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MODELO-Resumo Expandido CONINTER-19-20-AnaLuiza-CarlaCoelho

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OS DESAFIOS PARA UMA CONTÍNUA EFETIVIDADE DA GESTÃO DE 
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: UM RELATO DE CASO 
Ana Luiza Dias Lins UNIT CNPQ analuizaquimica@outlook.com; Carla Jeane 
Helfemsteller Coelho Dornelles UNIT ccfilos2@yahoo.com.br 
 
Resumo 
 Este trabalho é oriundo de análises e reflexões obtidas a partir de alguns dos resultados 
alcançados através da realização de duas pesquisas de Iniciação Científica que 
ocorreram seguidas uma da outra, sendo a segunda, continuidade da primeira, onde 
pesquisou-se sobre “A Implementação do Conselho Gestor de Unidade de Conservação 
como estratégia de participação social e desenvolvimento Sustentável”. Os referidos 
projetos visaram contribuir para com o fortalecimento e efetivo funcionamento dos 
Conselhos Gestores de quatro (4) Unidades de Conservação Estaduais do estado de 
Sergipe. Nesse sentido, o presente estudo constatou que as Unidades de Conservação 
(UC) funcionam e atingem seus objetivos, parcialmente, uma vez que se identifica 
problemas que consiste em uma efetividade descontínua, fato que gera retrocessos na 
proteção ambiental. Diante disso, este trabalho busca apontar, a partir dos projetos 
desenvolvidos, alguns fatores que implicam essa descontinuidade. 
Palavras-chave: Unidades de Conservação. Conselho Gestor. Participação Social. 
 
Introdução 
As Unidades de Conservação (UCs) são regidas pela lei 9.985/2000 (Sistema 
Nacional de Unidades de Conservação) e regulamentadas pelo decreto 4.340/2002. De 
acordo o SNUC, as UCs são espaços territoriais com características naturais relevantes 
instituídos pelo poder público com o objetivo de conservação. (BRASIL, 2000) De 
acordo com as disposições dessa regulamentação as UCs devem ser geridas em 
conjunto com os seus Conselhos Gestores. 
Diante disso, destacamos os Conselhos Gestores das UCs, como indispensáveis 
para a efetividade das Unidades de Conservação; ao passo que para o bom 
funcionamento destas, estes deverão ser atuantes. É nesse contexto que se insere os 
projetos de pesquisa “A Implementação do Conselho Gestor de Unidade de 
Conservação como estratégia de participação social e desenvolvimento Sustentável”, em 
suas duas fases, que objetivaram analisar o funcionamento dos Conselhos Gestores das 
quatro UCs estaduais de Sergipe, dar visibilidade às ações implementadas por estes 
conselhos, assim como levantar alternativas de superação dos obstáculos que dificultam 
à gestão participativa, através da construção coletiva (com participação dos 
conselheiros), de um Plano de Ação do Conselho Gestor. Através de pesquisa 
qualitativa e de campo, por meio da Pesquisa Ação, realizou-se a coleta de informações 
paralelamente a um processo de capacitação dos conselheiros dos quatro Conselhos 
Gestores destas UCs. 
Dentre os resultados obtidos, esta apresentação selecionou dois, sendo eles: 1) a 
evidência da importância e necessidade de realização de processos de Formação 
Continuada e Permanente com os conselheiros; e 2) a necessidade de maior atenção às 
Ucs e aos Conselhos Gestores por parte dos Órgãos Governamentais. Tal escolha se deu 
pela íntima relação que estes resultados apresentam. 
Isto porque, durante a pesquisa foi possível observar a revitalização dos 
Conselhos Gestores por meio dos encontros promovidos por esta, validando a Formação 
Continuada e Permanente como um importante fator para a gestão das UCs. Além disso, 
foi perceptível que muitos conselhos estavam adormecidos por questões estruturais, 
governamentais, assim como pela defasagem de uma “cultura” de participação social e 
cidadã, que impregna nossas sociedades. No entanto a partir das capacitações 
promovidas pela pesquisa, tais conselhos foram sendo novamente ativados. Ocorre que 
entre a realização das duas pesquisas, ou seja, no início da segunda pesquisa, mais uma 
descontinuidade ocorreu com os referidos conselhos, em função de mudanças 
governamentais. A nova gestão governamental iniciada a partir de 2019 realizou uma 
fusão entre a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH) 
com a Secretaria de Infraestrutura (SEINFRA) originando o que se passou a ser 
chamado de Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade. (SEDURBS). 
Ocorre que em virtude desta fusão e das consequentes mudanças dela 
decorrentes, ao longo do primeiro semestre do referido ano não foi possível ir à campo, 
em função do tempo necessário às reformulações desencadeadas nestas mudanças 
governamentais; fato que implicou na descontinuidade (ao menos temporariamente) do 
processo iniciado, de capacitação dos conselheiros - que viria a constituir a efetivação 
do processo de Formação Continuada e Permanente. Cabe salientar que a primeira etapa 
da pesquisa, concluiu-se com a realização de um Plano de Ação em cada um dos citados 
Conselhos Gestores. E que a continuidade dos encontros destes conselhos é 
fundamental, para execução deste plano. 
 
Objetivo 
O objetivo do presente trabalho é analisar a partir dos resultados obtidos nos 
projetos desenvolvidos, as circunstâncias que promovem a descontinuidade nos 
Conselhos Gestores das Unidades de Conservação, realizando tal análise a partir do 
relato de fatos que ocorreram durante o curso das pesquisas. 
Metodologia 
A metodologia do projeto que resulta o presente trabalho, consistiu em uma 
pesquisa qualitativa onde foram analisados resultados de duas pesquisas de campo que 
tiveram como procedimentos metodológicos, o estudo de caso e a Pesquisa-Ação. 
Quanto às técnicas utilizadas, nas pesquisas aqui analisadas, estas consistiram na 
aplicação de questionários e realização da Dinâmica de Tarjetas para análise da gestão 
participativa. Em relação à análise dos dados estes foram realizados por meio do método 
da hermenêutica-dialética. 
Resultados: 
No que tange aos resultados é possível visualizar que a efetiva gestão das UCs 
depende da Formação Continuada e Permanente dos seus Conselhos Gestores. Tendo 
em vista que, os Conselhos Gestores, em virtude de questões estruturais e culturais, 
muitas vezes adormecem, gerando a descontinuidade da eficácia da Gestão das UCs, a 
atenção dos órgãos governamentais para com a continuidade das ações, torna-se 
condicionante à implementação das Unidades de Conservação. 
Conclusão: 
As Unidades de Conservação são estratégias importantes para a proteção 
ambiental. No entanto, precisam ser implementadas para que este fim seja alcançado. 
Muitas são as formas que efetivam esta implementação, e a Gestão Participativa 
(COELHO e MELO, 2010), o efetivo funcionamento dos Conselhos Gestores, se 
constitui em uma delas. As pesquisas analisadas para realização do estudo que ora 
apresentamos demonstraram, que as ações políticas são impactantes à gestão destas UCs 
e à possível gestão participativa delas. Daí os resultados que apontaram para: 1) 
necessidade de Formação Continuada e Permanente dos Conselhos Gestores e 2) maior 
atenção dos órgãos governamentais para com o funcionamento efetivo das UCs e seus 
Conselhos Gestores. 
 
Referências: 
Lei n. 9.985, de 18 de julho 2000. Institui o Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação da Natureza. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm 
BRASIL. Constituição (1988). Atualizada com as Emendas constitucionais 
promulgadas. Disponível em : 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm 
COELHO, Carla Jeane Helfemsteller e MELO, Maria das Dores C. (Org.). Saberes e 
fazeres da Mata Atlântica do Nordeste: lições para uma gestão Participativa. 
Recife: AMANE, 2010.

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