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APG 09 - Aterosclerose

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↠ Os vasos sanguíneos contribuem para a homeostasia, 
possibilitando o fluxo sanguíneo através do coração e a 
troca de nutrientes e escórias metabólicas nos tecidos. 
Também têm participação importante no ajuste da 
velocidade e do volume de fluxo sanguíneo. (TORTORA, 
14ª ed.) 
↠ Os vasos sanguíneos formam um sistema fechado de 
tubos que leva o sangue para fora do coração, 
transportam-no para os tecidos do corpo e, em seguida, 
o devolvem ao coração. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ É comum dividir o sistema circulatório em: vasos da 
macrocirculação, mais calibrosos, responsáveis por 
transportar sangue aos órgãos e levá-lo de volta ao 
coração (artérias e veias de vários calibres); e vasos da 
microcirculação, com menos de 100 µm e visíveis 
somente ao microscópio (arteríolas, capilares e vênulas 
pós-capilares). (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 13ª ed.) 
↠ Os cinco tipos principais de vasos sanguíneos são: as 
artérias, as arteríolas, os capilares, as vênulas e as veias. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
 
↠ As artérias transportam o sangue do coração para 
outros órgãos. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Artérias grandes e elásticas deixam o coração e se 
ramificam em artérias musculares, de médio porte, que 
emitem ramos a várias regiões do corpo. (TORTORA, 14ª 
ed.) 
↠ As artérias de médio porte se dividem em pequenas 
artérias, as quais por sua vez se dividem em artérias ainda 
menores chamadas arteríolas. Conforme as arteríolas 
 
 
 
 
entram em um tecido, se ramificam em diversos vasos 
minúsculos chamados capilares. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ As paredes finas dos capilares possibilitam a troca de 
substâncias entre o sangue e os tecidos do corpo. Grupo 
de capilares no tecido se unem para formar pequenas 
veias chamadas vênulas. Essas, por sua vez, se fundem 
para formar vasos sanguíneos progressivamente maiores 
chamados veias. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ As veias são os vasos sanguíneos que conduzem o 
sangue dos tecidos de volta para o coração. (TORTORA, 
14ª ed.) 
↠ A parede de um vaso sanguíneo é composta por três 
camadas, ou túnicas, de tecidos diferentes: um 
revestimento epitelial interno, uma túnica média formada 
por músculo liso e tecido conjuntivo elástico, e um 
revestimento externo de tecido conjuntivo. (TORTORA, 
14ª ed.) 
↠Todos são encontrados em diferentes proporções na 
parede dos vasos, exceto nos capilares e nas vênulas pós-
capilares, nos quais os únicos elementos estruturais 
representados são o endotélio e sua membrana basal. 
(JUNQUEIRA & CARNEIRO, 13ª ed.) 
↠ As três camadas estruturais de um vaso sanguíneo 
qualquer, da mais interna para a mais periférica, são a 
túnica íntima, a túnica média e a túnica externa. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
 
 
 
Aterosclerose 
@jumorbeck 
Túnica íntima 
↠ Forma o revestimento interno de um vaso sanguíneo 
e está em contato direto com o sangue que flui pelo 
lúmen, ou luz, do vaso. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Sua camada mais interna é chamada endotélio, que é 
uma lâmina fina de células planas que revestem a face 
interna de todo o sistema circulatório (coração e vasos 
sanguíneos). (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ As células endoteliais são participantes ativas em 
inúmeras atividades relacionadas com vasos, incluindo 
influências físicas sobre o fluxo sanguíneo, secreção de 
mediadores químicos de ação local que influenciam o 
estado contrátil do músculo liso sobrejacente ao vaso e 
assistência com a permeabilidade capilar. (TORTORA, 14ª 
ed.) 
↠ Além disso, a sua face luminal lisa facilita o fluxo 
sanguíneo eficiente, reduzindo o atrito superficial. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
↠ O segundo componente da túnica íntima é uma 
membrana basal profunda ao endotélio. Ela fornece uma 
base de apoio físico para a camada epitelial. (TORTORA, 
14ª ed.) 
↠ Sua estrutura de fibras colágenas confere à 
membrana basal substancial resistência à tração, além de 
resiliência ao estiramento e distensão. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Parece ter uma participação importante na orientação 
dos movimentos celulares durante o reparo de tecidos 
das paredes dos vasos sanguíneos. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ A parte mais externa da túnica íntima, que forma a 
fronteira entre a túnica íntima e a túnica média, é a lâmina 
elástica interna. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ A lâmina elástica interna é uma lâmina fina de fibras 
elásticas com número variável de aberturas semelhantes 
a janelas (fenestrações) que lhe conferem o aspecto de 
um queijo suíço. Estas fenestrações facilitam a difusão de 
materiais através da túnica íntima para a túnica média mais 
espessa. (TORTORA, 14ª ed.) 
Túnica média 
↠ A túnica média é uma camada de tecidos muscular e 
conjuntivo que apresenta a maior variação entre os 
diferentes tipos de vasos. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Na maioria dos vasos, é uma camada relativamente 
espessa que compreende células de músculo liso e, 
principalmente, quantidades substanciais de fibras elásticas. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
↠ A principal função das células musculares lisas, que se 
estendem circularmente em torno do lúmen como um 
anel circunda o dedo, é regular o diâmetro do lúmen. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
↠ O aumento da estimulação simpática estimula 
tipicamente o músculo liso a se contrair, apertando a 
parede do vaso e estreitando o lúmen. Essa diminuição 
do diâmetro do lúmen de um vaso sanguíneo é chamada 
vasoconstrição. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Em contrapartida, quando a estimulação simpática 
diminui, ou na presença de determinados compostos 
químicos (como o óxido nítrico, H+ e ácido láctico) ou 
em resposta à pressão arterial, as fibras musculares lisas 
relaxam. O consequente aumento do diâmetro do lúmen 
é chamado vasodilatação. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Além de regular o fluxo e a pressão sanguínea, o 
músculo liso se contrai quando uma pequena artéria ou 
arteríola está danificada (vasospasmo) para ajudar a limitar 
a perda de sangue através do vaso lesionado. (TORTORA, 
14ª ed.) 
↠ As células musculares lisas também ajudam a produzir 
as fibras elásticas na túnica média que possibilitam que os 
vasos se estirem e retraiam à pressão exercida pelo 
sangue. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Interpostas entre as células musculares lisas existem 
quantidades variáveis de matriz extracelular composta de 
fibras e lamelas elásticas, fibras reticulares (colágeno do 
tipo III), proteoglicanos e glicoproteínas. (JUNQUEIRA & 
CARNEIRO, 13ª ed.) 
↠ As células musculares lisas são responsáveis pela 
produção dessas moléculas da matriz extracelular. 
(JUNQUEIRA & CARNEIRO, 13ª ed.) 
↠ As diferenças estruturais nesta camada são 
responsáveis pelas muitas variações na função entre os 
diferentes tipos de vasos. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ A separação entre a túnica média e a túnica externa 
se dá por uma rede de fibras elásticas, a lâmina elástica 
externa, que faz parte da túnica média. (TORTORA, 14ª 
ed.) 
 
@jumorbeck 
 
Durante o envelhecimento, a matriz extracelular torna-se 
desorganizada em consequência do aumento da 
secreção dos colágenos tipos I e III e de alguns 
glicosaminoglicanos. Alterações na conformação 
molecular da elastina e outras glicoproteínas também 
ocorrem e podem facilitar a deposição de lipoproteínas e 
cálcio nos tecidos, com subsequente calcificação. 
Modificações de componentes da matriz extracelular 
associadas a outros fatores mais complexos podem levar 
à formação de placas de ateroma na parede dos vasos 
sanguíneos. (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 13ª ed.) 
Túnica externa 
↠ É composta por fibras elásticas e colágenas. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Contém diversos nervos e, especialmente nos 
grandes vasos, minúsculos vasos sanguíneos que irrigam 
o tecido da parede do vaso. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Esses pequenos vasos que fornecem sangue para os 
tecidos do vaso são chamados vasos dos vasos, ou vasa 
vasorum. Eles são facilmente vistos em grandes vasos, 
como a aorta. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Além da importante função de fornecer nervos e vasa 
vasorum à parede do vaso, a túnica externa ajuda a 
ancorar os vasos aos tecidos circundantes. (TORTORA,14ª ed.) 
↠ Os vasa vasorum proveem a adventícia e a média de 
metabólitos, uma vez que, em vasos maiores, as camadas 
são muito espessas para serem nutridas somente por 
difusão a partir do sangue que circula no lúmen do vaso. 
(JUNQUEIRA & CARNEIRO, 13ª ed.) 
↠ Vasa vasorum são mais frequentes em veias que em 
artérias. (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 13ª ed.) 
↠ A maioria dos vasos sanguíneos que contêm músculo 
liso nas suas paredes é provida por uma rede profusa de 
fibras não mielínicas da inervação simpática (nervos 
vasomotores), cujo neurotransmissor é a norepinefrina. 
Descarga de norepinefrina por essas terminações 
nervosas resulta em vasoconstrição. (JUNQUEIRA & 
CARNEIRO, 13ª ed.) 
 
↠ A densidade total das terminações nervosas é menor 
nas veias do que aquela encontrada nas artérias. 
(JUNQUEIRA & CARNEIRO, 13ª ed.) 
Artérias 
↠ A parede de uma artéria tem as três túnicas de um 
vaso sanguíneo normal, mas tem uma espessa túnica 
média muscular a elástica. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Em decorrência da abundância de fibras elásticas, as 
artérias normalmente têm alta complacência, o que 
significa que suas paredes se esticam ou expandem 
facilmente sem se romper em resposta a um pequeno 
aumento da pressão. (TORTORA, 14ª ed.) 
 ARTÉRIAS ELÁSTICAS 
↠ As artérias elásticas são as maiores artérias do corpo. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Estes vasos são caracterizados por lâminas elásticas 
interna e externa bem definidas, juntamente com uma 
túnica média espessa que é dominada por fibras elásticas, 
chamadas lamelas elásticas. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ As artérias elásticas incluem os dois troncos principais 
que saem do coração (a aorta e o tronco pulmonar), 
juntamente com os principais ramos iniciais da aorta, 
como o tronco braquiocefálico, a artéria subclávia, a 
artéria carótida comum e a artéria ilíaca comum. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
IMPORTANTE FUNÇÃO: ajudam a impulsionar o sangue 
no sentido anterógrado enquanto os ventrículos estão 
relaxados. (TORTORA, 14ª ed.) 
@jumorbeck 
 
↠ Como conduzem sangue do coração para as artérias 
médias, mais musculosas, as artérias elásticas são também 
chamadas artérias condutoras. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ As paredes desses vasos têm cor amarelada 
decorrente do acúmulo de elastina na túnica média. 
(JUNQUEIRA & CARNEIRO, 13ª ed.) 
 ARTÉRIAS MUSCULARES 
↠ As artérias de médio porte são chamadas artérias 
musculares, porque sua túnica média contém mais 
músculo liso e menos fibras elásticas do que as artérias 
elásticas. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ A abundância de músculo liso, aproximadamente 75% 
da massa total, torna as paredes das artérias musculares 
relativamente espessas. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Assim, as artérias musculares conseguem se dilatar e 
contrair mais para se ajustar à velocidade do fluxo 
sanguíneo. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ As artérias musculares continuam ramificando-se e, 
por fim, distribuem sangue para todos os órgãos, elas são 
chamadas artérias distributivas. Exemplos incluem a artéria 
braquial no braço e a artéria radial no antebraço. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
↠ A túnica externa muitas vezes é mais espessa do que 
a túnica média nas artérias musculares. Esta camada 
externa contém fibroblastos, fibras colágenas e fibras 
elásticas, todos orientados longitudinalmente. (TORTORA, 
14ª ed.) 
↠ Por causa da diminuição do tecido elástico nas paredes 
das artérias musculares, estes vasos não conseguem 
dilatar e ajudar a impulsionar o sangue como as artérias 
elásticas. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Em vez disso, a espessa túnica média muscular é a 
principal responsável pelas funções das artérias 
musculares. A capacidade do músculo de se contrair e 
manter um estado de contração parcial é chamado tônus 
vascular. O tônus vascular enrijece a parede do vaso e é 
importante para manter a pressão do vaso e o fluxo 
sanguíneo eficiente. (TORTORA, 14ª ed.) 
ANASTOMOSES 
➢ União dos ramos de duas ou mais artérias que 
irrigam uma mesma região do corpo. 
➢ As anastomoses entre as artérias constituem 
vias alternativas para o sangue chegar a um 
tecido ou órgão (circulação colateral). 
➢ As anastomoses também podem ocorrer entre 
veias e entre arteríolas e vênulas. 
➢ As artérias que não se anastomosam são 
conhecidas como artérias terminais. 
➢ A obstrução de uma artéria terminal interrompe 
a irrigação sanguínea a todo um segmento de 
órgão, provocando necrose (morte) desse 
segmento. 
 ARTERÍOLAS (PEQUENAS ARTÉRIAS) 
↠ São abundantes vasos microscópicos que regulam o 
fluxo sanguíneo para as redes capilares dos tecidos do 
corpo. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ As arteríolas têm uma participação essencial na 
regulação do fluxo sanguíneo das artérias para os vasos 
capilares, regulando a resistência, a oposição ao fluxo 
sanguíneo decorrente do atrito entre o sangue e as 
paredes dos vasos sanguíneos. Por isso, são conhecidas 
como vasos de resistência. (TORTORA, 14ª ed.) 
Em um vaso sanguíneo, a resistência é decorrente 
principalmente do atrito entre o sangue e as paredes 
@jumorbeck 
internas dos vasos sanguíneos. Quando o diâmetro do 
vaso sanguíneo é menor, o atrito é maior, de modo que 
há mais resistência. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ A contração do músculo liso de uma arteríola provoca 
vasoconstrição, o que aumenta ainda mais a resistência e 
diminui o fluxo sanguíneo para os vasos capilares irrigados 
por essa arteríola. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Em contrapartida, o relaxamento do músculo liso das 
arteríolas provoca vasodilatação, que diminui a resistência 
e aumenta o fluxo sanguíneo para os vasos capilares. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
↠A mudança do diâmetro da arteríola pode afetar 
também a pressão arterial: a constrição das arteríolas 
aumenta a pressão arterial, e a dilatação das arteríolas 
diminui a pressão arterial. (TORTORA, 14ª ed.) 
Capilares 
↠ O capilar, o menor dos vasos sanguíneos, conectam o 
efluxo arterial ao retorno venoso (ligam arteríolas e 
vênulas). (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Os capilares formam uma rede extensa, de 
aproximadamente 20 bilhões de vasos curtos, ramificados 
e interconectados, que passam entre cada grupo de 
células do corpo. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ O fluxo do sangue de uma metarteríola para os 
capilares e para uma vênula pós-capilar (vênula que 
recebe sangue de um capilar) é chamada microcirculação 
do corpo. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ A função primária dos capilares é a troca de 
substâncias entre o sangue e o líquido intersticial. Por 
causa disto, estes vasos de paredes finas são chamados 
vasos de troca. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Não têm túnica média nem túnica externa. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
 
Vênulas 
↠ As vênulas drenam o sangue capilar e iniciam o fluxo 
de retorno do sangue de volta ao coração. (TORTORA, 
14ª ed.) 
↠ As vênulas que primeiro recebem sangue dos 
capilares são chamadas vênulas pós-capilares (são as 
menores vênulas). (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Elas têm junções intercelulares pouco organizadas e, 
portanto, são muito porosas. Atuam em importantes 
locais de troca de nutrientes e escórias metabólicas e 
emigração de leucócitos. Por esta razão, formam parte 
da unidade de troca microcirculatória, juntamente com os 
capilares. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Conforme as vênulas pós-capilares se afastam dos 
capilares, adquirem uma ou duas camadas de células 
musculares lisas dispostas circularmente. Estas vênulas 
musculares têm paredes mais espessas, através das quais 
a troca com o líquido intersticial não pode mais ocorrer. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
↠ As paredes finas das vênulas pós-capilares e 
musculares são os elementos mais distensíveis do sistema 
vascular; isso lhes possibilita expandir e servir como 
excelentes reservatórios de grandes volumes de sangue. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
 
 
@jumorbeck 
Veias 
↠ As veias, em geral, têm paredes muito finas em 
relação ao seu diâmetro total. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Muitas veias, especialmente as dos membros, também 
contêm válvulas, pregas finas de túnica íntima que 
formam válvulas semelhantes a abas.As válvulas da 
válvula se projetam para o lúmen, apontando para o 
coração, baixa pressão arterial nas veias possibilita que o 
sangue que retorna ao coração desacelere ou até 
mesmo retorne; as válvulas auxiliam no retorno venoso 
impedindo o refluxo do sangue. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ As válvulas das veias possibilitam que o sangue flua em 
uma direção única: ao coração. (TORTORA, 14ª ed.) 
 
↠ A ação de bombeamento do coração é um fator 
importante no deslocamento do sangue venoso de volta 
ao coração. A contração dos músculos esqueléticos dos 
membros inferiores também ajuda a impulsionar o 
retorno venoso para o coração. A pressão sanguínea 
média nas veias é consideravelmente mais baixa do que 
nas artérias. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ A expansão externa dos ventres dos músculos 
esqueléticos que se contraem nos membros, limitada pela 
fáscia muscular, comprime as veias, “ordenhando” o 
sangue para cima em direção ao coração; outro tipo 
(musculovenoso) de bomba venosa. (MOORE, 7ª ed.) 
 
↠ A túnica íntima das veias é mais fina do que a das 
artérias; a túnica média das veias é muito mais fina do que 
a das artérias, com relativamente pouco músculo liso e 
fibras elásticas. A túnica externa das veias é a mais 
espessa e é composta por colágeno e fibras elásticas. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
↠ São distensíveis o suficiente para se adaptar às 
variações de pressão e ao volume de sangue que passa 
por elas, mas não são concebidas para suportar altas 
pressões. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ O lúmen de uma veia é maior do que o de uma artéria 
comparável, e as veias frequentemente parecem 
colabadas (achatadas) quando seccionadas. (TORTORA, 14ª 
ed.) 
↠ Embora, para simplificar, frequentemente sejam 
representadas isoladas nas ilustrações, as veias tendem a 
ser duplas ou múltiplas. Aquelas que acompanham as 
artérias profundas - veias acompanhantes - circundam-
nas em uma rede com ramificações irregulares. Essa 
organização serve como trocador de calor em 
contracorrente, no qual o sangue arterial morno aquece 
o sangue venoso mais frio em seu retorno de uma 
extremidade fria para o coração. Consequentemente, 
quando a artéria se expande durante a contração do 
coração, as veias são distendidas e achatadas, o que ajuda 
a conduzir o sangue venoso para o coração - uma bomba 
arteriovenosa. (MOORE, 7ª ed.) 
@jumorbeck 
 
↠ Em alguns indivíduos, as veias superficiais são vistas 
como tubos azulados que passam sob a pele. Como o 
sangue venoso é vermelho escuro, as veias parecem 
azuis porque suas paredes finas e os tecidos da pele 
absorvem os comprimentos de onda de luz vermelha, 
possibilitando que a luz azul passe para a superfície, onde 
as vemos como azuis. (TORTORA, 14ª ed.) 
DIFERENÇAS ENTRE VEIAS E ARTÉRIAS 
Em primeiro lugar, as veias são mais numerosas do que 
as artérias por vários motivos. Algumas veias formam 
pares e acompanham artérias musculares de médio a 
pequeno porte. Estes conjuntos duplos de veias escoltam 
as artérias e se conectam por canais venosos chamados 
veia anastomótica. 
As veias anastomóticas cruzam a artéria acompanhante 
formando “degraus” entre o par de veias. A maior 
quantidade de pares de veia ocorre no interior dos 
membros. A camada subcutânea profunda à pele é outra 
fonte de veias. 
➢ VEIAS SUPERFICIAIS: atravessam a tela 
subcutânea desacompanhadas de artérias 
paralelas. 
➢ VEIAS PROFUNDAS: estão entre os músculos 
esqueléticos. 
Distribuição do sangue no sistema circulatório em 
repouso 
 
↠ Como as veias e vênulas sistêmicas contêm mais de 
50% do volume sanguíneo total, são chamadas 
reservatórios de sangue. (TORTORA, 14ª ed.) 
Fisiologia dos vasos sanguíneos 
 TROCA CAPILAR 
↠ A missão de todo o sistema circulatório é manter o 
sangue fluindo pelos capilares para possibilitar a troca 
capilar, o movimento de substâncias entre o sangue e o 
líquido intersticial. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Os 7% do sangue que estão nos capilares sistêmicos 
a qualquer momento estão continuamente trocando 
materiais com o líquido intersticial. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ As substâncias entram e saem dos capilares por três 
mecanismos básicos: difusão, transcitose e fluxo de 
massa. (TORTORA, 14ª ed.) 
➢ DIFUSÃO 
↠ O método mais importante de troca capilar é a difusão 
simples. Muitas substâncias, como o oxigênio (O2), o 
dióxido de carbono (CO2), a glicose, os aminoácidos e os 
hormônios, entram e saem dos capilares por difusão 
simples. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Como o O2 e os nutrientes normalmente estão 
presentes em concentrações mais elevadas no sangue, 
eles se difundem por gradiente de concentração para o 
líquido intersticial e, em seguida, para as células do corpo. 
O CO2 e outras escórias metabólicas liberadas pelas 
células do corpo são encontrados em maiores 
concentrações no líquido intersticial, de modo que se 
difundem para o sangue. (TORTORA, 14ª ed.) 
➢ TRANSCITOSE 
↠ Uma pequena quantidade de material atravessa as 
paredes capilares por transcitose. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Neste processo, as substâncias do plasma sanguíneo 
são englobadas por minúsculas vesículas pinocíticas que 
primeiro entram nas células endoteliais por endocitose, 
atravessam-na e saem do outro lado por exocitose. Este 
método de transporte é importante, principalmente para 
grandes moléculas insolúveis em lipídios que não 
conseguem atravessar as paredes capilares de outro 
modo. (TORTORA, 14ª ed.) 
 
 
@jumorbeck 
➢ FLUXO DE MASSA | FILTRAÇÃO E REABSORÇÃO 
↠ O fluxo de massa é um processo passivo em que uma 
grande quantidade de íons, moléculas ou partículas em 
um líquido se move em conjunto, no mesmo sentido. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
↠ O fluxo de massa ocorre a partir de uma área de alta 
pressão para uma zona de pressão mais baixa, e continua 
desde que exista uma diferença de pressão. (TORTORA, 
14ª ed.) 
↠ O movimento impulsionado pela pressão de líquidos e 
solutos dos capilares sanguíneos para o líquido intersticial 
é chamado filtração. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ O movimento impulsionado pela pressão do líquido 
intersticial para os capilares sanguíneos é chamado 
reabsorção. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Em geral, o volume de líquidos e solutos normalmente 
reabsorvidos é quase tão grande quanto o volume filtrado. 
Este equilíbrio próximo é conhecido como lei de Starling 
dos capilares. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ A pressão hidrostática do sangue “empurra” o líquido 
para fora dos capilares (filtração) e a pressão 
coloidosmótica do sangue puxa o líquido para os capilares 
(reabsorção). (TORTORA, 14ª ed.) 
 
 
 
 
Hemodinâmica 
↠ O sangue flui de regiões de maior pressão para 
regiões de menor pressão; quanto maior a diferença de 
pressão, maior for o fluxo sanguíneo. Mas quanto maior 
a resistência, menor o fluxo sanguíneo. (TORTORA, 14ª 
ed.) 
 PRESSÃO ARTERIAL 
↠ Conforme o sangue sai da aorta e flui ao longo da 
circulação sistêmica, sua pressão cai progressivamente à 
medida que a distância do ventrículo esquerdo aumenta. 
(TORTORA, 14ª ed.) 
 
 RESISTÊNCIA VASCULAR 
↠ É a oposição ao fluxo sanguíneo em decorrência do 
atrito entre o sangue e as paredes dos vasos sanguíneos. 
A resistência vascular depende: (TORTORA, 14ª ed.) 
➢ do tamanho do lúmen do vaso sanguíneo; 
➢ da viscosidade do sangue; 
➢ do comprimento total dos vasos sanguíneos.. 
↠ A resistência vascular sistêmica (RVS), também 
conhecida como resistência periférica total (RPT), refere-
se a todas as resistências vasculares oferecidas pelos 
vasos sanguíneos sistêmicos. (TORTORA, 14ª ed.) 
↠ Os diâmetros das artérias e veias são grandes, de 
modo que sua resistência é muito pequena. (TORTORA, 
14ª ed.) 
↠ Os vasos menores – arteríolas, capilares e vênulas – 
contribuem com a maior parte da resistência. (TORTORA, 
14ª ed.) 
@jumorbeck 
↠ Uma função principal das arteríolas é controlar a RVS 
– e, por conseguinte, a pressão sanguínea e o fluxo 
sanguíneo para tecidos específicos – alterando seus 
diâmetros. (TORTORA, 14ª ed.)Aterosclerose 
↠ A aterosclerose é uma doença inflamatória crônica que 
possui origem multifatorial e ocorre em resposta à 
agressão endotelial, acometendo principalmente a 
camada íntima de artérias de médio e grande calibre. 
(COSTA et al., 2019) E também associada à ativação do 
sistema imunológico. (MOTA et al., 2013) 
↠ No Brasil, a aterosclerose é a principal responsável 
pelas doenças cardiovasculares. (COSTA et al., 2019) 
↠ A aterosclerose, está associada ao acúmulo de gordura 
(principalmente colesterol) nas paredes arteriais. Há 
formação de um depósito de cálcio na placa ateromatosa 
(ateroma) — áreas ou elevações amarelas, endurecidas, 
bem demarcadas na superfície da túnica íntima das 
artérias. (MOORE, 7ª ed.) 
 
↠ Aterosclerose é a doença das artérias de tamanho 
médio e grande, em que as lesões de gordura chamadas 
placas ateromatosas se desenvolvem nas superfícies das 
paredes arteriais. (GUYTON & HALL, 13ª ed.) 
↠ Anormalidade que pode ser medida muito cedo nos 
vasos sanguíneos, que posteriormente se tornam 
ateroscleróticos, é a lesão do endotélio vascular. Essa 
lesão, por sua vez, aumenta a expressão das moléculas 
de aderência nas células endoteliais e reduz sua 
capacidade de liberar óxido nítrico e outras substâncias 
que ajudam a impedir a aderência de macromoléculas, 
plaquetas e monócitos a seu endotélio. (GUYTON & HALL, 
13ª ed.) 
↠ Depois que ocorre a lesão no endotélio vascular, os 
monócitos e lipídios circulantes (principalmente LDLs) 
começam a se acumular no local da lesão. Os monócitos 
cruzam o endotélio, até a camada íntima da parede do 
vaso, e diferenciam-se de macrófagos, que então 
ingerem e oxidam as lipoproteínas acumuladas, adquirindo 
aspecto espumoso. Esses macrófagos espumosos então 
se agregam no vaso sanguíneo e formam estria de 
gordura, que é visível.. (GUYTON & HALL, 13ª ed.) 
↠ Com o passar do tempo, as estrias de gordura 
aumentam e coalescem, e os tecidos dos músculos lisos 
e fibrosos adjacentes proliferam para formar placas cada 
vez maiores. (GUYTON & HALL, 13ª ed.) 
↠ Os macrófagos também liberam substâncias que 
causam inflamação e maior proliferação de músculos lisos 
e tecido fibroso nas superfícies internas da parede arterial. 
Os depósitos de lipídios e a proliferação celular podem 
ficar tão grandes que as placas se destacam no lúmen da 
artéria e reduzem muito o fluxo do sangue, chegando, às 
vezes, a obstruir completamente o vaso. (GUYTON & 
HALL, 13ª ed.) 
↠ Mesmo sem oclusão, os fibroblastos da placa 
eventualmente depositam quantidades extensas de tecido 
conjuntivo denso; a esclerose (fibrose) fica tão grande 
que as artérias enrijecem. Mais tarde ainda, os sais de 
cálcio se precipitam frequentemente com o colesterol e 
outros lipídios das placas, levando a calcificações pétreas 
que podem fazer com que as artérias passem a ser tubos 
rígidos. Ambos esses estágios da doença são chamados 
“endurecimento das artérias”. (GUYTON & HALL, 13ª ed.) 
↠ As artérias ateroscleróticas perdem a maior parte de 
sua distensibilidade e devido às áreas degenerativas em 
suas paredes, elas facilmente se rompem. Também, nos 
locais onde as placas invadem o lúmen com sangue 
circulante, suas superfícies ásperas podem levar à 
formação de coágulos, com a resultante formação de 
trombos ou êmbolos, levando ao bloqueio súbito de todo 
o fluxo de sangue para a artéria. (GUYTON & HALL, 13ª 
ed.) 
@jumorbeck 
 
↠ Os sintomas dessa doença são mais frequentes 
quando a placa de ateroma se forma nas artérias que 
irrigam o coração, o cérebro, os rins e o intestino delgado, 
aparecendo, portanto, relacionados a esses órgãos. 
Exemplos são: infarto do miocárdio por obstrução de 
coronárias, infarto cerebral e aneurisma aórtico. (COSTA 
et al., 2019) 
↠ Estudos têm sugerido duas fases interdependentes na 
evolução da doença aterosclerótica: (GOTTTLIEB,2005) 
• Fase “aterosclerótica”, predomina a formação 
anatômica da lesão aterosclerótica sob a 
influência dos “fatores de risco aterogênicos” 
clássicos e que leva décadas para evoluir. Devido 
à sua história lenta e gradual, sua evolução 
geralmente não traz consigo manifestações 
clínicas dramáticas; 
• Fase trombótica, a influência dos “fatores de 
risco trombogênicos” determina a formação 
aguda de trombo sobre a placa aterosclerótica, 
fenômeno este diretamente ligado aos eventos 
agudos coronarianos, como infarto do miocárdio, 
angina instável e morte súbita. 
Os Papéis do Colesterol e das Lipoproteínas na 
Aterosclerose 
➢ Aumento de Lipoproteínas de Baixa Densidade: 
↠ Fator importante na etiologia da aterosclerose é 
elevada concentração plasmática de colesterol sob a 
forma de lipoproteínas de baixa densidade. (GUYTON & 
HALL, 13ª ed.) 
↠ A concentração plasmática dessas LDLs e elevado 
teor de colesterol é aumentada por diversos fatores, 
especialmente com a ingestão de gorduras muito 
saturadas na dieta diária, obesidade e inatividade física. 
(GUYTON & HALL, 13ª ed.) 
➢ Hipercolesterolemia Familiar 
↠ A hipercolesterolemia familiar é uma doença em que 
a pessoa herda genes defeituosos, para a formação de 
receptores para LDLs, nas superfícies das membranas 
celulares do corpo. Na ausência desses receptores, o 
fígado não é capaz de absorver as LDL nem as IDL. Sem 
essa absorção, o mecanismo do colesterol das células 
hepáticas se descontrola, produzindo novo colesterol; ele 
deixa de responder à inibição por feedback, 
desencadeado pela presença de quantidade excessiva de 
colesterol plasmático. (GUYTON & HALL, 13ª ed.) 
↠ Como resultado, o número de VLDLs liberado pelo 
fígado para o plasma aumenta imensamente. (GUYTON & 
HALL, 13ª ed.) 
➢ Papel das Lipoproteínas de Alta Densidade na 
Prevenção da Aterosclerose. 
↠ Bem menos conhecida é a função das HDLs em 
comparação com a das LDLs. (GUYTON & HALL, 13ª ed.) 
↠ Acredita-se que as lipoproteínas de alta densidade são, 
de fato, capazes de absorver cristais de colesterol que 
começam a ser depositados nas paredes arteriais. 
(GUYTON & HALL, 13ª ed.) 
↠ As doenças cardiovasculares possuem diversos fatores 
de risco, que podem ser agrupados em dois grupos 
principais: modificáveis e não modificáveis. (COSTA et al., 
2019) 
• Exemplos de fatores modificáveis: a dislipidemia, 
a exposição ao tabaco, a não prática de 
exercício/atividade física e IMC maior ou igual a 
30kg/m². 
• Exemplos de fatores não modificáveis: presença 
de casos na família de doenças cardiovasculares, 
etnia, idade e sexo. 
@jumorbeck 
➢ Outros Fatores de Risco Importantes da 
Aterosclerose 
↠ Em algumas pessoas com níveis perfeitamente 
normais de colesterol e lipoproteínas, ainda assim, a 
aterosclerose se desenvolve. Alguns dos fatores 
conhecidos que predispõem à aterosclerose são: (1) 
inatividade física e obesidade; (2) diabetes melito; (3) 
hipertensão; (4) hiperlipidemia; e (5) tabagismo. (GUYTON 
& HALL, 13ª ed.) 
↠ No início e na metade da fase adulta, os homens 
apresentam maior probabilidade de desenvolver 
aterosclerose do que as mulheres da mesma idade, 
sugerindo que os hormônios sexuais masculinos podem 
ser aterogênicos ou, pelo contrário, que os hormônios 
sexuais femininos podem ter ação protetora. (GUYTON & 
HALL, 13ª ed.) 
↠ Alguns desses fatores causam aterosclerose, ao 
aumentar a concentração de LDLs no plasma. Outros, tais 
como a hipertensão, são capazes de levar à 
aterosclerose ao causar lesões no endotélio vascular, além 
de outras alterações nos tecidos vasculares que 
predispõem à deposição de colesterol. (GUYTON & 
HALL, 13ª ed.) 
PREVENÇÃO DA ATEROSCLEROSE 
As medidas mais importantes para proteger contra o 
desenvolvimento da aterosclerose e sua progressão para 
grave doença vascular são (1) manter peso saudável, ser 
fisicamente ativo e ingerir dieta contendo principalmente 
gorduras insaturadas com baixo teor de colesterol; (2) 
prevenir a hipertensão, mantendo dieta saudável e sendo 
fisicamente ativa, ou efetivamente controlando a pressãoarterial com fármacos anti-hipertensivos caso a 
hipertensão se desenvolva; (3) controlar efetivamente a 
glicose sanguínea, com insulina ou outros fármacos na 
presença de diabetes; e (4) evitar fumar cigarros. 
(GUYTON & HALL, 13ª ed.) 
Diferenças nos hábitos de vida entre populações 
diferentes e os impactos positivos na saúde 
↠ A doença cardiovascular aterosclerótica se inicia na 
infância precoce e é influenciada ao longo da vida por 
fatores genéticos e exposição ambiental a fatores de 
risco potencialmente modificáveis. (SANTOS, 2011) 
↠ Estudos relatam que quando uma pessoa muda seus 
hábitos de vida (abandona o sedentarismo, a alta ingestão 
de gorduras, o tabagismo, por exemplo) as chances de 
ela não desenvolver a doença aterosclerótica, ou reduzir 
as complicações de uma doença já instalada, são 
menores. (COSTA et al., 2019) 
↠ Assim, a influência da dieta na patogênese de doenças 
crônico-degenerativas ganhou grande importância em 
pesquisas e tem comprovado a teoria de que reduzindo 
os níveis de gorduras da dieta há menor possibilidade de 
se desenvolver aterosclerose. (COSTA et al., 2019) 
↠ Alguns estudos sugerem que o aumento da atividade 
física habitual e do condicionamento cardiorrespiratório 
estão associados ao decréscimo de causas de mortalidade 
em homens com acometimentos cardiovasculares pré-
existentes. (COSTA et al., 2019) 
↠ O estresse tem sido mencionado como um dos 
possíveis fatores contribuintes para o desenvolvimento da 
aterosclerose, não só por meio da ação direta, mas 
também pela contribuição para a etiologia de outros 
fatores de risco, como a depressão, a obesidade, a 
hipercolesterolemia e o sedentarismo. (SANTOS, 2011) 
↠ Autores discutiram como o estresse psicossocial em 
animais pode levar ao desenvolvimento da aterosclerose, 
provavelmente por um mecanismo envolvendo ativação 
excessiva do sistema nervoso simpático. Em pacientes 
com doença arterial coronária (DAC), o estresse agudo 
pode também levar à vasoconstrição coronária. 
(SANTOS, 2011) 
↠ Em estudo conduzido com 37 homens em 2003 por 
Steptoe et al sobre os efeitos do estresse e da classe 
econômica na ativação das plaquetas, verificou-se que o 
estresse psicológico induz à ativação plaquetária. Os 
autores sugeriram que pelo fato de as pessoas de classes 
econômicas menos favorecidas enfrentarem diariamente 
inúmeros fatores estressantes de grande magnitude 
ligados às dificuldades financeiras e sociais, elas estariam 
sujeitas a um estresse mais intenso, que poderia, por sua 
vez, induzir a uma ativação plaquetária que contribuiria 
para um aumento do risco de doenças cardiovasculares. 
(SANTOS, 2011) 
↠ Nas sociedades ocidentais, a aterosclerose é causa 
primária de 50% de todas as mortes relacionadas com 
infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). 
Contudo, países como a Groenlândia, Islândia e Japão têm 
baixa prevalência de aterosclerose, principalmente entre 
os esquimós, sugerindo uma forte relação com o estilo 
de vida, dieta e composição genética dos indivíduos. 
(GOTTTLIEB,2005) 
@jumorbeck 
TSIMANES – EL PAIS 
↠ O estudo, publicado na revista The Lancet, 
comprovou que a quantidade de cálcio acumulada nas 
artérias principais dos tsimanes com mais de 40 anos é 
até cinco vezes menor que a calcificação detectada em 
pessoas ocidentais da mesma idade. 
↠ Além disso, a boa saúde se mantém à medida que 
envelhecem. Um total de 65% de anciãos tsimanes que 
chegaram aos 75 anos ainda tinha um índice de 
calcificação zero. Os pesquisadores compararam seus 
resultados com os de outras populações, como a de uma 
ampla amostra dos EUA, outra de europeus e mais uma 
dezena de estudos sobre a incidência de aterosclerose 
em diferentes sociedades. O estado das artérias dos 
velhos tsimanes é similar ao que podem ter ocidentais 
com 28 anos menos e ainda melhor que o das mulheres 
adultas japonesas, as que até agora tinham melhor saúde 
arterial. 
↠ Embora o estudo não estabeleça uma relação causal, 
para seus autores tudo indica que o estilo de vida dos 
tsimanes explicaria esses dados e outros que também 
comprovaram em suas revisões médicas, como os baixos 
níveis que mostraram no ritmo cardíaco, pressão 
sanguínea, colesterol e glicose no sangue. Todos esses 
indicadores estão direta ou indiretamente relacionados 
com a aterosclerose. 
↠ Os tsimanes podem ficar oito horas na caça de algo 
para comer. Os pesquisadores estimam que dedicam um 
mínimo de sete horas a atividades que requerem esforço 
físico e que em apenas 10% do tempo que passam 
despertos não fazem nada. Quanto à sua dieta, em sua 
maioria se trata de carboidratos (72%) não processados, 
ricos em fibra, como arroz, mandioca, milho e frutas. As 
proteínas são obtidas da caça e da pesca, e somente 
consomem cerca de 38 gramas de gordura por dia. 
Embora alguns tenham declarado que fumam, um maço 
de cigarros lhes poderia durar um ano. 
↠ "Se não há tabaco, não há colesterol nem diabetes, e 
têm uma dieta equilibrada e fazem exercícios físicos, não 
há aterosclerose”, comenta o pesquisador do Centro 
Nacional de Pesquisas Cardiovasculares Carlos III (CNIC), 
Antonio Fernández Ortiz. 
↠ Esta pesquisa ajuda a demonstrar de forma definitiva 
que os fatores de risco cardiovasculares são a causa da 
doença aterosclerótica. Nessa população sem 
aterosclerose o único fator de risco que eles têm é a 
idade. O pouco cálcio que acumulam é porque vão 
envelhecendo.” 
↠ Existe a possibilidade de que os tsimanes tenham 
alguma variante genética que os protegeria das doenças 
cardiovasculares, além do seu estilo de vida. No entanto, 
os pesquisadores comprovaram que nos últimos anos os 
níveis de colesterol estão subindo, com uma 
concentração de colesterol LDL que passou de 1,84 
milimol por litro na primeira década do século para 2,35 
mmol/L em 2015. Isso descartaria a possibilidade de origem 
genética. 
↠ O aumento do colesterol coincidiu com uma 
intensificação da aculturação desse povo. Isto permitiu aos 
tsimanes um maior acesso aos produtos ricos em 
açúcares e gorduras. Ainda é cedo para detectar se as 
mudanças na dieta provocarão um aumento da 
calcificação arterial, mas os autores do estudo acreditam 
que poderia estar em curso uma revolução nutricional 
que acabará com a boa saúde. 
Referências 
COSTA et. al. Estilo de vida como fator de prevenção da 
aterosclerose. Revista Caderno de Medicina vol. 2, nº 2, 
2019 
SANTOS et al. Hábitos e perfil socioeconômico dos 
pacientes com doença aterosclerótica no Brasil, 2011. 
GOTTLIEB, M. G. V. BONARDI G. MORIGUCHI, E. H. 
Fisiopatologia e aspectos inflamatórios da aterosclerose, 
2005. 
TORTORA. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Disponível 
em: Minha Biblioteca, (14th edição). Grupo GEN, 2016. 
 
GUYTON & HALL. Tratado de Fisiologia Médica, 13ª ed. 
Editora Elsevier Ltda., 2017 
MOORE. Anatomia Orientada para a Clínica, 7ª ed. 
Guanabara Koogan, SP, 2017 
JUNQUEIRA; CARNEIRO. Histologia Básica, 13ª ed. 
Guanabara Koogan, SP, 2017. 
 
@jumorbeck

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