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O CLIENTE COM DISFUNÇÃO DO RITMO CARDÍACO Prof. Enf. Vinícius Faleiros Martins ARRITMIAS - POR QUE OCORREM? ⇒ Ocorrem por distúrbios da formação ou condução ( ou de ambos, do impulso elétrico dentro do coração. Esses distúrbios podem provocar alterações da frequência cardíaca, do ritmo cardíaco ou de ambos. SISTEMA DE GERAÇÃO E CONDUÇÃO DO ESTÍMULO ELÉTRICO CUIDADOS GERAIS DE ENFERMAGEM NAS ARRITMIAS CARDÍACAS 1. identificar pacientes com risco de desenvolver arritmias instalar e manter monitorização cardíaca adequada; 2. detectar a presença de arritmias; 3. reconhecer o tipo de arritmias e sua etiologia (causa cardíaca ou extra cardíaca); 4. avaliar repercussão hemodinâmica (↓PA, pulsos filiformes, pele fria, confusão mental, ↓nível de consciência ; 5. realizar ECG confirmatório rever hipótese; 6. acompanhar decisões terapêuticas; 7. orientar paciente e família CUIDADOS GERAIS DE ENFERMAGEM NAS ARRITMIAS CARDÍACAS ELETROCARDIOGRAMA ELETROCARDIOGRAMA Derivações Precordiais RELAÇÃO ENTRE O SISTEMA DE CONDUÇÃO DO ESTÍMULO ELÉTRICO E O ECG RELAÇÃO ENTRE AS ONDAS DO ECG E A LINHA ISOELÉTRICA ONDA P INTERVALO PR COMPLEXO QRS VARIAÇÕES DO QRS SEGMENTO ST ONDA T PAPEL DO ECG CLASSIFICAÇÃO DAS ARRITMIAS FREQÜÊNCIA LOCAL DE ORIGEM Bradiarritmia Taquiarritmia Atrial Juncional Ventricular INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA IDENTIFICAÇÃO DAS ARRITMIAS IDENTIFICAR: 1. freqüência da arritmia; 2. padrão ou regularidade da arritmia; 3. condução do complexo QRS: normal ou anormal; 4. detecção da atividade atrial; 5. identificação do tipo de atividade atrial presente; 6.relação entre a atividade atrial e ventricular ALBARRAN-SOTELO et al. Taquicardia sinusal Frequência: A taquicardia sinusal ocorre quando o nódulo sinusal cria um impulso em uma frequência mais rápida que a normal. Causas: Perda sanguínea aguda, anemia, choque, hipervolemia, hipovolemia, ICC, febre, ansiedade, exercícios. Características: FC maior que 100 Onda P: Normal sempre a frente do QRS Intervalo PR: Consistente 0,12 e 0,20 segundos Relação P: QRS: 1:1 Tratamento: beta-bloqueadores ou bloqueadores dos canais de Calcio. Bradicardia sinusal A bradicardia sinusal ocorre quando o nódulo sinusal cria um impulso em uma frequência menor que o normal Bradicardia sinusal é observada em indivíduos normais, Causas: sono, hipotermia,, vômito, aspiração, dor intensa, beta- bloqueadores, PIC aumentada ou IAM. Características: FC menor que 60 bpm; Ritmos: regulares Onda P: sempre a frente do QRS Intervalo P:R: sempre consistentes 0,12 e 0,20 s Relação P: QRS: 1:1 Tratamento de escolha: Atropina file:///C:/Users/Isabella/AppData/Local/Temp/ Frequência Cardiaca RITMOS ATRIAIS Fibrilação Atrial Flutter Atrial FLUTTER ATRIAL O flutter atrial ocorre no átrio e cria impulsos em uma frequência atrial entre 250 e 400 vezes por minuto. Caracteristica: Onda P: em dente de serra; Relação P:QRS: 2:1 , 3;1 OU 4,1 Tratamento: Verapamil, amiodarona Cardioversão? Fibrilação Atrial Causa uma contratura rápida, desorganizada e descoordenada da musculatura atrial . Causas: Idade avançada; cardiopatia; doença da artéria coronária; miocardiopatias, álcool, POI de cirurgia de coração aberto. Característica: Freqüência atrial entre 300 a 600 bpm; Ritmos: irregulares; Onda P: nenhuma onda P perceptível; Relação P/QRS: muitas Tratamento: Mesmo tratamento pra Flutter atrial. RITMOS VENTRICULARES Fibrilação Ventricular Taquicardia Ventricular TAQUICARDIA VENTRICULAR Taquicardia ventricular É definida como três ou mais impulsos que começa em um ventrículo antes do próximo impulso sinusal normal. Causas: nicotina, caféina, álcool, IAM, ICC IAM, hipocalemia, hipóxia. Características: Onda P: quase não existe e se, com formato diferente; Os sintomas mais freqüentes são -palpitação no peito ou pescoço, -tonturas de intensidade variável / visão turva -falta de ar /fraqueza, -náuseas, -sensação de corpo frio e sudorese -calor pelo rosto -quadros de angina típicos em geral de início e término súbito Os sintomas são mais freqüentes nos casos de TV sustentada com FC elevada Repercussões hemodinâmicas TAQUICARDIA VENTRICULAR Tratamento depende do status hemodinâmico: se houver comprometimento → cardioversão elétrica, iniciando com 100-150 J. se houver estabilidade hemodinâmica e ausência de cardiopatia - pode-se aguardar e observar. se houver estabilidade hemodinâmica com cardiopatia associada, as drogas de escolha são: -procainamida EV - amiodarona EV TAQUICARDIA VENTRICULAR FIBRILAÇÃO VENTRICULAR (FV) É um ritmo ventrícular rápido, porém desorganizado, que gera um tremor ineficaz dos ventrículos. Caracteristica: FC maior que 300 bpm. Repercussões hemodinâmicas A FV resulta em colapso hemodinâmico imediato o bombeamento cardíaco cessa instantaneamente, ocorre perda da consciência, apnéia e morte - se a arritmia não for prontamente tratada FIBRILAÇÃO VENTRICULAR (FV) Tratamento DESFIBRILAÇÃO: O único tratamento efetivo , associado às medidas do suporte básico e suporte avançado de vida FIBRILAÇÃO VENTRICULAR (FV) BAV I Grau BAV II Grau BAV III Grau BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES BLOQUEIOS Os distúrbios de condução do nó AV podem ser divididos em: -incompletos (I e II grau), ou - completos (III grau) Bloqueio átrio ventricular do primeiro grau, ou prolongamento do intervalo PR, é uma doença do sistema de condução elétrica do coração na qual o intervalo PR fica prolongado além de 0.20 segundos. BAV II GRAU - Mobitz 1 É caracterizado por intervalos PR progressivamente mais longos, até que surge uma onda P não seguida de QRS. O intervalo PR seguinte é novamente mais curto e os subsequentes vão aumentando progressivamente até surgir nova onda P não seguida de QRS. BAV II GRAU - Mobitz 2 Nessa eventualidade, observamos, vez por outra, uma onda P não seguida de complexo QRS. Contudo, os intervalos PR nos batimentos conduzidos são fixos BAV III GRAU Nessa eventualidade, não existe condução de estímulo entre átrios e ventrículos. Assim, nenhum estimulo originário dos átrios consegue despolarizar os ventrículos. MARCAPASSO Nomenclatura: Compartimento onde contem os eletrodos: A: Átrio V: Ventrículo D: Duplo Gerador: A: Átrio V: Ventrículo D: Duplo O: Função Desligada Aquilo que é sentido: I: Inibido T: deflagrada D: duplo/ inibido 0: nenhuma Complicações Infecção no local; Sangramento e hematoma nos locais; Hematórax; Perfuração do Miocárdio; Raramente tamponamento cardiáco Deslocamento do eletrodo MARCAPASSO MARCAPASSO DEFINITIVO Gerador Implantável MARCAPASSO TEMPORÁRIO Gerador Externo Eletrodos Endo e Epicárdicos Espícula do Marcapasso A atuação do enfermeiro frente a arritmias DEVE OBSERVAR a 3 princípios básicos: 1) PREVENÇÃO conhecimento para: (i)identificar fatores predisponentes, (ii) realizar coleta adequada de dados avaliados posteriormente de maneira cuidadosa, e (iii) para instituir intervenções PRECOCES CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS ARRITMIAS 2) PREPARO DO PROFISSIONAL para: - Reconhecer o ritmo normal e anormal - Identificar intervenções terapêuticas mais indicadas em cada caso e suas implicações, - Estabelecer com agilidade um plano de ação, sabendo o que dele esperar. IMPORTÂNCIA Formação acadêmica Formação continuada CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS ARRITMIAS 3) AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO: - do enfermeiro e da equipe de saúde frente a uma arritmia, principalmente aquelas mais graves: como foi a prevenção, a detecção e a atuação e como tais ações podem ainda ser melhoradas. Importante: -preparo adequado da unidade com materiais e equipamentos devidamentechecados e disponíveis e - existência de um entrosamento entre os membros da equipe CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS ARRITMIAS Cardioversão A cardioversão envolve o fornecimento de uma corrente elétrica “regulada” para terminar uma arritmia. Característica: Momento da liberação da corrente elétrica; (MODO SINC) Circunstâncias; Desfibrilação A Desfibrilação é usada em situações de emergência como o tratamento de escolha para FV/TV (sem pulso). A desfibrilação despolariza, imediatamente uma massa crítica de células miocárdicas Característica: Momento da liberação da corrente elétrica; (MODO NÃO SINC); Circunstâncias. Cuidados de Enfermagem Usar almofadas com condutor de mau funcionamento ou pás com um agente condutor entre as pás e a pele ( folha, gel ou pasta); Colocar as pás ou almofadas de modo que elas não toquem nas roupas do paciente nem nas roupas de cama e que não fiquem próximas a placas de medicamentos ou fluxo de oxigênio direto; Quando cardioverter, assegurar-se de que as derivações do monitor estão presas ao paciente e que o desfibrilador está no modo SINC; Quando desfibrilar, garantir que o desfibrilador não está no modo SINC; Não carregar o aparelho até estar pronto para aplicar o choque; então, mantenha os polegares e dedos afastados dos botões de descarga até que as pás ou almofadas estejam sobre o tórax e prontas para liberar a descarga; Cuidados de Enfermagem Manter jejum de no mínimo 08 hrs antes da cardioversão; Administrar sedação conforme prescrição medica; Oxigênio com dispositivo ambu –máscara-válvula; Deixar carrinho de PCR ao lado do leito do paciente. Exercer 10 a 12 Kg de pressão sobre as pás para garantir o bom contato com a pele; Cuidados de Enfermagem Antes de pressionar o botão de descarga, dizer “Afastem-se”, três vezes: Quando o “Afastem-se” é dito pela primeira vez, assegure-se de que você não está tocando o paciente, o leito ou o equipamento; quando o “Afaste-se” é dito pela segunda vez, assegure-se de que ninguém está tocando o leito, o paciente ou o equipamento, inclusive o TOT ou adjuntos; e, quando o “Afaste-se” é dito pela terceira vez, realize uma ultima vizualização para assegurar que você ou qualquer outra pessoa está afastada do paciente e de qualquer coisa em contato com ele; Registre a energia liberada e os resultados; Depois de terminado o serviço, inspecione a pele. - Automáticos O Médico analisa, seleciona a energia, e Aciona a descarga O aparelho analisa, seleciona energia, carrega e o socorrista aciona a descarga O aparelho analisa, seleciona energia, carrega e libera a descarga Desfibriladores - Manuais - Semi-automáticos Como se usa um desfibrilador semi automático ? Um cabo com 2 m. de comp. conecta o aparelho aos eletrodos. Os eletrodos são auto-adesivos, descartáveis (um por paciente) e são apresentados em par numa embalagem fechada. externo ápice Par de eletrodos com gel condutor cabo Pressione fortemente os eletrodos para conseguir o melhor contato possível com a pele. Quando o contato está defeituoso, uma mensagem de alarma se ouvirá. Ele pode ser utilizado também com crianças de menos de 35 kg (peso médio em crianças de 12 anos), utilizando eletrodos pediátricos especiais. A energia das descargas está pré-ajustada reconhecendo pacientes adultos ou crianças. Ligar Abrir os eletrodos Conectar os eletrodos Tirar a folha de proteção do gel Desnudar o paciente e secar a pele Colar os eletrodos ápice externo Obrigado por sua atenção Obrigado por sua atenção !!
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