
• Desenvolver a estratégia (conceitos, ideias e planos para atingir os objetivos – 
planejamento estratégico); 
• Planejar a estrutura – plano estrutural e atividades, recursos; 
• Engajar pessoas (recrutar, selecionar, desenvolver); 
• Estabelecer procedimentos; 
• Fornecer instalações; 
• Fornecer capital; 
• Estabelecer padrões (medidas de desempenho); 
• Estabelecer programas de administração e planos operacionais; 
• Fornecer informações de controle (informação e medição de desempenho); 
• Manter o pessoal ativo. 
 
 
8 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Em geral, o processo de implementação de um planejamento estratégico é liderado 
pela alta cúpula das organizações, através do próprio Diretor/Presidente ou dos 
Departamentos de Planejamento, mas deve envolver toda a estrutura e não somente os 
líderes. Um planejamento que é realizado de cima para baixo, sem integração total com os 
demais membros da organização, está fadado ao fracasso, uma vez que fatalmente não 
levará em conta todas as peculiaridades desta organização. 
 
E quais os benefícios do planejamento estratégico quando estamos falando de uma 
empresa? São pelo menos dois que podemos identificar, sendo eles aumentar o nível de 
lucro e toda a organização com a realização de metas de longo prazo. 
 
Além disso, é possível identificar também vários benefícios potenciais de um bom 
processo de planejamento estratégico, que são: 
 
• Aponta problemas antes que eles ocorram (riscos); 
• Fortalece o comprometimento; 
• Chama a atenção para a mudança e permite ações em resposta; 
• Identifica necessidade de redefinição da natureza do negócio; 
• Melhora a canalização dos esforços; 
• Permite clara visão do negócio; 
• Facilita a identificação e exploração de oportunidades; 
• Oferece visão objetiva dos problemas; 
• Fornece estrutura para análise da execução do plano e atividades; 
• Minimiza os efeitos de mudanças adversas; 
• Ajuda o relato das decisões e estabelecimento de objetivos; 
• Torna efetiva a alocação de tempo e recursos para identificação de 
oportunidades; 
• Coordena a execução das táticas do plano; 
• Permite a integração de todas as funções de marketing; 
• Minimiza os recursos e tempo dedicados a corrigir erros; 
• Cria estrutura para comunicação interna; 
• Permite ordenar prioridades dentro de cronograma; 
• Ajuda a ordenar ações individuais; 
 
 
9 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
• Fornece base para esclarecimento de responsabilidades individuais e 
contribui para motivação; 
• Encoraja o pensamento positivo da equipe; 
• Estimula abordagem cooperativa, integrada e entusiasmada para corrigir 
problemas. 
 
Ufa! Muitos? Não é necessário decorar todos os benefícios listados acima, mas pelo 
menos ter uma visão geral dos efeitos do planejamento em uma organização quando bem 
implementado. 
 
Vale citar que as organizações também têm expectativas em relação ao 
planejamento estratégico, que são: 
 
• Conhecer e melhor utilizar seus pontos fortes internos - Ponto forte é a 
diferenciação conseguida pela empresa que lhe proporciona uma vantagem 
operacional no ambiente empresarial; 
• Conhecer e eliminar ou adequar seus pontos fracos internos - Ponto fraco é 
uma situação inadequada da empresa que lhe proporciona uma desvantagem 
operacional no ambiente empresarial; 
• Conhecer e usufruir as oportunidades externas. - Oportunidade é a força 
ambiental incontrolável pela empresa, que poderá favorecer ou não sua ação 
estratégica; 
• Conhecer e evitar as ameaças externas. - Ameaça é a força ambiental 
incontrolável pela empresa, que cria obstáculos à sua ação estratégica, mas 
que poderá ou não ser evitada; 
• Ter um efetivo plano de trabalho. 
 
Destaquei mais quatro palavras, não é mesmo? Pontos fortes, pontos fracos, 
oportunidades e ameaças. Voltarei a elas no próximo texto desse guia. 
 
Agora, quero que você conheça alguns dos resultados esperados com o 
planejamento estratégico: 
 
 
 
10 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
• Direcionamento de esforços para os resultados comuns, que sejam de 
interesse de todos os envolvidos no processo. 
• Consolidação do entendimento, por todos os funcionários, da visão, da missão, 
dos propósitos, das macro estratégias, das macro políticas, da postura 
estratégica, dos objetivos gerais, dos objetivos funcionais, dos desafios, das 
metas, das estratégias, das políticas e dos projetos da organização, bem como 
indicar a elaboração do programa de atividade das várias unidades ou áreas 
que integram a estrutura organizacional; 
• Estabelecimento de uma agenda de trabalho por um período de tempo que 
permita à organização trabalhar levando em conta as prioridades estabelecidas 
e as exceções justificadas.Finalmente, já caminhando para o encerramento dessa seção, é importante também 
eu os informar sobre as duas distintas metodologias de se elaborar um planejamento 
estratégico. A primeira prevê, antes, a definição de onde se quer chegar, para em seguida 
se estabelecer como a empresa chegará lá a partir do ponto em que se encontra 
atualmente. Já a segunda, busca primeiro a definição qual a situação atual da empresa, 
para então ser estabelecido aonde se quer chegar. Neste curso, trabalharemos com a 
segunda metodologia. 
 
2.2. Fases metodológicas 
São cinco as fases metodológicas do planejamento estratégico. Nos próximos textos 
me deterei em detalhá-las melhor, mas é importante você ter um panorama inicial sobre 
todas desde já: 
 
a) Análise do ambiente (diagnóstico estratégico): consiste no momento de 
monitorar o ambiente organizacional para identificar as oportunidades e os riscos 
atuais e futuros. É o conjunto de todos os fatores, internos e externos, que podem 
influenciar o progresso obtido por meio da realização dos objetivos; 
b) Estabelecimento da diretriz organizacional: é a fase em que a meta da 
organização é determinada: missão e objetivos. É o momento-chave do 
planejamento, no qual a organização define aonde quer chegar a partir da 
compreensão da sua capacidade. Do presente, portanto, indica-se o ponto no futuro 
para o qual toda a estratégia da organização convergirá; 
 
 
11 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
c) Formulação da estratégia: é o curso de ação para garantir o alcance dos objetivos. 
Neste momento desenham-se os planos táticos e operacionais a partir dos objetivos 
traçados e daquilo que a organização pretende alcançar. É o desdobramento do 
planejamento estratégico em outros planos menores; 
d) Implementação da estratégia: uma vez estabelecido aonde se quer chegar, é hora 
de colocar a estratégia em prática e levar adiante o planejamento. É um momento 
específico do processo considerado muito importante, pois pode levar a organização 
a não conseguir efetivar as diretrizes estabelecidas; 
e) Controle estratégico: é o acompanhamento e monitoramento da implementação da 
estratégia, bem como do seu relacionamento com as diretrizes estabelecidas. O 
processo de controle permite reavaliar a implementação e, eventualmente, até se 
concluir que a estratégia estabelecida é impraticável e que os objetivos não serão 
alcançados. O quadro a seguir dá um bom panorama sobre essas fases: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acabamos mais um texto desse guia da disciplina, no qual tive a oportunidade de 
detalhar para você os benefícios de um planejamento estratégico. Agora, somando 
o conteúdo dos dois textos, você já tem conhecimento sobre planejamento e sobre 
Diagnóstico Estratégico 
Empresa Ambiente 
• O que é? 
• Como está? 
− Recursos 
− Vantagem competitiva 
• Como está? 
• Como estará? 
− Conjunturas 
− Necessidades Identificadas 
− Concorrências 
− Limitações Governamentais 
Valores, aspirações e desejos Ideologia 
• Como queremos estar? 
• O que queremos ser? 
• O que queremos fazer? 
• O que é certo? 
(escala de valores) 
Cenários 
− O que está para acontecer? 
− Como a empresa será afetada? 
Identificação de objetivos, desafios e metas 
Estratégias Alternativas Propostas 
• Avaliar perante a: 
− Aceitabilidade 
• Valores 
• Ideologia 
− Exequibilidade 
• Recursos disponíveis 
• Circunstâncias disponíveis 
− Coerência 
− Eficácia 
Identificação de Estratégias Alternativas Aceitáveis 
Missão da Empresa 
Escolha das Estratégias a Serem Implantadas 
Implementação das Estratégias Escolhidas 
Avaliação das Estratégias Implementadas 
 
 
13 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
o planejamento estratégico, sabendo distinguir os vários tipos e a apresentar a 
metodologia. Vou partir para apresentar, uma a uma, todas as fases de um 
planejamento estratégico e quero que você fique expert nisso ao final de nosso 
curso. 
 
 
 
 
 
OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e 
práticas. 24 ed. São Paulo: Atlas, 2007. 
 
 
 
14 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
3. DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO: ANÁLISE AMBIENTAL DAS 
ORGANIZAÇÕES 
 
Objetivo 
O terceiro texto do guia tem como propósito apresentar a você detalhes sobre a 
análise ambiental das organizações, um dos primeiros passos para o desenvolvimento de 
um planejamento estratégico efetivo. 
 
Palavras-chaves: Planejamento estratégico. Processo. Análise ambiental. 
 
Introdução 
Você deve lembrar que nos dois primeiros textos desse guia me preocupei em 
conceituar o que é planejamento e o que é planejamento estratégico, mostrando suas 
características, princípios, benefícios e aplicações. Agora, começo a detalhar as fases do 
planejamento estratégico, dentro daquilo que tenho reforçado desde o início, de se tratar 
de um processo, e não de um produto ou um mero documento. 
 
Com a análise ambiental, ou diagnóstico estratégico, você conhecerá instrumentais 
para o estudo sobre as características das organizações, ou seja, de tudo o que as envolve 
e afeta, interna e externamente. 
 
Neste texto tratarei da análise ambiental em um tópico único, sendo que serão 
apresentadas três técnicas de análise de ambiente organizacional. 
 
3.1. Análise Ambiental 
A análise do ambiente (ou análise ambiental, como nosso título) é o processo de 
monitoramento do ambiente organizacional que visa identificar as oportunidades e os riscos 
atuais e futuros que podem vir a influenciar a capacidade das empresas de atingir suas 
metas. 
 
Aí você me pergunta: - Certo, professor, e o que é ambiente organizacional? 
Pois bem, ambiente organizacional é o conjunto de todos os fatores, tanto internos 
como externos à organização, que podem influenciar o progresso obtido no planejamento 
por meio da realização dos objetivos. 
 
 
15 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
A avaliação ambiental é realizada sempre no começo do processo de planejamento, 
mas também monitorada continuamente, para que a administração possa reagir 
adequadamente aos acontecimentos e intensificar o sucesso da organização. 
 
Quais são os papéis da análise ambiental? Eu gostaria de destacar pelo menos três: 
 
• Papel orientado para a política: manter a alta administração informada sobre as 
principais tendências emergentes no ambiente (atitudes, normas e leis). 
• Papel do planejamento estratégico integrado: melhorar o desempenho 
organizacional, pois conscientiza os altos administradores e os gerentes de divisões 
das questões que surgem no ambiente da empresa. 
• Papel orientado para a função: melhorar o desempenho organizacional ao fornecer 
informações ambientais relacionadas ao desempenho efetivo de funções 
organizacionais específicas. 
 
Uma organização tem vários ambientes que serão analisados no processo de 
planejamento estratégico, e é importante mostrá-los a você, para que tenha mais claro tudo 
o que é levado em consideração nesse momento: 
 
Ambiente Geral – nível de ambiente externo à organização, formado por 
componentes que normalmente têm amplo escopo e sobre o qual a organização não tem 
nenhum controle: 
• Componente econômico 
• Componente social 
• Componente político 
• Componente legal 
• Componente tecnológico 
 
Ambiente Operacional – nível de ambiente externo à organização, composto de 
setores que normalmente têmimplicações específicas e relativamente mais imediatas na 
empresa: 
• Componente cliente 
• Componente concorrência 
• Componente de mão-de-obra 
 
 
16 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
• Componente fornecedor 
• Componente internacional 
 
Ambiente Interno – nível de ambiente da organização que está dentro dela e que 
normalmente tem implicação imediata e específica em sua administração. 
• Componente organizacional 
• Componente trabalhista 
• Componente de marketing 
• Componente de produção 
• Componente financeiro. 
 
Veja agora um quadro que consolida a informação que acabei de passar: 
 
 
 
Isto posto, apresento a seguir algumas das de técnicas de análise do ambiente que 
podem ser utilizadas pela organização. Elas não são exaustivas e vários teóricos e livros 
 
 
17 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
apresentarão outras técnicas. O mais importante é você saber, na verdade, identificar 
aquela que é melhor para sua organização e que irá produzir uma análise mais efetiva. 
 
3.2. Exame de ambiente 
É a técnica utilizada para reunir informações sobre eventos e suas relações dentro 
dos ambientes internos e externo da organização. Consiste na revisão e avaliação sobre 
informações sobre os ambientes interno e externo. 
Ela é dividida em três formas: 
• Sistemas descontínuos de análise – estudos ambientais dirigidos (crise de 
energia). 
• Sistemas permanentes de análise – revisão regular do ambiente ou dos 
componentes ambientais significativos 
• Sistemas contínuos de análise – monitoramento constante do ambiente 
organizacional. 
 
3.3. Análise de oportunidades e riscos 
É análise pela qual é necessário classificar os fatores ambientais examinados em 
termos de níveis ambientais e de oportunidades e riscos potenciais. 
 
Essa é a famosa análise SWOT (ou FOFA, em português), que considera os pontos 
fortes, oportunidades, pontos fracos e ameaças. Percebeu que as letras grifadas compõem 
o nome da técnica em português? O mesmo vale para o inglês – strenghs, weaknesses, 
opportunities e threats (que, traduzindo, está em ordem diferente – forças, fraquezas, 
oportunidades e ameaças). 
 
Veja agora como é um quadro de uma análise FOFA, para aspectos ambientais que 
afetam a organização: 
 
 
 
18 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Para aplicar esta metodologia, deve-se avaliar a organização a partir dos fatores 
ambientais citados anteriormente e identificar cada um deles dentro de um dos quadrados 
do quadro acima. 
 
3.4. Previsão ambiental 
É uma técnica pela qual se estabelecem as possíveis condições de um ambiente 
organizacional em determinado momento no futuro. 
 
3.5. Características de uma análise ambiental bem-sucedida 
Para que seja bem-sucedida, uma análise ambiental deve levar em consideração 
algumas características. Conheça algumas delas: 
• Será conceitual e praticamente ligada às atividades de planejamento. 
• Exigirá as informações para a alta administração. 
• Deverá ser continuamente apoiada pela alta administração. 
• Será efetuada por pessoas que têm habilidades de estrategista. 
 
 
 
Este já foi um texto muito mais prático, não? Apresentei a você detalhes do 
processo de elaboração de um planejamento estratégico, que começam pelo 
estudo da análise ambiental da organização. Você foi apresentado a novos 
termos, como o conceito de ambiente organizacional, importante à análise 
ambiental, que é dividido em três níveis, e também aos objetivos, momentos 
e papéis da análise ambiental. Também abordei de forma mais específica três 
técnicas de análise ambiental: o exame de ambiente, a análise de operações e 
riscos (SWOT/FOFA) e a previsão ambiental. Lembrem-se que esta lista não é 
exaustiva e existem outras espécies apontadas pelos teóricos, ok? Agora, a fim 
de dar continuidade à nossa análise sobre diagnósticos estratégico, vou 
abordar no tópico seguinte detalhes sobre a visão, os valores e a missão, 
quando você terminará o ciclo de estudos sobre o início de um 
desenvolvimento estratégico efetivo. 
 
 
 
 
OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e 
práticas. 24 ed. São Paulo: Atlas, 2007. 
 
 
 
19 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
4. VISÃO, VALORES E MISSÃO 
 
Objetivo 
O quarto texto do guia tem como propósito apresentar a você ainda mais detalhes 
sobre a análise ambiental das organizações. Aqui trataremos sobre a visão, os valores e a 
missão - os primeiros passos para o desenvolvimento de um planejamento estratégico 
efetivo. 
 
Palavras-chaves: Planejamento estratégico. Processo. Diretrizes organizacionais. 
 
Introdução 
A visão representa o ponto em que a organização pretende alcançar no prazo futuro. 
Os valores representam o conjunto dos princípios e crenças fundamentais de uma 
organização e dão apoio para todas as principais decisões que ela vier a tomar. Já a missão 
é, efetivamente, a definição da razão de existência daquela organização. É algo 
fundamental de se estabelecer, como será visto aqui. 
 
Ao todo, vou tratar de três tópicos que serão apresentados neste texto são: 
4.1. Visão; 
4.2. Valores; 
4.3. Missão. 
 
4.1. Visão 
A visão representa o ponto em que a organização pretende alcançar no prazo futuro. 
Em geral, a grande maioria dos planejamentos estratégicos é feito com uma visão temporal 
de 05 anos. Esse período é longo o suficiente para nos permitir desenvolver projetos que 
facilitem o alcance da visão e ao mesmo tempo tem uma duração que facilita lidar com os 
acontecimentos imprevistos. Lidar com planejamento de 10, 15 ou 20 anos, nos impediria 
de conseguir mapear todas as possibilidades que afetariam o nosso planejamento, e daí a 
teoria indicar que eles devem sempre ser elaborados para um prazo de quatro a cinco anos. 
 
A visão é a descrição de AONDE a organização quer chegar. Veja o que ela deve 
conter: 
• Deve guiar o desenvolvimento da estratégia da organização. 
 
 
20 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
• Deve se ousada, mas atingível em um determinado espaço de tempo; 
• Deve focar na comunicação interna. 
 
Esse último ponto é importante e você deve marcá-lo: a visão deve focar na 
comunicação interna, serve para inspirar os membros da equipe, funcionários e 
trabalhadores, e por isso muitas organizações sequer a tornam pública. Mas isso não é 
uma regra, e você vai ver logo abaixo exemplos de visão de várias empresas e ONGs que 
selecionei para este material. 
 
E como deve ser uma visão? Elas devem ser: 
− Inspiradoras; 
− Atingíveis; 
− Dar um rumo claro; 
− Diretas; 
− Dinâmicas. 
 
No geral, a visão será uma única e curta frase, com um direcionamento objetivo de 
onde a organização quer chegar, e de fácil compreensão. Veja a seguir alguns exemplos 
de visão: 
“Seremos uma das cinco maiores empresas integradas de energia do mundo e a 
preferida pelos nossos públicos de interesse” - Petrobrás 
“A Samsung se dedica ao desenvolvimento de tecnologias inovadoras e processos 
eficientes que criam novos mercados, enriquecem a vida das pessoas e permitem 
que a Samsung permaneça na posição de líder digital” - Samsung 
“Ser reconhecida como organização que desenvolve e dissemina práticas que 
contribuam para a transformação social” - Fundação Gol de Letra. 
“A Natura, por seu comportamento empresarial, pela qualidade das relações que 
estabelece e por seus produtos e serviços, será uma marca de expressão mundial, 
identificada com a comunidade das pessoas que se comprometem com a 
construção de um mundo melhor através da melhor relação consigo mesmas,com 
o outro, com a natureza da qual fazem parte e com o todo” - Natura 
“Disponibilizar recursos técnicos, científicos e humanos adequados, atuando como 
centro de referência em diagnóstico e tratamento do câncer infanto-juvenil; oferecer 
apoio multidisciplinar e suporte social, com a finalidade de manter a adesão ao 
tratamento; Treinar e capacitar profissionais, buscando multiplicar conhecimento e 
promover impacto na assistência à saúde do País; Trabalhar constantemente em 
parceria, somando esforços com a comunidade, universidade e empresariado, 
através de mobilização de recursos, gestão participativa e potencialização de 
 
 
21 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
conhecimento; Promover atuação efetiva do voluntariado; Garantir acesso ao 
tratamento a crianças e jovens de famílias de baixa renda.” - GRAAC 
4.2. Valores 
Os valores representam o conjunto dos princípios e crenças fundamentais de uma 
organização e dão apoio para todas as principais decisões que ela vier a tomar. Os valores 
são os fundamentos que norteiam a atuação da organização. 
 
Em geral, valores são listados como frases curtas, ou mesmo apenas palavras, que 
indicam quais são os valores observados. 
 
Os valores devem ser sempre lembrados e divulgados, para que todos os membros 
da organização o tenham em consideração quando estiverem atuando no nome dela. 
Conheça alguns exemplos de valores de organizações nacionais: 
 
“Dignidade, Fraternidade, Perseverança e Solidariedade” – Fundação Gol de Letra 
“A Samsung é guiada por uma filosofia simples, valores sólidos e altos padrões 
éticos que estão sempre presentes em nosso trabalho diário. Em tudo o que 
fazemos, nos empenhamos em ajudar a melhorar a vida das pessoas” - Samsung 
“Descritos no Plano Estratégico, os valores são a forma como a Companhia pauta 
suas estratégias, ações e projetos. Eles devem estar presentes na condução das 
atividades e refletir o jeito de ser da Petrobras” – Petrobrás 
“Competência 
Ética 
Transparência 
Solidariedade 
Trabalho em equipe 
Igualdade nas relações” 
- Graac 
 
4.3. Missão 
A missão é a razão de existência da organização e reflete seus valores. A missão é 
uma frase, um parágrafo, que atesta a declaração ampla da diretriz organizacional e é 
relevante porque inclui e propõe-se a: 
• Conter a descrição do PORQUÊ a organização existe; 
• Guiar todas as decisões da organização; 
• Descrever uma realidade duradoura / independente do tempo; 
 
 
22 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
• Ser usada para comunicação dentro e fora da organização – a missão é pública, e a 
ela deve ser dada publicidade. 
 
E você sabe o que deve constar em uma boa missão? 
• Onde atuar? – onde a organização atua, em qual ambiente e espaço. 
• Quem vai ser o público-alvo? – quem é o público-alvo que ela atinge na sua 
atuação, que tipo de público ela mira alcançar. 
• O que a organização vai fazer? – que a atividade principal, ou atividades principais, 
da organização. 
• Por que / para que a organização vai atuar? – qual o motivo dessa organização 
existir, o seu propósito. 
• Como atuar? – com quais fundamentos ela atua, e como se dá essa atividade. 
• De que forma vai atuar? – de qual maneira, levando o quê em consideração a 
organização atua. 
 
Marque os seis itens acima e use-os sempre quando for escrever uma missão e terá 
começado bem o seu planejamento estratégico. 
 
Ter uma missão é fundamental para qualquer organização, mesmo as que não 
contam com um processo de planejamento estratégico estabelecido. Conheça abaixo 
alguns dos motivos do porque é tão importante a missão: 
• Ajuda a concentrar esforços em uma direção comum; 
• Ajuda a assegurar que a organização não persiga propósitos conflitantes; 
• Serve de base para a alocação de recursos organizacionais; 
• Estabelece áreas amplas de responsabilidades por tarefa na organização; 
• Atua como base para o desenvolvimento de objetivos organizacionais. 
 
Há, finalmente, alguns pré-requisitos para que a missão que for desenvolvida pela 
organização tenha sucesso e é muito importante que você os leve em consideração quando 
estiver participando de um processo desses: 
• Participação ativa e visível das pessoas chave da organização; 
• Conhecimento da conjuntura e dos fatores-chave de sucesso no futuro; 
• Discussão aberta e profunda de todos os pontos de vista. 
 
 
 
23 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Vamos então conhecer alguns exemplos de Missão de empresas e organizações 
nacionais? Separei alguns aqui para vocês: 
 
“A Universidade Santa Cecília tem por missão educar para o desenvolvimento da 
Região Metropolitana da Baixada Santista, através da formação de profissionais 
críticos e analíticos, da produção de conhecimentos e do comprometimento com a 
responsabilidade social” – Unisanta. 
“Garantir a crianças e adolescentes com câncer, dentro do mais avançado padrão 
científica, o direito de alcançar todas as chances de cura com qualidade de vida” – 
Graac. 
“Nossa razão de ser é criar e comercializar produtos e serviços que promovam o 
Bem-Estar/Estar Bem” – Natura. 
“Atuar de forma segura e rentável, com responsabilidade social e ambiental, nos 
mercados nacional e internacional, fornecendo produtos e serviços adequados às 
necessidades dos clientes e contribuindo para o desenvolvimento do Brasil e dos 
países onde atua” – Petrobrás. 
“Contribuir para a formação cultural e educacional de crianças e jovens para que 
possam atuar com autonomia na transformação de suas realidades” - Fundação Gol 
de Letra. 
 
 
 
Este já foi um texto muito mais prático, não? Apresentei a você detalhes do 
processo de elaboração de um planejamento estratégico, que passam pela 
definição de visão, valores e missão. 
Você viu muitos exemplos também, certo? Procurei identificar quatro ou cinco 
organizações que contam com um planejamento estratégico desenvolvido e 
apresentado em seu website institucional, para ilustrar alguns casos e reforçar 
o nosso conteúdo. 
Considerando que você prestou bastante atenção no que eu escrevi, deve ter 
observado que alguns dos exemplos apresentados estão de acordo com a 
teoria, enquanto outros não. Isso é bom, pois era justamente a minha intenção 
e será foco de exercícios e tarefas nosso. Até a próxima semana! 
 
 
 
 
 
OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e 
práticas. 24 ed. São Paulo: Atlas, 2007. 
PORTER, M. E. Estratégia Competitiva. 7.ed. Rio de Janeiro: Campus, 1991. 
 
 
 
 
24 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
 
25 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
5. OBJETIVOS DA ORGANIZAÇÃO E A FORMULAÇÃO DE 
ESTRATÉGIAS 
 
Objetivo 
A quinta aula do curso tem como prioridade aprofundar o conhecimento na 
formulação do planejamento estratégico. Agora você conhecerá mais sobre os objetivos e 
os fatores que devem ser levados em consideração durante o processo do planejamento. 
 
Palavras-chaves: Planejamento estratégico. Processo. Formulação de estratégias. 
 
Introdução 
Os objetivos têm como função tornar a visão alcançável, a fim de operacionalizar as 
metas de longo prazo das organizações. Como conhecê-los é fundamental durante o 
estudo do planejamento estratégico, neste texto o analisaremos dentro do escopo de sua 
formulação. 
Assim, você verá a seguinte divisão de tópicos neste texto: 
5.1. Objetivos organizacionais; 
5.2. Estratégias e estruturas; 
5.3. Formulação de Estratégias; 
5.4. Estratégias Funcionais; 
5.5. Restrições e critérios de seleção na formulação de estratégias 
5.5.1. Restrições; 
5.5.2.Critérios. 
 
5.1. Objetivos Organizacionais 
Um objetivo organizacional é uma meta para a qual a organização direciona seus 
esforços. Quando alcançados em sua totalidade, os objetivos contribuem para que a 
organização tenha atingido a sua visão de futuro. Assim, eles são as metas mais 
importantes da organização e, por isso, todo o planejamento estratégico estará focado para 
o seu alcance. 
 
E, afinal, por que os objetivos são importantes? Porque eles servem como diretrizes 
na tomada da decisão; são como um guia para aumentar a eficiência organizacional e para 
a avaliação do desempenho institucional. 
 
 
26 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Os objetivos podem ser de curto e de longo prazo, com alcance de um a quatro anos, 
e podem escritos para mirar várias áreas na organização (dentre outras): 
• Posicionamento no mercado; 
• Inovação; 
• Produtividade; 
• Níveis de recursos; 
• Lucratividade; 
• Desempenho e desenvolvimento do administrador; 
• Desempenho e atitude do funcionário; 
• Responsabilidade social. 
 
E você sabe quais devem ser as características dos objetivos organizacionais? 
• Específicos 
• Exigentes de esforços 
• Atingíveis 
• Flexíveis 
• Mensuráveis 
• Consistentes a longo e curto prazo 
 
Agora vou falar sobre como se estabelecem esses objetivos. São três etapas: 
 
Etapa 01 – reflexão sobre os resultados da análise de ambiente; 
Etapa 02 – estabelecimento de uma missão organizacional efetiva; 
Etapa 03 – estabelecimento de objetivos organizacionais eficazes, que devem 
prever: 
• Análise das tendências ambientais; 
• Desenvolvimento de objetivos para a organização como um todo; 
• Criação de uma hierarquia de objetivos; 
• Desenvolvimento de objetivos individuais. 
 
5.2. Estratégias e Estruturas 
As estratégias organizacionais são formuladas pela alta administração e projetadas 
para alcançar os objetivos globais da organização. 
 
 
 
27 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Primeiro, as estratégias gerais devem ser selecionadas e desenvolvidas. Depois, são 
definidos e decididos os papéis das diversas linhas de negócios da organização e quais 
recursos serão alocados entre si. 
 
Existem várias alternativas de estratégia, você quer saber quais são elas? 
I. Estratégia de concentração: é aquela em que a organização enfoca uma única 
linha de negócios, de atuação. Quer um exemplo? Ovomaltine, só vende 
achocolatado em pó; 
II. Estratégia de estabilidade: a organização procura se estabelecer em determinadas 
linhas de negócio e tenta manter-se nelas. Exemplo: a Universidade Santa Cecília 
atua só com educação, de várias maneiras; 
III. Estratégia de crescimento: organizações buscam crescer, seja nas vendas, lucros, 
participação, etc. Isso é o normal, aliás, todas as empresas querem crescer, e 
organizações não lucrativas precisam apresentar melhores resultados. As 
estratégias de crescimento podem ser obtidas de várias maneiras: 
a) Integração vertical: aquisição de outras organizações na cadeia econômica 
da organização: uma universidade compra um colégio de ensino médio, por 
exemplo; 
b) Integração horizontal: crescimento por meio de aquisição de organizações 
concorrentes: o Santander comprou o Banco Real, o Itaú comprou o 
Unibanco; 
c) Diversificação: crescimento por meio de aquisição de organizações em 
outras áreas de negócios, para gerar sinergias e economias. 
 
IV. Estratégia de redução de despesas: se a organização está ameaçada pela 
concorrência ou em virtude de planejamento mal feito no passado, ela pode se definir 
por uma estratégia de redução, o que inclui algumas possibilidades: 
a) Estratégia de rotatividade: livrar-se do que não é eficiente, como produtos 
que dão prejuízo; 
b) Estratégia de desinvestimento: vender negócios ou transferi-los para outras 
organizações. Os bancos, recentemente, venderam suas financeiras, como a 
ibi; 
c) Estratégia de liquidação: fechamento total do negócio, que tem todo o seu 
ativo vendido e passado adiante. Foi com o que aconteceu com a VARIG, por 
exemplo, onde quase toda a empresa fechou e uma parte foi separada. 
 
 
28 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
V. Estratégias combinadas: são estratégias que unem características das demais 
estratégias acima definidas. Dependendo do porte da organização, será mesmo 
necessário combinar mais de uma estratégia para garantir um planejamento eficiente 
e eficaz. 
 
5.3. Formulação de Estratégias 
Agora que você já conhece os tipos de estratégias, vamos falar de suas formulações. 
Formular estratégias de negócios envolve a tomada de decisão em nível de divisão ou de 
unidade. Essas estratégias devem ser consistentes com a estratégia global da organização 
para tal linha específica de negócios. 
 
Ainda que a metodologia abaixo provavelmente não seja aplicável no seu dia-a-dia 
profissional, é importante conhecê-la, pois ela é modelo na teoria do planejamento 
estratégico, e foi desenvolvida por Michael Porter, um estudioso americano. 
 
Essa metodologia prevê que, na formulação de uma determinada estratégia, deve-
se considerar a análise de cinco forças competitivas, que são: 
• Risco de novos concorrentes 
• Poder de barganha dos fornecedores 
• Poder de barganha dos compradores 
• Risco de produtos substitutos 
• Rivalidade entre concorrentes 
 
Para Porter, a análise desses cinco fatores citados deve moldar o desenvolvimento 
da estratégia de negócios e, por exemplo, uma empresa tem maior oportunidade de obter 
alta lucratividade em setores econômicos caracterizados por altas barreiras à entrada de 
produtos substitutos e por concorrentes, compradores e fornecedores que sejam menos 
competitivos. Ainda que poucos setores venham a ter essas mesmas características, a 
chave para a formulação da estratégia é analisar as oportunidades e restrições particulares 
no setor. 
 
Fazendo as devidas adaptações, tenho certeza que você conseguiria aplicá-la na 
administração pública, por exemplo. 
 
 
29 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
5.4. Estratégias Funcionais 
As estratégias funcionais são elaboradas por especialistas de cada área da 
organização que, juntos, descrevem as tarefas específicas que devem ser executadas para 
a implementação da estratégia. São elas: 
• Estratégia de pesquisa e desenvolvimento: 
• Estratégia de operações: 
• Estratégia financeira: 
• Estratégia de marketing: 
• Estratégia de recursos humanos. 
 
Mas você provavelmente vai me dizer que essas funções não são suficientes para 
abranger, por exemplo, toda a administração pública. Eu concordo. A elas, devem ser 
somadas outras funções específicas, como licitação, patrimônio, e excluídas aquelas que 
não se aplicarem ao caso prático. 
 
5.5. Restrições e critérios de seleção na formulação de estratégias 
Infelizmente, nem tudo é perfeito e está disponível no momento da elaboração da 
estratégia e há restrições que prejudicam – ou alavancam – o processo de formulação das 
estratégias. 
Vou falar um pouco sobre isso agora: 
 
5.5.1. Restrições: 
a. Disponibilidade de recursos financeiros: pode-se ter uma ótima estratégia, 
mas pouco dinheiro para implementá-la. Assim, será preciso adaptar a própria 
estratégia, pois ela não se tornará viável; 
b. Atitude frente a riscos: há organizações e pessoas avessas a riscos. Querer 
assumir mais ou menos riscos é uma das restrições do processo de definição da 
estratégia; 
c. Competências organizacionais: a estratégia pode ser excelente, mas a 
organização não tem capacidade interna para implementá-la. Já viu isso antes?; 
d. Relações entre canais: se é algo novo onde a organização não tem a devida 
experiênciaou não consegue implementar a estratégia por conta própria, isso 
pode redundar em uma restrição; 
 
 
30 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
e. Retaliação da concorrência: quando for o caso, a concorrência pode te ruma 
reação inesperada e influenciar – restringir – a estratégia da organização. 
 
5.1.2. Critérios: 
E quais são os critérios que você deve levar em conta na elaboração de alternativas 
estratégicas? Listei abaixo alguns deles: 
• Correspondam ao ambiente externo; 
• Envolvam uma vantagem competitiva sustentável; 
• Sejam consistentes com outras estratégias da organização; 
• Forneçam flexibilidade adequada para a organização; 
• Estejam de acordo com a missão da organização e com os objetivos de longo 
prazo; 
• Sejam organizacionalmente factíveis. 
 
 
Neste texto você viu uma grande quantidade de conteúdo sobre a estruturação, 
formulação e estratégias funcionais, bem como restrições e critérios na 
formulação de um planejamento estratégico, que será complementada na aula 
seguinte, na qual veremos a sua implementação de fato. Assim, como a 
complexidade do tema irá aumentar um pouco mais no texto a seguir, é 
importante que você analise o conteúdo com bastante cuidado, para que o seu 
conhecimento teórico seja devidamente arrematado. 
 
 
 
 
OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e 
práticas. 24 ed. São Paulo: Atlas, 2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
6. IMPLEMENTAÇÃO DE ESTRATÉGIA 
 
Objetivo 
A proposta deste texto é o estudo da penúltima fase do processo de planejamento 
estratégico, a implementação de estratégias. Formuladas as estratégias pela organização 
é chagada a hora de colocá-las em prática, e para isso o gestor deve conhecer e identificar 
as diferentes estratégias que tem a seu dispor, sempre levando em consideração a 
estrutura organizacional. 
 
Palavras-chaves: Planejamento estratégico. Processo. Implementação de 
estratégias. 
 
Introdução 
Estamos chegando ao fim do processo de planejamento estratégico, já estudamos 
diversas fases deste processo, como a análise ambiental, o estabelecimento da diretriz 
organizacional, a formulação da estratégia. Agora iremos estudar a implementação da 
estratégia formulada. 
 
Para tanto, é necessário que analisemos aspectos importantes sobre esse assunto, 
como as estratégias que o gestor tem à sua disposição. Ainda, é bastante importante que 
conheçamos a estrutura organizacional e os projetos. 
 
Assim, você verá a seguinte divisão de tópicos neste texto: 
6.1. Implementação de estratégia 
6.1.1. Tarefas da implementação de estratégia 
6.1.2. Análise das mudanças provocadas pelas estratégias 
6.1.3. Analisar a estrutura organizacional 
6.1.4. Tipos de estrutura organizacional 
6.1.5. Analisar a cultura organizacional 
6.2. Projetos. 
 
6.1. Implementação de estratégia 
Vamos implementar a estratégia agora? Veja abaixo um rápido quadro que nos ajuda 
a entender melhor a relação entre a formulação da estratégia e a sua implementação, bem 
como os riscos envolvidos nesse processo: 
 
 
32 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 Formulação da Estratégia 
 Boa Ruim 
Implementação 
da Estratégia 
Boa Sucesso Roleta-russa 
Ruim Problema Fracasso 
 
Entendeu o quadro? Vou explicá-lo um pouco mais: 
• Uma estratégia bem formulada e bem implementada, gera um sucesso; 
• Uma estratégia bem formulada e mal implementada, nos deixa com um 
problema na mão; 
• Uma estratégia mal formulada, mas bem implementada, nos impossibilita saber 
o resultado – a montanha russa; 
• Finalmente, uma estratégia mal formulada e mal implementada, gera um 
retumbante fracasso, como seria de se esperar. 
 
6.1.1. Tarefas da implementação de estratégia 
Naturalmente, você deve imaginar que haja passos que devam ser seguidos para a 
implementação da estratégia. Vamos ver quais são eles? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.1.2. Análise das mudanças provocadas pelas estratégias 
Estratégias provocam mudanças na organização e no impacto do seu trabalho. 
Assim, é importante escolher corretamente quais estratégias serão seguidas, para avaliar 
melhor o seu impacto. 
 
Análise das mudanças estratégicas 
Análise da 
estrutura 
organizacional 
Análise da 
cultura 
organizacional 
Seleção de uma abordagem de 
implementação 
Implementação e avaliação da 
estratégia 
 
 
33 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Listei abaixo diferentes tipos de mudanças estratégias para apresentar a você, e vou 
comentar um pouco sobre as suas implicações: 
 
a) Estratégia de continuação - Aquela na qual se repete a mesma estratégia 
usada no período anterior. Em geral, uma estratégia de continuação é a mais 
simples de ser implementada, mas determinar se ela é de fato a abordagem 
apropriada vai depender dos resultados da análise do ambiente; 
b) Estratégia de mudança de rotina - Uma estratégia de mudança de rotina 
implica mudanças nos apelos normalmente usados para atrair consumidores. 
As empresas alteram seus apelos publicitários, atualizam as embalagens, 
usam diferentes táticas de preços e podem substituir os distribuidores e 
métodos de distribuição durante o curso normal das operações. 
 
A implementação de tais estratégias exige atividades de planejamento e 
coordenação com as agências de publicidade e intermediários. Um tipo importante de 
estratégia de mudança de rotina envolve a mudança de mentalidade dos consumidores 
com relação a determinado produto. 
 
a) Estratégia de mudança limitada - Implica a oferta de novos produtos em 
novos mercados dentro da mesma classe geral de produtos. Existem muitas 
variações nesse nível de mudança estratégica, porque os produtos podem ser 
novos de muitas maneiras. Exemplos: novos sabores de Toddy. 
b) Estratégia de mudança radical - Abrange uma reorganização maior dentro da 
empresa. Esse tipo de mudança é comum quando ocorrem fusões e aquisições 
entre empresas do mesmo setor, como é o caso da Nestlé e Garoto. 
 
A organização adquirida não somente obtém novos produtos e mercados, como 
também enfrenta problemas legais, a complexidade de desenvolver uma nova estrutura 
organizacional e, muito frequentemente, a necessidade de reconciliar valores e crenças 
organizacionais conflitantes. 
 
A estratégia de mudança radical também pode envolver muitas mudanças na 
estrutura organizacional e múltiplas aquisições e vendas de subsidiárias. 
 
 
 
34 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
a) Redirecionamento organizacional - Uma forma de redirecionamento 
organizacional envolve fusões e aquisições de empresas de indústrias diferentes. O 
grau de mudança estratégica depende de quão diferentes sejam as indústrias e de 
quão centralizada seja a administração da nova empresa. 
 
Outro modo de redirecionamento organizacional ocorre quando uma empresa 
abandona uma indústria e aposta em outra. Por exemplo, quando uma pequena cervejaria 
não consegue mais concorrer na indústria de cerveja e redireciona seus esforços para as 
indústrias de transporte e embalagem. 
 
6.1.3. Analisar a estrutura organizacional 
Existem dois tipos de estrutura organizacional: A formal, que representa o 
relacionamento hierárquico entre os diversos níveis de cargos e funções, mostradas no 
organograma da organização, e a informal, que representa o relacionamento social 
baseado nas amizades ou interesses compartilhados entre os diversos membros de uma 
organização (rádio peão, por exemplo) 
 
Ao implementar uma estratégia, os gestores devem levar em consideração tantoa 
estrutura formal quanto a informal, por três razões. 
 
Em primeiro lugar, é preciso descobrir se a estrutura organizacional existente 
promoverá ou impedirá o sucesso da implementação. Por exemplo, o excesso de níveis 
hierárquicos. 
 
Segundo, é preciso saber quais níveis de administradores e quais pessoas dentro 
da organização serão responsáveis pelas diversas tarefas de implementação. 
 
Terceiro, a organização informal pode ser usada para facilitar o sucesso da 
implementação. Se diversos gerentes regionais consultam uns aos outros para discutir 
questões relacionadas à implementação, essa rede informal pode ser usada para encorajar 
uma rápida execução de estratégias, por exemplo. 
 
6.1.4. Tipos de estrutura organizacional 
Vamos ver alguns tipos de estruturas organizacionais? Você provavelmente vai 
reconhecê-las quando comparando com a entidade na qual atua profissionalmente, mas é 
 
 
35 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
sempre bom entender também na teoria, pois são várias as formas de uma organização se 
arranjar internamente. Lembrando: estrutura organizacional é como a organização está 
disposta na sua forma de gestão interna: 
 
A. Estrutura simples 
 
B. Estrutura funcional 
 
 
 
36 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
C. Estrutura divisional
 
D. Estrutura de unidades estratégicas de negócios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
E. Estrutura organizacional matricial 
 
 
6.1.5. Analisar a cultura organizacional 
Você já ouviu falar na expressão “cultura organizacional”? 
Cultura organizacional pode ser entendida como um conjunto de valores e crenças 
compartilhados que influencia a efetividade da formulação e da implementação da 
estratégia. 
 
A importância da cultura organizacional para a implementação de estratégias é 
tamanha que influencia o comportamento dos funcionários e, espera-se, motiva-os a atingir 
ou ultrapassar os objetivos organizacionais. 
 
As culturas organizacionais são desenvolvidas e reforçadas de diversas maneiras. 
Há cinco mecanismos principais nesse processo, que podem ser apresentados assim: 
• Aquilo a que os líderes prestam atenção e o que medem e controlam; 
• Reações dos líderes a incidentes críticos e crises organizacionais; 
• Papel deliberado na modelagem, ensino e condução; 
• Critérios para alocação de recompensas e cargos; 
• Critérios para recrutamento, seleção, promoção e aposentadoria de funcionários. 
 
 
 
38 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Existem, porém, outros mecanismos que afetam e ajudam a formar a cultura 
organização, que inclusive podem parecer curiosos para você, mas efetivamente são 
importantes e realmente ocorrem, dependendo de onde se está: 
• Desenho e estrutura da organização. 
• Sistemas e procedimentos organizacionais. 
• Projeto de espaço físico, fachadas e edifícios. 
• Histórias, lendas, mitos e parábolas sobre eventos e pessoas importantes. 
• Declarações formais de filosofia, crenças e privilégios organizacionais. 
 
6.2. Projetos 
Avançamos muito, até aqui, mas ainda temos bastante conteúdo pela frente. Agora, 
vou falar dos projetos, que são o desdobramento dos objetivos. Lembrando: a missão e a 
visão redundam nos objetivos estratégicos, em geral de longo prazo. Já os projetos são as 
ações práticas da organização para alcançar os seus objetivos definidos. 
 
Projetos são trabalhos com data de início e final previamente estabelecidas e que 
têm um coordenador responsável, um resultado final predeterminado e para onde se 
alocam recursos necessários para a sua realização. 
 
Projetos têm características próprias e envolvem alguns outros conceitos que são 
importantes para você saber: 
• Atividade é a unidade ou parte identificada e administrada dentro de um projeto. 
• Programa é o conjunto de projetos homogêneos quanto ao seu objetivo maior. 
• Administração de projeto é o esforço no sentido de melhor alocar os recursos 
da empresa, tendo em vista alcançar os objetivos estabelecidos anteriormente. 
• Plano de ação é o conjunto das partes comuns dos diversos projetos, quanto ao 
assunto que está sendo abordado, como recursos humanos, finanças, etc. 
 
Projetos têm apenas duas fases, já que são mais simples que o planejamento como 
um todo: caracterização e execução. Na fase da caracterização se analisam o problema 
alvo, o ambiente do projeto, os objetivos a serem alcançados, os estudos necessários, a 
equipe de trabalho alocada, os recursos que serão precisos, etc. Já na fase de execução, 
observa-se a utilização dos recursos, a supervisão do trabalho, o seu acompanhamento e 
a avaliação final dos trabalhos executados. 
 
 
39 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Quer conhecer algumas das características do sucesso de um projeto? Preparei uma 
lista com elas: 
• Cumprir os prazos; 
• Manter os custos previstos; 
• Cumprir com a qualidade esperada; 
• Manter o equilíbrio organizacional nas atividades; 
• Aumentar as oportunidades de trabalho a partir do projeto. 
 
Para fechar esse texto, é importante reforçar a ligação dos projetos com os planos 
de ação. Na parte de formulação estratégica, estamos definindo os objetivos do nosso 
planejamento, que precisarão ser alcançados em determinado período de temo. 
 
Quando tratamos de projetos, estamos falando da parte tática, dos planos que vamos 
desenvolver para alcançar esses objetivos que, finalmente, se ligam à visão. 
 
 
 
Neste texto vimos muitos conceitos importantes, aliás, fundamentais para o 
entendimento do processo de planejamento estratégico, como implementação 
de estratégias, tipos de estratégias, estrutura organizacional e projetos. 
Lembre-se que de nada serve analisarmos o ambiente, estabelecermos 
diretrizes organizacionais e formularmos estratégias se sua implementação não 
se der de forma correta. É sempre essa a visão processual, um conjunto de atos 
interligados, interdependentes, tendentes a um fim: a criação, 
desenvolvimento e manutenção de uma organização. 
 
 
 
 
OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e 
práticas. 24 ed. São Paulo: Atlas, 2007. 
 
 
 
 
 
40 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
7. CONTROLE E AVALIAÇÃO 
 
Objetivo 
Este módulo do curso pretende apresentar a você as características do controle e 
avaliação do planejamento estratégico. Como processo que é – e que reforço desde o início 
desse curso – o planejamento precisa ser continuamente monitorado e aprimorado, para 
garantir o seu sucesso. E é disso que tratarei aqui. 
 
Palavras-chaves: Planejamento estratégico. Processo. Controle e avaliação. 
 
Introdução 
Em uma organização com um processo bem estabelecido de planejamento 
estratégico, a cada cinco anos se inicia um novo ciclo de renovação deste planejamento. 
Algumas terão ciclos maiores, de seis ou sete anos, talvez de quatro, mas nunca nada 
muito diferente disso. 
 
Enquanto não se renova o ciclo, e durante a implementação do planejamento 
vigente, as organizações têm que dispor de um efetivo instrumento de acompanhamento e 
controle, justamente para garantir o alcance dos objetivos traçados no momento da 
formulação. 
Este texto debaterá esse instrumento, e versará sobre: 
1. Finalidade de controle e avaliação; 
2. Fases do processo de controle e avaliação; 
3. Consistência do planejamento estratégico. 
4. Defeitos 
 
7.1. Finalidade 
A finalidade do controle e avaliação do processo de planejamento estratégico é 
acompanharcomo a organização está indo no seu caminho de implementá-lo. Este é, 
portanto, um fim de monitoramento e aprimoramento dos rumos, e não de cerceamento do 
trabalho que está sendo realizado. 
 
O controle pode ser definido como a função que visa comparar o que foi 
previamente estabelecido – os parâmetros – com o que está sendo verificado – os 
resultados alcançados. A comparação parâmetros x resultados permite à função do controle 
 
 
41 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
indicar medidas para correção de rumos, reforço de desempenho ou até intervenção no 
processo de implementação do planejamento estratégico. 
 
Mas você deve querer saber mais sobre este tema, e está se perguntando quais as 
finalidades da função de controle e avaliação em um planejamento estratégico. Bem, então 
vamos lá! 
• Identificar problemas, falhas e erros que se transforma em desvios do planejado, 
com a finalidade de corrigi-los e de evitar sua reincidência; 
• Fazer com que os resultados obtidos com a realização das operações estejam, 
tanto quanto possível, próximos dos resultados esperados e possibilitem o 
alcance dos objetivos; 
• Verificar se as estratégias estão proporcionando os resultados esperados, dentro 
das situações existentes e previstas; 
• Proporcionar informações gerenciais com periodicidade, para que seja rápida a 
intervenção no desempenho do processo. 
 
7.2. Fases do processo de controle e avaliação 
São quatro as fases de controle e avaliação de um planejamento estratégico, e vou 
explicá-las a você com detalhes nessa seção. 
 
Estabelecimento de padrões de medidas e de avaliação – são os padrões originados 
dos objetivos, metas, projetos, etc., de todas as definições estratégicas do planejamento. É 
a partir desses padrões que se realiza o controle depois. 
 
Medida dos desempenhos apresentados – é o processo de estabelecer o que será 
medido, a partir de critérios de quantidade, qualidade e tempo. 
 
Comparação do realizado com o resultado esperado – é fazer a comparação entre o 
que se esperava alcançar e o resultado atingindo até o momento da avaliação. Pode-se 
prever um determinado desvio aceitável, mas se a diferença entre o esperado e o realizado 
for muito grande, deve-se passar para a próxima fase. 
 
Ação corretiva – são as medidas adotadas para eliminar graves desvios encontrados 
entre o realizado e que era esperado. No geral, as ações de correção devem: 
 
 
 
42 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
• Estar focadas em pontos críticos, para não se perder tempo e gastar dinheiro; 
• Ser bem explicitadas, para facilitar entendimento e aceitação da ação de correção; 
• Ser rígidas e precisas, mas permitir certa flexibilidade para se adequar ao ambiente; 
• Ser realista e operacionalizável – precisa ser executável; 
• Ter custos de operação menor do que os benefícios que vai proporcionar, ou então 
a ação não compensará ser realizada; 
• Ser ágeis; 
• Ser objetivas e efetivamente reforçar o processo, ao invés de prejudicá-lo. 
 
Assim como o planejamento pode ter caráter estratégico, tático e operacional, o mesmo 
vale para o controle, que pode ser realizado nos três níveis e afetar, com ações de correção, 
os objetivos (estratégicos), os projetos (táticos) e as ações pontuais. 
 
7.3. Consistência do planejamento estratégico 
Existe um grande número de motivos que pode levar uma organização a fracassar 
na sua iniciativa de planejamento estratégico. Nesta última seção de nosso curso, quero 
apresentar um quadro que resume um pouco essas causas, e para as quais os gestores 
devem sempre ficar atentos: 
 
Antes do início da elaboração Durante a elaboração Durante a implementação 
1. Estruturação inadequada do 
setor: 
a) contratação de um 
elaborador do plano; 
b) alocação inadequada da 
estrutura; 
c) funcionários ineficientes; 
d) estruturação inadequada da 
equipe; 
1. Desconhecimento dos 
conceitos básicos: 
a) considerar como um processo 
fácil ou difícil 
b) não considerar como um 
sistema integrado 
c) desconsideração dos 
aspectos intuitivos 
d) desconsideração do processo 
de aprendizagem e treinamento 
1. Inadequação no controle e 
avaliação: 
a) falta ou inadequação do 
sistema de controle 
b) desconsideração da relação 
custos versus benefícios 
2. Ignorância da importância e 
significado do planejamento: 
a) existência de sucesso sem 
o planejamento 
b) alguma falha anterior do 
planejamento; 
2. Inadequação no envolvimento 
dos níveis hierárquicos: 
a) envolvimento insuficiente ou 
demasiado da alta administração 
b) não envolvimento da média 
administração 
2. Interação inadequada com 
os funcionários 
a) falta de participação e 
envolvimento 
b) falta de comprometimento 
c) falta de conhecimento 
 
 
43 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
c) expectativa de enormes e 
rápidos resultados; 
d) transposição direta do 
planejamento de outra 
empresa 
e) desassociação do processo 
de administração 
c) atitudes inadequadas perante 
o planejamento 
3. Não preparação do terreno 
para o planejamento: 
a) não eliminação do foco de 
resistências 
b) não esquematização do 
sistema de controle e 
avaliação 
c) desconhecimento da 
natureza do planejamento 
3. Defeitos na elaboração em si: 
a) não interligação com os 
planejamentos operacionais 
b) falhas no estabelecimento e 
interligação dos vários itens 
considerados 
c) excesso – ou falta – de 
simplicidade, formalidade e 
flexibilidade 
d) período de tempo inadequado 
e) ineficiência dos responsáveis 
pelo planejamento 
f) inadequada ou inexistente 
gestão do conhecimento 
g) dissociação com o processo 
de inovação 
 
4. Desconsideração da 
realidade da empresa: 
a) inadequação ao tamanho e 
recursos disponíveis 
b) inadequação quanto à 
cultura da empresa 
4. Baixa credibilidade ao 
planejamento: 
a) descontinuidade no 
processo 
b) utilização de situações 
pouco realistas 
c) não divulgação das 
informações 
d) dificuldades de trabalhar 
com o planejamento 
 
 
O planejamento deve mostrar sempre consistência, seja ela interna (fatores internos 
à organização), externa (fatores externos – fornecedores, legislação, etc.), em relação aos 
riscos, ao horizonte de tempo e à sua praticabilidade. Se não houver consistência, o 
planejamento está desde o início fadado ao fracasso. 
 
 
 
44 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Um outro quadro, a seguir, nos mostra aspectos das diferentes atitudes que as 
pessoas das organizações têm diante do processo de planejamento, e que prejudicam o 
alcance da sua consistência. Diga-me, várias dessas reações não são conhecidas por 
você? 
 
Atitude / 
Discriminação 
Inativa Reativa Pré-ativa Interativa 
Situação 
desejada 
Atual Passada Futuro previsto Futuro esperado 
Frase 
Básica I 
“Navego com a 
maré sem balançar 
o barco” 
“Tento nadar 
contra a maré de 
volta a uma praia 
familiar” 
“Estarei na frente 
da maré e 
chegarei antes 
dela” 
“Tento 
redirecionar a 
maré” 
Frase Básica II “Estou satisfeito 
com a situação” 
“Tentei isso e não 
funcionou” 
“Vou tentar isso” “Vou fazer as 
coisas 
acontecerem” 
Estilo de 
administração 
Conservador. “Por 
crise” 
Reacionário Liberal Criativo 
Postura básica Conservador Saudosista Otimizador Idealizador 
Postura básica Estabilidade e 
sobrevivência 
Situação passada 
adequada 
Otimização da 
situação 
Autodesenvolvim
ento 
Auto-realização 
Autocontrole 
Base para 
tomada de 
decisão 
Viabilidade Experiência em 
anos e intuição 
Lógica, ciência e 
experimentação 
Conhecimento e 
compreensão das 
pessoas e do 
ambiente 
Tratamentodo 
futuro 
Não trata do futuro Não trata do futuro Planeja o futuro Prepara o futuro 
Prazo do futuro Não considera o 
futuro 
Não considera o 
futuro 
Curto e médio Longo 
Mudanças nos 
sistemas 
vizinhos 
Não efetua Não efetua Não efetua Procura 
introduzir 
mudanças 
Ambiente 
externo 
Reage às 
mudanças sérias e 
não às 
oportunidades 
Reage às 
mudanças sérias e 
não às 
oportunidades 
Reage às 
oportunidades e às 
ameaças 
Procura criar 
oportunidades e 
se antecipar às 
mudanças 
Mudanças 
ambientais 
São ilusórias, 
superficiais ou 
temporárias 
Não se preocupa 
com isso 
Existem Existem e são 
importantes 
Alocação e 
administração de 
recursos 
Dentro do sistema Dentro do sistema Dentro do sistema Dentro e fora do 
sistema 
Ação Nula Fraca Forte Muito forte 
Dispêndio de 
esforços 
Elevado (para 
manter as coisas 
como estão) 
Elevado (para 
manter as coisas 
como estão) 
Relativo Elevado (para 
fazer as coisas 
acontecerem) 
Problemas Eles não têm 
solução 
Procura soluções 
em ações 
passadas 
São tratados 
antecipadamente 
São tratados 
antecipadamente 
 
 
45 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
e de forma 
sistêmica 
Processos de 
mudança 
Resistente Resistente Não é resistente Não é resistente 
Soluções 
apresentadas 
Não se preocupa 
com isso 
Tipo “panaceia” Planejadas Planejadas e 
inovadoras 
Complexidade Não gosta de 
tratar 
Não gosta de 
tratar 
Trata Trata 
Avanço 
tecnológico 
Inadequado Prejudicial É uma coisa boa Seus efeitos 
dependem de 
como as pessoas 
o usam 
Foco de 
intervenção 
Não considera Não considera Nos resultados 
(problemas) 
Nos produtores, 
nos resultados 
(problemas) e 
seus efeitos 
Implantação dos 
planos 
Não se preocupa 
com isso 
Não se preocupa 
com isso 
Não se preocupa 
com isso 
Preocupa-se com 
o processo de 
aprimoramento 
Preocupação 
com o 
planejamento 
Nenhuma Praticamente 
nenhuma 
Como uma 
sequencia de 
passos 
estabelecidos 
Total 
Filosofia básica Quer o que pode 
entender 
Quer o que já teve Tenta conseguir o 
que quiser 
Tenta criar 
condições ara 
conseguir o que 
quer 
Empresas que 
sobrevivem 
nessa atitude 
As protegidas 
através de 
subsídios 
Dificilmente 
sobrevivem 
Normalmente 
sobrevivem 
Todas, 
principalmente as 
mais criativas 
Medo básico Fazer algo que é 
para ser feito 
(erro de ação) 
Fazer algo que 
provoque novas 
situações (erro 
de inovação) 
Fazer algo que é 
para ser feito 
(erro de ação) 
Não fazer (erro 
de omissão) 
Fazer algo que é 
para ser feito 
(erro de ação) 
Não fazer (erro 
de omissão) 
Não mudar (erro 
de manutenção 
 
7.4. Defeitos 
Um planejamento estratégico pode apresentar falhas na sua elaboração, e é 
importante que você saiba sobre elas: 
• Não interligação do planejamento estratégico com os planejamentos 
operacionais – isso vai significar que o que é definido no topo do planejamento 
não está coerente com o que é definido para a aplicação, para o resto da 
organização, causando ruído e falta de sincronicidade. 
• Apresentação de falhas no estabelecimento e interligação dos vários itens do 
planejamento estratégico – é importante que a metodologia utilizada na 
elaboração do planejamento seja fácil de ser entendida, para evitar essas falhas. 
 
 
46 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
• Apresentação de excesso – ou falta – de simplicidade, formalidade e flexibilidade 
– o planejamento não deve ser complexo, rebuscado, inflexível. Deve manter a 
simplicidade na forma e na implementação, para garantir que os objetivos sejam 
alcançados. 
• Inadequação no estabelecimento do período de tempo do planejamento 
estratégico – você já leu sobre isso aqui, mas é importante reforçar, que o 
planejamento estratégico deve ter uma perspectiva de tempo limitada, 
geralmente variando de 4 a 6 anos, no máximo 7, a depender da estrutura e porte 
da organização. 
• Ineficiência dos responsáveis pelo planejamento estratégico – a equipe tem que 
estar bem preparada para conduzir o planejamento estratégico, entendendo a 
metodologia e sua importância para a organização. 
• Inadequada ou inexistente gestão do conhecimento – algo muito comum de se 
observar nas organizações brasileiras – você com certeza já viu isso – a ausência 
de uma estrutura eficiente para administração a informação prejudica o 
planejamento estratégico, e resulta em problemas para os gestores. 
 
Finalmente, você pode estar se perguntando o que leva um planejamento estratégico 
a ter baixa credibilidade. Dentre os motivos, quero destacar: 
• Descontinuidade no processo; 
• Utilização de situações pouco realistas; 
• Não divulgação de informações inerentes ao planejamento; 
• Dificuldade de se trabalhar com planejamento estratégico. 
 
 
 
Neste momento do curso apresentei a você o conceito de controle e avaliação 
do planejamento estratégico, e porque ele é fundamental para garantir o 
sucesso da implementação desse processo. Se não há controle, não se podem 
comparar os resultados com aquilo que se era esperado – e daí melhorar os 
rumos. 
Em virtude disso, mostrei também algumas falhas e reações típicas à 
implementação de um planejamento estratégico, que muitas vezes vai causar 
o seu insucesso e desempenho fraco nas organizações. 
 
 
 
 
 
47 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
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OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e 
práticas. 24 ed. São Paulo: Atlas, 2007. 
 
 
 
 
 
 
 
48 Fundamentos de Planejamento Estratégico nas Organizações 
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8. O ESTRATEGISTA 
 
Objetivo 
Para finalizar nossos estudos sobre planejamento estratégico é importante não 
esquecer aquele que é o responsável pelo planejamento e execução das estratégias 
organizacionais, o Estrategista. As teorias a respeito do estrategista são diversificadas e 
vão desde aspectos relacionados à sua personalidade, até as interessadas em estudar o 
tipo de tarefas e habilidades que implicam no desempenho eficaz da função. Nesse módulo 
falaremos um pouco de cada uma, ou seja, da personalidade e das competências do 
estrategista. 
 
Palavras-chaves: Planejamento estratégico. Gestor. Estrategista. 
 
Introdução 
Tradicionalmente, os estudos têm tratado estratégia como uma propriedade das 
organizações, isto é, uma organização tem alguma estratégia, de um ou outro tipo, contudo 
é preciso ter em mente que “Organizações não criam ou realizam estratégias: as pessoas 
o fazem. São as pessoas que investem seu talento, criatividade e energia para o serviço 
estratégico”. (MANTERE, et al, 2009). Por isso é importante conhecer o estrategista e o 
que ele pode representar, em termos ganho de valor, para as organizações. 
 
8.1. Conceituando o Estrategista 
O termo estrategista indica determinada pessoa que tenha a habilidade especial em 
executar as estratégias que lhe são atribuídas, isto é, um “especialista em estratégia”, 
alguém astucioso, hábil. Um “profissional especialista em planejamento de operações 
militares; quem planeja ou organiza com astúcia; quem desenvolve estratégia ou técnica; 
tático”. (BORBA, 2004, p.562) 
 
A origem do termo Estrategista vem do Grego strategós que significa: quem é 
versado em estratégia, como na antiga Atenas, o general eleito magistrado anualmente, ou 
na Grécia antiga, onde era cada um dos dez magistrados eleitos pelo povo para cuidar de 
assuntos de caráter militar. 
 
Analisando os termos “general” e “estrategista”, percebe-se que são designações 
para uma determinada pessoa, a qual tem funções e competências diferenciadas, e que 
 
 
49 Fundamentos de Planejamento Estratégico

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