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Resistencia bacteriana

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Resistência bacteriana
O que é?
Resistência bacteriana diz respeito à capacidade da bactéria de resistir a ação de alguns antibióticos devido ao desenvolvimento de mecanismos de adaptação e de resistência .Assim, como consequência da resistência bacteriana, o antibiótico normalmente utilizado no tratamento passa a não ser mais eficaz, tornando o combate à infecção mais difícil e demorado, podendo haver piora no quadro clínico da pessoa.
Quando um antibiótico é eficaz, a bactéria é capaz de ter sua taxa de multiplicação diminuída ou ser eliminada do organismo. No entanto, quando uma bactéria adquire resistência a determinado antibiótico, ela torna-se capaz de proliferar independente da presença do antibiótico e ser capaz de causar infecções mais graves e de difícil tratamento.
 Mecanismos de resistência bacteriana
As bactérias possuem diversos mecanismos de resistência aos antibióticos. Os principais são: alteração na permeabilidade da membrana, alteração no local de atuação do antibiótico, bombeamento ativo do antibiótico para fora da bactéria e a produção de enzimas que destroem os antibióticos. Esse último mecanismo destaca-se como sendo a estratégia mais frequentemente observada em bactérias.
Na maioria dos casos, a bactéria é resistente apenas a um antimicrobiano, como no caso do Enterococcus sp., por exemplo, em que algumas estirpes são resistentes à Vancomicina. No entanto, é possível também existir uma bactéria resistente a vários antibióticos, sendo denominada superbactéria ou bactéria multirresistente, como é o caso da Klebsiella produtora de carbapenemase, também chamada de KPC.
 O que causa a resistência bacteriana?
O uso de antibióticos, por mais apropriado e conservador que seja, contribui para o desenvolvimento da resistência, mas o uso desnecessário e excessivo torna-o pior. A administração correta de antibióticos eficazes somado a um programa abrangente de controle das infecções tem mostrado limitar a ocorrência e a transmissão de bactérias resistentes a antibióticos. No Brasil, algumas ações já foram tomadas para tentar enfrentar o problema: antibióticos só podem ser vendidos mediante receita médica especial, em duas vias, justamente para combater seu uso inadequado. Ao reter uma via da receita, a proposta é evitar a automedicação e o uso desnecessário de medicamento. Contudo, essas medidas, se isoladas, não são suficientes para evitar o desenvolvimento de bactérias multirresistentes.  Desde 2013, está em andamento no país o Projeto Antimicrobial Stewardship, da MSD, que ajuda as instituições a implantarem um sistema eficiente para lidar com infecções e uso consciente de antibióticos. 
Medidas para evitar a resistência bacteriana
. A Anvisa estabeleceu ainda que, em casos de uso prolongado, um paciente não pode comprar o medicamento suficiente para todo o tratamento, devendo retornar mensalmente para que uma nova dose seja comprada.
Essas medidas, apesar de serem consideradas pouco práticas por alguns pacientes, é uma forma de inibir o uso incorreto. É necessário criar o hábito na população de comprar medicamentos apenas com receita e sempre cumprir o que é recomendado pelo médico.
4. A qualidade dos medicamentos influencia no mecanismo de resistência?
Sim. Medicamentos de baixa qualidade podem causar uma concentração inadequada de antibiótico no sangue favorecendo o desenvolvimento de resistência pelas bactérias. Além disso em países onde o acesso da população aos antibióticos é ineficaz, faz com que os tratamentos sejam incompletos ou até mesmo a busca por alternativas não padronizadas, que também contribui para o surgimento das superbactérias.
5. Há novos antibióticos sendo desenvolvidos para contribuir na luta contra a resistência bacteriana?
Algumas companhias farmacêuticas estão enfrentando o desafio de desenvolver novos medicamentos eficazes no tratamento das bactérias multiresistentes. Um exemplo dessa movimentação é o investimento da MSD no desenvolvimento de novos medicamentos e vacinas para combater doenças infecciosas. Desde o ano passado, a empresa disponibiliza um antibiótico que une de forma inédita os princípios ativos ceftolozana e tazobactam e que tem como diferencial a tecnologia desenvolvida para driblar os mecanismos de resistência da bactéria mais comum e mais complexa de tratar no ambiente hospitalar, a Pseudomonas aeruginosa.

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