Relativismo cultural

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Universidade Estadual do Piauí
Campus Parnaíba
Curso de Ciências Sociais – Bloco II
Aluna: Isabel Barros
 O relativismo cultural foi uma resposta dada a correntes antropológicas como o positivismo e o evolucionismo. E assim, um contraponto revolucionário às ideias vigentes até então, cujo o etnocentrismo dominava como lógica às diferenciações entre culturas. O antropólogo Franz Boas foi o principal autor associado a ela e conhecido com o “pai da antropologia americana” ao ser responsabilizado por essa nova disseminação de ideias trazidas por uma nova visão antropológica.
O conceito de Boas consistia numa total desconstrução do olhar colonizador da antropologia observado até então. O fundamento de que a cultura europeia ocidental era o último estágio de desenvolvimento humano foi duramente criticado ao ser contrariado pela afirmação de que os únicos parâmetros para estudar uma cultura era ela mesma. Desse modo, o autor acreditava que cada cultura tem particularidades e códigos próprios que não devem ser comparados a de outras sociedades pois elas se bastam e se explicam por si só. 
E assim, Boas consegue instaurar um novo olhar antropológico a ser explorado. Dentre as marcas que o autor trouxe pode-se observar a exaltação da diversidade e exclusão do viés hegemônico em sua obra, já que partia do pressuposto que não existia cultura ou povo inferior ou superior a outros além de reiterar a existência de culturas, não cultura. Concebendo assim, um marco na antropologia e trazendo diversos estudos etnográficos nos quais se colocava como membro das comunidades estudadas e as analisava a partir de uma lógica neutra, se dispondo de seus valores e costumes para entende-las a partir delas mesmas. 
Dessarte, o relativismo cultural foi uma importante teoria antropológica para avançar no combate ao etnocentrismo. As ideias construídas por Boas foram basilares na antropologia feita nos dias hodiernos e configuraram um rompimento radical às ideias legitimadas até então pelo evolucionismo, o que representa o ponta pé inicial para o ideal de humanização cultural que hoje é comumente visto e usado como referência para a produção de pesquisas e analise de dados na área.